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PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 02 1. O conceito e a importância das Proteções 6 1.1.Introdução 6 1.2.Conceituação e Importância 7 1.2.1. Máquinas e Equipamentos 7 1.2.2.Bombas e Motores 8 1.2.3.Riscos Diretos 9 1.2.4.Riscos Indiretos 9 1.2.5.Sistemas de Segurança 10 1.2.6.Normas de Segurança 11 1.2.7.Proteção Pessoal 11 1.2.8.Legislação Afetada 11 2. Layout e Arranjo Físico 14 2.1. Introdução 14 2.2. A Demanda por Projeto de Layout/Arranjo Físico 15 2.3. Princípio do Arranjo Físico 17 2.3.1. Princípio da Integração 17 2.3.2. Princípio da Mínima Distância 17 2.3.3. Princípio da Obediência ao Fluxo das Operações 17 2.3.4. Princípio da Racionalização de Espaço 17 2.3.5. Princípio da Satisfação e Segurança 18 2.3.6. Princípio da Flexibilidade 18 2.4. Tipos de Leiaute/Arranjo Físico 18 3 3. Máquinas e Equipamentos 22 3.1. Caldeiras e Vasos de Pressão 22 3.1.1.Definição de Vasos de Pressão 22 3.2. Equipamentos Pneumáticos 23 3.3. Fornos 23 3.4. Sistema de Proteção Coletiva 24 3.5. Equipamento de Proteção Individual 24 3.6. Cor, Sinalização e Rotulagem 25 3.7. Manutenção Preventiva 26 4. Avaliação de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações Elétricas 29 4.1. Instalações Elétricas 29 4.2. Equipamentos e Dispositivos Elétricos 30 4.3. Manutenção Preventiva 32 5. Segurança na Construção Civil 35 5.2. Etapas 36 5.2.1. Aspectos Técnicos 38 5.2.2. Aspectos Administrativos 38 5.2.3. Aspectos Legais 38 5.3. Documentos e Aspectos Básicos que deve conter um PCMAT 38 5.4. Normas Regulamentadoras 40 4 5.5. Responsabilidade Civil e Criminal do Acidente do Trabalho 40 6. Processos e Procedimentos de Segurança do Trabalho 45 6.1. Comunicação Prévia 45 6.2. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 46 6.3. Inspeção de Segurança e Análise dos Acidentes 47 6.3.1. APR - Análise Preliminar de Risco 47 6.3.2. Tipos de Inspeção Existentes 48 6.3.3. Como Executar as Inspeções e Análises de Risco 49 6.4. Comunicação, Cadastro e Estatística dos Acidentes 50 6.4.1. CAT- Comunicação de Acidente de Trabalho 50 6.4.2. Indicadores de Acidentes do Trabalho 51 6.4.3. Taxa de incidência de acidentes do trabalho 52 6.4.4. Taxa de Mortalidade 53 6.4.5. Taxa de Acidentalidade Proporcional Específica para a Faixa Etária de 16 a 34 anos 54 7. Referências Bibliográficas 56 05 6 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 1. O conceito e a Importância das Proteções https://clickpetroleoegas.com.br/muitas-vagas-a-disposicao-no-grupo-seres-em-itatiaia/ 1.1. Introdução s primeiras máquinas e ferra- mentas que se mostraram de fato definitivas para a indústria- lização e para a vida atual, surgiram somente no século XVIII, através do engenheiro e matemático escocês James Watt. Em 1765, Watt criou a máqui- na a vapor, equipamento que impul- sionou a Revolução Industrial. Na verdade, a antiga criação egípcia, já vinha sendo experimentada e trans- formada por cientistas, pesquisa- dores e engenheiros militares do século XVII, como o romano Giova- nni Branca, o francês Denis Papin, o capitão inglês Thomas Savery e, por fim, Thomas Newcomen, que, em 1698, criou uma máquina para drenar a água empossada nas minas de carvão, patenteada em 1705. Mas a máquina a vapor, pas- sou a ser o motor do universo atra- vés de James Watt. A 7 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 1.2. Conceituação e Impor- tância 1.2.1. Máquinas e Equipa- mentos As primeiras empresas que vieram a adotar os maquinários, foram as Cotonifícios com o uso de suas máquinas de tear. E com pouca mão de obra na cidade, as empresas foram obriga- das a contratar pessoas que atuavam no campo. Em busca de mercado, e vendas de seus produtos, as empresas esqueceram por muito tempo os requisitos de segurança de equipamentos e máquinas, e estas sofreriam um custo muito alto, por esta negligência. A legislação presente, através da NR-12, é muito rebatida pelas empresas. Algumas chegam a afirmar que a aplicação da legis- lação, dificulta todo processo produtivo, contudo devemos salien- tar que as empresas ficaram por muitos anos estiradas em “berço esplêndido”, com investimento quase zero nas melhorias dos seus maquinários. É nítido, que a Legislação tem o objetivo único de despertar que as empresas compreendam que não basta produzir a qualquer custo, e sim estarem alertas, pois os aciden- tes geram um alto preço não só para sociedade, mas também para o empregado, sendo que esse preço pode ser sua própria vida. Para que possa dar continui- dade aos estudos são indispensáveis às definições técnicas e seus atributos conforme, detalhamos a seguir. Definição de Mecânica: parte da física que tem por objetivo o estudo dos movimentos dos corpos, das forças que produzem esses movi- mentos e do equilíbrio das forças sobre o corpo em repouso. Máquinas e Equipamentos: a Norma Regulamentadora 12 e seus anexos determinam informações técnicas, normas fundamentais e critérios de proteção para assegu- rarem a integridade física e a saúde dos trabalhadores. Realizam também a implemen- tação de quesitos mínimos para a precaução de doenças e acidentes do trabalho, nas etapas de projeto e de manejo de máquinas e equipa- mentos de todos os tipos, e, ainda, à sua importação, fabricação, expo- sição, comercialização e cessão a qualquer título, em todas as práticas econômicas, sem danos do cumpri- mento ordenado nas demais Nor- mas Regulamentadoras - NR deter- minada pela Portaria n.º 3.214, de 8 8 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES de junho de 1978, nas diretrizes técnicas oficiais e, na falta ou omissão destas, nas normas interna- cionais aplicáveis. Percebe-se como fase de utili- zação: a criação transporte instalação montagem operação ajuste manutenção inspeção limpeza desativação desmonte de equipamentos ou máquinas Máquina: é um conjunto de peça com a capacidade de produção de movimentos ou de colocar em ação uma forma de energia para a execução de um trabalho. Equipamento: é todo tipo de máquina ou ferramenta usada para auxiliar as pessoas durante as atividades. A diferença é que os equipa- mentos nos ajudam em nossos propósitos, um exemplo disso é o uso de uma marreta durante uma atividade, já as máquinas realizam quase todo o trabalho sozinhas, sem necessitar de tanta relação manual. Um exemplo é a batedeira. Os equipamentos e as máqui- nas fazem parte do nosso dia a dia, onde com a falta desses, alguns trabalhos e atividades, seriam muito difíceis de serem executados. 1.2.2. Bombas e Motores São instrumentos utilizados na maior parte das máquinas e em alguns equipamentos. Para que saibamos compreender a complexi- dade, devemos saber que o objetivo do profissional de segurança não é formar-se um especialista, no entanto saber os instrumentos de funcionamento, para que se possa detalhar os perigos que existe no momento de: instalação construção reparos manutenção As bombas são instrumentos com a atribuição de mover fluídos líquidos para alturas elevadas manométricas com desempenho e eficiência, contanto que sejam adequadamente projetadas, man- tendo a pressão e a vazão constante, considerando minúcias técnicas que precisam ser analisadas, como: 9 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES projeto hidráulico profundidade máxima do reservatório viscosidade do fluído bombe- ado presençade sólidos em sus- pensão. Diversos são os modelos de bombas, cada uma empregada conforme as características do processo, como por exemplo: Bombas de engrenagens bombas centrífugas bombas submersas e submer- síveis bombas peristálticas dosadoras de pistão/ diafrag- ma bombas de rotor helicoidal Os principais movimentos são os rotativos, alternativos e centrífu- gos. 1.2.3. Riscos Diretos A união da bomba com o motor elétrico é realizado pelo eixo, e a união da bomba com a turbina estabelece de um modo geral, o único ponto mecânico enérgico de uma bomba em funcionamento. Por estar localizado normalmente na parte interna, entre a bomba e seu sistema de acionamento, e em nível inferior, diminui o potencial do risco. A manutenção se torna muito importante, pois parafusos de maior comprimento ou rebarbas deixados durante quaisquer trabalhos, não são vistos, quando o eixo estiver em movimento. Na maioria dos casos, as bombas são instaladas em locais úmidos ou frequentemente molha- dos, o que acentua os riscos de contato elétrico acidental. 