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APG 1 - SISTEMA NERVOSO DIVINO

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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
1 
APG 1 – SISTEMA NERVOSO DIVINO 
1) COMPREENDER A MORFOLOGIA DO SISTEMA 
NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO 
(ORGANIZAÇÃO, DIVISÃO E CONSTITUIÇÃO DAS 
ESTRUTURAS MACRO E MICRO) 
 O sistema nervoso possui três funções básicas 
principais, para que o corpo funcione de maneira 
coordenada e adequada: 
1) Sensitiva: o sistema nervoso é responsável 
por receber e sentir estímulos vindos tanto 
no meio interno, quanto do meio externo do 
nosso corpo. 
2) Integradora: onde o sistema nervoso 
recebe essas informações sensitivas, 
armazena uma parte delas e toma decisões 
sobre comportamentos apropriados a 
serem tomados dependendo do tipo de 
estímulo que recebeu. 
3) Motora: o sistema nervoso envia uma 
resposta a esses estímulos = contração 
muscular ou secreção glandular. 
 Anatomicamente o sistema nervoso é dividido 
em duas partes: CENTRAL (parte central do 
sistema nervoso – PCSN) e PERIFÉRICA (parte 
periférica do sistema nervoso – PPSN). 
 PARTE CENTRAL (PCSN) 
 Está alojada em um estojo ósseo (crânio e coluna 
vertebral), que lhe oferece proteção adequada. 
*centralmente* 
 O SN CENTRAL é responsável pelas funções 
mais complexas desse sistema, a maior parte 
dos estímulos de contração muscular ou 
secreção glandular partem dessa região. 
 Os órgãos da PCSN são o encéfalo (localizado na 
cavidade craniana), e a medula espinal (preenche 
parcialmente o canal vertebral). 
 O sistema nervoso central está conectado aos 
receptores sensitivos, músculos ou glândulas que 
estão na periferia do nosso corpo, assim, o 
CENTRAL conecta à essas estruturas por meio 
do PERIFÉRICO. 
 O ENCÉFALO E A MEDULA ESPINAL FORMAM 
O NEURO-EIXO. 
 O encéfalo apresenta três partes: cérebro, 
cerebelo e o tronco encefálico. 
 O cérebro é constituído pelo telencéfalo e 
diencéfalo. 
 O tronco encefálico apresenta três 
constituintes: mesencéfalo, ponte e bulbo. 
 Telencéfalo: ou cérebro é dividido em 4 lobos: 
lobo frontal, parietal, occipital e temporal. 
 
