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ENTOMOLOGIA – RESUMO Entomologia básica Entomologia aplicada Morfologia Agrícola: insetos pragas e seu controle Fisiologia Veterinária: insetos transmissores de doenças em animais domésticos Ecologia Medicina: inseto transmissores de doenças ao homem Sistemática Industrial: produção e comercialização de produtos uteis fornecidos pelos insetos Sugrupos: importância ecológica (27%), fitófagos (23%) e inimigos naturais (50%) · Danos causados pelos insetos às plantas: depende de fatores como espécie, densidade populacional, estádio de desenvolvimento (fase jovem, adulto), estado fenológico (fase vegetativa, reprodutiva), estrutura vegetal atacada (raiz, caule, folha, fruto), duração do ataque, tipo de ataque (externo, interno, direto, indireto). Dano direto: atacam o produto a ser comercializado. Dano indireto: atacam estruturas vegetais não comercializadas, mas alteram o processo fisiológico. Nível de dano econômico (NDE): densidade da população capaz de causar perdas iguais ou maiores que o custo de produção Nível de controle (NC): densidade pop. na qual medidas de controle devem ser tomadas para evitar prejuízos econômicos. Nível de equilíbrio (NE): densidade média da pop. do inseto durante longo período de tempo, na ausência de mudanças permanentes do ambiente. - Cálculo NDE (% de perda mínima na produção): depende da densidade populacional, injúria, danos ou perdas de produção, métodos de controle adotados NDE = (Ct. 100)/V Ct = custo de controle por unidade de produção (Ex.: R$ /ha) V = valor da produção por unidade de produção (Ex.: R$ /ha) O entomologista agrícola deve estabelecer um processo lógico de trabalho: Detecção: verificar danos, injúrias e/ou presença de insetos Identificação correta: informações sobre biologia e morfologia Avaliação de danos: extensão da área/plantas atacadas (perda de produção, corrigir o planejamento e determinar a tomada de decisão) Tomada de decisão e escolha do(s) método(s) de controle Avaliação do controle adotado: eficiência, custo e retorno Planejamento prévio para coleta de insetos: Água, repelente, roupas adequadas, comida, ferramentas necessárias (cavadeiras, enxada, facão, chibanca), GPS, pranchetas, medicamentos (em especial antialérgicos); - Cuidado especial com animais peçonhentos (cobras, aranhas); - Sempre avisar sobre o local de coleta, evitando imprevistos e permitindo que o socorro chegue mais rápido; - Cada unidade amostral deve ser disposta sistematicamente na área escolhida. Coletas ativas Coletas passivas Pinças e pinceis Armadilhas sem atrativos Álcool (70%) Armadilhas interceptadoras de vôo Manta entomológica “Pitfall” (sem uso de iscas) Vidros letais Funil de Berlese Triângulo de papel Armadilhas com atrativos biológicos, químicos ou físicos (seletivas) Material para etiquetagem Armadilha com Álcool etílico Rede entomológica (puçá) Armadilha Sonora (cigarras) Aspirador de tubo e sucção costal Pano para coleta de insetos noturnos Guarda-chuva entomológico Armadilha luminosa (hipótese: luminosidade da lua utilizada pelos insetos no ciclo reprodutivo) Pano de amostragem Bandejas coloridas e placas adesivas Exige operador, utilizados em amostragens diretas e em contagens totais (manuais), difíceis de replicar (diferentes padronizações). Exige operador, usados em amostragens diretas e em contagens totais (manuais), difíceis de replicar (diferentes padronizações). · MORFOLOGIA EXTERNA DOS INSETOS Identificação dos insetos: fundamental para solucionar qualquer problema entomológico na agricultura, possibilitando a obtenção de toda a informação bibliográfica sobre o mesmo (época de ocorrência, prejuízos, importância econômica, ciclo biológico, distribuição) · Heteronomia (corpo dividido em partes distintas: cabeça, tórax e abdome); · Exoesqueleto quitinoso; · 1 par de antenas; · 2 olhos compostos; 1 a 3 ocelos; · Ectognatos (peças bucais fora da cavidade bucal); · Hexápodos (3 pares de pernas); · 1 ou 2 pares de asas ou ausentes; · Abdome com 6 a 11 segmentos. Cabeça: Sensorial (olfato, gustação, tato e audição), equilíbrio e auxílio na cópula. Há um centro sensorial formado por apêndices fixos (olhos compostos e ocelos) e móveis (antenas e peças bucais). Sulco: invaginação do mesmo esclerito (comum na cabeça dos insetos) Sutura: delimita a fusão de dois escleritos Membrana: parte flexível que delimita dois ou mais escleritos Apódema: invaginação em um único ponto do esclerito Invaginação do tegumento: formação de processos internos chamados apódemas, que unidos forman o tentório - “endoesqueleto” na região da cabeça. Carena: evaginação do tegumento (dobradura em alto relevo). Olhos compostos: formação de imagens (algumas cores); ocelos: fotorreceptores Dimorfismo sexual nas antenas: Tamanho: machos geralmente mais desenvolvidas; Tipo: machos e fêmeas têm antenas de tipos diferentes; Inserção: machos e fêmeas têm antenas inseridas em extremidades diferentes; Número de antenômeros: podem variar entre machos e fêmeas. Aparelhos bucais: · Mastigador (mais primitivo e comum) Epifaringe: gustativa; Labro: proteção e manutenção dos alimentos (cima e baixo); Mandíbulas: trituradora, cortadora, perfuradora, modeladora, transportadora, defesa; Hipofaringe: gustativa, tátil, canal salivar; Maxilas: mastigadora; Palpos maxilares: sensorial; Lábio inferior: tátil e retenção de alimentos. · Mastigador-lambedor OU lambedor: abelhas e mamangavas Lacínia + gálea (maxila) = bainha; lábio inferior = órgão lambedor · Sugador-maxilar: borboleta · Sugador-labial pungitivo (tetraqueta) ou sugador-picado: percevejos, cigarras, cigarrinhas, cochonilhas, pulgões · Sugador-labial pungitivo (triqueta) ou sugador-picador: maioria das moscas Persistência do mesmo tipo de aparelho bucal nas formas imaturas (larvas e ninfas) e nos adultos: Menorrinco: tipo sugador tanto na ninfa como no adulto (Hemiptera, Thysanoptera, Anoplura). Menognatos: tipo mastigador nas larvas e nos adultos (Orthoptera, Coleoptera, Isoptera, Blatodea, Neuroptera, Dermaptera, Mantodea, etc). Metagnatos: nas larvas é mastigador e nos adultos sugadores (Diptera) ou lambedor (Lepidoptera, Hymenoptera). Direção das peças bucais: de acordo com a direção assumida pelas peças bucais em relação ao eixo longitudinal do corpo, a cabeça pode ser: Toráx: Protórax Mesotórax Metatórax Noto ou tergo Pronoto Mesonoto Metanoto Pleura Propleura Mesopleura Metapleura esterno Proesterno Mesoesterno Metaesterno Constituição de um segmento torácico (escleritos): tergo, pleura e esterno Pernas: locomoção, escavar o solo, capturar e coletar alimentos, sensorial, limpeza, comunicação. Fase adulta: 6 pernas (hexápodes) e nas larvas o nº é variável. - Heterônomos: fórmula tarsal 5-5-4; homômeros: fórmula tarsal 5-5-5 - Tipos: ambulatórias, saltatórias, natatórias, prensoras, raptadoras, fossoriais e coletoras. Asas: Nervuras e células de uma asa típica (Comstock-Needham): - Nervuras: expansões das traqueias enrijecidas. Nervuras transversais: h: humeral, r: radial, s: setorial, r-m: radial mediana, m-cu: médio-cubital cu-a: cubital-anal - Tipos: Membranosa coberta por escamas, hemiélitro, élitros, halteres, franjadas. Abdômen: centro das funções viscerais, reprodutivas e movimentos respiratórios. Segmentos pré-genitais ou viscerais: fusão ao metatórax. - Urômeros 1-7 nas fêmeas e 1-8 nos machos Segmentos pós-genitais: epiprocto e paraprocto, ânus. - Urômeros 10-11 Segmentos genitais: abrange segmentos que guardam o aparelho reprodutor, a abertural anal e o ovipositor (valvas). - Urômeros 8-9 nas fêmeas e 9 nos machos Apêndices abdominais: geralmente desaparecem com a eclosão da larva (ou ninfa). - Estilos abdominais: locomoção e suporte ao abdome - Cercos: sensorial, cópula e preensora (tesourinhas) - Estilos: sensorial (machos de