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Apostila PREV CONTROLE DE RISCOS EM MÁQ EQUIP E INSTALAÇÕES

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Prevenção e Controle 
de Riscos em Máquinas, 
Equipamentos e 
Instalações
Instalação Industrial
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Barreiras de Segurança;
• O Projeto;
• Matriz de Risco;
• A Importância do Planejamento e Simulações 
para a Saúde e Segurança;
• Manutenção, Reforma e Demolições;
• Acessibilidade.
Fonte: Getty Im
ages
Objetivo
• Apresentar aos alunos informações básicas sobre as Barreiras de Segurança em Insta-
lações Industriais, suas obrigações legais, as responsabilidades técnicas e as ações que 
visem à proteção e à prevenção de ocorrências de incidentes e acidentes.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Instalação Industrial
UNIDADE 
Instalação Industrial
Contextualização 
A concepção das Instalações Industriais é fundamental para as ações de Prevenção 
e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, vez que é o momento 
das tomadas de decisões e é este o mais importante para atingir o objetivo preventivo 
e protetivo.
No dia a dia das investigações de acidentes de trabalho ou ambiental, nota-se que a 
tomada de decisão é um ponto muito importante e estratégico e pode vir a ser respon-
sável por um acidente que envolve um grande Complexo Industrial, como, por exemplo, 
o acidente em Mariana (MG) e seus impactos ambientais, que vitimou 17 pessoas, bem 
como a tragédia de Brumadinho (MG) onde 176 pessoas foram encontradas mortas e 
134 desaparecidas após o rompimento da barragem, mas também pode ocorrer em 
um estabelecimento pequeno, como o que ocorreu numa farmácia na Bahia, com uma 
explosão de gás que causou incêndio que matou 9 pessoas.
É nesse contexto que entra a responsabilidade do Engenheiro de Segurança do Tra-
balho, que é um dos profissionais que deve estar atento e apto a participar nos Projetos 
e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas numa Empresa, devendo 
sempre aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Tra-
balho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, de modo a reduzir e até 
eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador.
Na construção do Parque Olímpico de Londres, em 2012, o fator mais importante 
para a prevenção e a proteção foi a tomada de decisão, segundo entrevista do engenhei-
ro Alistair Gibb, um dos responsáveis pela segurança da obra.
Ele afirma que o sucesso foi determinado porque o cliente principal não aceitou a 
possibilidade de que na construção pudessem morrer três ou quatro trabalhadores.
Portanto, para dar início ao conteúdo, é fundamental a leitura da Entrevista do engenheiro 
Alistair Gibb, considerado pelos especialistas uma experiência bem-sucedida em saúde e 
segurança na construção. Disponível em: https://bit.ly/2DXQiJb
6
7
Barreiras de Segurança
Profissional de segurança, fique muito atento a este tópico porque a Barreira de 
Segurança é um conceito utilizado para eliminar ou mitigar um perigo/risco.
As Barreiras de Segurança podem ser identificadas no dia a dia da atuação de uma 
Equipe de Segurança, como, por exemplo, um “guarda-corpo”, que evita a queda de tra-
balhadores, uma placa de “sinalização de perigo”, que pode alertar os trabalhadores, um 
“airbag” que pode atuar assim que houver uma batida de carro, na qual ele é acionado 
para “diminuir dano”, podendo salvar a pessoa da morte. 
Esse conceito é fundamental para um Sistema de Gestão de Segurança que se preo-
cupe em antecipar os perigos. Ao identificar os riscos e perigo, deve-se instalar uma sé-
rie de Barreiras de Segurança visando à prevenção e à proteção. Esse princípio introduz 
a explicação de acidentes como resultado de falta de e ou de falha de Barreiras presentes 
no Sistema (HOLLNAGEL, 2004). 
As Barreiras de Segurança, na linguagem da Equipe de Saúde e Segurança, devem 
ser entendidas como preventivas quando atuam para evitar o acidente/incidente e pro-
tetivas quando atuam após o acidente/incidentes.
Observe os exemplos na Tabela 1, a seguir.
Tabela 1 – Exemplos de Barreiras de Segurança Preventivas e Protetivas
Barreira Momento do uso Ações
Sprinkler incêndio Após o incêndio Sua ação é protetiva, vez que não impediu o incêndio
Airbag Atua após a batida Sua ação é protetiva, vez que atua após a batida do carro
Guarda- corpo Obstrui a queda de trabalhadores Sua ação é preventiva, vez que evita a queda
Porta com cadeado na 
cabine de força
Impede o acesso de pessoas 
não autorizadas
Sua ação é preventiva, vez que não permite a entrada 
de trabalhadores
O conceito de Barreira de Segurança proposto por Hollnagel (2004) é classificado 
em quatro categorias: 
• Barreiras físicas ou materiais: visam a obstruir a energia ou a informação de um 
ponto a outro, não requerendo que sejam percebidas ou interpretadas pelos indi-
víduos. São exemplos grades, guarda-corpos, muros, cercas e portas contra fogo; 
• Barreiras funcionais: impedem o acesso, como um cadeado, por exemplo, mas 
podem permitir a entrar numa área de risco, como uma cortina de luz, ou dificultar 
o acesso, como uma chave ou senha de identificação etc;
• Barreiras simbólicas: precisam de interpretação, sendo que sua eficácia requer que 
o usuário perceba e responda do modo previsto. São exemplos sinalização de segu-
rança, placas, semáforos, rótulos em embalagens, alarmes e permissões de trabalho;
• Barreira imaterial: necessita de interpretação por se tratar de fases de prescrição 
e de monitoramento. Assim, sua eficácia depende do conhecimento da Equipe de 
Segurança. São exemplos regras e normas internas, indicadores, auditoria, princí-
pios éticos e regras tácitas de convivência e trabalho em grupo. 
7
UNIDADE 
Instalação Industrial
Figura 1 – Exemplos de barreiras físicas – Grade de proteção de máquinas, 
passarela, proteção das partes móveis em esteira, proteção de periferia
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 2 – Exemplos de barreiras funcionais – Chave de segurança, 
CLP de segurança e Cortina de luz de segurança
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 3 – Exemplos de barreiras simbólicas – Placa, semáforo e rótulo em embalagem química
Fonte: Adapatado de Getty Images
Conforme a NR 26, em uma Instalação Industrial deve ser utilizada a sinalização de segu-
rança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos 
riscos existentes. 
A seguir, na Figura 4, apresentam-se as várias formas de barreiras pensadas pelo 
pesquisador Hollnagel (2004).
8
9
Figura 4 – Sistema de barreira e suas funções com exemplos
Fonte: Adaptada de Hollnagel, 2004
Para melhor entendimento das Barreiras de Segurança, a Equipe precisa compreen-
der quais são usadas para ações preventivas e quais para ações protetivas (ver Tabela 2). 
Tabela 2 – Exemplos de Barreiras de Segurança na Instalação Industrial 
Barreira Protetivas Preventivas 
Barreiras físicas 
ou materiais
Redundância de Válvula de segurançaRedundância de disjuntores 
Guarda-corpo 
Porta com cadeado na Cabine de Força
Barreiras 
funcionais
Sprinkler incêndio
Hidrante 
Câmeras filmadoras localizadas em área 
de risco
Barreiras 
simbólicas
Telefones de emergências Placas de sinalização
Barreira 
imaterial
Plano de emergência 
Investigação de acidente 
Procedimento operacional
Regras de segurança 
A Equipe de Segurança precisa compreender as diferenças entre Barreiras de Segu-
rança com redundância ou em diversidade.
A primeira, por exemplo, pode ser a instalação de duas válvulas de segurança em 
série. A segunda, são barreiras com funções diferentes, como, por exemplo, a proteção 
de uma máquina de grande porte que possui grades físicas que não permitem acesso, 
comando bimanual, cortina de luz, válvulas de segurança, relés de segurança.
Sobre as barreiras, Reason (2000) relaciona analogicamente as fatias de queijos suí-
ços às barreiras, para evitar acidentes. 
9
UNIDADE 
Instalação Industrial
Figura 5 – Modelo do queijo suíço
Fonte: Adaptado de James Reason
Para Reason (2000), os buracos nas defesas surgem por duas razões: falhas ativas e 
condições latentes, conforme exemplo a seguir.
Tabela 3 – Exemplos de falhas ativas e condições latentes
Razões para 
surgirem os buracos 
Descrição Efeitos adversos
Falhas ativas
São representadas pela ação imediata cometida 
pelas pessoas que estão em contato direto com 
o Sistema
Deslizes, lapsos, perdas, erros e violações 
de procedimentos
Condições 
latentes
São representadas pelas patologias intrínsecas 
do Sistema, e surgem a partir de decisões de 
projetistas, construtores, elaboradores de pro-
cedimentos e do nível gerencial mais alto.
Podem contribuir para o erro no local de trabalho 
(como, por exemplo, pressão de tempo, sobrecarga de 
trabalho, equipamentos inadequados, fadiga e inexpe-
riência) e podem criar buracos ou fraquezas duradouras 
nas defesas (alarmes e indicadores não confiáveis, pro-
cedimentos não exequíveis, deficiências de projetos e 
construtivos, dentre outros).
As condições latentes, como o nome sugere, podem permanecer dormentes no Sistema 
por anos antes que se combinem às falhas ativas, provocando acidentes (REASON, 2000).
Reason (2000) propõe outra forma de enxergar as barreiras de segurança, conforme 
apresentado na Tabela 4, a seguir:
Tabela 4 – Exemplos de barreira individual, coletiva, técnica e organizacional
Barreira Descrição Exemplo
Barreira 
individual
O trabalhador tem formação para identificar as pistas 
que permitem a ele distinguir um incidente frequen-
te de um incidente grave, mas raro, e que começam 
da mesma maneira
Motorista em direção contrária reduz a velocidade, 
vez que identificou uma ultrapassagem irregular que 
pode afetar muitas vidas
Barreira coletiva
A dupla em atividade em linha viva no setor de distri-
buição elétrica, os eletricistas em ação, observam-se 
e se regulam. 