 Diencéfalo: formado pelo epitálamo, tálamo e 
hipotálamo e forma o núcleo central do encéfalo. 
 Mesencéfalo: conecta a ponte e o cerebelo com 
o telencéfalo. 
 Ponte: é a parte do tronco encefálico situada 
entre o mesencéfalo e o bulbo 
 Bulbo: é a porção inferior do tronco encefálico 
que se conecta a medula espinal 
 Cerebelo: massa encefálica situada 
posteriormente à ponte e ao bulbo. 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
2 
 Medula espinal: conecta-se com o encéfalo por 
meio do forame magno do occipital e está 
envolvida pelos ossos da coluna vertebral. Possui 
cerca de 100 milhões de neurônios. 
 Substância cinzenta: concentração de corpo 
celular de neurônios. 
 Substância branca: concentração de axônios. 
 Meninges: camadas membranosas – pia-máter 
(delicado e transparente), aracnoide-máter e 
dura-máter (espessa e rígida). 
Meninges + líquido cerebrospinal circundam e 
protegem o SNC. 
- O encéfalo e a medula espinal são revestidos 
em sua superfície externa pela pia-máter. 
- O liquido cerebrospinal fica entre a pia-máter 
e a aracnoide-máter. 
 PARTE PERIFÉRICA (PPSN) 
 Essa parte trafega pelo corpo, ligando os 
diversos órgãos com a PCSN. 
 A PPSN é composta pelos nervos, gânglios, os 
plexos entéricos e os receptores sensitivos. 
 NERVOS: 
 Os nervos são constituídos basicamente por 
prolongamentos dos neurônios, cujos corpos 
celulares se situam no SNC ou nos gânglios 
nervosos. São estruturas formadas por axônios 
de neurônios. 
 OS NERVOS PODEM SER CRANIANOS (12 pares 
LIGADOS AO ENCÉFALO) OU ESPINAIS (31 pares 
LIGADOS À MEDULA ESPINAL). *esses nervos 
são responsáveis por conduzir os impulsos 
nervosos para dentro ou para fora do SN 
central. 
 Os nervos são fortes e resilientes porque as 
fibras nervosas são sustentadas e protegidas 
por 3 revestimentos de tecido conjuntivo: 
 Endoneuro: delicado, circunda as células 
neurolema e os axônios. 
 Perineuro: denso, envolve um fascículo de 
fibras nervosas periféricas, barreira 
contra a penetração das fibras nervosas 
por substâncias estranhas. 
 Epineuro: bainha espessa circunda e 
encerra um feixe de fascículos, inclui tecido 
adiposo, vasos sanguíneos e linfáticos. 
 GÂNGLIOS: 
 São aglomerados de corpos celulares de 
neurônios que se localizam fora do sistema 
nervoso central, próximo à coluna vertebral, que 
se associam aos nervos, funcionando como 
estações de interligação entre neurônios e 
estruturas do organismo. 
 PLEXOS ENTÉRICOS: 
 Grandes redes neuronais nas paredes de órgãos 
do sistema digestório. Os neurônios presentes 
nessa região ajudam a regular o sistema 
digestório. 
 RECEPTOR SENSITIVO: 
 Estrutura do sistema nervoso que monitora as 
mudanças nos ambientes externos e internos. 
Exemplos: receptores táteis da pele, 
fotorreceptores do olho, receptores olfatórios 
do nariz. 
 DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 É dividido em sistema nervoso SOMÁTICO 
(reações voluntárias), sistema nervoso 
AUTÔNOMO (reações involuntárias) e sistema 
nervoso ENTÉRICO. 
 SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO (SNS) 
 Contém neurônios sensitivos que transmitem 
informações para o SNC por meio de 
receptores somáticos na cabeça, no tronco e 
nos membros e de receptores para sentidos 
especiais da visão, da audição, da gustação e do 
olfato. Contém também neurônios motores que 
conduzem impulsos nervosos do SNC 
exclusivamente para os músculos esqueléticos. 
Essas respostas podem ser controladas 
conscientemente pelo SNP sendo sua AÇÃO 
VOLUNTÁRIA. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
3 
 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA) 
 Formado por neurônios sensitivos que levam 
informações de receptores sensitivos 
autônomos (presentes em órgãos viscerais – 
estômago e pulmões) para o SNC. E também é 
formado por neurônios motores que conduzem 
impulsos do SNC para o músculo liso, músculo 
cardíaco e as glândulas. Sua atuação é 
involuntária de modo geral. A parte motora é 
composta por dois ramos: divisão simpática (“luta 
ou fuga”) e divisão parassimpática (“repouso e 
digestão”). Os efetores, em sua maioria, 
recebem nervos das duas divisões. 
 SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO (SNE) 
 “Cérebro do intestino”. Possui ação involuntária. 
Composto por neurônios dentro dos plexos 
entéricos, chegando até o sistema digestório. Os 
neurônios sensitivos presentes monitoram mudanças 
químicas e o estiramento das paredes no sistema 
digestório. Os neurônios motores controlam as 
contrações do músculo liso para impulsionar o 
alimento, as secreções dos órgãos e a atividade das 
células endócrinas. 
 
