AVALIAÇAÕ TEORIA DA PENA E EXECUÇÃO PENAL

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GABARITO | Avaliação da Disciplina (Cod.:678070)
Peso da Avaliação
10,00
Prova
42417661
Qtd. de Questões
20
Nota
9,00
O sistema punitivo brasileiro tem como pena privilegiada a privativa de liberdade em forma de reclusão e detenção. Acerca da diferenciação
entre o regime de reclusão e detenção, considere as afirmações a seguir: I. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto e
aberto, enquanto a detenção deve ser cumprida nos regimes semiaberto e aberto. II. A pena de reclusão é destinada aos crimes mais graves,
enquanto a de detenção para os menos graves. III. A pena de reclusão é de privação de liberdade, enquanto o de detenção é de mera privação de
direitos fundamentais. IV. O regime fechado deve ser cumprido em estabelecimento de segurança máxima. Assinale a alternativa CORRETA:
A  As afirmações I, II e III estão corretas. 
B  As afirmações I, III e IV estão corretas. 
C  As afirmações I, II e IV estão corretas.
D  As afirmações II e III estão corretas. 
A constitucionalização do direito no Brasil, com a promulgação da Constituição de 1988, trouxe uma reorientação interpretativa e aplicativa
da norma penal no sentido de adequá-la aos princípios que regem o Estado Democrático de Direito. Diante de tal perspectiva, a aplicação da norma
penal deve, obrigatoriamente, obedecer aos limites dos direitos e garantias fundamentais. Considerando tal afirmação, assinale a alternativa
CORRETA:
A  A pena deve ser aplicada não considerando a lesão do bem jurídico, mas sim a personalidade do agente.
B
 O critério da proporcionalidade, decorrente da interpretação constitucional, impede o Estado de aplicar a norma penal, devendo optar por
medida administrativa.
C  A pena a ser aplicada deverá ser proporcional à extensão da lesão abstrata ou concreta do bem jurídico.
D  Na interpretação da norma penal não se aplica o princípio da proporcionalidade, e sim o da periculosidade. 
Na perspectiva democrática, o Estado apenas possui legitimidade para punir desde que as normas penais estejam fundadas e
consubstanciadas em valores éticos, morais e sociais pautados na dignidade humana. Desde tal consideração, considere as seguintes afirmações: I.
As normas penais, sob o ponto de vista formal, definem crime e sanção. II. As normas penais devem conter, além do elemento formal, valores
materiais estabelecidos na ordem constitucional. III. As normas penais, desde a perspectiva constitucional, devem conter apenas valores materiais
e não elementos formais. IV. O direito estatal de punir é limitado à ordem constitucional. Assinale a alternativa CORRETA:
A  As afirmações II, III e IV estão corretas. 
B  As afirmações I, II e IV estão corretas. 
C  As afirmações I e III estão corretas.  
D  As afirmações I, III e IV estão corretas.
Ao longo da história da sociedade ocidental foram sendo elaborados diferentes formas de controle do crime e de punição, cada qual acompanhado
por discursos legitimadores para a intervenção do poder político sobre o corpo e nos bens dos seres humanos. Na antiguidade, uma das mais
conhecidas leis penais é o Código de Hamurabi.
 Acerca deste marco histórico do Direito Penal ocidental, assinale a afirmação CORRETA:
A  O Código de Hamurabi privilegiava a chamada “Lei de Talião”, com penas de natureza retributiva.
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 O Código de Hamurabi foi importante porque representa o fim das penas retributivas e o surgimento das penas corporais.
C  O Código de Hamurabi era um conjunto de leis relacionadas à punição não corporal e sim social.
D  O Código de Hamurabi é um conjunto de leis escritas que aboliram a vingança privada. 
As teorias penais modernas devem ser consideradas como resultado de construções históricas que foram sendo legitimadas e reproduzidas
em nome da segurança jurídica. Acerca das chamadas teorias absolutas ou retributivas, é CORRETO afirmar:
A  O crime, por ser um ato deliberado praticado por um delinquente, deve ser retribuído com a ressocialização.
B  As penas devem ser proporcionais ao crime cometido.
C  A pena é uma retribuição de natureza preventiva.
D  As penas são consideradas como uma justa retribuição ao crime que é um mal.
A partir dos séculos XVII e XVIII, paulatinamente a lógica punitiva medieval cede lugar aos princípios do liberalismo moderno. Nesta nova
lógica, a punição passa a ser concebida como um método disciplinador orientado pela legalidade. Assim, elimina-se a pena como humilhação moral
e física do indivíduo. Acerca da concepção moderna de punição, é CORRETO afirmar:
A  Na Modernidade, a pena tem uma natureza ética e, portanto, vingativa.
