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• Visão geral: 
 - Sistema que integra e controla as múltiplas atividades do sistema do organismo, através de redes nervosas que 
cooperam para que haja harmonia no conjunto. 
 - Representa cerca de 3% do peso corpo corporal todo, 2 kg, sendo considerado um dos menores, porém mais 
complexos, dos 11 sistemas. 
 
Funções: 
 - Detectar, transmitir, analisar e utilizar informações geradas pelos estímulos sensoriais. 
 - Organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do organismo. 
Divisão anatômica: 
 - Sistema nervoso central (SNC): formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. 
 - Sistema nervoso periférico (SNP): nervos cranianos, que nascem do encéfalo; nervos espinhais, que nascem 
na medula espinhal; gânglios associados a eles). 
Divisão funcional: 
 - Aqui o SNP está dividido em um componente sensitivo (aferente), responsável por receber e transmitir 
impulsos para o SNC, e um componente motor (eferente), originado do SNC e faz a transmissão de impulsos para os 
órgãos efetores espalhados pelo corpo. 
 - O componente motor, por sua vez, está subdividido em: 
 Sistema nervoso somático: impulsos gerados no SNC são transmitidos para os músculos esqueléticos por 
meio de um único neurônio . 
 Sistema nervoso autônomo: os impulsos do SNC são os primeiros transmitidos para um gânglio 
autônomo por meio de um neurônio pré-ganglionar; um segundo neurônio, originário do gânglio autônomo, chamado 
de pós-ganglionar, transmite impulsos para músculos lisos, musculo cardíaco ou glândulas. Esse, estará subdividido 
em SNA simpático e SNA parassimpático. 
 
• Sistema nervoso central 
- O SNC é o responsável por receber e processar as várias informações do organismo 
- Anatomicamente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O SNC tem a consistência de um gel semi-sólido, pois é constituído pela substância branca e pela substância cinzenta 
sem a interposição de elementos do tecido conjuntivo. 
Caracterizar o sistema nervoso e suas subdivisões 
1. Encéfalo: 
 1.1 Cérebro: 
 1.1.1 Telencéfalo: dividido em dois hemisférios, responsável pelo centro de controle do SN, seja ele a realização de estímulos motores 
ou a interpretação de estímulos sensitivos. 
 1.1.2 Diencéfalo: dividido em tálamo (recebe todas as fibras aferentes que ascendem na medula) e hipotálamo (responsável pela 
homeostase do corpo). 
 1.2 Tronco encefálico: envolvido em atividades de ordens inferiores e médias. 
 1.2.1 Mesencéfalo: responsável por algumas funções como a visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo 
 1.2.2 Ponte: participa de algumas atividades do bulbo, interfere no controle da respiração e serve de passagem para as fibras 
nervosas que ligam o cérebro a medula. 
 1.2.3 Bulbo: recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas, chamadas de vida vegetativa. 
 1.3 Cerebelo: tem como uma de suas funções principais a coordenação do movimento e participação do equilíbrio do corpo. Também está 
relacionado com o controle do tônus muscular. 
2. Medula espinhal: dividida em quatro regiões de acordo com as vertebras que se relaciona: cervical, torácica, lombar e sacral. 
 
 Substância branca: é constituída principalmente por fibras mielínicas, algumas fibras amielínicas e células 
da neuroglia. A cor branca é resultante da abundância de mielina que envolve os axônios. Está localizada 
abaixo do córtex do cérebro e envolve os gânglios basais. 
Recapitulando: não possui corpos de neurônios. Apresenta axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da 
glia. 
 Substância cinzenta: é constituída por agregações de corpos celulares de neurônios, dendritos e partes 
amielínicas de axônios, assim como células da neuroglia. a ausência de mielina é responsável pela cor 
cinzenta desta região. Está situada na periferia do cérebro e do cerebelo e forma os gânglios basais profundos. 
Recapitulando: dendritos, corpos de neurônios, porção inicial não mielinizados, oligodendrócitos e outras células da 
glia. 
Na medula espinal, é ao contrário, externamente é a substância branca e internamente a cinzenta, em corte 
transversal parece uma borboleta ou uma letra H. no traço horizontal tem um buraco, canal central da medula revestido 
por células ependimárias. 
 
 Córtex cerebral: 
A substância cinzenta da periferia dos hemisférios cerebrais está dobrada em giros e sulcos denominados córtex 
cerebral. O córtex cerebral é responsável pelo aprendizado, memória, integração sensorial, análise da informação e 
início das repostas motoras. 
O córtex cerebral está dividido em seis camadas compostas por neurônios, cuja morfologia é típica para cada camada. 
A camada mais superficial fica logo abaixo da pia-máter, a sexta camada, a mais profunda, faz fronteira com a 
substância branca do cérebro. As seis camadas e seus componentes são as seguintes: 
• Camada Molecular: constituída principalmente por terminações nervosas, originárias de outras áreas do 
encéfalo, pelas células horizontais e neuroglia. 
• Camada Granulosa Externa: contém principalmente células granulosas (estreladas) e células da neuroglia. 
• Camada Piramidal Externa: contém células da neuroglia e grandes células piramidais, que se tornam 
maiores da borda externa para a interna desta camada. 
• Camada Granulosa Interna: é uma camada delgada caracterizada por pequenas células granulosas 
(estreladas), dispostas de modo compacto, e neuroglia. Esta camada tem a maior densidade celular do córtex cerebral. 
• Camada Piramidal Interna: contém as maiores células piramidais e neuroglia. Esta camada tem a menor 
densidade celular do córtex cerebral. 
• Camada Multiforme: é constituída por células de várias formas (células de Martinotii) e neuroglia. 
 
 Córtex cerebelar: 
A camada de substancia cinzenta localizada na periferia do cerebelo é denominada de córtex cerebelar. O córtex 
cerebelar é responsável pela harmonia dos movimentos, equilíbrio, tônus muscular e coordenação motora. 
Histologicamente, o córtex cerebelar é dividido em três camadas: 
✓ Camada Molecular: diretamente abaixo da pia-máter e contém células estreladas de localização 
superficial, dendritos das células de Purkinje, células em cesto e axônios amielínicos da camada 
granulosa. 
✓ Camada de Células de Purkinje: contém as grandes células de Purkinje, em forma de frasco, existentes 
somente no cerebelo. Seus dendritos arborizados projetam-se na camada molecular e seus axônios 
mielínicos projetam-se na substância branca. Cada célula de Purkinje recebe centenas de milhares de 
sinapses, excitatórias e inibitórias que ela deve integrar para formar a resposta adequada. 
✓ Camada Granulosa: a camada granulosa (mais profunda) é constituída por pequenas células granulosas 
e glomérulos (ilhotas cerebelares). Os glomérulos são regiões d córtex cerebelar nas quais ocorrem as 
sinapses entre os axônios que chegam ao cerebelo e as células granulosas. Há a presença constante de 
micróglias. 
 Cerebelo 
situa-se atrás do cérebro, que é primariamente um centro para o dos movimentos iniciados pelo córtex motor (possui 
extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal). (Ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo 
do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os 
movimentos do lado direito do corpo). Ele avalia as informações dos movimentos que pretendem ser executados e 
de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo e avalia o movimento realmente executado, após 
uma comparação entre ambos, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que ele tenha o desempenho 
real igual ao pretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-secom os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e 
tônus muscular. 
 
 MEDULA ESPINHAL 
A medula espinhal, tubo compacto de tecido nervoso em que, diferentemente do encéfalo, a substância branca situa-
se perifericamente enquanto que a substancia cinzenta está situada no meio com a forma de um H (em secção 
transversal). 
Um pequeno canal central (remanescente da luz do tubo neural original) fica no centro da barra transversal doH. As 
barras verticais superiores ao H representam os cornos dorsais da medula espinhal, que recebe da medula espinhal, que 
recebem os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos cujos corpos celulares estão situados no gânglio da raiz 
dorsal. Os corpos celulares de interneurônios (internunciais) originam-se no SNC e estão totalmente confinados nele, 
onde formam redes de comunicação para a integração entre neurônios sensitivos e motores. Os interneuronios 
constituem vasta maioria dos neurônios do corpo. As barras verticais inferiores do H representam os cornos ventrais da 
medula espinhal, que contêm os corpos de neurônios motores multipolares cujos axônios saem da medula através das 
raízes ventrais. 
 
 Meninges 
• DURA-MÁTER 
A dura-mater, que recobre o encéfalo, é um tecido conjuntivo colagenoso denso (fibras de colágeno tipo I) 
constituído por duas camadas intimamente apostas no adulto. 
✓ A dura-máter perióstea, a camada mais externa, é constituída por células osteoprogenitoras, fibroblastos 
e feixes organizados de fibras colágenas presas de um modo frouxo á superfície interna do crânio, exceto 
nas suturas e na base do crânio, locais em que estão presas de um modo firme. É uma camada bem 
vascularizada. 
✓ A camada interna da dura, a dura-máter meníngea é constituída por fibroblastos com citoplasma 
fortemente corado, prolongamentos longos, núcleos ovoides e camadas em lâminas de fibras de colágeno. 
Esta camada também contém pequenos vasos sanguíneos. 
 
