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2021 - TN NO DOENTE CIRÚRGICO

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Nutr. Msc. Camila Prim
Especialista em Fisiologia Aplicada à Nutrição (PUC-PR);
Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela BRASPEN;
Mestre em Ciências da Saúde (PUC-PR);
Membro do Comitê Científico da Sociedade Paranaense de Nutrição Parenteral e Enteral (Biênio 2014-2015);
Gerente Científica Medical Saúde;
Consultora Científica – Nutritiva;
Consultora Científica – Fresenius Kabi – Linha Enteral e Parenteral;
Docente de Pós Graduação, Rede D’OR, Universidade Positivo , IPGS;
Coordenadora da Pós Graduação Terapia Nutricional em Doentes Críticos – TANBRAZYL.
Terapia Nutricional no Doente 
Cirúrgico
© Copyright Fresenius Kabi AG
Oi prazer, sou a Camila Prim!
▪ Nutricionista formada pela PUC-PR;
▪ Especialista em Fisiologia Humana Aplicada à Nutrição (PUC-PR);
▪ Mestre em Ciências da Saúde;
▪ Especialista em Nutrição Parenteral e Enteral pela BRASPEN;
▪ Membro do Comitê Científico da Sociedade Paranaense de Nutrição Parenteral e Enteral (Biênio 2013/2014);
▪ Executiva de Vendas – Nutrimedical (2006 à 2008);
▪ Gerente Científica Nutrimedical (2008 até o momento);
▪ Consultora Científica Fresenius Kabi Linha Enteral e Parenteral (2011 até o momento);
▪ Consultora Científica Danone Nutricia (2021 – até o momento);
▪ Consultora Científica Humalin (2018 até o momento); 
▪ Coaching Científico;
▪ Docente de Pós-Graduação;
▪ Coordenadora de Pós Graduação em Terapia Nutricional em Doentes Graves – TANBRAZYL;
▪ Palestrante;
Qual é o perfil 
nutricional do doente 
cirúrgico?
A desnutrição acomete em torno 
de 28 a 58% dos pacientes 
cirúrgicos
Waitzberg et al (2011)
10
Desnutridos
x
6
Procedimento 
Cirúrgico x Estado 
Nutricional? 
© Copyright Fresenius Kabi AG
Hiperglicemia + Miopenia
Perda de 1 Kg de massa 
muscular por dia de 
internamento
Perda de massa 
muscular
Mortalidade
Perda de Massa Magra e Suas Complicações
% de perda de massa 
muscular
Complicações 
Clínicas
. Redução da imunidade
. Aumento de infecções
. Redução da cicatrização de feridas
. Aumento de fraqueza muscular
. Aumento de infecções
. Lesão por pressão;
. Pneumonia
. Sobrevida reduzida
. Mortalidade aumentada (pneumonia)
- 10%
- 20%
- 30%
- 40%
J.M. Argilés et al. / JAMDA xxx (2016) 1e8
2018
Investir na Terapia 
Nutricional Perioperatória
Como determinar o risco nutricional no paciente cirúrgico?
Passo 1 Passo 2 Passo 3
IMC Perda de Peso Ingestão alimentar
IMC < 18,5 Kg/m2 
(idade < 20 e > 65)
Perda de peso não 
planejada > 10% nos 
últimos 6 meses
Ingerindo < 50% de 
alimentos nos 
últimos 7 dias?
Sim para qualquer uma das 
questões 
Ou 
Albumina < 3 mg/dl
Nutrição Pré Operatória 
WISCHMEYER et al 2018
R
is
c
o
 
N
u
tr
ic
io
n
a
l
Investir na terapia nutricional perioperatória, 
com nutrientes estratégicos, favorece 
melhores desfechos no paciente cirúrgico! 
