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Trabalho PRAD- Arielle, Gabriela, Ricardo e Thais-converted

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CAMPUS DE CURITIBANOS 
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS 
ABF7315- RESTAURAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
 
PLANO DE RESTAURAÇÃO PARA ÁREAS DEGRADADAS - PRAD: 
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DE ÁREA DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE 
CHAPECÓ-SC 
 
 
Arielle Kathyelen de Oliveira 
Gabriela Moraes da Silva 
Ricardo Fernandes dos Santos 
Thaís Fernandes Ronsani 
 
CURITIBANOS 
2021 
 
 
ARIELLE KATHYELEN DE OLIVEIRA 
GABRIELA MORAES DA SILVA 
RICARDO FERNANDES DOS SANTOS 
THAIS FERNANDES RONSANI 
 
 
 
PLANO DE RESTAURAÇÃO PARA ÁREAS DEGRADADAS - PRAD: 
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DE ÁREA DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE 
CHAPECÓ-SC 
 
 
Projeto de Recuperação de Área Degradada 
no município de Chapecó – SC. O PRAD 
será apresentado como requisito para 
aprovação na disciplina de Restauração 
Ambiental, do Curso de Engenharia 
Florestal, ministrado pelo Prof. Dr. 
Alexandre Siminski, da Universidade 
Federal de Santa Catarina – UFSC, 
Campus de Curitibanos. 
 
 
CURITIBANOS 
2021 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 
2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 2 
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 2 
2.2.1 Objetivos específicos ................................................................................................ 2 
3 INVESTIGADO E RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PLANO DE 
RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD) ........................................................ 3 
4 CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE ..................................................................... 6 
4.1 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................. 6 
4.2 HISTÓRICO E USO DO SOLO ...................................................................................... 6 
5 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO ........................................................................ 7 
5.1 CLIMA ............................................................................................................................. 7 
5.2 SOLO ............................................................................................................................... 8 
5.3 GEOMORFOLOGIA ....................................................................................................... 8 
5.4 GEOLOGIA ..................................................................................................................... 9 
5.5 HIDROGRAFIA ............................................................................................................ 10 
5.6 VEGETAÇÃO ............................................................................................................... 10 
6 PROBLEMA ENCONTRADO.......................................................................................... 11 
6.1 DIAGNÓSTICO............................................................................................................. 11 
6.2. FATORES DIFICULTANTES DO PRAD .................................................................. 12 
7 IMPLANTAÇÃO DAS TÉCNICAS E MONITORAMENTO....................................... 12 
7.1 REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA ........................................................... 12 
7.2. ISOLAMENTO DA ÁREA .......................................................................................... 13 
7.3. RETIRADA DA Hovenia dulcis DA ÁREA ................................................................ 13 
7. 4 NUCLEAÇÃO .............................................................................................................. 16 
7.4.1 Transposição de Solo ............................................................................................. 16 
7.4.2 Transposição de Chuva de Sementes ................................................................... 18 
7.5 MANUTENÇÃO E MONITORAMENTO ................................................................... 20 
7.5.1 Monitoramento da Transposição da Chuva de Sementes .................................. 21 
8 CRONOGRAMA ................................................................................................................ 21 
9 CUSTOS............................................................................................................................... 22 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 22 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, em 1500, a Mata Atlântica cobria 
aproximadamente 15% do território brasileiro, uma área equivalente a 1.296.446 km² 
(CAMPANILI; SCHAFFER, 2010). Este bioma é uma das regiões mais ricas em 
biodiversidade do mundo e também a segunda mais ameaçada de extinção, quase 70% da 
população brasileira mora em seu domínio, por isso, viver na Mata Atlântica é um grande 
privilégio, mas também uma grande responsabilidade (PREFEITURA DE ITANHAÉM, 
2020). Em virtude da intensa ocupação do bioma em decorrência da atividade antrópica, 
atualmente somente 7% da área original continuam intactos (PRAD AMIGOS DA MATA, 
2012). 
Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima- se que a Mata Atlântica possua cerca 
de 20.000 espécies vegetais (algo entre 33% e 36% das espécies existentes no Brasil). Até se 
comparada com a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica apresenta, proporcionalmente ao seu 
tamanho, maior diversidade biológica (CAMPANILI; SCHAFFER, 2010). Em virtude da sua 
biodiversidade e dos níveis de ameaça, a Mata Atlântica, ao lado de outras 24 regiões 
localizadas em diferentes partes do planeta, foi indicada, por especialistas, em um estudo 
coordenado pela Conservação Internacional, como um dos 25 hot spots mundiais, ou seja, 
uma das prioridades para a conservação da biodiversidade em todo planeta (ALMEIDA, 
2016). 
Diante do cenário exposto e de acordo com Nofs ( 1996), a destruição da Mata 
Atlântica chegou a tal ponto que hoje já se faz necessário tratar de sua recuperação. No 
entanto, para que as ações nessa direção sejam coerentes, é preciso entender que praticamente 
todas as áreas remanescentes dessa floresta que ainda hoje existem devem ser preservadas. 
Segundo o mesmo autor, essa preservação e recuperação são fundamentais para a 
conservação de sua biodiversidade. 
Para a contribuição da preservação da paisagem e dos diferentes biomas, o Plano de 
Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é solicitado pelos órgãos ambientais como parte 
integrante do processo de licenciamento de atividades que modifiquem ou degradem o meio 
ambiente, sendo igualmente aplicado após o empreendimento ser punido decorrente da 
degradação ambiental. Portanto, o PRAD atua como um conjunto de medidas que propiciarão 
à área degradada condições para se restabelecer com um novo equilíbrio dinâmico (IMA, 
2015). 
2 
 
