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AI_Contabilidade Financeira_LV

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1 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Contabilidade Financeira Módulo: 
Aluno: Lucas Benites Vilhalba Turma: 0821-1_10 
Tarefa: Atividade Individual 
Introdução 
Segundo Vieira (2021), a importância da contabilidade é conseguir produzir informação para que, 
através do conhecimento referente ao passado e presente da empresa, seja possível antever o 
futuro da organização, auxiliando, assim, as decisões financeiras tomadas pelos gestores. A 
contabilidade é uma excelente ferramenta para os gestores de empresas, pois ajuda na análise 
da evolução do patrimônio e na determinação do resultado obtido nas atividades desenvolvidas. 
O gestor financeiro da organização pode adotar decisões que venham a ser distribuídas de 
forma temporal, ou seja, a médio, longo ou curto prazo, desde que esteja de acordo com os 
objetivos da organização (Fernandes et al., 2016). Assim sendo, os documentos contabilísticos 
são elaborados de forma a traduzir a situação patrimonial, resultados e movimentações dos 
meios financeiros da organização. Tais documentos devem ser elaborados de forma clara e 
concisa, para que o gestor possa tomar a melhor decisão acerca do assunto. Como principais 
documentos contabilísticos utilizados em tomadas de decisões, temos: 
➢ Balanço Patrimonial (BP): 
➢ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): 
➢ Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): 
➢ Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): 
➢ Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC): 
➢ Demonstrativo do Valor Adicionado (DVA): 
É de suma importância que a gestão tenha o entendimento dos relatórios contábeis para 
administrar uma empresa e entender sua operação. As demonstrações financeiras podem 
mostrar a visão econômico-financeira de forma rápida e em datas específicas, tornando possível 
a análise das tendências futuras. 
Dessa forma, com base nas informações fornecidas da Magazine Luiza, DRE e BP, será elaborado 
um relatório na qual analisará os dois exercícios da empresa. 
 
 
 
 
2 
 
Histórico da empresa Magazine Luiza: 
Fundado na década de 50, na cidade de Franca, interior de São Paulo, o Magazine Luiza tornou-
se uma companhia orientada por ciclos de desenvolvimento. O Magalu já viveu o ciclo da 
expansão pelo interior do Brasil, o ciclo da entrada no mercado de São Paulo e de consolidação 
como umas das grandes varejistas brasileiras, o ciclo da busca por escala e abrangência regional 
via aquisições, o ciclo da transformação digital. Todos eles foram concluídos. A partir de 2019, 
iniciou-se um novo momento: o posicionamento do Magalu como uma plataforma digital de 
varejo, um ecossistema que contribui para que milhares de outros negócios ingressem no 
universo das transações virtuais. 
O novo ciclo da empresa é sustentado em cinco pilares: crescimento exponencial, entrega mais 
rápida, superapp, oferta de novas categorias de produtos, principalmente por meio do 
marketplace, e o Magalu ao seu Serviço (ou Magalu as a Service). O desafio dos colaboradores da 
empresa é fortalecer esses pilares para que o ecossistema digital funcione de forma plena, assim 
como das empresas parceiras: Netshoes, Zattini, LogBee, Época Cosméticos, Estante Virtual, 
Consórcio Magalu, entre outras. 
O Magalu é marcado por sua velocidade, levou 43 anos para faturar 1 bilhão de reais nas lojas 
físicas, origem da empresa. Estima-se que levarão 10 anos para atingir a marca de 1 bilhão de 
reais em faturamento no seu e-commerce e relâmpagos 2 anos para atingir esse mesmo valor 
com a operação de marketplace que, em dezembro de 2019, reunia 15 000 sellers. Nos últimos 
anos, o Magalu fez a opção estratégica pelo crescimento exponencial, por atingir um ritmo de 
expansão que multiplique o tamanho e a abrangência da empresa. Em 2019, as vendas totais do 
Magalu foram de 27,3 bilhões de reais. 
Existem aproximadamente 1 113 lojas físicas, distribuídas por 819 cidades, de 21 estados, e que 
vêm rapidamente se transformando em centros avançados de distribuição dos produtos da 
empresa e de sellers, vendidos online. Para abastecer esses pontos, cinco novos centros de 
distribuição foram abertos em 2019, totalizando 17 CDs localizados em diferentes regiões do 
país. A logística conta com a Malha Luiza, composta por cerca de 2 500 caminhoneiros e com a 
Logbee, empresa de tecnologia logística responsável pela distribuição em grandes centros, como 
São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Goiânia, Recife e Campinas. 
Um dos bastiões da filosofia da empresa é o Conselho de Administração – que tem Luiza Helena 
Trajano como presidente. Há, atualmente, 508 empresas listadas na B3, a bolsa de valores de 
São Paulo. Desse total, apenas 165 têm pelo menos uma mulher no conselho de administração. 
Se a barra subir para duas, o número cai para 46. Há apenas nove empresas na B3 com três 
mulheres nos conselhos, uma dessas exceções é o Magalu. 
Ao se tornar um grande ecossistema digital, o Magalu, com suas raízes fincadas no interior do 
país, prepara-se para ser a companhia que vai digitalizar o Brasil. 
Dados retirados de: MAGAZINE LUIZA 
 
