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EDUARDA MENDES LOPES Transcrição Dogma Central da Biologia Molecular DNA → RNA → proteína O processo de transcrição consiste em transformar a mensagem linear do DNA em uma outra mensagem linear, mas em forma de RNA. Assim como o DNA, o RNA é formado de nucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster, contudo, seus nucleotídeos possuem a ribose como açúcar. Com um grupo hidroxila livre no átomo do carbono 2’ do açúcar, essa molécula é rapidamente degradada em condições alcalinas, sendo assim, consiste de uma molécula mais instável. Além disso, a base timina não está presente no RNA, sendo substituída pela base uracila OBS: lembrar do mecanismo do retrovírus Quais regiões são transcritas? → Somente regiões que contém os genes, as intergênicas não serão transcritas Tipos de RNA → RNA ribossômico (RNAr): - forma parte da estrutura dos ribossomos, a partir de associação com proteínas, e participa da síntese proteica - sintetizado no nucléolo (RNAr policistrônico: leva para síntese de várias para proteínas ao mesmo tempo) e nucleoplasma (5S) - são geralmente curtos → RNA mensageiro (RNAm): - tamanho variável de acordo com a proteína que levará a informação, a qual é levada em forma de trincas de códons - procariotos: RNA policistrônico, extensos e que levam informação para sintese de várias proteínas para a mesma informação - eucariotos: RNA monocistrônico, tem que ser específico para uma proteína EDUARDA MENDES LOPES → RNA transportador (RNAt) - carreador de aminoácidos ativados para a síntese de proteínas - tamanho de 73 a 93 nucleotídeos, estrutura em forma de L de três dimensões como se fosse um trevo de 4 folhas, anticódons - cada RNAt se fixa a um tipo de aminoácido e o ajuda a ser incorporado em uma cadeia - → RNA nuclear pequeno (snRNA) e RNA nuclear heterogêneo (hnRNA): participam do processamento do RNAm e RNAr. Splicing → RNA de interferência: induz interferência de RNA para regular a expressão genética Processo de Transcrição → Ocorre no sentido 5’ → 3’ usando uma fita de DNA RNA polimerase → Se associa ao DNA e abre algumas regiões, o qual serve como molde → Durante o processo, forma-se hélice híbrida DNA-RNA → Não precisa de iniciador/ prímer para iniciar → Menos fiel que a DNA polimerase, mas como tem menos tempo, não é uma informação permanente, diferente do DNA → Usa NTPs (ATP, CTP,GTP e UTP): bases → Não possui atividade revisora (menor fidelidade) → Se liga especificamente a regiões promotoras dos genes para começar a transcrição. Sempre se encontra no início do gene e são sequências específicas de nucleotídeos do DNA onde RNApol se liga e inicia a transcrição - procariotos: só um tipo de RNA polimerase que sintetiza todos os tipos de RNA - mamíferos: vários tipos de RNA polimerase para a formação dos outros Etapas da Transcrição Em bactérias, tudo é mais rápido, há processo que acontecem simultaneamente da tradução 1. Iniciação - RNA polimerase desliza ao longo da dupla hélice de DNA para encontrar sítios de iniciação (sequências promotoras) - Quando encontra, abre naquela posição e começa a desenrolar o que está na frente, colocando nucleotídeos 2. Alongamento - Bolha de transcrição: RNApol + DNA desenrolado/aberto + RNA nascente/sintetizado - RNA sintetizado forma hélice híbrida DNA-RNA - Vai enrolando atrás e desenrolando na frente até chegar na região de término 3. Término - RNApol atinge sinal de término quando há a formação de um grampo/alça na região terminadora, interrompendo o processo. A sequência que é atingida é uma seq palindrômica rica em CG seguida se sequência poli-U, isso faz ocorrer a formação da alça ou grampo, desestabilizando o híbrido DNA-RNA e o RNA se dissocia do molde e posteriormente a RNApol se solta também - Terminação Rô dependente - Terminação Rô independente - A proteína Ro vai se enrolando com o RNA a medida que ele vai sendo feito, e quando chega perto do híbrido desestabiliza também interrompendo o processo. Ao invés da alça, a proteína vai se enrolando e termina o processo em processos Ro dependente. EDUARDA MENDES LOPES Em eucariotos → Fatores de transcrição - interagem com promotores eucarióticos e promovem a transcrição - a RNApol por si só não é capaz de reconhecer promotores e iniciar a transcrição → Sequências estimuladores/reguladoras (enhancers) - onde se ligam proteínas reguladores ativadoras ou opressoras - ajudam a montar um complexo para iniciação para a transcrição - formação de alças aproximam regiões estimuladores e promotoras → Processamento do RNAm - ocorrem em núcleo - em bactérias não ocorre esse processamento - transcreve tudo, éxons e íntrons, mas para o RNAm precisa remover os introns, processo chamado de splicing, além de ocorrer modificações nas linhas também a fim de manter o RNAm mais estável - RNA nascente recebe CAP na porção 5’ - ocorre adição de nucleotídeo atípico → 