Hoje, um PRAD deve considerar em seu escopo, além dos aspectos ambientais, as 
variáveis sociais e ambientais, envolvidas no processo de recuperação, sendo que uma das 
etapas mais importantes a ser considerada é o diagnóstico que permite o conhecimento da 
amplitude dos problemas ambientais, sociais e econômicos envolvidos no processo de 
recuperação ambiental da área e respectivo PRAD (ALMEIDA, 2016). O diagnóstico prévio 
de aspectos ambientais (biológicos) e socioeconômicos permite que se estabeleçam metas 
para a recuperação ambiental, dando mais consistência ao PRAD e a seu processo de 
implementação. Dessa forma o sucesso e a garantia de implantação do projeto de recuperação 
são oriundos dogerenciamento responsável dos recursos e das atividades envolvidas, que vão 
garantir a implantação do projeto, a responsabilidade técnica dos autores dos projetos que 
devem, obrigatoriamente, acompanhar tecnicamente a implantação e manutenção do PRAD 
(ALMEIDA, 2016). 
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
O seguinte trabalho tem como objetivo geral elaborar um Plano de Recuperação de 
Área Degradada (PRAD) para uma área de restauração de 3 hectares localizada no município 
de Chapecó- SC. 
2.2.1 Objetivos específicos 
● Regularização Legal da propriedade seguindo as exigências da Lei n° 12.727 de 2012; 
● Retirada da espécie invasora Hovenia dulcis, seguindo a Instrução Normativa do 
IMA. 
● Elaborar propostas de restauração contemplando as estratégias de nucleação. 
● Estabelecer medidas de monitoramento tanto ao longo do período de implantação do 
PRAD como posteriormente a realização deste, para que a área a ser restaurada não 
apresente competição por espécies exóticas invasoras 
 
 
 
3 
 
3 INVESTIGADO E RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PLANO DE 
RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD) 
Investigado: 
Nome: Desconhecido (Agricultor Familiar) 
RG: 0.000.000 
CPF: 000.000.000-00 
Telefone: Não possui 
Endereço: Interior de Chapecó- SC 
 
Responsáveis Técnicos: 
Nome: Arielle Kathyelen de Oliveira 
Formação: Graduanda em Engenharia Florestal 
Endereço: Hilário Quadros de Andrade, 329 
Município/UF: Curitibanos, SC 
E-mail: ariellekathyy@gmail.com 
CPF: 106.341-189-64 
Telefone: (49) 988159294 
CREA/UF: - 
 
Nome: Gabriela Moraes da Silva 
Formação: Graduanda em Engenharia Florestal 
Endereço: Alzerino Rosa, 262 
4 
 
Município/UF: Curitibanos, SC 
E-mail: Gabrielamoraesilva7000@gmail.com 
CPF: 114.794.869-06 
Telefone:(49) 998065431 
CREA/UF: - 
 
Nome: Ricardo Fernandes dos Santos 
Formação: Graduando em Engenharia Florestal 
Endereço: Rua João Torquato de Almeida, 206. 
Município/UF: Curitibanos, SC 
E-mail: ricardofernandes9@live.com 
CPF: 086.716.779-31 
Telefone: (49) 989160046 
CREA/UF: - 
 