2) ENTENDER A ESTRUTURA DO NEURÔNIO E 
COMO OCORRE A TRANSMISSÃO ENTRE ELES 
(NEUROTRANSMISSORES E SINAPSES) 
 O tecido nervoso compreende basicamente dois 
tipos celulares: os neurônios e as células gliais ou 
neuróglia. 
 O NEURÔNIO é sua unidade fundamental, com a 
função básica de receber, processar e enviar 
informações. 
 Os neurônios têm a propriedade de responder a 
estímulos nervosos, através da diferença de 
potencial elétrico que existe entre as 
superfícies externa e interna da sua membrana 
celular. Este estímulo pode propagar-se sob a 
forma de impulso nervoso, cuja função é 
transmitir sinalizações a outros neurônios, 
células musculares ou glandulares. 
 Os neurônios formam circuitos por meio de seus 
numerosos prolongamentos. Tais circuitos ou 
redes neuronais são de diversos tamanhos e 
complexidades. Na maioria das vezes, dois ou 
mais circuitos interagem para executar uma 
função. 
 A NEURÓGLIA compreende células que ocupam 
os espaços entre os neurônios, com funções de 
sustentação, revestimento ou isolamento, 
modulação da atividade neuronal e de defesa. 
NEURÔNIOS 
 São células altamente excitáveis, que se 
comunicam entre si ou com células efetuadoras 
(células musculares e secretoras), usando 
basicamente uma linguagem elétrica, qual seja, 
modificações do potencial de membrana. 
 A maior parte dos neurônios possui três regiões 
responsáveis por funções especializadas: 
CORPO CELULAR, DENDRITOS (do grego déndron 
= árvore) e AXÔNIO (do grego áxon = eixo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
4 
 Os neurônios podem ser classificados em: 
 Neurônios bipolares: que têm um dendrito e 
um axônio. 
 Neurônios multipolares: que apresentam 
vários dendritos e um axônio. 
 Neurônios pseudounipolares: que 
apresentam junto ao corpo celular um 
prolongamento único que logo se divide em 
dois, dirigindo-se um ramo para a periferia 
e outro para o SNC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A maioria dos neurônios é multipolar; os bipolares 
são encontrados nos gânglios coclear e 
vestibular, na retina e na mucosa olfatória. Já os 
neurônios pseudounipolares são vistos nos 
gânglios espinais, que são gânglios sensoriais 
situados nas raízes dorsais dos nervos espinais, 
e também nos gânglios cranianos. 
 Os neurônios podem ainda ser classificados 
segundo a sua função: 
 Neurônios motores controlam órgãos efetores, 
tais como glândulas exócrinas e endócrinas e 
fibras musculares. 
 Neurônios sensoriais recebem estímulos 
sensoriais do meio ambiente (tato, olfato, visão, 
audição e gustação) e do próprio organismo. 
 Interneurônios estabelecem conexões entre 
neurônios, sendo, portanto, fundamentais para 
a formação de circuitos neuronais desde os mais 
simples até os mais complexos. 
 
 CORPO CELULAR 
 O corpo celular, ou pericário, é a porção do 
neurônio que contém o núcleo e o citoplasma que 
envolve o núcleo. Consiste em um centro trófico, 
mas também tem função receptora e 
integradora de estímulos, recebendo estímulos 
excitatórios ou inibitórios produzidos em outras 
células nervosas. 
 Na maioria dos neurônios o núcleo é esférico e 
aparece pouco corado, pois seus cromossomos 
são muito distendidos, indicando a alta atividade 
sintética dessas células. 
 Cada núcleo tem, em geral, apenas um nucléolo, 
grande e central. Trata-se de uma região da 
célula rica em retículo endoplasmático granuloso, 
que forma agregados de cisternas paralelas, 
entre as quais existem numerosos 
polirribossomos livres. Esta estrutura espalhada 
pelo citoplasma, chama-se corpúsculo de Nissl. 
 A quantidade de retículo endoplasmático 
granuloso varia com o tipo e o estado funcional 
dos neurônios, sendo mais abundante nos 
maiores, particularmente nos motores. 
 O complexo de Golgi localiza-se exclusivamente 
no pericário e é formado por vários grupos de 
cisternas localizadas em torno do núcleo. As 
mitocôndrias existem em quantidade moderada 
no pericário, mas são encontradas em grande 
número nas terminações axonais. 
 No SNC os corpos celulares dos neurônios 
localizam-se somente na substância cinzenta. A 
substância branca não apresenta pericários, 
mas apenas prolongamentos deles. No SNP os 
pericários são encontrados em gânglios e em 
alguns órgãos sensoriais, como a mucosa 
olfatória. 
 DENDRITOS 
 Porções receptoras de um neurônio. Sua 
membrana plasmática contém muitos 
receptores que possibilitam a ligação de 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
5 
mensageiros químicos de outras células. 
Geralmente, são curtos, afilados e bastante 
ramificados. Seu citoplasma contém corpúsculos 
de Nissl, mitocôndrias e outras organelas. 
 Fibra nervosa: qualquer prolongamento que 
emerge do corpo celular de um neurônio. 
 AXÔNIO 
 Cada neurônio emite um único axônio, de 
formato cilíndrico em comprimento e diâmetro 
que dependem do tipo de neurônio. Na maior 
parte de sua extensão, os axônios têm um 
diâmetro constante e não se ramificam 
abundantemente, ao contrário do que ocorre 
com os dendritos. 
 Alguns axônios são curtos, mas, na maioria dos 
casos, são mais longos do que os dendritos das 
mesmas células. 
 Os axônios das células motoras da medula espinal 
que inervam os músculos do pé de um adulto, por 
exemplo, podem ter mais de 1 m de 
comprimento. Geralmente, o axônio se origina de 
uma pequena formação cônica que se projeta 
do corpo celular, denominada cone de 
implantação. 
 O trecho do axônio que parte do cone de 
implantação, denominado segmento inicial, não é 
recoberto por mielina. Consiste em um trecho 
pequeno, mas de significante importância para a 
geração do impulso nervoso, fato que se deve à 
existência de grande quantidade de canais 
iônicos para Na+ em sua membrana plasmática. 
O segmento inicial recebe muitos estímulos, 
tanto excitatórios como inibitórios, de cuja 
somatória pode originar-se um potencial de ação. 
 A propagação do potencial de ação ao longo da 
membrana do axônio constitui o impulso nervoso. 
O citoplasma do axônio, ou axoplasma, é muito 
pobre em organelas. Tem poucas mitocôndrias, 
algumas cisternas do retículo endoplasmático liso 
e muitos microfilamentos e microtúbulos. 
 A ausência de retículo endoplasmático granuloso 
e de polirribossomos demonstra que o axônio é 
mantido pela atividade sintética do pericário. 
Muitos axônios originam ramificações em ângulo 
reto próximo a sua terminação, denominadas 
colaterais. 
 Existe um movimento muito ativo de moléculas e 
organelas ao longo dos axônios. Tais moléculas 
são sintetizadas no pericário e migram pelos 
axônios, movimento chamado fluxo anterógrado. 
Este fluxo tem diversas velocidades, mas há 
duas correntes principais: uma rápida (centenas 
de milímetros por dia) e outra lenta (poucos 
milímetros por dia). 
 Além do fluxo anterógrado, existe também um 
transporte de substâncias em sentido contrário, 
o fluxo retrógrado, que leva moléculas diversas 
para serem reutilizadas no corpo celular. 
 