1.2.4. Riscos Indiretos Bombas com Motores Elétri- cos: Os motores elétricos devem ser cautelosamente instalados e, confe- ridos regularmente. Bombas situadas em Casas de Máquinas: A instalação, geral- mente é dividida com outros tipos de equipamentos, até mesmo fazendo parte dos mesmos, existindo por isso, muitos vazamentos, obstá- culos, que poderão provocar quedas, além dos riscos de incêndio, quando tratarem de bombeamento de fluídos voláteis e combustíveis. Devemos considerar também a higiene, o calor e o ruído. Bombas situadas em Poços ou Submersas: Frequente exalação de gases tóxicos criadas nos poços faz aparecer os riscos de intoxicação para os funcionários que operam, ou 10 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES fazem manutenção nestas instala- ções. Na montagem da bomba e da tubulação, há também riscos mecâ- nicos. Bombas para transvasar Líqui- dos: Podem ser portáteis ou fixas. Nas bombas portáteis, deve-se atentar aos riscos com as ferramen- tas auxiliares. Em geral, as tubulações são flexíveis e os riscos mais prováveis são proporcionados pela posição destes tubos, que podem provocar tropeções ou quedas. Com relação a prevenção, devemos atentar à proteção dos tubos e com o isolamento da área. Bombas de Caminhões Trans- portadores: Os riscos vão variar do produto transportado. Riscos de explosão e intoxicação, oriundo de centelhas produzidas por cargas de eletricidade estática. Bombas com Motor à Explo- são: Os riscos considerados são os oriundos do depósito de combus- tível do motor, e queimaduras causadas por contato com as partes quentes etc. Bombas para Concreto Arma- do: Neste caso devemos levar em conta sempre o processo em que será ou está instalada, com o intuito de conhecer os riscos existentes dos mesmos. Quando se referir de processos bem determinados, devemos dominar com certeza todos os seus riscos. Para processos não determinados, como materiais químicos de diversas naturezas ou bombas para materiais fecais, temos que tomar cuidado, quanto ao manuseio, à emanação e concentra- ção de gases de densidades maiores que a do ar. 1.2.5. Sistemas de Seguran- ça Instrumentação de Controle: Instalação de válvulas como de retenção, purga, de alívio etc. Eletricidade: para evitar contatos acidentais, deve-se proteger a fiação, realizar aterramento do sistema e das tubulações, eletrodutos e chaves à prova de umidade e de explosão, quando se tratar de líquidos combustíveis e explosivos. Contatos com Partes Móveis: como definido em proteções de máquinas, todas as partes móveis devem ser protegidas. Riscos com Escorregamentos: a fim de eliminar vazamentos, a manutenção deve ser frequente, e em casos especiais, os funcionários 11 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES que atuam neste ambiente, devem ser usados calçados antiderrapan- tes. Riscos de Quedas: proteção das tubulações, limpeza do ambiente, acessos como escadas protegidas e bem visíveis, todas as partes metálicas deve ter aterramento. Riscos de Intoxicações: em ou em poços ou ambientes fechados, cuidados devem ser aplicados, para definir a existência de gases tóxicos, se necessário deve haver ventilação eficaz. Jamais um trabalhador deve atuar só, sempre com cinto de segurança, para que possa ser retirado do local com facilidade. 1.2.6. Normas de Segurança As empresas deverão adotar medidas de segurança em benefício da saúde e integridade dos seus colaboradores, bem como: manter pessoas qualificadas e autorizadas para operação e manutenção dentro de seu estabelecimento. usar e respeitar sempre as instruções do equipamento. usar as normas de segurança da empresa. desligar as bombas sempre que for realizar o procedi- mento de manutenção e lubrificação. bloquear as chaves elétricas. O sistema Lock-Out/Tag-Out pode ser aplicado. exigir o uso de ferramentas apropriadas. uso dos EPIs próprios, roupas justas e cômodas. sempre fazer a manutenção preventiva. 1.2.7. Proteção Pessoal Dentre as diversas proteções disponíveis para os funcionários, podemos destacar: viseiras para o funcionário, quando exercer atividades com fluídos corrosivos; roupas de trabalho ajustadas sem impedir os movimentos; Máscara profissional, tendo respiratórias com filtros adequados; Botas ou calçados com solado antiderrapante. 1.2.8. Legislação Afetada Embora não exista uma NR propriamente para bombas, a atividade está associada com diversas NRs. Temos que verificar em particular: a NR-6 - Equipamento de Proteção Individual, NR-10 - Instalações em serviços de eletricidade, NR-12 – Segurança em Máquinas e Equipamentos, NR-15 – 12 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Atividades e operações insalubres, NR-20 - Líquidos combustíveis e inflamáveis. 14 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 2. Layout e Arranjo Físico https://certi.org.br/blog/layout-fabril/ 2.1. Introdução leiaute/arranjo físico tem um papel muito significante no quadro geral de uma empresa. Fazer o leiaute/ arranjo físico de qualquer área é realizar a integração e o planejamento dos caminhos e componentes de um serviço ou produto, com intuito de obter o relacionamento mais útil e econômi- co entre os materiais que se movi- mentam, o pessoal e os equipamen- tos. Contudo, em uma grande indústria este processo não é tão fácil, pois uma pequena falha pode levar a causar sérios problemas na utilização dos locais, pode originar a demolição de estruturas, paredes e até mesmo edifícios e, assim sendo, causar custos altos no rearranjo. A fim de evitar tudo isso, é necessário desempenhar um estudo, obtendo assim o melhor planeja- mento de leiaute. Geralmente, os custos relativos ao planejamento de um leiaute são muito inferiores aos custos relativos ao rearranjo de um O 15 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES leiaute defeituoso (MUTHER, 1978). Há diversos tipos de leiautes e cada um deles se adapta a determinadas características, sendo uns mais vantajosos que outros (TOMPKINS, 1996). No planeja- mento do leiaute é necessário ter em conta todos os fatores (os materiais, a mento, a espera, o serviço, a construção e a mudança), de forma a evitar que eles possam influenciar negativamente (UM-THER, 1955). O leiaute/arranjo busca uma combinação ótima das instalações industriaise de tudo que concorre para a produção, dentro de um espaço disponível. Visa a harmonização e integra- ção do equipamento, mão de obra, material, áreas de movimentação, estocagem, administração, mão de obra indireta, enfim, todos os itens que possibilitam uma atividade industrial. Para planejar o leiaute, é necessário estudar os padrões de fluxo nas estações de trabalho, nos departamentos e entre os departa- mentos (TOMPKINS, 1996). Ao se criar, portanto, o leiaute/arranjo físico deve-se pes- quisar a disposição que melhor combine os equipamentos com os homens e com as fases dos serviços ou processo, de forma a permitir a máxima capacidade dos fatores de produção, por meio da menor dis- tância e no menor tempo possível. Conforme o autor Garcia (1995), Plant Layout, em língua português “arranjo físico”, não traduz o sentido da língua inglesa, pois só podemos arranjar algo fisicamente após termos uma quantidade preestabelecida de produtos e determinar essa quantidade já é um dos problemas do Plant Layout. 2.2. A Demanda por Projeto de Layout/Arranjo Físico Do mesmo modo, como toda empresa tem um caráter dinâmico, o conceito do leiaute/arranjo físico também é dinâmico. Basicamente, o leiaute/arranjo físico procura realizar a integração de material, mão de obra e equipamento. A alteração de qualquer um deles pode tornar incorreto o leiaute/arranjo físico existente. Dessa forma, é importante que o setor encarregado pelo leiau- te/arranjo físico tenha um sistema de informação adequado que for- neça com antecedência as alterações a serem analisadas. Os motivos que manipulam a alteração destes três itens (material, mão de obra e equipamento) podem ser inúmeros, complexos e inter- relacionados. 16 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Do ponto de vista quantitativo, eles podem ser monitorados e verificados com base em diferentes índices/indicadores da empresa. Do ponto de vista qualitativo, a análise pode ser efetuada com uma inspeção nos próprios locais de produção. De forma a se verificar se um leiaute necessita ou não de alterações, algumas questões devem ser respondidas, entre elas as seguintes: Obsolescência das instalações – Novos serviços ou novos produtos estão sendo projetados? Esses produtos requererão alterações no método de trabalho, fluxo de materiais ou equipamentos empregados? Existirá utiliza- ção de novas áreas de esto- cagem? Diminuição dos custos de produção – Existirão paradas de equipamentos e/ou corte de pessoal, diminuição de movimentação de materiais? Variação na demanda – A produção atual corresponde às estimativas de vendas? Os equipamentos de transporte e manuseio serão suficientes? Ambiente de trabalho inade- quado – As condições de ilu- minação, ventilação, tempera- tura e umidade são satis- fatórias? O ruído pode ser isolado? Os locais dos sani- tários/lavatórios são adequa- dos? Condições inseguras – Haverá excesso de material ao lado da máquina? A área é apropriada para o posto de trabalho? Exis- te área que comporte apenas um equipamento, onde na realidade há dois? Os mate- riais inflamáveis estão acomo- dados em área segura? Existem muitos acidentes de trabalho? Há espaço para fluxo e operação de máquinas? O tipo de piso é o correto para a atividade? A faixa demar- catória protege o funcionário dos meios aplicados para o manuseio de materiais? Manuseio excessivo – Os ma- teriais atravessam grandes distâncias? As respostas a algumas destas perguntas podem indicar que a empresa modificou a sua produção para a qual foi originalmente proje- tada, mas que não alterou as suas instalações para conduzir essas alterações na produção. Esse fato ocorre pelo esque- cimento de que a empresa não tem um caráter estático, e sim dinâmico. Toda empresa é proporcionada para produzir certa quantidade de um tipo de produto; alteração nesta quantidade ou no tipo de produto pode fazer com que ela não opere em condições perfeitas, que era a proposta no início da sua operação. De uma solução ótima, ela passa para uma solução sub ótima, gerando, consequentemente, 17 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES condições inseguras nos ambi- entes de trabalho. 