baratas, louva-a-deus). - Sifúnculos: liberar feromônio de alarme. Abdômen quanto sua ligação com o tórax: livre (1) séssil (2) ou pedunculado (3) · MORFOLOGIA INTERNA E FISIOLOGIA: ·Respiração por traqueias ramificadas · Sistema nervoso com gânglios · Circulação aberta, coração dorsal · Órgãos sensitivos: 2 olhos compostos, 1-3 ocelos, pelos tácteis, quimiorreceptores · Sistema digestivo completo e excreção por tubos de Malpighi · Estrutura geral Estomodeu (anterior): revestido por cutícula, tem como função ingestão, armazenamento, moagem e transporte até o int. médio. Formado por: Faringe: musculatura bem desenvolvida - ingestão e passagem posterior do alimento Esôfago: junção da faringe e do papo Papo ou inglúvio: alimento armazenado sob ação de enzimas Proventrículo: rugas ou dentes quitinosos para a trituração Válvula cardíaca: impedir o retorno do alimento do mesêntero para o estomodeu Mesêntero (mediano): responsável por produzir e secretar enzimas digestivas e absorção dos produtos da digestão cecos gástricos e ventrículo. Cecos gástricos (2-8): manter bactérias e microrganismos, produtores de enzimas e vitaminas. Ventrículo: produção de enzimas digestivas e assimilação de substâncias. Proctodeu (posterior): responsável pela reabsorção de H2O, sais e moléculas e pela eliminação das fezes pelo ânus. Formado por íleo e cólon, reto e ânus. Glândulas retais: reabsorvem H2O e nutrientes essenciais Anexos do sistema digestório Glândulas salivares: localizados na cabeça e no tórax, têm como funções: · Auxiliar na digestão (enzimas); · Umedecer os alimentos; · Limpeza das peças bucais; · Impedir a coagulação de sangue (hematófagos). Câmara filtro: possibilita o excesso de H2O e moléculas pequenas (açúcares simples) → passe rapidamente da porção anterior do intestino médio (tubos de Malpighi) e evita a diluição da hemolinfa. · Modo de ação de inseticidas (OMOTO, 2000) Fagoestimulantes (+): induzem e/ou estimulam os insetos a se alimentar. Ex.: glicose, sacarose, frutose, maltose etc. Fagodeterrentes (-): impede que o inseto continue a se alimentar. Ex:. taninos, nicotina. Bacilus tunigienses: 1) Inseto ingere proteínas Cristal Cry 2) Toxinas solubilizadas em pH alcalino (> 9,5) do trato intestinal 3) Toxinas são clivadas por proteases intestinais: fragmentos ativos 4) Fragmentos se ligam a receptores específicos (epitélio) 5) Deforma as células epiteliais do intestino médio e desintegra a membrana microvilar 6) Interrompe alimentação e morre (septicemia) · Sistema excretor Tubos de Malpighi: localizado entre o intestino médio e o posterior: extremidade distal fechada e a basal aberta, no início do proctodeu, responsável pela homeostase (remoção de produtos indesejáveis do metabolismo, (difusão) na hemolinfa, principal/ ácido úrico (uricotélicos) e pela manutenção do equilíbrio hídrico e iônico da hemolinfa. · Sistema circulatório: aberto ou lacunar, constituído de vaso dorsal dividido em duas regiões aorta (anterior) e “coração” (posterior); “Coração”: formado por válvulas com aberturas laterais (ostíolos), responsável por: - Transporte de nutrientes, hormônios, produtos de excreção (catabólitos) - Pressão hidrostática para promover a mudança de tegumento; - Locomoção; - Resistência à patógenos e parasitos, e injúrias físicas (encapsulação); - Congelamento (aminoácidos). Hemolinfa: formado por fluido (células - hemócitos e plasma - regulação da pressão osmótica e proteção ao frio). Os hemócitos e o plasma estão relacionados com o transporte de O2 e CO2 na maioria das espécies. Cor: amarelo, azul, verde e raramente vermelho. A Hemolinfa está na hemocele e não banha diretamente as células devido a membrana basal. · Aparelho Respiratório: Espiráculos: entra ar O2 e sai ar CO2, abertura externa: 2 pares (pro ou meso e metatórax) e 8 pares no abdômen; Traqueias e traquéolas (tenídios): condutos de ar; Traquéolas: célula terminal (anastomose), onde partem canalículos de menor Ø. Fluído traqueolar: líquido contido nas traquéolas → O2 às células; Sacos aéreos (sem tenídios): traqueias dilatadas para armazenar ar O2; Tenídio: quitina; manter a traqueia distendida para o fluxo de ar. Responsável pela respiração; - Expansão do volume corporal após a muda (ingestão de ar); - Papel no voo (↑ volume O2 para os músculos alares); - Controle de gases (perda de vapor de H2O) e subst. tóxicas (intoxicação por gases). · Sistema nervoso e órgãos dos sentidos: os organismos vivos respondem a estímulos internos e externos modificando o comportamento. Integra o sistema sensorial externo (busca de alimento) e informações fisiológicas internas (desenvolvimento → atitudes comportamentais → procura de parceiro sexual) Sistema nervoso central: 1 cérebro (cabeça) conectado por um par de nervos ao redor do estomodeu a uma série de gânglios da cadeia nervosa ventral dupla. Cérebro: três pares de gânglios fundidos (protocérebro - lobos ópticos, deuterocérebro - nervos antenais e tritocérebro: demais partes do corpo) Gânglios: agregação de neurônios (altamente especializados: sensação, condução, coordenação) Células gliais (1-2): proteção, suporte e nutrição dos neurônios Corpo celular: mitocôndrias, complexo de Golgi e retículo endoplasmático Tipos de neurônios de insetos: nº de dendritos Tipos de neurônios de insetos: local para onde dirige-se a mensagem Sensorial ou aferente: carrega informações dos órgãos do sentido e as leva ao centro de coordenação nervosa Motor ou eferente: parte do SN e leva os impulsos aos músculos (contração) Associado: dentro do centro de coordenação (integra os anteriores) Nervos: aglomerado de neurônios envolvidos em uma bainha conjuntiva Comissuras: desapareceram insetos atuais - fusão gânglios embrionários Estrutura de um gânglio: Lamela neural: semipermeável (íons) – Na+, K+, Clb) Perinêurio: tecido gorduroso (armazenar glicogênio; tem mitocôndrias) ↑ atividade metabólica Córtex (central): corpo celular e células gliais (ao redor dos axônios) Neurospôngio: dendritos de neurônios motores, corpo celular e axônios de neurônios associados e axônios de neurônios sensoriais Lamela neural, perinêurio e células gliais: homeostase SN: manutenção do fluido, suporte, transporte e armazenamento de nutrientes nos neurônios; remoção de substâncias exógenas, íons e transmissores dos espaços extracelulares ao redor do neurônio Organização geral: Sistema Nervoso Central (SNC): cérebro, gânglio subesofagiano e gânglios torácicos e abdominais. Neurofisiologia: respiração (abertura traqueias), locomoção (pernas, asas) Visceral (Simpático): inerva órgãos internos (vida vegetativa): tubo digestório, vaso dorsal, traqueias da cabeça, órgãos reprodutores etc. Periférico: nervos que deixam ou chegam ao SNC para inervar músculos ou órgãos dos sentidos (asas, pernas, olhos, antenas). Transmissão do impulso nervoso: Maneira elétrica: transmissão axônica (longo da célula) principais íons: Na+, K+, Cl, Na - Membrana impermeável a Na+ [↑] exterior (polarizada) permeável a K+ [↑] interior - Fecham-se canais K+ e abrem-se Na+ (despolarização) - Repolarização: Bomba Na-K Maneira química: transmissão sináptica (sinapse) Sinapse: fenda que separa dois neurônios. Neurotransmissor excitatório: acetilcolina e neurotransmissor inibitório: GABA (ácido γ-aminobutírico) Transmissão do impulso: · Grupos de inseticidas por modo-de-ação - Bloqueiam os organismos por processo fisiológico ou bioquímico - Maior seletividade a organismos não-alvos e menor persistência - Resistência · Neurotóxicos: atuam na transmissão sináptica Inibidores da enzima acetilcolinesterase: hiperexcitação do SN (síndrome colinérgica): mamíferos ↑ secreções glandulares, ↑ peristaltismo, dificuldade para respirar, ↑ tóxicos, ↑ biodegradáveis, não acumulam em tecidos animais e gordurosos Ex: organofosforados - Orthene, Tamaron, Azodrin, Folidol, Neguvon, Sintomas