Uma camada de células interna à dura-máter meníngea, denominada camada de células da borda, é constituída 
por fibroblastos achatados dotados de longos prolongamentos que, ocasionalmente, prendem-se uns aos outros 
por desmossomos e junções comunicantes. A dura-máter da coluna vertebral não está aderida às paredes da 
coluna vertebral, mas ela forma um tubo continuo do forame magno ao segundo segmento do sacro e é perfurada 
pelos nervos espinhais. O espaço epidural, o espaço entre a dura e as paredes ósseas do canal vertebral, está 
cheio de gordura epidural e um por plexo venoso. 
 
• ARACNOIDE 
A camada aracnoide das meninges é avascular, apesar e vasos sanguíneos passarem por ela. Esta camada 
intermediária das meninges é constituída por fibroblastos, fibras colágenas e algumas fibras elásticas. Os 
fibroblastos formam junções comunicantes e desmossomos uns com os outros. 
A aracnoide é composta por duas camadas: (1) a primeira é uma membrana achatada semelhante a uma lamina 
em contato com a dura; (2) a segunda, região mais profunda, semelhante a uma teia composta pelas células 
trabeculares da aracnoide (fibroblastos modificados) dispostas frouxamente, juntamente com fibras de 
colágeno. Estas trabéculas da arcanoide ocupam o espaço subaracnoide, isto é, o espaço entre a parte semelhante 
a uma lamina da aracnoide e a pia. A interface entre a dura e a aracnoide, o espaço subdural, é considerado um 
espaço potencial, pois somente aparece após lesão que cause hemorragia subdural quando, então, o sangue força 
a separação dessas duas camadas. 
 
• PIA-MÁTER 
A pia-máter, a camada mais interna das meninges, está intimamente associada ao tecido encefálico, 
acompanhando todos os seus contornos. Entretanto, a pia-máter não chega a entrar em contato com o tecido nervoso, 
pois sempre há uma delgada camada de prolongamentos neurogliais interposta entre eles. 
A pia-máter é constituída por uma delgada camada de fibroblastos modificados, achatados (Tec. 
conjuntivo frouxo), que se assemelham às células trabeculares da aracnoide. Os vasos sanguíneos abundantes 
nesta camada, estão envolvidos por células da pia entremeadas com macrófago, mastócito e linfócito. Entre a pia 
e o tecido nervoso, há delicadas fibras colágenas e elásticas. 
 
 PLEXO COROIDE 
O plexo coroide, constituído por dobras de pia-máter dentro dos ventrículos encefálicos, produz o 
LCR. As dobras da pia-máter, que contem um grande numero de capilares intercalados por tecido conjuntivo 
frouxo vascularizado e são envolvidas por um epitélio cuboide simples (ependimário) que as reveste, estendem-
se pelos ventrículos encefálicos, terceiro, quarto e laterais, formando o plexo coroide. 
O plexo coroide produz o LCR, que enche os ventrículos encefálicos e o canal central da 
medula espinhal. O LCR banha o SNC ao circular pelo espaço subaracnoideo. 
O LCR circula pelos ventrículos encefálicos, espaço subaracnoideo, espaço perivascular e canal central 
da medula. Apresenta baixo teor de proteínas, mas é rico em íons sódio, potássio e cloreto. É constituído em cerca 
de 90% de água e íons, contendo algumas células descamadas e linfócitos ocasionais. Realiza as seguintes 
funções: 
✓ Proteção do SNC contra traumatismo (coxim); 
✓ Via de eliminação de produtos do metabolismo do SNC; 
✓ Defesa contra agentes infecciosos; 
✓ Usado para diagnósticos de Infecções, Hemorragias, Doenças Degenerativas e Doenças Neoplásicas. 
 
• Sistema nervoso periférico: 
 
 - O sistema nervoso periférico é constituído por estruturas localizadas fora do neuroeixo, sendo representado 
pelos nervos (e plexos formados por eles) e gânglios nervosos (consiste no conjunto de corpos de neurônios fora 
do SNC). 
No SNP, os nervos cranianos e espinhais, que consistem em feixes de fibras nervosas ou axônios, conduzem 
informações para e a partir do sistema nervoso central. Embora estejam revestidos por capas fibrosas à medida 
que cursam para diferentes partes do corpo, eles são relativamente desprotegidos e são comumente lesados por 
traumatismos, trazendo déficits motores/sensitivos para grupos musculares/porções de pele específicas. 
 
OBS3: Um nervo corresponde a um cordão formado por conglomerados de axônios que, ao longo de seu trajeto, 
pode projetar diversos axônios que chegarão às estruturas a serem inverdadas (placa motora ou terminal 
sensitivo). 
 
 Gânglios nervosos. 
Dá-se o nome de gânglio nervoso para qualquer aglomerado de corpos celulares de neurônios encontrado fora 
do sistema nervoso central (quando um aglomerado está dentro do sistema nervoso central, é conhecido como 
núcleo). Os gânglios podem ser divididos em sensoriais dos nervos espinhais e dos nervos cranianos (V, VII, 
VIII, IX e X) e em gânglios autonômicos (situados ao longo do curso das fibras nervosas eferentes do SN 
autônomo). 
 
 Nervos espinhais. 
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior, existem as conexões de pequenos filamentos radiculares, que se 
unem para formar, respectivamente, as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais. As duas, por sua vez, se 
unem para formar os nervos espinhais propriamente ditos. É a partir dessa conexão com os nervos espinhais 
que a medula pode ser dividida em segmentos. Estes nervos são importantes por conectar o SNC à periferia do 
corpo. 
Os nervos espinhais são assim chamados por se relacionarem com a medula espinhal, estabelecendo uma ponte 
de conexão SNC-SNP. 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos: 8 
cervicais (existe oito nervos cervicais mas apenas sete vértebras pois o primeiro par cervical se origina entre a 
1ª vértebra cervical e o osso occipital), 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. 
OBS4: Na realidade, são 33 pares de Nn. Espinhais se forem considerados os dois pares de nervos coccígeos 
vestigiais, justapostos ao filamento terminal da medula. 
 Nervos cranianos 
Os 12 nervos cranianos, também constituintes importantes do sistema nervoso periférico, apresentamfunções 
neurológicas diversificadas. 
 
Os sentidos especiais são representados por todo ou por parte da função de cincos nervos cranianos: o olfatório 
(responsável pela olfação), o nervo óptico (responsável pela visão), o facial, o glossofaríngeo e o vago 
(responsáveis pelo paladar), o componente coclear do nervo vestíbulo-coclear (responsável pela audição). Outros 
três nervos cranianos são diretamente responsáveis pelos movimentos coordenados, sincrônicos e complexos de 
ambos os olhos: o oculomotor, o troclear e o abducente. O nervo primariamente responsável pela expressão facial 
é o nervo facial. A sensibilidade facial, por sua vez, é servida primariamente pelo nervo trigêmeo; contudo, este 
é um nervo misto, tendo também uma contribuição motora primária para a mastigação. 
 
A capacidade de comer e beber também depende do nervo vago, glossofaríngeo e do hipoglosso, sendo este 
último relacionado com a motricidade da língua. Os nervos hipoglosso e laríngeo recorrente (ramo do nervo 
vago) também são importantes para a função mecânica da fala. Por fim, o nervo acessório, cujas raízes nervosas 
cranianas se unem com o nervo vago para dar origem ao nervo laríngeo recorrente e a sua raiz espinhal é 
responsável pela inervação motora dos músculos do pescoço e do ombro. 
 
 DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO 
Do ponto de vista funcional, podemos dividir o sistema nervoso em somático e autonômico. 
Basicamente, o SN Somático depende da vontade do indivíduo (voluntário) e o SN Autônomo independe da 
vontade do indivíduo (involuntário). Para isso, o SNP conecta o SNC às diversas partes do corpo, sendo mediado 
por neurônios motores (eferentes) e neurônios sensitivos (aferentes), além de nervos mistos. 
 
1. Sistema nervoso somático (SNS). 
O SN Somático (“soma” = parede corporal) é constituido por estruturas controlam ações voluntárias, 
como a contração de um músculo estriado esquelético, ou modalidades sensitivas elementares e facilmente 
interpretadas (conduzidas por fibras aferentes somáticas, levando estímulos relacionados com tato, pressão, dor, 
temperatura, etc.). 
Dentre estruturas relacionadas com esta parte da divisão funcional do sistema nervoso, podemos destacar 
estruturas centrais (córtex motor primário, córtex motor secundário, núcleos da base, cerebelo, córtex 
somatossensorial primário e secundário, tálamo, etc.) e estruturas periféricas (parte motora e sensitiva dos 
principais nervos do corpo, principalmente daqueles que se destacam dos plexos braquial e lombossacral, além 
dos nervos cranianos que conduzem fibras eferentes somáticas). 
 