A atividade em linha viva em dupla depende da ob-
servação do parceiro e ao redor do espaço de trabalho, 
vez que um erro pode gerar um acidente e atingir os 
dois trabalhadores
Barreira técnica
Em um hospital que armazenava soro e vaselina em 
recipientes com cores e bicos diferentes
A construção dos recipientes com cor e bocal di-
ferente não permite a conexão de produtos que 
podem oferecer risco ao paciente durante a medi-
cação via intravenosa. 
10
11
Barreira Descrição Exemplo
Barreira 
organizacional
Redundância de checagem de medicação a ser 
aplicada num paciente vulnerável, a etiqueta do 
medicamento é verificada muitas vezes, de ma-
neiras independentes.
Em atividades que controlam a medicação a ser apli-
cada, ela tem de ser checada por vários profissionais 
e em locais diferentes. Depois da solicitação médica, 
o farmacêutico checa a etiqueta; a seguir, a enferma-
gem padrão checa e vai para a equipe que aplica a 
medicação. Portanto, há tripla checagem 
Fonte: o próprio autor
O Projeto
Para iniciar, precisamos compreender que Instalações Industriais é a junção de ativi-
dades que incluem os Setores de elétrica, químico, construção civil, hidráulica, mecânica 
e recursos humanos, como forma de garantir todo o funcionamento do Estabelecimento, 
bem como a eficiência dos Processos de Produção. 
Assim, para iniciar, ampliar ou reformar uma Instalação Industrial, deve-se considerar 
as regras existentes em cada município e estado, vez que os registros são diferentes nas 
várias regiões do Brasil. 
Todavia, existem procedimentos comuns, independentemente da região. Podemos 
citar, por exemplo, o Alvará de Construção e de Reforma, a Autorização para instalação 
de energia elétrica e captação de água, a apresentação do Projeto e seu planejamento 
de execução, a obtenção da carta de Habite-se.
Dependo da Indústria, da capacidade industrial e do Setor de atuação, é preciso ter a 
Licença Ambiental e a dos bombeiros. 
Notadamente você, aluno(a) de Segurança do Trabalho vai observar que muitas Leis, 
Resoluções, Portarias e Normas ao longo do tempo se complementam com outras atri-
buições da Engenharia como um todo.
Por exemplo: para um Engenheiro Civil ao projetar uma Instalação Predial deve 
observar o Código de Obras municipal que é um conjunto de leis que permite à admi-
nistração municipal, controlar e fiscalizar o espaço construído e seu entorno que visam 
a garantir o conforto ambiental, segurança, conservação de energia, salubridade e aces-
sibilidade (SÃO PAULO, 2019).
É fundamental que, no momento da elaboração do Projeto, o profissional realize as 
seguintes análises: estruturais, energéticas, estudos térmicos e termodinâmicos, estudos 
de ventilação natural, estudos de níveis de emissão de CO2, estudos luminotécnicos e 
estudos de insolação e sombreamento, isto é, todos os itens que podem auxiliar na pro-
teção da saúde dos trabalhadores no ambiente de trabalho. 
No projeto, os profissionais têm de ficar atentos à Norma Regulamentadora n. 8, 
que estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações, 
para garantir segurança e conforto para os trabalhadores, é importante a altura do pé 
direito, que precisa estar de acordo com o Código de Obra Municipal, sempre visando a 
atender as condições de conforto, segurança e salubridade.
11
UNIDADE 
Instalação Industrial
Tabela 5 – Itens da Norma Regulamentadora n. 8
ITENS DESCRIÇÃO DA NR 8
Circulação
Os pisos não devem permitir saliências e nem depressões que prejudiquem a circulação
Proteção nos pisos e nas paredes devem impedir a queda de pessoas ou objetos e os andares acima do solo 
devem dispor de proteção contra quedas
Os pisos, as escadas e as rampas devem ser resistentes e ser construídas de acordo com as Normas Técnicas oficiais
Nos locais de circulação devem ser empregados materiais ou processos antiderrapantes em locais com risco 
de queda
Proteção contra 
intempéries
As paredes devem ser resistentes ao fogo, ter isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, re-
sistência estrutural e impermeabilidade
Os pisos e as paredes, sempre que necessário, devem ser impermeabilizados e protegidos contra a umidade
As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra as chuvas
As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a evitar insolação excessiva 
ou falta de insolação
O projetista tem papel muito importante quando está elaborando o Projeto predial 
“arquitetônico” para as ações de proteção e prevenção no campo da saúde e segurança no 
trabalho, mas, na prática, esses profissionais solicitam a ajuda da Equipe de Segurança para 
ajudar nesse trabalho de criação? 
Os projetistas
Os projetistas têm papel fundamental para antecipar os riscos presentes numa Ins-
talação Industrial porque esses profissionais são responsáveis por desenhar os Projetos 
Técnicos das instalações, dos dispositivos, dos equipamentos e dos produtos, utilizando 
instrumentos e ferramentas apropriadas e atualizadas à sua época. Nesse momento, 
deve seguir as regras estabelecidaspreviamente, principalmente, as Normas da ABNT 
– Associação Brasileira de Normas Técnicas.
O projetista precisa pensar nas várias fases do processo da fabricação, mas é de suma 
importância pensar nas atividades do trabalhador. 
Ao projetar uma Instalação Industrial, o profissional deve pensar na vida útil do Pro-
jeto, na composição do Sistema Industrial, visando a atender ao desempenho requerido. 
O projetista deve trabalhar com equipe multidisciplinar na identificação dos riscos, 
deve seguir as Normas Técnicas e as orientações dos fabricantes dos produtos contem-
plados no Projeto.
Para demonstrar a importância do Projeto e da atuação do projetista para as ações 
preventivas, vamos analisar um contexto de um modernização e ampliação de uma 
Usina de Açúcar. 
Os gestores da época compreenderam que, com o fim da queimada que estava por vir 
no Setor canavieiro, no estado de São Paulo, necessitavam de um novo modelo de negócio. 
Assim, construiriam novas caldeiras e geradores, que tinham a função de gerar 
energia elétrica decorrente da queima dos bagaços da cana que saiam do processo de 
12
13
moagem. Mas como a Indústria estava obsoleta, necessitou de novas construções estru-
turais e, dessa maneira, iniciou o processo de montagem industrial.
Para executar a montagem, foram contratadas muitas Empresas prestadora de servi-
ços, de vários segmentos, e ocorreram muitos acidentes, muitas autuações trabalhistas, 
muitas horas extras de trabalho etc.
Considerando que à época da montagem, no estado de São Paulo, chove muito de 
dezembro a março, as atividades de trabalho ficaram muito intensificadas, porque em 
abril iniciaria a safra. 
Nesse contexto, ocorreu um acidente de trabalho com um trabalhador de 21 anos, 
que era terceirizado, trabalhava na montagem da estrutura auxiliar da esteira. 
As muitas equipes e Empresas montavam as passarelas e as esteiras. 
Por volta das 19h50min ele e seus companheiros estavam realizando a solda na es-
teira e a chuva começou. Imediatamente a chefia determinou o recolhimento do 
material que estava sobre a passarela. O local estava mal iluminado e, assim, não 
permitiu identificar que havia uma grade faltando no piso. Ao se deslocar, o traba-
lhador não viu o buraco no piso metálico, caiu de 21m de altura e veio a falecer.
Para ver o resultado das ações pós acidente, consulte: https://bit.ly/2VpVKj3
O projetista poderia ter evitado esse acidente?
Matriz de Risco
A Matriz de Riscos é uma ferramenta que permite ao proprietário industrial se intei-
rar dos riscos presentes no meio ambiente de trabalho e, assim, junto com sua Equipe 
Multidisciplinar mensurar, avaliar e ordenar os eventos de riscos que podem afetar o al-
cance dos objetivos da cadeia produtiva e, dessa forma, construir e organizar o processo 
da Empresa a fim de atender aos objetivos estratégicos da Gestão empresarial.
Nesse sentido, para o desenvolvimento do Projeto, é importante o gerenciamento 
de  riscos, que pode ser de baixa complexidade, como montar um escritório, até alta 
complexidade, como uma Usina de fabricação de álcool. 
Por isso, é preciso o gerenciamento de risco, conforme mostra a Figura 6.
Assista à aula sobre Matriz de risco, disponível em: https://youtu.be/TD19OeKyyJg
Planejamento do 
gerenciamento
Identi�cação 
dos riscos
Análise quantitativa 
e qualitativa 
Planejar e 
controlar o risco
Figura 6 – Fases do gerenciamento de riscos
13
UNIDADE 
Instalação Industrial
Planejamento do gerenciamento
Aqui, você que tem experiência de trabalho numa Empresa, vai perceber que as fer-
ramentas e os nomes se confundem, mas, na realidade, elas se complementam. 
A análise de risco pode ser elaborada no campo da administração, da qualidade, da 
produção, da segurança, da ambiental, da contabilidade etc.
Nesse sentido, a Equipe de Segurança deve compreender que a responsabilidade de 
desenvolver o Plano de Gerenciamento é do proprietário ou dos gestores nomeados.
Ao iniciar o Projeto com a Equipe Multidisciplinar nomeada, deve-se checar se todas 
as Áreas de Conhecimento do Projeto estão contempladas, sendo todas integradas e 
consolidadas por meio do Plano de Gerenciamento do Projeto.
Agora é o momento de a Equipe de Segurança trabalhar com a prevenção, porque esse 
espaço permite a conexão de saberes. Na linguagem da saúde e segurança, é o momento 
de identificar e antecipar o risco para eliminá-lo em sua origem.