 
 
 
 3 
 
Análise horizontal 
O objetivo da análise horizontal é fazer o comparativo entre diferentes períodos de uma 
demonstração financeira e pode ser realizada por qualquer um dos três relatórios (Balanço 
Patrimonial, DRE ou Fluxo de Caixa) (BOZZA, 2019). Desta forma, através dessa análise é possível 
caracterizar tendências e discernir o ritmo de crescimento dos vários itens. A análise horizontal 
também é conhecida como análise de tendência ou análise de evolução. Este tipo de análise é 
importante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo (0LIVEIRA 
et al, 2010). 
A análise horizontal é realizada usando como base dois ou mais exercícios sociais com o objetivo 
de observar a evolução ou involução dos componentes e é feita horizontalmente, como “em uma 
linha do tempo”. Para Perez, José e Begalli (1999), esse tipo de análise salienta as alterações ou 
evoluções em cada conta das demonstrações financeiras relacionadas a uma demonstração 
básica, usualmente a mais antiga da série, caracterizando, assim, tendências. Assim sendo, é 
possível detectar padrões de crescimento, ciclicidade, entre outros, o que também facilita na 
hora de comparar esses fatores entre diferentes empresas. 
Dessa forma, a percepção da evolução do DRE, assim como o cálculo do DFC e BP, torna-se mais 
fácil com a análise horizontal. Para realizar o cálculo da análise horizontal (AH), utilizou-se a 
seguinte fórmula: 
 
A Tabela 1, refere-se ao balanço patrimonial do magazine luiza, utilizando a análise horizontal. 
 
 
 
4 
 
 
Com a análise horizontal é possível notar que houve um crescimento de 19,8% no Ativo Total, 
quando comparado com o ano anterior, mesmo ocorrendo uma perda de -72,56% em aplicações 
financeiras. O aumento no ativo total se deu devido ao aumento expressivo da conta de ativo 
circulante, referente a caixa e equivalentes de caixa com um ganho de 608,84%, outros ativos 
circulantes com 488,23%, além, também, de um aumento razoável de contas a receber com 
24,95% e estoque com 55,56% (que podem ter ocorrido pelo fato de a empresa ter voltado à 
estratégia em centros avançados de distribuição). Além disso, é possível observar uma margem 
pequena de acréscimo no Ativo Não Circulante, representando 16,15% de aumento, puxado 
pelos investimentos com 37,43%. 
Em relação ao Passivo, é possível notar um aumento de 19,8%, que se deu, principalmente, pela 
conta empréstimo e financiamento a curto prazo, representando 20239,88% e, também, pela 
conta fornecedores com 41,86%, apesar das perdas em passivos não circulantes (empréstimos e 
 
 
 
 
 5 
 
financiamentos a longo prazo: -97,89%). 
 