2. Sistema nervoso autonômico (SNA). 
O sistema nervoso autonômico é a parte do sistema nervoso relacionada com a inervação das estruturas 
involuntárias, tais como o coração, o músculo liso e as glândulas localizadas ao longo do corpo. Está, portanto, 
relacionado com o controle da vida vegetativa, controlando funções como a respiração, circulação do sangue, 
controle de temperatura e digestão, etc. É distribuído por toda parte nos sistemas nervosos central (hipotálamo, 
sistema límbico, formação reticular, núcleos viscerais dos nervos cranianos) e periférico (nervos cranianos com 
fibras eferentes e aferentes viscerais e nervos distribuídos ao longo do corpo e vísceras, principalmente aqueles 
oriundos de plexos viscerais). 
O SNA pode ser subdividido em duas partes: o SNA simpático e o SNA parassimpático, e em ambas 
existem fibras nervosas aferentes e eferentes. Basicamente, as atividades da parte simpáticfa do SNA preparam 
o corpo para as emergências (luta e fuga); as atividades da parte parassimpática do SNA são voltadas para a 
conservação e a restauração das energias (repouso e digestão). 
 
2.1 Sistema Nervoso Autonômico Simpático: prepara o corpo para respostas de “lutar ou fugir” por meio da 
liberação de neurotransmissores como a adrenalina e noradrenalina. É responsável, por exemplo, pelo 
aumento da pressão arterial, do trabalho e da potência do músculo cardíaco. Desta forma, o fluxo sanguíneo 
aumenta para os músculos esqueléticos e ocorre inibição das funções digestivas. Anatomicamente, sua 
fibra pré-ganglionar é curta, enquanto a pós-ganglionar é longa. 
 
2.2 Sistema Nervoso Autonômico Parassimpático: prepara o corpo, de uma maneira geral, para o repouso e 
digestão, acomodando o corpo para manter e conservar energia metabólica: diminui o trabalho cardíaco, a 
respiração e a pressão sanguínea. Sua fibra pré-ganglionar é longa, enquanto o pós-ganglionar é curta, de 
modo que o gânglio parassimpático se localiza próximo ou dentro da víscera que ele inerva (como no trato 
digestivo, existe os plexos de Meissner e Auerbach). 
 
• Generalidades do sistema autônomo ou visceral: 
O sistema nervoso autônomo está diretamente relacionado com o controle das funções corporais, pois é 
o responsável pelas respostas reflexas de natureza automática e controla a musculatura lisa, a musculatura 
cardíaca e as glândulas exócrinas. Desta maneira, é ele quem realiza, por exemplo, o controle da pressão arterial, 
aumento da frequência respiratória, os movimentos peristálticos, a excreção de determinadas substâncias, entre 
outros fenômenos. 
Apesar de ser denominado como sistema nervoso autônomo, ele não é independente do restante do 
sistema nervoso: na verdade, ele é interligado ao hipotálamo e á formação reticular, centros que coordenam 
respostas comportamentais e viscerais para garantir a homeostasia do organismo. 
Portanto, o SNA controla toda a nossa fisiologia interna, regulando a atividade de órgãos, sistemas e 
glândulas. Neurônios pré e pós-ganglionares são os elementos fundamentais da organização do componente 
periférico do sistema nervoso autônomo. No tronco encefálico, os corpos dos neurônios pré-ganglionares se 
agrupam formando alguns núcleos de origem de alguns nervos cranianos, como o nervo vago (tais núcleos estão 
organizados na chamada coluna eferente visceral geral). Na medula, eles ocorrem do 1º ao 12º segmentos 
torácicos (T1 a T12), nos dois primeiros segmentos lombares (L1 e L2) e nos segmentos sacrais S2, S3 e S4. 
Cada axônio pré-ganglionar (quase sempre fibras B mielinizadas de condução lenta, que fazem sinapse 
com corpos celulares localizados fora do SNC) diverge para cerca de oito ou nove neurônios pós-ganglionares. 
Os axônios pós-ganglionares (compostos, principalmente, por fibras C não mielinizadas) terminam nos órgãos 
viscerais. A eferência autônoma é dividida em Simpática e Parassimpática, que no trato gastrointestinal as duas 
se comunica com o sistema nervoso entérico. 
Convém lembrar que existem áreas no telencéfalo e no diencéfalo que regulam as funções viscerais, 
sendo o hipotálamo e o chamado sistema límbico os mais importantes. Impulsos nervosos neles originados são 
levados por fibras especiais (da formação reticular) que terminam fazendo sinapse com os neurônios pré-
ganglionares do tronco encefálico e da medula. Por este mecanismo, o sistema nervoso central influencia o 
funcionamento das vísceras. 
 
As diferenças bioquímicas são as mais importantes do ponto de vista farmacológico, pois 
dizem respeito à ação das drogas em nível do SNA: as drogas que imitam a ação do sistema nervoso 
simpático são denominadas simpatomiméticas, ao passo em que as drogas que imitam ações do 
parassimpático são chamadas de parassimpatomiméticas. 
 
●O SNA possui neurônios denominados pré-ganglionares e pós-ganglionares, de acordo com a sua hierarquia de 
comando. 
Pré-ganglionares: Estão localizados no sistema nervoso central e são responsáveis por inervar os neurônios pós-
ganglionares, recebendo aferências de diversas áreas do sistema nervoso, mas em especial do hipotálamo. 
Pós-ganglionares: Estão localizados no sistema nervoso periférico e são os responsáveis por inervar as vísceras. 
 Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
Obs.: Quando falamos na divisão simpática do SNA, pensamos em um sistema de respostasde sobrevivência, em um 
sistema de luta e fuga. 
- Os neurônios pré-ganglionares estão localizados na medula torácica e lombar, em sua porção da coluna lateral. 
As fibras pré-ganglionares são curtas, uma vez que os neurônios pós-ganglionares localizam-se nos gânglios que 
formam o tronco simpático, localizado em região paravertebral ou pré-vertebral. 
- As fibras pós-ganglionares, então, percorrem longo caminho e esparramam seus terminais axônicos nas 
vísceras, estabelecendo respostas bastante amplas e inespecíficas. 
- O neurotransmissor típico da divisão simpática é a noradrenalina (nos neurônios pós-ganglionares), mas pode 
haver exceções. No geral, a acetilcolina é o neurotransmissor responsável pela sinapse entre neurônio pré-ganglionar e 
pós-ganglionar. 
 
- Sendo um sistema de luta e fuga, a resposta do simpático está condicionada a reações que permitirão ao corpo 
um aumento da capacidade física temporariamente. Dessa forma, os vasos que irrigam a musculatura esquelética, 
bem como órgãos necessários para fornecimento de energia (coração, fígado e pulmões) dilatam. Essa dilatação 
ocorre às custas da constrição de outros vasos periféricos, poupando o sangue 
para áreas mais nobres. 
 
● O coração dispara seu ritmo (taquicardia), os brônquios dilatam para captar mais ar, o fígado começa a liberar glicose 
para a corrente sanguínea. A boca fica seca, começamos a suar, na esperança de tentar manter a temperatura corporal. 
O peristaltismo cessa, assim como o sistema imune diminui seu consumo de energia, poupando o recurso para as ações 
que visam à manutenção da vida naquele instante. A pupila se dilata e o cristalino se acomoda para enxergar de longe, 
buscando perceber o perigo que ameaça a vida da melhor maneira possível. 
Por fim, durante o ato sexual, o SNAS é o responsável pela ejaculação, levando ao clímax masculino. 
 Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático 
- Se o SNA simpático é o responsável pela ação imediata, o SNA parassimpático age como mantenedor da 
homeostase, sendo um “sistema de repouso”. 
- Não precisando disparar um alarme geral, sua inervação nas vísceras é feita de maneira muito próxima, ativando 
pequenas porções por vez. Dessa forma, seus neurônios pós-ganglionares encontram-se muito próximos ou mesmo 
dentro das vísceras. 
- Os neurônios pré-ganglionares, entretanto, localizam-se dentro da calota craniana, no tronco encefálico, ou na região 
sacral, criando um longo trajeto entre esses neurônios. 
- O neurotransmissor típico do SNA parassimpático é a acetilcolina, tanto nos neurônios pré-ganglionares quanto 
nos neurônios pós-ganglionares. 
- As respostas fisiológicas do SNA parassimpático procuram, no geral, manter a homeostase e, portanto, estão 
intimamente relacionadas ao repouso. 
- Dessa forma, ele é responsável pela produção de lágrimas e de saliva, pela diminuição do ritmo cardíaco 
(bradicardia), pela constrição dos brônquios, pelo peristaltismo e pela micção. 
- com relação a pupila, promove sua contração e a acomodação do cristalino para perto. 
- com relação à atividade sexual, é o grande responsável pela ereção peniana. 
 