Nesta fase, que se consegue eliminar ou reduzir um risco, como exemplo, o enge-
nheiro pode auxiliar na organização do layout para facilitar a movimentação da empi-
lhadeira numa Metalúrgica, delimitando as passagens dos trabalhadores num espaço 
que reduz a exposição de trabalhadores, diminuindo, assim, o risco de atropelamentos. 
Também pode aperfeiçoar a eficiência dos processos, como instalar os religadores 
automáticos na Rede de Distribuição Elétrica, diminuindo a exposição dos eletricistas 
nas linhas energizadas e desenergizadas, diminuindo, dessa forma, o risco de choque 
elétrico. Mas, por outro lado, podem ser criados outros riscos, que devem ver avaliados 
e monitorados (SILVA et al 2018). 
Identificação dos riscos para a saúde e a segurança 
A identificação e a classificação dos riscos pode ser dividida em três partes básicas: 
caracterização do local de trabalho, descrição da exposição e avaliação risco. 
A seguir, na Tabela 6, exemplos para a identificação de risco.
Tabela 6 – Exemplos para identifi cação de risco 
Identificação do risco Causa/Fonte geradora Tipo de exposição Trabalhadores expostos
Ruído Máquinas Contínua Operador de empilhadeira 
Fumos metálicos Solda Contínua Soldador 
Queda de altura Telhado Eventual Mantenedor 
Ergonômico Pegar peça de 7kg no piso Contínua Montador 
14
15
Realização de análise quantitativa
A análise quantitativa, como exemplo, pode ser usada em Projetos de instalação de 
máquinas, para verificar o nível de ruído presente no ambiente de trabalho. 
Para reduzir o ruído, deve ser utilizada a norma da ABNT NBR 10151 de controle do 
ruído no meio ambiente.
Realização de análise qualitativa 
No que tange à análise qualitativa, o profissional de segurança deve buscar indicado-
res, tais como, absenteísmo, afastamento por adoecimento, estatística da sinistralidade 
da Empresa, relatórios de acidentes e incidentes, estatística da sinistralidade do Setor de 
atividade etc.
Planejar e controlar os riscos
A partir do momento em que a Equipe de Segurança identifique os riscos presentes, 
deve levar em conta Normas Técnicas, estudos científicos e parâmetros de exposição no 
meio ambiente de trabalho, que podem auxiliar a planejar e projetar medidas de controle 
e métodos trabalho.
O Controle dos Riscos deve sempre ser uma decisão multidisciplinar e que deve 
ser pensada priorizando maior eficácia. A ordem de prioridade são os de controle de 
Engenharia, depois os administrativos e, por último, os de equipamento de proteção 
individual, conforme mostra a Figura 7.
EPI
Adotar as medidas 
anteriores, tais como, 
respiradores, luvas etc.
Açõ
es 
pa
ra 
red
uzi
r d
an
o
Açõ
es 
pa
ra 
pro
teç
ão 
e p
rev
en
ção
Controles administrativos 
Limitação do tempo de exposição; 
a rotação de trabalhadores pode reduzir a exposição; 
montagem de procedimento de trabalho; 
capacitação, treinamento;
Controle de engenharia
Ventilação (geral e localizada); enclausuramento da fonte 
(colocação de uma barreira entre o trabalhador e o agente); substituição 
(substituição de materiais menos tóxicos e in�amáveis etc.); mudanças no processo 
(eliminação de etapas perigosas); mudança ou alteração do processo 
ou operação; segregação do processo ou operação; modi�cação de projetos.
Figura 7 – Medidas de controle de risco e a representação da sua efi cácia
A base da pirâmide são as ações de maior eficácia, porque têm a função de eliminar ou 
minimizar a fonte do risco. Um exemplo dessa ação é a troca no processo de um produto 
químico que gera câncer para um produto que não faz mal à saúde dostrabalhadores.
15
UNIDADE 
Instalação Industrial
A Importância do Planejamento e 
Simulações para a Saúde e Segurança
Quando observamos o ambiente de trabalho, o Engenheiro de Segurança visualiza 
muitos riscos/perigos. Ao entrar num Setor de trabalho, pode facilmente observar uma 
atividade de risco de acidente numa movimentação de carga com içamento de peças pe-
sadas pela ponte rolante, cuja condução está permitindo a passagem das peças sobre os 
trabalhadores na linha de produção, gerando um risco muito grande, vez que pode romper 
a cinta, escapar a peça, ocorrer um desequilíbrio e a peça cair sobre os trabalhadores.
Por que essa situação do dia a dia tem a ver com o tema Instalações Industriais? 
Esse relato mostra que, na elaboração do Projeto, o profissional que vai organizar 
o layout da Indústria, deve ficar atento às seguintes normativas da NR 12 e da NR 26: 
• NR 12 – Item 12.93: Durante o transporte de materiais suspensos, devem ser ado-
tadas medidas de segurança visando a garantir que não haja pessoas sob a carga;
• Subitem 12.93.1: As medidas de segurança previstas no item 12.93 devem prio-
rizar a existência de áreas exclusivas para a circulação de cargas suspensas devida-
mente delimitadas e sinalizadas;
• NR 26 – Item 26.1.2: Diz que as cores utilizadas nos locais de trabalho devem 
delimitar áreas e advertir contra riscos e devem atender ao disposto nas normas 
técnicas oficiais.
Assim, podemos considerar que num bom Projeto, seguindo a Legislação de Saúde e 
Segurança, a Equipe de Segurança não precisaria ficar apontando perigo e risco no dia 
a dia do trabalho, com exceção das atividades não rotineiras, vez que no Projeto atendeu 
à Legislação e, assim, eliminou o risco na movimentação de carga suspensa sobre os 
trabalhadores, na sua origem.
Simulações
Aqui entra a necessidade de utilizar as Simulações do comportamento e do desempe-
nho nas Instalações Industriais. 
Novas ferramentas e softwares estão sendo construídos e com elas é possível anteci-
par os riscos e criar os meios de proteção e prevenção em laboratório. 
Na fase do Projeto, os profissionais da Equipe podem utilizar ferramentas de Computação 
Gráfica e de simulação para a implantação de novos sistemas de produção e de negócios. 
A utilização da simulação permite integrar as facilidades de edição, manipulação e 
animação dos pacotes computacionais gráficos bi e tridimensionais às fortes caracterís-
ticas de análise dos softwares de simulação.
Aqui, em caso de uma reforma industrial, pode ser analisada as atividades de traba-
lho e verificadas as Ações características ou Ações de referência, com, por exemplo, 
16
17
manobras críticas, processos de manutenção que a Equipe teria dificuldade de visualizar 
nas ações futuras.
Assim, utilizar a simulação permitiria à equipe a trabalhar esses pontos críticos no 
futuro, para que a Equipe não cometa erros na próxima situação. 
No caso de um projeto novo, Ações características ou Ações de referência serão 
encontradas em outras fábricas, em pesquisas acadêmicas, em observação de postos de 
trabalho, em situações parecidas e, dessa forma, será utilizada a simulação nessas situa-
ções para que a Equipe cometa o mínimo de erros na próxima situação. 
Assista ao vídeo da Indústria moveleira no link: https://youtu.be/ynpatV3rq5g e ao vídeo 
dos modelos de Linha de Produção no link: https://bit.ly/2YithZb
Manutenção, Reforma e Demolições
A manutenção das Instalações Industriais é um conjunto de atividades a ser realizado 
para conservar ou recuperar a capacidade funcional das Instalações Industriais e seus 
Sistemas constituintes a fim de atender às necessidades e à segurança dos seus proprie-
tários e trabalhadores a fim de garantir a produtividade.
Nesse sentido, pode-se utilizar a manutenção como ferramenta de melhoria, que 
permeia a efetivação de condições do meio ambiente de trabalho e que contribui para 
o aumento da produtividade, “evitando a parada de uma máquina”, e a qualidade dos 
serviços, “antecipando falhas”.
Está dividida em: 
• Atividades de manutenção: que têm o objetivo de manter ou restabelecer as con-
dições de operação e de desempenho, corrigindo eventuais deteriorações prediais, 
maquinário etc.;
• Atividades de melhoria: focam-se na identificação de metodologias, ferramentas 
e processos que contribuam para o aprimoramento e a maximização dos recursos, 
possibilitando a antecipação e a mitigação de falhas ou interrupções indesejadas.
A vida útil de qualquer produto, seja um maquinário ou uma edificação, depende da 
eficiência do projeto, da construção, das condições de agressividade do meio e dos cui-
dados no uso e manutenção.
Pesquise as Normas Técnicas de 
gestão e dos procedimentos de 
manutenção. 
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UNIDADE 
Instalação Industrial
As modalidades (Tabela 7) de manutenção são diferentes e são conduzidas pela Equi-
pe gestora da Empresa.
Numa Organização, pode-se dividir a manutenção em patrimonial e produtiva.
Tabela 7 – Modalidades e objetivo da manutenção 
Modalidade Base de ação Período da ação Objetivo 
Manutenção 
preditiva
Baseada em estudos e históricos de 
cada componente Pré-programados
Aproveitar ao máximo a vida útil das insta-
lações e dos equipamentos
Manutenção 
preventiva
Atividades planejadas que prezam a 
conservação dos equipamentos e suas 
características produtivas
Pré-programados Antecipar a ocorrência de falhas/quebras
Manutenção 
corretiva
Atividades não planejadas decorrentes 
de problemas nas instalações industriais Caráter emergencial
Substituir peças ou componentes que se 
desgastaram ou falharam
Os mantenedores estão trabalhando numa atividade em que as Barreiras de Segurança 
que foram pensadas para proteger os operadores da produção não estão atuando em sua 
integridade e, muitas vezes, estão totalmente desligadas. 
O que fazer nessas condições? Que Barreiras de Segurança devem existir? 