2.3. Princípio do Arranjo Físico Para alcançar os seus propó- sitos, o arranjo físico emprega os seguintes princípios gerais, que devem ser obedecidos por todos os estudos: 2.3.1. Princípio da Integração Os diversos elementos (fatores ligados diretamente e indiretamente à produção) devem ser integrados, pois o erro em qualquer um deles poderá resultar em uma ineficácia global. Por exemplo, a posição dos bebedouros, saídas do pessoal etc. 2.3.2. Princípio da Mínima Dis- tância O transporte não soma nada ao produto ou serviço. É necessário encontrar um modo de diminuir ao mínimo as distâncias entre as operações para evitar esforços inúteis, confusões e custos. 2.3.3. Princípio da obediência ao fluxo das operações As medidas das áreas e locais de trabalho devem acatar às exigências das operações de modo que, materiais, homens e equipa- mentos se movam em ritmo contínuo, organizado e de acordo com a sequência coerente do processo de manufatura ou serviço. Esta abordagem também evitará que percursos desnecessários sejam trilhado, atendendo simultânea- mente aos princípios anteriores (integração e mínima distância). Devem ser evitados retornos e cruzamentos (entre fluxos de um mesmo processo e entre fluxos de processos distintos) que causam congestionamentos e interferência. É preciso, também, eliminar interrupções e obstáculos, com in- tuito de garantir melhores fluxos de materiais e sequência de trabalho dentro da empresa. 2.3.4. Princípio da Racionaliza- ção de Espaço É preciso fazer uso da melhor maneira do espaço existente. Em diversas abordagens simplistas, é esquecido que o projeto de leiaute deve ser tridimensional. No processo de se projetar em duas dimensões e se executar o projeto 18 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES em três dimensões, muitas vezes se esquece da interação existente entre as variáveis alturas, largura e comprimento. Portanto, recomen- da-se, sempre, criar os projetos associando o espaço existente nas três dimensões. 2.3.5. Princípio da Satisfação e Segurança O usuário do projeto de leiaute é o homem, em última instância. Logo, o projeto deve atender às suas necessidades. Neste sentido, a segurança do homem e a satisfação, são muito importantes. No momento em que as necessidades básicas do ser humano (fisiológicas) são, atendidas até um certo ponto, outras surgem e tomam o seu lugar e, portanto, deve-se entender que a satisfação do homem é como o horizonte, quando mais tentamos alcançá-lo, mais ele se distancia. Um melhor aspecto das áreas de trabalho promove tanto a elevação da moral do trabalhador quanto à redução de riscos de acidentes. 2.3.6. Princípio da Flexibilidade Este é um princípio que, especialmente na atual condição de avanço tecnológico, deve ser classificado criteriosamente pelo projetista de leiaute. São constantes e rápidas as necessidades de mudança do projeto do produto, mudanças de procedimentos e sistemas de trabalho. Não se atentar a essas alterações pode gerar na empresa: obsoletismo; proliferação de condições inseguras. 2.4. Tipos de Leiaute/Arran- jo Físico Após o tipo de processo ser selecionado, é preciso definir o tipo básico de leiaute/arranjo físico. O tipo de leiaute/arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da operação e é, na grande maioria, tipo de processo deprodução e volume de produção. Apesar de termos essa classificação teórica dos tipos de leiaute, raramente, encontrará em uma situação real um único tipo de leiaute. O que costuma ocorrer é o contrário, as situações em que há uma variável dos tipos clássicos. Existem muitos tipos de leiaute, pois cada um é conforme a definição das suas particularidades, variedade, movimentações dos materiais dentro da fábrica e quantidades (CAMAROTTO, 1998). 19 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES As quatro categorias básicas de leiaute/arranjo físico são: Arranjo Posicional ou por posição fixa A caracterização do leiaute posicional se dá pelo fato de o material se manter estático em- quanto os operadores, equipa- mentos e todos os outros produtos, são movimentados ao seu redor. (CAMA-ROTTO, 1998). Vantagens: reduzida movimentação do material oferece oportunidades de trabalho maior flexibilidade adapta as mudanças do produto e do volume de produção Limitações: maior movimentação dos ope- radores e do equipamento resulta no aumento de equipa- mentos requer grande habilidade dos operadores requer supervisão resulta num aumento do espaço de trabalho, bem como num melhor work-inprocess requer controle e uma produ- ção sincronizada (TOMP- KINS, 1996). Arranjo Linear ou por Produto Os equipamentos são deter- minados de acordo com um segui- mento característico de operações, ficando fixos, enquanto os materiais se movem pelos diversos equipa- mentos (CAMAROTTO, 1998). Por tanto, o leiaute linear tem uma posição fixa voltada para o produto. Esta é a saída perfeita quando se tem apenas um produto ou produtos similares, produzidos em grande quantidade e o processo é relativamente simples. Vantagens: O manuseio do material é menor. Os funcionários não necessitam de muito entendimento profissional. Controle simples da produção. Limitações: Se uma máquina estragar toda a linha de produção para. A posição de trabalho mais lenta marca o ritmo da linha de produção. Requer um supervisor. É fundamental investir em equipamento de alta qualidade (TOMPKINS, 1996). 20 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Arranjo Funcional, Departa- mental ou por Processo No leiaute funcional, má- quinas e equipamentos são reunidos de forma eficiente de acordo o tipo geral de processo de manufatura: furadeiras em um departamento, tornos em outro departamento específico, injetoras de plástico em outro departamento e assim por diante. Isto é, o material se movimenta por meio das áreas ou departamentos e as operações do mesmo tipo são agrupados no mesmo departamento. Esse especí- fico arranjo é utilizado geralmente quando há variedade nos produtos e pequena demanda. Vantagens: melhor utilidade das máqui- nas maior flexibilidade em ajustar máquinas e operadores diminuição do tratamento dos materiais chance de variar as tarefas em cada posição de trabalho. supervisão especializada Limitações: Amplia o tratamento do material. O controle da produção é mais custoso. Aumenta work-in- process. Produções em linhas maiores. Requer maior competência nas tarefas exigidas (TOMPKINS, 1996). Arranjo Celular ou de Grupo O leiaute em grupo classifica- se por agrupar todas as operações nas mesmas células de máquinas. É composta de células de produção e montagem interligadas por um sistema de controle de material. Nas células, esses procedimentos e os processos são agrupados de acordo com o seguimento de produção que é necessária para fazer um determinado produto. Os equipamentos na célula são todas, geralmente de ciclo único e automático, sendo que elas podem finalizar o seu ciclo desligando instantaneamente. A célula normal- mente contém todos os processos fundamentais para uma peça ou submontagem concluída. Limitações: necessita um supervisor os funcionários requerem mai- or habilidade nas operações dependência crítica no fluxo de controle da produção através de células individuais minimiza a possibilidade de utilizar equipamento para fins especiais (TOMPKINS, 1996). 22 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 3. Máquinas e Equipamentos https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/cuidados-e-riscos-no-manuseio-de-maquinas-e- equipamentos/ 3.1. Caldeiras e Vasos de Pressão ão equipamentos, onde de- mandam cuidados extremos, sobretudo no que corresponde os reparos periódicos e treinamento das pessoas que manipulam. A mai- oria das vezes, acidentes ocorridos com estes equipamentos ocasiona grande perda material e pessoal em alguns casos. 