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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS-AFYA 
COODENAÇÃO DE MEDICINA 
TIC’S SOI III 
 
 
 
 BEATRIZ GAGO PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIC´S SEMANA 0; Quais as manifestações clínicas das vasculites de acordo com o 
tamanho do calibre do vaso acometido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Velho-RO 
2024.1 
 
 
 
 
 
 
 BEATRIZ GAGO PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIC´S SEMANA 06; Quais as manifestações clínicas das vasculites de acordo com o 
tamanho do calibre do vaso acometido? 
 
 
 
 
 
 
Atividade apresentada a SOI III do curso de Medicina 
do Centro Universitário São Lucas como requisito 
parcial a obtenção de nota para compor a 
modalidade de TIC’S conforme a semana vigente. 
 
Docente: Profº. Esp. Douglas Smith 
 
 
 
 
 
 
 Porto Velho-RO 
2024.1 
 
 
 
S0I III: Quais as manifestações clínicas das vasculites de acordo com o tamanho do 
calibre do vaso acometido? 
 
Vasculite é um termo geral que caracteriza a inflamação da parede de vasos. É 
definida pela presença de leucócitos inflamatórios com danos reativos às estruturas murais; 
tanto a perda de integridade do vaso que leva ao sangramento, quanto o comprometimento 
do lúmen podem resultar em isquemia e necrose (ABBAS, 2018). 
Os vasos sanguíneos afetados pela vasculite podem variar em tamanho, tipo e 
localização, dependendo do tipo específico da doença. A vasculite pode ocorrer como uma 
condição primária ou secundária a outra doença subjacente. (MERKEL, 2021). 
A vasculite pode ser causada principalmente por dois mecanismos: inflamação 
imunomediada, em que o sistema imunológico ataca os vasos sanguíneos, e invasão direta 
dos vasos por agentes infecciosos. As infecções também podem levar à vasculite de forma 
indireta, produzindo imunocomplexos ou desencadeando reações imunológicas cruzadas. 
É crucial distinguir entre esses mecanismos, pois o tratamento com imunossupressores é 
eficaz para a vasculite imunomediada, mas pode piorar a vasculite causada por infecções. 
(ABBAS, 2018). 
Segundo a Conferência de Chapel Hill, há três tipos principais de vasculites: 
1- Pequenos vasos (arteríolas ou vênulas). 
2- Vasos de médio calibre (artérias musculares). 
3- Vasos de grande calibre (grandes artérias elásticas). 
 
• Vasculite de vasos grandes: 
Arterites de grandes vasos comprometem tipicamente a aorta e seus ramos maiores. 
As principais aortites não infecciosas são a arterite de células gigantes e a doença de 
Takayasu, ambas mais comuns em mulheres (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
Doença de Takayasu - A arterite de Takayasu afeta principalmente a aorta e seus 
principais ramos. A inflamação e os danos são frequentemente localizados em uma parte 
dos vasos afetados, mas um envolvimento extensivo, como quase pan-aortite, pode ser 
 
 
visto. O aparecimento da doença geralmente ocorre antes dos 30 anos de idade (MERKEL, 
2021). 
Arterite celular gigante - A arterite celular gigante, também conhecida como arterite 
temporal, afeta principalmente a aorta e seus principais ramos, com predileção pelos ramos 
da carótida, incluindo a artéria temporal superficial. O aparecimento da doença geralmente 
ocorre em pacientes com mais de 50 anos, com o aumento acentuado da incidência na 
oitava e nona década de vida (MERKEL, 2021). 
• Vasculite de vasos médios: 
Embora vasculites de grandes vasos possam ocasionalmente acometer vasos de 
médio calibre, as duas doenças que acometem vasos deste calibre são a poliarterite nodosa 
e a doença de Kawasaki. Ambas se caracterizam por comprometer artérias de médio calibre 
(artérias viscerais principais e seus ramos), embora possa afetar também artérias de 
qualquer calibre (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
Poliarterite nodosa - Poliarterite nodosa é uma vasculite necrosante sistêmica que 
normalmente afeta artéria de médio e pequeno porte. A maioria dos casos é idiopática, 
porem algumas vezes infecções precedem a doença, sobretudo em crianças, 
especialmente hepatite pelo vírus B ou C, parvovírus B19 e vírus Epstein-Barr. O principal 
achado histológico é a destruição da camada média por necrose fibrinoide de artérias 
musculares; o acometimento é segmentar, tanto no comprimento quanto na circunferência 
do vaso (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
Doença de Kawashi - A doença de Kawashi é uma arterite que afeta 
predominantemente as artérias médias e pequenas, mas a aorta e as artérias grandes 
também podem estar envolvidas. A doença geralmente ocorre em crianças e é 
frequentemente associada a uma síndrome do linfonodo mucocutâneo. As artérias também 
podem estar envolvidas (MERKEL, 2021). 
• Vasculites de pequeno porte: 
As vasculites de pequenos vasos acometem predominantemente pequenas artérias 
intraparenquimatosas, arteríolas, capilares e vênulas, embora artérias de médio calibre e 
veias possam também ser afetadas. Essas vasculites ainda são divididas em dois grupos; 
 