surgem mais cedo, razoavelmente biodegradáveis, não acumulam em tecidos animais e gordurosos Ex.: carbamatos - Temik, Furadan, Marshal, Sevin, Baygon Ambos ligam-se à acetilcolinesterase, inibindo a sua ação (hidrólise lenta) Agonistas da acetilcolina: atuam como a acetilcolina (imitam), mas não são degradados imediatamente; hiperexcitação. Ex: Neonicotinoides Antagonistasda acetilcolina: competem com a acetilcolina pelos receptores (bloqueiam os receptores nicotínicos) – paralisia. Ex.: cartap Agonistas do GABA: competem com o GABA, estimulando o fluxo de Cl- para o interior da célula nervosa; imobilização e paralisia. Ex.: abamectina e milbemicina. Antagonistas do GABA: contrários à ação do GABA, reduzem a permeabilidade de Cl- hiperexcitação do SNC Ex.: ciclodienos (Thiodan, Endosulfan). Atuam na transmissão axônica: Moduladores de canais de Na: alteram o fechamento normal dos canais de Na+, permitindo um fluxo excessivo para o interior das células nervosas; hiperexcitação; perda de postura locomotora "knockdown" ↓ tóxicos, reações alérgicas, razoável/ biodegradáveis, não se acumulam em tecidos Ex.: piretroides (Decis, Pounce, Karate) e DDT Piretroides tipo I: atividade inseticida ↑ à medida que a Tº ↓ Piretroides tipo II: atividade inseticida ↑ à medida que a Tº ↑ Transmissão axônica: na condição normal, o Na+ entra na célula, desencadeando a transmissão do impulso nervoso. Condição alterada: Na+ continua entrando na célula nervosa, causando impulsos repetitivos, exaustão e morte. Bloqueadores de canais de Na: bloqueiam os canais de Na+, reduzindo a fase ascendente do potencial de ação; paralisia Ex.: oxadiazinas (indoxacarb) Pró-inseticida: precisa ser bioativado por enzimas específicas no trato gastrointestinal do inseto para gerar o metabólito ativo com atividade inseticida · Inibidores da respiração celular Inibidores do transporte de elétrons – MET: ↓ batimentos cardíacos, depressão de movimentos respiratórios e ↓ H2O. Ex: rotenona. Inibidores da síntese de ATP: não há formação de ATP Ex: dinitrofenois (dinocap) Inibidores da ATPase: interferir na respiração? Ex.: propargite e diafentiuron · Reguladores de crescimento de insetos · Outros: origem botânica e microbiana DESENVOLVIMENTO DOS INSETOS, TEGUMENTO E APARELHO REPRODUTOR Geralmente depende do encontro dos dois sexos (sexuada) e da fecundação do óvulo pelo espermatozoide (oviparidade). Reconhecimento do sexo oposto: sonora (cigarras, grilos, esperanças), visual (vagalumes, pirilampos), química (maioria dos insetos – feromônios). Aparelhos reprodutores: Glândulas sexuais pareadas de origem endodérmica: Aparelho reprodutor feminino: Produção de ovos; - Formação de córion e vitelo; - Recepção e armazenamento de esperma; - Coordenação de eventos que leva a fertilização e oviposição. Ovaríolos: 4 a 2400 Ovários: ovidutos laterais: condutos que se unem para formar o oviduto comum: conduto para o ovo ser depositado; Vagina: forma uma estrutura copuladora especial – bolsa copuladora onde o macho deposita seus espermatozoides Espermateca: recebe e armazena os espermatozoides; Glândulas acessórias: fornecimento de material para confecção da ooteca ou secreções para fixar os ovos no substrato. Aparelho reprodutor masculino: produção, armazenamento, transporte e entrega do esperma a fêmea. Testículos: Folículo testicular: variações em número, forma e arranjo, dividido em 4 zonas de desenvolvimento das células reprodutoras: germário (região com células germinativas primordiais – espermatogônios – sofrem multiplicação); zona de crescimento (espermatogônios desenvolvem-se em espermatócitos); zona de divisão e reprodução (espermatócitos tornam-se espermátides) e zona de transformação (espermátides tornam-se espermatozoides) Vasos deferentes: canais pareados que na maioria dos insetos se dilatam para formar as vesículas seminais, onde os espermatozoides se congregam Canal ejaculador: provido de forte cobertura muscular, favorece transferência do esperma para o trato genital feminino; Glândulas acessórias (1-3 pares): fornecem o material necessário para revestimento do espermatóforo. · Principais tipos de reprodução Oviparidade: ovos depositados logo após a inseminação em diversos locais - plantas, solo, água, sobre animais; nº variável de ovos. Ex: Hemiptera, Fulgoroidea Viviparidade: desenvolvimento embrionário completado dentro do corpo da fêmea (deposita larva ou ninfa). Ex: alguns dípteros, Strepsiptera e pulgões Ovoviviparidade: deposição de larvas recém-eclodidas. Ex: Tachinidae Viviparidade adenotrófica: larvas nutridas no corpo da fêmea (“útero”), sendo depositadas como larvas maduras que logo pupam. Ex: Glossina (tsé-tsé) Viviparidade na hemocele: ovos são liberados na hemocele e completam seu desenvolvimento, as larvas escapam e devoram a fêmea Ex: Strepsiptera: endoparasitoides obrigatórios Viviparidade pseudoplacentária: embrião se desenvolve em uma parte da vagina, sendo nutrido por tecidos maternos “placenta”. Ex: Aphididae (pulgões) Partenogênese: ovos desenvolvem-se completamente sem ocorrer fertilização. Obrigatória: pulgões de clima tropical, zangões. Facultativa: óvulos não-fecundados: fêmeas; fecundados: machos e fêmeas (Coccus hesperidium) Tipos de partenogênese: telítoca: apenas fêmeas (pulgões); arrenótoca: apenas machos (zangões) e anfítoca: machos e fêmeas (cochonilhas). Pedôgenese: insetos imaturos possuem ovários funcionais, cujos óvulos desenvolvem-se por partenogênese. Ex: Diptera: Chironomidae e Cecidomyiidae Neotenia: retenção dos caracteres imaturos no estágio adulto; fêmeas adultas - larvas neotênicas que acasalam e depositam ovos no próprio cesto. Ex: Lepidoptera: Psychidae Poliembrionia: vários indivíduos originam-se de um único ovo. Hermafroditismo: os dois sexos presentes no mesmo indivíduo. Partenogênese: machos haploides. Autofertilização ou cópula: machos e fêmeas. Coccoidea: Icerya purchasi · Desenvolvimento: mudança de forma, crescimento em tamanho Desenvolvimento embrionário (fase de ovo): Desenvolvimento pós-embrionário: descontínuo com trocas do tegumento = ecdise (fase final da muda - processo de eliminação do exoesqueleto) - Exoesqueleto abandonado de um inseto ou outro artrópode na ecdise = exúvia - Produção de nova cutícula e perda da velha (crescimento) = muda - Mudança de forma = metamorfose Tipos de metamorfose: Ametabolia: sem mudança de forma, menor tamanho, órgãos reprodutores pouco desenvolvidos. Ex: Thysanura: traça-dos-livros Hemimetabolia: jovem semelhante ao adulto (ninfas), ausência da fase de pupa, ausência de asas / desenvolvimento (tecas alares), órgãos reprodutores imaturos. Ex.: gafanhotos, baratas, percevejos, cigarras, cupins etc. insetos aquáticos (naiádes). Holometabolia: metamorfose completa. Tipos de larva e de pupa pdf · Comportamento associado à metamorfose · Interrupção da alimentação; · Busca de local para pupação; · Proteção do estágio pupal vulnerável: construção de células no solo, casulos de seda ou formação de pupário. · Tegumento · Camada externa dos insetos: interface entre corpo e o meio ambiente; · Barreira contra movimento de íons, agentes entomopatogênicos e substâncias químicas, incluindo inseticidas; · Proteção física para os órgãos internos: sustentação dos músculos e ponto de ligação às pernas, asas e demais apêndices; · Reduz a perda excessiva de água: predominância no ambiente terrestre. · Parede ou revestimento externo do corpo. Conjunto formado por: Membrana basal: camada contínua composta por fibras proteicas, colágeno e polissacarídeos; produzida por plasmatócitos e eventualmente pelas células epidérmicas. - Separa a epiderme da cavidade corporal (hemocele). Epiderme: camada simples de células epiteliais secretoras, de formato colunar, intercaladas com células de diferentes tipos. - Formação