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Beatriz Valiante- P5- C2- 02/02/2022
Farmaco II- Aula 1
Prescrição médica
Uso racional de medicamentos
O que é uso racional de medicamentos? De acordo com a Organização Mundial de Saúde, entende-se que há uso racional de medicamento quando pacientes recebem medicamentos para suas condições clínicas em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.
O uso irracional ou inadequado de medicamentos é um dos maiores problemas em nível mundial. A OMS estima que mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ​​ou vendidos de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente. 
Exemplos de uso irracional de medicamentos incluem: uso de muitos medicamentos por paciente ("polifarmácia"); uso inadequado de antimicrobianos, muitas vezes em dosagem inadequada, para infecções não bacterianas; excesso de uso de injeções quando formulações orais seria mais apropriado; falta de prescrição de acordo com as diretrizes clínicas; automedicação inapropriada, muitas vezes medicamentos prescritos; não aderência aos regimes de dosagem.
IMPORTANTE: O uso excessivo, indevido ou o sub uso de medicamentos resulta em riscos para a saúde, além de desperdício de recursos financeiros.
Anotação da aula: 2 coisas são vedadas a um medicamento antes de você poder prescrevê-lo a um paciente: segurança (efeitos adversos em desvantagem comparados aos terapêuticos e eficácia comprovada).
Droga mais antiga no mercado ou mais recente, qual a mais segurança? A mais antiga está a mais tempo sem apresentar alterações e efeitos colaterais prejudiciais, portanto é mais segura, o que não significa que a mais recente não venha a ser também (pela inovação terapêutica) mas levará mais tempo para ver os resultados.
	Referência
	Genérico
	Similar
	Aspirina
	
	
	AAS
	AAS
	AAS
	500mg
	500mg
	500mg
	
	
	Não tem teste
	
	
	 comparativo
*AAS- Ácido Acetilsalicílico
Clonazepam 0,5 mg- Na balança o peso do comprimido vai ser maior, porque 0,5 mg é o peso do princípio ativo no fármaco. Vai ter para compor ele compostos adjuvantes, que no similar e no genérico pode vir a trazer efeitos adversos 
Relação de medicamentos essenciais
A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) é uma lista de medicamentos que deve atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira. Deve ser um instrumento mestre para as ações de assistência farmacêutica no SUS.
Rename 2020: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_medicamentos_rename_2020.pdf
Anotação da aula: Acontecem encontros em cada município para selecionar os medicamentos essenciais daquela região. Ex: 2 laboratórios que um produz paracetamol e o outro dipirona e vou decidido que a dipirona será o medicamento de escolha por n fatores (dentre eles segurança, eficácia, custo...), então o outro laboratório não poderá vender dipirona também. Os postos de saúde daquele município irão todos utilizar somente a dipirona.
Introdução sobre prescrição
A prescrição médica e a informação sobre a terapêutica para o paciente são colocadas como pontos centrais para o alcance de uma terapêutica efetiva, de acordo com a organização Mundial da Saúde, além do diagnóstico correto e definição dos objetivos terapêuticos.
Diante disto, temos que a prescrição médica é documento médico escrito que resume o ato médico, com instruções detalhadas sobre o tratamento prescrito para o doente.
Dados da Prescrição
Essenciais
Cabeçalho: inclui nome e endereço do profissional ou da instituição que trabalha, registro profissional e número de cadastro de pessoa física ou jurídica; pode ainda conter a especialidade do profissional, desde que registrada em um CRM.
Superinscrição: Constituída pelo nome e endereço do paciente, idade. Pode-se usar o símbolo, que significa “receba”; por vezes, este último é omitido e no seu lugar se escreve “uso interno” ou “uso externo”, correspondente ao emprego de medicamentos.
Inscrição: compreende o nome do fármaco, a forma farmacêutica e sua concentração.
Subinscrição: designa a quantidade total a ser fornecida. Pode ser em números arábicos ou escritos por extenso, entre parênteses.
Adscrição: Composta pelas orientações do profissional para o paciente.
Data, assinatura e número de inscrição no respectivo conselho de Medicina, Medicina Veterinária ou Odontologia.
Facultativos
Peso, altura e dosagens específicas. O verso do receituário pode ser utilizado tanto para dar continuidade à prescrição como para registrar as orientações de repouso, dietas, possíveis reações adversas ou outras informações referentes ao tratamento.
