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TÍTULO DA DISCIPLINA: GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE EDIÇÃO Nº 1 – 2017 ENG. EDUARDO IORGOF ROCHA APRESENTAÇÃO Caro aluno, vivemos em um mercado globalizado e a concorrência ocorre de todas as maneiras possíveis. Esta vai desde empreendedores despreparados que, por falta de infraestrutura ou de esclarecimento, praticam preços que inflacionam o mercado e são muito regionalizados, passando pelas (i) empresas domésticas, voltadas para o mercado estritamente nacional; (ii) as internacionais que possuem um envolvimento médio ou até moderado no âmbito internacional; (iii) as multinacionais, já com uma destacada desenvoltura no comércio internacional e as (iv) empresas globais ou transnacionais que dispõe de distintas unidades pelo mundo afora, com um grau de notoriedade global de elevado nível. O Brasil entrou nesse mercado em 1992, governo Collor de Mello, totalmente despreparado para enfrentar a concorrência que estava por vir. A total falta de habilidade ou vontade política dos governos posteriores vem destruindo a indústria nacional que, por imaturidade ou por uma resistência a mudança, típicas de um adolescente, teima em não se modernizar. Fato é que nas últimas décadas a indústria tem contraído a sua participação no PIB. Estamos nos desindustrializando. As maiores empresas brasileiras, caso de construtoras ou frigoríficos, são manchete dos jornais em escândalos de corrupção e propina. Casos da Odebrecht e Friboi, respectivamente, afetaram a economia como um todo em um tipo de concorrência desleal. Este cenário totalmente desfavorável, aparentemente, esconde ameaças e oportunidades. Existem aqueles que choram e aqueles que vendem os lenços. A verdade incontestável é que a indústria nacional está a passar por um momento de transição não experimentado por nós até então. O princípio da evolução de Darwin é muito claro: quando o ambiente muda, somente aqueles que se adaptarem, sobreviverão. O mercado mudou e, assim sendo, somente aqueles que tiverem essa percepção e moldarem-se à nova realidade terão chances de sobrevivência. A gestão estratégica da qualidade é a ferramenta que ajuda as empresas a entenderem o que acontece fora de seus limites internos e se adaptar as novas realidades. Ferramenta recente, mas fundamental na sobrevivência de qualquer organização nos dias de hoje. Espero que aproveitem! Sumário CAPITULO 1 - ..................... planejamento & administração estratégicos 9 1. INTRODUÇÃO .............................................................................. 9 1.1. Definição de processo ............................................................. 10 1.2. Concepção de cenários ........................................................... 15 1.3. a Definião do negócio, visão e Missão .................................... 17 1.3.1. definição do negócio ............................................................... 17 1.3.2. Visão estratégica ..................................................................... 19 1.3.3. Missão estratégica .................................................................. 21 1.4. Planejamento estratégico ........................................................ 23 1.4.1. Estratégia ................................................................................ 23 1.4.2. Planejamento .......................................................................... 25 1.4.3. Planejamento Estratégico ....................................................... 26 1.5. Adminstração estratégica ........................................................ 29 1.6. do planejamento a ação .......................................................... 33 1.7. Exercícios ................................................................................ 35 CAPITULO 2 - .... Mudanças de cenários e Gerenciamento da mudança 38 2. INTRODUÇÃO ............................................................................ 38 2.1. Mudanças de cenários ............................................................ 39 2.1.1. Primeira Revolução industrial ................................................. 44 2.1.2. Segunda Revolução industrial ................................................ 45 2.1.3. terceira Revolução industrial ................................................... 47 2.1.4. Quarta Revolução industrial .................................................... 50 2.2. gerenciamento da Mudança .................................................... 54 2.2.1. Motivação para Mudar ............................................................ 58 2.2.2. Resistências ............................................................................ 61 2.2.3. Fatores de Resistência ........................................................... 63 2.2.3.1. Fontes individuais ................................................................. 65 2.2.3.2. Fontes organizacionais ......................................................... 66 2.3. Processos de mudanças ......................................................... 69 2.4. Exercícios ................................................................................ 72 CAPITULO 3 - .............................................. Cenário Externo estratégico 78 3. INTRODUÇÃO ............................................................................ 78 3.1. Cenários................................................................................... 79 3.2. Cenário externo ....................................................................... 79 3.2.1. Meio Contextual ...................................................................... 80 3.2.2. Meio transacional .................................................................... 84 3.2.3. As 5 forças de Porter (análise entres Cenários ...................... 89 3.2.4. Análise SWOT – Cenário externo ........................................... 94 3.2.5. Análise SWOT – Cenário Interno ............................................ 95 3.3. Exercícios ................................................................................ 98 CAPITULO 4 - ......................... A qualidade como estratégia de mercado 102 4. Introdução ................................................................................. 102 4.1. Fundamentos ......................................................................... 103 4.1.1. Evolução do conceito ............................................................ 103 4.1.2. Os Pensadores da Qualidade ............................................... 104 4.1.2.1. Dr. W. Edwards Deming ..................................................... 104 4.1.2.2. Joseph Juran ...................................................................... 106 4.1.2.3. Armand FEIGENBAUM ...................................................... 108 4.1.2.4. Phillip CROSBY .................................................................. 108 4.1.2.5. David GARVIN .................................................................... 109 4.2. Princípios e objetivos TQC, TQM e PNQ .............................. 111 4.2.1. TQC ou Total Quality Control ................................................ 111 4.2.2. TQm ou Total Quality Management ...................................... 114 4.3. PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade ................................... 114 4.4. ISO 9001, GMP e ONA ......................................................... 115 4.5. Good Manufacturing Practice (GMP) .................................... 118 4.6. A ONA .................................................................................... 119 4.7. Benchmarking ........................................................................ 121 4.8. Medição de desempenho - Balanced Scorecard .................. 123 4.9. Gestão pelas Diretrizes .........................................................125 4.10. Gerenciamento da Rotina (pdca) .......................................... 127 4.11. Exercícios .............................................................................. 130 CAPITULO 5 - ......................................................................... Bibliografia 134 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - DO PONTO A PARA O B - FONTE DO AUTOR ............................................. 10 FIGURA 2 - LOGOTIPO DA WASE ........................................................................... 11 FIGURA 3 - ESTRATÉGIA - FONTE DO AUTOR ........................................................... 12 FIGURA 4 - FÉRIAS NA PRAIA - FONTE PIXAPLAY ...................................................... 13 FIGURA 5 - O QUE FORÇA AS EMPRESAS A MUDAR - FONTE DO AUTOR ..................... 16 FIGURA 6 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - FONTE PIXAPLAY ................................. 29 FIGURA 7 - TIPOS DE PLANOS – FONTE (CHIAVENATO, 2003) .................................. 30 FIGURA 8 - RELAÇÃO PLANEJAMENTO / HIERARQUIA – ADAPTADO (CHIAVENATO, 2003) ........................................................................................................... 32 FIGURA 9 - HIERARQUIA E COMPETÊNCIA - FONTE (CHIAVENATO, 2003) ................. 32 FIGURA 10 - ARTE – DIFERENÇA ENTRE REINO UNIDO / GRÃ BRETANHA / INGLATERRA – FONTE: REVISTA VEJA ............................................................................... 39 FIGURA 11 - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - FONTE DO AUTOR ....................................... 41 FIGURA 12 - IMPÉRIO BRITÂNICO - FONTE: LINDA COLLEY ....................................... 