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APG 26 - SISTEMA TEGUMENTAR - MASTERCHEF

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Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
• A pele recobre a superfície do corpo e é 
constituída por um tecido epitelial de 
origem ectodérmica, a epiderme, e um tecido 
conjuntivo de origem mesodérmica, a derme. 
Dependendo da espessura da epiderme, 
distinguem-se a pele espessa e a fina. A 
pele espessa é encontrada na palma das 
mãos, na planta dos pés e recobrindo 
algumas articulações. O restante do corpo é 
protegido por pele fina. Abaixo e em 
continuidade com a derme, encontra-se a 
hipoderme ou tecido celular subcutâneo, que 
não faz parte da pele, apenas lhe serve de 
união com os órgãos subjacentes. A 
hipoderme é um tecido conjuntivo frouxo que 
pode conter muitas células adiposas, 
constituindo o panículo adiposo; 
- A pele é o maior órgão do corpo humano, 
compondo 16% do peso corporal, e desempenha 
múltiplas funções. Graças à estrutura da 
epiderme, com suas múltiplas camadas 
celulares e camada córnea, ela protege o 
organismo contra desidratação, atrito, 
agentes químicos e patógenos. Por meio de 
suas terminações nervosas sensoriais, a 
pele recebe constantemente informações 
sobre o ambiente e as envia para o sistema 
nervoso central. Em virtude de seus vasos 
sanguíneos e glândulas, colabora com a 
termorregulação do organismo. Suas 
glândulas sudoríparas participam da 
termorregulação e da excreção de várias 
substâncias. Um pigmento que é produzido e 
acumulado na epiderme, a melanina, tem 
função protetora contra os raios 
ultravioleta. Na pele também se forma 
vitamina D3 pela ação da radiação 
ultravioleta do sol sobre precursores 
sintetizados no organismo. Ela apresenta 
ainda células do sistema imunitário, que 
atuam contra a invasão de microrganismos; 
APG 26 
MASTECHEF
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
- A junção entre a epiderme e a derme é 
irregular. A derme tem projeções, as 
papilas dérmicas, que se encaixam em 
reentrâncias da epiderme, as cristas 
epidérmicas, aumentando a coesão entre 
essas duas camadas. Essa coesão é muito 
i m p o r t a n t e , p o r q u e a p e l e e s t á 
constantemente sujeita a agressões 
mecânicas provenientes de múltiplas 
direções. Pelos, unhas e glândulas 
sudoríparas, sebáceas e mamárias são 
estruturas anexas da pele. 
• Epiderme: É constituída por epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado 
(com camada córnea), cujas células mais 
abundantes são os queratinócitos. A 
epiderme apresenta ainda outros três tipos 
de células: os melanócitos, as células de 
Langerhans e as de Merkel. 
- A espessura e a estrutura da epiderme 
variam com o local estudado, sendo mais 
espessa e complexa na palma das mãos, na 
planta dos pés e em algumas articulações. 
