Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PSICOPATOLOGIA FORENSE ROSANGELA MONTEIRO PSICÓLOGA CLÍNICA-PERITA CRIMINAL PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOLOGIA CRIMINOLOGIA CRIMINALÍSTICA e MEDICINA LEGAL DIREITO PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOPATOLOGIA FORENSE SISTEMA NERVOSO O cérebro é o órgão mais complexo do nosso corpo e muito ainda precisa ser estudado para conhecê- lo em todas as suas facetas. Mas algumas coisas já se sabem sobre as partes do cérebro e suas funções. O cérebro é o responsável final do pensamento e movimento do corpo. PSICOPATOLOGIA FORENSE SISTEMA NERVOSO CÉREBRO Processa a informação sensorial, controla e coordena o movimento e o comportamento. Pode priorizar as funções corporais homeostáticas, como os batimentos cardíacos, o balanço hídrico, a temperatura corporal e a pressão arterial. Responsável pela cognição, aprendizagem, memória e emoções. PSICOPATOLOGIA FORENSE SISTEMA NERVOSO PSICOPATOLOGIA FORENSE SISTEMA NERVOSO SISTEMA LÍMBICO Também conhecido como o cérebro emocional, se encontra “enterrado” no cérebro e contém o tálamo, o hipotálamo, amídala e hipocampo. PSICOPATOLOGIA FORENSE SISTEMA NERVOSO SISTEMA LÍMBICO Tálamo: massa cinzenta localizada profundamente no cérebro anterior. Possui funções sensoriais e motoras. Hipotálamo: ligado às emoções, homeostase, sede, fome, batimentos cardíacos, controle do sistema nervoso autônomo. Amídala: localizada no lóbulo temporal. Relacionada com a memória, emoção e o medo. Hipocampo: localizado no interior do lóbulo temporal. Relacionado com o aprendizado e a memória de curto prazo, além das relações espaciais no mundo ao nosso redor. PSICOPATOLOGIA FORENSE SISTEMA NERVOSO PSICOPATOLOGIA FORENSE SISTEMA NERVOSO PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOPATOLOGIA A área do conhecimento que objetiva estudar os estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental. Um campo de estudo de psicanalistas, psiquiatras e de psicólogos clínicos. A palavra "Psico-pato-logia" é composta de três palavras gregas: "psychê", que produziu "psique", "psiquismo", "psíquico", "alma"; "pathos", que resultou em "paixão", "excesso", "passagem", "passividade", "sofrimento", e "logos", que resultou em "lógica", "discurso", "narrativa", "conhecimento". Psicopatologia seria, então, um discurso, um saber, (logos) sobre o sofrimento, (pathos) da mente (psiquê). A PSICOPATOLOGIA É A RAZÃO DE EXISTIR DA PSIQUIATRIA. PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOPATOLOGIA FORENSE: DESVENDAMENTO DE CRIMES DINÂMICA DO EVENTO AUTORIA PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOPATOLOGIA A mais importante discussão sobre psicopatologia diz respeito à questão da normalidade. Existem várias definições sobre o que é "normal". A norma ou referência da saúde mental seria um "comportamento médio" da população, e a partir deste os comportamentos individuais poderiam ser avaliados. Tem-se como expectativa que a normalidade seja o tipo de comportamento que mais ocorre em qualquer cultura. A psicopatologia passa a ocorrer quando o comportamento de uma pessoa, ou eventualmente de um grupo de pessoas, foge àquilo que é esperado como referência de determinada sociedade. Quando a pessoa passa a ter alterações importantes em relação ao comportamento que tinha no passado, com prejuízos significativos em seu funcionamento (comportamento), causando a si e a outros, especialmente seus familiares, acentuado grau de sofrimento. PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOPATOLOGIA A saúde mental, por sua vez, seria então uma condição ideal ou desejada para que essa normalidade possa vir a existir, com qualidade e capaz de oferecer as melhores condições para que as pessoas vivam satisfatoriamente, produzam com eficiência e possam gozar de certo grau de felicidade para com as pessoas próximas a si. Segundo a OMS a saúde mental refere-se a um amplo espectro de atividades direta ou indiretamente relacionadas com o componente de bem-estar, que inclui a definição de um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença. PSICOPATOLOGIA FORENSE CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Considera-se a presença de alguma psicopatologia a partir de critérios diagnósticos. Esses critérios são catalogados em manuais que apresentam o conjunto de sintomas necessários e suficientes para que se possa considerar que alguém está apresentando algum tipo de transtorno mental. Os critérios variam muito de grupo de transtornos (p. ex., transtornos de humor e transtornos de ansiedade possuem diferentes critérios gerais) e dos transtornos entre si (p. ex., transtorno depressivo maior e distimia), exigindo muitas vezes a elaboração de um diagnóstico diferencial. O Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais e de Comportamento da Associação Psiquiátrica Americana, é utilizado como referência para entendimento e diagnóstico, define os transtornos mentais como síndromes ou padrões comportamentais ou psicológicos com importância clínica, que ocorrem num indivíduo PSICOPATOLOGIA FORENSE CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Estes padrões estão associados com sofrimento, incapacitação ou com risco de sofrimento, morte, dor, deficiência ou perda importante da liberdade. Essa síndrome ou transtorno não deve constituir uma resposta previsível e culturalmente aceita diante de um fato, como o luto. Deve ser considerada no momento como uma manifestação de uma disfunção comportamental, psicológica ou biológica no indivíduo. O DSM-IV-TR assinala que nem comportamentos considerados fora da norma social predominante (p. ex., político, religioso ou sexual), nem conflitos entre o indivíduo e a sociedade são transtornos mentais. PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA P S I C O L O G I A MODELO MÉDICO MODELO PSICOLÓGICO MODELO REDUCIONISTA CARTESIANO: MENTE/CORPO, SAÚDE/DOENÇA, NORMAL/PATOLÓGICO PSICOPATOLOGIA BEHAVIORISMO PSICANÁLISE HUMANISMO PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTORIA DA PSICOLOGIA PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL A Psicologia Comportamental é baseada nas propostas do Behaviorismo de Skinner, que afirma que todos os comportamentos — tanto funcionais como os disfuncionais — são aprendidos e podem ser substituídos por meio da aprendizagem de novos comportamentos. Para conseguir criar novas atitudes e comportamentos que sejam benéficos para o paciente, a Psicologia Comportamental estuda a interação entre os pensamentos, sentimentos e comportamentos. Cada pessoa tem um sistema de funcionamento, e isso explica porque elas reagem de formas diferentes em situações idênticas. Histórico de vida, traumas de infância, interação com o ambiente, crenças e valores são alguns dos fatores que influenciam diretamente no comportamento humano. PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTORIA DA PSICOLOGIA PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL S O R PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTORIA DA PSICOLOGIA PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL ESTATISTICAS EXPERIMENTOS PADRÕES DE COMPORTAMENTOS PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA BASE DA TEORIA DE FREUD = ANÁLISE = ESTUDO DA HISTERIA. caracterizada por alterações transitórias da consciência, como períodos de amnésia ou perda de memória, e por várias manifestações sensitivas ou motoras, também passageiras, como tiques, perda da sensibilidade cutânea, paralisia dos membros, cegueira ou convulsões. PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA HISTERIA/PSICOINFANTIL/HISTRIÔNICA transtorno muito mais comum nas mulheres do que nos homens. Normalmente afeta pessoas com personalidade histérica, ou seja, com uma forte tendência para ser o centro das atenções, seduzir e sensualizar as reações sociais e afetivas, manipular ou confundir a realidade e teatralizar os conflitos. PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA HISTERIA Outro traço importante desse tipo de personalidade é um evidente poder de autossugestão, o que torna esses indivíduos vulneráveis e dependentes nas suas relações pessoais, o que lhes pode perturbar as suas percepções sensoriais. No entanto, do ponto de vistapsicológico, considera-se que a histeria possa ser causada por conflitos vividos durante a infância, que foram reprimidos e esquecidos, mas, depois de alguns anos, são inconscientemente ativados diante de determinadas situações. Estas manifestações, ainda de acordo com esta perspectiva, também poderiam provocar um efeito secundário benéfico à pessoa, uma vez que seriam capazes de conseguir iludir certas responsabilidades ou receber mais atenção das pessoas que a rodeiam. . PSICOPATOLOGIA FORENSE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA HISTERIA A histeria é o gatilho de diversos tipos de manifestações psíquicas e físicas sob a forma de episódios passageiros, designados, respectivamente, por: Acidentes psíquicos: Perdas da memória de uma determinada fase da vida; Situações de multiplicação da personalidade; Estados de sonambulismo; Crises de perda da consciência; Alucinações. Acidentes somáticos : podem afetar o funcionamento de todos os órgãos ou sistemas do organismo, dependendo da forma como se manifesta: Perda da mobilidade ou contraturas musculares de um membro; Crises de dor abdominal; Estados de cegueira passageira; Perda da sensibilidade cutânea. Apesar da personalidade histérica ser crônica, por definição, a histeria não costuma prolongar-se por muitos anos, exceto em alguns casos em que predominam as manifestações físicas. . PSICOPATOLOGIA FORENSE funções cerebrais COGNIÇÃO Cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda a informação captada através dos cinco sentidos. É o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através da percepção, atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. PSICOPATOLOGIA FORENSE funções cerebrais PERCEPÇÃO Percepção: quando percebemos o que chamamos de objeto, encontramos os estados mentais que parecem compostos de partes e pedaços. Para ele, estes elementos são organizados de forma que tenham algum sentido, e não simplesmente por meio de processos de associação. PSICOPATOLOGIA FORENSE funções cerebrais CONSCIÊNCIA sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais PERSONALIDADE Conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento da pessoa baseado em seu padrão de individualidade pessoal e social, referente ao pensar, sentir e agir. É influenciada por vários fatores: aparência, inteligência, criatividade, juízo de valores, temperamento. PSICOPATOLOGIA FORENSE funções cerebrais CARÁTER / ÉTICA / MORAL / LEI Fundamentais para a convivência social CARÁTER é a firmeza e coerência de atitudes. Os valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento. Pilares do caráter: Sinceridade, Respeito, Responsabilidade, Zelo, Senso de Justiça e Cidadania. A MORAL é conjunto de normas do que é certo ou errado, proibido e permitido nas atitudes humanas dentro de uma determinada sociedade, uma cultura, é normativa, determinando a obediência a costumes e hábitos recebidos. Éum conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Surgiu quando o homem passou a viver em grupo. A palavra ÉTICA significa aquilo que pertence ao "bom costume“. Conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, assim, o bem-estar social. Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual. Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade, se passa à LEI. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce. PSICOPATOLOGIA FORENSE funções cerebrais CARÁTER / ÉTICA / MORAL / LEI Fundamentais para a convivência social PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais CARÁTER / ÉTICA / MORAL / LEI ÉTICA É O CONJUNTO DE VALORES E PRINCÍPIOS QUE USAMOS PARA RESPONDER TRES GRANDES QUESTÕES DA VIDA: QUERO? DEVO? POSSO? NEM TUDO QUE EU QUERO EU POSSO. NEM TUDO QUE EU POSSO EU DEVO. NEM TUDO QUE EU DEVO EU QUERO. PAZ DE ESPÍRITO: AQUILO QUE VOCÊ QUER É AO MESMO TEMPO O QUE VOCÊ PODE E O QUE VOCÊ DEVE. PSICOPATOLOGIA FORENSE funções cerebrais RACIOCÍNIO É o ato ou maneira de pensar ou raciocinar. É sinônimo de argumento, pensamento ou juízo. No âmbito da lógica, um raciocínio é uma operação intelectual que tem início em duas premissas conhecidas e que permite chegar a uma terceira que deriva de forma lógica das duas anteriores. Neste caso, as premissas usadas em um silogismo (normalmente compostos por premissa maior, premissa menor e conclusão) não são usadas no mesmo sentido, o que causa um erro de raciocínio. Existem vários erros de raciocínio que são denominados sofismas PSICOPATOLOGIA FORENSE funções cerebrais RACIOCÍNIO LÓGICO No âmbito da lógica, um raciocínio é uma operação intelectual que tem início em duas premissas conhecidas e que permite chegar a uma terceira que deriva de forma lógica das duas anteriores. PSICOPATOLOGIA FORENSE FUNÇÕES CEREBRAIS PENSAMENTO CLASSIFICAÇÃO RECONHECIMENTO COMPREENSÃORACIOCÍNIO APRENDIZADO SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS ORGÂNICOS E FUNCIONAIS Um transtorno mental orgânico ou síndrome cerebral orgânica não é apenas um distúrbio psicológico. Há danos em estruturas. Em transtorno mental funcional, não há danos ao cérebro. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS ORGÂNICOS Ocorrem devido a acidentes vasculares cerebrais, infartos, tromboses, coágulos, tumores, traumas, uso de substâncias entorpecentes e álcool, bem como em virtude de degradação das próprias estruturas cerebrais. Lobotomia. Herança genética. Alzheimer, Parkinson, Huntington, Demência, Amnésia, Delírio, Alucinação, Ilusão, Transtornos Cognitivos, Transtornos de Atenção, Concentração, Transtornos de Personalidade e Comportamento, Estados Catatônicos (agitação ou estupor) , Transtornos Dissociativos, PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS NEUROSE: é um quadro psiquiátrico que caracteriza-se pelas dificuldades de adaptação por parte do indivíduo, embora este seja capaz de trabalhar, estudar, envolver-se emocionalmente e estar bem entrosado com a realidade. Uma pessoa neurótica está permanentemente em conflitos psíquicos que a impedem de aproveitar a existência de forma prazerosa. A neurose geralmente tem início na infância e acompanha a pessoa por toda a vida, com grande indicação de psicoterapia para o seu tratamento. