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Geografia do Brasil - FCE

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Geografia do Brasil
A Institucionalização da Geografia no Brasil
1. 
Foi somente no século XIX que o ensino da Geografia adquiriu importância na educação formal do País. O Imperial Colégio de Pedro II, localizado na antiga corte, foi criado nesse período. A Geografia como disciplina passa a ter novo status no currículo escolar, o qual, por sua vez, foi influenciado pelo currículo da educação formal francesa. Os estabelecimentos de ensino brasileiros apresentavam em seu currículo os estudos literários (que tinham uma relevância reduzida no planejamento escolar) e outras disciplinas importantes. A seguir, indique quais eram essas disciplinas. 
B. 
As ciências físicas e naturais, a História, as línguas modernas e a Geografia.
No currículo brasileiro, influenciado pelo modelo francês, prevaleciam os estudos literários, as ciências físicas e naturais, a História e as línguas modernas. A Geografia não era considerada a disciplina mais significativa do currículo, logo, sua oferta nas instituições de ensino e o número de alunos matriculados não acompanhavam o seu grau de importância. Na época, a Geografia exercia a função de suporte na construção da ideia de identidade nacional, reforçando a questão do nacionalismo e do desenvolvimento do amor pela pátria.
2. 
No período imperial, o ensino da Geografia manteve-se pouco alterado em relação ao conteúdo ou à forma de ensiná-la. Na época, os professores da disciplina eram militares, engenheiros, advogados, sacerdotes e até indivíduos autodidatas. Como eram orientados os métodos de ensino da Geografia no Brasil da época? 
C. 
A Geografia escolar era orientada pelo método clássico, ou seja, pela Geografia descritiva, mnemônica e enciclopédica.
A Geografia escolar era orientada pelo método clássico, ou seja, pela Geografia descritiva, mnemônica e enciclopédica da escola tradicional. Neste período,  seguia-se o método de ensino iniciado na Europa, o qual era muito distante da realidade do aluno. Os outros métodos de ensino mencionados surgiram depois, com destaque para os métodos da nova Geografia e para o método construtivista.
3. 
A Universidade de São Paulo (USP) foi fundada em 1934. Nesse período, consolidava-se a ideia da criação de grandes instituições de Ensino Superior, sob a égide de uma unidade universitária comum. À formação de unidades de diversos campos do conhecimento foi acrescida a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da qual fazia parte o curso de Geografia. Até 1950, a Geografia no Brasil sofreu forte influência francesa. Dessa forma, na fundação da Universidade de São Paulo e na institucionalização da Geografia como disciplina, quais foram os dois professores franceses que colaboraram para o ensino da Geografia no Brasil?
A. 
Pierre Deffontaines e Pierre Monbeig.
Vários professores franceses foram convidados para lecionar na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Na área da Geografia, a colaboração inicial foi dada pelo professor francês Pierre Deffontaines, substituído em 1935 pelo também francês Pierre Monbeig. Deffontaines foi para o Rio de Janeiro com o propósito de fundar o curso de Geografia. O alemão Alexander von Humboldt e o norte-americano Richard Hartshorne não fizeram parte dessa época do processo de institucionalização da Geografia no Brasil. Já os brasileiros Aroldo de Azevedo e Josué de Castro contribuíram para o começo da implementação da disciplina na Universidade de São Paulo. Jean Tricart, por sua vez, foi um famoso geógrafo francês que não contribuiu para esse processo no Brasil. Ainda, Hilgard Sterberg foi um dos primeiros geógrafos formados na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, e fez parte da cátedra de Geografia. Léo Waibel era um geógrafo alemão do século XX, cujos estudos inspiraram muitos acadêmicos brasileiros. Finalmente, Francis Ruellan foi um estudioso francês que contribuiu para o ramo da Geografia rural, mas que não fez parte da institucionalização da Geografia no Brasil.
4. 