B  O Estado, na Modernidade, orientado pela ideologia liberal entende ser o crime um ato dirigido contra o soberano e não contra a sociedade.
C  A pena é considerada um mal justo e necessário em retribuição ao crime que é um ato de vontade do indivíduo.
D  A pena é essencialmente de natureza vingativa e corporal, uma vez que delinquir é um pecado social.
A medida de segurança é uma providência do Estado imposta a um agente inimputável ou semi-imputável, que pratica um fato típico e ilícito.
Para sua aplicação, é necessária a observação das mesmas garantias e princípios constitucionais que fundamentam a aplicação da pena. Acerca da
medida de segurança, é CORRETO afirmar:
A  As medidas de segurança podem ser de duas espécies: internação em hospital de custódia e tratamento ambulatorial.
B  Por ser a medida de segurança distinta da pena de privação de liberdade, não se admite a invasão na liberdade do sujeito pelo Estado.
C  A medida de segurança, por ser uma forma de tratamento psiquiátrico, não admite a internação compulsória em hospital de custódia.
D  Não cabe ao Estado aplicar medida de segurança. 
Para as teorias penais modernas de matriz liberal, o delito nasce na vontade do indivíduo em delinquir, sendo, portanto, o criminoso
responsável por suas ações morais. Sob tal perspectiva, os limites da aplicação e cominação das penas devem ser sua utilidade ou necessidade.
Acerca do maior expoente do pensamento liberal penal, destaca-se:
A  Hans Kelsen, em sua obra “Teoria Pura do Direito”. 
B  Padre Manoel da Nóbrega, com a defesa da conversão dos criminosos ao cristianismo salvador.
C  Cesare Beccaria, com a publicação da obra “Dos Delitos e das Penas”.
D  Cesare Lombroso, com a publicação da obra “O homem delinquente”.
A Reforma Penal de 1984 modificou a parte geral do Código Penal brasileiro de 1940, admitindo que a pena não possui um caráter meramente
retributivo, mas deve também garantir a reinserção social, preservando os direitos fundamentais. Desde tal perspectiva, é CORRETO afirmar que as
espécies de pena são:
A  Pena privativa de liberdade, pena privativa de direitos e pena de multa.
B  Pena restritiva de direitos, pena de morte e pena restritiva de liberdade.
C  Pena privativa de liberdade, pena restritiva de direitos e penas corporais restritivas de locomoção.
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As teorias são definidas como um conjunto de conhecimentos articulados e sistematizados metodologicamente, que pretende responder de
maneira eficiente a um problema. Desde tal concepção, é possível diferenciar o saber científico do senso comum. Acerca do conhecimento
científico, é CORRETO afirmar:
A  As teorias científicas não são confiáveis por serem sempre provisórias.
B  O saber científico é válido porque é demonstrável pelo senso comum.
C  O saber científico, assim como o senso comum, estabelece respostas demonstráveis através de experiências.
D  O saber científico possui validade porque resulta de um método racional e demonstrável de investigação. 
Em consonância com os princípios norteadores da Constituição Federal de 1988, foi promulgada a Lei nº 9.099/95 (Lei do Juizado Especial
Criminal), que tem como competência o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo,que segundo o art. 61 da
referida Lei, são as contravenções penais e os crimes com pena máxima não superior a dois (2) anos. O objetivo de tal dispositivo legal é a busca da
transação penal, um “acordo” entre um “suposto” autor do fato e o Ministério Público. A referida lei é alinhada à política criminal de proteger a
sociedade restringindo a liberdade em casos de absoluta necessidade. Trata-se de: FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm.
Acesso em: 10 mar. 2020.
A  Apenas encarcerar os delitos que tem como fundamento a culpa confessa.
B  Introduzir no sistema punitivo brasileiro o abolicionismo penal.
C  Eliminar as prisões.
D  Buscar alternativas à pena de prisão reconhecendo o Estado os limites do encarceramento.
A medida de segurança é uma providência do Estado, fundamentada no jus puniendi, imposta ao agente inimputável ou semi-imputável que
pratica um fato típico e ilícito, com base no seu grau de periculosidade. Acerca da diferença entre as penas e as medidas de segurança, é CORRETO
afirmar:
A
 As penas têm caráter retributivo e preventivo, enquanto as medidas de segurança têm natureza eminentemente preventiva e tem como
fundamento a periculosidade.
B  As medidas de segurança têm caráter retributivo.
C  As medidas de segurança podem ser cumpridas em estabelecimentos penitenciários de segurança máxima. 