Nessas regiões, a espessura chega até a 1,5 
mm e, vista da derme para a superfície, 
apresenta cinco camadas, basal, espinhosa, 
granulosa, lúcida e córnea. A camada basal 
é constituída por células prismáticas ou 
cuboides, ligeiramente basófilas, que 
repousam sobre a membrana basal que separa 
a epiderme da derme. A camada basal, rica 
em células-tronco (stem cells) da epiderme, 
é também chamada de germinativa. Apresenta 
atividade mitótica, sendo responsável, 
junto com a camada seguinte (espinhosa), 
pela constante renovação da epiderme. Os 
queratinócitos proliferam na camada basal e 
migram em direção à superfície da epiderme, 
diferenciando-se progressivamente até 
contribuir para a formação da camada 
córnea. Fatores mitogênicos produzidos 
pelos fibroblastos presentes na derme 
subjacente, como o fator de crescimento 
semelhante à insulina (IGF), o fator de 
crescimento de fibroblastos 7 e 10 (FGF-7 e 
FGF-10) e diversos ligantes para o receptor 
do fator de crescimento epidérmico (EGFR), 
são muito importantes para a proliferação 
celular na camada basal. Calcula-se que a 
epiderme humana se renove a cada 15 a 30 
dias, dependendo principalmente do local e 
da idade da pessoa. Os queratinócitos 
contêm filamentos intermediários de 
queratina, que se tornam mais abundantes à 
medida que a célula avança para a 
superfície; 
- A camada espinhosa é formada por células 
cuboides ou ligeiramente achatadas, com 
volume maior que o das células da camada 
basal, de núcleo central e citoplasma com 
feixes de filamentos de queratina 
(tonofilamentos). Nessa camada os 
queratinócitos estão unidos entre si por 
inúmeras junções intercelulares do tipo 
desmossomo. Em preparações histológicas, 
essas junções aparecem como pequenas 
projeções celulares, o que confere a cada 
célula um aspecto espinhoso. Ao microscópio 
e l e t r ô n i c o , v e r i f i c a - s e q u e o s 
tonofilamentos terminam inserindo-se nos 
espessamentos citoplasmáticos dos 
desmossomos. Os filamentos de queratina e 
os desmossomos têm importante papel na 
manutenção da coesão entre as células da 
epiderme e na resistência ao atrito; 
- A camada granulosa tem apenas três a cinco 
fileiras de células poligonais achatadas, 
núcleo central e citoplasma carregado de 
grânulos basófilos, chamados de grânulos de 
querato-hialina, que não são envolvidos por 
membrana. Esses grânulos contêm uma 
proteína rica em histidina fosforilada e 
também proteínas com cisteína. Os grânulos 
de querato-hialina são importantes para a 
condensação dos tonofilamentos, previamente 
à formação da camada córnea. Outra 
característica das células da camada 
granulosa, que somente pode ser visualizada 
ao microscópio eletrônico, são os grânulos 
lamelares, com 0,1 a 0,3 mm, que contêm 
discos lamelares formados por bicamadas 
lipídicas e são envoltos por membrana. 
Esses grânulos se fundem com a membrana 
plasmática e expulsam seu conteúdo para o 
espaço intercelular da camada granulosa, 
onde o material lipídico se deposita, 
contribuindo para a formação de uma 
barreira contra a penetração de substâncias 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
e para tornar a pele impermeável à água, 
impedindo a desidratação do organismo. 
Durante a evolução, esse impermeabilizante 
epidérmico surgiu nos répteis, e esse foi 
um evento importante para tornar possível a 
vida fora da água. A camada lúcida, mais 
evidente na pele espessa, é constituída por 
uma delgada camada de células achatadas, 
eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos e 
organelas citoplasmáticas foram digeridos 
por enzimas dos lisossomos e desapareceram. 
O citoplasma apresenta numerosos filamentos 
de queratina, compactados e envolvidos por 
material elétron-denso. Ainda se podem ver 
desmossomos entre as células ao microscópio 
e l e t r ô n i c o , m a s a s c é l u l a s s ã o 
indistinguíveis ao microscópio óptico. A 
camada córnea tem espessura muito variável 
e é constituída por células achatadas, 
mortas e sem núcleo, cujo citoplasma se 
apresenta repleto de queratina. A queratina 
contém pelo menos seis polipeptídios 
diferentes, com peso molecular entre 40 e 
70 kDa. A composição dos tonofilamentos se 
modifica à medida que os queratinócitos se 
diferenciam. 
• Derme: é o tecido conjuntivo em que se 
apoia a epiderme e que une a pele ao tecido 
subcutâneo, ou hipoderme. A derme apresenta 
espessura variável de acordo com a região 
observada, alcançando um máximo de 3 mm na 
planta do pé. Sua superfície externa é 
irregular, observando-se saliências, as 
papilas dérmicas, que acompanham as 
reentrâncias correspondentes da epiderme. 
As papilas são mais frequentes nas zonas 
sujeitas a pressões e atritos. A derme 
oferece suporte à epiderme e é essencial 
para a sua nutrição, já que a epiderme não 
é vascularizada. Além disso, os vasos 
sanguíneos da derme são importantes para a 
função de termorregulação da pele. A derme 
é também importante para a percepção 
sensorial (tato, temperatura, dor) e para a 
defesa imunológicada pele; 
- A derme é constituída por duas camadas de 
limites pouco distintos: a papilar, 
superficial, e a reticular, mais profunda. 