Desde a sua criação, o objetivo do IBGE era desenvolver informações sobre o território nacional por meio da racionalização de uma política de coleta de dados estatísticos, os quais ofereceriam suporte à administração pública. O IBGE contribuiu para a formação de muitos professores universitários, sendo a primeira instituição a receber profissionais geógrafos designados exclusivamente para a pesquisa. Outra contribuição importante foi na divisão atual do Brasil em cinco regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Nesse contexto, selecione a alternativa que apresenta o criador e o período da proposta das cinco regiões do Brasil atual.
A. 
Proposta em 1970, por Fábio Macedo Soares Guimarães.
O IBGE foi criado em 1930, na cidade do Rio de Janeiro, e teve a contribuição de geógrafos franceses da época. A proposta da divisão das cinco regiões, que se mantém até hoje, foi criada em 1970, por Fábio Macedo Soares Guimarães. Com exceção do geógrafo Milton Santos, professor da USP até meados do ano 2000, Pierre Monbeig, Eloísa de Carvalho e Josué de Castro foram nomes que contribuíram para o processo de institucionalização da Geografia no Brasil.
5. 
Houve, no Brasil, uma grande quantidade de geógrafos brasileiros importantes para a história do pensamento geográfico. Um dos mais importantes se formou em Direito pela UFRJ, mas nunca exerceu a profissão. Em seguida, ele se formou em Geografia e História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Sua publicação, intensificada entre 1940 e 1960, conta com mais de 100 livros e artigos, além dos primeiros livros didáticos voltados para o estudo da Geografia. Esse geógrafo também sistematizou a primeira classificação brasileira do relevo em um mapa muito divulgado no ensino da ciência geográfica. A que geógrafo/professor o enunciado se refere?
B. 
Aroldo de Azevedo
Aroldo de Azevedo foi um dos maiores nomes da Geografia. Lecionou na Universidade de São Paulo e teve uma grande participação na Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) e no Boletim Paulista de Geografia (BPG). Seu principal mentor foi Pierre Monbeig e sua formação foi, em grande parte, influenciada pela Geografia francesa. Josué de Castro,  formado em Medicina e em Geografia, foi professor de Geografia Humana na USP e, como médico, trabalhava no combate à fome. Aziz Ab’Saber foi um dos geógrafos importantes da época, porém não teve uma participação tão presente no início da Geografia institucionalizada no Brasil. Trabalhou durante vários anos como professor do Ensino Básico e, posteriormente, lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e, finalmente, na Universidade de São Paulo. Maria da Conceição Vicente de Carvalho foi a primeira professora a apresentar a tese de doutorado no ramo da Geografia Urbana sob a supervisão de Pierre Monbeig. Por fim, Eloísa de Carvalho, diplomada em Geografia na Universidade do Brasil em 1945, também não esteve presente no começo da Geografia institucionalizada, porém fez parte do processo como aluna na Universidade de Brasília (UNB).
Reflexões sobre o aspectos geográfico
1. 
A Geografia passou por diversas correntes paradigmáticas, sendo uma ciência ora descritiva, ora de síntese, ora globalista. Obteu influência das ciências exatas e, posteriormente, encontrou suas bases na Sociologia. 
Tendo em vista a evolução do pensamento geográfico, qual das alternativas melhor representa o objetivo da Geografia enquanto ciência na atualidade? 
B. 
A Geografia é uma ciência social, mas que estuda elementos da natureza para compreender a interferência humana no Meio Ambiente e no espaço geográfico de modo geral. 
A Geografia é uma ciência social que estuda a relação existente entre a sociedade e o meio em que esta vive; portanto, estuda elementos da natureza e compreende as diversas influências da sociedade no Meio Ambiente, no modo de uso, na ocupação e na organização do espaço geográfico, não sendo, nesse sentido, naturalista, pois reflete sobre as ações humanas no espaço. É uma ciência teórica, pois produz aporte conceitual e metodológico, dialogando como mundo prático por compreender processos que se materializam e (re)configuram o espaço, sejam esses processos resultados do comportamento social, econômico ou político, seja pelo comportamento da natureza.   
2. 