A variabilidade de Manutenção é gigantesca porque envolve várias tarefas, como ins-
peção, preparação, ajuste, reparo e limpeza e, para um melhor planejamento é preciso 
de as manutenções preventivas e corretivas sejam registradas em livro próprio, ficha ou 
sistema informatizado, com os seguintes dados:
• Cronograma de manutenção;
• Intervenções realizadas;
• Data da realização de cada intervenção;
• Serviço realizado;
• Peças reparadas ou substituídas;
• Condições de segurança do equipamento;
• Indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina;
• Nome do responsável pela execução das intervenções.
Por ser uma atividade dinâmica e complexa, os profissionais de manutenção devem 
ser capacitados, qualificados ou legalmente habilitados, formalmente autorizados pelo em-
pregador, e as atividades/tarefas devem ter procedimentos operacionais e de segurança.
A manutenção é uma combinação de ações técnicas, administrativas e de gestão. 
Assim, deve-se avaliar o ciclo de vida de um componente, a estrutura, os equipamentos 
no local de trabalho, sempre observando e mantendo o desempenho de suas funções. 
A atividade de manutenção influencia a segurança e a saúde dos trabalhadores de 
duas maneiras.
18
19
Observe o quadro a seguir:
Quadro 1
DESCRIÇÃO EXEMPLO
A manutenção regular deve manter as máquinas e o am-
biente de trabalho seguro e confiável.
A ausência de manutenção regular pode sobrecarregar 
um Sistema, que pode explodir a indústria e ter danos 
materiais, humanos, econômicos e sociais, conforme 
mostra o vídeo do Acidente em Bhopal.
A manutenção deve ser executada de forma segura, com 
proteção adequada dos trabalhadores que a efetuam e 
das restantes pessoas presentes no local de trabalho.
As atividades rotineiras de manutenção têm uma inte-
ração de atividade muito grande e é de difícil controle 
para as Equipes de Segurança, conforme mostra o vídeo 
do Napo.
Assista ao acidente em Bhopal no link: https://youtu.be/YMhmcbecB9Y e ao filme do Napo 
sobre a importância do bloqueio e da sinalização em: https://youtu.be/UnYKkVV4AoQ
Reforma
As atividadesde reforma se confundem muito com as manutenções do dia a dia e, 
para a Gestão de Segurança, é primordial garantir uma gestão de terceiros para as Em-
presas que executam atividades de alto risco.
Para se organizar a Equipe de Segurança, deve-se montar o procedimento de contra-
tação de Empresas Prestadoras de Serviços. É de suma importância constar o escopo de 
trabalho, todas as informações operacionais, de meio ambiente, de saúde e segurança.
Após a contratação, antes de iniciar a atividade, a Equipe de Segurança deve realizar 
um diagnóstico com os responsáveis da produção e com o gestor de contrato, a fim de 
verificar toda a documentação necessária. 
A Equipe de Segurança realiza a conferência dos documentos de saúde e segurança, 
tais como, Instruções de Trabalho, Certificados de Formação, Atestado de Saúde Ocu-
pacional etc. e todos os empregados devem passar por integração.
Para um bom controle das condições industriais, a Empresa deve seguir as Normas 
da ABNT atualizadas dos seguintes temas:
• Manutenção de edificações: Requisitos para o sistema de gestão de manutenção;
• Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das 
edificações: Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos.
Demolições
Para atividades de demolição, a Equipe de Segurança deve, primeiramente, ficar 
atenta à NR 18 Item de demolição. 
Destaca-se que esta atividade somente pode ser desenvolvida por um profissional 
legalmente habilitado.
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UNIDADE 
Instalação Industrial
A Gestão de Segurança tem como atribuição, antes de iniciar a demolição, organizar 
as medidas de controle nas linhas de fornecimento de energia elétrica, água, inflamáveis, 
líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de escoa-
mento de água sempre respeitando as normas e as determinações atualizadas.
Outra medida de controle é criar Barreiras de Segurança para não permitir ao traba-
lhador e a terceiros no espaço da demolição e da implosão. 
Também tem de proteger as construções vizinhas, que devem ser examinadas previa 
e periodicamente, no sentido de ser preservada sua estabilidade e a integridade física.
Acessibilidade
Para as novas instalações, os projetistas devem levar em conta a acessibilidade, con-
siderando que no Brasil há a “Lei de Cotas”, que é uma Política Social. Essa Lei exige 
de Empresas de grande porte a contratação de profissionais com deficiência e/ou reabi-
litados pelo INSS.
Nesse sentido, as Instalações Industriais devem garantir a segurança e a integridade 
física de pessoas com necessidades especiais ou de mobilidade reduzida, assegurando 
assim o direito de ir e vir e, ainda, de usufruir os mesmos ambientes que uma pessoa 
sem necessidades especiais.
Nesse contexto, o papel da Equipe de Saúde e Segurança, juntamente com a Equipe 
de Recursos Humanos, é fundamental estimular ações que despertem e facilitem o con-
vívio dos empregados com exposição da diferença e da diversidade humana.
Assim, pode promover ações que favoreçam a redução das desigualdades sociais e da 
segregação de pessoas, diminuindo o preconceito.
Figura 8 – Rampa de acesso para cadeirantes
Fonte: Getty Images
Figura 9 – Sinalização para defi cientes visuais
Fonte: Getty Images
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Simulação de Evacuação de Salas
https://youtu.be/Lp04BA-_Y2k
Simulação dos trabalhadores na fabricação de aviões e no conforto dos passageiros
https://youtu.be/2SMN7Zl43Tg
Simulação de uma linha de produção
https://youtu.be/pL0U0049uiE
 Leitura
Entenda o acidente de Mariana e suas consequências para o meio ambiente 
Reportagem de acidente em Mariana (MG) e seus impactos ambientais que vitimou 17 pessoas.
https://bit.ly/2OCOw3K
Explosão de gás causou incêndio que matou 9 em farmácia na BA, diz polícia
Reportagem do acidente em uma farmácia na Bahia com explosão de gás causou incên-
dio que matou 9 pessoas.
https://glo.bo/2LyG0Wb
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UNIDADE 
Instalação Industrial
Referências
ALMEIDA, I. M; VILELA, R. A. G. Modelo de Análise e Prevenção de Acidentes de 
Trabalho – Mapa. Piracicaba: CEREST Piracicaba, 2010.
ALMEIDA, I. M. et al. Modelo de Análise e Prevenção de Acidentes – Mapa: ferramenta 
para a vigilância em Saúde do trabalhador, Ciênc. Saúde coletiva, [on-line], v.19, n.12, 
p. 4679-4688, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n12/1413-
8123-csc-19-12-04679.pdf>.
BRASIL. Ministério do Trabalho Emprego. Normas Regulamentadoras de Segurança e 
Saúde no Trabalho. NR 8 – Edificações. Brasília, Ministério do Trabalho Emprego, 2001. 
______. Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho. NR 12 – 
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Brasília, Ministério do Trabalho 
Emprego, 2011.
______. Ministério do Trabalho Emprego. Normas Regulamentadoras de Segurança 
e Saúde no Trabalho. NR 26 – Sinalização de Segurança. Brasília, Ministério do Tra-
balho Emprego, 2011.
DANIELLOU, F., SIMARD, M. ET BOISSIÈRES, I. Facteurs humains et organisationnels 
de la sécurité industrielle: unét at de l’art, Cahiers de la Sécurité Industrielle, n. 
2010-02. Toulouse, Institut pour une Culture de Sécurité Industrielle, 2010. Disponível 
em: <http://www.icsi-eu.org/francais/dev_cs/cahiers/>. Acesso em: 14 nov. 2014.
GIBB, A. et al. A experiência bem-sucedida em saúde e segurança na construção 
do Parque Olímpico de Londres 2012: uma entrevista com Alistair Gibb,Rev. Bras. 
Saúde ocup. vol.43 supl.1 São Paulo 2018 [on-line]. 2018. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/rbso/v43s1/2317-6369-rbso-43-s01-e2s.pdf>.
HOLLNAGEL, E. Barriers and Accident Prevention. Aldershot: Ashgate, 2004. p. 226. 
REASON, J. Human error: models and management. Manchester, BMJ: 2000. v.320
SILVA, A. J. N. et al. Acidentes de trabalho e os religadores automáticos no setor elé-
trico: para além das causas imediatas, Cad. Saúde Pública [on-line]., Rio De Janeiro, 
Epub May,  v. 34, n. 5, p. 13, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/
v34n5/1678-4464-csp-34-05-e00007517.pdf>.
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Prevenção e Controle 
de Riscos em Máquinas, 
Equipamentos e 
Instalações
Máquinas e Equipamentos
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Identificação de Perigo e Risco 
em Máquinas e em Equipamentos;
• Legislação sobre Máquinas e Equipamentos;
• Riscos Mecânicos;
• Movimentos Mecânicos;
• Ação Mecânica;
• Métodos de Proteção de Máquinas e Equipamentos;
• Dispositivos de Controle de Segurança;
• Manutenção Preventiva, Corretiva e Preditiva.
Fonte: Getty Im
ages
Objetivo
• Apresentar aos alunos informações básicas sobre as Barreiras de Segurança em Máqui-
nas e em Equipamentos, suas obrigações legais, as responsabilidades técnicas e as ações 
que visem à proteção e à prevenção de ocorrências de incidentes e acidentes.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideiase aprendizagem.
Bons Estudos!
Máquinas e Equipamentos
UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Contextualização 
O Brasil vive um momento paradigmático, vez que vários ramos de trabalho estão 
introduzindo a robótica e novas Tecnologias. Por isso, os riscos mecânicos vêm sendo 
gradativamente superados e substituídos por outros riscos mais diretamente relaciona-
dos à organização do trabalho. 
Por outro lado, ainda existe um número exagerado de indústrias com utilização de 
Tecnologias e máquinas obsoletas. 
Nesse contexto, não existe, ainda, estímulo por meio de Políticas Públicas para in-
centivar o retrofit e os investimentos em novas máquinas e equipamentos. Mas ainda 
estão muito presentes os Acidentes de Trabalho (AT) que envolvem máquinas e equipa-
mentos por ausência de Barreiras de Segurança. 
