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FISIOLOGIA II - Pressão arterial e débito cardíaco

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FISIOLOGIA II
PRESSÃO ARTERIAL E DÉBITO CARDÍACO
	A hipertensão arterial é muito prevalente na população e representa um dos principais fatores de risco para várias doenças que acometem o sistema cardiovascular e várias comorbidades, como as doenças cerebrovasculares. Pois está muito relacionada a um comprometimento do endotélio vascular, que, a medida que ocorre esse comprometimento, pela pressão alta dentro dos vasos, gera lesão endotelial, que ativa vários mecanismos de defesa, como a formação de placas, as quais alteram o fluxo sanguíneo, além da possibilitar de deslocamento e de oclusão de vários pontos da circulação, podendo ocasionar um AVE.
Pressão arterial
	Pressão sanguínea é uma variante física que representa a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da parede vascular. Já a pressão arterial é a força exercida pelo sangue contra a parede da artéria.
	Se a pressão de um vaso é 50mmHg, isso significa que é a força exercida é suficiente para impulsionar a coluna de mercúrio até a altura de 50milimitros contra a gravidade. Conversão: 1mmHG = 1,36 cm H2O.
	No homem fisiológico, a pressão fica em torno de 120/80 mmHg.
	A pressão aórtica deve ser suficiente para irrigar o ponto mais elevado da rede circulatória e permitir trocas adequadas, sendo isso que determina o valor da pressão em uma espécie animal.
	A pressão é necessária para que o sangue chegue ao capilar com uma força adequada para permitir as trocas e o equilíbrio entre filtração e reabsorção de líquidos ao nível do capilar. Sem pressão não há fluxo e sem fluxo não há nutrição.
	No capilar tecidual, a pressão precisa chegar a 30mmHg na extremidade arterial, já na extremidade venosa deve chegar a 10 mmHg.
	Resumo
	· A pressão é a força motriz responsável pela circulação do sangue.
· Varia com a espécie, principalmente em função da distância vertical entre o coração e a cabeça.
· Deve ser calibrada para fornecer 30 mmHg na extremidade arterial dos capilares.
Fluxo, pressão e resistência
	Só existe deslocamento de sangue se houver diferença de pressão, e o fluxo será de uma área de maior pressão para de menor pressão. Se não houver essa diferença de pressão, não haverá fluxo.
	Fluxo é o volume de sangue que passa por minuto em um determinado ponto da circulação. Também é chamado de débito (volume por minuto). Para haver fluxo deve haver diferença de pressão entre dois pontos. Logo, o fluxo, ao longo de um vaso, é definido por dois fatores: o gradiente de pressão entre as extremidade deste vaso, e a resistência ao fluxo (dificuldade que o sangue encontra para circular, diminuindo a pressão).
	Quanto maior a diferença de pressão, maior será o fluxo. Porém, quanto maior a resistência, menor será o fluxo.
	A resistência vascular é qualquer impedimento proporcionado por um vaso ao fluxo sanguíneo nele contido. Nos vasos, o raio/diâmetro é o principal determinante da resistência, assim quanto maior o diâmetro, menor será a resistência.
	A resistência depende:
	· Viscosidade do sangue; > viscosidade = > resistência
· Comprimento do vaso; > comprimento = > resistência
· Raio do vaso; > raio = <resistência
	Com o raio elevado a quarta potência, isso significa que quando diminui-lo pela metade, aumenta-se a resistência em 16 vezes. Se o duplica, a resistência diminui em 16 vezes. Assim, todas as vezes que o raio (diâmetro) do vaso é alterado, a resistência sofre uma grande alteração, o que gera, também, uma grande mudança no fluxo sanguíneo.
	Para irrigar todos os tecidos do corpo, a pressão deve se alterar, e, para isso, o raio dos vasos se modifica. Além disso, o fluxo sofrerá influência do sistema neural – já que quem inerva os vasos sanguíneos é o sistema nervoso simpático, que promove a vasoconstrição ou vasodilatação deles.
	Pressão arterial/aórtica (PA) = débito cardíaco (DC) x resistência periférica (RP) + pressão do átrio direito (Pfinal)
	Fisiologicamente, a pressão aórtica é 100 mmHg e a atrial direita é 0 mmHg. Entretanto, pode haver variações. Assim, a fórmula pode ser simplificada para: PA = DC X RP (A pressão arterial é o produto do débito cardíaco pela resistência periférica).
	Quanto maior a resistência nas paredes dos vasos, maior será a pressão.
	A pressão arterial sistêmica é a que garante a perfusão tecidual aprorpriada.
	O que determina a pressão dentro da artéria elástica é o volume de sangue que entra no sistema e a resistência desse sangue prosseguir. 
	A- Contração ventricular
	1. O ventrículo se contrai.
2. A válvula semilunar aórtica se abre.
3. A aorta e as artérias se expandem e armazenam pressão nas paredes elásticas.
	B- Fase de relaxamento ventricular
	1. Ocorre o relaxamento ventricular.
2. A pressão da aorta fica maior do que a pressão do ventrículo e, então, a válvula aórtica se fecha impedindo o refluxo de sangue.
3. A retração elástica das artérias continua enviando sangue durante a fase de diástole para o sistema circulatório.
	Durante o relaxamento ventricular, a pressão nas artérias cairá, mas de forma lenta, devido à retração elástica do músculo liso das artérias.
 	A maior resistência ao fluxo reside nas artérias e nas arteríolas, pois os capilares possuem baixa resistência ao fluxo – possuem grande área de secção transversal.
	São vasos de resistência, capazes de regular a perfusão tecidual graças a sua camada muscular e a sua responsividade a substâncias vasoativas.