O possibilismo foi uma corrente de pensamento na geografia francesa que influenciou amplamente a (re)definição de conceitos e de categorias analíticas. O principal expoente do pensamento geográfico francês durante o possibilismo foi Paul Vidal de La Blache.
Qual conceito foi estabelecido no possibilismo em resposta ao conceito de espaço vital?
C. 
Conceito de gênero de vida.
Paul Vidal de La Blache construiu o conceito de gênero de vida em oposição ao conceito de espaço vital, dedicando-se a romper com o determinismo alemão, tendo sido um dos principais expoentes da corrente possibilista. O conceito de território teve influência da Escola Alemã. Corologia foi um conceito difundido no período do método regional, enquanto organização espacial e localidade vieram a ser discutidos durante o período da geografia pragmática, com influência do neopositivismo.  
3. 
O neopositivismo foi uma corrente de pensamento que influenciou a Geografia e determinou a ampliação de saberes relacionado aos processos de organização do espaço, de quantificação de dados, entre outros.
Qual dos paradigmas da Geografia teve influência da corrente filosófica neopositivista?
E. 
Geografia pragmática.
A geografia pragmática teve influência da corrente filosófica neopositivista, em meados do século XX. A geografia clássica é de cunho descritivo, origem da Geografia como ciência. A geografia crítica e a geografia cultural são bases filosóficas recentes, que vigoram até a atualidade. Já o possibilismo foi uma corrente de pensamento da geografia francesa. 
4. 
A Geografia permite uma leitura crítica e consistente sobre os processos socioespaciais. Nesse contexto, a história de formação socioespacial do Brasil evidencia, ao mesmo tempo, um processo de exclusão de parte da população à vida urbana, ao acesso à terra e ao direito a emprego e moradia.
Diante disso, qual das alternativas apresenta justificativas coerentes para esses fatos?
A. 
Herança escravista, desigualdades regionais, investimentos centralizados e ausência de políticas públicas.
A herança escravista, as desigualdades regionais e os históricos investimentos centralizados, somados à ausência de políticas públicas, contribuíram para o legado de exclusão da população à vida urbana. Nesse contexto, a migração europeia, a industrialização, a falta de terras produtivas, a expansão do território e a mudança da capital não são fatores que justificam o contexto do enunciado. O Brasil também não passou por guerras civis. O processo de metropolização, apesar de ter excluído a população mais pobre, foi apenas um resultado do êxodo rural e dos investimentos centralizados, não correspondendo, portanto, ao contexto do enunciado.
5. 
A geografia cultural é a última corrente de pensamento que da à Geografia uma nova dimensão de análise. A dimensão simbólica e outros métodos analíticos passam a configurar parte dos estudos geográficos. Sobre esses métodos, é correto afirmar que:
C. 
a geografia cultural utilizou métodos fenomenológicos, até então não utilizados na Geografia.
A geografia cultural tem suas raízes nas compreensões simbólicas/espaciais e utiliza métodos da fenomenologia, primando pela análise das experiências humanas e pela conexão causal com o espaço geográfico, porém ela não rompeu com a corrente sociológica marxista, que segue em voga até a atualidade. A Geografia também não incorporou o conceito de espaço vital, pois essa era uma corrente determinista do século XIX. A geografia cultural não foi substituída pela pragmática, pois ela é a última corrente do pensamento geográfico, enquanto a geografia pragmática vigora do início do século XX até meados de 1970. A corrente da geografia cultural não é a mesma da geografia crítica, visto que, apesar das duas serem recentes, a geografia crítica desempenha um papel de análise das desigualdades socioeconomicas, não abordando o mesmo contexto metodológico da geografia cultural. 
Geografia Local e Global
1. 
A cultura e o estudo de geografia são elementos intrinsecamente ligados. A cultura é um conceito que pode ser estudado por várias disciplinas, pois abrange certa complexidade de agentes e produtos que têm o poder de influenciar muitas escalas no sentido espacial. Assim, a ação dos elementos culturais pode ser refletida no espaço por meio:
Você acertou!