Cirúrgico eletivo1
Avaliação do Risco
Nutricional (PONS) e
albumina
2
✓
PONS (-) e albumina > 3
mg/dl
Baixo risco nutricional
3
Intervenção Nutricional = SNO
com proteínas e nutrientes
imunoestimulantes por 5 dias antes da
cirurgia
4
Intervenção Nutricional = SNO
com proteínas e nutrientes
imunoestimulantes por 7 dias após a
cirurgia
5
Wischmeyer et al (2018)
Terapia Nutricional Perioperatória – Baixo Risco Nutricional
Wischmeyer et al (2018)
Terapia Nutricional Perioperatória – Alto Risco Nutricional
Cirúrgico eletivo1
Avaliação do Risco
Nutricional (PONS) e
albumina
2
✓
PONS (+) e albumina < 3
mg/dl
Alto risco nutricional
3
Intervenção Nutricional = SNO
em domicílio de acordo com as metas
nutricionais para reestabelecimento do
EN
4
Acompanhamento Nutricional
= avaliação da adesão à SNO e da
recuperação do EN (ganho de peso)
5
6
1 mês de monitoramento
nutricional = ganho de peso ->
pronto para cirurgia
7
Intervenção Nutricional = SNO
com proteínas e nutrientes
imunoestimulantes por 7 dias após a
cirurgia
Metas 
Nutricionais?
Imunoestimulantes 
e Antioxidantes
Proteínas
Calorias
Meta Calórica
25 a 30 Kcal/kg/dia
Meta Proteica
1,5 a 2,0 g/kg/dia
Anabolismo Proteico 
Pré Cirurgia
Idoso 
sarcopênico
Obeso 
sarcopênico
Oncológicos
A oferta de proteínas diferenciadas 
potencializa o processo de cicatrização e 
defesa imunológica do doente cirúrgico!
Arginina
Colágeno 
Hidrolisado
Arginina
Produção de células mieloides
 Arginase 1
Depleção na arginina endógena
Trauma metabólico cirúrgico
Aminoácido 
condicionalmente 
essencial
Arginina
 Resistência imunológica no local da lesão tecidual;
Mecanismo de Ação
1)
2)
Arginina e Sistema Imune
Linfócitos T
[ ] Plasmática de Arginina
Proliferação
244 pacientes 
cirúrgicos de 
ressecção de 
cólon
N=122
N= 122
Grupo Controle
Grupo Estudo
Suplementação Nutricional Oral 
Hipercalórica + Hiperproteica (7 dias Pré OP 
e 5 dias Pós OP)
Suplementação Nutricional Oral 
Hipercalórica + Hiperproteica + arginina (7 
dias Pré OP e 5 dias Pós OP)
SNO hipercalórico e 
Hiperpoteico
SNO hipercalórico e 
Hiperpoteico + ARG
Menores taxas de infecções, principalmente infecções no sítio cirúrgico, foram nos pacientes 
que receberam suplementos nutricionais orais hiperproteicos acrescidos de arginina.
Arginina e cicatrização de feridas cirúrgicas
➔ Precursora de prolina
BOTTONI et al (2011)
AA convertido em 
Hidroxiprolina 
Síntese de colágeno;
Efeitos positivos da arginina no processo cicatricial de feridas 
cirúrgicas
Colágeno Hidrolisado
Utilização na prática clínica pelos seus diferenciais
Bello AE. Curr Med Res Opin. 2006;22(11):2221-32.
Renner et al (1983)
N
ív
e
l d
e
 H
id
ro
xi
p
ro
lin
a 
(m
m
l/
m
l)
Rápida absorção dos peptídeos de colágeno no intestino
OHARA H, 2007
O colágeno apresenta um grande diferencial no que se 
refere à carga nitrogenada
Teor médio de nitrogênio 
nas proteínas
= 16%
Teor médio de nitrogênio 
no colágeno
= 18,6%
FAO (2002)
Colágeno Hidrolisado
Reabilitação 
Funcional
Cicatrização de 
Feridas
Colágeno Hidrolisado e 
Cicatrização?
Colágeno Hidrolisado
Desempenha um papel importante em cada 
fase da cicatrização 
Inflamatória Proliferativa Remodelação
Quimiotática
Hochstein et al (2014)
 Capacidade de Síntese de colágeno no tecido de granulação da ferida;
Mecanismos de 
Potenciais de Ação
➔ Ativa a Angiogênese ( VEGF), fibrinogênese e epitelização;
 Replicação celular;
1)
2)
3)
Aumento na taxa de cicatrização=
 Teor de óxido nítrico na ferida contribuindo para da inflamação;4)
120 indivíduos 
com LP (II ou III)
Grupo CH-a 
Suplementação com 10 gramas de 
colágeno hidrolisado ( hidroxiprolina e 
glicina) por 16 semanas
Suplementação com placebo por 16 
semanas
Grupo CH-b 
Suplementação com 10 gramas de 
colágeno hidrolisado (
hidroxiprolina e glicina) por 16 semanas
Grupo Placebo 
Grupo GH – B apresentou de forma significativa 
redução na área da ferida (P <0,027)
© Copyright Fresenius Kabi AG
Colágeno hidrolisado é 
uma fonte proteica que 
deve ser considerada 
para o processo 
cicatricial! 