 
 
 
• Impulsos nervosos 
- Quando a célula nervosa está em repouso, ou seja, polarizada, apresenta concentrações maiores Na+ no meio 
extracelular e uma maior de K+ no meio intracelular. Ao receber um estímulo, há o início de uma inversão nessa 
concentração, com a entrada de Na+ e saída de K+, fazendo com que o interior se torne positivo, caracterizando a 
fase de despolarização. Ao fim da transmissão do impulso, há um estágio de repolarização, com as concentrações 
retornando aos gradientes normais. 
- Sinais elétricos gerados como consequência da despolarização da membrana. Os neurônios são eletricamente excitáveis, 
e usam 2 tipos de sinais elétricos: 
 
 Potenciais graduados: comunicação de curta distância, espalham pra regiões adjacentes mas em pouca 
distância. Variam em amplitude (tamanho) dependendo da intensidade do estímulo, por isso graduados. 
• Dependem de duas características básicas: potencial da membrana em repouso e presença de canais iônicos 
específicos.* 
• Pequeno desvio do potencial deixando a membrana mais polarizada (interior fica mais negativo) ou menos 
polarizada (interior menos negativo). 
• É hiperpolarizante se tornar a membrana mais polarizada e despolarizante se tornar ela menos polarizada. 
• Ocorre quando um estímulo faz com que canais mecanicamente controlados ou canais controlados por 
ligantes se abram ou fechem na MP de células excitáveis. 
• Decrescente: movimento pelos quais os potenciais graduados desaparecem, conforme se difunde. Somação: 
quando os potenciais se somam. (fazer uma comparação com interferência construtiva). Espacial: somação 
de pós-sinápticos em respostas que ocorrem em diferentes locais. Temporal: mesmo local em tempos 
diferentes. 
• Quando ocorre num dendríto ou corpo celular de um neurônio em resposta a um neurotransmissor é chamado 
potencial pós-sináptico. 
• Potencial receptor ou gerador quando ocorrem em receptores sensoriais e em neurônios sensoriais. 
• 
 Potenciais de ação: comunicação a longas distâncias 
 
Canais iônicos: passagem de cátions + para regiões aniônicas e vice-versa. 
 
 -Canais de vazamento: comportas que se alternam aleatoriamente entre abertas e fechadas. A membrana tem muitos 
desses de K e Na, sendo os de K mais permeáveis; 
 -Canais controlados por ligantes: se abre conforme um estímulo químico (neurotransmissor, hormônio) 
 -Canal mecanicamente controlado: depende de estímulo mecânico (onda sonora). 
 -Canal controlado por voltagem. 
 
• Potencial de membrana 
Descrever o potencial de ação ( pré e pós sináptico) 
- A DDP medida no interior e exterior das células é cerca de - 65 mv, sendo o interior negativo e exterior positivo, 
essa DDP é chamada potencial de repouso. Esse potencial é mantido por meio de canais iônicos e bombas de 
transporte iônico, sendo o NA transportado continuamente para fora e o K para dentro. 
Estímulos nas sinapses geram um pico de despolarização, chamado potencial de ação (propagado ao longo da 
membrana do axônio). 
Potencial de ação é gerado pela entrada súbita (influxo) de Na na membrana alterando a polarização. Logo depois 
acontece a reversão voltando para o potencial de repouso, e essa reversão também se propaga na membrana (duração 
– 5ms). 
• Princípio do tudo ou nada: Ou ocorre completamente, ou não ocorre de forma alguma. Porque tem que acontecer 
um estímulo corretamente e constate, chamado liminar (forte suficiente pra despolarizar a membrana). 
• Fase de despolarização: potencial fica menos negativo, chega em 0 depois fica positivo. (influxo de Na) – quanto 
mais canal de Na se abre mais o influxo aumenta e mais positiva fica – Retroalimentação positiva. 
• Fase de repolarização: potencial é restaurado para o estado de repouso. – efluxo de K+ 
• Fase Pós hiperpolarização: Potencial fica mais negativo – saída contínua de K+ 
• Período Refratário: Período depois de um potencial de ação em que o neurônio não é capaz de gerar outro 
potencial normalmente. Absoluto: coincide com a ativação e inativação dos canais de Na. Relativo: intervalo até gerar 
um segundo potencial. 
 
- Condução contínua: Despolarização e repolarização gradativa em cada segmento da membrana. Ocorre em axônios 
amielínicos e em fibras musculares. 
- Condução saltatória: Ocorre por causa da distribuição desigual dos canais controlados por - voltagem. Apresentam 
os nódulos de RANVIER 
A chegada do potencial de ação à terminação dos axônios provoca vários eventos, que resultam na transmissão de 
informação a outra célula, por meio de uma estrutura chamada sinapse. 
Bônus: anestésicos de ação local atuam sobre os axônios. Seu principal modo de atuação é por bloqueio 
dos canais de Na + da membrana plasmática dos axônios, inibindo o transporte desse íon e, 
consequentemente, a transmissão do potencial de ação responsávelpelo impulso nervoso. Assim, são 
bloqueados os impulsos que seriam interpretados no cérebro como sensação de dor, pressão, tato e 
outros. – bloqueio dos impulsos. Além dos anestésicos, outros fármacos, como anti-arrítmicos e anti-
convulsionantes também utilizam esse método de bloquei dos canais de Na. 
• Sinapse 
Sinapses nervosas são os pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e o estímulo passa de um 
neurônio para o seguinte por meio de mediadores químicos, os neurotransmissores. As sinapses ocorrem no "contato" 
das terminações nervosas (axônios) com os dendritos. Em outras palavras, é o contato entre um terminal pré-sináptico 
e um terminal pós-sináptico (outro neurônio, célula muscular ou célula glandular), estando eles divididos pela fenda 
sináptica. O contato físico não existe realmente, pois as estruturas estão próximas, mas há um espaço entre elas (fenda 
sináptica). Dos axônios são liberadas substâncias (neurotransmissores), que atravessam a fenda e estimulam receptores 
nos dendritos e assim transmitem o impulso nervoso de um neurónio para o outro. 
- Locais de proximidades entre neurônios, e tem 2 tipos: químicas e elétricas. 
Elétricas: são menos comuns que as químicas. Neste tipo, as células apresentem um íntimo contato através de junções 
abertas do tipo GAP que permite o livre trânsito de íons de uma membrana a outra. Desta maneira, o potencial se 
propaga de forma bem mais rápida. Apresenta ainda como características: maior velocidade de transmissão; é 
bidirecional; com efeito excitatório; apresente curta duração. 
 
Químicas: acontece quando o potencial de ação, ou seja, o impulso é transmitido através de um mecanismo químico: o 
neurotransmissor. Neste tipo de sinapse, encontramos todos os componentes que comumente são citados, como: 
membrana pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós-sináptica. Apresenta como características: são mais lentas que 
as elétricas; o impulso é transmitido em uma única direção, podendo ser bloqueada; apresenta efeitos pós-sinápticos 
prolongados. 
 
3 tipos de sinapses: 
- Axodendrítica – sinapse + dendríto 
- Axo-axônica – entre 2 axônios (para bloquear ou impulsionar) 
- Axossomática – sinapse + corpo celular 
Estrutura da sinapse: 
Constituída pelos seguintes componentes: um botão terminal ou sináptico, cuja membrana denomina-se membrana 
pré-sináptica; a membrana da célula que recebe a sinapse, chamada de membrana pós-sináptica; e um delgado 
espaço entre a membrana pré e pós-sináptica, a fenda sináptica. Além das vesículas de armazenamento. 
Sequência da transmissão de sinalização nas sinapses: 
- Onda de despolarização chega no terminal do axônio e induz a abertura dos canais de cálcio > o influxo de cálcio no 
citosol promove a exocitose das vesículas sinápticas com liberação de neurotransmissor (depende de proteínas como 
quinesina) > receptores da membrana pós sináptica (regiões chamadas zonas ativas) reconhece o neurotransmissor > 
promovem a despolarização > recuperação de membrana pelas vesículas. A cada transmissão do impulso, as vesículas 
de neurotransmissores liberam espaços na fenda sináptica (centenas) e funcionam como canais iônicos, geram afluxo 
de íons e provocam despolarizações locais, promovendo a condução do impulso para outros neurônios. 
Essa sinapse é chamada Excitatória, resultante de despolarização (PEPS – Potencial excitatório pós sináptico), e há 
também as que inibem potenciais de ação, chamadas inibitórias, resultante de hiperpolarização (PIPS – Potencial 
inibitório pós-sináptico). 
Depois que os neurotransmissores são reconhecidos, eles são removidos rapidamente da fenda por degradação 
enzimática, ou captação endocitose, podendo ser reutilizado nos botões sinápticos. 
 
 TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS NERVOSOS 
 
- Para que haja a percepção absoluta do meio externo pelo sistema sensorial, é importante que todo tipo de estímulo – 
seja ele químico ou físico – seja transformado em um advento neuronal, ou seja, em um potencial de ação. Este 
mecanismo de conversão é conhecido como transdução de sinal. 
Todos os receptores sensoriais têm uma característica em comum: qualquer que seja o tipo de estímulo que ative o 
receptor, seu efeito imediato é de alterar o potencial elétrico da membrana da célula estimulada, alterando, assim, a 
permeabilidade do canal iônico. Esta alteração é chamada de potencial do receptor. 
Para produzir potenciais, os diferentes receptores podem ser excitados por várias maneiras: por deformação mecânica 
do receptor; pela aplicação de substância química à membrana; pela alteração da temperatura da membrana; pelo efeito 
da radiação eletromagnética, como o da luz, sobre o receptor. Todos esses estímulos abrem canais iônicos ou alteram as 
características da membrana, permitindo que os íons fluam através dos canais da membrana. Em todos os casos, a causa 
básica da alteração do potencial de membrana é a alteração da permeabilidade da membrana do receptor, que permite 
que os íons se difundam, mais ou menos prontamente, através da membrana e, deste modo, alterem o potencial 
transmembranoso. 
- A regra geral é: quanto maior o estímulo, mais canais serão abertos e, em consequência disso, maior será a 
despolarização (mais rápida será a resposta). 
 
