Buscar

História do pensamento econômico- prova 3 - Arthur Álvares

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO
PROVA 3
Professor: Lucas Trentin Rech	Data:22/11/2021
Aluno: Arthur Álvares de Paula
Questão 1 – John Stuart Mill, como herdeiro da economia política clássica, compreendia que a sociedade se encontrava dividida por classes. Apesar de um advogado em favor do ‘règime of private property” apontava para as divergências entre o capitalismo experimentado por ele e aquilo que considerava ideal. Aponte quais era os problemas que impediam a existência de um “verdadeiro” regime of private property e depois assinale se o capitalismo atual reflete o que Mill esperava de um sistema baseado na propriedade privada.
R=
	Dentro dessa ideia da propriedade privada proposta por Mill, entram diversas medidas que voltavam para a melhora da sociedade e que isso iria ocasionar um progresso para as civilizações, dentre estas medidas é possível destacar o aprimoramento humano, “aumentar a prudência, a responsabilidade, as capacidades mentais e intelectuais, a sensibilidade estética, os interesses não autorreferentes, o autocontrole, a originalidade, a energia de caráter, a iniciativa e a autonomia dos homens”, a maior eficiência econômica por meio da reformulação das propriedades de terra dentre outros casos, e a busca por maior igualdade de oportunidades.
	Entretanto para alcançar tal status seria muito difícil que isso chegasse a existir na realidade principalmente por conta de como funciona o capitalismo não somente experimentado por Mill mas também que foi perpetuando para as próximas gerações, em que a divisão de terras é feita de forma desproporcional, onde poucos tem muito e muitos tem pouco, e a questão da subordinação entre os que estão nas classes mais baixas quanto aos que estão nas classes mais altas, e isso não seria somente entre indivíduos mas entre nações também.
	Indo afundo no capitalismo atual, os países mais ricos são os que estariam mais aptos a alcançar esse “verdadeiro” regime que Mill buscava, já que para instaurar as medidas econômicas que ele propôs seriam necessários, principalmente, meios de conseguir uma igualdade de oportunidades, seja pelo avanço da educação, ou pela melhor distribuição da renda, ou ainda (dentro da vertente utilitarista tanto de Mill quanto de seu mentor Bentham) pelo quanto de felicidade os indivíduos daquela nação mais rica se encontram, um dos melhores exemplos disso seria a Finlândia que está em *primeiro lugar por quatro anos seguidos e em *décimo nono no ranking de nações mais ricas
	O que impede os países com maior PIB(GDP) a chegar no maior nível de felicidade são os que possuem ainda empecilhos pra que se chegue no nível verdadeiro de propriedade privada e são exemplos do porquê da teoria de Mill não ter sida posta em prática em nenhum país. 
	