42 FIGURA 13 - SISTEMA FORD DE PRODUÇÃO 1914 ................................................... 44 FIGURA 14 - EXPLOSÃO DE UMA BOMBA NUCLEAR – FONTE: PIXAPLAY ..................... 48 FIGURA 15 - MARKETING – FONTE: ESCOLA DOS SONHOS ....................................... 49 FIGURA 16 - ROBÔ FUTURISTA - FONTE PIXAPLAY .................................................. 50 FIGURA 17 - QUEM QUER MUDANÇA – FONTE: ALGUM IDIOMA ................................. 58 FIGURA 18 - FAZES DO PROCESSO DE MUDANÇAS – ADAPTADO (HAYES, 2002) ..... 70 FIGURA 19 - MEIO ENVOLVENTE - FONTE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ......... 79 FIGURA 20 - MEIO ENVOLVENTE TRANSACIONAL – ADAPTADO ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ................................................................................................. 84 FIGURA 21 - AS 5 FORÇAS DE PORTER – ADAPTADO (PORTER, 1986) ..................... 89 FIGURA 22 - MEDIÇÃO DE DESEMPENHO - FONTE: (CARPINETTI, 2012) .................. 123 FIGURA 23 - FAZES DO GERENCIAMENTO POR DIRETRIZES - ADAPTADO DE AKAO (1991) ........................................................................................................ 126 FIGURA 24 - CICLO PDCA - FONTE: ADAPTADO BIBLIOTECA SEBRAE .................. 127 FIGURA 25 - PROCESSO DE MELHORIA CONTÍNUA SEGUNDO SHIBA ET. AL. (1993) FONTE: (CARPINETTI L. R., 03/2012) ............................................................ 128 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO - FONTE (ANDRADE, 2016) ........................... 19 TABELA 2 - ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL – MARCOS HISTÓRICOS FONTE (MATIAS- PEREIRA, 12/2010) .................................................................................... 25 TABELA 3 - NÍVEIS HIERÁRQUICOS – FONTE (CHIAVENATO, 2003) ........................... 31 TABELA 4 - DEFINIÇÕES DE MUDANÇA - ADAPTADO DE BRESSAN 2004 ................. 56 TABELA 5 - ASPECTOS DE MUDANÇA - ADAPTADO ROBBINS 2010 ........................... 61 TABELA 6 - FATORES MOTIVADORES FONTE - (SALES & SILVA) ............................ 64 TABELA 7 - TABELA DE TIPOS DE RESISTÊNCIAS - FONTE: (ROBBINS, JUDGE, & SOBRAL, 2010) ........................................................................................... 69 TABELA 8 - MEIO ENVOLVENTE CONTEXTUAL - FONTE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ................................................................................................. 81 TABELA 9 -MEIO ENVOLVENTE CONTEXTUAL - FONTE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ................................................................................................. 86 TABELA 10 – INDICADORES DE POTENCIAIS DE AMEAÇAS E OPORTUNIDADES FONTE: (ANDRADE, 2016) ...................................................................................... 95 TABELA 11– INDICADORES DE PONTOS FORTES E FRACOS FONTE: (ANDRADE, 2016) .................................................................................................................... 97 TABELA 12 - FALHA INTERNA E EXTERNA - FONTE: (G O M E S, 2004) .................. 107 TABELA 13 -- PREVENÇÃO E INSPEÇÃO - FONTE: (G O M E S, 2004) .................... 107 TABELA 14 - VERBETES DA QUALIDADE FONTE ADAPTADO DE GARVIN (1987) INTO (G O M E S, 2004) ..................................................................................... 110 TABELA 15 - PRINCÍPIOS DA QUALIDADE TOTAL – FONTE (CAMARGO, 2011) ........... 113 TABELA 16 - FAMÍLIA ISO 9000 FONTE (MELLO, 01/2012) ................................... 118 CAPITULO 1 - PLANEJAMENTO & ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICOS 1. INTRODUÇÃO Caro(a) Aluno(a), Este capitulo fala sobre conceitos básicos de planejamento e administração com conotação estratégica. São itens importantes para serem compreendidos antes que se entre nas técnicas de planejamento propriamente ditas. Conteúdo desta unidade Concepção de cenários, o que é estratégia, como uma empresa se estrutura para se colocar uma estratégia em pratica, qual é o seu negócio, visão estratégica e muito mais. São conceitos muitas vezes mal empregados que podem conduzir ao insucesso do projeto. 1.1. DEFINIÇÃO DE PROCESSO "Não existe vento a favor para quem não sabe aonde ir." – Sênega, pensador romano Muitas vezes pode-se observar pessoas com dificuldades em entender o que se quer dizer por definir e implantar uma estratégia para uma determinada empresa, pois parece ser algo muito complexo, que vai requerer mão de obra especializada e que deve solicitar investimentos de vulto, tanto para criá-la quanto para geri-la. Bem, isso pode ser verdade ou não, depende do porte da organização em vista. Montar uma estratégia para uma empresa onde duas pessoas trabalham deve dar muito menos trabalho que para uma organização multinacional com diversas plantas espalhadas pelo mundo. Isso carece ser mais ou menos intuitivo. Quando saímos em uma viagem, a primeira coisa a se determinar é para onde se deseja ir. Daí verifica-se o ponto de partida e, a partir disso, podemos definir algumas outras coisas. Figura 1 - do ponto A para o B - fonte do autor O GPS tradicional nos ajuda com esse trabalho, mas o WAZE se destaca dos demais por ser uma rede social, além de um excelente GPS, que disponibiliza informações on-line adicionadas pelos próprios usuários. A informação chega de forma muito rápida, orientando sempre o melhor caminho. Note que ele te fornece sistematicamente opções de rotas alternativas para que você decida qual a melhor. Figura 2 - logotipo da WASE1 As variáveis vão desde informações de trânsito, buracos na pista, localização de radares, acidentes, etc. Sabe-se até a hora que se deve chegar ao destino. Assim fica fácil demais planejar. Qualquer planejamento segue exatamente as mesmas etapas. Primeiro decide-se onde se quer chegar (cenário futuro), depois verifica-se o local de partida (cenário atual), assim pode-se determinar o melhor caminho (estratégia). Vamos supor que na viagem que gostaríamos de fazer, desejássemos visitar certos lugares interessantes de se conhecer. Aí montaríamos um itinerário que permitiria conhecê-los nos momentos oportunos (plano estratégico).1 http://www.trackingtrip.com.br/gps-no-exterior-usando-offline/ 10/03/2017 11:25 http://www.trackingtrip.com.br/gps-no-exterior-usando-offline/ Figura 3 - Estratégia - Fonte do autor Para construção de cenários, é necessário levar em conta tanto o ambiente externo como o interno. Ninguém vai querer pegar a estrada com o carro debaixo de chuva com enchentes, por exemplo. Seria um evento que não podemos controlar, mas mesmo assim estão presentes e podem ou devem influenciar no resultado final da empreitada. O ambiente interno está sob nosso controle e deve ser controlado para que não comprometa os objetivos. Pegar o dinheiro para a viagem, abastecer o carro, reservar o hotel, verificar a estrada que vai utilizar, quanto tempo demora para chegar ao primeiro destino, seguro do carro, seguro de viagem, se não esqueceu as crianças e assim por diante. Suponhamos uma viagem de São Paulo para a Bahia pela costa marítima brasileira. A ideia é ir de carro para poder parar onde achar melhor e desfrutar da paisagem. Então, tomou-se algumas decisões estratégicas. O tempo estimado de ida seria de 7 dias, pernoitando-se 5 lugares hotéis diferentes. Dois dias seriam destinados a conhecer Salvador, na casa de um amigo. No oitavo, o casal deveria estar de volta para São Paulo, pois teriam compromissos agendados. A opção estratégica então foi fazer a viagem com um carro alugado e fora de temporada, pois poderiam deixar o carro na locadora em Salvador e pegar um avião de volta. O tempo que gastariam em cada hotel seria variável, de acordo com o nível de satisfação que proporcionasse. Não precisariam se preocupar com a reserva de quartos, pois haveriam muitos à disposição. A viagem deveria ocorrer no início de outono, depois das férias ou começo da primavera, onde as temperaturas estão amenas e pode-se aproveitar melhor o passeio. A estratégia está definida e a ideia parece ser maravilhosa. Figura 4 - Férias na praia - fonte Pixaplay2 Agora vamos ao planejamento tático. É quando os problemas começam a acontecer. Terão que agendar a data de saída e chagada. Para isso teriam que liberar suas agendas e verificar com o amigo essa possibilidade. Definir quais as cidades que pousariam, hotéis e o custo de cada um. Verificar a disponibilidade do carro desejado na locadora, fazer a reserva e verificar o custo disso. Definir o itinerário, provisionar a verba, contatar a asseguradora e assim por diante. Agora, você pensa que acabou? Não acabou não. Vamos para o operacional que é a viagem propriamente dita. Preparar as malas, liberar a agenda, buscar o carro e assim por diante até a chegada em São Paulo no 8º dia. Temos então 3 fases. A criação da ideia como um todo, onde se define os cenários e como se deseja executar o plano. Depois, cada um dos dois executará tarefas de cunho tático: qual hotel, qual estrada, quanto tempo, que carro escolher e assim por diante. Isso, até chegar no operacional, que é a viagem propriamente dita ou o mãos-a-obra. Viram, tão simples quanto isso e faz parte do cotidiano de nossas vidas pessoais. Como então deixar de se fazer o mesmo com uma empresa, que tem muito mais gente envolvida e maiores riscos de falha? 2 https://pixabay.com/pt/cocktail-praia-p%C3%B4r-do-sol-ver%C3%A3o-1042330/ 10/03/2017 15:59 https://pixabay.com/pt/cocktail-praia-p%C3%B4r-do-sol-ver%C3%A3o-1042330/ 1.2. CONCEPÇÃO DE CENÁRIOS O cenário é um dos fatores mais importantes de se levar em conta quando se fala em planejamento. Suponhamos os seguintes cenários para a nossa maravilhosa viagem à Bahia. 