da cutícula e produção de enzimas: produção da nova e digestão da velha cutícula. Cutícula: material secretado pelas células epidérmicas e depositado na superfície externa, onde se solidifica para formar o exoesqueleto. Dividida em duas camadas: epicutícula ou cutícula nãoquitinosa (ceras e lipídeos) e procutícula ou cutícula quitinosa (quitina). · Controle da metamorfose e da ecdise Apólise: tempo de retração do tegumento (deposição de nova cutícula) Ínstar: duração de uma retração à seguinte Fase farata: novo estádio envolto pelo velho Ecdise: troca do exoesqueleto “velho” por um “novo” Exúvia: tegumentovelho (epicutícula + exocutícula). Natureza hormonal: glândulas endócrinas (sem duto próprio) produzem hormônios endócrinos Hormônio protorácico-trópico: produzido pelas células neurossecretoras - Armazenado em um par de glândulas retrocerebrais corpos cardíacos Função: estimular as glândulas protorácicas a produzir os ecdisteroides. Ecdisteroides: família dos esteróis, envolvidos na muda (ecdise), ecdisônio: mais comum, produzidos pelas glândulas protorácicas (degeneram no estádio adulto - exceto Apterygota) Estimula eventos na epiderme: apólise, mitose, síntese da cutícula - evita a ecdise. Hormônio juvenil (Neotenim): produzido na corpora allata (cada lado do esôfago), não é armazenado, sendo imediatamente liberado na hemolinfa. - Controle da metamorfose nos estádios imaturos - Regula a maturação sexual e o comportamento (adultos). Bursicônio: responsável pelo endurecimento do novo tegumento. · Aplicações dos reguladores de crescimento dos insetos Modo de ação diferente dos inseticidas convencionais: atuam em sistemas específicos dos insetos (produtos seletivos, baixa toxicidade a mamíferos, custo elevado). Atuam por ingestão (principalmente) e contato. Inibidores da síntese de quitina: diflubenzuron (Dimilin), flufenoxuron (Cascade), triflumuron (Alsystin) e lufenuron (Match). Modo-de-ação: provavelmente inibem a formação da enzima formadora da quitina ou interferem na deposição da cutícula durante a ecdise. Juvenoides: methoprene (Kabat), fenoxycarb, piriproxifen (Cordial). Modo-de-ação: agonistas do hormônio juvenil, insetos permanecem na fase larval, embora já tenham atingido maturidade para a fase adulta. Não utilizar em pragas cuja fase larval é a que causa danos, pois o consumo foliar aumentará com a “idade” da lagarta. Anti-juvenoides (Precocenos): allatostatina, gonadotropina e butóxido de piperonila. Modo-de-ação: antagonistas do H.J, atuam de maneira contrária ao hormônio juvenil, inseto passa para a fase adulta precocemente, este grupo não tem aplicação prática, pois gera compostos que podem causar mutações. Agonistas de ecdisteroides: metoxifenozide (Intrepid), tebufenozide (Mimic). Modo-de-ação: provocam uma aceleração no processo da ecdise ou troca de pele dos insetos, resultando em insetos deformados. TAXONOMIA E BIOECOLOGIA DOS PRINCIPAIS ARTRÓPODES NOS AGROECOSSISTEMAS · Ordem Isoptera (iso: iguais, pteras: asas), região tropical tem maior nº spp Características gerais e identificação: - Exame minucioso do soldado; - Caracteres morfológicos: formato das mandíbulas, antenas (nº de segmentos), pronoto, pernas, e presença e formato da fontanela; - Outros caracteres: formato do ninho, informações sobre comportamento, caracteres do tubo digestório etc. Cabeça: olhos compostos (funcionais para indivíduos alados), operárias e soldados são cegos, mandíbulas bem desenvolvidas principalmente nos soldados. Tórax: protórax bem desenvolvido, pernas ambulatórias, com poucas variações na forma e asas apenas na casta dos reprodutores. Abdome: séssil, desenvolvido e com 10 segmentos, o formato do tubo digestório auxilia na identificação de spp. sem soldado (Apicotermitinae); rainha apresenta abdômen desenvolvido (fisogastria). Castas: Sexuados: ápteros (reis e rainhas) e alados (reprodutores) - Assexuados: ápteros (operários, soldados e formas jovens) · Fundação da colônia: após a revoada e formação do casal (ago - nov). Alados voo de dispersão Descida ao solo pareamento câmara inicial cópula postura: 1as ninfas Colônia de cupins: - Spp. primitivas: rainha coloca cerca de 12 ovos/dia; - Termitidae: rainha pode colocar 7.000 ovos/dia; - Bellicositermes: rainha pode colocar até 1 ovo por seg. - Spp. primitivas: apenas formas sexuadas e soldados, ninfas funcionam como operárias - Spp. derivadas: Anoplotermes, sem soldado, operárias e adultos com longas mandíbulas. - Rainhas primárias: vida de 10 a 20 anos - Rainhas de substituição: longevidade da colônia passa a ser muito grande. - Operárias: cuidar da colônia e a rainha e rei tem a função de reprodução. - Na falta do casal real: preparação de outros indivíduos para a função de reprodução. · Forrageamento e alimentação: - Ativos à noite (na superfície) e de dia (sob o solo); - Alimentam-se de celulose: madeira, restos vegetais e plantas; - Podem cultivar fungo (África); - Trofalaxia: troca de alimento e hormônios entre indivíduos: trofalaxia oral e anal. - Ninhos: subterrâneos (20 cm a mais de 4 m de profundidade); epígeos (montículos ou “murunduns”) ou arborícolas (“cabeça de negro”). Cupins inferiores: protozoários em seu sistema digestório (simbiose obrigatória). Cupins superiores: associados a bactérias para digerir a celulose; possuem uma ampla variedade de especializações sociais (Termitidae). · Ordem Orthoptera: (orthos = reto; ptera = asas) Pernas posteriores saltatórias (separação de outros ortopteróides): baratas, louva-a-deus e bichos-paus Pragas agrícolas: gafanhotos (gramíneas, pastagens, milho), grilos (olerícolas, viveiros de café e eucalipto), paquinhas (hortaliças, viveiros, recém-plantadas), taquarinhas (preferência por dicotiledôneas) Cabeça: fastígio (porção apical do vértice prolongada), olhos compostos desenvolvidos e ocelos presentes (3), vestigiais ou ausentes, aparelho bucal mastigador. Tórax: asas anteriores tégminas e posteriores membranosas ou ausentes, protórax bem desenvolvido, ovipositor bem longo como lâminas (Tettigonnioidea) ou cilíndrico (Gryloidea), abdômen com 11 segmentos - Apresentam tímpanos e orgãos estridulatórios (machos); · Aspectos biológicos - Hábito solitário (paquinhas) ou gregário (grilos, gafanhotos); - Fitófagos, predadores (canibalismo em grilos) ou onívoros (matéria orgânica); - Polimorfismo: gafanhotos ≠ cor (solit. e gregários): ferômonios; - Maioria ovípara, embora ocorra partenogênese facultativa. - Grilos: 2 a 3 gerações/ano e gafanhotos: 8 a 9 instares. - Hemimetabólicos: metamorfose incompleta. · Subordens: Caelifera: antenas curtas (-) 30 segmentos, tímpano 1º segmento abdominal, ovipositor curto. Famílias: Tetrigidae (gafanhotos pequenos com o pronoto extremamente desenvolvido), Ommexechidae, Acrididae (gafanhotos), Romaleidae, Proscopiidae (taquarinhas) Ensifera: antenas longas (+) 30 segmentos, tímpano tíbias anteriores, ovipositor longo. Famílias: Gryllotalpidae (paquinhas), Gryllidae (grilos), Sternopelmatidae, Tettigoniidae (esperanças). · Ordem Neuroptera (neuros: nervura; ptera: asas) Cabeça: Olhos compostos proeminentes, ocelos geralmente ausentes, aparelho bucal mastigador (predadores no geral), antenas moniliformes, filiformes, setáceas ou clavadas Tórax: 4 asas membranosas - Maioria terrestre, mas existem anfibióticos (adultos terrestres e imaturos aquáticos) - Holometabólicos (com pupa, às vezes, em casulo) - Fêmeas com um par de gonapófises (ovipositor). · Famílias Mantispidae: assemelham-se aos louva-a-deus, antenas dilatadas, pernas anteriores raptatórias, ovos em pedúnculos pouco alongados, larvas campodeiformes, predador de ovos de aranhas e larvas de outros insetos. Chrysopidae: geralmente verdes, antenas filiformes, predadores de pulgões. Hemerobiidae: semelhantes aos Chrysopidae, pardos, predadores. Myrmeleontidae: contém