No Brasil, no período de 2012 a 2017, ocorreram 462.747 (AT) envolvendo Máqui-
nas e Equipamentos. Nesses acidentes, foram diagnosticados (32,8%) Ferimentos Corte 
Contusos, (16,4%) Fraturas, (17,8%) Contusões e (4,95) Amputações. 
Nesse mesmo período, ocorreram 2.104 mortes no trabalho nas operações envol-
vendo máquinas e equipamentos (Observatório MPT).
As proteções de uma máquina têm como princípios básicos prevenir contra o conta-
to; portanto a proteção tem de impedir o acesso de partes do corpo do trabalhador às 
partes móveis perigosas. 
As proteções e os dispositivos de segurança devem ser feitos de material durável; de-
ve-se proteger a queda de objetos nas partes móveis, que podem danificar o equipamen-
to ou se tornar um projétil, não pode criar novos perigos e não deve criar interferência 
que impeça ou dificulte os trabalhadores de executarem normalmente suas atividades. 
Nesta unidade, o profissional de segurança deverá ficar atento aos conceitos e às 
responsabilidades, uma vez que poderá ser utilizada nas demais áreas que envolvem a 
segurança no trabalho.
Para isso, indica-se a leitura do seguinte artigo: Acidentes do trabalho com máquinas – 
Identificação de riscos e prevenção. Disponível em: https://bit.ly/2LMfHfB
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Identificação de Perigo e Risco 
em Máquinas e em Equipamentos
As Técnicas de Segurança em máquinas requerem envolvimento e participação dos 
diferentes atores que participam da Cadeia Produtiva. 
As Empresas que compram e os trabalhadores que operam são, do ponto de vista da 
Segurança, os profissionais a serem ouvidos pelos fabricantes e projetistas, vez que têm 
um papel privilegiado, porque podem interferir nesse ciclo, assegurando que a máquina 
nasça com segurança desde o berço. 
A adaptação de proteções, com a máquina já em funcionamento, é muito mais difícil 
e onerosa. 
O profissional de segurança deve ficar atento aos riscos e aos perigos existentes nas 
máquinas e nos equipamentos e, para executar uma análise de qualidade, deve utilizar 
a NBR 12100, porque a norma permite utilizar uma terminologia básica, que auxilia o 
profissional a seguir uma Metodologia para a obtenção da segurança das Máquinas. A 
adoção da apreciação e a redução de riscos pode ser realizada em novos projetos de 
máquinas ou na verificação da necessidade de melhorias nas máquinas existentes.
Para melhor entendimento, a apreciação de risco se trata de um processo completo 
pelo qual o profissional legalmente habilitado realiza, nos moldes da Norma ABNT NBR 
ISO 12100 a identificação dos riscos e propõe a redução dos riscos inerentes a máqui-
nas e a equipamentos, sendo composto pelas etapas de análise de risco e avaliação de 
risco (ver Figura 1).
Análise de Risco
Avaliação de Riscos
Apreciação de Risco
Determinação dos 
Limites da Máquina
Identi�cação 
dos Perigos
Estimativa 
de RiscosLimites da Máquina dos Perigos de Riscos
Figura 1 – Etapas da apreciação e redução de risco em máquinas e equipamentos
Fonte: Adaptado de ABNT NBR ISO 12100, 2013
O profissional de segurança deve ficar atento, vez que a apreciação de risco é uma 
metodologia internacional e normatizada para a redução de riscos em máquinas e em 
equipamento, para atender à NR 12, item 12.5, que especifica que:
Na aplicação desta Norma e de seus anexos, devem-se considerar as 
características das máquinas e equipamentos, do processo, a aprecia-
ção de riscos e o estado da técnica. (BRASIL, NR12, 2018)
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UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Um dos métodos que se pode utilizar é o Hazard Hating Number – HRN que, em 
tradução livre, significa Número de Classificação de Perigo e é um método quantitativo 
para a realização da estimativa de risco. Com ele, torna-se possível a priorização das 
ações na melhoria e na correção de falhas relacionadas à saúde e à segurança nos equi-
pamentos (SANTOS JUNIOR; ZANGIROLAMI, 2015).
Utiliza-se a fórmula HRN = GMPL x FE x PO x NP, na qual se calcula o número 
de classificação e risco – ou HRN, em que são utilizadas as quatro variáveis a seguir:
• Grau Máximo de Perda ou Lesão – GMPL;
• Frequência de Exposição – FE;
• Probabilidade de Ocorrência – PO; 
• Número de Pessoas Envolvidas – NP.
Vale lembrar que o HRN deve ser calculado para cada perigo existente no equipa-
mento. Dessa forma, o projetista/avaliador pode priorizar as ações e direcionar re-
cursos para o controle dos riscos com melhor eficiência.
Legislação sobre Máquinas e Equipamentos
A Norma Regulamentadora 12 é uma normativa construída visando a atender as 
barreiras de segurança preventivas e as protetivas, bem como garantir redundância 
e diversidade.
Com esse princípio, foram construídos, pela Comissão Nacional Tripartite na Te-
mática, os itens a seguir: Princípios Gerais, Arranjo Físico e Instalações, Instalações e 
Dispositivos Elétricos, Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada; Sistemas de Se-
gurança, Dispositivos de Parada de Emergência, Meios de Acesso Permanentes, Com-
ponentes Pressurizados, Transportadores de Materiais, Aspectos Ergonômicos, Riscos 
Adicionais, Manutenção, Inspeção, Preparação, Ajuste, Reparo e Limpeza, Sinalização, 
Manuais, Procedimentos de Trabalho e Segurança, Projeto, Fabricação, Importação, 
Venda, Locação, Leilão, Cessão a Qualquer Título, Exposição e Utilização, Capacita-
ção, Outros Requisitos Específicos de Segurança e Disposições Finais. 
Para melhor entendimento, foi organizada a Tabela 1 dos itens a serem compreendi-
dos sobre a NR 12 e quais ações devem ser tomadas pela Equipe de Segurança. 
Tabela 1 – Descrição dos itens da NR 12 e ações 
importantes para a Equipe de Segurança 
Item Descrição Ação para a equipe de SST
Inventário
Identificar por tipo, capacidade, Sistemas de Se-
gurança e localização em Planta Baixa. As infor-
mações do inventário devem subsidiar as ações de 
gestão para a aplicação da NR 12. 
Organizar o inventário, garantindo a elaboração 
por meio de um ou mais profissionais qualifica-
dos ou legalmente habilitados.
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Item Descrição Ação para a equipe de SST
Arranjo físico 
e Instalações
Nos locais de instalação de Máquinas e Equipa-
mentos, as áreas de circulação devem ser devida-
mente demarcadas.
Averiguar se as instalações estão em conformi-
dade com as Normas Técnicas oficiais.
Instalações e 
Dispositivos elétricos
As instalações elétricas das máquinas e dos equi-
pamentos devem ser projetadas e mantidas de 
modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de 
choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos 
de acidentes, conforme previsto na NR 10.
Averiguar se as instalações e os dispositivos elé-
tricos estão em conformidade com as Normas 
Técnicas oficiais, bem como se existe o Respon-
sável Técnico pelo tema.
Dispositivos de Partida, 
Acionamento e Parada
Os dispositivos de partida, acionamento e parada 
das máquinas devem ser projetados, selecionados 
e instalados de modo que protejam o operador.
Observar se dispositivos de partida, acionamen-
to e parada não se localiza em zonas perigosas; 
impeçam acionamento ou desligamento invo-
luntário pelo operador ou por qualquer outra 
forma acidental; não acarretem riscos adicionais 
e não possam ser burlados.
Sistemas de 
Segurança
As zonasde perigo das máquinas e dos equipa-
mentos devem possuir sistemas de segurança.
Garantir a apreciação de risco conforme NBR 
ISO 12100 por profissional qualificado ou legal-
mente habilitado.
Dispositivos de 
Parada de Emergência
As máquinas devem ser equipadas com um ou 
mais dispositivos de parada de emergência.
Garantir que os dispositivos de parada de emer-
gência sejam posicionados em locais de fácil 
acesso e visualização.
Meios de Acesso 
Permanentes
Devem possuir acessos permanentemente fixados 
e seguros a todos os seus pontos de operação, 
abastecimento, inserção de matérias-primas e 
retirada de produtos trabalhados, preparação, 
manutenção e intervenção constante.
Garantir a apreciação de risco conforme NBR 
ISO 12100 por profissional qualificado ou legal-
mente habilitado.
Componentes 
Pressurizados
Devem ser adotadas medidas adicionais de prote-
ção das mangueiras, tubulações e demais compo-
nentes pressurizados.
Desenvolver instrumentos para o monitoramen-
to dos componentes pressurizados.
Transportadores de 
Materiais
Os movimentos perigosos dos transportadores 
contínuos de materiais devem ser protegidos, es-
pecialmente, nos pontos de esmagamento, agar-
ramento e aprisionamento.
Garantir a apreciação de risco conforme NBR ISO 
12100 por profissional qualificado ou legalmente 
habilitado.
Aspectos Ergonômicos
As máquinas e os equipamentos devem ser pro-
jetados, construídos e mantidos com as questões 
envolvendo os riscos ergonômicos.
Nesse campo, a equipe de saúde e de segurança 
devem atuar de forma sistêmica envolvendo to-
dos os setores da Empresa. Uma Análise Ergonô-
mica da Atividade permite uma ação adequada.
Riscos Adicionais
Substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes 
biológicos sejam agentes químicos em estado 
sólido, líquido ou gasoso, que apresentem riscos à 
saúde ou à integridade física dos trabalhadores 
por meio de inalação, ingestão ou contato com a 
pele, olhos ou mucosas.
Garantir a apreciação de risco conforme NBR 
ISO 12100 por profissional qualificado ou legal-
mente habilitado.
