Tutoria 03 - M2 - Etapa 2 - Beijei uma, beijei duas, beijei três

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Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
Tutoria 03 -M2 - Etapa 2
Beijei uma, beijei duas, beijei
três...
Fungos:
Os fungos são organismos que podem
ser macroscópicos ou microscópicos,
uni ou pluricelulares. Os eucariontes,
ou seja, possuem membrana
envolvendo o núcleo de suas células, e
são heterótrofos (não são capazes de
produzir seu próprio alimento).
● Ubíquos: estão presentes em
todos os ambientes;
● Saprofíticos: degradam matéria
orgânica;
● Simbiontes: crescem em outro
organismo;
● Podem ser parasitas;
● Causam doenças em indivíduos
com baixa imunidade ou
hospitalizados.
Estrutura:
➔ A maioria é pluricelular, ou seja,
constituídos por várias células,
mas alguns também são
unicelulares, como as leveduras;
➔ A parede da célula fúngica é
composta basicamente por
quitina (e não por
peptideoglicano, como nas
bactérias); dessa forma, os
fungos são insensíveis a alguns
antibióticos, como a penicilina,
que inibem a síntese do
peptideoglicano.
➔ Citoplasma: Mitocôndria e
retículo endoplasmático
presentes;
➔ Membrana celular: Esteróis
presentes;
➔ Conteúdo da parede celular:
Quitina;
➔ Esporos: Esporos sexuados e
assexuados para reprodução;
➔ Dimorfismo térmico: Sim
(alguns);
➔ Metabolismo: Requerem
carbono orgânico; não são
anaeróbios obrigatórios;
➔ A membrana celular dos fungos
contém ergosterol, ao contrário
da membrana da célula
humana, que contém colesterol.
A ação seletiva da anfotericina B
e antifúngicos azoicos nos
fungos, como o fluconazol e o
cetoconazol, é baseada nos
diferentes esteróis de
membrana.
➔ Existem dois tipos morfológicos
de fungos: as leveduras e os
fungos filamentosos. As
leveduras crescem de forma
unicelular e se reproduzem por
brotamento. Fungos
filamentosos crescem como
longos filamentos (hifas) e
formam um emaranhado
(micélio);
➔ Alguns fungos de interesse
clínico são chamados de di-
mórficos (i.e., fungos que
apresentam diferenças
morfológicas em diferentes
temperaturas). Esses fungos são
filamentosos na temperatura
ambiente e são leveduras (ou
outras estruturas) nos tecidos
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humanos na temperatura
corporal;
➔ Todos os fungos necessitam de
uma fonte de carbono orgânico
pré-formado – por isso são
encontrados com frequência na
matéria orgânica em
decomposição;
➔ Os fungos normalmente
crescem melhor em ambientes
em que o pH é próximo ao 5,
que é muito ácido para o
crescimento da maioria das
bactérias comuns.
➔ Quase todos os fungos
filamentosos são aeróbios. A
maioria das leveduras é
anaeróbia facultativa.
➔ A maioria dos fungos é mais
resistente à pressão osmótica do
que as bactérias; muitos, por
conseguinte, podem crescer em
concentrações relativamente
altas de sal ou açúcar.
➔ Os fungos podem crescer em
substâncias com baixo grau de
umidade, geralmente tão baixo
que impede o crescimento de
bactérias.
➔ Os fungos requerem menos
nitrogênio para um crescimento
equivalente ao das bactérias.
➔ Os fungos são frequentemente
capazes de metabolizar
carboidratos complexos, como a
lignina (componente da
madeira), que a maioria das
bactérias não pode utilizar
como nutriente.
Reprodução:
Sexuada: Alguns fungos
reproduzem-se de forma sexuada pela
produção de esporos sexuados;
Os zigósporos são esporos simples e
extensos de parede espessa; os
ascósporos são formados no interior de
sacos, denominados ascos; e os
basidiósporos são formados
externamente na extremidade de um
pedestal, denominado basídio. A
classificação desses fungos é baseada
nos seus esporos sexuados. Fungos que
não formam esporos sexuados são
chamados de “imperfeitos” e
classificados como fungos imperfeitos.