maior nº de espécies, semelhantes às libélulas ≠ antenas clavadas bem visíveis, pode haver canibalismo entre as larvas. Ascalaphidae: assemelham-se aos Myrmeleontidae, porém, com antenas mais longas e clavadas, larvas predadoras no solo, camufladas por detritos. · Ordem Hemiptera (hemi: metade; ptera: asas) Asa anterior hemiélitro: Subordem Heteroptera - Tamanho variável: 1 a 100 mm - Fitófagos, predadores ou hematófagos - Terrestres, mas existem percevejos aquáticos (alguns marinhos) - Antenas setáceas com 3-5 segmentos - Asas posteriores membranosas - Escutelo - Aparelho bucal sugador-labial pungitivo (tetraqueta) ou sugador-picador - Rostro articulado - 2 ocelos ou nenhum e olhos compostos bem desenvolvidos - Pernas podem ser do tipo: preensoras, natatórias, fossoriais ou ambulatórias - Apresentam glândulas odoríferas- Reprodução sexuada, maioria ovípara (algumas sp. vivíparas); - Desenvolvimento hemimetabólico - Muitas espécies de importância agrícola, ecológica e alguns de importância médica; · Auchenorrhyncha e Sternorrhyncha Asa anterior tipo membranosa ou tégmina: - Antenas curtas e setáceas – Subordem Auchenorrhyncha; - Antenas longas e filiformes – Subordem Sternorrhyncha - Características gerais: olhos compostos geralmente bem desenvolvidos, 2-3 ocelos, - Aparelho bucal sugador-labial pungitivo (tetraqueta) ou sugador-picador - Pernas ambulatórias, porém em algumas cochonilhas são atrofiadas - Asas posteriores membranosas - Cochonilhas: fêmeas são ápteras e machos são alados; pulgões: fêmeas ápteras e aladas - Reprodução sexuada ou partenogênese telítoca - Reprodução sexuada, maioria ovípara (algumas sp. vivíparas) - Desenvolvimento hemimetabólico - Apresentam orgaos sonoros - Fitófagos: sucção de seiva, injeção de saliva tóxica, transmissão de vírus fitopatogênicos · Principais famílias de Auchenorryncha: Cicadidae (cigarras), Cercopidae (cigarrinhas), Cicadellidae (cigarrinhas), Aetalionidae (cigarrinhas), Membracidae (cigarrinhas), Flatidae (cigarrinhas) e Fulgoridae. · Principais famílias de Sternorryncha: Psyllidae (psilídeos), Aphididae (pulgões), moscas-brancas (Aleyrodidae). · Ordem Coleoptera (coleo: estojo, ptera: asas) · Maior ordem de Insecta com cerca de 40% das spp. conhecidas; · Todos os tipos de hábito alimentar, menos hematofagia. Cabeça: olhos compostos laterais, elípticos ou circulares, ocelos geralmente ausentes nos adultos e presentes nas larvas, antenas com 2-60 artículos e de diferentes formatos, aparelho bucal mastigador, pode apresentar cornos Tórax: prótorax distinto, pernas ambulatórias, fossoriais ou natatórias, heterômeros (5-5-4) ou homômeros (5-5-5), asas anteriores élitros, asas posteriores membranosas - Reprodução sexuada, partenogênese telítoca em Chrysomelidae (fêmeas); - Ovíparos, com espécies ovovivíparas e vivíparas - Algumas espécies podem ter até 15 ecdises. - Holometabólicos · Subordens Archostemata: antenas filiformes. Myxophaga: asa posterior franjada. Adephaga: urosternito basal é dividido em duas partes pelas coxas posteriores, suturas notopleurais presentes, trocânter posterior bem desenvolvido, geralmente predadores. Carabidae: predadores nas fases larvais e adulta Cicindelidae: predadores, adultos geralmente com coloração metálica ou iridescente, em praias são bons corredores e voadores; cabeça mais larga que o pronoto Gyrinidae: besouros negros ovais, nadam em círculos em lagos e pequenos cursos d’água, olhos compostos divididos (um par dorsal e outro ventral), adultos e larvas predadores. Dytiscidae: aquáticos mergulhadores (bolha de ar), longas antenas filiformes e palpos maxilares pequenos, adultos e larvas predadores. Polyphaga: urosternito basal não é dividido pelas coxas posteriores, suturas notopleurais ausentes, representa a maioria das famílias. Hydrophilidae: aquáticos, corpo convexo (élitros lisos), palpos maxilares alongados e antenas clavadas, saprófagos Staphylinidae: élitros curtos, corpo estreito e alongado, saprófagos, predadores e fitófagos, muito ativos (correm ou voam rapidamente) Silphidae: coloração escura, ocorrem em animais mortos, larvas e adultos necrófagos. Scarabaeidae: grande variação em coloração, tamanho e hábitos, corpo em geral robusto, antenas lameladas, pernas anteriores fossoriais, larvas subterrâneas, muitas são pragas. Lucanidae: coloração pardacenta ou negra, grandes mandíbulas (especialmente os machos), antenas geniculadas, usualmente encontrados em madeira em decomposição Passalidae: achatados, protórax bem destacado do resto do corpo, podem apresentar hábitos sociais, colônias encontradas em troncos podres, antenas curvadas para dentro Buprestidae: coloração metálica brilhante, antenas serreadas, larvas: brocas de madeira Elateridae: pirilampos, órgãos luminescentes localizados no protórax, larvas de algumas spp. são pragas de raízes, margem posterior do pronoto projetado para trás (pontas agudas), pronoto com pontas agudas e espinho prosternal Lampyridae: vagalumes, adultos se alimentam de seiva ou néctar e as larvas são predadoras, luminescência por órgãos luminescentes Lycidae: semelhante aos vagalumes, élitros moles e reticulados, adultos se alimentam de sucos de material vegetal em decomposição, larvas predadoras ou saprófagas. Cantharidae: semelhantes aos vagalumes, sem órgão luminescente e cabeça visível dorsalmente, adultos sobre flores, larvas predadoras Lymexylidae: Formato bizarro (?), algumas spp. são ápteras e vivem em cupinzeiros, palpos maxilares dos machos geralmente longos. Cleridae: alongados, corpo pubescente, cores brilhantes, larvas e adultos predadores. Trogossitidae: coloração preta ou esverdeada brilhante, encontrados sob cascas de árvores e em matéria vegetal seca, alguns atacam grãos armazenados Bostrichidae: corpo cilíndrico e alongado, élitros resistentes e truncados, brocas pequenas e de coloração escura, atacam ramos de árvores e grãos armazenados. Dermestidae: pequeninos, alimentam-se de tapetes e roupas de lã, estofados, peles, couro, seda, carne seca, material de escritório, restos de músculos e tendões. Anobiidae: cilíndricos ou ovais, cabeça dobrada para baixo, invisível dorsalmente, maioria em matéria vegetal seca (troncos e ramos ou sob a casca de árvores mortas) Coccinellidae: joaninhas, adultos e larvas predadores, tarsos criptotetrâmeros Meloidae: vaquinhas, praga agrícola, algumas alimentam-se de ovos de gafanhotos Tenebrionidae: coloração escura; larvas elateriformes; atacam armazéns de cereais, moinhos e depósitos de farinhas, larvas servem de iscas, heterômeros Erotylidae: tamanho pequeno a médio, ovais e geralmente brilhantes, habitam casca de troncos de árvores mortas onde existem fungos, podem ser atraídos por seiva. Cerambycidae: serra-paus, antenas geralmente longas (filiformes ou serrilhadas), inseridas numa protuberância frontal, tarsos criptopentâmeros, pronoto (em geral) mais estreito que mesonoto, larvas ápodas e esbranquiçadas, adultos fitófagos Chrysomelidae: vaquinhas, élitros muitos coloridos, às vezes expandidos lateralmente, tarsos criptopentâmeros, adulto se alimenta das folhas (feijão), larvas dos tubérculos e raízes perfuram parecendo “alfinetadas. Bruchidae: carunchos que atacam sementes de leguminosas, coloração geralmente parda, élitros curtos não cobrindo a parte apical do abdome (pigídio exposto), corpo pequeno, ovalado, rostro curto, robusto e largo. Anthribidae: pequenos, oval-alongados, com um rostro curto e largo, e cabeça alongada; antenas não geniculadas e élitros pontuados. Curculionidae: bicudos, família mais numerosa do reino animal, cabeça prolongando-se num rostro, antenas genículo-capitadas ou geniculo-clavadas, larvas curculioniforme, fitófagos tanto larva quanto adultos, muitas são pragas agrícolas, postura endofítica. Scolytidae: brocas pequenas; corpo cilíndrico, coloração