Nome: Thais Fernandes Ronsani 
Formação: Graduanda em Engenharia Florestal 
Endereço: Hilário Quadros de Andrade - 233 
Município/UF: Curitibanos, SC 
E-mail: tatahronsani@gmail.com 
CPF: 085.351.069-52 
5 
 
Telefone: (049) 98847-0011 
CREA/UF: - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
4 CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE 
4.1 LOCALIZAÇÃO 
A propriedade possui um total de 12 hectares, e está situada no município de 
Chapecó, na região oeste do estado de Santa Catarina, entre as coordenadas geográficas 
27°10’35,19” S e 52°61’49,06’’. O município possui 624,30 km² de extensão, com cerca de 
183.530 habitantes (IBGE, 2010). A propriedade em questão que será realizado o PRAD 
pertence a um agricultor familiar e a área destinada à recuperação é de 3 hectares. O bioma 
no qual o local de estudo está inserido encontra-se nos domínios do bioma Mata Atlântica, 
sendo a fitofisionomia predominante a Floresta Estacional Decidual (FED) (ICMBIO, 2013). 
 
 
Figura 1: Localização do município de Chapecó. 
Fonte: Google Earth, 2021. 
4.2 HISTÓRICO E USO DO SOLO 
 
Área suprimida sem autorização, foi realizada agricultura por 2 anos, posteriormente 
foi embargada e por decisão judicial e precisa ser recuperada. A área apresenta invasão 
biológica por Uva do Japão (Hovenia dulcis). 
7 
 
 
Figura 2: Uva do Japão (Hovenia dulcis) 
Fonte: Florestal Rio Verde, 2021 
5 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO 
5.1 CLIMA 
Segundo a classificação de Köppen a cidade possui um clima Cfa, ou seja, clima 
subtropical constantemente úmido, sem estação seca, com verão quente (temperatura média 
do mês mais quente > 22,0°C). Segundo BRAGA (no prelo), o clima é mesotérmico brando 
(temperatura do mês mais frio entre 10 e 15°C). 
Nos registros de dados da Estação Meteorológica de Chapecó, nos meses de janeiro a 
temperatura máxima absoluta foi de 35,5ºC e a maior média da temperatura máxima foi de 
28,9°C, enquanto que a menor temperatura mínima absoluta ocorreu no mês de julho com - 
4,4ºC e a média da temperatura mínima foi de 10,4°C. No que se refere ao regime pluvial, os 
dados da Estação Meteorológica de Chapecó apontam uma precipitação total anual média de 
2.007,20 mm, variando entre um máximo de 187,7 mm (janeiro) e um mínimo de 124,5 mm 
(março) (ICMBIO, 2013). 
Podem ocorrer, em termos normais, de 5,0 a 12,0 geadas por ano. Os valores de horas 
de frio iguais ou abaixo de 7,2°C variam de 164 a 437 horas acumuladas por ano. A insolação 
varia de 2.117 a 2.395 horas (THOMÉ et al., 1999). 
 
8 
 
 
Figura 3. Climas de Santa Catarina segundo Koppen 
Fonte.Geoensino, 2021 
5.2 SOLO 
 
Em Chapecó observa-se a predominância de ocorrência de Latossolo Bruno/Roxo, 
representando 71% de ocorrência no município (ZENARO, 2017), são solos homogêneos, 
pois possuem pouca diferenciação na faixa de transição dos horizontes, são considerados 
profundos e muito bem drenados, muito argilosos. Possuem baixos teores de bases trocáveis 
(S), conferindo característica de baixa fertilidade natural, altos teores de alumínio trocável 
(Al+3). 
Ocorre a 620 metros de altitude, e a vegetação primária dominante é do tipo Floresta 
Subtropical Perenifólia, e atualmente seu uso destina-se à implantação de pastagem artificial, 
e culturas anuais (EMBRAPA, 2004). Observa-se a ocorrência de Cambissolo, em menor 
proporção. 
5.3 GEOMORFOLOGIA 
 
Segundo Thomé (1999) e de acordo com o Zoneamento Agroecológico e 
Socioeconômico de Santa Catarina, na cidade de Chapecó predomina a Unidade Planalto 
9 
 
Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai, com blocos de relevo isolados da Unidade Planalto 
dos Campos Gerais. A Unidade Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai caracteriza-
se por apresentar relevo muito dissecado com vales profundos e encostas em patamares. 
Altimetricamente, as cotas ultrapassam 1.000m na borda leste, caindo até cerca de 300m 
gradativamente para oeste e noroeste, em direção ao eixo central da Bacia do Paraná. A 
forma de relevo é dada por um interflúvio estreito de topo plano ou levemente convexizado, 
interrompido por uma vertente de forte declividade, como escarpa, apresentando degraus que 
configuram patamares. A drenagem apresenta características semelhantes em toda a unidade, 
uma vez que se acha fortemente controlada pela estrutura. Os rios possuem cursos sinuosos e 
vales encaixados, com patamares nas vertentes. O controle estrutural é evidenciado pela 
retilinização dos segmentos dos rios, pelos cotovelos e pela grande ocorrência de lajeados, 
corredeiras, saltos, quedas e ilhas. 
O Planalto dos Campos Gerais apresenta-se distribuído em blocos de relevo 
isolados pela Unidade Geomorfológica Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai. A 
fragmentação em blocos ou compartimentos é consequência de processos de dissecação 
desenvolvidos ao longo dos principais rios, e funciona como área divisora de drenagem. O 
contato com outra Unidade Geomorfológica ocorre, às vezes, de forma gradativa, como em 
alguns trechos do Planalto de Palmas, ou é marcado por um escarpamento de forte desnível 
como na borda oriental do Planalto de Chapecó. De uma maneira geral os rios apresentam 
corredeiras e pequenas cachoeiras resultantes das diferenças interiores nos derrames de 
rochas efusivas. O fato do relevo desta Unidade Geomorfológica ser pouco dissecado a 
planar, recoberto por formações superficiais de um material argilo-siltoso, permite a 
instalação de uma agricultura mecanizada nestas áreas. Isso tem acelerado os processos 
erosivos ligados ao escoamento superficial, evidenciado por formação de sulcos nas encostas 
cultivadas e nas laterais das estradas (THOMÉ et al., 1999). 
5.4 GEOLOGIA 
A cidade de Chapecó está inserida dentro da Formação Serra Geral, pertencente ao 
grupo geológico denominado São Bento, constituída basicamente por rochas vulcânicas 
oriundas do vulcanismobasáltico que alcançou a superfície através de fendas existentes na 
crosta durante o Juro-Cretáceo. A sequência vulcânica inclui ainda rochas de composição 
ácida (dacitos, riodacitos e riolitos), que aparecem somente no município de Chapecó 
(THOMÉ et al., 1999). 
10 
 
5.5 HIDROGRAFIA 
 
Chapecó possui quatro lajeados e sangas que cruzam a cidade, sendo eles: Lajeado 
Passo dos Índios, Sanga Iracema, Sanga Bela Vista e Lajeado Santa Maria. Todos eles 
desembocam no Lajeado Taquaruçu e fazem parte da Bacia do rio Uruguai, para onde as 
águas seguem após cortar a cidade de Chapecó. (CAGLIARI; PASSOS, 2018). 
A cidade encontra-se sobre duas microbacias: a microbacia do lajeado Passo dos 
Índios tem a ocupação urbana totalmente consolidada e, repetindo processo de crescimento 
urbano semelhante, a microbacia do lajeado São José, que, apesar de ainda manter 
características paisagísticas e ambientais originais, vem sofrendo grandes transformações em 
razão do crescimento e expansão da área urbana (CAGLIARI; PASSOS, 2018). 
5.6 VEGETAÇÃO 
 
A área está inserida na formação do tipo Floresta Estacional Decidual. A formação da 
Floresta Estacional Decidual, popularmente conhecida como floresta caducifólia, uma das 
características predominantes é a queda das folhas durante o período seco e frio 
(INSTITUTO ESPINHAÇO, 2021) . Predomina vegetação arbórea densa baixa, e de dossel 
uniforme (CORALX UFSM, 2021). A ocorrência da Floresta Estacional Decidual está 
relacionada com regiões que possuem precipitação atmosférica inferior a 1.600 mm anuais, 
com alta sazonalidade, com período de 5-6 meses com volume mensal de chuvas inferior a 
100 mm (GASPER, et al., 2013 apud PRADO & GIBBS, 1993). 
11 
 
 
Figura 4. Ambiente com a presença de um remanescente da floresta estacional 
decidual, nota-se a perda de folhagens na vegetação. 
Fonte: Agência Embrapa de Informação Tecnológica, 2021. 
6 PROBLEMA ENCONTRADO 
6.1 DIAGNÓSTICO 
 
