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Improvisação Teatral

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
Letícia Machado
Mariana Schemberg
CHACRA, Sandra. Natureza e sentido da improvisação teatral. Editora perspectiva. São paulo, 1991.
“A forma teatral é o resultado de um processo voluntario e premeditado de criação, onde a espontaneidade e o intuitivo também exercem um papel de importância. A esse processo podemos chamar de improvisação, como algo inesperado ou inacabado, que vai surgindo no decorrer da criação artística, aquilo que e se manifesta durante os ensaios para se chegar à criação acabada. [...]” (p. 14)
“No teatro do dramaturgo, embora estando a personagem elaborada e acabada do ponto de vista da ficção literária, ela só tomará corpo e existência cênica no momento da atuação. [...] o aqui-agora, do ponto de vista da atuação, implica um confronto dinâmico entre o ‘eu real' e o ‘eu representativo' do ator; é ele em carne e osso, ao vivo, que veste a máscara. Ele se utiliza do seu verdadeiro 'eu', mas à ilusão, aquilo que não é de verdade, toca o seu 'eu representativo'. [...]” (p. 16)
“A personalidade do ator (o seu verdadeiro ‘eu’) está sempre presente durante o desempenho, pois ao mesmo tempo em que ele se reveste de uma máscara, ele também a controla, provocando alterações (mesmo que em graus mínimos e praticamente imperceptíveis) na atuação, em virtude desta dualidade. Configura-se aí a improvisação através de interpretações que tendem a variar (nuanças diferentes de entonação vocal , gesto , marcação etc.) de acordo com o dia-a-dia da vida pessoal do artista (suas reações emocionais, fisiológicas, situações particulares de vida, pressões externas etc.).” (p. 17)
“No interior do jogo cênico tudo é familiar para os intérpretes, isto é, eles manipulam com pré-ciência e predomínio as falas, os gestos, o espaço, os objetos, as emoções etc ., pois se prepararam para acionar o jogo no palco. A margem para improvisarem é mínima, uma vez que têm um conhecimento anterior de elementos da forma a ser levantada. Entretanto, apesar do fato de o público desconhecê-los, ao contrário do que se poderia pensar, este alimenta uma forte interação (seja em que nível for da apreciação) com o espetáculo. Dentro do jogo a ‘falta de saber' por parte da plateia (que não é a mesma em cada espetáculo) gera no ator um sangue novo, uma disposição , energia e presteza que emanam da simples ‘presença’ do espectador. Embora preparados para jogar, os artistas só saberão o resultado do jogo, jogando diante dos espectadores. [...]” (p. 17-18)

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