Na análise horizontal do DRE (Tabela 2), é possível notar que, mesmo apresentando um 
crescimento na receita liquida de 41,31%,houve um aumento expressivo nas despesas 
operacionais de 53,64%. Acredita-se que esse aumento expressivo tenha ocorrido por estratégia 
de expansão de suas lojas, o que pode ser inferido através dos dados que mostram uma queda 
de 57,51% no lucro líquido entre os exercícios analisados. 
Análise vertical 
A análise vertical, diferente da análise horizontal, foca em um mesmo período, ou seja, trata-se 
de uma avaliação de cima para baixo. Dessa forma, tem por objetivo encontrar a 
representatividade de uma linha ou conta em relação ao seu total e possibilita a 
representatividade de cada componente das demonstrações contábeis, identificando aqueles 
que mais contribuem para a formação do conjunto objeto da análise. Assim sendo, possibilita a 
percepção dos indicadores mais importantes ao resultado da organização e que, portanto, 
merecem mais atenção. Além disso, ajuda na identificação de pontos que melhoraram ou 
pioraram com o passar do tempo, uma vez que o volume financeiro de um ativo ou passivo pode 
mudar sem afetar diretamente o resultado (BOZZA, 2019). 
A análise vertical é bastante importante e, mais ainda, quando aplicada à demonstração de 
resultado do exercício, por possibilitar a detecção da composição percentual das receitas, custos 
e despesas, evidenciando aquelas que mais influenciaram na formação do lucro ou prejuízo e, se 
realizada em períodos sucessivos, possibilita a formação de uma base para a projeção de uma 
demonstração de resultados (LIMEIRA et al., 2015). 
A análise vertical possui uma técnica bastante simples, já que consiste em dividir todos os 
elementos do ativo pelo valor do total desse mesmo ativo e todos os valores do passivo pelo 
total desse passivo. Dessa forma, obtém-se, assim, o percentual que cada elemento representa 
do todo. Na demonstração de resultados, o elemento que será o divisor dos demais itens é a 
 
 
 
6 
 
receita líquida, e os percentuais vão indicar o quanto cada elemento do resultado representa em 
relação a essa receita líquida. Justamente por possuir a capacidade de mostrar o quanto cada 
elemento representa do todo é que a análise vertical é chamada de análise estrutural. Este tipo 
de análise é importante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no 
tempo (0LIVEIRA et al, 2010). 
A análise vertical, referente ao balanço patrimonial, auxiliará a responder a diversas perguntas 
relacionadas às contas de ativos, passivos e patrimônio líquido. Sendo a fórmula da análise 
vertical (AV): 
 
Já a análise vertical da DRE tem o intuito de responder às perguntas relacionadas à lucratividade 
da empresa. Com base nessa análise, é possível identificar quais gastos estão consumindo as 
receitas da companhia. A fórmula da análise vertical (AV), para esse caso, é: 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
A Tabela 3 demonstra a análise vertical do balanço patrimonial onde é possível observar que a 
maior parte da participação dentro do ativo total diz respeito ao ativo circulante, representando 
um valor acima de 65%. Além disso, ainda é possível notar um crescimento de 1,05% da 
participação do ativo total do ano de 2019 para o ano de 2020. É possível identificar, também, em 
relação a esse ativo, uma participação majoritária de aplicações financeiras, representando 
23,89% do resultado do ano de 2019 versus uma maior relevância de estoque com 24,48% do 
ano de 2020, possivelmente, direcionado à estratégia de criação de centros avançados de 
distribuição dos produtos da empresa. Em relação ao ativo não circulante, sua maior 
representatividade está relacionada a conta imobilizado, representando acima de 15% nos dois 
exercícios analisados. 
Em relação ao passivo, houve uma mudança entre a participação majoritária do ano de 2019 
quando relacionada ao ano de 2020, sendo o patrimônio líquido, representando 40,65% versus o 
passivo circulante com 51,63%, respectivamente. A conta mais significativa majoritariamente de 
 
 
 
8 
 
2019 e 2020, foi, capital social realizado versus a conta estoque, o que mostra e deixa claro o 
compromisso com a estratégia da Magalu. 
 
