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Pulsações da pressão arterial - Guyton

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RESUMO TRATADO DE FISIOLOGIA: 
GUYTON 
 
Pulsações da pressão arterial 
 
Coração impulsiona sangue com tamanha pressão 
que dilata a parede arterial – pulso arterial. Isso não 
acontece nas veias, já que o sistema capilar assume 
baixas pressões e, assim, a energia potencial 
gerada pelo coração se dissipa de forma tamanha 
que, quando chega nas veias, não sentimos o pulso 
venoso. 
 
Cada batimento cardíaco faz com que uma nova 
onda de sangue chegue às artérias. O fluxo 
sanguíneo tecidual é essencialmente contínuo, com 
pulsações muito pequenas. Em geral, quanto maior 
o débito sistólico, maior será a quantidade de 
sangue que deve ser acomodada na árvore arterial 
a cada batimento; portanto, maior pressão de pulso. 
Por sua vez, quanto menor for a complacência do 
sistema arterial, maior será o aumento da pressão 
provocado por um dado volume de sangue 
bombeado em cada batimento para as artérias – 
arteriosclerose. A pressão de pulso, então, é 
determinada, em termos aproximados, pela razão 
entre o débito sistólico e a complacência da árvore 
arterial. 
 
À medida com que o coração gera sua força motriz 
e propaga volume de sangue adiante, ocorre 
dissipação de energia potencial gerada. Essa 
dissipação leva a uma frente de onda de pulso cada 
vez menor. Em geral, quanto maior a complacência 
de cada segmento vascular, menor será a 
velocidade, o que explica a lenta transmissão na 
aorta e a transmissão muito mais rápida nas artérias 
distais que são muito menos complacentes. 
 
O recuo elástico da artéria comprime o sangue, o 
qual é direcionado no sentido do capilar. A energia 
potencial do recuo elástico não é necessariamente 
coincidente com o momento da sístole. Quando o 
coração entra em diástole, a frente de onda ainda 
está se propagando. Nesse sentido, o recuo elástico 
ajuda a garantir que a energia potencial gerada 
mantenha a pressão mais elevada no sistema 
fazendo com que o sangue se desloque contra a 
resistência cada vez maior dos menores diâmetros 
vasculares. Como as artérias com recuo elástico 
também impulsionam o sangue adiante, acaba 
permitindo o fluxo de sangue contínuo nos capilares: 
efeito Windkessel (efeito do recuo elástico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traçados Anormais de Pressão de Pulso 
 
• Estenose valvar aórtica: o diâmetro da 
abertura da valva aórtica é 
significativamente reduzido, e a pressão de 
pulso aórtica fica bastante diminuída – 
redução do fluxo sanguíneo. 
• Persistência do canal arterial: metade ou 
mais do sangue bombeado para a aorta pelo 
ventrículo esquerdo flui imediatamente de 
volta, pelo canal arterial que permanece 
aberto, para a artéria pulmonar e vasos 
sanguíneos pulmonares, fazendo com que a 
pressão diastólica caia para valores muito 
baixos antes do batimento cardíaco 
seguinte. 
• Insuficiência aórtica: a valva aórtica está 
ausente ou não se fecha de modo completo. 
Assim, após cada batimento, o sangue 
bombeado para a aorta flui imediatamente 
de volta para o ventrículo esquerdo. Isso 
resulta em queda da pressão aórtica entre os 
batimentos cardíacos até atingir o valor zero. 
Além disso, não aparece a incisura no 
traçado do pulso aórtico, porque não ocorre 
o fechamento da valva aórtica. 
• Artéria perdeu complacência (calcificação): 
para o mesmo volume, uma menor 
capacidade de adaptação volumétrica – 
nível pressórico inicial é elevado – a primeira 
onda é muito acentuada. Depois há queda 
pressórica brusca e o breve recuo elástico 
gera elevação da pressão e deixa uma 
incisura bem marcada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Pulsos de pressão são amortecidos nas 
pequenas artérias, nas arteríolas e nos 
capilares 
 
A diminuição progressiva dos pulsos na periferia é 
chamada amortecimento dos pulsos de pressão. A 
causa desse amortecimento é: (1) a resistência ao 
movimento do sangue pelos vasos; e (2) a 
complacência dos vasos. A resistência amortece os 
pulsos porque pequena quantidade de sangue 
deve-se mover para adiante, na onda de pulso. A 
complacência amortece os pulsos porque quanto 
mais complacente for o vaso, maior será a 
quantidade de sangue necessária na onda de pulso 
para provocar aumento na pressão. Assim, o grau 
de amortecimento é quase diretamente proporcional 
ao produto da resistência pela complacência.

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