1. 30 anos de casados. O Marido deseja fazer com a esposa uma segunda lua de mel e para isso passou muito tempo pensando como realizá-la e, ao mesmo tempo, a vigem dos sonhos do casal. 2. 15 anos de casados e casal está passando uma crise matrimonial. O dois combinam uma segunda lua de mel para acertar as coisas. 3. O rapaz deseja pedir a mão de sua companheira de uma forma inesquecível e para isso arquiteta uma viagem para que, quando cheguem a Salvador, ele possa fazê-lo em grande estilo. Vejam, que apesar da estratégia servir em todos os 3 casos, os diversos cenários influenciam diretamente nas tomadas de decisão. Um casal com 30 anos de casados deve procurar lugares diferentes de um casal mais novo com problemas de relacionamento. O mesmo deve se dar com um casal com a pretensão de se casar logo. Existe todo um contexto que carece de ser levado em conta para que se busque os melhores resultados possíveis. Um casal que fosse viajar a 100 anos atrás com certeza não teria as mesmas opções que temos hoje. Não precisa ser 100 anos, 30 anos já fariam muita diferença. Basta dizer que o celular chegou ao Brasil em 1991, ou seja, a 26 anos. Internet, e-commerce e muitas outras coisas tiveram grande impacto em nossas vidas. O jeito de se administrar as organizações mudou muito. A ideia de planejamento estratégico nas empresas também é relativamente nova. As mudanças de cenários do mercado têm se alternado, nos últimos anos, de maneira totalmente inesperada forçando as organizações a se adaptarem a esta nova realidade. Veja a Figura 5. Figura 5 - O que força as empresas a mudar - Fonte do autor O que é cenário? “...De acordo com Ringland (2006) o planejamento de cenários é uma parte do planejamento estratégico que combina ferramentas e tecnologias para administrar as incertezas do futuro, ou seja, são modelos para antecipar, o que o autor chama de vida real (2006). Para Schoemaker (1995) o planejamento por cenários é um método estruturado (disciplinado) para imaginar futuros possíveis. Este autor enfatiza que, dentre as diversas metodologias para se pensar o futuro, o planejamento por cenários se destaca pela habilidade de capturar uma grande gama de possibilidades, com alto grau de riqueza nos detalhes. Na concepção de Porter (1996), um cenário é uma visão internamente consistente da estrutura futura de um setor. É baseado num conjunto de suposições plausíveis sobre as incertezas importantes que poderiam influenciar a estrutura industrial. ” (Carvalho, Sutter, & Wright, 2011) Pode-se separar os cenários em duas grandes categorias (Godet & Roubelat, 1996): Exploratório (forecasting): Leva em consideração o histórico de tendências e o momento atual, concluindo com o futuro provável. Antecipatório (backcasting): Leva em conta pontos de vista variados na extrapolação para o futuro. Busca diretrizes tanto para evitar como para alcançar determinado estado. 1.3. A DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO, VISÃO E MISSÃO O sucesso de qualquer empreendimento passa, necessariamente, pela sua capacidade de gerar soluções adequadas para satisfazer as necessidades do mercado. Por vezes, a alta administração pode não entender a valia de uma definição apropriada de seu negócio, missão, visão e valores e como isto pode trazer benefícios à organização. O primeiro ponto que pode passar desapercebido é que são decisões de alto impacto estratégico. São disposições que devem atuar como uma bússola, norteando os caminhos dos negócios. 1.3.1. DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO Quanto custa, para uma empresa, a definição equivocada de seu negócio? Quando a pergunta é colocada desta forma, a dimensão estratégica torna-se mais evidente. Então, qual é o seu negócio? “O fato dessa pergunta ser feita tão raramente – ao menos de forma clara e direta – e de tão raramente receber a atenção adequada é, talvez, a principal causa de fracassos empresariais”. (DRUCKER, 1981) Para respondê-la corretamente, um cenário externo muito bem formulado pode ajudar muito. São aquelas variáveis que você não tem como mudar, mas, a partir da escolha feita, você fica atrelado a elas. Por exemplo, um cenário que se encontra em situação desfavorável ao seu negócio podeexigir um investimento financeiro e um esforço muito maiores, além de muito mais tempo para se obter os resultados desejados. Estaremos navegando em um oceano vermelho3. Um cenário favorável deve favorecê-lo, de alguma forma, na busca de oportunidades. 3 Livro – A estratégia do oceano azul - W. Chan Kim Por exemplo: Uma empresa que atende o setor de eletrônicos deve afunilar seu foco em áreas específicas como: segurança, automação, lazer, etc. A área escolhida deve oferecer oportunidades com maior possibilidade de lucratividade. A bem da verdade, o esforço vai um pouco além disso: a) “delimitar um espaço dentro do setor onde a empresa atua com a finalidade de identificar oportunidades de mercado; b) identificar os tipos de necessidades e/ou desejos que a empresa tem habilidade para satisfazer de forma diferenciada; c) saber quais são os benefícios que os clientes e/ou usuários esperam obter ao adquirir nossos produtos e/ou serviços; d) certificar-se de que estará não apenas correspondendo, mas superando as expectativas de seus clientes e/ou usuários; e) e expressar formalmente uma missão que facilite a definição e o alcance dos objetivos pretendidos.” (ANDRADE, 2016) A visão estratégica é que deve definir o negócio (benefícios) e é prudente evitar a contemplação obtusa dos produtos e serviços para tal intento. Vasconcelos (2001) into (ANDRADE, 2016). EMPRESA NEGÓCIO Visão míope (Produtos ou serviços) Visão estratégica (benefícios) Avon Cosméticos Beleza Xerox Copiadoras Automação de escritório IBM Computadores Informação Estrela Brinquedos Alegria Localiza Aluguel de carros Soluções em transporte Arisco Aluguel de carros Soluções em transporte Arisco Tempero Alimentos Randon Veículos e implementos Soluções para o transporte Atlas Elevadores Transporte Exxon (Esso) Combustível Energia Abril Livros e revistas Informação, cultura e entretenimento Tabela 1 - Definição do negócio - fonte (ANDRADE, 2016) 1.3.2. VISÃO ESTRATÉGICA “Uma declaração de visão representa os objetivos de longo prazo da alta administração para a organização – uma descrição da posição competitiva que se deseja alcançar ao longo de certo período de tempo e de quais competências essenciais devem ser adquiridas para se chegar lá. [...] uma boa visão proporciona tanto orientação estratégica como foco motivacional. Uma declaração de visão eficaz atende a três critérios: (1) deve ser clara, mas não tão limitada a ponto de restringir a iniciativa; (2) deve ser desejável, no sentido de atender aos interesses legítimos e aos valores de todos os stakeholders; e (3) deve ser factível, ou seja, implementável. ” Kluyver e Pearce II into (ANDRADE, 2016) A visão estratégica deve caracterizar o futuro de acordo com os principais desejos da mais alta direção da empresa. Carece de ser uma tarefa de grande magnitude que retrate as ambições como meta, com a intenção de servir de linha mestra na definição dos objetivos, assim como na definição da missão estratégica. Vasconcellos Filho e Pagnoncelli into (ANDRADE, 2016) complementa: “diante do desafio de planejar em ambientes cada vez mais complexos e competitivos, a visão passou a ter importância fundamental na construção do futuro de pessoas, organizações, cidades e países" esclarecendo que há benefícios na explicação da visão. Benefícios como: apoio, parceria empregado/empresa na realização do futuro, inovação, motivando a equipe. ‘Para facilitar o entendimento desse conceito, apresentam-se, a seguir, alguns exemplos de visão estratégica: A Philip Morris Companies, Inc. definiu a seguinte visão estratégica: “Ser a companhia mais bem-sucedida do mundo em gerar produtos empacotados para o consumidor. ” Um determinado supermercado definiu a seguinte visão estratégica: “Ser a empresa líder regional no varejo de alimentos e produtos para o lar. ” A British Airways definiu a seguinte visão estratégica: “ Ser a empresa melhor e a de maior porte no setor de linhas aéreas. ” A EPISE definiu a seguinte visão estratégica: “Ter uma posição de liderança no âmbito da formação e desenvolvimento de recursos humanos, baseada na satisfação de nossos clientes, na orientação às pessoas, à inovação de nossas soluções e na rentabilidade do negócio. ” A BLUCREDI definiu sua visão estratégica como sendo: “Ser reconhecida pela comunidade como a melhor opção de produtos e serviços financeiros. ” A Wheb Sistemas tem como visão estratégica: “Ser a empresa líder no mercado brasileiro de gestão em saúde. ” O Poder judiciário do Estado de Santa Catarina definiu a seguinte visão estratégica: “Caracterizar-se como um Judiciário mais eficiente, reconhecido e respeitado pela Sociedade. ” (ANDRADE, 2016)’ 1.3.3. MISSÃO ESTRATÉGICA A missão estratégica é o que a empresa deseja entregar ou a necessidade que pretende satisfazer. Propósito básico ou mesmo a razão de ser da organização. Deve definir de forma clara suas responsabilidades para com os acionistas, funcionários, colaboradores e comunidade. Nesse instante é que se deve determinar qual é o negócio perante aos clientes em termos de benefícios recebidos ou desejos satisfeitos. Uma empresa não existe para oferecer coisas e sim para satisfazer necessidades (KOTLER, 1991). Para se poder satisfazer alguma necessidade, o cenário externo tem que estar bem claro e definido. Andrade (2016) propôs algumas questões que podem auxiliar na estruturação da missão e nos dá alguns exemplos: 1. “Setor em que a empresa atua? Têxtil. 