D As penas, assim como as medidas de segurança, têm natureza preventiva e terapêutica. 
Ao se considerar as penas como parte do sistema punitivo, que se legitima através de ações políticas articuladas, desde uma perspectiva
analítica, é possível afirmar que, apesar dos esforços do Estado em controlar a criminalidade, há um mecanismo permanente de exclusão e
marginalização alimentado por fatores econômicos, sociais e culturais. Considerado tal afirmação, é CORRETO afirmar:
A  O crime não é definido pelo Direito Penal e sim pelo poder político estatal.
B  O sistema punitivo é incapaz de controlar os crimes porque suas causas são de natureza social.
C  O Direito Penal é parte da política penal estatal que define crime e estabelece a pena.
D  Cabe ao Estado intervir na ordem econômica a fim de prevenir delitos.
Um dos princípios do direito penal brasileiro é o da alteridade ou transcendentalidade, segundo o qual não há que ser incriminada a ação ou
omissão que atinja tão somente aquele que a praticou e não violou bem jurídico de terceiro. Acerca de tal princípio, é CORRETO afirmar:
A  O direito penal brasileiro apenas admite a punição de comportamentos que violem bem jurídicos de terceiros.
B  O princípio da alteridade é decorrente do princípio da insignificância.
C  Pelo princípio da alteridade não há que se punir a autolesão produzida por terceiro. 
D  Pelo princípio da alteridade não há que se criminalizar a instigação do suicídio por parte de terceiro.
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A Reforma Penal de 1984 trouxe transformações na Parte Geral do Código Penal de 1940, compreendendo o Direito Penal como o último
recurso, ultima ratio, no controle das condutas delitivas. Das transformações produzidas pela Reforma Penal de 1984, é CORRETO afirmar:
A  As penas privativas de liberdade constituem o núcleo central da política criminal.
B  As penas de multa passam a ser as mais aplicadas.
C  As penas de custódia passam a substituir as privativas de direito.  
D  A pena passa a ter função retributiva e não preventiva.
A Idade Média, período histórico compreendido entre os anos de 476 a 1453, é caracterizada pelo predomínio da Igreja e uso de penas
corporais. Dentre as penas corporais aplicadas pelos Tribunais Inquisitoriais, destacam-se:
A  A imposição de uso de vestimentas vexatórias de cor alaranjada.
B  A amputação de membros, degola e suplício na fogueira.
C  A excomunhão. 
D  O confisco de bens patrimoniais a fim de manter o poder econômico da Igreja.
A Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984 – LEP) tem como finalidade garantir o direito de punição do Estado de forma a possibilitar a
reintegração social do apenado, inibindo o cometimento de novos delitos ao mesmo tempo que reeduca o condenado. Acerca dos direitos
fundamentais a serem garantidos durante a execução penal, destaca-se: FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em:
10 mar. 2020.
A  A integridade física e moral do apenado.
B  O direito à manutenção de seu trabalho de forma a garantir a sobrevivência de sua família.   
C  A liberdade de ir e vir.
D  O direito à liberdade provisória.
A Parte Geral do Código Penal determina que a intervenção penal do Estado se justifica em casos de extrema necessidade, em crimes mais graves
e de maior culpabilidade. Essa concepção é resultado de um dos princípios que rege o sistema punitivo brasileiro. Trata-se do:
A  Princípio da Alternativa à pena de prisão.
B  Princípio da Lesividade Mínima.
C  Princípio da Legalidade.
D  Princípio da Intervenção Mínima.
As Constituições modernas preveem valores e opções políticas que norteiam os fundamentos das práticas judiciais e legislativas ao definirem
objetivos e metas para a regulação e transformação da vida social. Nesse sentido, é CORRETO afirmar:
A Que não cabe ao Estado o direito de punir, mas sim à sociedade através do Poder Executivo.
B  O direito de punir do Estado está condicionado aos valores e princípios constitucionais e não aos interesses de uma parcela da sociedade.
C É possível que o Poder Legislativo crie leis penais duras, mesmo violando valores constitucionais em nome da segurança do cidadão. 
D Especificamente à aplicação da lei penal, não permite a manutenção do princípio da igualdade.  
A pena de reclusão, aplicada aos crimes mais graves, deve ser cumprida nos regimes fechado, semiaberto e aberto, havendo diferença em
relação ao estabelecimento penal que deve ser cumprido. Acerca do regime aberto, é CORRETO afirmar:
A Deve ser cumprido em hospital de custódia
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B  Deve ser cumprido em casa do albergado ou em casa. 
C  Deve ser cumprido em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
D  Deve ser cumprido em estabelecimento de segurança máxima.
 
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