3.1.1. Definição de Vasos de Pressão Reservatórios que comportem fluídos e sejam criados para resistir, com segurança, à pressões externas, pressões internas, distintos da pressão atmosférica, atuando, as- sim, na função básica de armaze- nagem. Compreende risco a falta de qualquer um dos seguintes itens: Válvula de segurança com pressão de abertura definida em valor igual ou inferior à PMTA- (Pressão Máxima de Trabalho Admissível). Ferramenta que aponte a pressão do vapor acumulado. Injetor ou outro meio de ali- mentação de água, separado do sistema principal, em cal- deiras com combustível sólido. Sistema de escoamento rápida S 23 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES de água, em caldeiras de recuperação de álcalis. Sistema indicador para con- trole do nível de água ou outro processo, que evite o supera- quecimento por alimentação não eficiente. Como descrito na própria NR- 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS: as situações que apresente riscos gra- ves e iminentes a funções, devem ser paralisadas de imediato, e realizadas as devidas correções, e somente retornar a executar as atividades, após, estas ocorrências estarem sob controle, ou perigos e riscos extin- tos. 3.2. Equipamentos Pneu- máticos Precisam ser consideradas as seguintes condições, durante a montagem e desmontagem de pneumáticos das rodas dos equipamentos e das máquinas não estacionários, que apresentam situações de acidentes: Os pneumáticos precisam ser totalmente despressurizados, tirando o núcleo da válvula de calibragem primeiro que a desmontagem e de qualquer interferência que possa ocasi- onar acidentes; O enchimento de pneumáticos só deverá ser feito na parte interna do dispositivo de cláusula ou gaiola, devida- mente, dimensionada, até que seja obtida uma pressão suficiente para forçar o talão sobre o aro e criar uma vedação pneumática. Nas mangueiras de alta pres- são deverá ter um sistema de trava de segurança que evite que esta chicoteie, caso venha se soltar e possa atingir funcionário ou danifi- car parte do equipamento. Também pode ser adotado o sistema de fecha- mento da mangueira. 3.3. Fornos As funções exercidas no traba- lho em fornos são muito hostis, e requerem um estudo bem detalh- ado quanto às condições daqueles que ali atuam nas tarefas. O ar rarefeito, hostilidade da caloria, ris- cos de queimaduras, concentração de monóxido de carbono, condições ergonômicas e utilização de EPIs que, geralmente, inibi a sensibili- dade do operador, apesar de ameni- zar ou eliminar o contato direto com seus agentes agressivos, são deta- lhes suficientes para que o responsá- vel de segurança tenha atenção múl- tipla com esta ferramenta. Devido às áreas e formas de instalação destes fornos, geral- mente, impede a instalação de Equi- 24 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOSE INSTALAÇÕES pamento de Proteção Coletiva (EPC)- sistema de exaustão correto. Cabe a empresa através do SESMT- Serviço Especializado em Segurança de Medicina do Trabalho (Enge- nheiros de Segurança do Trabalho ou Técnicos de Segurança do Traba- lho, desenvolver Equipamento de Proteção Individual dos trabalhado- res). Cabe uma observação quanto ao desenvolvimento de EPIs, pois como detalhado na NR-06 – Equipamento de Proteção Indivi- dual, este deve ser o último recurso a ser empregado. A norma quando estabelece esta condição tem uma lógica, pois prefere as ações de engenharia que, geralmente, elimi- nam os agentes agressivos ou, então, chegue a controlá-los, do que fazer o funcionário ficar preso por uso de EPI’s. 3.4. Sistema de Proteção Coletiva As normas regulamentadoras classificam constantemente a aten- ção para fixação de sistema de proteção coletiva. Isto ocorre na NR- 06, quando se exige que a prioridade na utilização de ações de enge- nharia, volta-se a repetir na NR-10, quando diz da obrigação em todos os serviços executados em instalações elétricas, que devem ser adotados e previstos, principalmente, medidas de proteção coletivas aplicáveis, mediante métodos, às atividades a serem realizadas, de forma a garan- tir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Contudo, na prática, este recurso é muito pouco usado. Geralmente, por comodidade, ou- tras pelo alto valor, e em sua maioria pela falta de conhecimento dos funcionários em como aplicar estes sistemas. Seja qual o motivo, no final, todos saem perdendo, pois poderíamos perpetuar melhores estados de trabalho, com a adoção do grupo de proteção coletiva, criando mais conforto ao funci- onário, culminando com menos reclamações trabalhistas. 3.5. Equipamento de Prote- ção Individual Mesmo que as empresas fabricantes de EPI´s, tenham que se aprimorar e buscar novos conceitos de EPI´s, com materiais mais leves, confortáveis, adaptados as condi- ções do corpo humano, ainda presenciamos nos dias de hoje muitas empresas que empregam o recurso de utilização de materiais de má qualidade, comprometendo ainda mais o trabalhador. Como referido, no item ante- rior, o EPI - Equipamento de Prote- ção Individual, somente deve ser 25 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES usado como último recurso e nada mais. E mesmo com último recurso, a norma também comenta da necessidade da busca de novas tecnologias. A NR-12 veio com o novo critério de mudar a filosofia de atuação das empresas e funcioná- rios, e com esta ideia faz-se neces- sário os envolvimentos de todos, no que diz respeito à diminuição dos números de acidentes, tanto os mais simples, como arranhões, até aque- les que encerram na fatalidade. E o EPI é um dispositivo importante, neste contexto, pois é impossível imaginar linhas de produções pesa- das sem o uso dele. De outra forma, hoje, o funcionário, já vem compreendendo mais seu papel neste contexto, e o fato de utilizar EPI´s somente para agradar o patrão ou, então, para não ser advertido, já ficou no passado. Geralmente, hoje em dia, os empre- gados não só exigem o forneci- mento de EPI´s, mas também co- bram que estes sejam de qualidade, que tenham conforto, durabilidade e até tecnologia avançada. Tudo leva a crer que patrão e funcionário, estão se ajustando, aos poucos, às novas exigências das normas e ao papel de cada um para o desempenho destas. 3.6. Cor, Sinalização e Ro- tulagem Conforme a NR-26 – SINA- LIZAÇÃO DE SEGURANÇA, em sua nova redação de 2011, a qual nos expede a cumprir as normas técnicas oficiais, passamos a utilizar os critérios da NBR-7195 de 31.07.1995 – Cores para Segurança, com o intuito de fixar as cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes, utilizadas para identifi- car e advertir contra riscos. A NBR-6493 de 30.11.1994 – que trata do uso de Cores para identificar as tubulações, com o intuito de estabelecer as condições e para a aplicação de cores na identificação de tubulações, para a canalização de fluídos e material fracionado, ou condutores elétri- cos, buscando a facilitação da identificação e evitar acidentes. Precisamos lembrar que além das aplicações das NBRs usadas acima, os funcionários devem ser treinados, com o objetivo de evitar acidentes, no momento de fazer alguma manutenção, manuseio e deslocamento dentro da empresa. Na NR-26 há algo novo, que nos indica sobre a Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com Dados de Segurança de Produto Químico. Há uma norma para unificar as informações globalmen- 26 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES te, fazendo com que todas as em- presas trabalhem com o mesmo sistema de classificação, essa norma é encontrada na GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Clas- sificação e Rotulagem de Produtos Químicos, da Organização das Na- ções Unidas. Quanto à classificação de peri- go, a norma nos diz que: “Na ausên- cia de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigo- sas pode ser utilizada lista interna- cional”. Atualmente, nós temos uma norma que trata de classificação de perigo, que é a NBR-14725 – parte 2– CLASSIFICAÇÃO DE PERIGO – que tem por objetivo estabelecer critérios para o sistema de classifi- cação de perigos de produtos químicos, (substâncias ou misturas) de forma a oferecer ao usuário informações referentes à segurança, à saúde humana e ao meio ambiente. Devemos lembrar que além das aplicações das NBRs citadas acima, os empregados devem ser treinados, a fim de evitar acidentes, no momento de fazer alguma manu- tenção, manuseio e deslocamento dentro da empresa. Na NR-26 há algo novo, que informa sobre a Classificação, Rotu- lagem Preventiva e Ficha com Dados de Segurança de Produto Químico. Essas informações podem ser en- contradas na GHS – Sistema Global- mente Harmonizado de Classifica- ção e Rotulagem de Produtos Quí- micos, da Organização das Nações Unidas. Referindo à rotulagem preven- tiva, deve constituir elementos importantes para a identificação do produto. Novamente, a NR-26 nos diz que: “Os aspectos referentes à rotulagem preventiva precisam atender ao disposto em norma técnica oficial vigente”. 3.7. Manutenção Preventi- va A NR-12 tem uma exclusiva atenção quanto aos trabalhos de manutenção, pois foi averiguado ao longo do tempo pelas estatísticas oficiais do Ministério do Trabalho, que a maioria dos acidentes graves ou fatais, acontece no momento da preparação, ou na execução de manutenção de máquinas e equipa- mentos. Dessa forma, ela descreve a obrigação dos bloqueios das fontes de energia, através do sistema Lock- out/Tag-out. Os responsáveis de segurança que estão há muitos anos na área, acreditam que este sistema e a introdução de plataformas elevatórias, foram as ferramentas que contribuíram sensivelmente para a baixa de acidentes graves nas indústrias. Não conseguimos negar 27 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES que não bastam estes dois equipamentos, mas sim um plano de gestão para manutenção dos equipa- mentos e das máquinas. Retornando a este contexto, o Ministério do Trabalho em sua NR- 12, pede que as empresas tenham um livro próprio de registro por máquina, para retratar todo o siste- ma de manutenção realizado, o que removido, o que foi trocado, o que foi revisado, e outros detalhes. Esta anotação tem como objetivo descre- ver a vida da máquina, fazendo um paralelo ao ser funcionário. É como se fosse um prontuário médico. 