2. Qual é o nosso negócio? (Benefício oferecido) Vestuário. 3. Quem é o nosso cliente? Pessoas adultas, de ambos os sexos, com elevado nível de renda e acostumadas a frequentar ambientes de alto luxo. 4. O que eles realmente querem quando nos procuram? Uma aparência elegante e sofisticada. Ai sim, a última pergunta poderá ser respondida com clareza: 1. Missão da empresa: Vestir as pessoas de forma elegante e sofisticada. A EPISE (Enseñanza Programada e Ingeniería de Sistemas Educacionales) é uma empresa com sede em Barcelona (Espanha) que se dedica à formação e ao desenvolvimento de recursos humanos através do oferecimento de cursos a distância. Considerando que o seu negócio é potencializar os métodos de autoinstruções como ferramentas de aprendizagem, a EPISE definiu a seguinte missão: “Oferecer a nossos clientes soluções formativas e estratégias de desenvolvimento de recursos humanos de alta qualidade, orientadas a um melhor rendimento das organizações. ” Outros exemplos de missão: A Escola Nacional de Administração Pública da Universidade de Quebec, no Canadá, definiu a seguinte missão: “Formar e aperfeiçoar administradores da Função Pública, assim como fazer avançar os conhecimentos no domínio da Administração Pública.” A Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Públicos do Vale do Itajaí (BLUCREDI) definiu a seguinte missão: “Promover a melhoria da qualidade de vida dos associados, por meio da cooperação financeira e de serviços, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da comunidade.” A Wheb Sistemas, empresa nacional especializada no desenvolvimento de tecnologias e sistemas de gestão focada no segmento da saúde, definiu a seguinte missão: “Oferecer soluções integradas em gestão de processos e de informações às organizações de saúde.” O Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina definiu a seguinte missão: “Humanizar a Justiça, assegurando que todos lhe tenham acesso, garantindo a efetivação dos direitos e da cidadania, com eficiência na prestação jurisdicional.” (ANDRADE, 2016) 1.4. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 1.4.1. ESTRATÉGIA O conceito de estratégia tem origem muito antiga, cerca de 2500 anos no SunTzu (aarte da guerra) e somente no início da década de 1960 é que começou a ser utilizado pelas corporações. O tema tem crescido no âmbito de interesse de executivos e pesquisadores vinculados à administração, aumentando sistematicamente o volume de estudos com o objetivo de sustentar a necessidade de informação destinada às empresas. (ANDRADE, 2016) “Essa é uma das palavras mais usadas no jargão empresarial e, infelizmente, muitas vezes com sentido equivocado. A palavra vem do grego: stratègós: de stratos (exército) e ago (liderança). O significado original caracterizava a "arte do general", que deixou de estar ao lado do exército para estar à distância, no alto das colinas, de onde podia observar o campo, adquirindo um maior potencial para selecionar a melhor posição e o melhor conjunto de ações para vencer a batalha e, quiçá, a guerra...” (dicionário etimológico4) 4 http://www.dicionarioetimologico.com.br/estrategia/ 08/03/2017 14:49 http://www.dicionarioetimologico.com.br/estrategia/ Veja na Tabela 2 - Estratégia organizacional – Marcos Históricos fonteTabela 2 os marcos históricos segundo Zaccarelli into (MATIAS-PEREIRA, 12/2010): Período Ano Fato Relevante Antiguidade Primeiro texto de aplicação militar conhecido tem mais de 2.000 anos e é do general chinês Sun Tzu: um tratado sobre a arte da guerra. No Ocidente, o conceito também é utilizado militarmente pelo exército romano. Século XVIII O general francês Napoleão Bonaparte, que conhece a obra de Tzu, é considerado um dos maiores estrategistas de todos os tempos. Década de 50 Após a Segunda Grande Guerra, o planejamento estratégico chega as empresas e universidades, principalmente nos EUA. Surge o modelo de análise de forças e fraquezas, ameaças e oportunidades. 1965 Edição do primeiro livro sobre estratégia Corporate estratego, de H. Igor Ansoff. Anos 60 e 70 O planejamento estratégico torna-se uma ferramenta muito popular e se espalha pelas empresas dos EUA. 1973 Primeiro Seminário Internacional de Administração Estratégica na Universidade de Vanderbilt. Nesse evento, iniciam-se as primeiras críticas ao planejamento estratégico. 1980 Publicação do primeiro livro de Michael Porter, com uma nova organização dos conceitos de estratégia. Década de 80 Com a estabilização do crescimento econômico, há certo desencanto das empresas norte-americanas em relação à estratégia. Já́ nas companhias japonesas, que experimentam grande crescimento econômico, os executivos leem e seguem os ensinamentos do general chinês Sun Tzu. Surgem, cada vez mais, novos autores e teorias sobre o tema. 1994 Edição do livro The rise and fall of strategic planning, de Mintzberg, que mostra a precariedade dos conceitos de planejamento estratégico e marca o início de uma nova fase dos conceitos de estratégia. Década de 90 As duas metades dessa década são bem distintas. Na primeira, há significativa retomada do pensamento estratégico, levando-se em consideração todas as suas limitações. Na segunda metade da década, com a euforia da Internet, algumas empresas abandonam completamente a estratégia, na opinião de Michael Porter, e outras tomam como sinônimo de transformação do negócio. Kaplan e Norton criam o balanced scorecard. Século XXI São propostos novos modelos com foco na capacidade de adaptar-se à mudança, na flexibilidade e no aprendizado organizacional. Para alguns, ter agilidade estratégica para “dançar conforme a música” passa a ser mais importante que a estratégia em si. Segundo pesquisa de Bain & Company (2004), o planejamento estratégico ainda é a ferramenta de gestão mais utilizada por empresas no mundo todo. Tabela 2 - Estratégia organizacional – Marcos Históricos fonte (MATIAS- PEREIRA, 12/2010) 1.4.2. PLANEJAMENTO Peter Drucker5 foi muito feliz quando definiu o que se quer dizer por planejar: Ele disse que é “Preparar-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e controlando o que for controlável”. Peter Drucker, considerado por muitos o guru do “management”, contribuiu imensamente para a área do planejamento e ele se utiliza dos conceitos de eficiência e eficácia de uma forma muito peculiar e acurada e, caso não se tenha um bom entendimento do que venha a ser cada um deles, pode gerar algum mal-entendido. Assim sendo, antes de prosseguirmos com o tema, é prudente definir mais esses dois conceitos que também são comumente confundidos como sinônimos: Eficácia6: Qualidade daquilo que alcança os resultados planejados; característica do que produz os efeitos esperados, do que é eficaz. Eficiência:7 Qualidade ou capacidade (de alguém, um dispositivo, um método etc.) de ter um bom rendimento em tarefas ou trabalhos com um mínimo de dispêndio (de tempo, recursos, energia etc.); PRODUTIVIDADE. Em outras palavras, ser eficaz é atingir o alvo (meta desejada) e ser eficiente é fazê-lo com o menor número de recursos possível. Quando Peter Drucker afirma que é mais importante ser eficaz do que eficiente, o que ele está realmente dizendo é: Do que adianta correr se o caminho está errado ou do que adianta ser eficiente se ainda não foi eficaz. 5 http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-e-planejamento/39381/ 08/03/2017 16:34 6 https://www.dicio.com.br/eficacia/ 08/03/2017 15:59 7 http://www.aulete.com.br/efici%C3%AAncia 08/03/2017 16:18 http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/efici%C3%AAncia/4387/ http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-e-planejamento/39381/ https://www.dicio.com.br/eficacia/ http://www.aulete.com.br/efici%C3%AAncia 1.4.3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Entendido isto, podemos concluir que: “Planejamento estratégico é um conceito comum no âmbito da administração, que significa o ato de pensar e fazer planos de uma maneira estratégica. É uma área do planejamento empresarial, que facilita a gestão de uma empresa. ”8 Pode-se ter o seguinte como uma boa definição de planejamento estratégico também: “O conceito que se ressalta é de que ninguém ganha dinheiro apenas porque é esforçado e faz certo seu trabalho. É preciso também saber dirigir os esforços para aquilo que traz resultado. ” (Almeida, 03/2010). A primeira coisa a se fazer é colocar as ideias em ordem (planejamento), depois é coordenar as ações (plano), tudo de forma estratégica. “Assim, não adianta se matar de trabalhar, chegando cedo e saindo tarde, se o negócio não dá dinheiro! E veja que tem muita gente pagando para trabalhar, ou seja, ganhando tão pouco que seria melhor ficar em casa, porque são apenas eficientes e não são eficazes, pois não direcionam suas atividades para aquilo que traz resultado. ” (Almeida, 03/2010) Para Hax e Majluf into (MATIAS-PEREIRA, 12/2010), a estratégia é um conceito multidisciplinar (atividades críticas organizacionais) atuando como agente facilitador e de integração. Os autores apresentam 9 dimensões que integram a estratégia. 