 
vasculites não associadas a imunocomplexos vasculites associadas a imunocomplexos. 
Não há diferença histológica entre as duas formas, sendo a distinção entre elas feita pelos 
aspectos clínicos e laboratoriais da doença (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
• Vasculites de pequenos vasos não associadas a imunocomplexos: 
Também chamadas pauci-imunes, mostram frequentemente anticorpos anticitoplasma 
de neutrófilos (ANCA) e correspondem à poliangite microscópica, à poliangite com 
granulomas e à síndrome de Churg-Strauss (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
Poliangite com granulomas - E uma vasculite sistêmica necrosante associada a ANCA 
antiproteinase 3 (c-ANCA). Trata-se de doença rara que acomete igualmente homens e 
mulheres, especialmente entre 45 e 60 anos. A doença caracteriza-se por necrose 
granulomas sobretudo no trato respiratório, acompanhados frequentemente de 
glomerulonefrite pauci-imune, que pode ser rapidamente progressiva (BRASILEIRO FILHO, 
2016). 
Síndrome de Churg-Strauss - Atualmente chamada poliangite congranulomas 
eosinofílicos, a síndrome de Churg- Strauss (SCS) acomete indivíduos sem predileção por 
gênero ou grupo étnico, com inicio entre 35 e 55 anos de idade. Diversos fatores ambientais 
podem estar associados, como alérgenos, infecções, vacinações e medicamentos 
(BRASILEIRO FILHO, 2016). 
Poliangite microscópica - Trata-se de afecção autoimune associada a ANCA e 
caracterizada por vasculite sistêmica de pequenos vasos. A doença tem pequenas 
predominância no gênero masculino, baixa incidência e inicio geralmente entre 50 e 60 
anos. Sua etiologia é desconhecida, mas existem evidencias crescentes de que ANCA, 
principalmente o que reage com a mieloperoxidase (MPO, pANCA) tem papel patogenético. 
Como se trata de vasculite sistêmica, diversos órgãos podem ser acometidos, 
principalmente os rins e os pulmões. Nos rins, há geralmente glomerulonefrite necrosante; 
nos pulmões, predominam os fenômenos secundários á capilarite (BRASILEIRO FILHO, 
2016). 
• Vasculites de pequenos vasos associados a imunocomplexos: 
As vasculites associadas a imunocomplexos podem ser idiopáticos ou, mais 
comumente, fazem parte de doenças sistêmicas. Entre estas, destacam-se o lúpus 
 
 
eritematoso sistêmico e a artrite reumatoide. Contudo, várias outras doenças sistêmicas 
podem associar-se a vasculite de pequenos vasos, principalmente na pele (BRASILEIRO 
FILHO, 2016). 
Púrpura de Henoch-Schonlein ou vasculite por IgA - A púrpura de Henoch-Schonlein 
(PHS) ou vasculite por IgA é vasculite com imunodepósitos IgA1 que acomete pequenos 
vasos; capilares, vênulas e arteríolas. A PHS é a vasculite sistêmica mais comum da 
infância. A doença manifesta-se sobretudo com sinais e sintomas cutâneos e 
gastrointestinais.A tríade de púrpura, dor abdominal e artrite pode surgir em qualquer 
sequência, embora os dois últimos não estejam presentes em todos os pacientes 
(BRASILEIRO FILHO, 2016). 
Vasculite crioglobulinêmica Crioglobulinas - são imunocomplexos que podem 
induzir vasculite sistêmica de pequenos vasos, sobretudo na pele, nos rins e nos nervos 
periféricos. Crioglubulinemia pode ser idiopática ou associar-se a algumas afecções, como 
hepatite C, doenças do tecido conjuntivo e enfermidades linfoproliferativas de células B 
(BRASILEIRO FILHO, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
ABBAS, Abul K.; KUMAR, Vinay; FAUSTO, Nelson. Robbins patologia básica. 10° ed. 
Elsevier Brasil, 2018. Acesso em 20 mar de 2024. 
BRASILEIRO FILHO, Geraldo Bogliolo, patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2016. Acesso em 20 mar de 2024. 
GONÇALVES, Mellina Silva. Vasculites: desafio diagnóstico e terapêutico. Arq. 
Catarin Med., v. 48, n. 4, p. 174-190, 2019. Acesso em 20 mar de 2024. 
MERKEL, Peter A., MD, MPH. Overview of and approach to the vasculitides in adults. 
UpToDate, 2021. Acesso em 20 mar de 2024.

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