Buscar

SISTEMA TEGUMENTAR, SISTEMA SENSITIVO, HANSENIASE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1ª CONHECER O SISTEMA TEGUMENTAR:
PRINCÍPIOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA - 14ª ED. 2016 - DERRICKSON, BRYAN; TORTORA, GERARD
I. ESTRUTURAS DA PELE
· O tegumento comum consiste em pele, pelos, glândulas sebáceas e sudoríferas, unhas e receptores sensoriais.
· As principais partes da pele são a epiderme (superficial) e a derme (profunda).
· A tela subcutânea (hipoderme), está abaixo da derme, não é parte da pele. Ela ancora a derme aos tecidos e órgãos subjacentes
· Os tipos de células na epiderme são os queratinócitos, os melanócitos, os macrófagos intraepidérmicos (Langerhans) e as células epiteliais táteis (Merkel).
· As camadas epidérmicas, da mais profunda para a mais superficial, são as camadas basal, espinhosa, granulosa, lúcida (apenas na pele espessa) e córnea.
· A derme é composta por tecido conjuntivo denso não modelado contendo fibras colágenas e elásticas.
· Ela é dividida nas regiões papilar e reticular. A região papilar contém colágeno fino e fibras elásticas finas, papilas dérmicas e corpúsculos táteis. A região reticular contém feixes de colágeno espesso e algumas fibras elásticas grossas, fibroblastos e macrófagos, tecido adiposo, folículos pilosos, nervos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas.
· A cor da pele é determinada por melanina, caroteno e hemoglobina.
II. FUNÇÕES DA PELE
· As funções da pele incluem a regulação da temperatura corporal, o armazenamento de sangue, a proteção, a sensibilidade, a excreção e a absorção e a síntese de vitamina D.
· A pele participa da termorregulação liberando suor em sua superfície e ajustando o fluxo de sangue na derme.
· A pele fornece barreiras físicas, químicas e biológicas que ajudam a proteger o corpo.
· A sensibilidade cutânea inclui tato, calor, frio e dor.
III. MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASIA | CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS NA PELE
· Em uma ferida epidérmica, a porção central em geral se estende até a derme; as extremidades envolvem apenas danos superficiais às células epidérmicas.
· As feridas epidérmicas são reparadas pelo crescimento e migração de células basais, inibição por contato e divisão das células basais que migram e são estacionárias.
· Durante a fase inflamatória da cicatrização de uma ferida profunda, um coágulo sanguíneo une as extremidades da ferida, as células epiteliais migram através da ferida; a vasodilatação e o aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos aumentam a chegada de fagócitos; e as células mesenquimais desenvolvem-se em fibroblastos.
2ª COMPREENDER OS MECANISMOS SENSORIAIS:
PRINCÍPIOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA - 14ª ED. 2016 - DERRICKSON, BRYAN; TORTORA, GERARD
SENTIDOS GERAIS: se referem tanto aos sentidos somáticos quanto aos sentidos viscerais.
· SENTIDOS SOMÁTICOS: incluem as sensações táteis (tato, pressão, vibração, prurido e cócegas), as sensações térmicas (quente e frio), as sensações dolorosas e as sensações proprioceptivas.
· SENTIDOS VISCERAIS: fornecem informações a respeito das condições dos órgãos internos, como por exemplo, pressão, estiramento, presença de substâncias químicas, náuseas, fome e temperatura
SENTIDOS ESPECIAIS: incluem as modalidades sensitivas do olfato, do paladar, da visão, da audição e do equilíbrio
PROCESSO DE SENSIBILIDADE: 
1. Estimulação do receptor sensitivo 2. Transdução do estímulo 3. Geração de impulsos nervosos 4. Integração da informação sensitiva
1. Um estímulo adequado deve ocorrer dentro do campo receptivo do receptor sensitivo, ou seja, a região do corpo em que a estimulação é capaz de ativar o receptor e produzir uma resposta
2. Um receptor sensitivo faz a transdução (conversão) de energia em um estímulo para um potencial graduado. Cada tipo de receptor sensitivo apresenta seletividade*: ele é capaz de fazer a transdução de apenas um tipo de estímulo. Por exemplo, as moléculas de odor no ar estimulam os receptores olfatórios (de odor) no nariz que fazem a transdução da energia química das moléculas em energia elétrica na forma de um potencial graduado
3. Quando um potencial graduado em um neurônio sensitivo alcança o limiar, o neurônio dispara um ou mais impulsos nervosos, que, então, se propagam para o SNC. Os neurônios sensitivos que conduzem impulsos do SNP para o SNC são chamados de neurônios de primeira ordem
4. Uma região particular do SNC recebe e integra os impulsos nervosos sensitivos. As sensações conscientes ou percepções são integradas no córtex cerebral. 
Parece que você vê com seus olhos, escuta com suas orelhas e sente dor em uma parte lesada do seu corpo porque os impulsos sensitivos de cada parte do seu corpo chegam a uma região específica do córtex cerebral, que interpreta a sensação como proveniente dos receptores sensitivos estimulados
TIPOS DE RECEPTORES SENSITIVOS: 
I. ESTRUTURA MICROSCÓPICA
· TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES (dos neurônios sensitivos de primeira ordem): são dendritos sem revestimento, os receptores de dor, temperatura, cócegas, prurido e de algumas sensações de tato são terminações nervosas livres.