Sinalização
Devem possuir sinalização de segurança para 
advertir os trabalhadores e terceiros sobre os 
riscos a que estão expostos, as instruções de 
operação e manutenção e outras informações 
necessárias para garantir a integridade física e 
a saúde dos trabalhadores.
Averiguar se a sinalização está em conformidade 
com as normas técnicas oficiais.
Manuais
As máquinas e equipamentos devem possuir Ma-
nual de Instrução fornecido pelo fabricante ou 
importador, com informações relativas à seguran-
ça em todas as fases de utilização.
Averiguar se os manuais estão em conformidade 
com as Normas Técnicas oficiais.
Procedimentos de 
Trabalho e Segurança
Devem ser elaborados procedimentos de trabalho 
e segurança específicos, padronizados, com des-
crição detalhada de cada tarefa, passo a passo, a 
partir da análise de risco.
Nesse campo, as equipes de saúde e segurança de-
vem atuar de forma sistêmica envolvendo todos os 
Setores de Qualidade e Produção para realizar os 
procedimentos e as instruções de trabalho.
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UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Item Descrição Ação para a equipe de SST
Capacitação
A operação, manutenção, inspeção e demais inter-
venções em máquinas e equipamentos devem ser 
realizadas por trabalhadores habilitados, qualifi-
cados e capacitados.
Garantir que os trabalhadores estejam habilita-
dos, qualificados, capacitados e autorizados.
Outros Requisitos 
específicos de 
Segurança
As ferramentas e os materiais utilizados nas inter-
venções em máquinas e em equipamentos devem 
ser adequados às operações realizadas.
Averiguar se as ferramentas e os materiais utili-
zados estão em conformidade com as Normas 
Técnicas oficiais.
Fonte: Norma Regulamentadora nº 12
Riscos Mecânicos
Para Gerecke e Pope (1998), consultores da OIT, os riscos mecânicos são criados pe-
las partes móveis dos diferentes tipos de máquinas, de suma importância conhecer, vez 
que a exposição do trabalhador a essas partes móveis decorrentes de ausências de bar-
reiras de segurança nas máquinas é um dos indicadores em que mais ocorrem acidentes. 
Por isso, é importante reconhecer os pontos dos riscos mecânicos identificados a seguir. 
Tabela 2 – Apresentação dos pontos dos riscos mecânicos 
RISCO PARTES MÓVEIS DESCRIÇÃO EXEMPLOS
Ponto de operação É o local onde o trabalho é executado Ponto de prensagem, moldagem, perfuração, estampagem, esmagamento etc.
Mecanismo de 
transmissão de força
É o sistema mecânico que transmite energia para 
as partes da máquina que executam o trabalho
Volantes, polias, correias, conexões de eixos, 
junções, engates, fusos, correntes, manivelas e 
engrenagens etc.
Outras partes móveis
É o movimento que a máquina faz quando está 
trabalhando, tal como movimento de ida e volta, 
partes girantes, movimentos transversais
Elevadores, sistemas mecânicos de alimentação 
e extração.
Fonte: Vilela, 2000
Movimentos Mecânicos
Após compreendermos onde estão os pontos a serem olhados na Identificação dos 
Perigos, precisamos, agora, observar os tipos de movimentos mecânicos existentes: 
giratório, alternado e retilíneo ou transversal.
Movimento giratório
Pode gerar acidente conforme o citado a seguir, no qual o trabalhador, depois de finalizar 
a montagem dos equipamentos, para não se molhar, tentou se deslocar próximo às partes 
móveis (Figura 2), que estavam em movimento e que prenderam sua calça, o que, conse-
quentemente, levou sua perna para a zona de prensagem, o que veio a causar fraturas.
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Por outro lado, sua outra perna ficou pressionada em decorrência da calça ter sido ar-
rancada, devido à força e à velocidade dos eixos. Por isso, a calça virou um “torniquete”, 
causando problemas de circulação momentâneos na perna do trabalhador. 
Depois do acidente foi realizado a proteção fixa para atender o item 12.38 da NR 12, que 
determina que as zonas de perigo dos equipamentos devem possuir Sistemas de Segurança.
Figura 2 – Partes móveis desprotegidas do conjunto – Biela, eixo cardam e cruzeta
Fonte: Silva, 2016
Movimento alternado (vai e vem)
Pode ser perigoso porque, durante a ida e a volta ou o movimento de subida e desci-
da, um trabalhador pode ser golpeado ou pode ser pego entre uma parte móvel e uma 
parte estacionária. 
Um acidente ocorreu com esse movimento com um elevador de carga da Construção 
Civil, vez que não existia um sistema de identificação de andar. Para dar conta dessa tarefa, 
era utilizado um método que usava uma corda no fosso do elevador, que compreendia todos 
os andares e, na parte inferior, onde ficava o controle do elevador, havia uma barra de ferro. 
Quando os trabalhadores queriam que o elevador chegasse ao andar, movimentavam a cor-
da com o ferro e faziam barulho para o operador. Se estivessem no terceiro andar, faziam três 
movimentos e, assim, o operador entedia que era para levar o elevador até o terceiro andar. 
Certo dia, o elevador estava no andar de cima e um trabalhador mexeu a cordinha 
para que o elevador chegasse até o andar em ele que estava. Quando estava olhando no 
fosso para ver se o elevador estava subindo, o elevador desceu e decepou sua cabeça, 
como se fosse uma guilhotina.
Movimento retilíneo ou transversal de linha contínua
Cria um perigo, pois o trabalhador pode ser golpeado ou pode ser pego em um pon-
to de aperto ou em um ponto de corte por uma parte móvel. Um exemplo comum é a 
esteira aberta, que pode arrastar ou ferir uma pessoa. 
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UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Acidente
Mantenedor de 19 anos foi solicitado a identificar um defeito na esteira de argila
Para poder identificar o ocorrido, o acidentado subiu a rampa que dá acesso à esteira, 
ficando no mesmo patamar dela (Figura 3). 
Ele chegou à extremidade da esteira para verificar o defeito. Primeiramente, o aciden-
tado olhou, para identificar onde estava rasgado, mas não enxergou, pois estava muito 
escuro no local. Ele constatou que a esteira funcionava fazendo um ruído estranhoe 
colocou a mão direita para sentir onde estava o rasgo ou desgaste da lona na esteira, 
mas seu braço foi puxado e arrancado com o membro superior todo. 
Depois do acidente, foi realizada a ampliação da proteção (Figura 3) para atender ao 
item 12.38 da NR 12, que determina que as zonas de perigo das máquinas e dos equi-
pamentos devem possuir Sistemas de Segurança. 
Figura 3 – Esteira desprotegida e de esteira protegida
Fonte: Silva, 2009a
Ação Mecânica
Para a compreensão dos dispositivos de proteção a serem desenvolvidos, é de suma 
importância conhecer as ações mecânicas que as máquinas têm.
Dentre elas, destacam-se os quatro tipos básicos, descritos a seguir: 
Tabela 3 – Ações Mecânicas
Ação mecânica Descrição Exemplos 
Ação 
de corte
Envolve movimentos giratórios, alternados e 
transversais. A ação de corte cria perigos no ponto 
de operação.
Serras de fita, serras circulares, fresadoras, plai-
nas, furadeiras, tornos mecânicos e moinhos.
Ação de 
puncionamento 
Ocorre quando é aplicada força a um êmbolo, pis-
tão ou martelo, com a finalidade de amassar, repu-
xar ou estampar metal etc.
Prensas mecânicas.
Ação de 
cisalhamento
Ocorre na aplicação de força em uma lâmina ou faca 
visando a aparar ou tosquiar metal, papel, borracha etc.
Guilhotinas, tesouras mecânicas motorizadas, 
tesouras hidráulicas e pneumáticas.
Ação de 
dobramento ou flexão
Ocorre quando é aplicada força a uma lâmina para 
moldar, puxar ou estampar metal ou outros materiais.
Prensas mecânicas, viradeiras e dobradeiras.
Fonte: Vilela, 2000
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Métodos de Proteção 
de Máquinas e Equipamentos
Para compreender os métodos de proteção de máquinas e o atendimento à Norma 
Regulamentadora nº 12, vamos desenvolver o olhar sistêmico que Hollagnel (2004) pro-
põe sobre as Barreiras de Segurança.
Vamos citar alguns métodos de segurança, os mais tradicionais, utilizados para as 
ações de proteção e de prevenção, visando a garantir a saúde e a integridade física 
dos trabalhadores. 
Dentre as Barreiras, destacamos: Barreira Fixa, Barreira Interligada, Anteparo Ajus-
tável e Anteparo Autoajustável, conforme descrito a seguir:
Barreira Fixa
• Ação de Segurança: Assegura uma barreira, conforme podemos verificar na Figu-
ra 4, que mostra as grades alaranjadas;
• Vantagens: Adapta-se a muitas aplicações, pode ser concebida no Projeto, 
as proteções são eficientes e assegura proteção máxima; requer o mínimo 
de manutenção;
• Limitações: Pode interferir na visibilidade; é limitada a operações específicas; os 
ajustes e as manutenções requerem a sua remoção, necessitando de outras medidas 
de segurança;
• Descrição: É parte permanente da máquina e não é dependente das partes móveis 
para exercer sua função. 
Exemplo: Uma tela quadrada usada em uma barreira ou proteção fixa não pode 
permitir a passagem de um dedo para proteger o acesso de mãos em uma zona de 
risco em uma esteira. Atende o item 12.41, alínea “a”, da NR12.