Queloide
?
Crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um
traumatismo, corte ou cirurgia de pele.
Queloide
Feridas 
cirúrgicas
5 a 15%
Sociedade Brasileira de Dermatologia (2019)
Queloide
Extensa produção de fibroblasto após a fase proliferativa;
Deposição “aberrante” de matriz extracelular (MEC); 
Oclusão microvascular aumentada; 
+
+
= Fatores genéticos envolvidos 
Risco 
terapêutico
Reabilitação 
Funcional
Colágeno hidrolisado: excelente 
fonte proteica para a saúde 
muscular! 
60
Idosos 
(≥65 anos) N=30
Grupo 1 
Estudo
Suplementação com 15 gramas de colágeno 
hidrolisado por 12 semanas
Perda de 
força ou 
desempenho 
físico
N=30
Grupo 2 
Controle
Suplementação com 15 gramas de placebo 
por 12 semanas
Proteína do Soro do 
Leite
Nutrients 2020, 12, 1533
Teor de 
aminoácidos 
essenciaisDigestibilidade Solubilidade 
A escolha do módulo proteico!
Proteína do Soro do Leite
Elevado teor de aminoácidos de cadeia ramificada;
Apresenta efeito anabolizante;
Proteína de rápida digestibilidade
 Pico plasmático pós prandial de aminoácidos
Leucina síntese de tecido muscular PENNINGS et al, (2011)
RONDANELLI et al (2014) 
Leucina: aminoácido envolvido na síntese muscular
FORBES et al, 2012; KIMBALL et al, 2006
Aminoácido PSL (g/100 g de 
ptna)
Caseínato (g/100 g de 
ptna)
Alanina 5,0 3,0
Arginina 2,5 3,5
Ácido aspártico 11,5 6,5
Cisteína 3,5 0,5
Ácido glutâmico 16,0 20,5
Glicina 2,0 1,5
Histidina 2,0 2,5
Isoleucina 6,0 5,5
Leucina 12,5 8,5
Lisina 10,5 7,0
Triptofano 2,5 1,0
Total de AAE 46,5 39,5
Aminograma => PSL x Caseinatos
Pennings et al et al, 2011
xxxxxxx
48
Idosos
N=16
Grupo 1 
CAS
20 gramas de caseína
N=16
Grupo 2
CAS H
20 gramas de caseína 
hidrolisada N=16
Grupo 3
Whey Protein
20 gramas de proteína 
do soro do leite
Maior concentração plasmática de leucina e aminoácidos 
essenciais observada nos pacientes suplementados com a PSL!
20 a 35 g de proteína por 
horário!
Ultrapassar a Resistência 
Anabólica
Lipídeos
Lipídeos? 
Sim! 
… Muito além da oferta 
energética! 
Calder et al 2020; Falcão et al, 2020 
Centro do 
CuidadoCentro do Cuidado
Por que? Quais Funções dos Lipídeos? 
Funções dos Lipídeos 
Oferta energética 
Densa (9,3kcal/g)
Fornecimento
AG essenciais
Participação no processo 
inflamatório e no 
estresse oxidativo 
Vitaminas Lipossolúveis
A, D, E, K
Síntese de 
hormônios
Mediadores intra e extra 
celulares da resposta 
imune
Redução do catabolismo 
proteico
Falcão, 2020; ESPEN, 2017; Waitzberg et al 2009; 
Meta Lipídica
1,0 a 1,5g/kg/dia
76
“Tão importante quanto à 
quantidade lipídica, analisar a 
qualidade é fundamental!
Desvendando os 
lipídeos
Quais os tipos de lipídeos na NE?