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Neurose de compensação é um conjunto de sintomas psiquiátricos induzidos, exacerbados ou prolongados devido a políticas sociais ou socioculturais. É diferente da "compensação" enquanto processo psicológico. Pode ocorrer entre vítimas de acidente que estão em litígio para conseguir compensação legal, veteranos de guerra que pedem pensões ligadas ao serviço e pacientes psiquiátricos que procuram benefícios por incapacidade junto ao seguro social. É frequente sobretudo em sociedades que têm seguros por acidentes, incapacidade e invalidez, pensões especiais para veteranos de guerra e indenizações para trabalhadores. Neurose depressiva é a ausência de sintomas ou sinais de depressão endógena, devido a sua relação causal com uma determinada situação ou evento estressante e também pela sua ligação com um padrão de personalidade mal adaptativa.PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Psicose é um transtorno mental de origem orgânica ou emocional, em que a capacidade para pensar, responder emocionalmente, lembrar, comunicar, interpretar a realidade e se comportar de forma apropriada está consideravelmente prejudicada, ao ponto de interferir substancialmente com a capacidade de atender as demandas comuns da vida. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Psicose Maníaco-Depressiva ou Transtorno Bipolar (Transtornos de Humor) se caracteriza pela alternância de humor, ocorrendo episódios de euforia (mania) e depressão, com intervalos de normalidade. Com o passar dos anos os intervalos repetem- se com intervalos menores. é uma desordem cerebral que causa alterações incomuns no humor, energia e capacidade de desempenhar funções. Diferente das variações normais de humor que todas as pessoas têm, os sintomas do transtorno bipolar são severos e podem resultar em danos aos relacionamentos, performance ruim no trabalho e estudo, e até suicídio. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Psicose Maníaco-Depressiva ou Transtorno Bipolar (Transtornos de Humor) Os sinais e sintomas da fase de mania incluem: * Aumento de energia, atividade e agitação. * Euforia excessiva. * Irritabilidade extrema. * Pensamentos voando e fala muito rápida, pulando de uma ideia para outra. * Falta de concentração. * Pouca necessidade de sono. * Crença irrealista em suas habilidades. * Julgamentos pobres. * Período duradouro de comportamento diferente do usual. * Desejo sexual aumentado. * Abuso de drogas, particularmente álcool, cocaína e remédios para dormir. * Comportamento provocativo, intrusivo ou agressivo. * Negação de que alguma coisa está errada. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Psicose Maníaco-Depressiva ou Transtorno Bipolar (Transtornos de Humor) Um episódio de mania é diagnosticado se o humor elevado ocorre com 3 ou mais outros sintomas pela maior parte do dia, quase todos os dias, por 1 semana ou mais. Se o humor está irritável, quatro sintomas adicionais devem estar presentes. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Psicose Maníaco-Depressiva ou Transtorno Bipolar (Transtornos de Humor) Os sinais e sintomas dos episódios de depressão incluem: * Humor ruim, tristeza e ansiedade. * Sentimento de desesperança e pessimismo. * Sentimento de culpa, inutilidade e desamparo. * Perda de interesse ou prazer em atividades que costumava gostar, incluindo sexo. * Queda de energia e sensação de fadiga. * Dificuldade de concentração, de lembrar e tomar decisões. * Irritabilidade e agitação. * Dormir demais ou falta de sono. * Alterações no apetite e ganho ou perda de peso não intencional. * Dor crônica ou outros sintomas corporais que não são causados por doença ou lesão. * Pensamentos suicidas e de morte, ou tentativa de suicídio. Um episódio de depressão é diagnosticado quando 5 ou mais desses sintomas duram a maior parte do dia, quase todos os dias por um período de 2 semanas ou mais. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Psicose Maníaco-Depressiva ou Transtorno Bipolar (Transtornos de Humor) Algumas vezes episódios graves de mania ou depressão podem incluir sintomas psicóticos. Os sintomas psicóticos mais comuns são alucinações (escutar, ver ou sentir presença de coisas que não estão ali), delusões (crença forte e falsa que não é explicada influenciada pela lógica nem explicada pelos conceitos culturais usuais da pessoa). Os sintomas psicóticos na psicose maníaco depressiva tendem a refletir o estado extremo de humor do momento. Por exemplo, delusões de grandiosidade podem ocorrer durante a mania, enquanto que delusões de culpa podem aparecer durante a depressão. Pessoas com transtorno bipolar que têm esses sintomas algumas vezes são incorretamente diagnosticados como tendo esquizofrenia. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta na distinção entre as experiências reais e imaginárias, interfere no pensamento lógico, nas respostas emocionais normais e comportamento esperado em situações sociais. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a esquizofrenia não é um distúrbio de múltiplas personalidades. É uma doença crônica e que exige tratamento por toda a vida. As causas exatas da esquizofrenia ainda são desconhecidas, mas os médicos acreditam que uma combinação de fatores genéticos e ambientais possa estar envolvida no desenvolvimento deste distúrbio. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais ESQUIZOFRENIA Problemas com certas substâncias químicas do cérebro, incluindo neurotransmissores como a dopamina, também parecem estar envolvidos nas causas da esquizofrenia. Estudos recentes de neuroimagem mostram diferenças na estrutura do cérebro e do sistema nervoso central das pessoas com esquizofrenia em comparação aos de pessoas saudáveis. Embora os pesquisadores não estejam totalmente certos sobre o que significam todos esses fatores, estes são indícios de que a esquizofrenia é, de fato, uma doença cerebral. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais ESQUIZOFRENIA Fatores de risco: uso de álcool, drogas, histórico familiar, ser exposto a toxinas, vírus ou má nutrição ainda no ventre da mãe (2 primeiros meses), doenças autoimunes, ter pais com idade avançada, fazer uso de medicamentos psicotrópicos na infância ou adolescência, tabagismo. Sintomas cognitivos, comportamentais e emocionais: delírios, alucinações, pensamento desorganizado, habilidade motora desorganizada, não aparentar emoções, não fazer contato visual, isolamento social, sensação de ser incapaz de sentir prazer. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Transtornos de Ansiedade têm como manifestação principal um alto nível de ansiedade. Ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça, acompanhado por várias reações físicas e mentais desconfortáveis. Os principais Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Distúrbio de Ansiedade Generalizada. Transtornos Dissociativos (ou de conversão) se caracterizam por uma perda parcial ou completa das funções normais de integração das lembranças, da consciência, da identidade, das sensações imediatas e do controle dos movimentos corporais. Os diferentes tipos de transtornos dissociativos tendem a desaparecer após algumas semanas ou meses, quando sua ocorrência está associada a um acontecimento traumático. Podem evoluir para transtornos mais crônicos (como paralisias e anestesias) quando a ocorrência do transtorno está ligada a problemas ou dificuldades interpessoais insolúveis. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Tipos de transtornos dissociativos: amnésia, síndrome da despersonalização, transtorno de fuga, transtorno de múltiplas personalidades. Sybil (de Flora Rheta Schreiber) = Shirley Ardell Mason, professora de arte. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS A característica essencial dos Transtornos Somatoformes diz respeito à presença repetida de sintomas físicos associados à busca persistente de assistência médica, apesar de que os médicos nada encontram de anormal e afirmam que os sintomas não têm nenhuma base orgânica. Se quaisquer transtornos físicos estão presentes, eles não explicam nem a natureza e a extensão dos sintomas, nem o sofrimento e as preocupações do sujeito. São eles: Hipocondria, Neurastenia e Transtorno de Somatização. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS Distúrbio depressivo maior (DDM)ou transtorno depressivo maior, conhecido simplesmente como depressão, é um distúrbio mental caracterizado por pelo menos duas semanas de depressão que esteja presente na maior parte das situações cotidianas. É muitas vezes acompanhado de baixa autoestima, perda de interesse em atividades de outra forma aprazíveis, pouca energia e dor sem uma causa definida. As pessoas podem ocasionalmente manifestar delírios ou alucinações. Algumas pessoas apresentam episódios de depressão separados por um intervalo de vários anos em que o comportamento é normal, enquanto outras manifestam sintomas de forma quase permanente. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNOS MENTAIS A depressão pode afetar de forma negativa as relações familiares da pessoa, o emprego ou a vida escolar, o sono e as refeições e a saúde em geral. Entre 2 a 7% dos adultos com depressão cometem o suicídio e cerca de 60% das pessoas que morrem por suicídio apresentavam depressão ou outro distúrbio de humor. Acredita-se que a condição seja causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Entre os fatores de risco estão história de depressão na família, alterações significativas na vida, determinados medicamentos, problemas de saúde crónicos e consumo de drogas. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE Os Transtornos de Personalidade, também referidos como Perturbações da Personalidade, formam uma classe de transtorno mental que se caracteriza por padrões de interação interpessoais tão desviantes da norma, que o desempenho do indivíduo tanto na área profissional como em sua vida privada pode ficar comprometido. Na maior parte das vezes, os sintomas são vivenciados pelo indivíduo como "normais", de forma que a diagnose somente pode ser estabelecida a partir de uma perspectiva exterior. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE Comportamento e experiências que se desviam consideravelmente do que a cultura vigente espera. Esse padrão é manifestado em duas (ou mais) áreas seguintes: 1. cognição (percepção de si mesmo, dos outros ou de eventos) 2. afeto (o alcance, a intensidade, a maleabilidade e a conveniência das respostas emocionais) 3. funcionamento interpessoal 4. controle do impulso B. O comportamento é inflexível e invasivo, com alcance em ampla gama de situações pessoais e sociais. C. O comportamento leva clinicamente a um significante desconforto e prejuízo nas áreas de funcionamento social e ocupacional, ou outra área importante de funcionamento. D. O padrão é estável, de longa duração e deve iniciar, pelo menos, na adolescência ou início da idade adulta. E. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou consequência de outra doença mental. F. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou consequência de causas fisiológicas como abuso de substâncias ou uma condição médica geral tal como dano cerebral. Pessoas menores de idade que alcancem o critério de um transtorno de personalidade não são, usualmente, diagnosticadas como tendo tal transtorno, ainda, elas podem receber um diagnóstico correlacionado. Para se diagnosticar um indivíduo menor de idade com um transtorno de personalidade, os sintomas devem estar presentes por, pelo menos, um ano PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRAÇOS DE PERSONALIDADE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE TRANSTORNO MENTAL INTENSIDADE DE SINTOMAS PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL SOCIOPATIA E PSICOPATIA Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID- 10)o termo oficial para designar um psicopata ou sociopata é personalidade dissocial ou antissocial (F60.2). Tem tendência à agressividade e repúdio às normas sociais. Impulsivo, apresenta ausência de medo. Em geral o indivíduo não muda seu modo de agir facilmente, mesmo após ser punido. Não tolera frustração e coloca a culpa nos outros pelas coisas que faz. Predisposição à violência, comportamento errático ou controlado, ausência de culpa, comportamento criminoso, tendência a crimes passionais. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL SOCIOPATIA E PSICOPATIA Na infância e adolescência designa-se distúrbio de conduta. Egocentrismo patológico: incapacidade para lealdade ou manutenção de sentimentos de amor ou afeição, sedução apurada, vida sexual impessoal ou pobremente integrada, prática comum de calúnias, omissões ou distorções de fatos e constante incapacidade de seguir algum plano de vida. Desprezo pelas obrigações sociais, leis e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Possuem emoções superficiais, teatrais e falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração e derrotas, baixo limiar para descarga de agressão física, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos e animais, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL SOCIOPATIA E PSICOPATIA Sedutores, cínicos e manipuladores. Geralmente são incapazes de manter uma relação conjugal leal ou duradoura. É comum o histórico de diversos relacionamentos de curta duração. Quando percebem que suas atitudes estão sob avaliação, reprovação ou questionamento, são capazes de adotar mudanças