parda ou preta, vivem no interior da casca ou cerne de árvores, produzem feromônios de agregação. · Ordem Lepidoptera: (lepidon: escama; ptera: asas) Adultos: borboletas e mariposas, fase jovem: lagartas e taturanas Espécies grandes bem conhecidas, exceto os microlepidópteros Cabeça: arredondada, mais estreita que tórax, recoberta por pêlos e escamas, olhos compostos (com muitos omatídeos), dois ocelos (entre os olhos), antenas clavadas ou fusiformes, aparelho bucal sugador maxilar (espirotromba) Tórax: pro, meso e metatórax unidos, mesotórax + desenvolvido, pernas ambulatórias, algumas espécies tem a P1 atrofiada, asas membranosas cobertas de escamas Escamas: células epidérmicas evaginadas e achatadas de tamanho e forma variáveis que podem causar difração de luz, dando colorações metálicas. Sistema de nervação das asas: importante na classificação Nervuras longitudinais: C: costal, SC: subcostal, r: radial, m: mediana, cu: cubital, A: anal Nervuras transversais: h: humeral, r: radial, s: setorial, r-m: radial mediana, m-cu: médio-cubital cu-a:cubital-anal Abdômen: cilíndrico (10 urômeros), coberto por pelos e escamas, sem cercos, tímpanos no metatórax ou no 1° urômero - Dimorfismo sexual: fêmeas maiores que os machos, fêmeas com cores menos vistosas que os machos, antenas dos machos mais ornamentadas - Reprodução sexuada e alguns casos de partenogênese - Desenvolvimento embrionário: oviparidade - Desenvolvimento holometabólico - Lagarta: 5-8 ecdises, possuem glândulas labiais muito desenvolvidas (produção de seda) - Lagartas tipo Eruciforme: aparelho bucal mastigador, fitófagas, predadoras e canibais, tórax com 3 pares de pernas e abdome com 10 segmentos, 2-5 pares de pernas abdominais ou “falsas pernas” com ganchos (colchetes) - Cerdas urticantes (taturanas): ligadas às glândulas secretoras que se quebram com facilidade, causando irritações na pele - Osmetério: substâncias com odor desagradável - Larva: camuflagem – semelhança com o meio em eu vivem - Larva: mimetismo – semelhança com outros insetos ou animais - Pupas: Obtecta fixa (fixam-se pela extremidade do abdome de cabeça para baixo ou por fios de seda horizontalmente - Papilionidae) e livre (transformam-se em crisálidas geralmente no chão - Noctuidae e Sphingidae) - Bicho da seda, controle biológico de daninhas, pragas de grandes culturas · Subordens: Monotrysia: jugo com dilatação de A1 que se prende na margem costal de A2 Ditrysia (mariposas): frênulo: cerda de A2 que se prende a um tufo de cerdas ou escamas em A1 Ditrysia (borboletas): amplexiforme: acoplamento sob a pressão de A2 na região anal de A1. Subordem Glossata: gáleas maxilares formando a probóscide (espirotromba) - reduzida ou ausente, heteroneura (A1 e A2 com nervação diferente). Castniidae (mariposas): pequenas ou médias, cores vistosas, antenas clavadas, voam nas horas quentes do dia, ataque semelhante à “broca-da-cana-de-açúcar” Psychidae: macho atinge a fase adulta e a fêmea passa a vida na fase de lagarta (neotênica), fêmeas colocam ovos no próprio cesto. Lyonetiidae (minadores): Microlepidópteros esbranquiçados Gelechiidae: Microlepidópteros, asas pouco vistosas, abertura irregular de botões: roseta. Pyralidae: Praga de amendoim, feijão, milho, sorgo Crambidae (Brocas): Pyralidae: Crambinae Sphingidae: Praga da mandioca, seringueira, mamoeiro, Antena Geometridae: porte médio, asas grandes, geralmente coloridas, atacam plantas silvestres; várias espécies são pragas florestais Noctuidae: mariposas de corpo robusto, asas densamente escamosas, lagartas fitófagas, porém algumas canibais e outras predadoras. Arctiidae (mariposa): coloração vistosa ou com áreas transparentes (Ctenuchinae). Saturniidae: lagartas polífagas: mamona e mandioca. Hesperiidae (borboleta): Urbanus proteus: “cabeça-de-fósforo”, desfolhadora de feijão Papilionidae (borboletas): asas triangulares, dimorfismo sexual em muitas espécies. Pieridae: Borboletas brancas, amarelas ou alaranjadas. Nymphalidae: Borboletas vistosas, de coloração variável, porte médio; P1 atrofiado. Subordem Aglossata, Zeugloptera, Heterobathmiina: gáleas mx não formam probóscide, md funcionais. · Subfamílias Nymphalinae: Asas anteriores com célula discal aberta Morphinae: Asas posteriores com célula discal aberta Danainae: Asas anteriores com 3A curta Brassolinae: Asas anteriores com célula discal fechada Heliconiinae: Asas posteriores com h voltada para a base da asa Acraeinae: Asas posteriores com h voltada para o ápice da asa · Ordem Diptera (Di: dois; ptera: asas) Cabeça: geralmente 3 ocelos, olhos compostos, antenas curtas (moscas e mutucas) ou longas (mosquitos e perninlongos), aparelho bucal sugador labial para sucção de líquidos. - Pungitivo ou sugador-picador: alimento líquido é recolhido com a perfuração da pele. - Não-pungitivo ou sugador-lambedor: sucção de diversas substâncias fluidas (néctar, seiva extravasada, sucos fermentados, exsudatos de m.o, suor) Existem dípteros que não se nutrem na fase adulta e possuem aparelho bucal atrofiado. Tórax: mesotórax mais desenvolvido –, asas anteriores com nervuras longitudinais em sua maioria e asas posteriores do tipo balancis ou halteres e pernas ambulatórias. Abdômen: do tipo livre com ovipositor curto ou telescopado. - Reprodução sexuada. - Viviparidade adenotrófica, oviparidade - Desenvolvimento holometabólico - Larvas: aquáticas ou terrestres, vermiforme (ápodas) ou limaciformes (semelhantes a lesmas), podem ser acéfalas ou com cabeça destacada do corpo. - Pupa: Obtecta (mosquitos) e coarctada (moscas) · Subordens: Nematocera (pernilongos, mosquitos e borrachudos): antenas longas filiforme e plumosa Cecidomyiidae: galhas Mosca-do-sorgo, galhas ou cecídias em mandioca Brachycera (moscas mutucas e varejeiras): antenas curtas aristada ou estiliforme Pantophthalmidae: moscas grandes, asas manchadas (amarelo e castanho). Stratiomyidae: célula discal: contorno + ou – circular, asas transparentes ou esfumaçadas. Syrphidae: moscas-das-flores, larvas predam pulgões. Asilidae: predadoras, aparelho bucal sugador-picador, antena estiliforme, vértice da cabeça aprofundado Tachinidae: parasitoides (controle biológico), corpo coberto por densa pilosidade, abdome com cerdas duras e eretas. Tephritidae: moscas-das-frutas, asas geralmente manchadas Lonchaeidae: asas hialinas, corpo azul escuro e brilhante Agromyzidae: pequenas, larvas minadoras de folhas, coloração escura com manchas amarelas Dípteros prejudiciais: Culicidae: malária, febre amarela, dengue, filariose (elefantíase). Simuliidae: borrachudos. Tabanidae: mutucas - “mal-de-cadeiras” em equinos (protozoário) Muscidae: Stomoxys (mosca-dos-estábulos), Musca. Calliphoridae: produzem bicheiras (miíases) Oestridae: bernes (isolados), adultos com aparelho bucal atrofiado Oestridae, Gasterophilinae: intestino de cavalo Sarcophagidae: larvas necrófagas, podem ser parasitas de outros insetos, vertebrados. Dípteros benéficos: parasitoides e predadores e papel esporádico na polinização Bombyliidae: larvas predadoras ou parasitoides de ovos e larvas Tachinidae: Lydella minensis “mosca-do-amazonas” no controle de Diatrea sacharalis Syrphidae: larvas predadoras de pulgões · Ordem Hymenoptera (hymen: membrana; ptera: asas) · Abelhas, formigas, mamangavas, parasitoides e vespas Cabeça: olho composto com reentrância; antenas podem ser geniculadas, filiformes, flabelada ou setáceas; aparelho bucal mastigador ou mastigador-lambedor; variações da glossa (truncada, bifurcada e pontiaguda) Tórax: propódeo - 1º segmento do abdome unido ao tórax, asas anteriores e posteriores membranosas (vespas grandes com várias nervuras e vespas parasitoides poucas nervuras); pernas: trocanter com 1 a 2 segmentos - Ocorre dimorfismo sexual - Hâmulos: microganchos da asa posterior que se encaixam na asa anterior. - Reprodução