No DRE, demonstrado pela Tabela 4, é possível verificar que a companhia tem seus maiores 
custos relacionados ao custo dos bens ou serviços vendidos, representando um valor acima de 
70% e, também, as despesas operacionais, com um valor acima de 20%. Comparando o ano de 
2019 com o de 2020, é possível observar que houve um aumento de mais de 3% na 
representatividade das contas citadas, sendo isso esperado por provavelmente a Magazine Luiza 
ter utilizado a estratégia de expansão. 
Cálculo dos índices de liquidez 
Os índices de liquidez mostram a capacidade que a empresa possui para liquidar suas dívidas e 
deixam evidente a disposição de recursos da empresa (capital de giro) em relação às obrigações 
assumidas no mesmo período. Os índices de liquidez mais aplicados em análise econômico-
financeira são: liquidez imediata, liquidez corrente, liquidez seca e liquidez geral (LIMEIRA et al., 
2015). 
LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) 
 
O índice de Liquidez imediata/instantânea mede a capacidade financeira da empresa para 
honrar seus compromissos de curto prazo contando apenas com suas disponibilidades (caixa e 
bancos) (LIMEIRA et al., 2015). 
 
 
 
 
 9 
 
 
De acordo com a análise realizada, é possível observar, através da Tabela 5, que o Magazine 
Luiza teve uma liquidez imediata de 0,11, em 2020, contra um valor de 0,03, em 2019. O valor do 
índice de liquidez geralmente fica abaixo de 1, pois o montante que as empresas deixam em 
caixa, em geral, não é considerável. 
LIQUIDEZ CORRENTE (LC) 
 
Se trata de um dos índices mais utilizados em análise financeira e indica de quanto a empresa 
poderá dispor em termos de capital de giro (recursos de curto prazo, como disponibilidades, 
aplicações financeiras, clientes e estoques) para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, 
empréstimos, provisões sociais, provisões tributárias, dividendos, entre outras) (LIMEIRA et al., 
2015). 
 
O índice de liquidez corrente nos possibilita verificar a capacidade de pagamento das obrigações 
a curto prazo. De acordo com a análise realizada, que pode ser observada na Tabela 6, os ativos 
circulantes disponíveis para liquidar passivos de curto prazo, diminuíram do ano de 2019 para o 
de 2020 (de 1,69 para 1,29 respectivamente). Entretanto, o índice se manteve superior a 1 (que 
demostra que o Ativo Circulante foi maior que o Passivo Circulante), apresentando um resultado 
ainda bom, com Passivo Circulante suficiente para saldar seus compromissos a curto prazo. 
LIQUIDEZ SECA (LS) 
 
Esse índice é uma medida de avaliação da liquidez da empresa mais rigorosa, relatado por 
especialistas como “teste do ácido”. Demonstra o quanto a empresa poderá dispor de capital de 
giro, não levando em consideração seus estoques, para fazer frente a suas dívidas de curto prazo 
 
 
 
10 
 
(LIMEIRA et al., 2015). 
 
De acordo com a análise realizada, é possível observar na Tabela 7 que, em relação ao índice de 
liquidez seca, houve uma queda em 2020 quando comparado ao ano de 2019, 0,81 contra o valor 
de 1,20, respectivamente. Isso aconteceu pelo fato de o crescimento do estoque ser mais 
representativo que o crescimento do ativo circulante nos anos analisados, conforme pode ser 
observado na Tabela 1, da Análise Horizontal, que mostra os valores de Ativo circulante de 
21,74% e de estoque 55,56%, deixando a dependência da liquidação do estoque para quitação de 
dívidas de curto prazo ainda maior. Esse índice possui dados aceitáveis, mas vale salientar que se 
deve levar em consideração o aumento da dependência em relação ao estoque. 
LIQUIDEZ GERAL (LG) 
 
A liquidez geral, ou índice de solvência geral, mede a capacidade que a empresa tem para honrar 
todas as suas obrigações (de curto e longo prazos) levando em consideração seus recursos 
realizáveis em curtos e longos prazos (LIMEIRAet al., 2015). 
 
