Avaliação da Disciplina Teoria da Pena e Execução Penal

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GABARITO | Avaliação da Disciplina (Cod.:678070)
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Prova 94256785
Qtd. de Questões 20
Nota 10,00
A medida de segurança é uma providência do Estado imposta a um agente inimputável ou semi-
imputável, que pratica um fato típico e ilícito. Para sua aplicação, é necessária a observação das 
mesmas garantias e princípios constitucionais que fundamentam a aplicação da pena. 
Acerca da medida de segurança, é CORRETO afirmar:
A Não cabe ao Estado aplicar medida de segurança. 
B A medida de segurança, por ser uma forma de tratamento psiquiátrico, não admite a internação
compulsória em hospital de custódia.
C Por ser a medida de segurança distinta da pena de privação de liberdade, não se admite a
invasão na liberdade do sujeito pelo Estado.
D As medidas de segurança podem ser de duas espécies: internação em hospital de custódia e
tratamento ambulatorial.
Na Antiguidade, longo período histórico que se estende do século VIII a.C. à queda do Império 
Romano no século V d.C., o encarceramento não tinha natureza punitiva, não se constituindo como 
pena propriamente dita, mas tão somente exercido como forma de custódia do indivíduo a fim de 
garantir a punição. 
Desde tal consideração, assinale a afirmação CORRETA:
A Na Antiguidade, assim como na Modernidade, as prisões serviam para intimidar o impulso pela
delinquência.
B As prisões adquirem natureza punitiva a partir do século XVIII, quando a pena privativa de
liberdade torna-se a pena por excelência.
C As prisões são formas de prevenir a delinquência por reduzir a reincidência desde os tempos
mais antigos.
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D As prisões na Modernidade foram substituídas pelas penas privativas de liberdade. 
A Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984 – LEP) brasileira, possui como princípios basilares a 
preservação dos direitos não atingidos pela sentença condenatória e a proporcionação da harmônica 
integração social.
Acerca de tais princípios, é CORRETO afirmar:
FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 10 mar. 2020.
A Constituem princípios aplicáveis apenas às penas de detenção e não de reclusão.
B A punição penal não pode garantir direitos fundamentais. 
C Tais princípios são fundamentos e finalidades da execução condenatória.
D Nas sentenças condenatórias privativas de liberdade, não há preservação de direitos porque é
aplicável a crimes graves. 
A Reforma Penal de 1984 trouxe transformações na Parte Geral do Código Penal de 1940, 
compreendendo o Direito Penal como o último recurso, ultima ratio, no controle das condutas 
delitivas. 
Das transformações produzidas pela Reforma Penal de 1984, é CORRETO afirmar:
A As penas de multa passam a ser as mais aplicadas.
B As penas de custódia passam a substituir as privativas de direito. 
C As penas privativas de liberdade constituem o núcleo central da política criminal.
D A pena passa a ter função retributiva e não preventiva.
A pena de reclusão, aplicada aos crimes mais graves, deve ser cumprida nos regimes fechado, 
semiaberto e aberto, havendo diferença em relação ao estabelecimento penal que deve ser cumprido. 
Acerca do regime aberto, é CORRETO afirmar:
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A Deve ser cumprido em hospital de custódia. 
B Deve ser cumprido em estabelecimento de segurança máxima.
C Deve ser cumprido em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
D Deve ser cumprido em casa do albergado ou em casa. 
A pena de reclusão, aplicada aos crimes mais graves, deve ser cumprida nos regimes fechado, 
semiaberto e aberto, havendo diferença em relação ao estabelecimento penal que deve ser cumprido. 
Acerca do regime semiaberto, é CORRETO afirmar:
A Deve ser cumprido em estabelecimento de segurança máxima.
B Deve ser cumprido em hospital de custódia. 
C Deve ser cumprido em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
D Deve ser cumprido em casa do albergado.
As teorias são definidas como um conjunto de conhecimentos articulados e sistematizados 
metodologicamente, que pretende responder de maneira eficiente a um problema. Desde tal 
concepção, é possível diferenciar o saber científico do senso comum. 
Acerca do conhecimento científico, é CORRETO afirmar:
A O saber científico, assim como o senso comum, estabelece respostas demonstráveis através de
experiências.
B As teorias científicas não são confiáveis por serem sempre provisórias.
C O saber científico possui validade porque resulta de um método racional e demonstrável de
investigação. 
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D O saber científico é válido porque é demonstrável pelo senso comum.
A dignidade da pessoa humana é um princípio macro e orientador de toda interpretação em 
matéria penal no sistema jurídico brasileiro. Isto significa afirmar que as políticas criminais devem 
garantir os direitos fundamentais do sujeito condenado. 