 LOCALIZAÇÃO DOS ESTÍMULOS 
• Receptores externos: sensíveis a estímulos que surgem fora do corpo: Tato, pressão, dor, sentidos especiais. 
• Receptores viscerais: sensíveis a estímulos que surgem dentro do corpo: Variações de pH, temperatura interna, 
estiramento tecidual. 
• Proprioceptores: sensíveis a estímulos internos localizados nos músculos esqueléticos, tendões, articulações e 
ligamentos. 
 ADAPTAÇÃO 
- Adaptação consiste no mecanismo caracterizado pela redução da sensibilidade na presença de um estímulo constante 
e continuado. Para entender tal mecanismo, observemos os seguintes receptores: 
Receptores tônicos: Estão sempre ativos para receber estímulos. 
Receptores fásicos: Normalmente inativos, mas podem ser ativados por um curto tempo quando estimulados. Ativam-
se quando recebem estímulo suficiente. 
Receptores de adaptação rápida: Respondem como os receptores fásicos (odor e sabor). 
Receptores de adaptação lenta: respondem como receptores tônicos (propioceptores e nociceptores), mas guardam 
memória da injúria e, mesmo após longo tempo, passam a funcionam como receptores tônicos por adaptação. 
 
Os mecanorreceptores, por exemplo, diferem um dos outros de acordo com a sua resposta temporal: 
 
Receptores de adaptação rápida: Com o estímulo continuado, a taxa do PA diminui de maneira rápida e curta. 
Receptores de adaptação lenta: Com o estímulo continuado, a taxa do PA diminui de maneira lenta e longa. 
 
 
 
 
As células do sistema nervoso são classificadas em duas categorias: neurônios (responsáveis pelas funções de recepção, 
integração e motoras do sistema nervoso) e células da neuroglia, responsáveis pela sustentação e proteção dos neurônios. 
As células da neuroglia, localizadas exclusivamente no SNC, incluem astrócitos, oligodendrócitos, micróglia (células 
micróglias) e células ependimárias. As células de Schwann apesar de estarem localizadas no SNP, hoje em dia também 
são consideradas com células da neuroglia. 
 
 NEURÔNIOS 
Os neurônios são células altamente diferenciadas, dotadas de propriedades como irritabilidade e condutibilidade, sendo 
constituídos por três partes distintas: o corpo celular (pericário ou soma), dendritos múltiplos e um axônio. 
 
Corpo celular: o corpo celular de um neurônio é a porção central da célula onde ficam o núcleo e o citoplasma 
perinuclear. Em geral, os neurônios do SNC são poligonais, com superfícies côncavas entre os muitos prolongamentos 
celulares, enquanto os neurônios do gânglio da raiz dorsal (gânglio sensitivo do SNP) tem um corpo celular redondo do 
qual sai somente um prolongamento. Eles ficam localizados na substância cinzenta,nos gânglios nervosos e 
determinados núcleos. 
Dendritos: pequenos filamentos nervosos que se projetam do corpo celular, sendo eles prolongamentos 
especializados para a recepção de estímulos vindos de células sensitivas, axônios e de outros neurônios. 
Axônios: geralmente único, é um prolongamento de diâmetro variável e com até 1 metro de comprimento que, em geral, 
apresenta dilatações denominadas de terminações do axônio, em sua extremidade, ou perto dela. As terminações 
axonais, também chamadas de bulbos terminais (botões terminais), são regiões nas quais os impulsos podem ser 
transmitidos de uma célula para outra. 
 
Os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua forma e disposição de seus prolongamentos. 
 
•Neurônios Multipolares: possuem vários arranjos para seus dendritos múltiplos, que saem do soma, e um único 
axônio. Eles estão presentes em todo o sistema nervoso e, em sua maioria, são neurônios motores. Alguns neurônios 
multipolares recebem nomes de acordo com sua morfologia (por exemplo, células piramidais), ou recebem o nome do 
cientista que primeiro os descreveu (por exemplo, células de Purkinje do cerebelo). 
Descrever os tipos de células e suas funções no sistema nervoso 
•Neurônios Bipolares: possuem dois prolongamentos que se originam do soma, um menor que forma os dendritos e 
um axônio. Os neurônios bipolares localizam-se nos gânglios vestibulares e cocleares e no epitélio olfativo da cavidade 
nasal. 
 •Neurônios Unipolares (antes denominados de neurônios pseudo-unipolares): possuem somente um 
prolongamento que sai do corpo celular, mas este prolongamento se ramifica mais tarde, dando um ramo periférico e 
um ramo central. O ramo central penetra no SNC, e o ramo periférico vai para o seu destino no corpo. Os neurônios 
unipolares estão presentes nos gânglios da raiz dorsal e em alguns dos gânglios dos nervos cranianos. 
 
Os neurônios também são classificados em três grupos gerais, de acordo com sua função: 
 
•Neurônios sensitivos (aferentes): recebem informações sensitivas em suas terminações dendríticas e conduzem 
impulsos para o SNC, onde estes são processados. 
• Neurônios motores (eferentes): originam-se no SNC e conduzem impulsos para os músculos, glândulas e outros 
neurônios. 
• Interneurônios: localizados totalmente dentro do SNC, funcionam interligando e integrando os demais neurônios, 
estabelecendo redes de circuitos neuronais entre os neurônios sensitivos e motores e outros interneurônios. 
 
 CORPO CELULAR DO NEURÔNIO (SOMA OU PERICÁRIO) 
O corpo celular é a região mais distinta do neurônio, embora que a maior parte do volume do citoplasma do neurônios 
está localizada nos prolongamentos, que se originam do corpo celular. O núcleo é grande, em geral de formato esférico 
a ovoide, e de localização central. 
O citoplasma do corpo celular tem um retículo endoplasmático granular (REG) abundante com muitas cisternas 
dispostas em conjuntos paralelos, uma característica especialmente saliente nos grandes neurônios motores. 
Polirribossomos também estão dispersos por todo o citoplasma. Quando estas cisternas empilhadas do REG e os 
polirribossomos são corados com corantes básicos, eles aparecem como grumos de material basófilo denominados 
corpúsculos de Nissl (cisternas + ribossomos), com função de armazenamento de neurotransmissores produzidos pelo 
neurônio. O REG está ausente no cone de implantação, a região do corpo celular da qual parte o axônio. Apresentam 
também um abundante retículo endoplasmático agranular disperso por todo o corpo celular e que, quando se estende 
para os dendritos e para o axônio, formam as cisternas hipolemais (sequestram cálcio e contém proteínas). 
Além da presença do complexo de Golgi justanuclear proeminente, há numerosas mitocôndrias dispersas por 
todo o citoplasma do soma, dendritos e axônios. Neurofibrilas, microtúbulos, neurofilamentos e microfilamentos são 
componentes do citoesqueleto responsáveis não só por dar formato e sustentação à célula, mas também no processo de 
transporte de moléculas e vesículas contendo neurotransmissores. 
Além de organelas, há no soma do neurônios inclusões citoplasmática localizadas nos corpos celulares dos neurônios 
que incluem substâncias não vivas, como a melanina e os pigmentos de lipofucsina, assim como gotículas de gordura. 
Entre as inclusões, temos: 
•Grânulos de Melanina: relacionado com o armazenamento de DOPA (diidroxifenilalanina), o precursor da 
melanina, bem como de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina. Está presente por exemplo na substância 
negra do mesencéfalo e no locus ceruleus da ponte. 
•Lipofucsina: remanescente da atividade enzimática de lisossomos. Esses grânulos aumentam com a idade (a partir do 
depósito de fosfolipídios e gorduras) e podem mesmo deslocar as organelas e o núcleo de um lado da célula, 
possivelmente afetando as funções celulares. 
•Ferro: pigmentos contendo ferro também podem ser observados em alguns neurônios do SNC e podem se acumular 
com a idade. 
•Gotículas de lipídios: resultado de um metabolismo defeituoso, ou de reservas de energia. 
•Grânulos de secreção: presentes nas células neurossecretoras; muitos deles contendo moléculas sinalizadoras. 
 
 DENDRITOS 
Os dendritos, partes complexas da membrana plasmática receptora do neurônio, recebem estímulos de outras células 
nervosas. A maioria dos neurônios possui dendritos múltiplos, cada um dos quais parte do corpo celular, geralmente 
como um tronco único curto que se ramifica várias vezes em ramos cada vez menores, afilando-se nas suas extremidades 
como os ramos de uma árvore. 
A base do dendrito parte do corpo celular e contém o complemento usual de organelas, exceto o complexo de Golgi. 
Afastando-se da base, avançando em direção da extremidade distal do dendrito, na região denominada de gêmula ou 
espinhas (localizadas na superfície de alguns dendritos permitem-lhes formar sinapses com outros neurônios), muitas 
das organelas tornam-se escassas ou ausentes. Entretanto, as mitocôndrias são abundantes nos dendritos. 
 