Sobre o : O “R” cortado é um símbolo usado por alguns médicos no início de sua prescrição. Existem várias teorias sobre sua origem, mas não há obrigatoriedade de seu uso na receita médica.
Sobre o ®:O símbolo indica o nome comercial do produto, e não o seu princípio ativo.
prescrição Hospitalar
Tipos:
· Urgência/emergência: quando indica a necessidade do início imediato de tratamento (geralmente possui dose única).
· Caso necessário: quando o tratamento prescrito deve ser administrado de acordo com a necessidade específica do paciente, considerando-se o tempo mínimo entre as administrações e a dose máxima.
· Padrão: aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa.
· Padrão com data de fechamento: quando indica o início e fim do tratamento, sendo amplamente usada para prescrição de antimicrobianos.
Itens presentes;
· Dieta: jejum, dieta leve, dieta geral, dieta hipossódica, etc.
· Medicamentos de uso parenteral
· Medicamentos de uso enteral
· Curativos e sondas
· Averiguação de sinais vitais
· Orientações de deambulação, decúbito especial, repouso, etc.
· Cuidados de enfermagem, fisioterapia, etc.
*95% das prescrições hospitalares vão conter analgésicos, pois dor é uma queixa comum.; anti-herméticos, remédios para quadro convulsivo; hiperglicemia, uma glicose para hipoglicemia; protetores de mv-pep; oxigenoterapia; glicemia capilar; controle da diurese; broncodilatores para pct asmático,...
prescrição Ambulatorial
A Prescrição Ambulatorial é utilizada para os atendimentos classificados como Vermelho (Classificação de Risco), onde o paciente não passa pelos consultórios. Ela também é utilizada para os atendimentos que iniciaram nas consultas e o paciente permanece em atendimento após a consulta.
http://www.fhgv.com.br/home/wp-content/uploads/2021/02/prescrio_mdica_ambulatorial.pdf
Anotação da aula: Exemplo de prescrição
UDA UNIT
(82) xxxx-xxxx
Nome: José Carlos --- USO CONTÍNUO
Idade: 
 Rx_____________USO ORAL
1- Losartana 50 mg______ 60 comprimidos (cp)
Tomar 2x ao dia, 1 cp pela manhã e outro a noite.
2- Hidroclorotiazida 25 mg_____ 30 cp
Tomar 1 cp na manhã 
3- Metformina 850 mg______ 60cp
Tomar 1cp após o almoço e 1 cp após o jantar
 Maceió, 02/02/2022
Beatriz V. A. Silva
CRM 0000- AL
Estrutura geral das prescrições
Os componentes principais da prescrição
· Segurança do paciente: nome do paciente, registro do hospital, data e hora.
· Ordem de quais medicamentos deverão ser administrados ao paciente; 
· Segurança do profissional: assinatura do médico e carimbo.
Itens de verificação para a prescrição segura
· Identificação do paciente (no mínimo nome completo e número de prontuário);
· Identificação do prescritor na prescrição (sistema MV PEP, contendo nome completo, número de registro do conselho profissional e assinatura);
· Identificação da data de prescrição IMPORTATÍSSIMA;
· Identificação da instituição na prescrição (nome, endereço e telefone);
· Legibilidade (letra legível ou de forma, sem rasuras. Não usar o verso da folha, pois pode ocorrer omissão na administração);
· Prescrição de medicamentos com nomes semelhantes (deve-se dar destaque na parte que os diferencia. Ex: DOPAmina e DOBUtamina)
· Doses corretas e duração do tratamento (É de muita importância eliminar as medidas não métricas (colher, frasco, etc), utilizar a forma farmacêutica (ml, mg, etc) e evitar o uso do 0 antes da vírgula);· Alergias (Deve-se registrar com destaque as alergias relatadas pelo paciente)
→ Os “certos” na administração de medicamentos: paciente certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa.
Modelos de Receitas
No Brasil, as leis federais 5.991/73 e 9.787/99 e a Resolução 357/01 do Conselho Federal de Farmácia normatizam a prescrição de drogas. Destaque-se que a receita deve ser escrita à tinta, em letra de forma, clara e por extenso.