28 29 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOSEM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 4. Avaliação de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações Elétricas https://www.pahcautomacao.com.br/saiba-mais-sobre-a-adequacao-nr12-e- seus-beneficios/ 4.1. Instalações Elétricas hoque elétrico é uma pertur- bação de natureza e efeitos abundantes, que se manifesta no organismo humano quando per- corrido, em certas condições, pela corrente elétrica. É um estímulo rápido e acidental do sistema nervoso e do corpo humano, pela passagem de uma corrente que irá circular quando ele se tornar parte de um circuito elétrico que tenha uma diferença de potencial capaz para vencer sua resistência elétrica. Efeitos diretos decorrentes do choque elétrico podem ser: morte fibrilação do coração queimaduras contrações violentas dos músculos parada respiratória formigamento Efeitos indiretos são: quedas batidas C 30 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Aterramento elétrico é a ligação intencional a terra através da qual corrente elétrica pode fluir. O aterramento pode ser considerado uma ligação elétrica e de baixa resistência à terra. Tem como propósito conduzir as correntes elétricas indesejáveis para a terra e estabelecer o mesmo potencial entre massas para evitar um choque elétrico. É utilizado, também, para escoar as descargas elétricas atmosféricas para a terra. Os aterramentos podem ser de três tipos: Aterramento funcional – é a ligação à terra de um dos condutores do sistema, normalmente o neutro; Aterramento de proteção – é a ligação à terra de massas (partes metálicas de equipa- mentos ou instalações que não fazem parte dos circuitos elétricos), objetivando à proteção contra choques elétricos por contato indireto; Aterramento temporário – é a ligação provisória à terra de circuitos elétricos desener- gizados objetivando ações seguras de manutenção em partes das instalações geral- mente sob tensão, postas fora de serviço. Os para-raios são equipamen- to para proteger edificações de descargas elétricas. A NBR nº 5.410 /2004 fixa as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas, até uma tensão igual ou inferior a 1 .000 V AC (frequência inferior a 400 Hz) ou 1 .500 V CC, a fim de garantir seu funcionamento adequado, a segu- rança de pessoas e animais e a conservação dos bens. 4.2. Equipamentos e Dispo- sitivos Elétricos As instalações elétricas das máquinas e equipamentos precisam ser projetadas e mantidas de modo que se busque a prevenção com relação aos perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, de acordo com o previsto na NR 10. Uma subestação é uma instalação elétrica de alta potência, constituindo-se de equipamentos para distribuição, transmissão, controle de energia elétrica e proteção. Funciona como local de controle e transferência em um sistema de transmissão elétrica, conduzindo e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando como local de entrega para consumidores industriais. 31 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Precisam ter aterramento, de acordo com as normas técnicas oficiais válidas, as carcaças, instalações, blindagens, invólucros ou partes condutoras dos equipamentos ou máquinas e que mesmo não fazendo parte dos circuitos elétricos, podem vir a ficar sob tensão. As instalações elétricas dos equipamentos e máquinas que encontram-se ou exponham-se ao contato indireto ou direto com água ou agentes corrosivos necessitam ter em seus projetos meios e dispo- sitivos que comprovem sua blinda- gem, estanqueidade, aterramento e isolamento, de forma a prevenir a ocorrência de incidentes. Os condutores de ali- mentação elétrica dos equipamentos e máquinas precisam realizar o atendimento as seguintes exigências mínimos de segurança: ofertar resistência mecânica compossível com a sua utilização; dispor proteção contra a chance de rompimento mecâ- nico, de contatos abrasivos e de contato com lubrificantes, combustíveis e calor; posição de forma que nenhum segmento fique em contato com cantos vivos ou as partes móveis. não impedir e facilitar a movimentação de materiais, pessoas ou a operação das máquinas; não oferecer qualquer outros tipos de riscos na sua loca- lização; não realizarem a emissão de substâncias tóxicas em caso de aquecimento e serem feitos de materiais que não multipli- quem o fogo, ou seja, auto- extinguíveis. Os quadros de energia dos equipamentos e das máquinas precisam atender as exigências mínimas de segurança descritas abaixo: dispor de porta de acesso, permanentemente fechada; possuir placas informando o perigo de choque elétrico e contenção de acesso por pessoas não autorizadas; ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e ferramentas; possuir identificação dos circuitos e proteção ; e, obedecer ao grau de proteção adequado em função do ambiente d e uso. As ligações e derivações dos condutores elétricos dos equipa- mentos e das máquinas precisam ser realizadas através de dispositivos adequados e de acordo com as normas técnicas oficiais válidas, de forma a garantir resistência 32 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES mecânica e contato elétrico adequado, com propriedades correspondentes aos condutores elétricos usados e proteção contra riscos. As instalações elétricas dos equipamentos e das máquinas que venha usar energia elétrica disponibilizada por fonte externa necessitam dispor de dispositivo protetor contra sobrecorrente, determinado de acordo a demanda de consumo do circuito. Os equipa- mentos e as máquinas precisam dispor de dispositivo protetor contra sobretensão quando constatado que a elevação da tensão pode vir provocar risco de acidentes. 4.3. Manutenção Preventi- va No decorrer da manutenção de instalações elétricas próximas de instalações sob tensão, alguns cuidados especiais precisam ser tomados quanto de indução elétrica e ao risco de contatos eventuais, sendo alguns deles: a) Quando necessários serviços de manutenção em instalações elétricas sob tensão, eles necessitam ser programados e planejados, determinando todas as operações que envolvam riscos de acidentes, para que possam ser estabelecidas as medidas preven- tivas necessárias; b) São proibidos o ingresso e a permanência de indivíduos não autorizados em ambientes que tem proximidade a partes das instalações elétricas que venha oferecer riscos de danos às pessoas e às próprias instalações; c) As tarefas de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas que não estejam sob tensão só podem realizadas quando elas estiverem liberadas. Entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços aquela cuja ausência de tensão pode ser constatada com dispositivos específicos para tal finalidade (detectores de tensão); d) Para atestar a ausência de tensão no circuito elétrico, a todo instante do desenvolvimento desses serviços, as ferramentas de coman- do precisam estar sinalizados e bloqueados, e o circuito elétrico devidamente aterrado; e) Os serviços de manutenção e ou reparos de instalações elétricas sob tensão só devem ser executados por profissionais qualificados, adequadamente treinados, em cursos especializados e com emprego de equipamentos e ferra- mentas especiais; f) Nos pontos das instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato no decorrer dos trabalhos 33 PREVENÇÃO ECONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES de manutenção, ou sempre que for julgado indispensável à segurança, precisam ser colocadas placas de aviso, bandeirolas, inscrições de advertência e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco; g) Quando os dispositivos de interrupção ou de comando não conseguirem ser manobrados, por situação de segurança, devem ser cobertos pelo Cartão impedimento, com letreiro visível em uma dis- tância de cinco metros a olho nu; h) Os espaços dos pontos de trabalho situados nas vizinhanças de partes elétricas expostas não devem ser usadas como passagem; i) É vetado guardar objetos estranhos às instalações próximos de suas partes; j) Conservar sempre uma dis- tância segura entre equipamentos elétricos e componentes energi- zados, obedecendo o distancia- mento seguro estabelecido pela NR 10, da Portaria nº 598, de 7-12- 2004, do MTE. Os empregados autorizados a realizar as atividades instalações elétricas precisam dispor de treinamento específico sobre os riscos resultantes do emprego da energia elétrica e os principais padrões de prevenção de acidentes em instalações elétricas, conforme o estabelecido na NR 10. 