OBS: Um dendrito das Células de Purkinje, presente no cerebelo, pode apresentar conexões com 200 terminações 
axônicas. 
 
 AXÔNIO 
O axônio origina-se do corpo celular no cone de implantação como um prolongamento único, delgado, que se 
estende pelo corpo celular por distâncias maiores do que as dos dendritos. Alguns axônios possuem ramos colaterais 
que saem em ângulo reto do tronco do axônio. No fim, o axônio pode dividir-se formando muitos pequenos ramos 
(arborização terminal). 
O cone de implantação (região piramidal do soma que não possui ribossomos) em geral, está localizado no lado oposto 
dos dendritos. A porção do axônio que vai de seu começo até o início da bainha de mielina é denominada de segmento 
inicial. É no segmento inicial, também denominado de zona de disparo do pico, que os impulsos de excitação e inibição 
se somam para determinar se ocorrerá a propagação de um potencial de ação. A sua porção final é denominada de 
telodendro. 
O plasmalema de certas células da neuroglia (oligodendrócitos no SNC e células de Schwann no SNP) forma uma 
bainha de mielina em torno de alguns axônios, tanto do SNC como do SNP, que são denominados axônios mielínicos. 
A presença de ou ausência de mielina permite subdividir o SNC em substância branca e substância cinzenta. 
 
OBS: Além da condução de impulsos, uma função importante do axônio é o transporte axonal de materiais entre o 
soma e as terminações do axônio. O transporte axonal é tão crucial para as relações tróficas dentro do axônio 
quanto entre neurônios e músculos e glândulas. São de dois tipos: 
•Transporte anterógrado: direção do movimento é do corpo celular para a terminação do axônio e a proteína 
envolvida no processo é a quinesina. É usado no transporte de organelas, vesículas, macromoléculas (actina, miosina 
e clatrina) e enzimas necessárias a síntese dos neurotransmissores.•Transporte retógrado: direção é da terminação do axônio para o corpo celular e a proteína envolvida é a dineína (é 
um processo geralmente associado a processos patológicos). Os elementos que retornam ao corpo pelo axônio, por 
meio do transporte retógrado, incluem blocos para construção de proteínas, blocos de neurofilamentos, 
subunidades de microtúbulos, enzimas solúveis e materiais captados por endocitose (p. ex., vírus e toxinas). 
 
 ASTRÓCITO 
Os astrócitos são as maiores células da neuroglia e apresentam dois tipos distintos: (1) astrócitos protoplasmáticos da 
substância cinzenta do SNC e (2) astrócitos fibrosos presentes principalmente na substância branca do SNC. 
Os astrócitos protoplasmáticos são células estreladas dotadas de citoplasma abundante, um núcleo grande e muitos 
prolongamentos curtos e ramificados. As extremidades de alguns prolongamentos formam os pés vasculares, que entram 
em contato com vasos sanguíneos. Alguns astrócitos estabelecem contato com a pia-máter, formando a membrana pia-
glial. Apresentam prolongamentos pequenos em tamanho, mas bastante numerosos. 
Os astrócitos fibrosos possuem citoplasma eucromático contendo somente algumas organelas, ribossomos livres e 
glicogênio. Apresentam prolongamentos longos e não ramificados. Estes prolongamentos estão intimamente associados 
à pia-máter e a vasos sanguíneos, mas estão separados destas estruturas por suas próprias lâminas basais. Apresentam 
prolongamentos escassos, mas de grande tamanho. 
Os astrócitos agem capturando íons e restos do metabolismo dos neurônios, tais como potássio, glutamato e GABA, que 
se acumulam no microambiente dos neurônios. Estas células também contribuem para o metabolismo energético do 
córtex cerebral liberando glicose do glicogênio armazenado. Os astrócitos localizados na periferia do SNC formam uma 
camada contínua sobre os vasos sanguíneos e podem auxiliar a manutenção da barreia hematoencefálica (impede o 
contato de substâncias tóxicas, antígenos, imunoglobulinas – com exceção do IgG – com o SN). Os astrócitos também 
são atraídos para áreas lesadas do SNC, onde formam tecido cicatricial celular. 
 
 MICRÓGLIA 
Espalhadas por todo o SNC, as células microgliais são pequenas, escutas, assemelhando- se levemente aos 
oligodendrócitos. Funcionam como fagócitos removendo fragmentos e estruturas lesadas do SNC. Quando ativadas, 
elas agem como células apresentadoras de antígeno e secretam citocinas. 
 
 CÉLULAS EPENDIMÁRIAS 
As células ependimárias são células epiteliais de colunares baixas a cuboides, que revestem os ventrículos encefálicos 
e o canal da medula espinhal. Em algumas regiões, estas células são ciliadas, uma característica que facilita a 
movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR). 
Nos locais em que o tecido neural é delgado, as células ependimárias formam uma membrana limitante interna, 
revestindo o ventrículo, e uma membrana limitante externa, abaixo da pia-máter. Algumas células ependimárias 
modificadas dos ventrículos do encéfalo participam da formação do plexo coroide, que é responsável pela secreção e 
manutenção da composição química do LCR. 
Os tanicitos, células ependimárias especializadas, lançam prolongamentos para o hipotálamo, onde terminam perto de 
vasos sanguíneos e de células neurossecretoras. 
 
 OLIGODENDRÓCITOS 
Os oligodendrócitos são semelhantes aos astrócitos, mas são menores e contém menor número de prolongamentos com 
escassas ramificações. Estão localizados tanto na substância branca como na cinzenta do SNC. 
Os oligodendrócitos interfasciculares, localizados em fileiras ao lado de feixes de axônios, são responsáveis pela 
produção e manutenção da mielina em torno dos axônios do SNC, servindo para isolá-los. Ao produzir mielina, os 
oligodendrócitos funcionam de modo semelhante às células de Schwann do SNP, exceto que um único oligodendrócito 
pode envolver vários axônios com segmentos de mielina, enquanto uma célula de Schwann envolve com mielina 
somente um único axônio. 
Os oligodendrócitos satélites estão intimamente aderidos aos corpos celulares de grandes neurônios. 
 
 CÉLULAS DE SCHWANN 
Ao contrário de outras células da neuroglia, as células de Schwann estão localizadas no SNP, onde envolvem axônios. 
Elas podem formar dois tipos de cobertura sobre estes axônios, mielínicas e amielínicas. 
A mielina formada pelas células de Schwann organiza-se de modo a formar uma bainha enrolada várias vezes em 
torno do axônio. Ao longo do comprimento do axônio, ocorrem interrupções na bainha de mielina, expondo-a a 
intervalos regulares; estas interrupções são denominadas nódulo de Ranvier. 
 
Quando a membrana forma uma espiral em torno do axônio, ela produz uma série de linhas largas, densas, alternadas 
com linhas menos densas, mais estreitas, que ocorrem em intervalos regulares de 12nm. A linha mais larga é 
denominada de linha densa principal e representa as superfícies citoplasmáticas fundidas da membrana plasmática da 
célula de Schwann. A linha intraperiódica, mais estreita, representa a aposição dos folhetos externos da membrana 
plasmática da célula de Schwann. 
 
O processo de mielinização, processo pelo qual a célula de Schwann ou o oligodendrócito envolve concentricamente 
sua membrana em torno do axônio formando a bainha de mielina, começa quando a célula mielinizadora envolve o 
axônio e de alguma maneira enrola sua membrana em torno dele. Durante este processo, o citoplasma é comprimido 
retornando para o corpo da célula, realizando um espiral na bainha. Uma célula de Schwann pode mielinizar somente 
um internódulo de um único axônio (e somente no SNP), enquanto os oligodendrócitos podem mielinizar um internódulo 
de vários axônios (e somente no SNC). A partir daí, a fibra pode ser classificada em amielínica (célula produtora da 
bainha dá uma única volta no axônio ou sem formar uma bainha propriamente dita) ou mielínica (há formação da 
bainha de mielina e a célula reveste o axônio várias vezes). 
 
 
 NERVOS PERIFÉRICOS 
Os nervos periféricos são feixes de fibras nervosas (axônios) envolvidas por várias bainhas de tecido conjuntivo. 
Estes feixes (fascículos) podem ser observados a olho nu; os nervos mielínicos aparecem brancos por causa da 
presença da mielina. 
 