Acerca do princípio da dignidade da pessoa humana, é CORRETO afirmar:
A A dignidade da pessoa humana é um princípio do qual decorrem os demais princípios que
garantem os direitos fundamentais no direito penal. 
B As políticas públicas de segurança possuem como objetivo a repressão e, por tal razão, aplica-se
o princípio da segurança jurídica e não da dignidade da pessoa humana.
C A dignidade da pessoa humana na aplicação da norma penal deve ser sempre relativizada. 
D Os direitos fundamentais não são relacionados com a dignidade humana e sim com as políticas
de Estado. 
Ao longo da história da sociedade ocidental foram sendo elaborados diferentes formas de controle do 
crime e de punição, cada qual acompanhado por discursos legitimadores para a intervenção do poder 
político sobre o corpo e nos bens dos seres humanos. Na antiguidade, uma das mais conhecidas leis 
penais é o Código de Hamurabi.
 
Acerca deste marco histórico do Direito Penal ocidental, assinale a afirmação CORRETA:
A O Código de Hamurabi era um conjunto de leis relacionadas à punição não corporal e sim
social.
B O Código de Hamurabi foi importante porque representa o fim das penas retributivas e o
surgimento das penas corporais.
C O Código de Hamurabi é um conjunto de leis escritas que aboliram a vingança privada. 
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D O Código de Hamurabi privilegiava a chamada “Lei de Talião”, com penas de natureza
retributiva.
A Idade Média, período histórico compreendido entre os anos de 476 a 1453, é caracterizada 
pelo predomínio da Igreja e uso de penas corporais. 
Dentre as penas corporais aplicadas pelos Tribunais Inquisitoriais, destacam-se: 
A A amputação de membros, degola e suplício na fogueira.
B O confisco de bens patrimoniais a fim de manter o poder econômico da Igreja.
C A excomunhão. 
D A imposição de uso de vestimentas vexatórias de cor alaranjada.
A Modernidade corresponde ao período histórico a partir de 1453 e tem como um dos marcos 
principais a Revolução Francesa em 1789. Nesta etapa, as organizações sociais transitam da 
organização social e política feudal para o Estado e a elaboração de uma nova lógica punitiva. 
Acerca do modelo punitivo moderno, é CORRETO afirmar:
A Nesta etapa da história, as penas corporais e infamantes passam a ser as mais utilizadas. 
B Na Modernidade, as prisões são abolidas e em seu lugar são criados estabelecimentos
carcerários ressocializadores.
C Neste contexto histórico, houve significativas mudanças no conceito de punição e a lei penal
passou a se definir com uma nova função preventiva e ressocializadora.
D Na Modernidade são retomadas as práticas punitivas medievais.
Dentre as penas aplicadas pelos antigos romanos, havia a crucificação, que apesar de ter origem 
na Pérsia, foi largamente utilizada por Roma. Era uma pena considerada cruel porexcelência. 
Acerca da pena de crucificação, praticada pelos romanos, é CORRETO afirmar:
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A Era uma pena aplicada exclusivamente aos cristãos que se rebelavam contra o império.
B Era uma pena aplicada a todos os cidadãos romanos que praticavam crimes contra o império,
tais como a sonegação fiscal.
C Trata-se de uma pena aplicada para os crimes políticos contra o imperador. 
D Era uma pena que não poderia ser aplicada aos cidadãos romanos.
Sendo o Brasil um Estado Democrático de Direito, instituído com a Carta Magna de 1988, na 
aplicação das penas devem ser observados os princípios e garantias constitucionais, dentre os quais 
destaca-se o Princípio da Dignidade Humana. 
Segundo tal princípio, é CORRETO afirmar: 
A A Dignidade Humana é um princípio dos Direitos Humanos e não do Direito Penal.
B A Dignidade Humana não permite ao Estado a aplicação de medidas de segurança em hospitais
de custódia. 
C O Princípio da Dignidade Humana veta ao Estado a pena privativa de liberdade. 
D O Princípio da Dignidade Humana exige que as autoridades administrativas possibilitem ao
apenado um ambiente institucional adequado e com profissionais habilitados.
As teorias penais modernas devem ser consideradas como resultado de construções históricas 
que foram sendo legitimadas e reproduzidas em nome da segurança jurídica. 
Acerca das chamadas teorias absolutas ou retributivas, é CORRETO afirmar:
A O crime, por ser um ato deliberado praticado por um delinquente, deve ser retribuído com a
ressocialização.
B A pena é uma retribuição de natureza preventiva.
C As penas devem ser proporcionais ao crime cometido.
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D As penas são consideradas como uma justa retribuição ao crime que é um mal.