1. Estratégia como um significado para o estabelecimento de um propósito organizacional em termos de objetivos de 8 https://www.significados.com.br/planejamento-estrategico/ 08/03/2017 16:39 https://www.significados.com.br/planejamento-estrategico/ longo alcance, programas de ação e prioridade para alocar recursos; 2. Estratégia como uma definição de um domínio competitivo de uma organização. Quais são os negócios que temos? Quais são os negócios que temos, mas não deveríamos ter? Quais são os negócios que não temos, mas que deveríamos ter?; 3. Estratégia como resposta às ameaças e oportunidades externas e as fraquezas e forças internas, a fim de alcançar uma vantagem competitiva sustentável; 4. Estratégia comouma maneira de definir as tarefas e Interdependências gerenciais nas perspectivas corporativas, do negócio e funcional; 5. Estratégia como um padrão ou processo de decisões coe- rentes, consensuais e integradas; 6. Estratégia como uma definição da contribuição econômica e não econômica que a organização intenciona fazer para os seus stakeholders (partes interessadas); 7. Estratégia como uma expressão da intenção estratégica da organização; 8. Estratégia como o significado do desenvolvimento das competências básicas da organização; 9. Estratégia como o significado do investimento nos recursos tangíveis e intangíveis da organização para desenvolver as capacidades que assegurarão a sustentabilidade da vantagem competitiva. (MATIAS-PEREIRA, 12/2010) 1.5. ADMINSTRAÇÃO ESTRATÉGICA Existe uma relação muito interessante entre as formas de planejamento e as hierarquias de uma indústria à qual algumas pessoas não notaram ainda. Além disso, há alguns conceitos que, por vezes, não estão bem definidos e que geram muitos mal-entendidos. Vamos a eles: O que seria planejar? “ ... Planejamento é o processo de tomar decisões sobre o futuro. As decisões que procuram, de alguma forma, influenciar o futuro, ou que serão colocadas em prática no futuro, são decisões de planejamento. ” (Maximiano, 2004) Figura 6 - Planejamento estratégico - Fonte Pixaplay9 São 3 (três) os níveis de planejamento existentes: 1. Estratégico; 2. Tático; 3. Operacional. Ainda, de acordo com Maximiano (2004), o planejamento estratégico tem visão de médio e longo prazo (missão visão e valores). Analisa onde se está e onde, tanto interna como externamente, e como se deve chegar lá. Para Oliveira (2006), o planejamento tático é uma fragmentação do plano estratégico e tem foco em uma área específica de atuação. Trabalha com 9 https://pixabay.com - technology-1095751_1920 https://pixabay.com/ objetivos, estratégias e políticas próprias em uma fragmentação ou decomposição do plano principal (estratégico). O Planejamento operacional pode ser considerado como a formalização do Tático. São planos de ação (operacionais) constituídos de documentos escritos, metodologias de desenvolvimento e de implantação. (Oliveira, 2006) Quem trabalha com a indústria, muitas vezes, ouve falar em procedimentos, orçamentos, programas e regras, mas seus significados, por vezes, ficam meio nebulosos. Podemos ter várias denominações ou tipo de planos como os apresentados na Figura 7. Figura 7 - Tipos de planos – Fonte (Chiavenato, 2003) Fala-se muito em política organizacional, mas poucos sabem o que realmente significa. Chiavenato (2003) fala de políticas com funcionários (RH), de como se lidar com clientes (vendas) e de mercado (preços). Todas são de cunho genérico, flexíveis e elásticas que proporcionam marcos e limitações e atuam com guias para a administração, definindo formas de atuação. Em resumo, buscam resguardar os objetivos da organização como um farol que impede o navio de colidir e afundar. Tabela 3 - Níveis Hierárquicos – Fonte (Chiavenato, 2003) Como pode-se notar, na Tabela 3 que existem 3 (três) itens hierárquicos bem distintos: 1. Presidentes e diretores (alta gestão): São cargos de nível estratégico. Decidem para onde a empresa caminhará e como. 2. Gerentes ou chefes de setor (média gestão): Cargos de nível tático. Comandam os departamentos das empresas e são os responsáveis pelo planejamento tático e acompanham seu desenvolvimento. 3. Supervisores (gestão de base): Cargos de nível operacional que comandam pessoas. Fazem as coisas acontecer. São a força da empresa. Veja a Figura 8. Níveis de organização Níveis de direção Cargos Envolvidos Abrangência Institucional Direção Diretores e altos executivos A empresa ou áreas da empresa Intermediário Gerência Gerentes e pessoal do meio de campo Cada departamento ou unidade da empresa Operacional Supervisão Supervisores e encarregados Cada grupo de pessoas ou tarefas Figura 8 - Relação Planejamento / Hierarquia – Adaptado (Chiavenato, 2003) As hierarquias são dispostas em função do planejamento da empresa. Uma organização na qual o planejamento esteja comprometido, as funções também o ficam, assim como os seus resultados. Deste modo, o planejamento plurianual é altamente recomendado e pode garantir a longevidade da entidade. Figura 9 - Hierarquia e competência - Fonte (Chiavenato, 2003) O bom administrador deve ser capaz de fazer uma boa análise situacional, apresentar soluções e resolver conflitos. Habilidades técnicas, como a Figura 9 apresenta, é parte predominante do nível operacional. Tem o conhecimento técnico especializado com foco em sua área de atividade. Tem a ver com conhecimento e procedimentos. No nível intermediário, a gerência, deve apresentar habilidades técnicas, habilidades humanas e conceituais em proporções similares. A habilidade humana é a capacidade de se trabalhar em equipe, desenvolver relacionamentos produtivos tanto a nível pessoal como com o grupo. O bom relacionamento com pessoas trata da capacidade de se comunicar apropriadamente, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos. Também deve desenvolver um bom envolvimento com as pessoas. Entendê-las, como indivíduos e como membros do grupo. O nível institucional deve ter como preponderante a habilidade conceitual. Visão holística da organização e deve compreender como as mudanças da parte afetam o todo. Compreende a capacidade de pensar raciocinar, diagnosticar a situação e formular soluções alternativas. Para tanto, são necessárias capacidades cognitivas bem sofisticadas como: Panejar o futuro, interpretar a missão, desenvolver a visão e perceber oportunidades onde a maioria das pessoas não o consegue fazer. São todas competências bem distintas distribuídas a partir de um planejamento bem elaborado. 1.6. DO PLANEJAMENTO A AÇÃO Aqui estamos diante de um novo desafio. Em teoria, já de dever ter os cenários definidos (tópico do capítulo 2) a estratégia já está traçada e agora deve-se ir à ação. Como fazê-lo de forma eficiente? Determinar quais são os elementos chave em que a estratégia deve se basear para atingir os seus objetivos é, sem dúvida alguma, um dos fatores determinantes com relação sucesso do projeto. O nome que se dá a isso é Plano de ação, que é o processo pelo qual se determina o que se deve ser controlado e se gerencia o andamento das coisas. Existem duas técnicas que se destacam: 5W2H e o PDCA que serão apresentadas. 1.7. EXERCÍCIOS 1. Como um GPS tradicional ou o WAZE pode ajudar no planejamento de um percurso? Resposta: O GPS tradicional nos ajuda com esse trabalho, mas o WAZE se destaca dos demais por ser uma rede social, além de um excelente GPS, disponibiliza informações on-line adicionadas pelos próprios usuários. A informação chega de forma muito rápida, orientando sempre o melhor caminho. Note que ele fornece sistematicamente opções de rotas alternativas para que o usuário decida qual a melhor. As variáveis vão desde informações de trânsito, buracos na pista, localização de radares, acidentes, etc. Sabe-se até a hora que se deve chegar ao destino. Assim fica fácil demais planejar. 2. O que é um cenário? Resposta: “...De acordo com Ringland (2006) o planejamento de cenários é uma parte do planejamento estratégico que combina ferramentas e tecnologias para administrar as incertezas do futuro, ou seja, são modelos para antecipar, o que o autor chama de vida real (2006). Para Schoemaker (1995) o planejamento por cenários é um método estruturado (disciplinado) para imaginar futuros possíveis. Este autor enfatiza que, dentre as diversas metodologiaspara se pensar o futuro, o planejamento por cenários se destaca pela habilidade de capturar uma grande gama de possibilidades, com alto grau de riqueza nos detalhes. Na concepção de Porter (1996), um cenário é uma visão internamente consistente da estrutura futura de um setor. É baseado num conjunto de suposições plausíveis sobre as incertezas importantes que poderiam influenciar a estrutura industrial. ” (Carvalho, Sutter, & Wright, 2011) 3. Por qual razão definir qual é o negócio é tão importante? Resposta: “O fato dessa pergunta ser feita tão raramente – ao menos de forma clara e direta – e de tão raramente receber a atenção adequada é, talvez, a principal causa de fracassos empresariais”. (DRUCKER, 1981) 4. Qual é a origem da palavra estratégia? Resposta: “Essa é uma das palavras mais usadas no jargão empresarial e, infelizmente, muitas vezes com sentido equivocado. A palavra vem do grego: stratègós: de stratos (exército) e ago (liderança). O significado original caracterizava a "arte do general", que deixou de estar ao lado do exército para estar à distância, no alto das colinas, de onde podia observar o campo, adquirindo um maior potencial para selecionar a melhor posição e o melhor conjunto de ações para vencer a batalha e, quiçá, a guerra...” (dicionário etimológico10) 5. Como se define planejamento estratégico? Resposta: Pode-se ter o seguinte como uma boa definição de planejamento estratégico também: “O conceito que se ressalta é de que ninguém ganha dinheiro apenas porque é esforçado e faz certo seu trabalho. É preciso também saber dirigir os esforços para aquilo que traz resultado. ” (Almeida, 03/2010). A primeira coisa a se fazer é colocar as ideias em ordem (planejamento), depois é coordenar as ações (plano), tudo de forma estratégica. 