Receita simples/ branca: utilizada para a prescrição de medicamentos anódinos e medicamentos de tarja vermelha, com os dizeres “venda sob prescrição médica”
Receita de controle especial: utilizada para a prescrição de medicamentos de tarja vermelha, com os dizeres “venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita”, como substâncias sujeitas a controle especial, retinoicas de uso tópico, imunossupressoras e antirretrovirais, anabolizantes, antidepressivos etc.
Receita azul ou receita B: é um impresso, padronizado na cor azul, utilizado para a prescrição de medicamentos que contenham substâncias psicotrópicas. Paciente precisa levar os documentos para fazer a receita e pegar os medicamentos. Outra pessoa pode buscar mas vai ter os dados anotados (dados do comprador) e precisa levar os documentos do paciente.
Receita amarela ou receita A: é um impresso, padronizado na cor amarela, utilizado para a prescrição dos medicamentos entorpecentes e psicotrópicos do grupo A3. Somente pode conter um produto farmacêutico por cada folha.
Notificação de receita C: tem cor branca, em 2 vias e é usada para anabolizantes, antirretrovirais, retinóicas de uso tópico, retinóicas de uso sistêmico e talidomida. (citalopram).
Receita renovável: é um modelo criado para a comodidade dos utentes, sendo particularmente útil para os doentes crônicos. Intenciona evitar que o paciente tenha que se deslocar com frequência aos centros de saúde e hospitais para a obtenção exclusiva de receitas.
Receita de controle especial: disponibilizada em duas vias, utilizada para a prescrição de substâncias e medicamentos das listas “C1”, “C4”, “C5” e adendos das listas “A1”, “A2” e “B1”. Validade de 30 dias, em todo o território nacional.
O número máximo de medicamentos por receita depende do tipo de medicamento: no máximo três substâncias ou medicamentos das listas “C1” e “C5” e cinco substâncias ou medicamentos da lista “C4”. Quantidade máxima/receita: 5 ampolas por medicamento injetável e quantidade correspondente a 60 dias de tratamento para outras formas farmacêuticas.
Quadro comparativo das listas de substâncias
Resumidamente, temos:
A1 – Substâncias entorpecentes
A2 – Substâncias entorpecentes
A3 – Substâncias psicotrópicas
B1 – Substâncias psicotrópicas
B2 – Substâncias psicotrópicas anorexígenas
C1 – Substâncias sujeitas a controle especial
C2 – Substâncias retinóicas
C3 – Substâncias imunossupressoras
C4 – Substâncias antirretrovirais
C5 – Substâncias anabolizantes
D1 – Substâncias precursoras de entorpecentes e psicotrópicas
Prescrição de medicamentos Psicotrópicos (Portaria 344/99)
A Portaria nº 344, de 12 d e m aio de 1998 é a resolução confeccionada para a aprovação do regulamento técnico sobre substâncias e medicamento sujeitos a controle especial. Com pete a esta portaria a descrição, pormenorizada, dos tipos de receitas, medicações vinculadas, dentre outras. Para isso, os medicamentos foram distribuídos em subgrupos, com a finalidade de universalizar os tipos de receitas, bem como as suas notificações de controle especial. 
O controle especial consiste na comunicação à autoridade sobre a prescrição do medicamento, que deve incluir informações sobre o paciente, fornecedor e o próprio profissional médico. Com estas informações, a autoridade sanitária pode aferir e fiscalizar todo o processo de prescrição do medicamento. Conforme o Anexo I da portaria em questão: 
 Grupo A (entorp ecentes) e Grupo B (psicotrópico s): são s ubstâncias que podem causar dependê ncia. T ais 
· Grupo A (entorpecentes) e Grupo B (psicotrópico s): são substâncias que podem causar dependência. Tais drogas podem ser manuseadas e administradas por médicos, veterinários e dentistas.
· Retinoides sistêmicos e imunossupressores: só podem ser prescritas por médicos. 
Anotação da aula: Geralmente remédios de tarja preta; necessitam de controle especial.
Clonazepam 0,5 mg cp - Lista B (psicotrópicos; sedativos-hipnóticos); receita dura 30 dias, se vier com 31 não serve mais.
Pode-se estender a receita por no máximo de 60 dias (quantidade de medicamento válido para 2 meses).

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