A medida de segurança é toda reação criminal, detentiva ou não, a ser aplicada em casos de 
prática de um ato ilícito típico, que tem como pressuposto e princípio, a periculosidade do agente, 
tendo como finalidade a defesa social. 
Acerca da medida de segurança, é CORRETO afirmar:
A A Medida de Segurança é uma pena que tem como fundamento a culpabilidade do agente.
B A Medida de Segurança tem como fundamento a periculosidade aliada à inimputabilidade ou
semi-imputabilidade do agente. 
C A Medida de Segurança é uma pena a ser cumprida em colônia agrícola ou estabelecimento
similar. 
D A Medida de Segurança tem como finalidade a reclusão do agente em estabelecimento de
segurança máxima.
O Princípio da Insignificância, introduzido no sistema penal brasileiro na década de 1960, 
implica considerar que o Direito Penal não deve se ater à violação de bens jurídicos de valor ínfimo. 
Acerca do pressuposto que fundamenta a aplicação do Princípio da Insignificância, é CORRETO 
afirmar:
A O princípio da insignificância não tem como pressuposto a extensão da lesão produzida, e sim a
primariedade do agente.
B O pressuposto do Princípio da Insignificância é a não aplicação da norma penal para os crimes
comuns.
C O pressuposto do Princípio da Insignificância é a inexistência de conduta delituosa. 
D O pressuposto do Princípio da Insignificância é considerar a tipicidade do delito que exige, para
sua configuração, o mínimo de lesividade ao bem jurídico protegido.
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A Constituição de 1988 inovou ao introduzir à dignidade humana como status superior a 
qualquer outro interesse ou condição. Isto significa que o direito do Estado de punir tem 
obrigatoriamente como fim o respeito à dignidade humana e o respeito à pessoa humana. 
Diante de tal assertiva, é CORRETO afirmar:
A A dignidade humana é um valor relativo a ser ponderado de acordo com o nível de
periculosidade do apenado.
B O direito do Estado de punir é limitado aos princípios constitucionais.
C A Constituição de 1988 estabeleceu valores que não abrangem o Direito Penal e a Execução
Penal. 
D Em penas de reclusão, a dignidade humana é um valor que deve ser relativizado.
O Princípio da insignificância implica considerar que o Direito Penal não deve se ater à violação 
de bens jurídicos de valor ínfimo, tendo como pressuposto a tipicidade do delito que exige, para 
configurar o mínimo de lesividade ao bem jurídico protegido. Diante de tal assertiva, considere as 
afirmações a seguir:
I. Para aplicação do Princípio da Insignificância, a conduta do agente não deve possuir periculosidade 
social.
II. Obrigatoriamente para aplicação do Princípio da Insignificância, a lesão jurídica produzida pela 
conduta do agente deve ser inexpressiva ou mesmo muito reduzida.
III. O princípio da insignificância não se confunde com impunidade do agente criminoso. 
IV. O princípio da insignificância aplica-se a todos os tipos de crime. 
Assinale a alternativa CORRETA:
A As afirmações I, II e IV estão corretas.
B As afirmações II, III e IV estão corretas.
C As afirmações I, II e III estão corretas.
D As afirmações II e IV estão corretas. 
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A Reforma Penal de 1984 modificou a parte geral do Código Penal brasileiro de 1940, admitindo que 
a pena não possui um caráter meramente retributivo, mas deve também garantir a reinserção social, 
preservando os direitos fundamentais. Desde tal perspectiva, é CORRETO afirmar que as espécies 
de pena são:
A Pena privativa de liberdade, pena restritiva de direitos e pena de multa.
B Pena restritiva de direitos, pena de morte e pena restritiva de liberdade.
C Pena privativa de liberdade, pena privativa de direitos e pena de multa.
D Pena privativa de liberdade, pena restritiva de direitos e penas corporais restritivas de
locomoção.
Em consonância com os princípios norteadores da Constituição Federal de 1988, foi 
promulgada a Lei nº 9.099/95 (Lei do Juizado Especial Criminal), que tem como competência o 
julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, que segundo o art. 61 da 
referida Lei, são as contravenções penais e os crimes com pena máxima não superior a dois (2) anos. 
O objetivo de tal dispositivo legal é a busca da transação penal, um “acordo” entre um “suposto” 
autor do fato e o Ministério Público. A referida lei é alinhada à política criminal de proteger a 
sociedade restringindo a liberdade em casos de absoluta necessidade. Trata-se de:
FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm. Acesso em: 10 mar. 2020.
A Eliminar as prisões.
B Apenas encarcerar os delitos que tem como fundamento a culpa confessa.
C Buscar alternativas à pena de prisão reconhecendo o Estado os limites do encarceramento.
D Introduzir no sistema punitivo brasileiro o abolicionismo penal.
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