10 http://www.dicionarioetimologico.com.br/estrategia/ 08/03/2017 14:49 http://www.dicionarioetimologico.com.br/estrategia/ “Assim, não adianta se matar de trabalhar, chegando cedo e saindo tarde, se o negócio não dá dinheiro! E veja que tem muita gente pagando para trabalhar, ou seja, ganhando tão pouco que seria melhor ficar em casa, porque são apenas eficientes e não são eficazes, pois não direcionam suas atividades para aquilo que traz resultado. ” (Almeida, 03/2010) CAPITULO 2 - MUDANÇAS DE CENÁRIOS E GERENCIAMENTO DA MUDANÇA 2. INTRODUÇÃO Caro(a) Aluno(a), A mudança de cenários tem sua velocidade, a cada dia que passa, mais acentuada. É pratica comum das grandes empresas analisá-lo sistematicamente. Uma melhor forma de se entender essas mudanças é através da compreensão das 4 etapas da revolução industrial e, assim, entender o seu impacto na vida das organizações. Todo mundo sempre quer mudança, porém poucos assumem a responsabilidade de mudar. O que mudar e como mudar são pontos relevantes, mas tem que levar em conta a resistência que se oporá a elas. É disso que falaremos aqui. Conteúdo desta unidade Falaremos sobre as 4 revoluções industriais e os cenários de suas respectivas épocas e como as pessoas resistem à elas. 2.1. MUDANÇAS DE CENÁRIOS Existe toda uma história que conta como o conceito de produção se desenvolveu (Neto & Gomes, 2003), suas mudanças e como é entendido hoje. Vamos ver aqui o que aconteceu tanto no mundo como no Brasil. No mundo: A história começa na idade antiga, passando pela idade média e todas foram marcadas pela escassez. Nessa época, a produção era para consumo próprio e da comunidade. Com o tempo, evoluiu para se trocar mercadorias excedentes por outras que não se tinha disponibilidade. Houve, com o surgimento do dinheiro no século VII a.c., uma maior facilidade para a troca de mercadorias, dando origem ao comércio, como é conhecido hoje. Figura 10 - arte – diferença entre Reino Unido / Grã Bretanha / Inglaterra – Fonte: Revista VEJA11 11 http://veja.abril.com.br/mundo/entenda-a-diferenca-entre-inglaterra-gra-bretanha-e-reino- unido/ 08/11/2016 17:59 http://veja.abril.com.br/mundo/entenda-a-diferenca-entre-inglaterra-gra-bretanha-e-reino-unido/ http://veja.abril.com.br/mundo/entenda-a-diferenca-entre-inglaterra-gra-bretanha-e-reino-unido/ Em meados do século XVIII, na Grã-Bretanha, como mostra a Figura 10, as diferenças da região, teve início a revolução industrial, que se expandiu para o resto do continente europeu. “...a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos escritos. Durante um breve período ela coincidiu com a história de um único país, a Grã-Bretanha. Assim, toda uma economia mundial foi edificada com base na Grã-Bretanha, ou antes, em torno desse país, que por isso ascendeu temporariamente a uma posição de influência e poder mundiais sem paralelo na história de qualquer país com as suas dimensões relativas, antes ou desde então, e que provavelmente não será igualada por qualquer Estado no futuro previsível. “ (HOBSBAWM, 1979). Momento histórico (veja a Figura 11) onde houve a transição de uma economia essencialmente agrária, para outra regida pela indústria/capital, que é a origem do atual sistema capitalista. Esse fato originou uma transformação social, econômica e política sem precedentes. O mundo jamais voltaria a ser o que foi um dia. Isso teve um impacto (direto e indireto) significativo na vida do cidadão da época. Anteriormente, ele tinha total domínio sobre o seu trabalho (processo e produto), agora iniciava um movimento que tiraria de suas mãos esse trabalho de uma vez por todas. As empresas passariam a exercer tais prerrogativas. Figura 11 - Revolução Industrial - Fonte do autor “(...) no contexto desse quadro geral, a história da Grã-Bretanha é a história da primeira fase da industrialização mundial – a Revolução Industrial, a formação de uma única economia mundial liberal e a penetração e conquista finais do mundo subdesenvolvido e não-capitalista pelo capitalista, seu triunfo foi a vitória do pioneiro dessa fase da história; seu declínio, a decadência de todo um sistema econômico mundial. “ (HOBSBAWM, 1979) Figura 12 - Império Britânico - Fonte: Linda Colley12 Para contextualizar, vale ter uma visão (Figura 12) do que se tornou o império Britânico. Com certeza, um dos impérios com maior exceção territorial de todos os tempos da história conhecida deste planeta. A transformação no modo de produção teve 3 fatores que contribuíram para seu desenvolvimento: 1. A visão do mercado interno como o sendo o maior mercado consumidor do país; 2. Mercado externo, dinâmico e seguro; e 3. O papel desempenhado pelo governo neste novo cenário. O século XIX, apesar de se caracterizar por várias conquistas e desenvolvimento, não foi um período fácil, pois as desigualdades sociais e a pobreza eram vigentes, marcadas pela degradação do trabalhador e o próprio trabalho (Neto & Gomes, 2003). Foi um processo muito desgastante que tomou um certo tempo onde a coerção e a violência se contextualizaram. Algumas questões críticas tiveram que ser resolvidas, como: O lazer do trabalhador; Conflito de interesses entre capital e trabalho; Indisciplina; e Como tratar as invenções e mudanças tecnológicas. 12 https://wordofhistory.wordpress.com/2013/11/07/imperialismo-britanico/ - Linda Colley, professora de História em Princeton. https://wordofhistory.wordpress.com/2013/11/07/imperialismo-britanico/ A questão da preguiça dos trabalhadores, como designava o capital, também foi abundantemente enfatizada. Assim, leis foram elaboradas com o objetivo de justificar a fiscalização, para que a disciplina pudesse ser implantada. O surgimento das fábricas, a extensão da divisão do trabalho e a adaptaçãodos trabalhadores às máquinas foi gerida pela importância econômica provinda do capital, pois este financiava a produção e os equipamentos. Sendo assim, assumia naturalmente o controle do processo produtivo. Esse controle fez com que o trabalhador e o seu trabalho vivessem em função das máquinas que operavam e das fábricas que os empregavam. Foi uma mudança radical para os padrões da época sem dúvida alguma. “O mais antigo princípio inovador do modo capitalista de produção foi a divisão manufatureira do trabalho, e de uma forma ou de outra a divisão do trabalho permaneceu o princípio fundamental da organização industrial. A divisão do trabalho na indústria capitalista não é de modo algum idêntica ao fenômeno da distribuição de tarefas, ofícios ou especialidades da produção através da sociedade, porquanto, embora todas as sociedades conhecidas tenham dividido seu trabalho em especialidades produtivas, nenhuma sociedade antes do capitalismo subdividiu sistematicamente o trabalho de cada especialidade produtiva em operações limitadas. Esta forma de divisão do trabalho torna-se generalizada apenas com o capitalismo. “ (BRAVERMAN, 1977) A Figura 13 mostra um galpão com uma série de carros do começo do século. O sistema Ford é um exemplo de produção em séria e divisão de tarefas. Figura 13 - Sistema Ford de Produção 191413 2.1.1. PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Vamos aqui dividir a revolução industrial em 4 (quatro) fases para que seja melhor compreendida e para efeito de contextualização. A primeira fase vai de aproximadamente 1760 a 1850 (base era a indústria têxtil e energia a vapor) ainda dentro da Grã-Bretanha. Segue até 1914, quando se espalha pelo mundo (Europa, Américas e Ásia). Surgem novas fontes de energia, como a hidráulica e a do petróleo. A invenção da locomotiva e do barco a vapor revolucionam o transporte. Inovações tecnológicas O século XIX: (Fragoso, et al., 2008) 1800 – Primeira bateria (Alessandro Volta) 1804 – Primeira locomotiva a vapor 1810 – Impressão (Frederick Koenig) 1821 – Motor Elétrico (Michael Faraday) 1896 – Descoberta da radioatividade (Antoine Henri Becquerel) 1854 – Invenção da lâmpada de luz incadescente (Heinrich Goebel) 13 http://www.estudopratico.com.br/fordismo/ 09/11/2016 14:27 http://www.estudopratico.com.br/fordismo/ 1859 – O motor a gás é desenvolvido (Etienne Lenoir) 1861 – Primeiro telefone (Johann Philipp Reis) 1875 – Invenção da geladeira (Carl von Linde) 1876 – Aplicação de patente para o telefone (Alexander Graham Bell) - Motor de quatro-tempos (Nicolaus August Otto) 1877 – Invenção do fonógrafo (Thomas Alva Edison) 1879 – Primeira locomotiva elétrica (Werner von Siemens) 1881 – Fornecimento de energia com alta frequência de corrente alternada (George Westinghouse) 1883 – Desenvolvimento da turbina a vapor (Carl de Laval) 1886 – Primeiro automóvel (Karl Benz) Eletricidade 1895 – Descoberta de Raios-X (Wilhelm Conrad Röntgen) - Invenção do cinematógrafo (Auguste e Louis Jean Lumière) 1897 – Invenção do tubo de raio de catódio (Karl Ferdinand Braun) - 1903 – Primeiro voo motorizado (Orville and Wilbur Wright) 1913 – Linha de montagem para a fabricação de carro (Henry Ford). Em 1914, tem início a 1ª Guerra mundial. 2.1.2. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A segunda fase continua até 1945, com a conclusão da segunda grande guerra (1939/1945). Estava baseada nas indústrias de bens de capital (carvão, ferro e aço). Os seus alicerces foram muito melhor sedimentados, propiciando um maior crescimento econômico. O século XX: (Grandes Invenções Tecnológicas, 2016) 1901 - Invenção do rádio pelo italiano Guglielmo Marconi. 