A. 
da maneira como determinado grupo organiza e transforma o espaço pelas construções, arranjos, usos e relações com esse espaço.
Os traços culturais de um povo podem ser observados por meio das manifestações da organização espacial dos objetos e construções que existem no seu ambiente de vivência. Prédios, casas, configuração da rua e comércio são alguns exemplos.
2. 
O patrimônio histórico e sua preservação são importantes para a conservação e conhecimento da história de um povo e transformações espaciais pelas quais esse elemento testemunhou os variados períodos de sua existência. Logo, o patrimônio histórico caracteriza-se por:​​​​​​​
B. 
construção de valor cultural que reflete a formação da cultura de um povo por meio da história.
O patrimônio histórico de um povo está ligado àquelas construções, estruturas e objetos com valor cultural que exibe a passagem do tempo e as transformações da sociedade nos vários períodos históricos.
3. 
O Brasil é um país conhecido por ser multiétnico e multicultural, com grande diversidade de manifestações populares na arte, música, culinária, expressões idiomáticas e variedades étnicas. Dessa maneira, sobre a configuração da sua diversidade cultural, pode-se dizer que:
B. 
tem origens dos nativos indígenas, dominação portuguesa e europeia ocidental, com influências dos negros africanos, povos imigrantes do oriente médio e Ásia.
A diversidade cultural do Brasil está profundamente relacionada com as origens do seu povo e sua história. Assim, o espaço é configurado pela influência dos povos indígenas originários, negros africanos, europeus, asiáticos e árabes.
4. 
As culturas erudita e popular têm diferenças fundamentais ligadas às suas origens, produção e tipo de acesso às suas manifestações. Ainda assim, elas podem ter relações e produzir demonstrações artísticas. Assim, essas culturas apresentam quais características respectivamente?
A. 
A cultura erudita é menos popularizada pelo seu tipo de acesso, elaboração e valorização; a cultura popular ocorre numa escala local ligada à tradição e transmitida por gerações.
Pelo seu tipo de produção e valorização, a cultura erudita não é popular pelo acesso restrito, valorização econômica e elaboração, diferentemente do que ocorre no caso da cultura popular, que nasce e existe ainda em escala local, ligada à tradição do lugar e transmitida através de gerações.
5. 
A expressão da cultura de massas está fortemente ligada ao advento da chamada Modernidade e se consolidou após a Segunda Guerra Mundial (1945), quando principalmente as técnicas de comunicação desenvolveram-se de maneira rápida e importante. Assim, ela pode ser caracterizada como:
E. 
manifestação sem valor cultural disseminada pelos meios de comunicação de massa, produto da indústria cultural corporativa.
A cultura de massas produz manifestações cujo valor cultural pode ser questionado por sua intenção de publicidade, política e midiática de modo unidirecional e homogêneo para a população em geral.
As novas agendas da geografia
1. 
O conceito de território baseia-se na questão política e de poder do espaço geográfico. Rogério Haesbaert, um dos grandes nomes que estudam o conceito no Brasil, aborda questões como territorialização, desterritorialização. A sua abordagem apresenta o território numa análise:
B. 
funcionalista do espaço, o capital leva em consideração as fontes de recursos (matéria-prima, mão de obra, etc.).
O território é visto por meio da análise funcionalista do espaço, como fonte de recursos. A divisãoterritorial do trabalho e das classes sociais e das relações de produção são bem debatidos nesse campo. Os personagens dessa análise são as empresas capitalistas que se instalam e passam a produzir em determinados espaços geográficos conforme os seus interesses de lucro. A partir do momento em que se sentem ameaçados pela queda de lucro, desterritorializam-se, ou seja, buscam outros espaços geográficos mais aptos à reprodução do seu capital e, consequentemente, maiores lucros.
2. 
A região, como conceito, trabalha como uma entidade abstrata, usada para classificação ou delimitação de áreas, deixando de ser um fenômeno único para ser um sistema, que tem comunicação, conexões, que se expande e se contrai segundo as necessidades de ajustamento às novas condições. O recorte espacial de região, além de expressar os dados físicos, passa a expressar quais características?