Fonte: GERECKE, 1998
Figura 4 – Esteira desprotegida e de esteira protegida
Fonte: Silva, 2010
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UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Barreira Interligada
• Ação de Segurança: Bloqueia ou desliga a energia e previne a partida da máquina 
quando a proteção está aberta. Pode assegurar a parada da máquina antes que o 
trabalhador acesse a zona de risco;
• Vantagens: Assegura proteção máxima, permite acesso à máquina para a remo-
ção de obstáculos sem consumo de tempo na remoção e na instalação de barreiras 
de proteção;
• Limitações: Requer ajuste cuidadoso e manutenção, e pode ser facilmente anulada;
• Descrição: Age quando aberta ou removida, o mecanismo de acionamento e 
ou de potência automaticamente desliga ou desengata, impedindo o funciona-
mento da máquina ou o término de um ciclo, até que a Barreira regresse à sua 
posição fechada.
Exemplo: As Barreiras deslizantes ou portas utilizadas em células de robot têm a 
chave de segurança que desliga o dispositivo de potência da célula quando a porta é 
aberta. Atende ao item 12.41, alínea “b”, da NR12.
Fonte: GERECKE, 1998
Figura 5 – Barreira interligada com chave de segurança
Fonte: Silva, 2018
Anteparo Ajustável
• Ação de Segurança: Assegura uma Barreira que pode ser ajustada para facilitar 
uma variedade de operações de produção. O anteparo (ver Figura 6) sobre a serra 
protege o trabalhador caso quebrem os dentes da serra e possa atingir o operador; 
o anteparo por ser ajustado decorrente do tamanho da madeira;
• Vantagens: Pode ser construída para se adaptar a muitas aplicações específicas; 
pode ser ajustada para aceitar uma variedade de tamanhos de material;
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• Limitações: O operador pode entrar na zona de risco. A proteção pode não ser 
completa em todo o momento; pode requerer manutenção e ajuste constante; pode 
ser anulada por um operador e pode interferir na visibilidade (ver Figura 6);
• Descrição: Barreiras ou proteções ajustáveis permitem flexibilidade, acomodando 
vários tamanhos de materiais.
Exemplo: Proteção de anteparo contra quebra de dentes da serra circular (ver Figura 6).
Fonte: GERECKE, 1998
Figura 6 – Serra desprotegia e de serra protegida
Fonte: Silva, 2009b
Anteparo Autoajustável
• Ação de Segurança: Assegura uma barreira que se move de acordo com o tama-
nho do material que entra na zona de risco;
• Vantagens: Pode ser encontrada avulso para venda no Mercado;
• Limitações: Nem sempre assegura uma proteção máxima n; pode interferir na 
visibilidade n; podem requisitar ajuste e manutenção frequentes;
• Descrição: As aberturas das barreiras autoajustáveis são determinadas pelo movi-
mento do material. À medida que o operador move o material para a área de risco, 
a proteção é puxada para trás ou para cima, possibilitando uma abertura que é 
grande o suficiente somente para o material. Depois que o material é removido, a 
proteção retorna à posição de descanso.
Exemplo Muito comum: serras de braço radial com barreira tipo coifa autoajustá-
vel. Assim que a lâmina é empurrada para o material, a proteção move para cima, 
ficando em contato com ele.
Fonte: GERECKE, 1998
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UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Dispositivos de Controle de Segurança
Com as novas Tecnologias advindas dos Sistemas de Automação e robótica, os ris-
cos, muitas vezes, estão em mudanças constantes, mas as Barreiras de Segurança sem-
pre estão presentes e muitas delas são contempladas pela NR12. 
Por mais que as ações de automação e robótica tenham tirado as mãos dos trabalha-
dores da área de risco, criaram outros tipos de riscos, como os braços dos robôs, que 
podem causar acidentes. 
Por isso, as Barreiras de Segurança devem sempre ser analisadas de forma sistêmica 
e observadas as atividades dos trabalhadores. 
Vamos apresentar alguns dispositivos utilizados no meio ambiente de trabalho para 
proteger os trabalhadores nas operações das máquinas.
Célula Fotoelétrica
• Ação de Segurança: Máquina não dá partida quando o campo de luz é interrom-
pido e, ao acessar a zona de risco, interrompe-se o feixe de luz, acionando imedia-
tamente o sistema de freio;
• Vantagens: Possibilita liberdade de movimento ao operador;
• Limitações: Não protege contra falhas mecânicas da máquina, requer constante 
alinhamento e calibração, a vibração excessiva pode causar danos e destruição pre-
matura, limitado as máquinas que podem parar antes de completar o ciclo;
• Descrição: Dispositivos detectores que atuam quando uma pessoa ou parte do seu 
corpo adentra a zona de detecção, enviando um sinal para interromper ou impedir 
o início de funções perigosas.
Exemplo Muito comum: A cortina de luz deve ser instalada com gerenciamento de 
um CLP ou relé de segurança definido pelo profissional especialista e a utilização da 
cortina de luz que deve estar conjugada com um dispositivo de acionamento bima-
nual. Outros exemplos: detectores de presença, laser, barreiras óticas, monitores de 
área ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição.
Fonte: VILELA, 2000
Controle bimanual
• Ação de Segurança: Uso simultâneo dasduas mãos prevenindo o acesso do ope-
rador à zona de risco;
• Vantagens: Mãos do operador estão a uma distância pré-determinada, fora da 
zona de risco;
• Limitações: Requer uma máquina de ciclo parcial com freio (não se aplica à Pren-
sa Mecânica com chaveta); protege somente o operador; pode ser danificado com 
vibração da máquina;
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• Descrição: Requere pressão simultânea e constante das duas mãos do operador 
para acionar a máquina, até que termine o seu movimento de risco. Quando ins-
talado em prensas mecânicas à fricção, esses controles usam uma embreagem de 
ciclo parcial e um monitor de freio.
Exemplo Muito comum: O dispositivo de acionamento bimanual deve ser instalado 
com gerenciamento de um CLP ou relé de segurança definido pelo profissional espe-
cialista e a utilização do comando bimanual deve estar conjugada com a cortina de luz.
Fonte: VILELA, 2000
Porta
• Ação de Segurança: Assegura uma barreira entre a área de risco e o operador ou 
outras pessoas;
• Vantagens: Pode prevenir o acesso ou a entrada dentro da área de risco;
• Limitações: Pode requisitar inspeção e manutenção frequente; não pode interferir 
na visibilidade;
• Descrição: Controle de segurança que possui uma Barreira móvel que protege o 
operador no ponto de operação antes que dê início ao ciclo da máquina; portas são 
projetadas frequentemente para serem operadas com cada ciclo da máquina.
Exemplo: Enclausuramento da zona de risco – Não permite frestas ou passagens 
de dedos e mãos nas zonas de perigo.
Fonte: VILELA, 2000
O profissional de segurança precisa observar que a proteção para cada máquina depende 
do potencial de risco analisado por profissional habilitado e capacitado. 
O primeiro passo é garantir que a máquina tenha uma apreciação de risco. Mas para nos 
ajudar a entender o desenvolvimento desta Unidade, vamos fazer uma simulação para 
identificação das Barreiras de Segurança mínimas e gerais que devem ter uma máquina 
prensa apresentada na Figura 7.
Figura 7 – Prensa mecânica
Fonte: Silva, 2008
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UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Tabela 4 – Tipos de Barreira de Segurança
Barreira de Segurança Tipos de Barreiras mínimas solicitadas pela NR 12
Física
Grades de proteção fixa ou moveis – Com sistema de intertravamento
Calço de segurança com sistema de intertravamento 
Funcional
Cortina de luz instalada com gerenciamento de CLP ou relé de segurança 
Comando bimanual instalado com gerenciamento de CLP ou relé de segurança
Parada de emergência 
Simbólica
Procedimentos de trabalho e segurança
Manuais
Sinalização
Manutenção Preventiva, 
Corretiva e Preditiva
Além de aumentar o tempo de vida da máquina, a manutenção preventiva e preditiva 
(que se baseia no tempo de vida útil dos componentes) é fundamental para assegurar a 
efetividade dos dispositivos de segurança. 
A manutenção preditiva e preventiva pode assegurar que componentes como uma 
chave de segurança colocada em uma porta de segurança, por exemplo, seja substituída 
antes de ser danificada, evitando, assim, a ocorrência de acidentes, conforme podemos 
verificar no relato do acidente a seguir:
Durante uma manutenção, um mecânico realizava destravamento da esteira dentro da 
máquina CNC. Ao entrar na máquina, passou por uma porta que continha uma chave 
de segurança. Por isso, interpretou que estava funcionando. O operador da máquina, 
ao retornar ao local, não enxerga o mecânico ao ver que a ferramenta estava encostada 
na peça; por isso, movimenta o eixo Z da máquina e o eixo movimenta a parte móvel na 
máquina e atinge a perna direita do mecânico que está dentro da máquina. 
A chave de segurança que deveria acusar a presença do mecânico não funcionou 
porque foi desabilitada pelos profissionais de produção, porque estava causando 
interrupções na operação da máquina. 
Nota-se que o acidente foi causado por ausência de Barreiras de Segurança, mas a 
que mais chama a atenção é que o mecânico confiava que a chave de segurança estava 
funcionando; mas não estava. Por isso, criou-se uma armadilha cognitiva para o mecâ-
nico. Assim, a Equipe de Segurança deve ficar atenta aos itens da NR 12:
• (12.111): Determina que as máquinas e os equipamentos sejam submetidos à ma-
nutenção preventiva e corretiva, na forma e na periodicidade determinada pelo 
fabricante, conforme as Normas Técnicas oficiais nacionais vigentes;
• (12.111.1.): Garantir profissional legalmente habilitado para planejar e gerenciar as 
manutenções preventivas com potencial de causar acidentes;
• (12.112): Garantir que as atividades de manutenções sejam registradas em livro 
próprio, ficha ou sistema informatizado;
• (12.112.1.): O registro das manutenções deve ficar disponível aos trabalhadores, à 
CIPA, ao SESMT e à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Dispositivos Alternativos de Proteção de Máquinas
https://youtu.be/HzkWg4vfSbA
Grade de proteção mecânica – Cumpre a norma NR 12
https://youtu.be/dpuSDjtRarA
Projeto 3D Após a Adequação Completa NR12
https://youtu.be/KZ5B9IjYGfo
Napo in... Safe maintenance
https://youtu.be/394vWGelTKU
Napo in... dust at work
https://youtu.be/zsyPtsmV7XA
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UNIDADE 
Máquinas e Equipamentos
Referências
ALMEIDA, I. M.; VILELA, R. A. G. Modelo de Análise e Prevenção de Acidentes de 
Trabalho – MAPA. Piracicaba: CEREST, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12100: Se-
gurança de Máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e redução de riscos 
Brasília, ABNT, 2013. 
______. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Brasília, ABNT, 2005.
______. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Brasília, ABNT, 2005.
______. NBR NM - ISO 13852: Segurança de Máquinas – Distâncias de segurança para 
impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores. Brasília, ABNT, 2003.
______. NBR NM 272: Segurança de máquinas – Proteções– Requisitos gerais para o 
projeto e construção de proteções fixas e móveis. Brasília, ABNT, 2002.
______. NBR NM 273: Segurança de máquinas – Dispositivos de intertravamento asso-
ciados a proteções – Princípios para projeto e seleção. Brasília, ABNT, 2002.
BRASIL. Ministério do Trabalho Emprego. Normas Regulamentadoras de Segurança e 
Saúde no Trabalho. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. 
2004. Disponível em: <http:// trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR-10-
-atualizada-016.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2019.
______. Ministério do Trabalho Emprego. Normas Regulamentadoras de Segurança e 
Saúde no Trabalho. NR 12 – Segurança o Trabalho em Máquinas e Equipamentos. 
2010. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normati-
zacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-12-seguranca-no-trabalho-
-em-maquinas-e-equipamentos>. Acesso em: 8 jan. 2019.
GERECKE, K. Machine Safeguarding in Encyclopaedia of Occupational Health 
and Safety. 4thed. Espanha, Instituto Nacional de Seguridad y Salud en el Trabajo,1998. 
p. 58.1-58.82. v.2.
GERECKE, K.; POPE, C. T. Aplicaciones de la Accidentes y Gestion de la Seguridad (En-
ciclopedia de la OIT). Espanha, Instituto Nacional de Seguridad y Salud en el Trabajo, 1998. 88p.
SANTOS JUNIOR, J. R.; ZANGIROLAMI, M. J. NR-12: Segurança em Máquinas e 
Equipamentos: conceitos e aplicações. São Paulo: Érica, 2015.
SILVA, A. J. N. Relatório de Investigação de acidente em prensa. Piracicaba: 
CEREST, 2008.
SILVA, A. J. N. Relatório de Investigação de acidente em esteira. Piracicaba: 
CEREST, 2009a.
SILVA, ALESSANDRO JOSÉ NUNES. Relatório de inspeção em madeireira. Piraci-
caba: CEREST, 2009b.
SILVEIRA, E. F. Interpretação dos requisitos da norma regulamentadora 12 por 
fabricantes de máquinas importadas. 2015. Disponível em: <Repositorio.jesuita.org.
br>. Acesso em: 16/04/2019. 
20
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Prevenção e Controle 
de Riscos em Máquinas, 
Equipamentos 
e Instalações
Caldeiras, Vaso de Pressãoe Tubulações
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• A Consolidação das Leis do Trabalho “CLT” – Caldeiras 
e Recipientes sob Pressão;
• NR-13: Caldeiras e Vasos sob Pressão e Tubulação;
• Responsabilidade da Equipe de Segurança;
• Responsabilidade Técnica na Operação da Caldeira;
• Equipamentos Dispensados do Cumprimento da NR 13;
• Sistemas de Segurança em Caldeiras, 
Vaso de Pressão e Tubulações;
• Instalação de Caldeiras a Vapor;
• Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras;
• Reforma e Retrofit das Caldeiras;
• Vasos de Pressão;
• Análise de Perigos e Riscos;
• Estudo de Perigo e Operabilidade (HAZOP).
Fonte: Getty Im
ages
Objetivo
• Apresentar aos alunos informações básicas sobre as Barreiras de Segurança para Caldei-
ras, Vasos de Pressão e Tubulações, suas obrigações legais, as responsabilidades técnicas 
e as ações que visem à proteção e à prevenção de ocorrências de incidentes e acidentes.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Caldeiras, Vaso de Pressão e Tubulações
UNIDADE 
Caldeiras, Vaso de Pressão e Tubulações
Contextualização 
O processo produtivo que envolve atividades nas caldeiras e vasos de pressão é 
extremante importante para os profissionais da área de segurança.
Nesse sentido, é fundamental nessa área de atuação uma gestão de melhoria 
contínua, que vise ao aprimoramento das condições de risco e de perigo na utilização 
desses equipamentos.
É preciso atuar nesse segmento de alto risco, vez que os acidentes ocorridos com 
caldeiras e vasos de pressão são altamente danosos, podendo gerar muitas perdas de 
vidas, como o acidente de explosão de caldeira em cervejaria, em Jacareí, em 2016, que 
deixou quatro trabalhadores mortos e um ferido (G1 VALE DO PARAÍBA, 2016).
Além das perdas de vidas, existem perdas estruturais para a Empresa, tais como parada 
da Empresa, perda e necessidade de recuperação dos danos causados, necessidade de 
investimentos, além de processos judiciais na esfera trabalhista e criminal, que podem 
levar a Empresa à falência; por isso, a importância de Medidas de Segurança. 
Quando se trata de processos produtivos que utilizam Caldeiras ou Vasos de 
Pressão, os riscos envolvidos são extremamente sérios, vez que as consequências de 
um acidente envolvendo esses equipamentos são catastróficas.
Por isso, o primeiro passo para a Área de Segurança é identificar os riscos, sejam 
eles internos, sejam externos.
Todavia, nem todos os riscos são fáceis de identificar e, por isso, é de suma impor-
tância selecionar um método estruturado para identificação do risco, vez que uma má 
identificação dos riscos causa avaliação falha que, por sua vez, implica selecionar uma 
estratégia inadequada de mitigação do risco (BRASIL, 2014).
A Equipe de Segurança tem de ficar atentar à responsabilidade técnica desses equipa-
mentos, porque é preciso seguir normativas específicas, como a Norma de NBRISO16528, 
que define os requisitos mínimos para a construção de caldeiras e vasos de pressão.
Importante ficar atento, também, à Decisão Normativa nº 045 do CONFEA, que 
dispõe que, em serviços técnicos de geradores de vapor e vasos sob pressão, deve 
haver um Responsável Técnico legalmente habilitado para desenvolver as atividades de 
elaboração, projeto, fabricação, montagem, instalação, inspeção, reparos e manutenção 
de geradores de vapor, vasos sob pressão, em especial caldeiras e redes de vapor, que 
são enquadradas como atividades de Engenharia (CONFEA, 1992).
As caldeiras são equipamentos de grande valia para os mais diversos segmentos 
industriais. As funções variam, mas são essenciais para produzir energia, e podem 
ser utilizadas para a geração de energia elétrica ou simplesmente de calor. Por isso, 
esses equipamentos necessitam de um bom funcionamento e a manutenção rigorosa, 
supervisionada por um Responsável técnico.
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7
No Brasil, a Norma Regulamentadora (NR) Nº 13 estabelece os requisitos mínimos 
para a gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas 
tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e 
manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores.
Portanto, para dar início ao conteúdo, é fundamental que você assista ao vídeo que 
aponta as causas do acidente na plataforma de Piper Alpha.
Acidente da plataforma de Piper Alpha – https://youtu.be/mQ0Clv-RtZc
7
UNIDADE 
Caldeiras, Vaso de Pressão e Tubulações
A Consolidação das Leis do Trabalho
“CLT” – Caldeiras e Recipientes sob Pressão
A “CLT” regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do 
rural, de relações individuais ou coletivas e no que tange a saúde e segurança (BRASIL, 
CLT, 1977), neste sentido ela assegura juridicamente a NR-13 em dois Artigos:
Art. 187 – As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que ope-
ram sob pressão deverão dispor de várias válvulas e outros dispositivos 
de segurança, para evitar que seja ultrapassada a pressão interna de 
trabalho compatível com a sua resistência.
§ Único – O Ministério do Trabalho expedirá normas complementares 
quanto à segurança das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão, 
especialmente quanto ao revestimento interno, à localização, à ventilação 
dos locais e outros meios de eliminação de gases ou vapores prejudiciais 
à saúde, e demais instalações ou equipamentos necessários à execução 
segura das tarefas de cada empregado. (BRASIL, CLT, 1977)
Art. 188 – As caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções 
de segurança, por engenheiro ou Empresa especializada, inscritos no 
Ministério do Trabalho, de conformidade com as instruções que, para 
esse fim, forem expedidas.
§ 1º – Toda caldeira será acompanhada de “Prontuário”, com docu-
mentação original do fabricante, abrangendo, no mínimo: especificação 
técnica, desenhos, detalhes, provas e testes realizados durante a fabri-
cação e a montagem, característica funcionais e a pressão máxima de 
trabalho permitida (PMTP), esta última indicada, em local visível, na 
própria caldeira.
§ 2º – O proprietário da caldeira deverá organizar, manter atualizado e 
apresentar, quando exigido pela autoridade competente, o Registro de 
Segurança, no qual serão anotadas, sistematicamente, as indicações das 
provas efetuadas, inspeções, reparos e quaisquer outras ocorrências.
§ 3º – Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob 
pressão deverão ser submetidos à aprovação prévia do órgão regional 
competente em matéria de segurança do trabalho. (BRASIL, CLT, 1977)
NR-13: Caldeiras e Vasos sob
Pressão e Tubulação
A NR 13 estabelece requisitos mínimos para a gestão da integridade estrutural de 
caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos 
relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e à 
saúde dos trabalhadores (BRASIL, 2017).
A normatização descreve os equipamentos

Outros materiais