1906 - O brasileiro Santos Dumont realizou o primeiro vôo com o 14 bis. 1930 - Vannevar Bush inventou o computador analógico. 1941 - O engenheiro inglês Frank Whittle criou o avião a jato. 1943 - A Motorola lançou o primeiro walkie-talkie. 1946 - Desenvolvimento do (Grandes Invenções Tecnológicas, 2016) computador com sistema eletrônico, chamado Eniac. Frank Whittle Obsolescência Programada Quando algo se torna obsoleto? Bem, hoje esse processo é muito rápido, não é? Isso tem uma história bem interessante que teve início na primeira metade do século XX. Com a quebra da bolsa nos EUA, em 1929, muitas famílias perderam tudo. Havia uma falta muito grande de empregos e as coisas não caminhavam bem. Em um dado momento, por causa da tremenda queda nas vendas, alguém teve a brilhante ideia se reduzir a vida dos bens de consumo para aumentar as vendas. Essa história começou a se revelar por causa de uma lâmpada. A lâmpada de Livermore (cidade da Carolina do Norte), onde foi encontrada uma remanescente que funcionava desde 1901. Existe um documentário, bastante interessante, chamado “A conspiração da lâmpada14”. A história é contada e mostra Tomas Edson em uma propaganda comercial falando exatamente sobre a sua durabilidade. London (1933), em The New Prosperity, é o primeiro a publicar essa nova estratégia de crescimento com a promessa de crescimento da indústria e aumento de empregos para a população. Acreditava tanto na ideia, que defendia a obrigatoriedade da mesma por lei. No período de 1939 a 1945 vivenciamos a segunda grande guerra, onde os países do Eixo saíram derrotados (Itália, Japão e Alemanha) e os Aliados (União Soviética, Estados Unidos, Império Britânico e a China) foram os vencedores. Os EUA se destacou dentre os vitoriosos, em uma economia globalmente destruída e que precisava se recompor. “A nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo nossa forma de vida, que tornemos a compra e uso de bens em rituais, que procuremos a nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, no consumo. Precisamos que as coisas 14 https://www.youtube.com/watch?v=4e7DfC0ytlY 17/11/2016 14:47 https://www.youtube.com/watch?v=4e7DfC0ytlY sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior”. Victor Lebow15 Com essa sugestão ao então presidente dos EUA, Dwight David Eisenhower, em 1955, Victor Leblow iniciou a era do consumo. Vale a pena ressaltar que o país dispunha de uma tremenda força industrial oriunda do famoso esforço de guerra, que foi usada com eficiência, para se tornar nação mais poderosa do mundo. Essa política nos levou a um problema de sustentabilidade, muito bem abordado no documentário “A história das coisas16”, que o expõe de uma forma bastante interessante. 2.1.3. TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A terceira revolução ainda é muito pouco conhecida, pois estamos vivenciando o seu término e o início da quarta. Com certeza, é um tema extremamente atual e desafiador. A UOL (universo online) tem dois sites com artigos interessantes que abordam o tema sob a bandeira da educação. O primeiro tem o título ‘Terceira Revolução industrial17 - (Freitas, s.d.) e explica que esta começa após a segunda guerra mundial, a qual trouxe um desenvolvimento tecnológico bem acentuado provindo tanto dos países do eixo, que foram derrotados, quanto aquele conquistado pelos aliados. Neste período, a tecnologia trabalhou junto com as fábricas em um esforço gigantesco para derrotar o adversário. Com o final das ações bélicas, o mundo entra em um novo contexto. O contexto da guerra fria. O passado recente estava ainda muito presente na mente das pessoas e a possibilidade de um confronto nuclear (Figura 14) entre EUA e URSS perseguia a humanidade. A junção da ciência e tecnologia foi uma consequência natural. Pesquisa e desenvolvimento industrial caminham lado a lado até os dias atuais. 15 http://ablemesh.co.uk/PDFs/journal-of-retailing1955.pdf 17/11/2016 15:29 16 https://www.youtube.com/watch?v=Gca-MdxG-Ow17/11/2016 15:49 17 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm 21/11/2016 08:00 http://ablemesh.co.uk/PDFs/journal-of-retailing1955.pdf https://www.youtube.com/watch?v=Gca-MdxG-Ow http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm Figura 14 - Explosão de uma bomba nuclear – Fonte: Pixaplay18 Tecnologia de ponta está muito associada às áreas produtivas. Nesse período, aparecem os produtos de alto valor agregado, mesmo consumindo uma quantidade reduzida de matéria prima. Nesse período, testemunhamos o aparecimento do computador e, junto com eles, os softwares, a microeletrônica junto como os chips, transistores e placas de circuito integrado. A robótica assume posição de destaque na indústria. As telecomunicações e a informática revolucionam o mercado. Rádio, televisão, telefonia fixa e móvel, biotecnologia, indústria aeroespacial são outras inovações de alto impacto na sociedade sem falar em muitas outras coisas. Mudanças radicais aconteceram neste período em tal grandeza que algo parecido fora sonhado por poucos até então. Produtos com alta interdependência entre eles e com a obsolescência programada comendo solta, despertando a ânsia do consumismo nas pessoas. Hoje não se compra um produto novo só porque quebrou. Novos conceitos de obsolescência foram introduzidos nessa época e podemos percebê-los até a atualidade. Quem já não comprou um celular novo porque o seu, apesar de ainda funcionar perfeitamente, não possui as novas funcionalidades? Pode-se chamar isso de obsolescência tecnológica. Quem já não comprou um tênis novo ou uma roupa de grife porque estava na moda e 18 https://pixabay.com - nuclear-weapons-test-67557_1920 - 21/11/2016 08:19 https://pixabay.com/ todo mundo está usando? Obsolescência percebida é aquela que acompanha as alterações dos valores sociais. Tudo isso nos faz comprar, comprar e comprar. Vale ressaltar que o Marketing (Figura 15) tem uma posição de destaque em todo esse consumismo e tem como fundamento a utilização das novas tecnologias como o rádio, a televisão e a internet para gerar e perpetuar novas necessidades. Figura 15 - Marketing – Fonte: Escola dos sonhos19 O segundo site da OUL20, (Pena, s.d.) entra no mérito da consolidação do capitalismo no mundo, instrumentalizando a economia através da famosa economia de mercado. O desenvolvimento das comunicações e do transporte permite a sua globalização. Nesse cenário, constata-se o seguinte: Desenvolvimento sem precedentes da ciência e da tecnologia; Consolidação do sistema capitalista; Surgimento de empresas multinacionais e globais; Descentralização industrial; 19 http://nossa-escoladossonhos.blogspot.com.br/2012/04/trabalho-de-sociologia-consumo.html 21/11/2016 09:10 20 http://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm 21/11/2016 09:24 http://nossa-escoladossonhos.blogspot.com.br/2012/04/trabalho-de-sociologia-consumo.html http://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm Flexibilização do trabalho; Terceirização da economia. A substituição do homem pela máquina cada vez mais se torna uma realidade e impulsiona as economias dos mais desenvolvidos. 2.1.4. QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A quarta revolução está acontecendo agora. O termo Smart factories foi utilizado pela primeira vez em 2011, durante a Hannover Fair (Figura 16). Então é tudo muito novo, mas vamos conhecer um pouco mais no artigo abaixo, de Adriano Gama Filho: Figura 16 - Robô futurista - Fonte PixaPlay21 21 https://pixabay.com - man-320276_1280 21/11/2016 11:14 https://pixabay.com/ “Uma nova revolução está ocorrendo no mundo produtivo. O mundo virtual e o real se confundem, as modernas tecnologias da informação estão sendo combinadas com processos industriais tradicionais, promovendo grandes mudanças nas diversas áreas de produção. Essa é a “Indústria 4.0“, a 4ª. Revolução Industrial. Trata-se de um projeto no âmbito da estratégia de alta tecnologia promovida pelo governo alemão, que promove a informatização da Manufatura. Busca-se chegar à fábrica inteligente (Smart Manufacturing), que se caracteriza pela capacidade de inteligência artificial, sistemas físicos e cibernéticos, eficiência dos recursos e a integração de clientes e parceiros de negócios. O desafio de dominar esse grau de complexidade exige conhecimento e ferramentas de software adequadas para projetar e construir as instalações e sistemas relevantes. Na manufatura inteligente tudo está interligado neste ambiente de produção. O produto em si é uma parte ativa do processo de produção. Esta integração perfeita dos mundos físico e virtual só é possível porque cada elemento existe, simultaneamente, tanto como um físico e um modelo virtual. O sistema é capaz de analisar as demandas de vendas dos produtos, analisar estoques, medir a produção e propor a programação ideal e fabricar mediante os dados analisados, tornando mais flexível o processo para atender à crescente demanda por personalização em massa. A base é uma conexão de dados transparente entre todas as fases do processo de agregação de valor. Para cada produto, ao lado de sua descrição física real, uma representação virtual continua a passar por um maior desenvolvimento. Consequentemente, uma integração dos mundos real e virtual é o foco daqueles na vanguarda do desenvolvimento e implementação da manufatura inteligente. A manufatura inteligente pressupõe a descentralização o controle. A comunicação ocorre em cada etapa para determinar que peças adicionar ou que etapas de montagem implementar. Com certeza esta revolução industrial, a medida que avançar, trará grandes mudanças nos processos produtivos, impulsionando