	 
*por favor olhar nas referências ambos os os rankings
Questão 2 – J.S. Mill preocupou-se em seus Princípios de Economia Política a discutir o papel econômico do Estado (mais especificamente do governo). Entretanto, a ação dessa instituição na economia deveria ser diferente em diferentes momentos econômicos. Descreva o que era para Mill o estado estacionário, como o governo deveria agir antes desse ser atingido e como deveria agir durante esse momento [não esqueça de mencionar as prescrições do autor quanto ao comércio internacional].
R= 
	O estado estacionário era uma reação ao trabalho de Adam Smith, e Thomas Malthus em que é tratado sobre os limites do crescimento, uma das primeiras afirmações de Mill neste conceito é que o crescimento da população é algo inevitável, por isso que o crescimento econômico seria algo necessário para impedir que os mais pobres fossem os mais degradados ou judiados da sociedade, ele não considerava que o crescimento fosse algo necessário para que os mais pobres pudessem compartilhar os benefícios da sociedade.
Neste caso a forma de alcançar o estado estacionário seria por meio de uma população estacionaria que iria redistribuir a renda e compartilhar os benefícios da economia, um conceito chamado por Mill de “a equidade das fortunas”, e que era central para a teoria de Mill. O governo antes de atingir esse momento deveria garantir essa distribuição e que ambas população e capital fossem capazes de alcançar esse estado estacionário por meio da interrupção de acumulações de fortunas e buscando igualdade entre as classes dentro do contexto do capital, e quando alcançassem o governo iria tentar manter este estado o mais constante possível de modo em que a sociedade progrediria já que não haveria mais a centralização das fortunas.
Dentro do contexto do comércio internacional Mill discute sobre a divisão dos ganhos entre os países com uma determinação dentro do conceito de demanda internacional em que caso um país oferecesse um produto pouco demandado o preço deste iria elevar e o país iria se beneficiar pouco ou não iria haver benefício algum ali, logo Mill defendia a diversificação da produção mesmo que esta produção não possua alguma vantagem ou desvantagem comparativa. 
Questão 3 - Karl Marx ocupou-se da transição do sistema mercantil para o sistema capitalista. Essa transição envolveu a alienação dos produtores de seus meios de produção. Descreva quais as duas classes que aparecem durante a afirmação do capitalismo e qual é a principal distinção entre elas.
R= 
	Durante a afirmação do capitalismo as duas classes protagonistas deste momento seriam uma, que possui menor quantidade de integrantes, que possui o poder de controlar os meios de produção, por meio de monopólios destes meios e uma segunda classe que possui uma maior quantidade de integrantes, que é subordinada às ordens da primeira, dessa forma havendo uma relação de controlador e controlado.
	A principal diferença entre ambas é o nível de poder que cada classe possui, e como a classe alienadora é capaz de usufruir da mão de obra da classe alienada já que caso esta não se alinhe aos comandos da classe alienadora, irá sofrer com a fome, dessa forma não sendo algo somente do contexto temporal de Marx, mas sim algo que viria acontecer em outros momentos da história após a construção do sistema capitalista. 
Questão 4 – O economista alemão construirá sua teoria econômica a partir da economia política clássica, em especial, a partir da teoria do valor trabalho de David Ricardo. Descreva qual a substância de valor das mercadorias a partir do arcabouço teórico marxiano e como, a partir dessa definição, Marx pôde desenvolver a teoria do mais-valor [demonstre a estrutura dessa teoria].
R= 
	Dentro da teoria do mais-valor de Marx, o valor das mercadorias não deriva da quantidade de trabalho socialmente necessária para produzi-la, já que seu valor não pode ser definido. É preciso ser destacada a diferença entre valor e valor de troca, já que para Marx o valor de troca de uma mercadoria deriva da proporção de troca que ela possui com qualquer outra mercadoria existente, já o preço da mercadoria deriva da proporção de troca quando a segunda mercadoria comparada é o dinheiro.
	Dessa forma Marx conceitua o valor em um primeiro momento como se fosse uma propriedade, ou uma característica que está dentro daquela mercadoria em que esta se encontra de forma social e que entra no contexto do “poder de compra”, e ao fechar toda essa ideia de Marx sobre o valor das mercadorias é possível reduzir para a explicação que “a magnitude do valor de uma mercadoria seria um fator determinante para a grandeza social que ela representa e mede a riqueza produzida socialmente no momento da sua produção”. Assim podendo dessa forma chegar na teoria do mais-valor e incorporando estes significados de valor dentro dessa teoria.
	A estrutura do mais-valor pode ser explicada de duas formas, primeiro a mais-valor incorporada de forma absoluta, onde em função do maior ritmo de trabalho para a confecção da mercadora, da vigilância sobre o processo de produção e em função de outros fatores pertinentes, o empregador teria de exigir uma maior força da sua mão de obra sem uma compensação em troca e ocorre o recolhimentoda produção de excedentes em forma de lucro.