Constata-se alguns problemas que foram observados na propriedade, como i) 
Presença da espécie Hovenia dulcis, espécie exótica e invasora, que está em local 
inadequado, em Áreas de Preservação Permanente, e também Reserva Legal, nesses casos, a 
presença ou até mesmo plantio são proibidos por lei, de acordo com o Código Florestal 
Brasileiro (Lei 12.651, de 2012). ii) Não há nenhuma fonte de controle para evitar a 
dispersão e perpetuação da espécie. iii) A espécie possui um forte caráter invasivo, devido a 
elevada dispersão de sementes, e a alta oferta das mesmas a fauna nativa, com isso os agentes 
dispersores auxiliam a espécie no desenvolvimento do processo de invasão. iv) Em 
decorrência da propriedade encontrar-se localizada numa encosta, após a retirada da espécie 
invasora, há alto risco do solo sofrer erosão. 
Após o diagnóstico, serão conduzidas técnicas para possibilitar a recuperação da área, 
que atualmente encontra-se perturbada e com baixo potencial de resiliência para conduzir a 
12 
 
regeneração natural. O principal fator limitante para a regeneração natural, é a presença da 
espécie Hovenia dulcis. 
6.2. FATORES DIFICULTANTES DO PRAD 
 
Dentre eles, estão: i) Supressão da espécie invasora, que no momento da retirada irá 
ocasionar um impacto negativo na paisagem, e em todo o ecossistema presente. ii) A 
supressão da mesma de acordo coma legislação vigente. iii) Posterior controle da regeneração 
de indivíduos da espécie. 
7 IMPLANTAÇÃO DAS TÉCNICAS E MONITORAMENTO 
7.1 REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA 
 
De acordo com a Lei n° 12.727, de 17 de outubro de 2012, a propriedade em questão 
deve adequar-se à legislação de acordo com sua classificação, sendo ela considerada uma 
pequena propriedade rural por conter menos de um módulo fiscal (<20 hectares). Para essa 
propriedade é obrigatória a existência das Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva 
Legal (RL). De acordo com a classificação da propriedade, na sua APP se enquadra a 
encosta, e se estas estiverem sem florestas deverão ser recuperadas. A Reserva Legal deve 
representar 20% da propriedade, sendo essa área recomposta por espécies nativas, alguns 
manejos são toleráveis nas áreas de RL. Com base nisso essa propriedade em questão como 
apresenta no total 12 hectares, a sua Reserva Legal deverá ter 2,4 hectares de mata ou 
recuperar a floresta até que este limite seja alcançado. 
Em função do cenário exposto no parágrafo anterior, no primeiro momento, deve ser 
realizada a inscrição da propriedade de no Cadastro Ambiental Rural (CAR), decreto 
n°2.219, de 03/06/2014, inicialmente com a identificação dos aspectos legais e produtivos, à 
área em questão é considerada não consolidada, após isso, o representante legal da área 
deverá assinar o termo de compromisso, ter em mão o projeto de recomposição das áreas 
degradadas, e as cotas de Reserva Legal (CRA). A regularização ambiental desse imóvel será 
baseada no Programa de Regularização Ambiental (PRA), decreto n° 402 de 21/10/2015, 
vigente no estado de Santa Catarina. Os possuidores, que no caso é a justiça do estado de 
Santa Catarina, devem: i) Suspender, qualquer atividade em área de Reserva Legal, 
juntamente com o início da recomposição da mesma. ii) Recuperar as Áreas de Preservação 
13 
 
Permanente, de acordo com a Lei n° 12.651/2012. iii) Optar por meios conjuntos ou isolados, 
de recuperar a área. 
 
7.2. ISOLAMENTO DA ÁREA 
 
 No primeiro momento que antecede a implantação das técnicas de restauração, deve-
se instalar barreiras físicas, no caso, cercas, para impedir a entrada de novos agentes 
causadores de degradação, como animais de grande porte. Entrada de invasores, e também a 
utilização indevida dos recursos presentes na área (UNIEDU, 2021). 
 
Figura 5. Modelo sugerido de cerca para instalação na propriedade. 
Fonte: Chaves na mão, 2018. 
7.3. RETIRADA DA Hovenia dulcis DA ÁREA 
 
Como a espécie também está presente nas Áreas de Preservação Permanente e de 
Reserva Legal, devemos recorrer a legislação vigente para a retirada da mesma desses locais, 
dessa forma tomaremos o uso da Instrução Normativa do IMA, portaria n° 20/2020, de 
16/01/2020, art. 5°, que refere-se a tomada de prioridade a remoção, controle e erradicação de 
indivíduos da espécie em ecossistemas naturais, vegetação nativa, áreas de preservação 
permanente e unidades de conservação, pelos proprietários e também pelos usuários do 
imóvel, ou área (IMA, 2020). 
14 
 