avanços significativos aos processos de fabricação, agregação de valores e gestão. Há quem diga que o mouse substituirá as ferramentas. Cabe lembrar que por mais automação que esta revolução venha se firmar, temos que saber que ter as pessoas certas no lugar certo é fundamental para alavancar ganho tecnológico, e para a realização dos objetivos de manufatura inteligente. Segundo o Departamento de Educação dos Estados Unidos, “60% dos novos empregos que vão surgir no século 21 exigirão habilidades possuídas por apenas 20% da força de trabalho atual”. Dessa forma, além de desenvolver novas tecnologias, também será necessário esclarecer onde as pessoas vão estar situadas dentro do processo de produção no futuro, e como a interação entre pessoas e máquinas ocorrerá. Para observar esta revolução, a Alemanha vem centralizando o projeto da Indústria 4.0 e, nos Estados Unidos, uma iniciativa conhecida como a Smart Manufacturing Leadership Coalition – SMLC, ou Coalisão da Liderança para Manufatura Inteligente, também está trabalhando sobre o futuro da indústria transformadora. “ Por: Eng. Adriano Gama Filho22 - Baseado no artigo de Paulo Roberto dos Santos é Gerente Regional de Produtos para as Américas na Festo Brasil 22 http://www.mgtech.com.br/consult/industria-4-0/ 21/11/2016 10:45 http://www.mgtech.com.br/consult/industria-4-0/ 2.2. GERENCIAMENTO DA MUDANÇA Atualmente, a mudança organizacional se tornou uma das atividades mais estudadas, pois o que era algo esporádico (aparecimento de necessidades reais e urgentes) agora demonstra ser uma tendência a provocar transformações incessantes. Fatores como competitividade, cumprir novas leis ou regulamentações, introduzir novas tecnologias, atender às variações nas preferências de consumidores ou de parceiros tornaram-se parte integrante do dia a dia dos executivos. (Hernandez & Caldas,2001) “Se os processos de mudança não têm sido completos fracassos, também é verdade que poucos têm sido sucessos estrondosos (KOTTER, 1995); a grande maioria situa-se entre esses dois extremos, e as consequências são visíveis: perda de tempo, energia e dinheiro, danos à motivação de gerentes e empregados, etc.” (Hernandez & Caldas, 2001) Comecemos entendendo como é definida. Veja a Tabela 7 - Tabela de tipos de resistências - Fonte: (ROBBINS, JUDGE, & SOBRAL, 2010) DEFINIÇÃO DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL REFERÊNCIA Qualquer alteração, planejada ou não, nos componentes organizacionais (pessoas, trabalho, estrutura formal, cultura) ou nas relações entre a organização e seu ambiente, que possa ter consequências relevantes, de natureza positiva ou negativa, para a eficiência, eficácia e/ou sustentabilidade organizacional; (LIMA & BRESSAN, 2003) Toda alteração, planejada ou não, ocorrida na organização, decorrente de fatores internos e/ou externos à mesma que traz algum impacto nos resultados e/ou nas relações entre as (BRUNO-FARIA, 2000) pessoas no trabalho; Qualquer transformação de natureza estrutural, estratégica, cultural, tecnológica, humana ou de outro componente, capaz de gerar impacto em partes ou no conjunto da organização; (WOOD Jr, 2000) São atividades intencionais, proativas e direcionadas para a obtenção das metas organizacionais; (ROBBINS S. P., 1999.) Resposta da organização às transformações que vigoram no ambiente, com o intuito de manter a congruência entre os componentes organizacionais (trabalho, pessoas, arranjos/estrutura e cultura); (NADLER, SHAW, & WALTON, 1995) É um acontecimento temporal estritamente relacionado a uma lógica, ou ponto de vista individual, que possibilita às pessoas pensarem e falarem sobre a mudança que percebem; (FORD & FORD, 1995) Sequência de eventos que se desdobram durante a existência da entidade organizacional e que relatam um tipo específico de mudança. (VAN DE VEN, 1995) Conjunto de teorias, valores, estratégias e técnicas cientificamente embasadas, objetivando mudança planejada do ambiente de trabalho com o objetivo de elevar o desenvolvimento individual e o desempenho organizacional; (PORRAS & ROBERTSON, 1992) Alteração significativa articulada, planejada e operacionalizada por pessoal interno ou externo à organização, que tenha o apoio e a supervisão da administração superior, e atinja integradamente os componentes de cunho comportamental, estrutural, tecnológico e estratégico; (ARAÚJO, 1982) É uma resposta às crises, considerando como principais elementos da mudança organizacional, a tecnologia, o comportamento social e as instituições e estruturas; (BASIL & COOK, 1974) Tabela 4 - Definições de mudança - Adaptado de BRESSAN 2004 Heráclito nos disse: “a única coisa constante é a mudança” e ele tem se mostrado muito preciso com essa afirmação com o passar do tempo. O biólogo chileno Humberto Maturana inspirou Peter Senge com relação ao processo evolutivo da natureza ao entendê-lo como uma mescla de transformação e preservação. Há dois tipos de mudanças possíveis em uma organização. As primeiras são as de âmbito interno, como o ambiente operacional, tático e estratégico e normalmente são causados pelas mudanças externas originadas nos clientes, na concorrência, na economia e assim por diante. O que se deve levar em conta é que todas as mudanças estão relacionas de uma forma ou de outra. Jack Welck, presidente da General Eletric Company (COHEN, 1999), fez a seguinte afirmação: "a mudança, agora, parece que não mais ocorre algumas vezes por semana. Estamos em uma era em que fazer negócio de forma incomum é forma pela qual vivenciamos o dia-a-dia dos negócios". Desde as décadas de 1980 e de 1990, este conceito vem se valorizando sistematicamente. A grande diferença é que hoje atinge-se um patamar diferenciado. Desde então aumentaram significativamente ritmo, a magnitude e a complexidade das mudanças. “As melhores organizações do futuro serão aquelas que descobrirão como despertar o empenho e a capacidade de aprender das pessoas em todos os níveis da organização” (SENGE, 1998). Serge entente a organização como um organismo vivo, onde todos são aprendizes e tem a mesma capacidade de aprender. Com o aumento da complexidade e dinamismo dos negócios, será impossível alguém aprender sozinho para depois repassar o conhecimento. Todos terão que executar essa função. A velocidade com que isso acontecerá, deverá ser o diferencial mais importante onde aprende-se em grupo para se criar resultados e, assim, atingir novos padrões de raciocínio. São dois os fatores a serem combinados em uma mudança organizacional: As alterações internas dos valores e aspirações geram mudança de comportamento, colaborando para as alterações externas nos processos, nas estratégias, nas práticas e nos sistemas. Por essa razão, não basta a mudança das estratégias, estruturas e sistemáticas. É fundamental que, primeiramente, as ideias sejam mudadas para que não se retorne ao ponto inicial. Muitas organizações fazem uso de programas de qualidade total, reengenharia de processos, 5 S, entre outros para atingir tais objetivos. “As pessoas que buscam a mudança organizacional desejam relacionamentos mais intensos, maior confiança, e um “jogo” mais aberto. Desejam também liberar os talentos e o entusiasmo naturais de seus funcionários. Esperam, genuinamente, se aproximar de seus clientes. Com tudo isso, eles estão lutando por configurar seu destino e alcançar, assim, o sucesso financeiro de longo prazo”. (SENGE, A dança das mudanças: os desafios de manter o crescimento e o sucesso em organizações que aprendem, 1999). Habilidades gerenciais são críticas para esse tipo de processo. As pessoas podem reagir de várias formas diferentes quando se fala em mudança. A imensa maioria muda em estágios e bem lentamente, por isso é preciso prepará-las com considerações prévias, acompanhar e fazer a manutenção periódica. Figura 17 - Quem quer mudança – Fonte: algum idioma23 2.2.1. MOTIVAÇÃO PARA MUDAR O que deve motivar uma empresa a mudar? As empresas podem ser muito resistentes a elas ou não. Essa é uma questão de percepção do meio envolvente que difere de dirigente para dirigente. Pode-se dizer, sem medo de errar, que uma boa percepção deve trazer vantagens significativas para qualquer organização. As mudanças carecem servir de ferramenta para que as instituições obtenham melhor desempenho quando detectar melhores oportunidades, adaptando-se a elas. Quando uma mudança ocorre, tem-se a expectativa de obter aumento de produtividade, ou é uma adaptação às condições de ambiente que são usualmente constituídas de desafios e oportunidades (ACUÑA & FERNÁNDEZ, 1995). São oportunidades de desenvolvimento ou percepção e consciência de problemas corporativos (SENGE P. M., FALL 1990) São três as situações em que uma empresa decide algum tipo de mudança (ALTAMIRO, 1999): 1. Por exigência do mercado: Clientes cada vez mais exigentes e produtos com alto valor agregado são fatores de sobrevivência no mercado atualmente. Fatores que exigem 23 http://algumidioma.blogspot.com.br/2016/06/quem-quer-mudanca-quem-quer- mudar.html 02/01/2017 15:45 http://algumidioma.blogspot.com.br/2016/06/quem-quer-mudanca-quem-quer-mudar.html http://algumidioma.blogspot.com.br/2016/06/quem-quer-mudanca-quem-quer-mudar.html novas metodologias de produção e/ou adoção de novos sistemas de gestão (OLIVEIRA, DUARTE, & MONTEVECHI, 2002). 2. Avanços tecnológicos: A estrutura tradicional, mecanicista e bem padronizada geralmente não tem conseguido atingir a vantagem competitiva almejada, traduzida pela falta de visão proativa de seu futuro (NOORI, 1997). A Tecnologia
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