Ácidos Graxos Saturados
Ácidos graxos de 
cadeia curta 
Ácidos graxos de 
cadeia média
Fibras
Colonócitos
Waitzberg et al 2009 
Ácidos Graxos de Cadeia Média
Calder et al, JPEN (2020) 
Fonte energética de rápida metabolização (8,2 a 8,3 Kcal/g); 
Não afeta os níveis séricos de TGL plasmáticos; 
Reduz a peroxidação lipídica; 
“Sem ação” do ponto de vista imunológico; 
TCM
Ácidos Graxos de Cadeia Média - TCM
Digestão e Absorção
Lipídeos Hidrólise e emulsificação 
Lipídeo Lipídeo
AG AG AG AG
Absorção
TCM
TCM
Palermo 2014; 
Ácidos Graxos de Cadeia Média - TCM
Biodisponibilidade 
Energética
Lípídeos
Energia
Oxidação
Carnitina
Diferenciada
Waitzberg et al 2009; 
Ácidos Graxos de Cadeia Média - TCM
Importância na prática clínica
Doenças hepáticas (cirrose biliar, atrésia biliar ou obstrução);
Insuficiência pancreática; 
Síndrome do intestino curto e Doença de Chron; 
Estresse metabólico, cirúrgicos, câncer e desnutrição; 
Waitzberg et al 2009; 
Ácidos Graxos Insaturados
MUFAS
PUFAS
Calder et al, JPEN (2020); Falcão (2020); Lettellier et al, (2015) 
Ácidos Graxos de Cadeia Longa
Calder et al, JPEN (2020) 
Menor susceptibilidade à peroxidação lipídica; 
Pouco impacto na função imunológica, pois não 
participam da síntese de eicosanoides; 
MUFA/ômega 9/ácido oleico
MUFAS
Ácidos Graxos de Cadeia Longa - MUFAS
Paniagua et al, (2007)
Importância na 
prática clínica
Gerenciamento do controle glicêmico; 
Ingestão de 
MUFA
Adiponectina
Sensibilidade 
Insulínica
Resistência 
Insulínica
Melhor Controle 
Glicêmico
Ácidos Graxos Insaturados - PUFAS
Ácido 
linoleico Ácido alfa 
linolênico
w6
w3
Calder et al, JPEN (2020); Falcão (2020); Lettelier et al, (2015) 
Ácidos Graxos de Cadeia Longa
Ácido Graxo Linoleico = w6PUFAS
Ácido Graxo alfa - Linoleico = w3
Oferta dos ácidos graxos essenciais; 
Biodisponibilidade das vitaminas lipossolúveis; 
w6
w3
Calder et al, JPEN (2020); Waitzberg et al (2009);
Ácidos Graxos de Cadeia Longa
Biodisponibilidade 
Energética
TCL
Energia
Oxidação
Carnitina
Ponto de Atenção
Waitzberg DL, et al, (2009)
Ômega 3 de Origem 
Vegetal ∆ desaturase
Elongase
∆ 5 desaturase
Elongase
∆ 4 desaturase
(Linhaça, Canola e Soja)
Conversão EPA e DHA
EPA
DHA
Taxa de Conversão
EPA = 5% DHA = 0,5% 
Benefícios do EPA e DHA precisam de 
fontes seguras/biodisponíveis
Óleo de Peixe 
Burdge et al (2006)
Modulação da
Inflamação
Competência 
imunológica
Catabolismo 
proteico
PUFAS
Calder et al, JPEN (2020); Falcão (2020); ESPEN (2017); Michalak et al (2016); Waitzberg et al (2009);
Tão importante quanto à 
quantidade lipídica é a análise 
da qualidade lipídica! 
Calder et al, JPEN (2020) 
Como os lipídeos modulam 
a resposta inflamatória? 
Eicosanóides
Mediadores inflamatórios de origem lipídica que 
modulam a resposta inflamatória do organismo.
Ômega 6 Ômega 3
Potentes mediadores 
inflamatórios
Potentes mediadores 
anti-inflamatórios
Lettellier et al, (2015); Calder et al (2006); 
Eicosanóides
Eicosanóides de 
classe par
Eicosanóides de 
classe ímpar
Lettellier et al, (2015); Wanten & Calder, 2008; Calder et al (2006); 
Eicosanóides de 
classe par
Eicosanóides
Infecção;
Inflamação;
Lesão tecidual;
Modulação do sistema imune;
Agregação plaquetária;
Mediadores Bioquímicos 
envolvidos
Lettellier et al, (2015); Wanten & Calder, 2008; Calder et al (2006); 
Eicosanóides de 
classe ímpar
Eicosanóides
Menor poder inflamatório;
Melhora da resposta imunológica;
Melhora na fluidez da membra*;
Mediadores Bioquímicos 
envolvidos
Lettellier et al, (2015); Wanten & Calder, 2008; Calder et al (2006); 
Modulação do Processo Inflamatório?