ENVOLTÓRIO DE TECIDO CONJUNTIVO 
Os envoltórios de tecido conjuntivo dos nervos periféricos incluem o epineuro, perineuro e endoneuro. 
•Epineuro: camada mais externa dos três envoltórios de tecido conjuntivo cobrindo os nervos. O epineuro é composto 
por tecido conjuntivo colagenoso denso não modelado contendo fibras elásticas grossas que embainham totalmente o 
nervo. As fibras de colágeno desta bainha estão alinhadas e orientadas de modo a impedir danos por distensão excessiva 
no feixe fibroso. O Epineuro é mais espesso no local em que é continuo com a dura-máter, que recobre o SNC. 
•Perineuro: camada média das bainhas de tecido conjuntivo que cobre individualmente cada feixe de fibras nervosas 
dentro do nervo. O perineuro é composto por tecido conjuntivo denso, mas é mais delgado que o epineuro. Sua superfície 
interna é revestida por várias camadas de células epiletilioides unidas por zônulas de oclusão 
•Endoneuro: camada mais interna dos três envoltórios de tecido conjuntivo de um nervo, envolvendo fibras nervosas 
individuais (axônios). O endoneuro, tecido conjuntivo frouxo composto por uma delgada camada de células reticulares 
(produzidas pelas células de Schwann subjacentes), fibroblastos dispersos, macrófagos fixos, capilares e mastócitos 
perivasculares. Está em contato direto com a lâmina basal das células de Schwann, separados delas por esta lâmina. 
 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS NERVOS 
Funcionalmente, as fibras nervosas são classificadas em sensitivas (aferentes) e motoras (eferentes). As fibras 
nervosas sensitivas levam informações sensitivas das áreas cutâneas do corpo e das vísceras para o SNC. Já as fibras 
nervosas motoras têm origem no SNC e levam impulsosmotores para os órgãos efetores. As raízes sensitivas e as 
raízes motoras da medula espinhal unem-se formando os nervos periféricos mistos, os nervos espinhais, que contêm 
fibras nervosas sensitivas e motoras. 
 
VELOCIDADE DE CONDUÇÃO 
A velocidade de condução das fibras nervosas periféricas depende de seu grau de mielinização (bem como de seu 
calibre). Nos nervos mielínicos, é somente nos nódulos de Ranvier que os íons conseguem cruzar a membrana plasmática 
do axônio, dando início à despolarização, por dois motivos: os canais de Na+ sensíveis à voltagem do plasmalema do 
axônio agrupam-se principalmente nos nódulos de Ranvier; a bainha de mielina que cobre os internódulos impede o 
movimento para fora do excesso de Na+. Por esse motivo, o potencial “salta” de nódulo para o nódulo seguinte, um 
processo denominado condução saltatória. 
As fibras amielínicas não possuem uma bainha de mielina espessa e nódulos de Ranvier. Por isso, a propagação do 
impulso nas fibras amielínicas ocorre por condução continua, que é mais lenta e exige mais energia do que a condução 
saltatória das fibras mielínicas. 
 
 
 GÂNGLIOS 
Os gânglios são agregações de corpos celulares de neurônios localizados fora do SNC. Há dois tipos de gânglios: 
sensitivos e autônomos. 
•Gânglios sensitivos: abrigam corpos celulares de neurônios sensitivos. Eles estão associados aos nervos cranianos V, 
VII, IX e X e a cada um dos nervos espinhais que saem da medula. Um gânglio sensitivo de um nervo craniano aparece 
como uma intumescência do nervo dentro da caixa craniana ou em sua saída desta. Os gânglios sensitivos dos nervos 
espinhais são denominados ganglios da raiz dorsal. Os ganglios sensitivos abrigam corpos celulares unipolares (pseudo-
unipolares) dos nervos sensitivos envoltos por células capsulares cuboide. Essas células capsulares são, então, 
circundadas por uma cápsula de tecido conjuntivo composto por células satélites e colágeno. 
•Gânglios autônomos: alojam corpos celulares de nervos autônomos pós-ganglionares. Os copos das células nervosas 
desses ganglios causam contração do musculo liso ou cardíaco, ou secreção glandular. No sistema simpático, as fibras 
simpáticas pré-ganglionares estabelecem sinapses com os corpos celulares simpáticos pós-ganglionares dos ganglios 
simpáticos localizados nos ganglios da cadeia simpática, adjacente à medula espinhal, ou nos ganglios colaterais, 
situados ao longo da aorta abdominal. No sistema parassimpático, as fibras parassimpáticas pré-ganglionares originam-
se em um de dois lugares: de alguns nervos cranianos, ou de alguns segmentos da coluna espinhal sacra. 
 
 Bainha de mielina 
 
Constituição: lipídeos (70%) e proteínas (30%), como a Proteína Básica da Mielina; 
- Função: atua como isolante elétrico, mas, por apresentar Nódulos de Ranvier, acelera a condução do impulso nervoso, 
devido ter canais iônios de NA+2 e K+; 
A alfa: Mais mielina, transmissão rápida, presente nos receptores sensoriais (musculo estriado esquelético). 
A beta: moderadamente mielinizadas, presentes em receptores da pele. 
A delta: pouco mielinizada, presente em receptores de dor e temperatura. 
C: amielínica, transmissão lenta, impedida a condução saltatória. – no SNC não há nódulos de Ranvier e todas são C. 
 
Existem interrupções nessa bainha, onde não existe mielina (Nódulos de Ranvier), mas há diversos canais de sódio e 
potássio sensíveis a voltagem que possibilitam a passagem do impulso nervoso de forma saltatória, conferindo rapidez 
na sua transmissão; 
- A bainha possibilita uma economia de energia, pois a necessidade de gasto energético para a passagem do potencial 
somente ocorre nos espaços internodais; 
 
Velocidade de condução: depende diretamente do diâmetro, da quantidade de mielina e do comprimento do espaço 
intermodal; 
- Nas fibras nervosas amielínicas, o impulso é conduzido de forma mais lenta, já que os canais de sódio e potássio não 
se distanciam e não ocorre a passagem saltatória. Nas fibras com maior diâmetro, a condução ocorre mais rapidamente 
Além disso, a temperatura influencia também, uma vez que os axônios propagam potenciais de ação em baixas 
velocidades quando resfriados. 
Diferenças entre as bainhas de mielina do SNC e do SNP: no SNP, distingue-se a partir da periodicidade das lamelas 
concêntricas, presença de membrana basal ao redor da Célula de Schwann, por conter mais esfingolipídeos e menos 
Proteína Básica da Mielina; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Neurotransmissores 
Os neurotransmissores são substâncias químicas sintetizadas pela maioria das células nervosas e utilizadas para comunicação 
entre os neurônios que estabelecem sinapses químicas. Existem cerca de 50 neurotransmissores conhecidos atualmente que 
podem ser classificados do ponto de vista químico (acetilcolina, derivados de aminoácidos, próprios aminoácidos, peptídeos, 
ATP e gases dissolvidos como NO e CO) ou funcional (excitatórios ou inibitórios). 
 
Esta célula receptora, pode ser um neurônio com receptores especificas para os neurotransmissores, sofrendo uma alteração de 
potencial, porém, também pode ser uma célula muscular ou uma célula glandular. Define-se por neurotransmissão a conversão 
de um evento elétrico num evento químico e posteriormente noutro evento elétrico. 
 
- A transmissão da informação, nas sinapses químicas; envolve a liberação de um neurotransmissor pela célula pré-
sináptica, difusão através da fenda sináptica e fixação do neurotransmissor a receptores específicos na membrana pós-
sináptica para produzir variação do potencial de membrana. 
Os seguintes critérios são usados para designar, formalmente, uma substância como neurotransmissor: 
1. A substância deve ser sintetizada na célula pré-sináptica. 
2. A substância deve ser liberada pela célula pré-sináptica, quando estimulada. 
3. Se a substância for aplicada exogenamente à membrana pós-sináptica, na concentração fisiológica apropriada, a 
resposta da célula pós-sináptica deve ser semelhante à resposta in vivo. 
4. Existe um mecanismo específico para remover a substância do sítio da ação (a fenda sináptica). 
✓ Neurotransmissores convencionais 
Os mensageiros químicos que atuam como neurotransmissores convencionais compartilham certas características 
básicas. Eles são armazenados em vesículas sinápticas, são liberados quando Ca 2+ entram no terminal axonal em 
resposta à um potencial de ação, e atuam ligando-se a receptores de membrana da célula pós-sináptica. 
Os neurotransmissores convencionais podem ser divididos em dois grupos principais: as pequenas moléculas 
neurotransmissoras e os neuropeptídeos. 
- Pequenas moléculas neurotransmissoras: 
As pequenas moléculas neurotransmissoras são (não surpreendentemente!) vários tipos de pequenas moléculas 
orgânicas. Elas incluem: 
- Os aminoácidos neurotransmissores: glutamato, GABA (ácido γ-aminobutírico) e glicina. Todos são aminoácidos, 
embora o GABA não seja um aminoácido encontrado nas proteínas. 
- As aminas biogênicas: dopamina, norepinefrina, epinefrina, serotonina e histamina que são sintetizadas a partir de 
aminoácidos precursores. 
- Os neurotransmissores purinérgicos: ATP e adenosina, que são nucleotídeos e nucleosídeos. 
Os neurotransmissores purinérgicos recebem seu nome das purinas, um grupo de bases nitrogenadas de duplo anel. As 
purinas mais conhecidas são a adenina e guanina, que são encontradas nos nucleotídeos de DNA e RNA. No entanto, 
existem outras purinas que também são importantes (por exemplo, a cafeína). Os neurotransmissores purinérgicos 
adenosina e ATP contêm a purina adenina na base. 
 