radicais em seu estilo de vida para afastar as suspeitas sobre si, como por exemplo, casar-se repentinamente, frequentar igrejas ou presentear conhecidos. [1] Mentem exageradamente, sem constrangimento ou vergonha. Na narrativa dos fatos, utilizam contextos fundamentados em acontecimentos verdadeiros, porém manipulados de acordo com seus interesses, e assim se tornam extremamente convincentes. Roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares, parentes e amigos. Causam inúmeros transtornos a quem está ao seu redor e podem colocar em risco a vida de outras pessoas sem sentir pena de quem foi manipulado. Seduzem seus parceiros a fim de convencê-los a fazer algo em seu lugar, evitando prejuízo a si mesmos. Podem maltratar animais sem piedade, mesmo que não obrigatoriamente. Esse conjunto de características faz com que os psicopatas dificilmente consigam aprender com a punição e modifiquem suas atitudes. São capazes de fingir com maestria comportamentos tidos como exemplo de ética social e capazes de fingir crenças ou hábitos para se infiltrarem em grupos sociais ou religiosos a fim de ocultar sua verdadeira personalidade. Pessoas psicopatas não sentem remorso pelo o que fazem. Jamais sentem culpa. https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_antissocial#cite_note-um-1 PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL - PSICOPATIA PSICHOPATHY CHECKLIST-REVISED (PCL-R) É o instrumento que esta ganhando aceitação na América do Norte e Europa. O PCL-R – uma metodologia elaborada pelo psicólogo canadense Robert D. Hare pioneiro em estudos de psicopatia. PCL-R é uma ferramenta de diagnóstico utilizado para avaliar tendências comportamentais antissociais e psicopatia de uma determinada pessoa. Ela foi originalmente concebida para avaliar pessoas acusadas ou condenadas por crimes. A PCL-R é composta por um questionário de 20 quesitos que permitem avaliadores qualificados examinarem um indivíduo e aferir o grau de psicopatia com base em um psicopata protótipo. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL - PSICOPATIA PSICHOPATHY CHECKLIST-REVISED (PCL-R) A lista de verificação criada por Robert D. Hare tem como meta principal o diagnóstico clínico de psicopata, para fins de investigação ou jurídico. Ela foi desenvolvida no início dos anos 90, primeiramente como teste para aferir ograu de tendências psicopata de uma determinada pessoa. Este novo instrumento (PCL-R) busca um espaço nos tribunais e outras instituições como indicador de risco potencial representado por indivíduos em liberdade ou presos. Os resultados de alguns exames já foram utilizados em contextos jurídicos como um fator na decisão sobre o tamanho e tipo de penas de prisão, e também o padrão de tratamento que esses indivíduos devem ou não receber. Obviamente devemos ter algumas precauções, pois uma vez que uma pessoa é diagnosticada como psicopata isso traz sérias implicações para o indivíduo como também para seu circulo de relacionamento familiar e social. Sugere-se que os aplicadores tenham uma boa formação profissional (Mestres e Doutores) em um campo da ciência médica, comportamental e social. Outra recomendação é que o profissional já tenha trabalhado com criminosos desse perfil. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL - PSICOPATIA PSICHOPATHY CHECKLIST-REVISED (PCL-R) Contém duas partes, uma entrevista estruturada e uma revisão dos registros do sujeito: arquivo e história. Durante a avaliação serão aplicados 20 escores clínicos que tem por objetivo central aferir a personalidade psicopata. Os itens aferidos abrangem: a natureza das relações interpessoais do sujeito, o seu envolvimento afetivo ou emocional; respostas a outras pessoas e situações, provas de desvio social e estilo de vida. Portanto, o material inclui dois aspectos fundamentais que ajudam definir o psicopata: vitimização egoísta e sem consternação com outras pessoas, e um estilo de vida instável e antissocial. Uma parte da entrevista de avaliação envolve uma pesquisa do assunto mencionado. Deve-se incluir itens como: trabalho, histórico escolar, contexto familiar e criminal. Tal precaução se deve ao fato que os psicopatas mentem com frequência e facilidade, as informações que fornecem devem ser confirmadas com um exame de documentos da história do sujeito em tela. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL - PSICOPATIA PSICHOPATHY CHECKLIST-REVISED (PCL-R) . 1) Falta de empatia; 2)Autoestima grandiosa (exageradamente elevada); 3) Necessidade de estimulação; 4) Mentira patológica; 5) Astúcia e manipulação; 6) Sentimentos afetivos superficiais; 7) Insensibilidade e falta de empatia; 8) Controles comportamental fraco; 9) Promiscuidade sexual; 10) Problemas de comportamento precoce; PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL - PSICOPATIA PSICHOPATHY CHECKLIST-REVISED (PCL-R) 11) Falta de metas realistas a longo prazo; 12) Impulsividade; 13) Reações exageradas; 14) Incapacidade de aceitar responsabilidade diante de compromissos; 15) Relações afetivas curtas (conjugais); 16) Delinquência juvenil; 17) Revogação de liberdade condicional; 18) Versatilidade criminal; 19) Ausência de remorso ou culpa; 20) Estilo de vida parasitária. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANOIDE Não suporta ser contrariado, não perdoa insultos, desconfia de tudo e tende a distorcer os fatos, interpretando as ações dos outros, mesmo que sejam boas, como hostis de desprezo. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE Tendem a deixar que outras pessoas tomem qualquer decisão por eles. Medo de ser abandonado e se vê como uma pessoa fraca e incompetente. Submisso à vontade alheia e com dificuldade em lidar com mudanças ou novos desafios. Tendem a estabelecer relacionamento com pessoas agressivas, autoritárias. Inseguros, não expressam a própria opinião. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE co-dependente: depende de outra pessoa para a sua gratificação pessoal. Carentes, exigentes, submissos. Sofrem de ansiedade abandono, sendo assim agem com imaturidade se agarrando a outros, quaisquer outros. São imunes ao abuso. Não importa o quão são maltratados, continuam comprometidos. Ao aceitarem seus papéis de vítimas, procuram controlar seus agressores e manipulá-los. É uma perigosa relação onde ambos colaboram. Não se sente plenamente vivo quando sozinho. Este desconforto o impulsiona a se relacionar. Estar com alguém, com qualquer um, não importa quem , é preferível à solidão. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE contra-dependente: desprezam e rejeitam a autoridade (pais, chefes, leis). Ferozmente independentes, autocontrolados, autocentrados e agressivos. Esses padrões de comportamento são o resultado de um medo profundo de intimidade. Em um relacionamento íntimo o contra-dependente sente-se cativo, escravizado. Projetam uma imagem de onipotência, sucesso, onisciência, auto-suficiência e superioridade. A maioria dos narcisistas são contra-dependentes. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICO Histérico ou Psicoinfantil, quer sempre ser o centro das atenções. Tende a ser dramático, exibicionista e exigente. É inconstante sentimentalmente, instável, manipulador, egoísta e bastante superficial. Necessidade de chamar atenção. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE Mantém-se afastado de outras pessoas, com poucos contatos sociais ou afetivos. Prefere atividades solitárias e a introspecção. Embotamento afetivo. Não apreciam encontros sociais, não gostam de trabalhos, estudos ou qualquer outra atividade em grupo. Não gostam de chamar a atenção sobre si. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE Age de modo imprevisível, tem acessos de ira e é incapaz de controlar seu comportamento impulsivo. Pode apresentar perturbações da autoestima e tendência a adotar um comportamento autodestrutivo. Os sintomas instáveis e pungentes podem invadir o indivíduo de modo súbito, caótico, avassalador e desenfreado. Existe um padrão de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no começo da vida adulta e está presente em vários contextos. Os pacientes vivem no limite da sanidade (daí o termo limítrofe), ou seja, na fronteira (borda, borderline) entre a neurose e a psicose. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVO Perfeccionista ao extremo. Quer tudo sempre certinho. É obstinado em fazer as coisas da maneira que entende que devam ser feitas, sem qualquer flexibilidade. Essas características podem vir acompanhadas de impulsos repetitivos, mas não atinge a gravidade de um transtorno obsessivo-compulsivo. Gestos, expressões faciais repetitivas. Rituais. Excesso de cuidados na higiene. Autoflagelo. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA OLIGOFRENIA PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais PERSONALIDADE CRIMINOSA O que pode existir é uma relação entre a personalidade, que é algo que, em parte, nasce com a pessoa e vai-se formando durante a vivência do indivíduo, com uma série de fatores e de momento que impulsionam a pessoa a agir de determinada maneira. A personalidade, por si só, não leva ninguém para o crime (todos podemos ter uma ação impulsiva), mas não a ponto de cometer um crime. Um indivíduo não comete um crime somente porque é agressivo, mas se a ele falta tal característica, certamente não cometerá o delito. A privação emocional que uma criança sofre tem grande interferência no desenvolvimento da conduta criminosa, pois se sentirá vulnerável nas relações sociais, com maiores dificuldades para se adaptar ao mundo e às suas exigências, sendo umadas saídas a delinquência. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TRANSTORNO EXPLOSIVO DE PERSONALIDADE ou SINDROME DO DESCONTROLE EPISÓDICO A característica marcante é a tendência para agir impulsivamente e desprezando as eventuais consequencias do ato impulsivo. Instabilidade afetiva. Episódios de completo fracasso em resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões ou destruição de propriedades. As crises podem ser agravadas quando estas atitudes agressivas são criticadas ou impedidas por outros. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais TERRORISMO Uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pânico e assim obter efeitos psicológicos que ultrapassem o círculo das vítimas, incluindo antes, o resto da população do território. Utilizado por uma grande gama de instituições, como organizações políticas, grupos separatistas e até mesmo o próprio governo. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais PARAFILIAS – TRANSTORNOS SEXUAIS Preferências sexuais anormais e doentias, no sentido de bizarras e pervertidas, que a pessoa desenvolve ao longo da vida, de forma lenta e gradual. Pedofilia: atração sexual por crianças, impúberes. Exibicionismo: desejo contínuo de exibir os órgãos sexuais a uma pessoa estranha ou desprevenida. Fetichismo: Excitação sexual exclusiva com o uso de objetos inanimados pelo próprio indivíduo. Masoquismo: obtém satisfação com o próprio sofrimento. Sadismo: sente necessidade de criar no parceiro uma sensação de dor, terror, sofrimento. Voyerismo: obtém prazer observando à distância as pessoas despirem-se ou envolvidas em atividade sexual. Frottage: a excitação sexual ocorre com a fricção do corpo noutro corpo, geralmente em locais de grande movimento, concentração de pessoas. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais PARAFILIAS Zoofilia: prazer em relação sexual com animais. Necrofilia: atração por ter relações sexuais com cadáveres. CRIMES RELACIONADOS A ESTAS PRÁTICAS SUICÍDIO: instigação, induzimento, auxílio. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais CRIME Crime (do termo em latim crimen) ou delito é uma ofensa à lei penal. O crime, assim como toda infração penal, caracteriza-se como a prática de conduta tipificada pela lei penal como ilícita. Só se consideram crimes as condutas praticadas por humanos. Para a teoria finalista da ação, a mais aceita pelos doutrinadores uma conduta só será considerada criminosa se for típica, ilícita e culpável uma vez que os motivos e objetivos subjetivos do agente são analisados e decisivos para a caracterização ou não da Infração. A conduta só será considerada criminosa se for reconhecido o DOLO na motivação do agente criminoso, ou a CULPA, quando a Lei Penal expressamente prever esta possibilidade. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais STALKERS = PERSEGUIDORES “O stalking não se vê de fora. Somos nós contra um mundo em que ninguém vê o que se passa, a lutar com um fantasma que se multiplica para onde quer que nos viremos. Um presente deixado no local de trabalho, chamadas telefonicas, e-mails constantes, bilhetes deixados no vidro do carro. Nunca ninguém vê as estratégias de manipulação. Somos nós sozinhos, a engolir o segredo e a tentar sobreviver a uma privacidade devastada”. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais STALKERS = PERSEGUIDORES Englobam duas categorias: psicóticos e não-psicóticos. Muitos stalkers já têm distúrbios psicológicos, como transtorno delirante, transtorno esquizoafectivo ou esquizofrenia. A maior parte dos stalkers são não-psicóticos e podem exibir: depressão aguda, distúrbio adaptativo, dependência de substâncias, transtornos de personalidade antissociais, de fuga, dependência, narcisismo, ou paranóia. Os stalkers não-psicóticos podem perseguir a vítima por diversos motivos: raiva e hostilidade, projeção de culpa, obsessão, dependência, negação e inveja. Por outro lado, e o mais comum, o stalker não tem qualquer sentimento de antipatia para com a vítima, mas um desejo que não pode ser preenchido devido à sua personalidade e às normas sociais. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais STALKERS = PERSEGUIDORES A Study of Stalkers” Mullen (2000) são identificados cinco tipos de stalkers: Stalkers Rejeitados: perseguem a sua vítima com o objetivo de corrigir, reverter ou vingar uma rejeição; Stalkers Ressentidos: tentam obter vingança devido a um sentimento de injustiça relativamente à vítima – motivados essencialmente pelo desejo de assustar e provocar a vítima; Os que procuram intimidade com a vítima: querem estabelecer uma relação amorosa e de intimidade com a vítima. Para eles, a vítima é a sua alma gémea, e foram feitos para estar juntos. Pretendentes que apesar das suas fracas capacidades sociais e de namoro, têm uma fixação, ou em alguns casos um sentimento de direito a um relacionamento com aquele que atraiu o seu interesse amoroso. As suas vítimas, por vezes, já têm uma relação amorosa. Stalkers Predadores: espiam a vítima com o objectivo de prepararem um ataque – normalmente sexual – à vítima. PSICOLOGIA INVESTIGATIVA MASS MURDERER Do ponto de vista psicológico o assassinato em massa é um ato premeditado de vingança de um indivíduo desesperado contra a sociedade. Um bom exemplo de assassinato em massa foi o massacre cometido por James Holmes durante a estréia do filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, em um cinema do estado norte- americano do Colorado. São um excelente exemplo da assinatura de um assassino em massa em termos de concepção e execução. PSICOLOGIA INVESTIGATIVA MASS MURDERER Os assassinatos são cometidos em um só local; As vítimas são mortas aleatoriamente, sem distinção de raça, gênero ou idade; * O assassino claramente sofre de problemas mentais e efetua o massacre durante um surto psicótico; O motivo do ataque costuma ser uma espécie de vingança do assassino contra a sociedade que (em sua mente) o desprezou; * Na maioria das vezes são mortos pela polícia ou cometem suicídio após o ataque. PSICOPATOLOGIA FORENSE SPREE KILLER Caracterizam-se pelo assassinato de várias pessoas em dois ou mais locais diferentes com quase nenhum tipo de intervalo entre eles e costumam ser cometidos por dois ou mais assassinos. Assassinos que cometem spree killings são chamados de spree killers (não há uma tradução literal para o português. Em livros vocês poderão encontrar traduções para essa expressão como assassinos impulsivos e/ou assassinos relâmpagos). Muitas vezes os spree killers conhecem suas vítimas e os primeiros assassinatos podem ser cometidos contra membros da família ou parceiros sexuais. PSICOLOGIA INVESTIGATIVA SPREE KILLER A primeira diferença entre mass murderers e spree killers consiste no local dos assassinatos. Enquanto o mass murderer comete o ataque em um só local, o spree killer ataca em 2, 3 ou mais locais. Consequentemente existe um intervalo de tempo entre os ataques, o que inexiste no mass murder. Outra diferença consiste nos assassinos. Enquanto um mass murderer premedita sua ação e age sozinho, um spree killer costuma agir com outros spree killers e normalmente seus ataques não são premeditados e sim impulsivos, como se fosse um ataque de fúria. Eles pegam suas armas e saem matando. PSICOLOGIA INVESTIGATIVA SPREE KILLER Ataques em dois ou mais lugares distintos; Várias pessoas são assassinadas em cada um dos locais nos quais atacam; As vítimas são mortas aleatoriamente, sem distinção de raça, gênero ou idade; Intervalo de tempo entre os ataques é mínimo, podendo ser de horas ou de poucos dias; Spree killers costumam atacar juntos, podendo ser 2, 3, 4 ou mais. . PSICOLOGIA INVESTIGATIVA SERIAL KILLER O serial killer é, sem dúvida, oassassino mais profundo dos três, o mais difícil de pegar e o mais difícil de entender. Apesar de (comumente) ser um indivíduo que sofre de distúrbios mentais, assim como os mass murderers e spree killers, os serial killers costumam se camuflar na sociedade. Eles se escondem atrás de uma máscara. Existem dezenas de famosos casos envolvendo serial killers os quais eram homens acima de qualquer suspeita, pessoas bem sucedidas, com inteligência acima da média; casados, pais de família, empresários bem sucedidos. Isso, entretanto, era o que a sociedade via, por debaixo de sua máscara existia um psicopata sádico que matava sem nenhum pingo de remorso. PSICOLOGIA INVESTIGATIVA SERIAL KILLER Matam em série. O mass murderer e o spree killer também matam de forma serial. E é aqui que entram duas características importantes para se distinguir um serial killer dos demais: eles matam uma pessoa por vez e o intervalo entre o assassinato de uma e outra vítima é longo, podendo durar dias, semanas, meses e até anos. PSICOPATOLOGIA FORENSE SERIAL KILLER A vítima para o serial killer é tão importante quanto sua própria vida, pois ela representa uma fantasia dentro da sua mente. O serial killer tem imenso prazer no ato de matar e vive aquele momento (do assassinato) de forma bastante intensa, por isso, os serial killers costumam matar uma pessoa por vez e quase nunca duas ou mais no mesmo ataque. É como se cada uma de suas vítimas representasse o seu mundo, eles podem passar horas torturando ou horas picando um corpo. Após o assassinato eles voltam para suas vidas normais em sociedade como se nada tivesse acontecido e, posteriormente, quando o desejo de matar torna-se irresistível, eles atacam novamente. Por isso o intervalo do assassinato entre uma vítima e outra é grande, podendo levar vários dias, semanas, meses e até anos. PSICOPATOLOGIA FORENSE Divididos em quatro tipos: Visionário: completamente insano. Ouve vozes em sua cabeça e obedece. Sofre de alucinações e tem visões. Missionário: não demonstra ser um psicótico, mas em seu interior tem a necessidade de fazer justiça com as próprias mãos, ou livrar a sociedade do que julga imoral, indigno. Emotivo: mata por pura diversão. Tem prazer em matar e utiliza requintes sádicos e cruéis, chegando a obter prazer no próprio processo de planejamento do crime. Sádico: assassino sexual. Mata por desejo. Seu prazer está diretamente proporcional ao sofrimento da vítima sob tortura. A ação de subjugar, mutilar, torturar, matar lhes traz prazer sexual. Canibais e necrófilos fazem parte deste grupo. PSICOPATOLOGIA FORENSE TIPOLOGIA DE HOLMES: MOTIVOS PARA O CRIME. SE CONCENTRAM NO ATO, RÁPIDOS. VISIONÁRIOS E OS MISSIONÁRIOS. SE CONCENTRAM NO PROCESSO. TORTURAM LENTAMENTE SUAS VÍTIMAS, PROLONGAM A MORTE. EMOTIVOS E SEXUAIS. PSICOPATOLOGIA FORENSE SERIAL KILLER MITOS SOBRE OS SERIAL KILLERS ASSASSINOS EM SÉRIE TÊM APARENCIA ESTRANHA E SÃO DESAJUSTADOS. COSTUMAM MATAR EM DIFERENTES ESTADOS, MUNICÍPIOS OU PAÍSES. SÓ PARAM DE MATAR SE FOREM PRESOS OU MORTOS. SÃO LOUCOS OU GÊNIOS DO MAL. PREFEREM USAR ARMAS BRANCAS. MATAM SOMENTE PESSOAS DENTRO DE UM PERFIL. TODO SERIAL KILLER DEIXA ASSINATURA. “MODUS OPERANDI” E ASSINATURA PSICOPATOLOGIA FORENSE SERIAL KILLER MITOS SOBRE OS SERIAL KILLERS O MODUS OPERANDI É SEMPRE O MESMO. SÃO SEMPRE CAUCASIANOS. TODO ASSASSINO EM SÉRIE DESEJA SER PRESO. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais Classificação de Cesare Lombroso Lombroso utilizou-se de um método positivista e de sua profissão para classificar os criminosos, era médico no sistema penintenciário italiano para autopsiar os cadáveres dos detentos, e assim teve suas conclusões. Criminoso Nato: influência biológica, estigmas, instinto criminoso, um selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça pequena, deformada, fronte fugidia, sobrancelhas salientes, maçãs afastadas, orelhas malformadas, braços cumpridos, face enorme, tatuado, impulsivo, mentiroso e falador de gírias etc.). Criminoso Louco: Perversos, loucos morais, alienados mentais que devem permanecer no hospício. Criminoso de Ocasião: Predisposto hereditariamente, são pseudocriminosos; "a ocasião faz o ladrão"; assumem hábitos criminosos influenciados por circunstâncias Criminoso por Paixão: Sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da violência para solucionar questões passionais. exaltados. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais Classificação de Guido Palomba Impetuosos: Agem em curto- circuito, por amor à honra, sem premeditação, fruto de uma anestesia momentânea do senso crítico. Dentro dos delitos que praticam relacionam-se principalmente com o crime passional, e alguns tipos de assassinatos e de agressão física. Esse criminoso, normalmente, depois de praticado o crime, arrepende-se do que fez, e isso se deve ao fato de o psiquismo que possui ser, no seu todo, satisfatoriamente estruturado, salvo a falha do senso moral quando em face de determinada situação que o instiga. Ocasionais: São os que, sem ter tendência marcante para o crime, nele caem levados pelas condições pessoais e influência do meio em que vivem. Os fatores sociais tem muito peso, mas não resistem à tentação que certas ocasiões propiciam ao crime, com a qual se deparam casualmente. Criminosos Habituais: São marginais incapazes de readquirir uma existência honesta, é o que tem como profissão, o crime. Não são violentos, em muitas ocasiões são fronteiriços. PSICOPATOLOGIA FORENSE aspectos psicopatológicos gerais Criminosos Fronteiriços: Não são propriamente doentes mentais e também não são normais. Apresentam permanentes deformidades do senso ético-moral, distúrbios do afeto e ada sensibilidade, cujas alterações psíquicas os levam ao delito. Podem praticar os mais variados tipos de crimes, mas quando são violentos, são os que praticam os atos mais perversos e hediondos. A característica principal dos criminosos fronteiriços é a extrema frieza e insensibilidade moral com que tratam as vítimas. A reincidência é certa. Loucos Criminosos: Os delitos que praticam podem ser divididos em dois grandes grupos: aqueles que agem graças a um processo lento e reflexivo e aqueles que agem por impulso momentâneo. O primeiro tipo há invasão lenta ada ideia mórbida, que geralmente nasce do nada, e aos poucos cresce e cria raízes, torna-se uma concepção delirante que escraviza o livre-arbítrio. O paradigma da doença pode ser paranoia ou a esquizofrenia paranoide. No segundo tipo, a deliberação do crime é fruto da impulsão momentânea. O impulso súbito é seguido de imediata execução. O paradigma pode ser a epilepsia e muitas vezes a oligofrenia. No entanto, quer premedite, quer não, os loucos criminosos atacam abertamente a vítima em presença de testemunhas; não tem cúmplices; propalam as suas intenções e ameaçam constantemente; atacam pessoas que lhe são caras ou completamente desconhecidas. Quando presos confessam o que fizeram, são indiferentes para com as vítimas, muitas vezes se mostram satisfeitos com a ação que praticaram. PSICOPATOLOGIA FORENSE ANTES •PSICOLOGIA INVESTIGATIVA DURANTE • INVESTIGAÇÃO • ESCLARECIMENTO • DINÂMICA DO EVENTO • AUTORIA • JULGAMENTO • PRISÃO DEPOIS •PSICOLOGIA JURÍDICA PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOLOGIA INVESTIGATIVA (CRIMINAL PROFILING) A Psicologia Investigativa visa a compreensão psicológica de um criminoso (perpetrador), de sua atividade criminal, auxiliando o seu processo de prisão para apresentação à Justiça. Surgiu com os trabalhos de elaboração de perfis criminais realizados pela Unidade de Ciência Comportamental da Academia do FBI em Quântico – Virgínia. (PROFILER) Teve sua origem científica a partir dos trabalhos de David Canter em 1992, que passou a utilizar uma base mais técnica, introduzindo conhecimentos de Psicologia Social. No Brasil, a principal dificuldade encontrada na criação desta especialidadefoi conciliar a cultura do meio acadêmico com a cultura policial, que muitas vezes trabalham com parâmetros opostos, mas que podem perfeitamente se harmonizarem. Muitos psicólogos, por mero desconhecimento, ideologia política ou mesmo incapacidade de trabalharem com o Sistema de Justiça Criminal, apresentam um discurso de resistência a este tipo de atividade, tendo como alegação maior as questões éticas ou mesmo de ofensa aos Direitos Humanos. . PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOLOGIA INVESTIGATIVA Sistema Judiciário no Brasil: Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público (Estadual/Federal), Poder Judiciário (Estadual/Federal). Sistema Processual Penal: Provas, Perícia Oficial (IML – IC) , Assistentes Técnicos. PSICÓLOGO . PSICOPATOLOGIA FORENSE CRIMINALÍSTICA: CIÊNCIA QUE ESTUDA OS ELEMENTOS MATERIAIS DO CRIME (APÓS COMETIDO) NA PESSOA VIVA OU MORTA, NA CENA DO CRIME (LOCAL E/OU VEÍCULO), NOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS E OBJETOS RELACIONADOS. CRIMINOLOGIA: É UM CONJUNTO DE CONHECIMENTOS QUE SE OCUPA DO CRIME, DA CRIMINALIDADE E SUAS CAUSAS, DA VÍTIMA, DO CONTROLE SOCIAL DO ATO CRIMINOSOS, BEM COMO DA PERSONALIDADE DO CRIMINOSO E DA MANEIRA DE RESSOCIALIZÁ-LO. “MODUS OPERANDI’ . PSICOPATOLOGIA FORENSE INVESTIGAÇÃO POLICIAL PSICOLOGIA INVESTIGATIVAPERÍCIA CRIMINAL PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOLOGIA INVESTIGATIVA • Edgar Allan Poe (Os Assassinatos na Rua Morgue) utilizou a Psicologia para capturar criminosos. Sherlock Holmes a lógica, Lombroso características físicas comuns. • Holanda, Canadá, Austrália, Inglaterra, Estados Unidos, Colombia. • Perfil criminal desenvolvido a partir de um crime tem inúmeras aplicações: - Estabelecer se estamos lidando com um serial killer - Eliminar suspeitos - Elaborar técnicas investigativas com base no tipo de criminoso procurado - Estabelecer algum tipo de comunicação com o criminoso - Preparar interrogatório - Estabelecer busca de provas e vincular crimes porventura únicos - Reduzir número de suspeitos e tempo de investigação PSICOPATOLOGIA FORENSE PSICOLOGIA INVESTIGATIVA • Esclarece para a polícia o tipo de indivíduo que cometeu determinado delito. • Não se aplica para todo tipo de crime, tampouco para todo tipo de homicídio – somente para aqueles em que o criminoso DESCONHECIDO deu indicações de PSICOPATOLOGIA, considerando-se os ferimentos da vítima, local do crime e dinâmica dos fatos. • Crimes seriais (homicídios, estupros), eviscerações, mutilações, necrofilia, canibalismo, rituais, terrorismo, ocultismo = o criminoso deixa nestas ações partes de si mesmos, que refletem suas personalidades.
Compartilhar