Modulação da Resposta Inflamatória
Substitui AA 
AA reduzido
Restrição 
substrato
Produção eicosanóides 
menos inflamatórios (PGE3 
e LTB5)
Redução em 40 a 70% 
mediadores inflamatórios
Modelo experimental 
de colite
Sem colite Com colite
Óleo de soja Óleo de soja
Óleo de soja + peixe 
(w6:w3 – 4:1)
Óleo de soja
(w6:w3 – 4:1)
Óleo de soja + peixe 
(w6:w3 – 2:1)
Óleo de soja + peixe
(w6:w3 – 2:1)
C C
LF LF
HF HF
Em comparação com o grupo soja, 
o grupo colite com óleo de peixe 
tiveram menor expressão de 
mediadores inflamatórios
Como saber na prática se o 
perfil lipídico da formula 
enteral é inflamatório?
Razão ideal w6:w3
Até 5:1
Martin et al (2006)
Razão ideal w6:w3
Até 10:1
Uma proporção menor de ômega 6 na NE dos doentes críticos 
Proporção mais equilibrada de AA nas membranas celulares 
 Síntese de eicosanóides pró – inflamatórios 
E, ainda tem mais...
EPA e DHA
Convertidos em metabólitos
bioativos 
Resolvinas Protectinas Maresinas
Myata et al (2015)
Myata et al (2015)
Propriedades Pró Resolução 
e Anti-inflamatórias
Myata et al (2015)
Lesão tecidual
Microorganismos
Inflamação 
Crônica
Resolução
Inflamação 
Aguda Mediadores pró resolvinas 
derivados do ômega 3 
Reparação 
tecidual
Dano tecidual; 
Infecção persistente 
Redução do Catabolismo 
Proteico
Sistema Ubiquitina Proteassoma (SUP)
Consumo elevado de proteína endógena
Trauma grave CâncerSepse
Atividade do proteossoma 
foi maior no grupo que 
não recebeu EPA!
Glutamina
A glutamina apresenta 
diversas funcionalidades 
no organismo
Combustível primário para proliferação celular
Células do 
sistema imune
Sistema de 
defesa
Macrófago
Linfócito
Monócito
WISCHMEYER et al, 2014
Glutamina e suas funções metabólicas
Trofismo 
intestinal
Glutamina e suas funções metabólicas
Combustível para replicação das 
células intestinais
Potencializando as células do 
sistema imune a glutamina 
reduz infecções!
Glutamina e suas funções metabólicas
Precursora da síntese de substâncias 
Glutationa
Mais importante 
antioxidante intracelular
Aumento da defesa antioxidante!
WISCHMEYER et al, 2014
Controle Glicêmico
Estímulo à 
produção de 
insulina 
 Resistência 
Insulínica
Controle Glicêmico
Glutamina
WISCHMEYER et al,2014
Glutamina e suas funções metabólicas
Hiperglicemia
Cruzat et al (2018)
Glutamina e suas necessidades endógenas
Quais prejuízos clínicos com 
a deficiência de glutamina?
Prejuízos clínicos na deficiência de glutamina
COEFFIER et al, 2005; STEHLE et al, 2017
Integridade x Disruptura Intestinal?
Toor et al. Int. J. Mol. Sci. 2019
Antibióticos x Saúde Intestinal
Willing BP. Nat Rev Microbiol. 2011 
Apr;9(4):233-43. doi: 10.1038/nrmicro2536.
Flint, H. Antibiotics and adiposity. Nature 488, 601–602 (2012). https://doi.org/10.1038/488601a
Willing BP. Nat Rev Microbiol. 2011 Apr;9(4):233-43. doi: 10.1038/nrmicro2536.
Morte das bactérias
Perda da integridade
+
Sua integridade relaciona-se 
à homeostase de diversos 
sistemas orgânicos! 
Centro do cuidado
Intestino: Extensa barreia 
imunológica! 
Como a barreira 
intestinal desempenha 
a função imune? 