	Já a segunda mais-valor incorporada de forma relativa, seria focada no contexto do avanço científico em conjunto com o processo tecnológico. Por mais que os empregadores cobrassem em demasiado seus funcionários, essa produção já estaria num nível incapaz de ser incrementado, assim, o capitalista investe em aprimoramento tecnológico, a produção consegue ser incrementada(sem que haja bonificação alguma ao funcionário) e de pouco em pouco a mão de obra humana é substituída pela mão de obra mecanizada e há uma maior necessidade de qualificação para uma menor quantidade de mão de obra humana permanecente na produção.
Questão 5 – Além de importantes para a teoria econômica, J.S. Mill e K. Marx foram importantes para o desenvolvimento de campos como sociologia e filosofia. Vimos no último bloco do curso que há uma grande diferença entre a definição de liberdade dos autores. Descreva as principais compreensões de ambos quanto à liberdade e demonstre como a interpretação de um Estado universalista (ou não) impacta essas.
R= 
	Dentro do conceito de liberdade, ambos Mill e Marx possuíam uma divergência dentro da compreensão do que seria a liberdade em si, primeiramente, de acordo com Mill a liberdade era o único meio pelo qual o homem poderia progredir, de acordo com o filósofo britânico Isaiah Berlin, “Mill era o maior defensor dos princípios liberais e foi quem os formulou de maneira mais clara, dessa forma sendo o fundador do liberalismo” e apesar de ter sido discípulo de Bentham, Mill tinha receio das consequências que o utilitarismo pensado pelo seu mentor, como massas ignorantes, que obedeciam ordens as quais não respeitavam necessariamente o desejo ou as escolhas pessoais de todos.
	Mill em seu conceito de liberdade tem como foco a liberdade individual, principalmente em sua obra “Sobre a liberdade”, em que era demonstrado algo que Mill temia que acontecesse na sociedade e que acarretaria em uma ditadura: O poder das massas sobre o indivíduo. O antidoto contra essa possível “epidemia” seria a ampliação irrestrita da liberdade, dessa forma prevendo a adoção de meios de usufruir da vida que se alinhem ao anseio por desejos e escolhas pessoais, deixando de ser imoral conceitos como vício e excentricidade, no final dessa explicação é possível perceber que Mill pregava que a única forma das civilizações progredirem seria por meio do fomento dessa liberdade individual.
	Já Marx em seu conceito de liberdade, é possível retirar as noções de liberdade deste pensador de dentro das suas seguintes obras: “A questão judaica” e os “manuscritos econômico-filósofos”. Primeiramente dentro de “A questão judaica” Marx denota a principal divergência entre o individuo ser um cidadão e burguês, parafraseando o pensador nesta obra, Marx conta que para se obter um cidadão é necessário que retire o Bourgeois, ou seja, para chegar numa igualdade para todos os indivíduos é preciso que ignoremos as condições sociais em que todos vivem. Assim fazendo também criticas ao Estado político moderno, em que Marx demonstra uma aversão ao particular, ao dizer que a vida se divide em duas, uma vida coletiva em que o ser é igual aos seus próximos, e que é coletivo e formalmente livre, e a vida particular em que reina os males dos desejos e as escolhas próprias que derivam do egoísmo.
	Em ambas suas obras Marx afirma que o Estado, enquanto institucionalização das relações sociais é um meio alienador das massas, e que por meio desse modelo de estado o homem jamais será capaz de alcançar o status de liberto, de possuidor da liberdade. No entanto entrando no tópico da influência de um Estado com modelo universalista, que garantisse a abrangência dos direitos humanos, das oportunidades, ou de maneira mais simples, “uma equivalência de condições” seria possível que o homem chegasse na liberdade, já que não existiria mais antíteses como a dos grupos dos burgueses e dos cidadãos como poderia ser explicado por Marx caso existisse um modelo universalista de estado.
	Já Mill o impacto de um Estado de modelo universalista poderia causar o que mais o pensador temia, um poder maior das massas sobre o indivíduo, que dessa forma não conseguiria alcançar o status de liberdade já que todas as condições seriam equivalentes, os anseios e desejos do indivíduo não seriam diferentes do seu próximo, assim alcançando algo próximo do utilitarismo de Bentham, seu mentor, e quebrando as possibilidades de alcançar a liberdade e a regressão das civilizações.
	
Referências para a realização da prova
· Os slides dentro do classroom além do que foi dito durante as aulas
· O livro de história do pensamento econômico do Hunt
· https://estadodaarte.estadao.com.br/a-liberdade-limites-mill-berlin/ 
· http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20100603084925/19_jaime.pdf
· https://umaine.edu/soe/wp-content/uploads/sites/199/2013/01/Economics-Steady-State.pdf 
· http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/3843/material/LOZANO%20TEORIAS%20%20CLASSICAS%20%20.pdf
· https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/934139/mod_resource/content/1/elementos%20b%C3%A1sicos2.pdf
· https://www.scielo.br/j/ee/a/mtP7dkwvBGP3hRSQsdqxSPM/?lang=pt
· https://www.worldatlas.com/articles/the-richest-countries-in-the-world.html
· https://worldpopulationreview.com/country-rankings/happiest-countries-in-the-world

Outros materiais