A camada papilar é delgada, constituída por 
tecido conjuntivo frouxo que forma as 
papilas dérmicas. Nessa camada foram 
descritas fibrilas especiais de colágeno, 
que, por um lado, se inserem na membrana 
basal e, por outro, penetram profundamente 
a derme. Essas fibrilas contribuem para 
prender a derme à epiderme. Os pequenos 
vasos sanguíneos observados nessa camada 
são responsáveis pela nutrição e oxigenação 
da epiderme. A camada reticular é mais 
espessa, constituída por tecido conjuntivo 
denso. Ambas as camadas contêm muitas 
fibras do sistema elástico, responsáveis, 
em parte, pela elasticidade da pele. Além 
dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos 
nervos, também são encontradas na derme as 
seguintes estruturas, derivadas da 
epiderme: folículos pilosos, glândulas 
sebáceas e glândulas sudoríparas. 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
• Hipoderme: é formada por tecido conjuntivo 
frouxo, que une de maneira pouco firme a 
derme aos órgãos subjacentes. É a camada 
responsável pelo deslizamento da pele sobre 
as estruturas nas quais se apoia. 
Dependendo da região e do grau de nutrição 
do organismo, a hipoderme pode ter uma 
camada variável de tecido adiposo, que, 
quando desenvolvida, constitui o panículo 
adiposo. Este modela o corpo, é uma reserva 
de energia e proporciona proteção contra o 
frio (a gordura é um bom isolante térmico). 
• Pelos: são estruturas delgadas e 
queratinizadas que se desenvolvem a partir 
de uma invaginação da epiderme. A cor, o 
tamanho e a disposição deles variam de 
acordo com a cor da pele e a região do 
corpo. São observados em quase toda a 
superfície corporal, com exceção de algumas 
regiões bem delimitadas. Os pelos são 
estruturas que crescem descontinuamente, 
intercalando fases de repouso com fases de 
crescimento, cuja duração é variável de uma 
região para outra. No couro cabeludo, por 
exemplo, a fase de crescimento é muito 
longa, durando vários anos, enquanto a fase 
de repouso é da ordem de 3 meses. As 
características dos pelos de determinadas 
regiões do corpo (face e região pubiana) 
s ã o i n f l u e n c i a d a s p o r h o r m ô n i o s , 
principalmente os hormônios sexuais. Cada 
pelo se origina de uma invaginação da 
epiderme, o folículo piloso, que, no pelo 
em fase de crescimento, apresenta-se com 
uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em 
cujo centro se observa uma papila dérmica. 
As células que recobrem a papila dérmica 
formam a raiz do pelo, de onde emerge o 
eixo do pelo. Na fase de crescimento, as 
células da raiz multiplicam-se e 
diferenciam-se em vários tipos celulares. 
Em certos tipos de pelos grossos, as 
células centrais da raiz produzem células 
grandes, vacuolizadas e fracamente 
queratinizadas, que formam a medula do 
pelo. Ao redor da medula diferenciam-se 
células mais queratinizadas e dispostas 
compactamente, formando o córtex do pelo. 