A. 
Passa a expressar as características peculiares da ação transformadora humana sobre um ambiente.
A região, como um conceito, que trabalha como uma entidade abstrata usada para classificação ou delimitação de áreas, deixando de ser um fenômeno único para ser um sistema, que tem comunicação, conexões, que se expande e se contrai segundo as necessidades de ajustamento às novas condições. O recorte espacial de região, além de expressar os dados físicos, passa a expressar as características peculiares da ação transformadora humana sobre um ambiente.
3. 
Distintas correntes e métodos da geografia analisam o conceito de região, todavia, região sempre esteve relacionado a mecanismos de dominação, posse e poder. Dentre as correntes, qual delas descreve o homem como o produto final de uma evolução em que a seleção natural dos tipos se desenvolveria em conformidade com a adequação ao meio natural moldado por ele?
B. 
No determinismo geográfico.
No determinismo geográfico da escola alemã, dado num período em que o pensamento filosófico e político alemão estava voltado a um projeto de expansionismo territorial e construção de um império. Para o pensamento filosófico, o homem era o produto final de uma evolução em que a seleção natural dos tipos se desenvolveria em conformidade com a adequação ao meio natural moldado por ele. Já sob o ângulo político, serviu como pressuposto para o fortalecimento do Estado na relação homem-meio a qual resultaria na constituição de uma raça superior capaz de conquistar novos territórios.
4. 
O conceito de globalização passou a ser debatido na década de 1990 e ocupa lugar de destaque entre os geógrafos. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
E. 
O processo de globalização foi lento até a Revolução Industrial. Durante a industrialização, a padronização dos hábitos de consumo foi estimulada através da mídia utilizando meios de comunicação de massa.
O processo de globalização foi lento até a Revolução Industrial. Durante a industrialização, a padronização dos hábitos de consumo foi estimulada através da mídia utilizando meios de comunicação de massa. Com os avanços tecnológicos (técnico-científico), o processo de globalização avançou rapidamente acelerando informações, hábitos, técnicas que levariam anos ou até mesmo décadas para chegar de um lugar a outro, e hoje ocorrem instantaneamente. Para o crescimento do capital financeiro pelas corporações, é necessário que haja um ambiente favorável para as mesmas, uma vez que as empresas investem em infraestrutura local visando o bem-estar da sociedade.
5. 
A globalização da economia expandiu extraordinariamente os seus mercados em escala global ocasionando espaços geográficos desiguais. De que maneira os espaços geográficos e as desigualdades sociais são produzidos?
C. 
São produzidos a partir da seletividade espacial contida na estratégia de investimento das grandes corporações.​​​​​​​
O espaço geográfico e as desigualdades sociais são produzidos a partir da seletividade espacial contida na estratégia de investimento das grandes corporações, que ultrapassam, cada vez mais, do controle dos estados nacionais com seus instrumentos clássicos de controle. Com a busca de vantagens de localização e de logística das grandes empresas, os governos procuram anunciar as qualidades do lugar para atrair poderosas corporações, muitas vezes oferecendo imoralmente recursos públicos e isenções de impostos.
Natureza Campo e Método da climatologia
1. 
Existem, pelo menos, cinco propostas de classificação climáticas. Em relação à classificação climática de Köppen, assinale a alternativa correta.
B. 
Classificação que apresenta a seguinte divisão de climas no Brasil: equatorial úmido, tropical alternadamente úmido e seco, tropical tendendo a ser seco, litorâneo úmido e subtropical úmido.
Conforme a classificação climática de Köppen, no Brasil predominam cinco grandes climas: o clima equatorial úmido da convergência dos alísios, que abrange a Amazônia, o clima tropical alternadamente úmido e seco, abrangendo grande parte da área central do País e o litoral do meio-norte, o clima tropical, que tende a ser seco pela irregularidade da ação das massas de ar e abrange o sertão nordestino e o vale médio do rio São Francisco, o clima litorâneo úmido, exposto às massas tropicais marítimas e que abrange a estreita faixa do litoral leste e nordeste, e o clima subtropical úmido das costas orientais e subtropicais, dominado largamente pela massa tropical marítima e que abrange a Região Sul do Brasil.