· TERMINAÇÕES NERVOSAS ENCAPSULADAS (dos neurônios sensitivos de primeira ordem): Seus dendritos se encontram em uma cápsula de tecido conjuntivo que se apresenta como uma estrutura microscópica distinta, sensações somáticas e viscerais, como pressão, vibração e algumas sensações de tato
· CÉLULAS SEPARADAS (que formam sinapses com os neurônios sensitivos de primeira ordem): Os receptores sensitivos para alguns tipos de sentidos especiais são células separadas especializadas que formam sinapses com os neurônios sensitivos. Elas incluem as células ciliadas para a audição e o equilíbrio na orelha interna, as células receptoras gustatórias nos calículos gustatórios (Figura 16.1C) e os fotorreceptores na retina para a visão;
II. LOCALIZAÇÃO DOS RECEPTORES E A ORIGEM DOS ESTÍMULOS QUE OS ATIVAM
· EXTEROCEPTORES: estão localizados na superfície externa do corpo ou próximos a ela; eles são sensíveis a estímulos que se originam fora do corpo e fornecem informações a respeito do ambiente externo. As sensações de audição, visão, olfato, gustação, tato, pressão, vibração, temperatura e dor são transmitidas por exteroceptores
· INTEROCEPTORES: monitoram as condições do ambiente interno. Os impulsos nervosos produzidos pelos interoceptores em geral não são percebidos conscientemente.
· PROPRIOCEPTORES: estão localizados nos músculos, nos tendões, nas articulações e na orelha interna. Eles fornecem informações a respeito da posição do corpo
III. TIPO DE ESTÍMULO DETECTADO
· OS MECANOCEPTORES: são sensíveis aos estímulos mecânicos como deformação, estiramento ou dobramento das células. Os mecanoceptores fornecem informações a respeito das sensações de tato, pressão, vibração, propriocepção e audição e equilíbrio
· OS TERMOCEPTORES: detectam mudanças na temperatura
· OS NOCICEPTORES: respondem a estímulos dolorosos resultantes de danos físicos ou químicos a um tecido
· OS FOTORRECEPTORES: detectam a luz que alcança a retina dos olhos
· OS QUIMIORRECEPTORES: detectam substâncias químicas na boca (paladar), no nariz (odor) e nos líquidos corporais
· OS OSMORRECEPTORES: detectam a pressão osmótica nos líquidos corporais
RECEPTORES CUTANEOS: 
I. TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES - Toque e Pressão 
II. ENCAPSULADOS 
· CORPÚSCULOS DE MEISSNER: percepção de objetos que toquem a pele; ponta dos dedos, lábios
· DISCOS DE MERKEL: Acompanha Meissner; detecção de movimento de objetos sobre a pele 
· CORPÚSCULO DE PACINI Subcutâneo; vibração; amplamente distribuído 
· RUFFINI: mais profundo, tato e pressão, temperatura
3ª ENTENDER A RELAÇÃO DA HANSENIASE COM A PELE:
ALVES, Elioenai Dornelles; FERREIRA, Telma Leonel; FERREIRA, Isaias Nery. HANSENÍASE AVANÇOS EDESAFIOS. Brasília – DF. Universidade de Brasília. 2014.
A apresentação típica da neuropatia da hanseníase (NH) é o de uma mononeuropatia múltipla; ou seja, o comprometimento dos nervos se faz espacialmente e temporalmente de maneira assimétrica e distinta. Na forma tuberculoide, pode haver o comprometimento isolado de um único nervo (mononeuropatia), enquanto, na forma virchoviana,o comprometimento confluente dos nervos pode simular uma polineuropatia. Os nervos cranianos também podem ser afetados, embora o sejam em menor frequência. As consequências deste envolvimento, no entanto, em geral, têm grande repercussão clínica, tal como dos ramos do nervo trigêmeo responsáveis pela inervação da córnea e do ramo zigomático do nervo facial.
No início da doença, há comprometimento preferencial das células de Schwann – tanto das fibras mielinizadas quanto as amielínicas –, de tal forma que a lesão é primariamente mielínica. No entanto, progressivamente, passa a haver comprometimento axonal, quer de maneira lenta e progressiva quer rapidamente, como nas neurites. Em regra, os distúrbios sensitivos precedem os distúrbios motores, mas todas as modalidades de fibras podem ser acometidas, desde as fibras não mielinizadas neurovegetativas e nociceptivas até as sensitivas discriminativas e as fibras motoras
A neuropatia da hanseníase tem uma evolução extremamente crônica, porém, coexistem períodos agudos e subagudos durante reações inflamatórias imunomediadas, no decorrer da doença. Serão apresentados, sucintamente, vários aspectos clínicos característicos: as neurites e as síndromes compressivas, definição de “neurite silenciosa”, a dor neuropática e a hanseníase neural primária.

Continue navegando