 POTENCIAL DE AÇÃO 
 Quando a célula não está transmitindo nenhum 
impulso, ela se encontra em seu potencial de 
repouso, também conhecido como potencial de 
membrana. Esse potencial é marcado por uma 
eletronegatividade intracelular, que varia nas 
diferentes células do nosso organismo. Ao 
contrário do meio intracelular, o meio 
extracelular é positivo. 
 Íons importantes = Na+ e K+, no repouso tem 
maior concentração de potássio no meio 
intracelular, já no meio extracelular possui maior 
concentração de sódio. Esses íons são difusíveis 
pelas membranas celulares, e conseguem 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
6 
passar pela membrana, garantindo com que o 
potencial de ação aconteça. 
 O potencial de repouso da membrana do 
neurônio é aproximadamente -70 mV, sendo o 
interior da célula negativo e o meio extra celular 
é carregado positivamente. 
 Quando uma célula nervosa recebe um estímulo, 
canais de sódio, que estão localizados na 
membrana celular, se abrem e o Na+ como está 
mais concentrado fora da célula do que dentro 
da célula, por difusão entra na célula. Lembrando 
que o sódio possui carga positiva, e o meio 
intracelular está negativo, sendo assim, o meio 
intracelular passa a ser menos negativo, isso 
acontece até que a célula atinja uma voltagem 
chamada “LIMIAR” = -50 mV. A partir desse 
momento, outros canais de sódio se abrem e a 
membrana celular torna-se altamente 
permeável ao sódio, entrando em grande 
quantidade na célula, invertendo a polaridade = 
DESPOLARIZAÇÃO (- +). Sendo assim, o meio 
intracelular fica mais positivo do que o meio 
extracelular, e nesse momento os canais de 
sódio se fecham e abrem os canais de potássio, 
indo de dentro para fora da célula, o potássio 
também possui carga positiva, e da maneira que 
vai saindo o potencialde membrana vai caindo 
(ficando menos positiva), até ficar negativa = 
REPOLARIZAÇÃO. Os canais de potássio 
possuem um fechamento tardio, ou seja, sai 
mais potássio do que a quantidade basal que tinha 
quando a célula estava em repouso, resultando 
em uma HIPERPOLARIZAÇÃO = o interior da 
célula fica mais negativo do que quando estava 
em repouso no começo. Depois desses eventos, 
a bomba sódio-potássio fica responsável por 
restaurar as quantidades basais de sódio e de 
potássio dentro e fora da célula, garantindo o 
potencial de repouso da membrana celular. 
 O potencial de ação acontecendo ao longo de 
todo axônio do neurônio permite a transmissão 
da informação nervosa pelo nosso corpo. 
 O potencial de ação segue a lei do tudo ou nada, 
ou seja, toda vez que o neurônio recebe o 
estímulo que atinge o limiar o potencial de ação 
acontece, aquela região despolariza! Por outro 
lado, se o estimulo não for suficiente para atingir 
o limiar de voltagem, o potencial de ação NÃO 
ocorre! 
 