3 Etapas:
1. Plasmogamia: Um núcleo
haplóide de uma célula doadora
(+) penetra no citoplasma de
uma célula receptora (-).
2. Cariogamia. Os núcleos (+) e (-)
fundem-se formando um núcleo
zigótico diplóide.
3. Meiose. O núcleo diploide
origina um núcleo haploide,
esporos sexuados, dos quais
alguns podem ser
recombinantes genéticos.
Os esporos sexuados produzidos pelos
fungos caracterizam os filos.
Assexuada: Os esporos assexuados são
produzidos pelos fungos por mitose e
posterior divisão celular; não há fusão
de núcleos de células. Dois tipos de
esporos assexuados são produzidos
pelos fungos. Um tipo é o
conidiósporo, ou conídio, um esporo
unicelular ou multicelular que não é
envolvido por uma bolsa. Os conídios
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são produzidos em cadeias na
extremidade do conidióforo. Os
conídios formados pela fragmentação
de uma hifa septada em células únicas,
levemente espessas, são chamados de
artroconídio. Outro tipo de conídio, o
blastoconídio, é formado a partir de
um broto originado de uma célula
parental. Esses esporos são
encontrados em algumas leveduras,
como Candida albicans e
Cryptococcus. Um clamidoconídio é
um esporo de paredes espessas,
formado pelo seu arredondamento e
alargamento no interior de um
segmento de hifa. O outro tipo de
esporo assexuado é o esporangiósporo,
formado no interior de um esporângio,
ou bolsa, na extremidade de uma hifa
aérea, chamada de esporangióforo.
Tipos de infecções fúngicas:
As micoses subcutâneas são
infecções fúngicas que
acometem primariamente a pele
e tecidos subcutâneos, e
geralmente desenvolvem-se
após penetração do organismo
na pele em local de pequenos
traumas. São mais comuns nas
áreas tropicais e raramente
disseminam-se de maneira
sistêmica.
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Compreender o mecanismo de
agressão e defesa dos fungos:
Defesa: O principal mecanismo de
defesa contra fungos é desenvolvido
pelos fagócitos, que os destroem por
meio da produção de NO (Óxido
Nítrico) e de outros componentes
secretados por essas células.
Adicionalmente, há participação de
IFN-g, aumentando a função de
neutrófilos e macrófagos, não havendo
evidências de atividade citotóxica por
células T CD8+. Portanto, pacientes
que apresentam neutropenia (menos
de 500 neutrófilos/mm3) ou que
tenham deficiência da imunidade
celular cursam com frequência com
micoses recorrentes e ocasionalmente
desenvolvem formas graves e
profundas.
Uma proteína secretada pelas hifas,
chamada de candidalisina, que é
imediatamente reconhecida pelo
sistema imunológico como um sinal de
perigo, ativando células que combatem
os fungos. Além disso, essa proteína
aumenta a expressão de moléculas
pró-inflamatórias ajudando a conter a
infecção.
Sociedade Brasileira de Microbiologia
Infecções oportunistas:
Candidíase esofágica e orofaríngea: é
uma das formas de infecção
oportunista ocasionada por leveduras
(ou seja, fungos) do gênero Candida,
Candida albicans, é a infecção mais
comum em indivíduos com
imunodepressão pelo HIV. Os
principais sintomas são aparecimento
de placas esbranquiçadas na mucosa,
dificuldade para engolir, dor ao engolir
e dor na região do peito.
Criptococose: A meningite, causada
pelo fungo Cryptococcus neoformans,
é a principal forma de acometimento
da doença. Os sintomas mais comuns
são febre e dor de cabeça.
Doença citomegálica: Ocasionada pelo
vírus: Citomegalovírus (CMV), a
doença citomegálica ataca retina
(visão) e sistema digestivo, podendo
acometer também pulmões, fígado e o
cérebro. Os sintomas que podem
ocorrer são comprometimento da
visão, dores abdominais, náusea e
vômitos.