Células mais periféricas formam a cutícula 
do pelo, constituída por células fortemente 
queratinizadas que se dispõem envolvendo o 
córtex como escamas. Finalmente, das 
células epiteliais mais periféricas de 
todas, originam-se duas bainhas epiteliais 
(uma interna e outra externa), que envolvem 
o eixo do pelo na sua porção inicial. A 
bainha externa se continua com o epitélio 
da epiderme, enquanto a interna desaparece 
na altura da região onde desembocam as 
glândulas sebáceas no folículo. Separando o 
folículo piloso do tecido conjuntivo que o 
envolve, encontra-se uma membrana basal 
muito desenvolvida, que recebe o nome de 
membrana vítrea. O conjuntivo que envolve o 
folículo apresenta-se mais espesso, 
formando a bainha conjuntiva do folículo 
piloso. Dispostos obliquamente e inseridos 
de um lado nessa bainha e do outro na 
camada papilar da derme, encontram-se os 
músculos eretores dos pelos, cuja contração 
puxa o pelo para uma posição mais vertical, 
tornando-o eriçado. 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
• Unhas: são placas de células queratinizadas 
localizadas na superfície dorsal das 
falanges terminais dos dedos. Sua porção 
proximal é chamada de raiz da unha. O 
epitélio da dobra de pele que cobre a raiz 
da unha consiste nas camadas usuais da 
epiderme, e a camada córnea desse epitélio 
forma a cutícula da unha. É na raiz da unha 
que se observa sua formação, graças a um 
processo de proliferação e diferenciação 
das células epiteliais aí colocadas, que 
gradualmente se queratinizam, formando uma 
placa córnea. A unha é constituída 
essencialmente por escamas córneas 
compactas, fortemente aderidas umas às 
outras. Elas crescem deslizando sobre o 
leito ungueal, que tem estrutura típica de 
pele e não participa na firmação da unha. A 
transparência da unha e a pequena espessura 
do epitélio do leito ungueal possibilitam 
observar a cor do sangue dos vasos da 
derme, constituindo uma maneira de se 
avaliar a oxigenação sanguínea. 
• Glândulas sebáceas: Situam-se na derme e 
seus ductos geralmente desembocam na porção 
terminal dos folículos pilosos. Nos grandes 
e pequenos lábios da vagina os ductos 
abrem-se direto na superfície da pele. Na 
palma da mão e na sola do pé não há 
glândulas sebáceas, pois não apresentam 
pêlos. São alveolares e geralmente vários 
alvéolos desembocam em um ducto curto. 
Esses alvéolos são formados por uma camada 
externa de células epiteliais achatadas. 
Secretam uma substancia oleosa chamada sebo 
que recobre não só o pêlo, mas também a 
superfície da pele, para a manutenção e sua 
textura. O sebo é produzido como uma 
secreção holócrina, onde o produto é 
liberado junto com os restos celulares. A 
atividade dessas glândulas é influenciada 
por hormônios sexuais. Na puberdade ocorre 
o aumento na produção das células sebáceas 
e sebo, e seu acúmulo origina a acne. 
• Glândulas sudoríparas: 
1. Merócrina: são aquelas cujo produto de 
secreção é secretado isoladamente, sem 
partes da célula. São glândulas do tipo 
simples, tubulosa, enovelada. Sua porção 
secretora localiza-se profundamente na 
derme ou superiormente na hipoderme. O 
ducto da glândula abre-se na superfície 
da pele e segue um curso em hélice ao 
atravessar a epiderme. Distribuem-se por 
toda superfície do corpo, exceto em 
alguns locais com lábios e genitália 
externa, e não estão associadas a 
folículos pilosos. Na porção glandular 
estão presentes 3 tipos de células: 
mioepiteliais, clara e escura. As células 
escuras são adjacentes ao lúmen e as 
claras ficam entre as células escuras e 
as mioepiteliais. O ápice das células 
escuras apresentam muitos grânulos de 
secreção contendo glicoproteínas, e o 
c i t o p l a s m a r i c o e m r e t í c u l o 
endoplasmático rugoso. As células claras 
não contêm grânulos de secreção e são 
pobres em retículo endoplasmático rugoso, 
mas contêm muitas mitocôndrias. O ducto 
da glândula sudorípara é constituído por 
epitélio cúbico estratificado. Suas 
células são menores e aparecem mais 
escuras que as células da porção 
secretora. Essas glândulas produzem uma 
solução aquosa pobre em proteínas e rica 
em cloreto de sódio, uréia, ácido úrico e 
amônia em quantidade varáveis: o suor. 
Portanto, funcionam, em parte, como 
órgãos excretores. Também desempenham um 
importante papel na regulação da 
temperatura, pelo resfriamento resultante 
da evaporação do suor. 