 O IMA estabelece também no primeiro parágrafo, que a remoção deve ser realizada 
no prazo de até dois anos a partir da publicação, já no parágrafo segundo, instrui-se que os 
controles para rebrota devem ser conduzidos num intervalo periódico de no máximo dois 
anos. Já o parágrafo terceiro, deixa explícito que a erradicação de indivíduos, e destruição do 
banco de sementes, deve ocorrer num prazo mínimo de cinco anos. Devemos nos atentar, no 
parágrafo quarto, que estabelece que a retirada dos indivíduos deve ser feita mediante 
autorização do órgão ambiental competente. O art.6 estabelece o prazo máximo de 10 anos 
para a erradicação de Hovenia dulcis (IMA, 2020).Os seguintes métodos foram empregados 
no controle da uva-do-japão: 
Anelamento 
Retira-se uma camada da casca do indivíduo, de aproximadamente 3 cm de 
profundidade, e 50 cm de altura, com o auxílio de um facão. O anelamento poderá ser 
empregado apenas em grandes indivíduos, e em locais com maiores declividades, isso porque 
busca-se minimizar o impacto sobre a regeneração nativa, e não deve ser utilizado em locais 
de acesso à área (MALMANN, 2018). De acordo com Carvalho, 1981 apud Turra, 2013, 
espera-se que o anelamento apresente resultados significativos após um ano da sua 
realização, e que a taxa de mortalidade possa atingir 76%. 
 
Figura 6. Realização do corte na casca do indivíduo. 
Fonte: Turra, 2013. 
Abate 
15 
 
Consiste na retirada de indivíduos por meio do uso de motosserra, o cortedeve ser 
realizado a aproximadamente 10 cm de altura do solo. Para indivíduos jovens e recém 
emergidos, indica-se o corte, para a retirada total dos indivíduos por meio de técnicas 
mecânicas da uva-do-japão, não se indica o corte, roçada ou arranquio, devido ao alto custo 
com maquinários que será empregado, e leva-se em consideração que esse método exige 
alguns anos para que todos os indivíduos sejam retirados da propriedade, além, do grande 
impacto físico que causará na regeneração natural (MALMANN, 2018). O método de abate 
pode atingir a eficácia de apenas 50% do controle, porém, pode ser reaplicado quando há 
brotação e imersão de novos indivíduos (TURRA, 2013). 
 
Figura 7. Corte sendo realizado a 10 cm de altura do solo. 
Fonte: Turra, 2013. 
Abate + aplicação de Piroclam (2%) 
Primeiro realiza-se o abate dos indivíduos com motosserra, em seguida faz-se um 
corte na parte superior do tronco, com o auxílio de um machado, e posteriormente aplica-se 
herbicida. O herbicida indicado para o controle da uva-do-japão foi o Piroclam. A calda deve 
ser preparada diluindo 200 ml de Piroclam, em 10 L de água, com o auxílio de um 
pulverizador costal. o aplicador deve seguir todas as instruções fornecidas pelo fabricante, e 
ressalta-se a obrigatoriedade do uso de EPI’s. Segundo Turra, 2013, esse método conseguiu 
atingir a eficiência de 100% do controle dos indivíduos, após 240 dias da realização do 
mesmo (TURRA, 2013). Esse formato, permite com que somente a espécie alvo seja afetada, 
16 
 
não expondo outros indivíduos ao herbicida, é indicado para indivíduos jovens e adultos 
(MALMANN,2018). 
 
Figura 8. A- Abate. B- Corte no formato de cruz na parte superior do tronco. C- Aplicação 
de herbicida, com uso de EPI’s. D- Toco após a aplicação de herbicida. 
Fonte: Turra, 2013. 
7. 4 NUCLEAÇÃO 
A nucleação é uma proposta de criar pequenos habitats (núcleos) dentro da área 
degradada de forma a induzir uma heterogeneidade ambiental, propiciando ambientes 
distintos no espaço e no tempo (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 2010). Esses 
núcleos têm o papel de facilitar a ocupação dessa área por outras espécies. Nesses núcleos há 
incremento das interações interespecíficas, envolvendo interações planta-planta, plantas-
microorganismos, plantas-animais, níveis de predação e associações e os processos de 
reprodução vegetal, como a polinização e a dispersão de sementes. Assim, a partir desses 
núcleos, a vegetação secundária se expande ao longo do tempo e acelera o processo de 
sucessão natural. (EMBRAPA, 2021). 
7.4.1 Transposição de Solo 
Os eventos de degradação do solo, fazem com que o mesmo sofra intensas 
modificações na sua composição química, física e estrutural, um dos grandes fatores que 
podem retardar o processo sucessional de restauração, é a perda de matéria orgânica da matriz 
17 
 
