Buscar

Hermenêutica Jurídica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

HERMENÊUTICA JURÍDICA
Hermenêutica x Interpretação do 
Direito
Hermenêutica: técnica científica da 
teoria interpretativa
Interpretação: investigação do 
SENTIDO e do ALCANCE da norma 
jurídica
Espécies de Interpretação (origem/agente)
. Autêntica ou Legislativa – lei secundária x 
lei primária
. Usual ou Judicial
. Administrativa
. Doutrinária
. Casuística
. Leiga
Interpretatio cessat in claris.
Quamvis sit manifestissimum edictum 
praetoris, attamen non est negligenda 
interpretatio ejus.
. Cum in verbis nulla ambiguitas est, non 
debet admitti voluntatis quaestio.
Métodos de Interpretação
Emprega-se aqui o termo método no sentido 
estrito correspondente ao seu significado 
etimológico (methá+ odos), caminho ou 
via para um objetivo, isto é, um conjunto 
de regras tendentes a um resultado. No 
caso, regras técnicas construídas pela 
dogmática jurídica para a interpretação 
do “sentido” (ratio juris) e do “alcance” 
(caso ou grupo de casos que abrange) 
da norma escrita.
■ Por vezes os métodos são também denominados 
“processos”, “instrumentos” ou “elementos” de 
interpretação. As denominações atribuídas aos 
métodos hermenêuticos clássicos (gramatical, 
teleológico, histórico, sistemático) corresponde a 
uma concepção do papel prevalente que uma ou 
outra instância representa na pré-compreensão 
do Direito adotada pelo intérprete. Lembre-se 
que mesmo a hermenêutica clássica reconhece 
que a classificação dos métodos só é possível de 
um ângulo analítico, não sendo possível afirmar 
que o emprego prático das variadas técnicas 
ocorra em etapas identificáveis de per si.
Gramatical (literal, filológico ou semântico)
Verba legis
Algumas regras:
a) Atender aos usos locais da linguagem;
b) Presunção de que a lei não contém 
palavras supérfluas;
c) Situação do termo no texto;
d) Verificar impropriedade de termos, 
obscuridade, lapsos de redação, 
imprecisão, erros crassos;
e) Evitar “traduções”;
f) Cautela com as “armadilhas” da 
linguagem (Ex.: o e e o ou; pode x deve; 
as vírgulas; o etc; as mutações 
semânticas, etc...
(Lembrar da Escola da Exegese)
■ Em se tratando de direito escrito é pelo 
elemento gramatical que o intérprete toma 
o primeiro contato com a proposição 
normativa. Malgrado a palavra se revele, 
às vezes, um instrumento rude de 
manifestação do pensamento, pois nem 
sempre consegue traduzir as idéias, 
constitui a forma definitiva de 
apresentação do Direito, pelas vantagens 
que oferece do ponto de vista da 
segurança jurídica. PAULO NADER
■ Observações:
■ No âmbito do Direito Constitucional, o texto 
normativo já não é visto como determinante da 
interpretação, é apenas “a ponta do iceberg”. A 
norma é mais que o seu texto de norma. A 
concretização prática da norma é mais do que a 
interpretação do texto. (Friedrich Müller)
■ A linguagem constitucional, mais que a da 
legislação ordinária, em face de sua conotação 
eminentemente política, utiliza frequentemente 
termos abertamente valorativos e em contextos 
onde não há isomorfia. Nessas condições, a 
interpretação literal tem reduzida valia. (Jerzy 
Wróblewski)
Sistemático ou Lógico-sistemático
1º (?) Lógico (Princípio da Coerência do 
ordenamento jurídico)
2º (?) Sistemático (Princípio da Unidade do 
ordenamento jurídico)
Compreender a norma nos contextos:
a) da própria lei ou ato normativo;
b) do ordenamento jurídico.
Um exemplo: CF 53 x 2º
■ Partindo da idéia de que apenas se 
reconhece uma diretiva de comportamento 
como norma jurídica se essa prescrição, 
proibição ou permissão pertence à ordem 
de conduta denominada Direito, isto é, 
tendo em vista que a norma não é jurídica 
per se, dá-se um enfoque estrutural do 
Direito: o jurista percorre um caminho que 
vai da parte ao todo, isto é, da norma ao 
ordenamento, para a compreensão da 
estrutura, o que é dizer, do SISTEMA. 
(Norberto Bobbio)
■ Para Canaris está superada a abordagem 
“neutra” do sistema jurídico, que deve ser 
entendido como ordem teleológica, 
mesclando-se a interpretação sistemática 
com a finalística.
■ No Direito Constitucional, a interpretação 
sistemática foi enriquecida materialmente, 
agregando-se a idéia de valores no 
sistema e relevando a função que os 
princípios jurídicos nele desempenham, 
distanciando-se da formulação sistemática 
que remonta a Savigny. 