De acordo com a análise realizada, mostrada na Tabela 8, é possível perceber que a empresa é 
favorável, apesar da leve diminuição de 2019 para 2020 (saindo de um valor de 1,09 para 1,24, 
respectivamente). Esses valores mostram que existe uma boa capacidade de liquidez, pois para 
cada real gasto em compromissos totais, a empresa possui, em 2019, o valor R$ 1,09 e, em 2020, 
o valor de R$ 1,24. 
 
 
 
 
 
 11 
 
Cálculo da estrutura de capital 
Os índices de estrutura de capital avaliam a segurança que a empresa oferece aos capitais de 
terceiros e revelam sua política de captação de recursos e de alocação deles nos diversos itens do 
ativo. Os índices de estrutura de capital mais aplicados em análise econômico-financeira são: 
endividamento geral, composição do endividamento, imobilização do capital próprio, 
imobilização de recursos não correntes e passivo onerosos sobre ativo (LIMEIRA et al., 2015). 
ENDIVIDAMENTO GERAL (EG) 
 
Esse índice está relacionado à estrutura de capital da empresa e aponta seu grau de 
endividamento, identificando se a empresa tem maior dependência por capital próprio ou capital 
de terceiros no financiamento do ativo. Existe uma relação entre essa dependência e o risco 
oferecido, pois quanto maior a dependência de capital de terceiros, maior o risco oferecido às 
instituições financeiras na concessão de créditos. Cabe ainda ressaltar que determinadas 
empresas convivem bem com endividamento elevado, especialmente quando esse 
endividamento apresenta um viés de longo prazo, ou quando, mesmo que de curto prazo, esses 
recursos são compostos por passivos não onerosos. Nesse caso, o fundamental é manter uma 
boa política de administração de prazos de pagamento com os bancos e fornecedores (LIMEIRA 
et al., 2015). 
 
De acordo com a análise realizada, observada na Tabela 9, foi possível verificar que, em 2020, 
67,15% dos recursos ativos do Magazine Luiza foram providos por terceiros, que representa um 
aumento de 7,8% em relação ao ano anterior na dependência de capital de terceiros na 
empresa. Pode-se considerar que o que mais influenciou no resultado desse índice foi o 
aumento na linha de empréstimos e financiamentos, valor de 20.239,88%, que pode ser 
observado na Tabela 1, Análise Horizontal. Deve-se levar em conta esse aumento da 
dependência do capital de terceiros significa um aumento do fator de risco da empresa. 
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE) 
 
 
 
 
12 
 
O índice de composição do endividamento demonstra a política adotada relativa à forma de 
captação de recursos de terceiros, ou seja, se a empresa concentra a maior parte de suas dívidas 
no curto ou no longo prazo. Entende-se que, se a concentração do endividamento for maior no 
curto prazo, maior será o risco oferecido pela empresa a seus credores. Entretanto, um 
endividamento com perfil de longo prazo, principalmente para o financiamento do ativo não 
circulante, proporciona à empresa uma situação mais confortável, o que pode sinalizar uma 
política eficiente de captação de recursos (LIMEIRA et al., 2015). 
 
De acordo com as análises realizadas, observadas na Tabela 10, verifica-se que houve um 
aumento de 11,69% no índice de composição da dívida do ano de 2019 para o de 2020 (saindo 
de 65,2%, em 2019, para 76,89 %, em 2020). Isso mostra que o endividamento da empresa, em 
sua maior parte, estava concentrado no curto prazo, ou seja, a cada R$100,00 de dívidas totais, 
R$76,89 estava concentrado no Passivo Circulante no ano de 2020. O que levou a esse resultado 
foi o aumento de 59,82% do passivo circulante, observado na Tabela 1 da Análise Horizontal, que 
foi influenciado pelo aumento de 20.239,88% na linha de empréstimos e financiamentos e pela 
queda de 10% no passivo não circulante, também observados na Tabela 1. 
IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (IPL) 
 