Linhas de Defesa do Intestino
Mucosa 
intestinal
Tecido linfoide 
associado à 
mucosa
Microbiota 
Intestinal
Mucosa intestinal e suas diferentes células 
Mucosa intestinal e suas diferentes células
Enterócitos
Especializado na absorção;
Rápido Turnover*;
Capacidade de aderência;
Mucosa intestinal e suas diferentes células
Células M
Microvilosidades;
Encontram-se sobre a Placa de Peyer;
Glomerado de células imunes
Linfócitos B Linfócitos T 
Capacidade de fagocitose
Apresentação do antígeno
Mucosa intestinal e suas diferentes células
Células M
Mucosa intestinal e suas diferentes células
Células de 
Paneth
Produtora de antimicrobianos
* Alfa – defensinas;
* Lisozima C; 
* sPIA2;
* REG3alfa;
Célula de proteção do intestino
Quantidade? 
Sem estresse metabólico = 
Com estresse metabólico = 
5 a 10 gramas/dia; 
0,2 a 0,5 g/kg de peso/dia; 
Pujol AP. 2011; ESPEN, 2019
Fórmulas enterais imunomoduladores 
no preparo imunológico?
NE ou NP 
no pós 
operatório
873 
pacientes N= 347 N=343
NE Padrão NE Imunomoduladora
N= 90 N=93
NP Padrão NP Imunomoduladora
NP pré 
operatória 
desnutridos
Nos pacientes desnutridos...
Permanência 
Hospitalar
17,1 dias 13,1 dias
NE padrão NE imuno
P=0,006
Complicação 
Infecciosa
39,2% 28,3%
P=0,004
Nos pacientes desnutridos...
Morbidade 47,1% 33,5%
NE padrão NE imuno
P=0,01
Mortalidade 5,9% 1,3%
P=0,003
Fórmula 
Imunomoduladora 
(Reconvan®) x Fórmula 
oligomérica
Cirurgia 
abdmonial
305 pacientes 
cirúrgicos
NE no Pós 
operatório
Grupo que recebeu NE Imunomoduladora 
apresentou redução significativa de...
Nutrientes 
Imunoestimulantes
Sistema Imune
Cirúrgicos imunodeprimidos cursam 
com piores desfechos no período 
pós-operatório.
ARSALANI – ZADEH et al (2011)
Betaglucano de Levedura – Welmunne®
Betaglucano de Levedura: O que é?
Betaglucano de 
levedura 
(“b- glucan”)
Polissacarídeo funcional presente na estrutura da
parede celular do levedo de cerveja (fungo
Saccharomyces cerevisiae)
fermentação bacteriana e 
metabolismo intestinal
Sistema Imunológico
Imunoestimulante 
Potente estimulante de macrófagos nos 
tecidos intestinais
Betaglucano de 
levedura
Betaglucano de Levedura: O que é?
MacrófagoLinfócito T Neutrófilos
Betaglucano de levedura
162 
indivíduos N=81
Grupo 1 
Estudo
Suplementação com 900 mg de ß glucano 
por 16 semanas
Infecções 
recorrentes
N=81
Grupo 2 
Controle
Suplementação com 900 mg de placebo 
por 16 semanas
In
ci
d
ê
n
ci
a 
d
e
 R
e
sf
ri
ad
o
 C
o
m
u
m
A suplementação com Betaglucano reduziu o número de 
infecções por resfriado comum em 25% em comparação com 
placebo (p = 0,041).
Grupo estudo
Grupo placebo
O beta glucano pode ser eficiente na configuração 
profilática do COVID. É de baixo custo e seguro 
para apoiar a resposta imunológica do indivíduo. 