do solo, sendo assim, a transposição de pequenas quantidades de solo não degradado, irá 
representar uma grande probabilidade de recolonização de diversas espécies de 
microrganismos, propágulos de espécies vegetais pioneiras das camadas mais profundas até a 
superfície, fragmentos de raízes com potencial de rebrota, fungos microrrízicos, minhocas, 
entre outros. A técnica consiste na retirada da camada superficial do solo, que contém 
serapilheira de uma área que possua uma sucessão mais avançada para o transporte e 
deposição numa área que esteja degradada, a fim de incentivar a restauração natural por meio 
dos propágulos já existentes no material transferido (SOUSA, 2017). 
Área doadora 
 Às áreas selecionadas basearam-se na presença de fragmentos de mata nativa, 
possuíam a mesma fitofisionomia presente na área de objetivo de implantação, optou-se pela 
seleção de cinco áreas diferentes para a transposição de solo, essas cinco áreas possuíam 
vegetação em estágio sucessional avançado. As áreas selecionadas estão descritas no mapa, 
de acordo com a presença de remanescentes da Floresta Estacional Decidual. 
 
Figura 9. Áreas onde foram coletadas amostras de solo. 
Fonte: Observatório Nacional da Universidade Federal da Fronteira Sul, 2021. 
18 
 
Em cada ponto foi realizada a coleta da camada superficial do solo + serapilheira com 
profundidade de 15 cm, medindo 1 m² (UNIEDU, 2021). Esse material foi depositado em 
sacos de náilon, e transportados ao local da restauração. Já no local, realizou-se a limpeza 
prévia da cobertura do solo, e retirou aproximadamente 15 cm de profundidade do solo, e 
prontamente, o solo que foi transposto foi depositado. Na figura seguinte, é possível 
compreender os processos que ocorreram posteriormente à escolha dos locais. 
 
 
Figura 10. Esquematização do processo de transposição do solo. A- Demonstração da coleta 
do solo, juntamente com o ensacamento. B- Solos ensacados. C-Deposição dos solos na área 
a ser restaurada. 
Fonte: UNIEDU, 2021. 
7.4.2 Transposição de Chuva de Sementes 
 
A chuva de sementes consiste no conjunto de sementes dispersadas em um 
determinado local. Ela é de extrema importância, pois pode possibilitar às espécies 
alcançarem novos locais potencialmente exploráveis para seu estabelecimento. As 
características da chuva de sementes dependem da proximidade da fonte de diásporos 
19 
 
(unidade de dispersão que abriga o embrião, tais como os frutos), das características dos 
diásporos e da ação dos vetores de dispersão (HARPER, 1977). Pode ser classificada de 
acordo com a origem dos diásporos, podendo ser alóctone, quando os diásporos são 
provenientes de outras áreas; ou autóctone, quando os diásporos que chegam ao local são 
originados da própria área (SOUZA, 2010). 
Uma alternativa para buscar a diversidade de espécies para a região que será 
restaurada é coletar essa chuva de sementes de fragmentos próximos que possuem vegetação 
nativa. A técnica consiste em instalar coletores de sementes em áreas preservadas 
(fragmentos próximos), recolher o material depois de um determinado período de tempo e 
despejar o material em núcleos na área em que se deseja restaurar, proporcionando 
diversidade de espécies e de material genético. As sementes germinarão, ou permanecerão no 
solo até a hora certa de germinar (quebra da dormência) (SECRETARIA DO MEIO 
AMBIENTE, 2010). 
 A captura mensal da chuva de sementes e a deposição desse material na área é uma 
alternativa para a manutenção da fauna, em razão dos recursos alimentares ficarem dispostos 
durante o ano inteiro. A coleta mensal durante o ano todo também garante que diferentes 
espécies sejam coletadas, tendo em vista que as plantas possuem diferentes épocas de 
frutificação (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 2010). 
Para a instalação dos coletores, serão estabelecidas 5 parcelas com 5 coletores cada, 
com no mínimo 10 metros de distância entre eles, totalizando 25 coletores. É importante que 
os coletores mantenham-se o mais distante possível buscando abranger a maior diversidade 
de espécies e variabilidade genética. 
Os coletores que serão utilizados consistem em aspecto de peneiras com 50 cm de 
diâmetro e 30 cm de altura, os quais serão colocados diretamente sobre o solo e fixados com 
auxílio de estacas de madeira ou amarrados nos troncos das árvores dependendo do local de 
instalação. A altura de 30 cm dos coletores foi adotada com intuito de diminuir a predação de 
sementes, pois coletores baixos podem ter seu conteúdo alterado pela remoção de diásporos 
por animais (GALETTI et al. 2006). Na parte externa de cada coletor será aplicada uma 
camada de graxa, com o objetivo de evitar o acesso de formigas e outros animais, e a 
predação ou remoção das sementes, conforme adotado por Souza (2010). 
20 
 