O índice de Grau de Imobilização do Capital Próprio demonstra o quanto dos Ativos 
investimentos, imobilizado e intangível da empresa, é financiado pelo patrimônio líquido. Dessa 
forma, evidencia se há a maior ou menor dependência de aporte de recursos de terceiros para 
manutenção de seus negócios. Para que se haja uma correta administração dos recursos da 
empresa é necessário que seja pressuposta uma adequada relação dos prazos das aplicações 
dos recursos com os prazos das origens desses recursos. Dessa forma, ficou-se convencionado 
que os Ativos investimentos, imobilizado e intangível, são financiados pelo patrimônio líquido ou 
por financiamentos de longo prazo. O ideal, a princípio, é que as empresas imobilizem a menor 
parte possível de seus recursos próprios, pois, dessa forma, elas não ficarão na dependência de 
capitais alheios para a movimentação normal de seus negócios (LIMEIRA et al., 2015). 
 
 
 
 
 13 
 
 
De acordo com a análise realizada, observada na Tabela 11, é possível verificar que o Magazine 
Luiza imobilizou 80,7% e 65,61% do capital próprio. Assim sendo, conclui-se que o Magazine 
Luiza não necessita do aporte de recursos de terceiros para manter seus negócios. 
IMOBILIZAÇÃO DE RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC) 
 
Esse indicador mostra o percentual de recursos não correntes (passivo não circulante e 
patrimônio líquido) que foi revertido para aplicação nos ativos investimentos, imobilizados e 
intangível. Esse indicador é fundamental quando o capital próprio (patrimônio líquido) se 
demonstra insuficiente para cobrir as aplicações de recursos efetuadas em investimentos, 
imobilizado e intangível, o que faz com que a empresa necessite captar recursos de terceiros em 
longo prazo para financiar tal aplicação (LIMEIRA et al., 2015). 
 
De acordo com a análise realizada, observada na Tabela 12, verifica-se que houve o aumento da 
imobilização dos recursos a longo prazo pelo Magazine Luiza, que passou de 43,51% em 2019 
para 54,82% em 2020. É possível observar que esse aumento do índice foi influenciado pelo 
aumento no ativo não circulante de 16,15% e pela diminuição do Patrimônio Líquido 3,17%, 
ambos observados na Tabela 1 da Análise Horizontal. 
PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO (POSA) 
 
Esse índice mostra a participação das fontes onerosas de capital no financiamento dos 
investimentos totais da empresa, revelando sua dependência de instituições financeiras. Supõe-
 
 
 
14 
 
se que todo exigível em longo prazo (passivo não circulante) seja oneroso; caso contrário; deve 
ser feita a exclusão da parcela não onerosa. Quanto maior for esse índice, maiores serão as 
despesas financeiras incorridas, impactando o resultado do exercício (LIMEIRA et al., 2015). 
 
De acordo com a análise realizada, observada na Tabela 13, o Magazine Luiza obteve resultado 
baixo para esse índice tanto em 2019 quanto em 2020, o que é desejável para a empresa. O valor 
de 20% significa que apenas 20% das aplicações efetuadas no ativo estavam sendo financiados 
por recursos onerosos de terceiros. 
Cálculo da lucratividade 
A finalidade dos índices de lucratividade é a de avaliar as margens obtidas no resultado da 
empresa, relacionadas ao produto ou à eficiência do negócio. Os principais índices de 
lucratividade, são: margem bruta; margem operacional; margem líquida e giro do (LIMEIRA et al., 
2015). 
MARGEM BRUTA (MB) 
 
A margem bruta representa a lucratividade se obteve sobre a mercadoria, produto ou serviço 
comercializado pela empresa. Numa análise complementar, esse indicador revela o percentual 
remanescente do faturamento líquido após a redução do curso das mercadorias ou produto 
vendidos ou dos serviços prestados para cobrir as despesas operacionais e ainda, se possível, 
gerar lucro (LIMEIRA et al., 2015). 
 