34 35 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 5. Segurança na Construção Civil https://videnci.com/2019/11/12/conheca-as-principais-normas-de-seguranca-do-trabalho-na-construcao- civil/ 5.1. Programa de Condições e Meio Ambiente de Traba- lho –PCMAT propósito fundamental do PCMAT é a prevenção dos riscos, a informação e o treinamento dos funcionários com o propósito de reduzir a chance de acidentes, bem como diminuir os seus efeitos quando são produzidos. Para tanto deverá ser colocado em prática um programa de saúde e segurança que obedecerá, criteriosamente, às nor- mas de segurança, principalmente a NR 18, além de ter a integração entre o projeto a segurança e a execução de obras. Se, por algum motivo, for necessária a realização de algumas mudanças na execução da obra, com relação ao que foi determinado anteriormente, terão que ser ava- liados os aspectos de segurança e saúde, seguindo as medidas neces- sárias para que essas mudanças não criem riscos imprevisíveis. Alguns dos objetivos do PCMAT: O 36 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Garantir a integridade e saúde dos trabalhadores; Determinar atribuições, auto- ridade e responsabilidades ao pessoal que desempenha, administra e verifica ativida- des que interfiram na segu- rança e que intervêm no processo produtivo; Fazer estimativa dos riscos que decorrem do processo de execução das obras; Definir as medidas de prote- ção e prevenção que impeçam ações e situações de risco; Empregar técnicas de execu- ção que diminuem ao máximo possível esses riscos de doen- ças e acidentes. De acordo com o item 18.3 da NR 18, o PCMAT: É essencial sua elaboração e cumprimento nas empresas com vinte trabalhadores ou mais, contemplando os aspec- tos desta NR e outros dispo- sitivos complementares de se- gurança. *Deverá considerar as exigências contidas na NR 9 – Programa de Prevenção e Riscos Ambientais – PPRA. É preciso ser mantido na empresa a disposição do órgão regional do Ministério do Trabalho – MTb É necessário sua elaboração e execução por profissional le- galmente habilitado na área de Segurança no Trabalho Sua execução é de responsa- bilidade do condomínio ou empregador. 5.2. Etapas Análise de Projetos (antecipa- ção) Requisitos: Instalações Métodos Processos Modificações Interpretação / Conhecimento de riscos dos processos das atividades envolvidas Reconhecimento dos Riscos Ambientais Requisitos: Recursos humanos qualifi- cados para avaliação quanti- tativa e qualitativa Avaliação dos Riscos Requisitos: Avaliação dos riscos e com- paração com os limites pre- vistos na NR 15 ou na ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hi- gyenists. 37 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Elaboração do Documento- Base Requisitos: Equipamentos de medição dos riscos ambientais calibrados e acessórios. Conhecimento de Planejamen- to Requisitos: Estabelecimento de metas e prioridades Desenvolvimento de estra- tégia Metodologia da ação Forma de registro Manutenção e divulgação de dados Elaboração de cronograma Implementação de Medidas de Controle Requisitos: Desenvolvimento / aprimora- mento de projetos e imple- mentação de medidas de proteção coletiva Adoção de medidas adminis- trativas ou de organização do trabalho Especificação de EPI adequado Avaliação Sistemática de Exposição ao Risco Requisitos: Recursos humanos quali- ficados para a avaliação quan- titativa Equipamentos de medição dos riscos ambientais calibrados e acessórios Ações preventivas para minimizar probabilidade de que os riscos ambientais ultrapassem limites de exposição, considerando-se o nível de ação Programa de Treinamento Requisitos: Recursos áudio-visuais material instrucional profissionais habilitados e disponibilidade dos que receberão o treinamento Avaliação e Desenvolvimento do PPRA Requisitos: Auditorias internas preventi- vas e periódicas, observando- se, inclusive o PCMSO; Controle sistemático da expo- sição ao risco acima dos níveis de ação. 38 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Os objetivos básicos para execução do PPRA são a preservação da saúde e da segurança dos funcionários e proteção ao meio ambiente e recursos naturais e deve ser elaborado com a seguinte estrutura: Planejamento Estratégia Metas Metodologia Prioridades Cronograma Levantamento de dados Avaliação Comunicação Para execução do PPRA deve ser analisada sua relação com os aspectos técnicos, administrativos e legais. 5.2.1. Aspectos Técnicos Análise de projetos de novas instalações, métodos e proces- sos; Reconhecimento dos riscos ambientais e avaliação quanti- tativa; Estabelecimento e assessora- mento na implementação de medidas de controle 5.2.2. Aspectos Administrativos Estruturação do PPRA consi- derando os requisitos da NR 9; Envolvimento do SESMT e da CIPA; Programas de treinamento; Elaboração de registros de dados; Assessoramento técnico de procedimentos administrati- vos 5.2.3. Aspectos Legais Interação com o PCMSO e NRs; Assessoramento técnico às questões jurídicas. 5.3. Documentos e Aspec- tos Básicos que deve con- ter um PCMAT Para produção do PCMAT, a Norma Regulamentadora 18 refe- rencia uma série de documentos que necessitam constituir um programa de segurança e busca conectar a segurança com a produção, gerando documentos que anteriormente eram específicos da produção, como por exemplo especificações técni- cas, cronograma, memorial descri- tivo, layout, etc. Ainda que a norma aponte os documentos básicos que precisam compor o PCMAT, isso não impossibilita que a empresa crie outros para a implementação do programa, tendo em vista que a norma não trata da parte estratégica 39 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES de implantação e somente cita alguns documentos, como: Memorial sobre meio ambi- ente e as condições de trabalho nas atividades e execuções, levando em consideração os riscos de doenças e acidentes de trabalho e suas respectivas medidas preventivas Projeto de implemento das proteções coletivas em acordo com as etapasda execução da obra Classificação técnica das pro- teções coletivas e individuais a serem empregadas. Cronograma de implantação das medidas preventivas defi- nidas no PCMAT Layout inicial do canteiro de obra, considerando, inclusive, previsão de delimitação das áreas de vivência. Programa educativo conside- rando a temática de prevenção de doenças e acidentes do trabalho, com carga horária Memorial: É o documento que tem os dados da obra, as exigências de segurança para a sua execução, bem como a análise dos riscos causados pela manifestação das idéias iniciais contidas no projeto da obra. Planos: Com este documento obje- tiva que todas as medidas da segu- rança e higiene indicadas no memo- rial sejam realizadas. Riscos: A maioria dos acidentes fatais acontecem na construção. Ocorrências frequentemente superi- ores comparado aos outros ramos de atividades pelo fato de ser o ramo que mais emprega pessoas no Brasil e em segundo, por conta das condições de execução de obra ainda não oferecerem segurança, soman- do-se a pouco treinamento e infor- mação dadas aos funcionários. A probabilidade ou proximi- dade de um dano é capaz de afetar a integridade física do funcionário, ou o processo de andamento da obra. Durante o processo observamos várias fases de menor ou maior importância, causando uma série de riscos que poderão provocar acidentes. De forma geral, estas fases do processo são as seguintes: Movimentação de Terra Fundações e Estruturas Coberturas Fechamento e Alvenaria Instalações e Acabamentos Máquinas de elevação A NR 18 em seu item 18.39 expõe a nomenclatura adotada nos documentos. 4 0 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 5.4. Normas Regulamenta- doras A portaria Portaria MTB 3214 de 08.06.78 – DOU 06.07.78 aprovou as 28 Normas Regulamen- tadoras, cada uma cita um assunto de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. O não cumprimento destas normas já define a negli- gência, logo é um ato ilícito. O cumprimento destas normas depen- de em na maior parte da Empresa, vários itens dependem especial- mente do pessoal em nível de supervisão e da CIPA. 5.5. Responsabilidade Civil e Criminal do Acidente do Trabalho Todos possuem responsabili- dades legais quanto a Higiene e Segurança no Trabalho. Deste modo os empregadores, a CIPA, o SESMT, assim como o médico, enfermeiro, técnico e engenheiro de segurança do trabalho, o pessoal em nível de supervisão (Engenheiro, mestre, encarregado, administrativo, etc.) que são prepostos do empregador, enfim todas as pessoas que tem poder de mando, de coodernação da empresa. Antes da Constituição Federal de 05/10/1988, quando havia um acidente de trabalho era muito difícil provar a culpa do empregador ou de seus prepostos, isto porque estava em vigor a súmula n.