2. Apócrina: são aquelas cujo produto de 
secreção é secretado juntamente com 
porções do citoplasma apical das células 
que as constituem. Encontram-se na axila, 
aréola e mamilo da glândula mamária, na 
região perineal, em associação com a 
genitália externa, glândula ceruminosa do 
canal auditiva e glândula de Moll das 
pálpebras. Desenvolvem-se a partir da 
mesma invaginaçãoda epiderme que dá 
origem aos folículos pilosos acima da 
abertura das glândulas sebáceas. Produzem 
uma secreção que contém proteína e sua 
composição varia com a localização 
anatômica, sendo ligeiramente viscosa e 
sem cheiro, mas que adquire um odor 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
desagradável e característico pela ação 
de bactérias. Essas glândulas respondem 
aos hormônios sexuais e desenvolvem-se na 
puberdade. As glândulas axilares da 
mulher sofrem alterações cíclicas que 
acompanham o ciclo menstrual. 
- As glândulas sudoríparas são inervadas pela 
porção simpática do sistema nervoso 
autônomo (merócrinas respondem ao calor e 
pressão nervosa; apócrinas respondem a 
estímulos emocionais e sensoriais, mas não 
ao calor). 
- A pele contribui para a termorregulação de 
dois modos: liberando suor em sua 
superfície e ajustando o fluxo de sangue na 
derme. Em resposta a uma elevada 
temperatura ambiental ou ao calor produzido 
pelo exercício, a produção de suor pelas 
glândulas sudoríferas écrinas aumenta; a 
evaporação do suor na superfície da pele 
ajuda a diminuir a temperatura corporal. 
Além disso, os vasos sanguíneos na derme 
dilatam; consequentemente, mais sangue flui 
pela derme, aumentando o calor perdido pelo 
corpo. Em resposta a temperatura ambiental 
baixa, a produção de suor pelas glândulas 
sudoríferas écrinas diminui, ajudando a 
conservar o calor. Além disso, o calibre 
dos vasos sanguíneos na derme da pele 
diminui, reduzindo assim o fluxo de sangue 
pela pele e a perda de calor do corpo. Além 
disso, as contrações no músculo esquelético 
geram calor corporal. 
- A derme abriga uma rede extensa de vasos 
sanguíneos que carregam 8 a 10% do fluxo 
sanguíneo total em um adulto em repouso. 
Por esse motivo, a pele funciona como 
reservatório de sangue. 
- A pele fornece proteção ao corpo de vários 
modos. A queratina protege os tecidos 
subjacentes contra microrganismos, abrasão, 
calor e substâncias químicas e os 
queratinócitos altamente unidos resistem à 
invasão por microrganismos. Os lipídios 
liberados pelos grânulos lamelares inibem a 
evaporação de água a partir da superfície 
da pele, protegendo contra a desidratação; 
eles também retardam a entrada de água pela 
superfície da pele durante o banho ou a 
natação. O sebo gerado pelas glândulas 
sebáceas evita que pele e pelos se 
ressequem, além de conter substâncias 
químicas bactericidas (substâncias que 
matam bactérias). O pH ácido do suor 
r e t a r d a o c r e s c i m e n t o d e a l g u n s 
microrganismos. O pigmento melanina ajuda a 
proteger contra os efeitos prejudiciais da 
radiação ultravioleta. Dois tipos de 
células realizam funções protetoras de 
natureza imunológica. Os macrófagos 
intraepidérmicos alertam o sistema imune 
para a existência de invasores microbianos 
potencialmente perigosos por reconhecê-los 
e processá-los e os macrófagos na derme 
fagocitam bactérias e vírus que conseguem 
passar pelos macrófagos intraepidérmicos na 
epiderme. 
- A sensibilidade cutânea é aquela que se 
origina na pele, incluindo a sensibilidade 
tátil – toque, pressão, vibração e cócegas 
– bem como sensibilidade térmica como calor 
e frio. Outra sensibilidade cutânea, a dor, 
em geral é um indício de lesão tecidual 
iminente ou real. Existe uma grande 
variedade de terminações nervosas e 
receptores distribuídos pela pele, 
incluindo os discos táteis da epiderme, os 
corpúsculos táteis na derme e os plexos das 
raízes pilosas ao redor de cada folículo 
piloso. 