Histórico
Occasio legis
Investigação dos antecedentes:
. Processo legislativo (exposição de motivos, 
emendas, discussões)
. Circunstâncias de fato
- Compreensão do desenvolvimento e 
evolução dos institutos jurídicos (história 
interna) e fatos históricos com significação 
jurídica (história externa)
■ O Direito atual, manifesto em leis, códigos 
e costumes, é um prolongamento do 
Direito antigo. A evolução da ciência 
jurídica nunca se fez mediante saltos, mas 
através de conquistas graduais, que 
acompanharam a evolução cultural 
registrada em cada época. Quase todos os 
institutos jurídicos atuais têm suas raízes 
no passado, ligando-se às legislações 
antigas. PAULO NADER
■ métodos “histórico-evolutivo” (Escola da 
Exegese – “Revolta dos fatos contra os 
Códigos”
■ O significa do da regra legal não é, 
portanto, nenhum fato do passado 
conectado por vínculos fictícios com a 
vontade do legislador histórico. A ser 
assim, o direito resultaria um governo dos 
mortos sobre os vivos. WRÓBLEWSKI
Teleológico ou Sociológico
- Não há critério capaz de definir a hierarquia dos 
métodos mas seguramente este é o preferido 
pelos juristas que consideram o Direito uma 
ciência finalística.
- JHERING – Os fins no Direito – discussão com o 
historicismo e especialmente com o pandectismo
- A norma jurídica não é um fim em si mesma.
■ LINDB, art. 5º - Na aplicação da lei o juiz 
atenderá aos fins sociais a que ela se destina e 
às exigências do bem comum.
■ As expressões “fins sociais” e “bem comum” são 
entendidas como sínteses éticas da vida em 
comunidade. Sua menção pressupõe uma 
unidade de objetivos do comportamento social 
do homem. Os “fins sociais” são ditos do direito. 
Postula-se que a ordem jurídica, como um todo, 
seja sempre um conjunto de preceitos para a 
realização da sociabilidade humana.
■ Faz-se mister assim encontrar nas leis, nas 
constituições, nos decretos, em todas as 
manifestações normativas o seu telos (fim) que 
não pode jamais ser anti-social. Já o “bem 
comum” postula uma exigência que se faz à 
própria sociabilidade. Isto é, não se trata de um 
fim do direito mas da própria vida social. 
TERCIO SAMPAIO FERRAZ JR.
■ A menção a “fins sociais” é responsável pela 
denominação de “método sociológico”, adotada 
por alguns doutrinadores.
■ Como realizar a interpretação teleológica de uma 
lei muito antiga?
■ “Atualização” de fins
■ Objetivos pragmáticos, segundo MACHADO 
NETO:
a) conferir a aplicabilidade da norma às relações 
sociais que lhe deram origem;
b) estender o sentido da norma a relações 
novas, inéditas ao tempo de sua criação;
c) temperar o alcance do preceito normativo, a 
fim de fazê-lo corresponder às necessidades 
reais e atuais de caráter social.
■ Observações:
■ Tal como no método sistemático, a 
interpretação teleológica requer a 
consideração do direito como um sistema, 
os fins são contextualizados no 
ordenamento.
■ A invocação a fins remete à perquirição 
dos valores, por isso é também chamado 
método teleológico-axiológico.
Efeitos da Interpretação
resultado – dimensão – alcance
Interpretação Declarativa ou Especificadora (disse 
o legislador exatamente o que pretendia dizer?)
Interpretação Extensiva (disse o legislador menos 
do que pretendia?) – considera novos casos não 
literalmente previstos como abrangidos pela 
norma)
Ex.: CF, 31, § 3º
É possível distinguir interpretação extensiva 
da analogia?
Em tese, sim: 1º na interpretação extensiva 
há uma norma, limitando-se o intérprete a 
incluir um sentido subentendido; 2º na 
analogia não há norma alguma, outra 
prevista para outro caso é tomada de 
empréstimo, por identidade da ratio juris.
Nos casosconcretos, nem sempre se pode 
estabelecer a diferença.
Interpretação Restritiva (disse o legislador 
mais do que queria dizer?) – nesse caso é 
preciso limitar ou restringir o alcance da 
norma (situação mais próxima possível da 
interpretação declarativa, estritamente 
dentro da expressão literal)
- Efeito próprio de normas jurídicas: penais, 
tributárias, restritivas de direitos e 
garantias fundamentais, normas 
excepcionais, enumerações taxativas.
Teorias, doutrinas ou correntes 
interpretativas
Subjetivista - investigação da mens legislatoris 
- vontade do legislador
Objetivista – investigação da mens legis 
 - vontade da lei
Questões
Qual ou quais métodos favorecem uma 
postura subjetivista?
Qual ou quais métodos favorecem uma 
postura objetivista?
Quais são as objeções que podem ser 
apresentadas a ambas as posições 
doadoras de sentido as normas?
Respostas
■ SUBJETIVISTA - Os métodos GRAMATICAL 
e HISTÓRICO
■ OBJETIVISTA - Os métodos SISTEMÁTICO 
e TELEOLÓGICO (este último em menor 
escala, porque se é tentado a indagar os 
fins do legislador).
SUBJETIVISMO (ou originalismo, ou não 
intertativismo)
a) A vontade do legislador é ficção (argumento da 
vontade)
b) O legislador é apenas uma competência legal 
(argumento da forma)
c) O intérprete tem que confiar nas expressões 
literais (argumento da confiança)
d) Só fatores objetivos justificam novas 
concepções imprimidas pela jurisprudência em 
face das mudanças sociais)
KARL ENGISCH, apud TERCIO SAMPAIO 
FERRAZ JR.
OBJETIVISMO – ou interpretativismo
a) É impossível ignorar o legislador 
originário
b) Quando se perquire a vontade da lei, o 
subjetivismo do intérprete se sobrepõe a 
vontade do legislador, este sim, 
competente
c) À mercê da opinião do intérprete, está 
em perigo a segurança e a certeza do 
direito.