º 229 do STJ – Supremo Tribunal de Justiça e ela preceituavam o seguinte: A indenização paga pela previdência social não exclui a indenização paga pelo direito cívil em caso de dolo ou culpa grave do empregador. Isto expressava, portanto, que a vítima podia receber a dupla reparação: uma a título acidentaria (pago pela Previdência Social) e a outra por ato ilícito paga pela empresa. Para ganhar a indenização por ato ilícito, a vítima teria que se esforçar em fazer uma prova de que o acidente ocorreu por culpa grotesca, onde aquela culpa que extrapola a normalidade. Isto era efetivamente muito difícil de conseguir, daí vários acidentes de trabalho não traziam prejuízo de indenização para as empresas. Acontece, que após a CF/88, o artigo 7 inciso XXVIII, extinguiu a palavra “GRAVE”, e assim sendo basta que a vítima ou seus depen- dentes provem a simples CULPA. Por definição de CULPA entende-se: Deixar de prever aquilo que é perfeitamente previsível. As modalidades de culpa são: 41 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Negligência Imprudência Imperícia Sob o ângulo jurídico e legal, existem dois tipos de acidentes de trabalho: Acidente tipo: é o acidente que acontece maneira súbita, violenta, traumatizante; Doenças profissionais: pode acontecer por risco normal da atividade laborativa ou por ato ilícito do funcionário e/ou prepostos. Ato ilícito está presumido pela Regra geral de responsabilidade Civil, e que está escrito no Artigo 159 do Código Civil Brasileiro: ART. 159: Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligên- cia ou imprudência, violar direito ou causar prejuízos a outrem, fica obrigado a repa- rar o dano. A apuração da culpa e a avali- ação da responsabilidade, estabele- cida pelos artigos: 1518, 1532, 1537 e 1553 do mesmo artigo. A lei 8213 de 24/07/91 esta- belece em seu artigo 120 no ART. 120 : Nos casos de negligência quanto as normas padrão de segurança e higiene do trabalho, indicados para proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os responsáveis, paralela com a ação criminal. Deixar de cumprir alguma Norma prevista na legislação (especialmente a Portaria 3214/78 e suas NRs), por si só já poderá ser caracterizado a NEGLIGÊNCIA, principalmente se levarmos em conta que a NR-1 – Disposições Gerias no seu item 1.6 a 1.7, específica: 1.6.1. – Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, co- mercial, ou qualquer outra atividade econômica, serão para efeito de aplicação das Normas Regulamen- tadoras – NR, solidariamente res- ponsáveis a EMPRESA PRINCIPAL e cada uma das subordinadas. 1.6.2. – Para efeito de aplica- ção das Normas Regulamentadoras – NR, a obra de Engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frente de trabalho, será considerada como estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica. 42 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 1.7. – Cabe ao Empregador: a) Cumprir e fazer cumprir as dispo- sições legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina de Trabalho; b) Elaborar ordens de serviços sobre Segurança e Medicina do Trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: I – Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho II – Divulgar obrigações e proibições que os empregados devam conhecer III – Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviços expedidas IV – determinar os proce- dimentos que deverão ser adotadas em caso de acidente e/ou doenças profissionais do trabalho V – Adotar medidas deter- minadas pelo MTB (Ministério do Trabalho) VI – Adotar medidas para eli- minar ou neutralizar a insalubridade e/ou condições inseguras para o trabalho C) Informar aos trabalhadores: I – Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho. II – Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa. III – Permitir que represen- tantes dos trabalhadores acompa- nhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre Segu- rança e Medicina do Trabalho. Logo, precisam ter cautela todos os profissionais e empre- gadores, tendo em vista que a situação mudou radicalmente de 1988 para cá, até mesmo já havendo casos de condenação civil e criminal, envolvendo, gerentes, presidentes de empresas, técnicos de segurança, médicos, mestres, engenheiros de obras. Quanto ao aspecto Penal, o Código Penal previa aplicação de dois tipos penais: homicídio culposo lesões corporaisculposas É a regra geral, mas há um dispositivo no Código Penal, que justamente tem por finalidade prevenir que o dano aconteça. É o chamado crime de perigo. Basta à compreensão de se expor alguém, a sua integridade física, mental, orgânica ou a sua saúde a um perigo frontal e eminente para que o crime se conclua. 43 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Está provado que a maioria dos riscos reais, principalmente na Construção Civil, ocorrem porque o funcionário em nível de supervisão não se importa em “Cumprir e fazer cumprir as normas essenciais para a prevenção de acidentes”, pensando somente na produção e economia de ofertar as adequadas proteções coletivas e individuais, e provavel- mente por ainda continuarem cogitando que em caso de acidentes eles nada sofrerão. 4 4 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 45 6. Processos e Procedimentos de Segurança do Trabalho https://gestaosst.com/apr-analise-preliminar-de-riscos/ 6.1. Comunicação Prévia É fundamental a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das operações, das seguintes informações: Endereço correto e qualifi- cação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, endereço correto da obra empregador ou con- domínio; Tipo de obra; Datas previstas do início e conclusão da obra; Número máximo previsto de trabalhadores na obra. O responsável residente deve, antes do início de seus trabalhos no empreendimento, realizar o requeri- mento da aprovação de suas instalações ao Órgão Regional do MTb, assim como comunicar ao mesmo quando ocorrer alterações substanciais nas instalações e/ou equipamentos, conforme determi- nações da NR 2 e 3, da Portaria n.º 3214/78 do MTb. O órgão regional do MTb, posteriormente a inspeção prévia, irá emitir o Certificado de Apro- vação de Instalações – CAI. O Órgão Regional do MTb, está apto a executar a interdição do empreen- PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 46 dimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou executar o embargo a obra, a partir de laudo técnico do serviço competente que comprovar grave e eminente risco para o trabalhador. 6.2. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, é formada conforme a determinação da NR 5, da Portaria n.º 3214/78, do Ministério do Trabalho. A CIPA tem por objetivos: Relatar e observar e as condi- ções e meio ambiente de tra- balho Solicitar medidas para redu- zir, minimizar e eliminar os riscos existentes ou neutra- lizar-los Discutir, em conjunto com o SESMT, os acidentes ocorri- dos, e encaminhá-los para a gerência do empreendimento o resultado da discussão Solicitar medidas que venham prevenir a ocorrência de aci- dentes semelhantes Aconselhar aos operários quanto à prevenção de acidentes. A gerência do empreendimento terá de providenciar e encaminhar para o SESMT a seguinte documentação: Relação dos candidatos a membros representantes dos empregados. Relação dos membros repre- sentantes do empregador Data e horário da votação Com este dados, o SESMT providenciará: Cédula de eleição da CIPA Efetuar a eleição da CIPA Ata da eleição dos repre- sentantes dos empregados da CIPA Ata de instalação e posse da CIPA Calendário anual de reuniões ordinárias Requerimento de registro da CIPA a Delegacia Regional do Trabalho A empresa tiver na mesma cidade 01 (um) ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta) empregados deve organizar CIPA centralizada. A CIPA será constituída de representantes dos empregados e do empregador. É obrigatório ter ao menos 01 (um) representante titular e 01 (um) suplente, para cada grupo de até 50 funcionários em cada canteiro de obra ou frente de PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 47 trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5. A empresa que possuir 01 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho, tem a obriga- toriedade de realizar a organização da CIPA por estabelecimento. 6.2.1.Segurança na Construção Civil Os canteiros de obra da qual a construção não ultrapasse 180 (cento e oitenta) dias, não tem obrigatoriedade em formar uma CIPA, tendo, para atendimento do disposto neste item, ser composta comissão provisória de acidentes, com eleição paritária de 01 (um) membro efetivo e 01 (um) membro suplente a cada grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores. As empresas que possuam grupos de trabalho itinerantes deverão julgar como estabeleci- mento à sede da equipe. As subempreiteiras que pelo número de empregados não se encaixem no disposto anteriormente, participa- rão com, no mínimo 01 (um) representante das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas pela CIPA da contratante. 6.3. Inspeção de Segurança e Análise dos Acidentes A análise de risco é algo fundamental em um ambiente de trabalho onde o mesmo ofereça circunstâncias e perigos que podem prejudicar a integridade física dos colaboradores. Dessa forma, é fundamental fazer uso das melhores estratégias que evitam acidentes e outros problemas. 