- A pele normalmente desempenha um papel 
pequeno na excreção, a eliminação de 
substâncias do corpo, e na absorção, a 
passagem de material do ambiente externo 
para as células do corpo. Apesar da 
natureza praticamente à prova d’água da 
camada córnea, cerca de 400 ml de água 
evaporam diariamente através dela. Um 
indivíduo sedentário perde 200 ml 
adicionais por dia com o suor; indivíduos 
fisicamente ativos perdem muito mais. Além 
de remover água e calor do corpo, o suor 
também é o veículo para a excreção de 
pequenas quantidades de sais, dióxido de 
carbono e duas moléculas orgânicas 
resultantes do metabolismo de proteínas – 
amônia e ureia. 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
- A absorção de substâncias hidrossolúveis 
através da pele é negligenciável, porém 
determinados materiais lipossolúveis 
penetram na pele. Eles incluem vitaminas 
lipossolúveis (A, D, E e K), alguns 
fármacos e os gases oxigênio e dióxido de 
carbono. Material tóxico que pode ser 
absorvido pela pele inclui solventes 
orgânicos como acetona (em alguns 
removedores de esmalte) e tetracloreto de 
carbono (um líquido de limpeza a seco); 
sais de metais pesados como chumbo, 
mercúrio e arsênico e as substâncias em 
urtiga (hera) e carvalho venenosos. Uma vez 
que esteroides tópicos (aplicados sobre a 
pele), como a cortisona, são lipossolúveis, 
eles se movem facilmente para a região 
papilar da derme. Ali, eles podem exercer 
suas propriedades anti-inflamatórias pela 
inibição da produção de histamina pelos 
mastócitos (lembre-se de que a histamina 
contribui para a inflamação). Determinados 
fármacos absorvidos pela pele podem ser 
administrados pela aplicação de adesivos 
sobre a pele. 
- A síntese de vitamina D requer a ativação 
na pele de uma molécula precursora pelos 
raios ultravioleta (UV) na luz do sol. As 
enzimas no fígado e nos rins modificam 
então a molécula ativada, produzindo 
finalmente o calcitriol, a forma mais ativa 
de vitamina D. O calcitriol é um hormônio 
que auxilia a absorção de cálcio dos 
alimentos do trato gastrintestinal para o 
sangue. Apenas uma exposição breve à luz UV 
(cerca de 10 a 15 min pelo menos 2 vezes/
semana) é necessária para a síntese de 
vitamina D. Pessoas que evitam a exposição 
ao sol e indivíduos que vivem em climas 
frios no Hemisfério Norte podem precisar de 
suplementos de vitamina D para evitar a sua 
deficiência. A maior parte das células do 
sistema imunológico tem receptores de 
vitamina D e elas ativam a vitamina D em 
resposta a uma infecção, especialmente uma 
infecção respiratória como a gripe. 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
Acredita-se que a vitamina D aumente a 
atividade fagocítica, aumente a produção de 
substâncias antimicrobianas nos fagócitos, 
regule as funções imunes e ajude a reduzir 
a inflamação. 
• Cicatrização: dois tipos de processos de 
cicatrização podem ocorrer, dependendo da 
profundidade da lesão. A cicatrização 
epidérmica ocorre nas lesões que afetam 
apenas a epiderme; a cicatrização profunda 
ocorre nas lesões que penetram na derme. 
- Cicatrização epidérmica: embora a porção 
central de uma ferida epidérmica possa se 
estender até a derme, as margens da ferida 
em geral envolvem apenas um dano leve às 
células epidérmicas superficiais. Tipos 
comuns de feridas epidérmicas incluem 
abrasões, em que uma porção da pele foi 
removida, e queimaduras pequenas. Em 
resposta a uma lesão epidérmica, as células 
basais da epiderme ao redor da ferida 
perdem o contato com a membrana basal. As 
células então aumentam e migram pela 
ferida. As células parecem migrar como uma 
camada até que as células avançando a 
partir de lados opostos da ferida se 
encontrem. Quando as células epidérmicas se 
encontram, elas param de migrar por causa 
de uma resposta celular chamada de inibição 
por contato. A migração das células 
epidérmicas para completamente quando cada 
uma se encontra em contato finalmente com 
células epidérmicas em toda a extensão da 
lesão. 