 
Conhecer os neurotransmissores 
- A acetilcolina, que não se encaixa em nenhuma das outras categorias estruturais, mas é um neurotransmissor 
fundamental nas junções neuromusculares (onde os nervos se conectam com os músculos), bem como em outras 
sinapses. 
A acetilcolina (ACh) é um éster que controla a atividade de áreas cerebrais relacionadasà atenção, aprendizagem e memória. Neurônios que secretam 
ou produzem acetilcolina são chamados de colinérgicos. Também é liberado no SNA e na junção neuromuscular. Ele é o neurotransmissor pré-ganglionar 
do SNA simpático e parassimpático e pós-ganglionar apenas do SNA parassimpático. Além do SNP, ele atua também no SNC. Este hormônio é produzido 
a partir da união do grupamento ácido do acetil-CoA com a função álcool da colina por meio da ação da enzima acetilcolinesterase, formando um éster, 
que pode ser degradado pela enzima acetilcolinesterase (presente na membrana pós-sináptica), liberando acetil e colina (que pode ser usada na 
produção de um novo neurotransmissor). Portadores da doença de Alzheimer apresentam, tipicamente, baixos níveis de ACh no córtex cerebral, e as 
drogas que aumentam sua ação podem melhorar funções cognitivas em tais pacientes. 
 
A intoxicação por organofosforados (parassimpatomiméticos de ação indireta) leva a inibição da enzima 
acetilcolinesterase, gerando um efeito parassimpático exacerbado (miose, lacrimejamento, salivação, excesso de 
secreção brônquica, broncoespasmo, bradicardia, vômitos, diarreia e incontinência urinária) devido ao acúmulo de 
acetilcolina. O tratamento de emergência do intoxicado vai desde a lavagem gástrica com carvão ativado e 
hidratação venosa até a utilização de drogas parasimpatolíticas, sendo também necessário medidas para tratar 
a sintomatologia associada ao quadro clínico do paciente. Os sintomas em nível de sistema nervoso autonômico são 
tratados com o uso da Atropina (atropinização), um bloqueador muscarínico antagonista competitivo das ações da 
acetilcolina. Para tratar os sintomas de fraqueza muscular, usa-se a Pralidoxima (30mg/kg para adultos e 
50mg/kg para crianças), a qual age removendo o grupo fosforil da enzima colinesterase inibida, provocando a 
reativação da enzima. 
 
 
- Neuropeptídeos: 
Os neuropeptídeos são compostos por três ou mais aminoácidos e são maiores que as pequenas moléculas transmissoras. 
Existem neuropeptídeos muito diferentes. Eles incluem as endorfinas e encefalinas, que inibem a dor; a substância P, 
que transporta os sinais da dor; e o neuropeptídeo Y, que estimula a fome e pode prevenir convulsões. 
Classificação funcional dos neurotransmissores: Excitatórios causam despolarização (Ex: glutamato), Inibitórios 
causam hiperpolarização (Ex: GABA e glicina). 
✓ Os efeitos do neurotransmissor dependem do seu receptor 
Alguns neurotransmissores são considerados "excitatórios," provocando a deflagração de um potencial de ação no 
neurônio alvo. Outros são considerados "inibitórios," dificultando a deflagração de algum potencial de ação no 
neurônio alvo. Por exemplo: 
- O glutamato é o principal transmissor excitatório do sistema nervoso central. 
- O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do cérebro dos vertebrados adultos. 
- A glicina é o principal neurotransmissor inibitório da medula espinhal. 
Contudo, "excitatório" e "inibitório" não são realmente dois compartimentos no qual podemos separar os 
neurotransmissores. Ao invés disso, um mesmo neurotransmissor pode, às vezes, possuir um efeito excitatório ou 
inibitório, dependendo do contexto. Ao que parece, não existe somente um tipo de receptor para cada neurotransmissor. 
Em vez disso, um determinado neurotransmissor pode usualmente se ligar e ativar múltiplos receptores proteicos 
diferentes. Se o efeito de um certo neurotransmissor será excitatório ou inibitório em determinada sinapse, dependerá 
de quais de seu(s) receptor(es) estão presentes na célula (alvo) pós-sináptica. 
 
 
✓ Tipos de receptores de neurotransmissores: 
Podemos dividir os receptores proteicos que são ativados por neurotransmissores em duas grandes classes: 
 Canais iônicos ativados por ligante: Esses receptores são canais iônicos proteicos transmembranares 
que se abrem diretamente em resposta a ligação do ligante. 
Os receptores de neurotransmissores de primeira classe são canais iônicos ativados por ligantes, também conhecidos 
por receptores ionotrópicos. Eles passam por uma mudança na forma quando o neurotransmissor se liga, causando a 
abertura do canal. Isso pode ser um efeito excitatório ou inibitório, dependendo dos íons que possam passar pelos canais 
e suas concentrações dentro e fora da célula. 
Canais iônicos ativados por ligantes são grandes complexos de proteínas. Eles possuem certas regiões que são sítios de 
ligação para os neurotransmissores, assim como segmentos na membrana para compor o canal. 
Canais ativados por ligantes tipicamente produzem respostas fisiológicas muito rápidas. A corrente começa a fluir (íons 
começam a atravessar a membrana) em dez micro-segundos após a ligação do neurotransmissor e a corrente para assim 
que o neurotransmissor não está mais ligado ao receptor. Na maioria dos casos, os neurotransmissores são removidos 
das sinapses muito rapidamente, graças às enzimas que quebram a ligação ou células vizinhas que os tomam. 
Ex.: Canais de íons ativados por ligantes incluem os receptores nicotínicos de acetilcolina mencionados acima, assim 
como muitos dos receptores de aminoácidos neurotransmissores glutamato, glicina e GABA. Um dos receptores de 
serotonina também é um canal de íon ativado por ligante, como são alguns receptores de neurotransmissores 
purinérgicos. 
 Receptores Metabotrópicos: Esses receptores não são canais iônicos. A ligação do neurotransmissor 
ativa uma via de sinalização, que pode indiretamente abrir ou fechar canais (ou possuem algum outro 
efeito). 
A ativação de receptores de neurotransmissores de segunda classe só afeta a abertura e fechamento do canal iônico 
indiretamente. Nesse caso, a proteína que se liga ao neurotransmissor - o receptor de neurotransmissor - não é um canal 
iônico. Sinalização por meio desses receptores metabotrópicos depende da ativação de diversas moléculas dentro da 
célula e frequentemente envolve uma via de segundos mensageiros. Por envolver mais passos, a sinalização por 
receptores metabotrópicos é muito mais lenta que aquela feita por canais iônicos ativados por ligantes. 
Diagrama de um via que o receptor metabotrópico pode agir. O ligante liga ao seu receptor, o qual inicia uma cascata 
de sinalização dentro da célula. A cascata de sinalização causa a abertura do canal iônico, permitindo que cátions 
atravessem em direção ao gradiente de concentração e adentre a célula, resultando na despolarização. 
Diagrama de um via que o receptor metabotrópico pode agir. O ligante liga ao seu receptor, o qual inicia uma cascata 
de sinalização dentro da célula. A cascata de sinalização causa a abertura do canal iônico, permitindo que cátions 
atravessem em direção ao gradiente de concentração e adentre a célula, resultando na despolarização. 
Alguns receptores metabotrópicos têm efeitos excitatórios quando eles são ativados (tornar a célula mais provável a 
disparar um potencial de ação), enquanto outros têm efeitos inibitórios. Muitas vezes, estes efeitos ocorrem porque o 
receptor metabotrópico dispara uma via de sinalização que abre ou fecha um canal iônico. De maneira alternativa, um 
neurotransmissor que se liga a um receptor metabotrópico pode mudar como a célula responde a um segundo 
neurotransmissor que atua através de um canal ativado por ligante. A sinalização através de receptores metabotrópicos 
também pode ter efeitos sobre a célula pós-sináptica que, sobretudo, não envolvem canais iônicos. 
Ex.: os receptores da classe acetilcolina muscarínicos, a maioria dos receptores de aminas biogênicas e todos os 
receptores de neuropeptídeos são receptores metabotrópicos. 
✓ Neurotransmissores não convencionais 
Recentemente, várias classes de neurotransmissores que foram identificadas não seguem todas as regras usuais. Estes 
são considerados neurotransmissores "não convencionais" ou "não tradicionais". 
Duas classes de transmissores não convencionais são os endocanabinoides e os neurotransmissoresgasosos (gases 
solúveis, como óxido nítrico, NO e monóxido de carbono, CO). Estas moléculas são não convencionais, pois não são 
armazenadas em vesículas sinápticas e talvez possam transmitir mensagens do neurônio pós-sináptico para o neurônio 
pré-sináptico. Além disso, ao invés de interagir com receptores da membrana plasmática de suas células-alvo, os 
neurotransmissores gasosos podem atravessar a membrana celular e agir diretamente nas moléculas dentro da célula. 
- Novos mensageiros: 
ATP: é encontrado no SNC e SNP e produz resposta excitatória ou inibitória a depender do receptor pós- sináptico. Está 
associado com a sensação de dor. 
NO (Óxido Nítrico): além de ser um potente vasodilatador periférico, ativa o receptor intracelular da guanilato ciclase 
e está envolvido no processo de aprendizagem e memória. 
Monóxido de carbono (CO): É o principal regulador do cGMP no cérebro. É um neuromodulador da produção de 
ácido nítrico. 
 Citar e correlacionar fatores que vão alterar o sistema nervoso (intrínsecos e 
extrínsecos)

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