6.3.1. APR- Análise Preliminar de Risco A utilização da análise preliminar de riscos (APR) é para que as organizações venham cumprir com as obrigações legislativas e para a redução de acidentes. Esse procedimento compreende o estudo antecipado das etapas do trabalho a ser executado, levando em conta os riscos ao meio ambiente, às pessoas, ao patrimônio financeiro e à estrutura física da empresa. Esse procedimento precisa ser realizado para assegurar a integridade física e psicológica dos empregados e toda a equipe. Apesar de sua importância, algumas gestores não dão importância para esse assunto e não a executam. Em outras ocasiões, ela é realizada junto ao início das atividades. Isso PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 48 provoca a ineficiência dos estudos, já que dúvidas podem aparecer e esclarecimentos serem realizados de modo superficial. De modo infeliz, todos esses casos carregam péssimas conse- quências para o negócio. Desse modo, é fundamental vê-las como partes essenciais de qualquer pro- cesso produtivo. Todos os cuidados devem ser empregados, com o intuito de evitar erros e assegurar a segurança dos envolvidos. Um acidente pode trazer danos à saúde dos colaboradores e abalar a em- presa inteira. Um exemplo, é que na ausência de equipamentos de segurança na execução de uma atividade, todos os esforços são apontados para a solução desse problema. A análise de riscos necessita fazer parte da rotina de trabalho para que tudo ocorra conforme o planejamento inicial e receba toda a atenção necessária. Com a análise preliminar, é possível antecipar situações proble- máticas e propor soluções adequa- das às exigências normativas. Além do mais, o nível de segurança de cada atividade pode crescer em função dos riscos que ela apresenta ao longo do desenvolvimento do projeto. O trabalho em espaço confi- nado é uma situação que exige muito cuidado e atenção, fazendo com que todos os detalhes sejam analisados e compreendidos. Todo o ambiente e as ferramentas de trabalho precisam ser estudados e escolhidos adequa- damente. O horário em que as ativida- des são executadas também é decisivo para a APR. Se os trabalhadores trabalharem na parte da manhã, as condições de temperatura, umidade e pressão do ar serão muito diferentes em comparação a uma situação noperíodo noturno. Por mais que as equipes traba- lhem com os mesmos equipamentos de segurança e executem as mesmas atividades, essas ocasiões oferecem riscos diferentes e exigem soluções distintas. 6.3.2. Tipos de Inspeção Exis- tentes As inspeções de análise de risco são de rotina, podendo ter variação conforme o porte e o campo de atuação do negócio. De todo modo, há sete classificações para realizar a orientação e a determinação das regras de cada uma delas e facilitar a identificação de possíveis doenças ocupacionais: Inspeção de rotina: como o próprio nome já diz, ela é PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 49 executada de forma periódica no dia a dia de trabalho da gestão. Tendo o propósito de determinar os problemas que prejudicam a rotina diária dos trabalhadores; Inspeção periódica: realizada com horário e local marcado e em intervalos regulares. Por isso, ela exige um planeja- mento, a fim de identificar as condições de trabalho na empresa; Inspeção oficial: análises feitas por órgãos oficiais e atendendo a determinações judiciais. Além disso, elas acontecem caso ocorra uma exigência das normas regulamentadoras; Inspeção especial: ocorrem sem o aviso prévio e em situa- ções extraordinárias, como após a ocorrência de acidente ou para solucionar um proble- ma com mais detalhes e precisão; Inspeção eventual: atividades relativas à inspeção da qualidade de equipamentos, instalações e outros elementos da infraestrutura do negócio; Inspeção geral: processos planejados e que averiguam as condições de todas as áreas da empresa; Inspeção parcial: atividades realizadas em setores isolados e quando já ocorre algum tipo de problema. 6.3.3. Como Executar as Ins- peções e Análises de Risco É perceptível que a análise de riscos é um procedimento essencial em uma empresa que deseja evitar acidentes, melhorar a qualidade de vida dos funcionários e alcançar melhores indicadores de desem- penho. Muitos técnicos têm dúvidas sobre as melhores práticas para a realização desse tipo de serviço. Como existem diversas atividades e vários campos de atuação, como a indústria petroquímica e o agrone- gócio, cada caso deve ser analisado estrategicamente. O planejamento é uma das principais etapas. A determinação de um cronograma simplifica o engajamento de colaboradores, pondo em ação as melhores meto- dologias disponíveis no mercado. A análise de riscos no trabalho deve ser realizada por todos os funcio- nários de segurança do trabalho da empresa. Esses profissionais devem direcionar seus esforços para a obtenção de informações atuali- zadas sobre as atividades exercidas no ambiente. Caso necessário deve solicitar o auxílio técnico de outros profissionais ou especialistas da empresa visto que a multidis- ciplinaridade é saudável neste tipo de processo. PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 50 Visitas aos diversos setores e áreas da companhia são funda- mentais para compreender como os procedimentos ocorrem e de que forma os colaboradores estão expostos. Não há um modelo pronto para uma APR eficaz. Contudo, as seguintes etapas podem ajudá-lo a realizá-la: Identificar os riscos exis- tentes; Listar todos os perigos; Procurar e identificar suas causas e origens; Descobrir quais equipamentos e funcionários estão em risco; Prever os danos que podem ser causados; Planejar medidas para o controle e a correção de falhas operacionais; Trabalhar com ferramentas de qualidade e com boa procedência no mercado. 6.4. Comunicação, Cadas- tro e Estatística dos Aci- dentes 6.4.1. CAT- Comunicação de Acidente de Trabalho Acidentes de Trabalho aconte- cem todos os dias no Brasil, a cada ano, milhares são registrados, e isso só é possível por meio da Comu- nicação de Acidente de Trabalho, a CAT. Estas notificações são impor- tantíssimas para calculamos gravi- dade da situação, segundo o Obser- vatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), em 2018, 623,8 mil acidentes de trabalho foram registrados por meio de CAT, o que dá cerca de 1710 ocorrências por dia. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento que deve ser expedito para notificar acidentes de trabalho e também doenças ocupacionais. Auxilia na comunicação ao INSS de alguma ocorrência de acidente de trabalho, determinada pelo artigo 22 da Lei 8.213/1991, que trata sobre a obrigação de comunicação do acidente de trabalho ocorrido com algum funcionário, tendo afasta- mento ou não. Toda empresa tem a obriga- toriedade em notificar a previdência social, através da CAT, qualquer acidente de trabalho que empregado venha a sofrer, até o primeiro dia útil após a ocorrência. Em caso de óbito do trabalhador, a notificação deve ser imediata. Se a empresa responsável não notificar dentro do prazo estipulado, ela estará sujeita à aplicação de uma multa, conforme citado nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999. O trabalhador envolvido no acidente pode emitir, além do traba- PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 51 lhador, o companheiro (a) do mesmo, a entidade sindical da qual ele participa, o médico ou alguma autoridade pública também podem realizar a comunicação em qualquer momento. Contudo, a emissão sem- do feita por qualquer um, não exclui uma multa para a empresa que não cumpriu seu dever, emitindo a notificação. São três os tipos de CAT’s existentes, sendo de grande importância saber quando emitir cada uma delas, as três CAT’s são as seguintes: CAT inicial: É a comunicação comum, deve-se emitir em caso de acidente de trabalho ou doença ocupacional, ocor- rendo óbito imediato. Na ocor- rência de óbito imediato, basta relatar na própria CAT que houve óbito e anexar o ates- tado de óbito. CAT de reabertura: Esta co- municação depende da inicial e tem que ser emitida quando o estado do funcionário piore ou quando um tratamento é reiniciado. CAT de óbito: Deve-se emitir em casos que o trabalhador vem à óbito após o envio da CAT inicial. Ao identificar a causa do acidente ou da doença após a perícia médica, a CAT é uma ferramenta que o trabalhador tem para conse- guir o benefício auxílio-doença acidentário e de assegurar seus benefícios por ser a vítima do acidente de trabalho como: Receber o FGTS mesmo quando afastado de suas funções, estabilidade de um ano no emprego após o acidente, receber o auxílio-acidente, que é um direito indenizatório concedido aos trabalhadores que apresentam se- quelas que afetam sua capacidade laboral após o acidente. Além de assegurar os direitos do trabalhador acidentado, o registro das CAT’s é um modo de se estimar a quantidade de acidentes e sua seriedade, atendendo como uma base de dados para ações preventivas e de conscientização com relação aos cuidados com a Segurança do Trabalho. 6.4.2. Indicadores de Aciden- tes do Trabalho Os indicadores de acidentes do trabalho são empregues para medir a exposição dos empregados aos níveis de risco decorrentes à atividade econômica, proporcio- nando o acompanhamento histórico dos acidentes e suas consequências nas empresas e na vida dos acidentados. Além disto, oferecem subsídios para o aprofundamento de análise sobre o tema e permitem o planejamento de ações nos PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 52 ambientes de segurança e saúde do trabalhador. Os indicadores apresentados a seguir não encerram as análises que podem ser realizadas com base nos dados de acidentes ocorridos, mas são fundamentais para estabelecer programas de prevenção
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