sexuada: ovíparos - Partenogênese telítoca (apenas fêmeas), arrenótoca (apenas machos) e poliembrionia (parasitoides) - Desenvolvimento holometabólico - Insetos verdadeiramente sociais (eusociais): cuidados com a prole, castas reprodutivas, sobreposição de gerações, divisão de trabalho = abelhas, formigas e vespas · Subordens Symphyta: abdômen séssil, ovopositor serreado, larva eruciforme, fitófagos Anaxylidae: fitófagos, brocas de mandeiras coníferas Cephidae: fitófagos, brocas em gramíneas e caules lenhosos Orussidae: ectoparasitas de larvas de Coleoptera e Hymenoptera Pamphiliidae: filófagas de herbáceas Blasticoitomidae: fitófagos internos em ramos vegetais Xyelidae: fitófagos em cones de pinheiros Xiphydriidae: fitófagos, brocas em angiospermas Apocrita: abdômen livre ou peciolado, ovipositor estiliforme, larva vermiforme, podem ser melívoros, polenófagos, predadores, parasitoides. Formicidae: formigas, 1 ou 2 nódulos (pecíolo), fitófagos e predadores Myrmicinae (Lava-pés): alimenta-se de vários indivíduos da presa Myrmicinae (formigas-cortadeiras): Atta (saúvas) e Acromyrmex (quenquéns) Vespidae: vespas, reentrância, 1ª célula discoidal mt longa, ninhos abertos ou fechados, algumas espécies são cleptoparasitas em ninhos de espécies sociais Sphecidae: predadoresde aranhas, solitários, pronoto com lobo Ampulicidae, Crabonidae, Hetrigynaidae, Sphecidae: vespas esfecídeas, prwdadores de insetos e aranhas, cleptoparasitas Parasitoides: macro e microimenopteros – de ovos, larvais ou de pupas Mutillidae: formigas feiticeiras, muito ágeis, picada dolorida, sem nódulo, ectoparasitas de estágios imaturos de inúmeros insetos Scoliidae: cavam o solo, ectoparasitoides de larvas de besouro Pompilidae: caça-aranhas, ectoparasitoides de aranhas ou cleptoparasitas, 1ª célula discoidal não muito longa Evaniidae: parasitoides de ooteca de baratas, abdômen inserido na parte superior do propódeo Megachilidae: ninho tubular com folhas, escopa abdominal Halictidae: solitários e primitivos eusociais; importantes polinizadores; alguns cleptoparasitas. Andrenidae: ninhos construídos no chão, lobo jugal longo, célula submediana Chalcididae: parasitoides de Diptera e Lepdopitera, fêmur posterior dilatado Trichogrammatidae: Parasitoides de ovos de insetos (controle biológico). Pteromalidae: parasitoides de cochonilhas, tarsos trímeros Encyrtidae: endoarasitoides de Hemipteras Apidae, Colletidae, Halictidae e Megachilidae: abelhas; polinívoras nectívoras, ectoparasitoides e cleptoparasitoides solitários ou sociais Castas: alimentação – larvas Rainha (apenas 1 por colmeia): 1 ou vários voos nupciais (até 17 zangões); postura: 1.000 ovos/dia, até 5 anos; glândulas mandibulares: impedir a formação de novas rainhas (enxame coeso). Zangões (0 a > 100): fecundar a rainha; maturidade sexual = 12º dia (morte); longevidade: 2-3 meses. · Dança Dança do círculo: informa sobre as fontes de alimentos que estão a menos de 100m de distância da colmeia Dança do requebrado: usada para fontes de alimentos que estão a mais de 100m de distância, descrevendo a direção e distância da fonte Dança da foice: transição entre a dança do círculo e a do requebrado, utilizada quando o alimento se encontra até 100m da colmeia Local: ângulo formado entre o sol, a fonte de alimento e a colmeia Abundância: número de vibrações do abdome. · Ordem Thysanoptera (thysanos: franja; ptera: asas) · Reúne os insetos conhecidos por tripes. · São pequenos (0,5 a 13 mm), de cor escura na fase adulta. Cabeça: contorno quadrangular, 2-3 ocelos, olhos compostos desenvolvidos, aparelho bucal sugador labial-pungitivo (triqueta), antenas filiformes ou moniliformes de 6 a 10 segmentos (função sensorial - importantes na classificação sistemática) Tórax: protórax livre, maior que o meso e metatórax unidos pernas ambulatórias, asas franjadas, abdômen séssil, machos com tíbias mais dilatadas. - 40% se alimenta de matéria orgânica em decomposição e fungos (hifas e esporos), restante pode ser fitófagos, predadores ou parasitas. - Reprodução sexuada é mais comum, mas ocorre partenogênese telítoca também - Postura exofítica ou endofítica - Desenvolvimento hemimetabólico - Danos às plantas: sucção de seiva e transmissão de virus fitopatogênicos · Subordens: Terebrantia: último segmento abdominal (machos e fêmeas) arredondado ou cônico Tubulifera: último segmento abdominal tubular MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS – MIP Sistema de manejo de pragas que no contexto associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível, e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar dano econômico (FAO). Uso abusivo de inseticidas - Resistência aos produtos - Pragas secundárias tornando-se 1árias Tipo e quantidade das injúrias: secundárias (raramente atingem o NC) chaves (frequentemente ou sempre atingem o NC) - Ressurgência - Efeitos adversos a organismos (inimigos naturais, polinizadores, peixes etc.) - Efeitos tóxicos ao homem (aplicação e resíduos) Implementação de programas de MIP 1- Reconhecimento das pragas-chaves (identificação e bionomia) 2- Avaliação de inimigos naturais (criação) 3- Estudo de fatores ambientais (clima) 4- Determinações de NDE e NC (Fenologia, prejuízos x custos) 5- Amostragem (avaliação populacional) 6- Escolha dos métodos (métodos a serem incorporados) Classificação por NDE Não econômicas: densidade populacional raramente ultrapassa o NDE Ocasionais: densidade ultrapassa o NDE em condições especiais (clima / inseticidas) Perenes: densidade atinge o NDE com frequência Severas: densidade está sempre acima do NDE, caso não sejam adotadas medidas Fatores (agentes) e possíveis práticas Solo: preparo e correção Água: irrigação ou drenagem Fertilidade do solo: adubação e correção Umidade:? Temperatura:? Problemas fisiológicos: fitohormônios Doenças fúngicas: fungicidas, bacterianas: antibióticos, viróticas: manejo dos vetores Pragas: Insetos: inseticidas, ácaros: acaricidas, nematóides: nematicidas, daninhas. Planta com problemas Planta sadia Desenvolvimento lento Desenvolvimento adequado Sistema radicular deficiente Sistema radicular bem desenvolvido Redução da capacidade produtiva Boa capacidade produtiva Manchas cloróticas ou necróticas nas estruturas Coloração uniforme de caule, folhas e frutos Áreas destruídas nos diferentes órgãos Órgãos intactos Como identificar o problema? 1. O solo foi preparado e corrigido adequadamente? 2. A aplicação de adubos e corretivos foi feita nas quantidades corretas? 3. O teor de água do solo é adequado? solo seco ou excessivamente úmido impede o desenvolvimento adequado. 4. Presença de plantas daninhas? além de competir com a cultura e inibir o seu desenvolvimento (aleloquimia), abrigam insetos, ácaros e patógenos daninhos à cultura. 