2. 
O homem sempre buscou compreender o universo e o ambiente em que vive, realizando estudos mais intensos em determinados períodos históricos. A respeito da Climatologia, assinale a alternativa correta.
E. 
Ciência que descreve, explica e classifica os climas, investigando os seus fenômenos e suas influências.
A Climatologia é o estudo científico do clima. Ela estuda dos padrões de comportamento da atmosfera em suas interações com as atividades humanas e com a superfície do planeta durante um longo período de tempo. Assim, pode-se relacionar a Climatologia à Geografia, considerando que esta é um campo do conhecimento no qual as relações entre sociedade e natureza configuram-se como pressupostos básicos para a compreensão das diferentes paisagens do planeta, contribuindo para a intervenção mais consciente na organização do espaço.
3. 
A Climatologia é de vital importância para o homem e, ao longo do tempo, foram desenvolvidos diferentes tipos de equipamentos para auxiliar na interpretação e na obtenção de dados meteorológicos. O equipamento que registra continuamente a direção e a velocidade instantânea do vento, bem como a distância total percorrida pelo vento com relação ao instrumento e as rajadas é definido como:
A. 
Anemógrafo.
O anemógrafo é um aparelho que registra todas as variações de direção e de velocidade dos ventos. O barógrafo é um instrumento que mede e registra as variações barométricas, utilizado para medir a pressão atmosférica.O heliógrafo é um instrumento usado para observar o número de horas de brilho solar à superfície em determinada localidade e dia do ano. O piranógrafo é um instrumento que faz a medição de um clima em alta velocidade de tempo, pois ele é produzido a partir de um líquido chamado paramentasinteka, que faz a identificação do ar. Por fim, o termógrafo é um instrumento que registra as variações de temperatura.
4. 
O estudo do clima em áreas relativamente pequenas (entre 10 a 100 quilômetros de largura, por exemplo), além do estudo do clima urbano e dos sistemas climáticos locais severos, tais como tornados e temporais, recebe o nome de:
Resposta correta.
A. 
A Nível mesoclimático.
O estudo do clima em áreas relativamente pequenas, além do estudo do clima urbano e dos sistemas climáticos locais severos, tais como tornados e temporais, recebe o nome de Mesoclimatologia. A Macroclimatologia é o estudo do clima em amplas áreas da Terra e a Microclimatologia é o estudo do clima próximo à superfície terrestre e em áreas muito pequenas (de menos de 100m de extensão).
5. 
O território brasileiro apresenta diferentes tipos de clima. Dentre as alternativas a seguir,qual apresenta o clima que, devido à escassez de água, proporciona menos chances de desenvolvimento de culturas agrícolas?
E. 
Clima semiárido.
O clima semiárido, em virtude de suas características, dificulta o desenvolvimento das atividades agrícolas, uma vez que apresenta temperatura elevada, com média de 27°C, e chuvas escassas e irregulares.
O clima equatorial apresenta temperaturas elevadas e chuvas abundantes o ano inteiro, além da amplitude térmica anual ser pequena, o que favorece as culturas agrícolas.
No clima tropical, a temperatura é quente o ano todo, resultando em verões quentes e chuvosos e em invernos amenos e secos. Por isso, favorece o cultivo de muitas culturas agrícolas.
Já o clima tropical atlântico ocorre principalmente nas regiões serranas do Espírito Santo, no Rio de Janeiro e na Serra da Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15 a 21ºC. As chuvas de verão são intensas e no inverno há a influência das massas de ar frias vindas do Oceano Atlântico.
O clima subtropical apresenta quatro estações bem definidas, com chuvas abundantes e muito bem distribuídas, ideal para o cultivo agrícola.

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