A partir da análise realizada, foi possível observar que mesmo tenha havido um aumento de 
41,31% na receita liquida (Análise Horizontal), conforme observado na Tabela 2, o Magazine Luiza 
apresentou uma redução de 2,47% na margem bruta de 2019 para 2020, conforme observadona 
 
 
 
 
 15 
 
Tabela 14. O índice de margem bruta mostra que, em 2020, a empresa possuiu um lucro bruto 
de 24,72% para suas despesas operacionais e para um possível lucro líquido. 
MARGEM OPERACIONAL (MO) 
 
O ganho operacional da empresa em relação a seu faturamento líquido é avaliado pela margem 
operacional. Esse indicador mede a eficiência operacional do negócio, medido de forma exclusiva 
em função das suas operações normais (comerciais, administrativas e financeiras) realizadas 
para manutenção da atividade fim (LIMEIRA et al., 2015). 
 
Através da análise realizada, foi possível observar que o Magazine Luiza teve uma queda na 
eficiência do negócio entre 2019 e 2020, com uma redução na sua margem operacional de 6,57% 
para 1,45% (uma queda de 5,12%), conforme observado na Tabela 15. Em 2020, o retorno 
operacional obtido pela empresa foi apenas 1,45% sobre seu faturamento líquido. Esse índice 
teve um impacto direto do aumento de 53,64% nas despesas operacionais (Análise Horizontal), 
conforme Tabela 2, provavelmente gerado pela estratégia de criação de centros avançados de 
distribuição dos produtos da empresa. 
MARGEM LÍQUIDA (ML) 
 
O retorno líquido da empresa sobre seu faturamento líquido é demonstrado pela margem 
líquida, e difere da margem operacional pelo fato de deduzir do lucro operacional o impacto do 
imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro, além das participações no resultado 
(LIMEIRA et al., 2015). 
 
Através da análise realizada, foi possível observar que nos dois exercícios estudados (2019 e 
 
 
 
16 
 
2020), O Magazine Luiza teve uma queda de 3,49% de 2019 para 2020, conforme observado na 
Tabela 16. No ano de 2020 a empresa passou a uma margem líquida de 1,5%, indicando que, 
conforme Tabela 2 - Análise Horizontal, mesmo com um aumento de 41,31% na receita líquida, o 
aumento de 53,64% nas despesas operacionais acaba levando à redução dos seus resultados. 
GIRO DO ATIVO (GA) 
 
O Indicador Giro Ativo demonstra se o faturamento líquido gerado no período foi suficiente para 
cobrir o investimento total realizado na empresa. Tem como objetivo maior o de avaliar quantas 
vezes a empresa recuperou o montante aplicado no ativo por meio de vendas durante um 
determinado período (LIMEIRA et al., 2015). 
 
Através da análise realizada, foi possível observar, conforme Tabela 17, que o Magazine Luiza 
obteve um aumento de 17,83% no giro do ativo do ano de 2019 para o de 2020, chegando a um 
valor de 117,19%. Desta forma, compreende-se que, em 2020 o Magazine Luiza compensou o 
investimento total já que, a partir dos resultados obtidos pode-se dizer que de R$1,00 investido 
foi gerado o valor de R$1,1719 em vendas, puxada pelo aumento de 41,31% (Análise Horizontal) 
nas vendas/receitas líquidas dos exercícios analisados contra um aumento de 19,8% (Análise 
Horizontal) no Ativo total (ambos mostrados na Tabela 2). 
Cálculo da rentabilidade 
O objetivo dos índices de rentabilidade é o de avaliar o desempenho final da empresa. Os 
principais índices de rentabilidade, são: rentabilidade patrimônio líquido e rentabilidade dos 
investimentos (LIMEIRA et al., 2015). 
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RPL) 
 
A rentabilidade do patrimônio líquido, ou retorno sobre o capital próprio, mede a remuneração 
dos capitais próprios investidos na empresa, ou seja, quanto foi adicionado ao patrimônio 
líquido decorrente do resultado do período. Esse indicador é muito conhecido como return on 
equity (ROE) e, mesmo que essa expressão esteja em inglês, é habitualmente utilizada no 
mercado nacional. Do ponto de vista de quem investe em uma empresa, o RPL ou ROE é 
 
 
 
 
 17 
 
considerado o índice mais importante. A rentabilidade do patrimônio líquido permite, além de 
avaliar a remuneração do capital próprio, analisar se esse rendimento é compatível com outras 
alternativas de aplicação, como fundos de investimentos, aluguéis e ações de empresas 
concorrentes (LIMEIRA et al., 2015). 
 