 
Figura 11. Coletor instalado em vegetação nativa 
Fonte:Prosul/SC 
Área doadora 
 A área a ser escolhida como doadora do banco de sementes deve possuir 
características similares de vegetação e quanto às condições edáficas e climáticas. Além 
disso, a área deve estar em estágiosucessional avançado. Sendo assim, as áreas definidas 
como doadoras serão próximas às áreas de coleta de solo. 
 
7.5 MANUTENÇÃO E MONITORAMENTO 
 
Toda ação de restauração deve ser monitorada e manejada conforme seus resultados. 
O monitoramento indicará se a técnica escolhida foi adequada e se está bem conduzida. Após 
a avaliação, uma nova tomada de decisão pode ser necessária. Por isso, recomenda-se que a 
restauração seja feita em etapas, começando por pequenas áreas. O monitoramento permite 
analisar se a técnica empregada está desencadeando a regeneração necessária para o retorno 
da vegetação nativa. A qualidade do solo e a estrutura, diversidade e composição da 
vegetação são características comumente avaliadas em um monitoramento de restauração 
ecológica, e são capazes de predizer o sucesso da recomposição da vegetação (EMBRAPA, 
2021). 
A Secretária do Meio Ambiente (2011), indica que devem ocorrer nos meses 0, 6, 12, 
24 e 36 o monitoramento e avaliação. Buscando uma maior eficiência dos métodos na área de 
restauração, haverá acompanhamento semestral no primeiro ano, fazendo o coroamento de 
1m a 1,5 m de diâmetro do núcleo, se necessário fazer a limpeza manual das espécies como 
21 
 
Hovenia dulcis e outras exóticas dentro do núcleo para evitar invasão na área de APP, avaliar 
diversidade de espécies vegetais, a presença de pequenas mudas (plântulas) e as espécies em 
floração e em frutificação. No segundo e terceiro ano, terá parcela com o tamanho fixo de 
100m2, com 25m de comprimento e 4m de largura. Para montagem da parcela, recomenda-se 
que primeiramente seja definida com uma trena a linha amostral, e na sequência a largura da 
parcela seja fixada em 2 metros para cada lado da linha amostral (SECRETARIA DO MEIO 
AMBIENTE, 2015), para fazer a observação de indícios de ocorrência de fauna como fezes 
de aves, fezes de mamíferos, pegadas, tocas, ninhos, insetos, presença de polinizadores 
potenciais, sinais de herbivoria, entre outros. Muito importante ressaltar o envolvimento do 
proprietário da área. 
7.5.1 Monitoramento da Transposição da Chuva de Sementes 
A coleta pela chuva de sementes será monitorada mensalmente, no período de 1 ano. 
Cada amostra recolhida será acondicionada em sacos, identificada e colocada para secar em 
temperatura ambiente em pleno sol. O material coletado passará por um processo de seleção, 
no qual os diásporos serão separados manualmente de outros materiais que entrarem nos 
coletores (galhos, folhas, resíduos). Em seguida, será classificado e quantificado (SOUZA, 
2010). 
8 CRONOGRAMA 
Quadro 1. Cronograma de implantação do PRAD. 
 
Fonte: Os autores, 2021 
22 
 
9 CUSTOS 
 
Quadro 2. Custos de implantação do Projeto de Recuperação de Área Degradada. 
 
Fonte: Os autores, 2021 
CONCLUSÃO 
 O presente projeto técnico pretende recuperar 100% da área de encosta da cidade de 
Chapecó-SC, atendendo os requisitos do licenciamento ambiental. Com a transposição de 
solo, será possível reintroduzir diversas populações de espécies da micro, meso e macro 
fauna e flora do solo, contribuindo assim para a reestruturação do solo e a ciclagem de 
nutrientes, assim mantendo a sustentação da vegetação. 
 O controle das espécies invasoras, no caso, a Hovenia dulcis, será monitorado durante o 
tempo previsto no planejamento. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
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