Histoplasmose: A infecção, causada
pelo fungo Histoplasma capsulatum,
ocorre quando os esporos, pequenas
estruturas dos fungos, presentes no
solo ou em fezes de aves ou morcegos,
são respirados. Os sintomas mais
comuns são febre, perda de peso,
aumento do fígado e baço, alterações
pulmonares e lesões nas mucosas e
pele.
Neurotoxoplasmose: Ocasionada pelo
protozoário Toxoplasma gondii, a
neurotoxoplasmose é a causa mais
comum de lesõesneurológicas em
pacientes com AIDS. São sintomas
dessa doença dores de cabeça, febre,
convulsões e confusão mental.
Pneumocistose: É a infecção pulmonar
oportunista mais comum em pacientes
com AIDS, causada pelo fungo
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Pneumocystis jirovecii. Os sintomas
mais frequentes são febre, tosse seca,
falta de ar progressiva, cansaço e perda
de peso.
Tuberculose: É a principal causa de
óbito por doença infecciosa em pessoas
que vivem com HIV/AIDS.
Geralmente, a tuberculose é
ocasionada pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis (MTB).
Os principais sintomas são tosse por
mais de três semanas, dores no peito,
febre, perda de peso, cansaço e
sudorese noturna.
Salmonella (Salmonellose) é uma
bactéria da família das
Enterobacteriaceae que causa
intoxicação alimentar e em casos raros,
pode provocar graves infecções e até
mesmo a morte.
Toxoplasmose: infecção protozoária
causada pelo Toxoplasma gondii, que,
no paciente imunodeprimido, pode
ocorrer principalmente no cérebro e,
menos frequentemente, na retina,
miocárdio e pulmões. As lesões podem
ser fatais.
Malária: infecção protozoária, causa
pelo Plasmodium, pode causar febre
alta, calafrios, dor de cabeça, tremores,
sudorese.
A paratuberculose, ou Doença de
Johne: infecção bacteriana, causada
pelo Mycobacterium avium que pode
causar febres recorrentes, problemas
intestinais, problemas com a digestão e
grave perda de peso.
Tratamento:
Infecções do tipo fúngicas podem ser
tratadas por meio de pomadas
antifúngicas, antifúngicos em
comprimidos ou até mesmo com
aplicação do medicamento direto na
veia. No entanto, cada infecção deve
ser avaliada e tratada individualmente.
Para preveni-las, deve-se tomar
algumas medidas simples como não
compartilhar toalhas de banho ou
materiais de manicure, não utilizar
roupas molhadas, assim como evitar o
uso de roupas íntimas que retenham
umidade, enxugar bem todas as partes
do corpo após o banho e evitar andar
descalço.
Fluconazol- tratamento e prevenção
para fungo da candidíase.
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A glossite é definida como uma
inflamação ou infecção da língua.
Apresenta-se como placa avermelhada
ou vermelho-esbranquiçada no dorso
da língua, na localização mediana.
Pseudo-hifas são adaptações de alguns
fungos unicelulares (leveduras), os
quais se multiplicam mas permanecem
unidos, semelhante a hifas, com
função de adaptação ao meio. Elas são
alongadas unidas entre si, que tem
constrições nos sítios septais.
As leveduras são fungos geralmente
unicelulares, de tamanhos (de 1-5 µm
de diâmetro a 5-30 µm de
comprimento) e formas variadas. As
leveduras são ricas em proteína, sais
minerais, carboidratos, e vitamina B
por isto, também são usadas para
enriquecer as dietas humana e animal.
OBS: INFECÇÕES PODEM SER
OPORTUNISTAS OU PRIMÁRIAS
TANTO AS PRIMÁRIAS OU
OPORTUNISTAS PODEM SER
LOCALIZADAS OU SISTÊMICAS
Quanto tempo de crescimento numa
cultura fúngica?
24h
Qual exame observa-se o infiltrado no
tecido conjuntivo por uma infecção
fúngica?
Exame histopatológico;
Imunofluorencia ICG e IGM