- Conforme as células epidérmicas basais 
migram, um hormônio chamado de fator de 
crescimento epidérmico estimula as células-
tronco basais a se dividirem e substituiaquelas que se moveram para a ferida. As 
células epidérmicas basais realocadas se 
dividem, formando uma nova camada, tornando 
desse modo a nova epiderme mais espessa. 
- Cicatrização profunda: ocorre quando uma 
lesão se estende até a derme e a tela 
subcutânea. Como várias camadas de tecido 
devem ser reparadas, o processo de 
cicatrização é mais complexo do que a 
cicatrização epidérmica. Além disso, como é 
formado um tecido cicatricial, o tecido 
cicatrizado perde algumas de suas funções 
normais. A cicatrização profunda ocorre em 
quatro fases: uma fase inflamatória, uma 
fase migratória, uma fase proliferativa e 
uma fase de maturação. 
- Durante a fase inflamatória, um coágulo 
sanguíneo se forma na ferida e une 
frouxamente os seus limites. Como seu nome 
implica, essa fase da cicatrização profunda 
envolve inflamação, uma resposta vascular e 
c e l u l a r q u e a j u d a a e l i m i n a r 
microrganismos, material estranho e tecido 
morto em uma preparação para o reparo. A 
vasodilatação e o aumento da permeabilidade 
dos vasos sanguíneos associados à 
inflamação aumentam a chegada de células 
úteis. Elas incluem leucócitos fagocíticos 
chamados de neutrófilos; monócitos, que se 
desenvolvem em macrófagos que fagocitam 
microrganismos; e células mesenquimais, que 
se desenvolvem em fibroblastos. 
- As três fases que se seguem realizam o 
trabalho de reparo da ferida. Na fase 
migratória, o coágulo se torna uma crosta e 
células epiteliais migram abaixo dela, 
fechando a ferida. Os fibroblastos migram 
ao longo das redes de fibrina e começam a 
sintetizar tecido cicatricial (fibras 
colágenas e glicoproteínas) e os vasos 
sanguíneos danificados começam a crescer 
novamente. Durante essa fase, o tecido que 
preenche a ferida é chamado de tecido de 
granulação. A fase proliferativa é 
caracterizada pelo crescimento extenso de 
células epiteliais abaixo da crosta, pelo 
depósito de fibras colágenas pelos 
fibroblastos em padrão aleatório e a 
continuação do crescimento dos vasos 
sanguíneos. Finalmente, durante a fase de 
maturação, a crosta se solta uma vez que a 
epiderme tenha retornado à sua espessura 
normal. As fibras colágenas se tornam mais 
organizadas, o número de fibroblastos 
diminui e os vasos sanguíneos retornam ao 
normal. 
- O processo de formação de tecido 
cicatricial é chamado de fibrose. Algumas 
vezes, é formado tanto tecido cicatricial 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2021.2
durante o reparo da ferida que o resultado 
é uma cicatriz elevada – aquela que é 
elevada acima da superfície epidérmica 
normal. Se essa cicatriz permanece dentro 
dos limites da ferida original, ela é uma 
cicatriz hipertrófica. Se ela se estende 
além dos limites na direção dos tecidos 
circunjacentes normais, é uma cicatriz 
queloide. O tecido cicatricial é diferente 
da pele normal porque as fibras colágenas 
estão organizadas mais densamente, ele tem 
elasticidade menor, menos vasos sanguíneos 
e pode conter ou não a mesma quantidade de 
pelos, glândulas cutâneas ou estruturas 
sensitivas. Por causa da organização das 
fibras colágenas e da escassez de vasos 
sanguíneos, as cicatrizes em geral têm cor 
mais clara que a pele normal.

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