5. Examinar o sistema radicular: pouco desenvolvida, apodrecendo, seccionadas, com casca se soltando facilmente,com deformações ou enoveladas 6. Examinar o caule: com áreas escavadas, galerias, áreas apodrecidas ou manchas escuras ou amareladas 7. Examinar as folhas: com manchas amareladas ou escuras, orifícios ou áreas recortadas, galerias, deformadas, com os bordos dobrados 8. Examinar os ponteiros e as brotações: ponteiros deformados, com galerias ou manchas escuras 9. Examinar as flores: verificar a integridade e o pegamento das flores 10. Examinar os frutos: verificar - manchas escuras ou mais claras na casca, reentrâncias e saliências superficiais, galerias internas, áreas internas necrosadas e tamanho e o peso. Escolher as medidas de controle a serem adotadas · Apenas o controle com defensivos agrícolas (químicos ou biológicos), possibilita a utilização emergencial, não requerendo planejamento prévio; · Outras medidas de controle exigem planejamento prévio e devem fazer parte do pacote de práticas agrícolas a ser adotado na condução da cultura. · Informações os métodos de controle · Informações sobre a praga: biologia do inseto: tipo de desenvolvimento (holometabólico ou paurometabólico), relação ciclo/fenologia da planta, duração, nº de gerações/safra, com ou sem diapausa. - Mudanças de hábitos ao longo do ciclo biológico: local onde passa as diferentes fases da vida (interno ou externo, em que órgão da planta). - Reprodução: sexuada e período de maturação sexual, encontro dos sexos, feromônios, assexuado (partenogênese), viviparidade, oviparidade, forma de oviposição, período de pré-oviposição. - Forma de alimentação: mastigador, sugador, raspador, lambedor - Formas de infestação: migração e dispersão direta (comum, revoada, reboleira, vento, pelas bordaduras) ou indireta (equipamentos, forese, hospedeiros alternativos, homem). - Fase problema: jovem, adulto ou ambas. - Fase mais suscetível ao controle: hábitos da fase mais suscetível ao controle Danos provocados pelas pragas: injúria que provoca perdas na capacidade produtiva Diretos: destruição, deformação, alterações nos órgãos que serão colhidos ou destruição da planta toda Indiretos: Desfolha (redução da área foliar), escavação de galerias (qualquer órgão da planta), injeção de toxinas, sucção de seiva. Atingem indiretamente os órgãos que serão colhidos ou a a sobrevivência da planta Transmissão de fitopatógenos (principalmente vírus) Classificação dos insetos-pragaagrícolas e sua relação com as plantas hospedeiras Insetos aéreos: parte aérea (caules, ramos, folhas, flores, frutos e sementes) Internos: mastigadores (brocas), externos: mastigadores, raspadores, sugadores de seiva Insetos subterrâneos: sistema radicular (raízes, tubérculos, bulbos, rizomas) Internos: mastigadores (brocas), externos: mastigadores e sugadores de seiva Insetos de superfície: camada superficial do solo (plântulas, colo caule e raízes) Internos: mastigadores (brocas), externos: Mastigadores e sugadores de seiva Grupos de controle viáveis Aéreos externos: C.Q. (pulverização ou via sistêmica), C.B., C.C. Aéreos internos: C.B., C.Q. (via sistêmica), C.C. Subterrâneos: C.C. (manejo do solo), C.Q. (solo) Superficiais: C.C., C.Q. (via sistêmica), C.B. Pragas dos produtos armazenados: C.Q. (expurgo e protetivo) Controle de formigas: C.Q. (iscas ou fumigação) · Métodos de controle de pragas Métodos Culturais ou Práticas Agronômicas - Uso de cultivares resistentes: cultivares de abobrinha resistentes ao prateamento - Rotação de culturas: plantio alternado, em anos sucessivos, de culturas não hospedeiras das mesmas pragas, reduzindo assim, suas populações. - Destruição dos restos culturais: destruir o substrato que pode atuar como hospedeiro intermediário das pragas. - Aração do solo: redução da população de nematoides em café - dias secos e ensolarados no período de preparo das áreas para plantio. - Alteração da época do plantio ou colheita: antecipação de plantio do algodão no controle da lagarta-rosada - Poda ou desbaste: poda das plantas de lichia atacadas pelo ácaro-da-erinose - Adubação: planta equilibrada nutricionalmente > resistência ao ataque de pragas. - Limpeza da cultura: presença de mato próximo à cultura pode favorecer a infestação de certas pragas (larvas e adultos). Manejo da água – irrigação ou drenagem: aspersão reduz populações de afídeos, tripes, lagartas, percevejos etc. - Uso de culturas armadilhas: plantio de culturas como gergelim, Brachiaria, mamona nas bordas da cultura principal para reduzir o ataque de formigas cortadeiras. - Plantio direto: altera regime de água no solo, sua estrutura, a disponibilidade de nutrientes etc. - Consorciação de culturas: efeito alelopático: efeito visual (confundir inseto); abundância de inimigos naturais; mudança do micro-habitat Métodos mecânicos: - Destruição manual: Controle do curuquerê-da-couve pelo esmagamento de ovos e catação de lagartas. - Uso de barreiras: Formação de barreiras ou sulcos contra ataque do curuquerê dos capinzais e gafanhotos em surtos graves; mosquiteiros. - Armadilhas Métodos Físicos Calor – fogo: controle de nuvens de gafanhotos, cochonilhas em pastagens, por meio da queima de restos de cultura e destruição de ramos de plantas atacadas. Frio: alta (+50oC) e baixa (-5oC) - redução da reprodução ou morte. Inundação: reduz larvas de vaquinhas e pão-de-galinha. Radiação eletromagnética: faixas do espectro de ondas (UV, visível, IV e ultrassom) têm sido usadas para controle de insetos. Ex.: Insetos diurnos, como o pulgão Myzus persicae, por exemplo, é repelido por radiação ultravioleta ao pousar sobre uma dada superfície como palha de arroz sobre cobertura morta. Métodos Biológicos - Proteção e fomento dos inimigos naturais (conservação): alterações no manejo do agroecossistema para promover a manutenção da ação dos inimigos naturais. - Introdução, aumento artificial e colonização de parasitoides e predadores específicos: liberação de parasitoides ou predadores, após criação massal em laboratório (hospedeiro), visando redução rápida da praga (NE). Vantagens Desvantagens: ausência de efeitos adversos ao ambiente e ao homem, alto nível de controle a baixo custo, controle permanente, não-desenvolvimento de espécies resistentes, desenvolvimento lento, praga ainda pode causar danos, especificidade, incompatibilidade com os inseticidas químicos. - Propagação e disseminação de organismos patogênicos: controle da vespa-da-madeira (Sirex noctilio) pelo nematoide Métodos Genéticos: - Produção e liberação de agentes estéreis ou geneticamente incompatíveis com a população natural: Utilização da técnica do inseto estéril no manejo da mosca-das-frutas Métodos Regulatórios Quarentena: prevenção de entrada de pragas exóticas e de sua disseminação. Praga quarentenária A1: importância econômica potencial para a área de risco e ainda não se encontra presente. Praga quarentenária A2: importância econômica potencial para a área de risco e ainda não se encontra amplamente disseminada e está sendo oficialmente controlada. Praga quarentenária regional A2: apresenta disseminação localizada e está submetida a controle oficial por um ou mais países da região. Medidas obrigatórias de controle é importante para algumas culturas. Métodos Químicos - Inseticidas, inibidores de crescimento (reguladores de crescimento), modificadores de comportamento (semioquímicos) - Aleloquímicos interespecíficos: Alomônio: beneficiam a espécie produtora do estímulo, normalmente são substâncias de defesa. Ex.: operárias de Formica sp. produzem substâncias repelentes a predadores. Sinomônio: tanto o emissor quanto o receptor são beneficiados. Ex: isocianato de alila (Cruciferas) atrai Diaretiella rapae (parasitoide de pulgões). Cairomônio: beneficiam a espécie receptora do estímulo. Ex: o parasita Cardiochiles nigriceps responde a hidrocarbonetos produzidos por Heliothis virescens. Antimônio: tanto o emissor quanto o receptor são prejudicados. Ex.: tricomas repelindo joaninhas e crisopídeos (predadores), favorecendo os fitófagos. - Feromônios intraespecíficos: 1. Ação preparadora agindo na fisiologia e desenvolvimento dos indivíduos. Ex.: Schistocerca gregaria: indivíduos imaturos sexualmente necessitam da liberação de um dado feromônio pelos adultos já maduros para atingirem a maturidade. 2. Ação desencadeadora levando a uma mudança imediata no comportamento do inseto. Feromônio marcador de trilha: produzido por abelhas, formigas, cupins. Feromônio de alarme: sinaliza ameaça provocando fuga (pulgão) e agressão (abelha). Feromônio de agregação: manutenção da sociedade de insetos (abelhas) e colonização de novos habitats antes do acasalamento (escolitídeos). Feromônio de dispersão: antiagregação em moscas-das-frutas. Feromônio sexuais: para atração do sexo oposto.
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