7-metilguanosina - metilação do grupo 2’ OH da ribose - o CAP protege RNAm da degradação e auxilia na exportação dele para o citoplasma, pelo reconhecimento das proteínas que o levarão - RNAm primário recebe cauda poli-A na porção 3’ - protege RNAm da degradação e auxilia na exportação para o citoplasma - deixa o RNA mais comprido naquela ponta - RNAm primário sofre remoção dos íntrons - splicing ou recomposição de éxons - participação do spliceossomo, onde há associação de moléculas de RNA pequenos e proteínas. Ele vai reconhecer o final e início do íntron para cortar, unindo os éxons entre si - quando aproximadas, formam uma alça que será removido - nunca no DNA, sempre no RNA - o splicing é realizado durante todo o processo - após ser feito, daí é adicionado a cauda poli-A - Splicing alternativo: processo no qual as células humanas transcrevem um gene específico formando um RNA, mas que será processado de modo distinto em diferentes tecidos formando diferentes proteínas. O mesmo gene presente em diferentes tecidos, sofre diferente processamento dos éxons, sendo assim, em alguns será mantido e em outros, perdidos. A informação vem do mesmo gene mas o processamento depende da célula. Isso é bom porque um gene pode formar diferentes tipos de proteínas Controle da Expressão → Taxa de transcrição de um gene → Tempo de degradação do RNAm → Depende do gene, da célula, do tempo Antibacteriano e transcrição → RIfampicina: medicamento que é usado para tratar tuberculose, hanseníase - atua sobre RNApolimerase bacteriana, inibindo a transcrição e, por consequência, a síntese de proteínas EDUARDA MENDES LOPES Tradução Conversão da informação de RNA→ proteína → Envolvia a tradução de trincas de códons → Código genético → Cada trinca codifica aminoácidos diferentes, mas tem aa que podem ser codificados por códons diferentes → AUG: metionina → UGG: triptofano → UAA, UAG e UGA não codificam aa, são códons de parada, interrompem a tradução → É realizada nos ribossomos Ribossomo → Permitem associação RNam e RNAt → RNAt tem 3 sítios e segue o seguinte caminho : - Sítio A: ligação com o RNAt que carregam aminoácidos (sítio aminoacil) - Sítio P: ligação peptídica (peptidil) - Sítio E: é o de saída (exit), deixando aa - tem só um códon em cada RNAt - um mesmo RNAt pode parear com mais de um códon → O RNAm tem apenas um sítio na subunidade menor - todo RNAm tem um sítio de ligação ribossomo, onde o ribossomo interage e inicia a associação - todo RNAm tem um códon de início e fim → Subunidade maior catalisa a formação das cadeias peptídicas → Subunidade menor: RNAm Tradução → Sempre 5’ → 3’, amino → carboxi terminal → O RNA fornece sequência de códons → 3 etapas como a transcrição 1. Iniciação - RNAm interage com subunidade menor do ribossomo - anticódon do primeiro RNAt pareia com códon de início de tradução do RNAm - RNAt iniciador ocupa o sítio P no ribossomo - após isso, chega o próximo RNAt no sítio A que estava vazio, pois o primeiro estava no P 2. Alongamento - tendo RNAt nos sítios A e P, ocorre o deslocamento respeitando a distância de 3 nucleotídeos a frente no sentido 5’ → 3’ - quandoisso acontece, o RNAt que estava no P passa para o sítio E e o que estava no A, vai para o sítio P - concomitantemente a isso, ocorre a ligação peptídica com o aminoácido adjacente e o que chegou por último 3. Término - sinal de parada ( UAG, UGA, UAA) do RNAm no sítio A do ribossomo é EDUARDA MENDES LOPES reconhecido pelo fator de liberação de proteína, que hidrolisa a última ligação do aa, liberando a cadeia proteica e todo o complexo de síntese de proteína se desfaz - o RNAt pode participar de vários processos de tradução - peptidil transferase catalisa adição de H2O à cadeia peptidil-RNAt - Liberação da cadeia do ribossomo Eucariotos RNAt: iniciador metionina (AUG ) Códon iniciador é AUG mais próximo da ponta 5’ do RNAm Possui mais fatores iniciação OBS: mutações na informação de éxons pode ser passado para o RNA e, assim, há alteração na síntese de proteínas Antibacterianos e tradução → Comprometem a síntese proteica → Cloranfenicol: se liga a subunidade maior do ribossomo e inibe a ligação peptídica → Eritromicina: se liga à subunidade 50S e impede a translocação do ribossomo pelo RNAm → Tetraciclina: atrapalha a ancoragem do RNAt no ribossomo → Estreptomicina: altera a forma da subunidade 30S, causando a leitura incorreta do códon no RNAm Como o Remdesivir atua sobre o coronavírus? Como o Remdesivir bloqueia a replicação viral? O coronavírus é um tipo de RNA vírus. Esse análogo de nucleosídeo atrapalha a formação de RNA atuando sobre a RNA polimerase, inibindo-a. A forma trifosfatada do remdesivir compete com o ATP, nucleotídeo natural semelhante a ele. → O km do remdesivir é menor que do ATP natural, ou seja, tem mais afinidade com a RNA polimerase, facilitando o bloqueio dessa pelo medicamento
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