Através da análise realizada, conforme verificado na Tabela 17, foi possível perceber uma queda 
de 6,84% neste índice (diferença entre o resultado de 2019 e 2020), o que é considerado como 
significativo. Isso pode ter acontecido por conta da redução de 57,51% (lucro líquido da Análise 
Horizontal), conforme visto na tabela Tabela 2, já que se observa que o patrimônio líquido se 
manteve muito próximo entre os anos citados. Assim sendo, no ano de 2020, o ROE foi de 5,35%. 
RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS (ROI) 
A rentabilidade dos investimentos, também chamada de return on investments (ROI) ou poder de 
ganho, mostra o retorno que a empresa está obtendo em relação aos investimentos totais. É 
possível, também, determinar o Payback do negócio por meio desse índice, ou seja, a margem de 
tempo para que os investimentos totais efetuados na entidade sejam recuperados (LIMEIRA et al., 
2015). 
 
 
De acordo com a análise realizada, observada na Tabela 18, foi possível observar que, em 2019, o 
Magazine Luiza apresentou um ROI de 4,95%, o que significa que o lucro líquido do exercício 
representa 4,95% do total investido na empresa. Em 2020 houve uma redução do índice para 
1,76% (apresentado uma diferença de 3,19% entre esses anos). 
 
 
 
 
 
18 
 
Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa 
A partir das análises realizadas, é possível concluir que, no geral, o Magazine Luiza mostra-se 
como uma empresa sólida, dentre todos os resultados que respaldam essa conclusão, pode-se 
citar que: a empresa possui uma boa capacidade para liquidar suas dívidas; apresenta Passivo 
Circulante suficiente para saldar seus compromissos a curto prazo; apresenta boa capacidade de 
liquidez; não se apresenta dependente do aporte de recursos de terceiros para manter seus 
negócios; em 2020, apenas 20% das aplicações efetuadas no ativo estavam sendo financiados por 
recursos onerosos de terceiros. Esses e os seus outros resultados, no geral, demonstram sua boa 
capacidade financeira, entretanto, os indicadores dos anos de 2019 e 2020 mostraram uma queda 
em sua performance, que provavelmente foi influenciada pela estratégia de avanço do 
crescimento (expansão) e da criação de centros avançados de distribuição dos produtos da 
empresa e de seus sellers. Isso ficou visível pois, mesmo apresentando um crescimento na receita 
liquida, houve um aumento expressivo nas despesas operacionais o que pôde ser verificado, 
também, pela queda no lucro líquido entre os exercícios analisados. Houve, também, um aumento 
de 7,8% em relação ao ano anterior na dependência de capital de terceiros na empresa, 
influenciado pelo aumento na linha de empréstimos e financiamentos. Deve-se estar atento ao 
aumento da dependência do capital de terceiros, pois, quanto maior, maior o aumento do fator de 
risco da empresa. Apesar de seu bom resultado, no sentido geral, é necessário que haja o 
acompanhamento constante dos relatórios contábeis da empresa para garantir que a empresa 
não tenha impactos financeiros no futuro e que seu avanço seja acompanhado de uma boa saúde 
financeira. 
 
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balanço patrimonial. 2019. Disponível em: <https://maisretorno.com/portal/analise-horizontal-
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 19 
 
VIEIRA, F. R. S. A importância da contabilidade e da gestão financeira numa organização. 
2021. 60 f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Empresas) - ISAG – Instituto Superior de 
Administração e Gestão, Porto, 2021.

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