Inervação simpática
	Os vasos sanguíneos são inervados pelo sistema nervoso autônomo simpático, que constantemente libera noradrenalina para manter o tônus vascular, que possui um grau de contração, mesmo no repouso. Quando existe uma estimulação simpática, há uma maior liberação de noradrenalina, que atuará mais ainda em seus receptores e ocasionará em aumento de vasoconstrição (diminuição do diâmetro/raio). Com isso, há aumento da resistência e, por consequência, aumento da pressão.
	Na dilatação (aumento do diâmetro/raio), ocorre o contrário. Ocorre uma inibição simpática, quando se diminui a liberação de noradrenalina, o que diminui a sua quantidade nos receptores α, diminuindo o tônus e a vasoconstrição. Com isso, há diminuição da pressão arterial.
	Obs: a pressão cai muito ao atravessar às arteríolas devido elas oferecerem uma grande resistência ao fluxo e, com isso, um grande atrito, consequentemente, há grande perda de energia, perdendo a força exercida nas paredes (<pressão arterial).
Pressão arterial sistêmica
	A pressão sistólica é a pressão arterial mais alta que pode ser medida durante um ciclo cardíaco. É a pressão na artéria após o sangue ter sido ejetado pelo ventrículo esquerdo durante a sístole.
	O sangue que o ventrículo ejeta na aorta é o volume sistólico, que fica em torno de 70 mls a cada sístole. Assim, o valor da pressão sistólica é bastante determinado pelo volume de sangue ejetado na sístole, sendo que, se for maior, maior será a pressão, e ao contrário se for menor.
	Outro fator que determina a pressão sistólica é a elasticidade da parede da artéria, ou seja, o quanto ela se estende. A medida que envelhecemos, a parede da artéria fica mais rígida, ocasionando em uma menor distensão de seu músculo e, consequentemente, em um aumento de pressão. Já o recém nascido possui uma parede bem elástica, o que explica a sua pressão ser mais baixa. 
	A pressão diastólica é a mais baixa pressão arterial que pode ser medida durante um ciclo cardíaco. É a pressão na artéria durante o relaxamento, quando o sangue não está sendo ejetado pelo ventrículo esquerdo. Sendo que, o principal determinante da pressão diastólica é a resistência periférica – ex. se ela for maior, maior será a pressão diastólica.
Resumo
	Pressão sistólica
	· Pressão que se desenvolve durante a ejeção, determinada por:
· Volume sistólico ou de ejeção do VE;
· Elasticidade da parede da aorta (resistência da aorta);
· Velocidade da ejeção.
	Pressão diastólica
	· Deve-se ao esvaziamento da árvore arterial para a rede capilar durante a diástole. Depende:
· Resistência periférica;
· Duração da diástole (frequência cardíaca)– diástole mais curta = maior pressão (maior frequência cardíaca), diástole mais longa = menor pressão (menor FC);
· Nível de pressão durante a sístole*.
* Uma pressão influencia a outra, sendo elas interdependentes.
Débito cardíaco
	É definido como a quantidade de sangue ejetada por um ventrículo por unidade de tempo (1 min). É o fluxo de sangue em um ponto da circulação em um determinado tempo. Volume de sangue por minuto.
	Volume de ejeção sistólica = quantidade de sangue ejetado.
	O débito cardíaco é igual a frequência cardíaca em um minuto multiplicado pelo volume de ejeção de uma sístole.
DC = FC x VS
	O que determina a frequência cardíaca é o nó sinoatrial e a sua automaticidade – e sofre influencia do sistema nervoso autônomo e de hormônios.
	O volume sistólico ejetado do coração é representado pela fórmula: VS = VDF – VSF. Ou seja, volume diastólico final menos volume sistólico final (o que restou de sangue no coração após a contração).
	O que determina o volume de ejeção em uma sístole é a quantidade de sangue disponível no volume diastólico final (se maior, maior o volume sistólico, se menor, menor o volume) e o volume sistólico final, ou seja, a força que o coração exerceu para ejetar o sangue (se menor, maior o VS; mas se maior, menor o VS).
	Em diversas situações, o débito cardíaco se altera – mudando a frequência cardíaca ou o volume de ejeção.
	Principais fatores determinantes do débito cardíaco
	· Frequência cardíaca;
· Pré-carga;
· Pós-carga;
· Contratilidade.
	Pré-carga é o momento antes da contração, sendo ela a tensão da parede do ventrículo esquerdo no momento imediatamente anterior à contração.Assim, haverá maior tensão no ventrículo esquerdo quando a volemia aumentar, o que ocasionará em uma maior pré-carga. 	Quanto mais sangue chega, mais sangue sai – lei de Fran Starling.
	Inotropismo é a força de contração do ventrículo, quando o inotropismo aumenta ele é positivo, quando ele diminui ele é negativo. Drogas inotrópicas: adrenalina e noradrenalina, além de mexerem com a frequência, mexem também com a força de contração, causando um inotropismo positivo e reduzindo o volume sistólico final.
	Pós-carga é a dificuldade me realizar a ejeção, sendo ela a pressão que o ventrículo esquerdo tem que vencer para ejetar o sangue no sistema arterial. Quando a pressão na aorta chega a 80mmHg, ocorre a abertura da válvula e tem inicio a ejeção. Então, a pós-carga é a pressão de 80mmHg (homem fisiológico) que o ventrículo tem que vencer para ejetar o sangue.
	O débito cardíaco se eleva por uma variação combinada da frequência cardíaca e do volume de ejeção. Normalmente, para sermos eficientes em uma atividade física, o nosso débito cardíaco deve aumentar e isso ocorre através do aumento da FC e do aumento do volume de ejeção, assim há o aumento da pressão arterial.
Resistência vascular (RVS).

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