 SINAPSE 
 O impulso nervoso não acontece apenas ao 
longo do neurônio, mas pode ser transferido de 
um neurônio para outro ou de um neurônio para 
um órgão efetor (músculo ou glândula) = uma 
sinapse é a região de comunicação. 
 
 Sinapses nervosas = passagem do impulso 
nervoso de um neurônio pro outro. E existem 
dois tipos: 
 SINAPSE QUÍMICA 
 Acontece na maior parte do corpo. 
 Os neurônios se aproximam um do outro, mas 
eles não se tocam. 
 O neurônio que está localizado antes da sinapse, 
o que vai passar a informação, é chamado de 
NEURÔNIO PRÉ-SINÁPTICO, já o que está após a 
sinapse, o que vai receber, é chamado de 
NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
7 
 O espaço entre esses dois neurônios é chamado 
de FENDA SINÁPTICA. 
 As sinapses químicas são UNIDIRECIONAIS, ou 
seja, sempre do neurônio pré-sináptico para o 
neurônio pós-sináptico. 
 As terminações do neurônio pré-sináptico são 
chamadas de botões terminais. 
 A sinapse química acontece através da ação de 
NEUROTRANSMISSORES (mensageiros), que são 
substâncias químicas, que possuem a função de 
passar a informação de um neurônio pro outro, 
a comunicação. 
 Os neutransmissores são produzidos pelos 
neurônios, e armazenados dentro de vesículas 
sinápticas, que já vão ficar posicionadas no botão 
terminal perto da membrana pré-sináptica, 
prontas para que quando receberam o estímulo 
possam liberar os neurotransmissores na fenda 
sináptica. 
 Quando o potencial de ação chega no botão 
terminal, canais de cálcio voltagem dependente, 
que estão localizados na membrana celular 
daquele neurônio, se abrem, e o cálcio por 
difusão vai entrar no neurônio pré-sináptico. 
Com a entrada de cálcio, existe o estímulo para 
que as vesículas sejam deslocadas até a 
membrana pré-sináptica, que é o local onde os 
neurotransmissores vão ser liberados. E essas 
vesículas, quando chegam na membrana pré-
sináptica se fundem na membrana e liberam os 
neurotransmissores na fenda por exocitose. 
 E a partir do momento que os 
neurotransmissores são liberados na fenda 
sináptica, eles vão se ligar a receptores 
específicos que estão localizados no neurônio 
pós-sinaptico, o que acontece depois dessa 
ligação vai depender do tipo de 
neurotransmissor (há vários) que está atuando 
naquela sinapse. 
 
 
 Neurotransmissor excitatórios: faz com que um 
neurônio seja despolarizado e haja um novo 
potencial de ação. Ex.: serotonina, glutamato, 
acetilcolina (na maior parte das vezes tem 
função excitatório) 
 Neurotransmissores inibitórios: hiperpolarizam 
um neurônio pós-sináptico, inibindo a sua ação. 
Ex.: GABA (ácido Gama-aminobutírico) e glicina. 
 
 
 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
8 
 SINAPSE ELÉTRICA 
 Os neurônios estão extremamente próximos, e 
possuem chamadas conexinas, essas proteínas 
se unem formando canais que permitem a 
passagem do íons diretamente de um neurônio 
pro outro, essas junções são chamadas de 
“Junções comunicantes” ou “Junções do tipo 
GAP”. 
 A sinapse elétrica não é unidirecional. Ela permite 
a passagem da informação de maneira 
bidirecional. 
 A sinapse elétrica acontece em algumas partes 
restritas do nosso cérebro, e tem uma 
velocidade extremante rápida. 
 
REFERÊNCIAS: 
 MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional, 3a 
ed., 2014. 
 Junqueira, Luiz Carlos Uchoa, 1920-2006 – 
Histologia básica: texto e atlas / L. C . Junqueira, 
José Carneiro; – Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2018. 
 Guyton AC; Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 13. 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017

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