ANTI XIDANTES
Procedimento Cirúrgico x Stress Oxidativo
Indução Anestésica
Oxidação celular
Radicais livres
Supressão da imunidade;
 Peroxidação lipídica;
Comprometimento da cicatrização 
da ferida cirúrgica;
(KELLY, 1998)
Vitamina 
A
Vitamina 
C
Vitamina 
E
Zinco 
Selênio 
ANTIOXIDANTES
Procedimento Cirúrgico -> Potencializar a Defesa Antioxidante
(KELLY, 1998)
Abreviação do Jejum Pré 
Operatório
© Copyright Fresenius Kabi AG
Conceito
Segurança
Protocolo
Conceito
Racional para Abreviação do Jejum Pré Operatório
Nada por via oral (NPVO)
Empiricamente Dr. Mendelson (Médico obstetra) 
Gestantes que tiveram parto com anestesia geral 
Aspiração pulmonar do conteúdo gástrico Óbito
Síndrome de Mendelson
Racional para Abreviação do Jejum Pré Operatório
Indução Anestésica
Relaxamento do EEI e  reflexos laríngeos
Broncoaspiração do Conteúdo Gástrico
Complicações clínicas e/ou óbito
EEI = Esfíncter esofágico inferior
© Copyright Fresenius Kabi AG
Tamanho do 
Jejum no Brasil
© Copyright Fresenius Kabi AG
Hiperglicemia + 
Miopenia
Perda de Massa Magra e Suas Complicações
% de perda de massa 
muscular
Complicações 
Clínicas
. Redução da imunidade
. Aumento de infecções
. Redução da cicatrização de feridas
. Aumento de fraqueza muscular
. Aumento de infecções
. Lesão por pressão;
. Pneumonia
. Sobrevida reduzida
. Mortalidade aumentada (pneumonia)
- 10%
- 20%
- 30%
- 40%
J.M. Argilés et al. / JAMDA xxx (2016) 1e8
Quais as 
evidências?
Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré 
Operatório
Sociedades
Líquidos 
Claros
Alimentos 
Sólidos
American Society of Anesthesiologists
(ASA – 1999)
2h 6h
Association of Anesthetists of Great Britain
and Ireland (AAGBI – 2001)
2h 6h
Cochrane Database of Systematic Reviews
(Cochrane – 2004)
2h 6h
Canadian Anesthetists Society (CAS – 2005) 2h 6h
Norwegian National Consensus Guideline
(NNCG – 2005)
2h 6h
▪ Há evidência que líquidos claros como água, chá, café, bebidas esportivas contendo eletrólitos e carboidratos, 
água com carboidratos como maltodextrina podem ser ingeridos num volume de até 400ml, 2h antes 
da indução anestésica (A);
▪ Novos estudos randomizados têm mostrado que fontes nitrogenadas, especialmente a adição de glutamina e/ou 
proteína do soro do leite (fast protein) também é segura entre 2-3h antes do procedimento (A);
QUE BEBIDAS LÍQUIDAS PODEM SER INGERIDAS ATÉ 
2H ANTES DO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO?
Adaptado de Aguillar-Nascimento, 2016
© Copyright Fresenius Kabi AG
Preparação Tempo
Líquidos claros sem resíduos 2 horas
Leite Materno 4 horas
Leite não humano ou fórmula 6 horas
Refeições leves 6 horas
Dieta Geral 8 horas
Segurança
Tempo de Esvaziamento Gástrico
Soreide et al. Acta Anaesthesiol Scand 2005; 49:1041-7
24 Pacientes endoscopia
* Grupo controle (n=12) * Grupo intervenção (n = 12)
200 ml de SNO (CHO + PSL) 150 min a 
210 min antes do exame
Jejum convencional
VRG similar entre os grupos: Volume gástrico no GC = 25 (10 ± 70 ml) e no GI = 10 
(0 ± 100 ml) (p=0,32);
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Resultados Clínicos
Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré 
Operatório
Pacientes que foram submetidos à colecistectomia
Pacientes cirúrgicos submetidos ao 
jejum tradicional
Pacientes cirúrgicos que receberam 
bebida rica em CHO 2 horas antes da 
cirurgia
Randomizados
 Ocorrência gastrointestinal no PO
AGUILAR – NASCIMENTO (2013)
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Abreviar o Jejum Pré Operatório 
melhora o controle glicêmico do 
doente cirúrgico! 
4.864 pacientes submetidos à 
cirurgia cardíaca nos EUA
Hiperglicemia perioperatória
Maior taxa de mediastinite; 
Maior custo hospitalar; 
Internação prolongada; 
Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré 
Operatório
40 pacientes submetidos à RM
Grupo 1 (n = 20) 
SVO CHO
400 ml 6 h + 200 ml 2 h
Grupo 2 (n = 20)
Apenas água
Pior controle glicêmico no G2 após o procedimento 
cirúrgico;
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152 pacientes com DAC foram 
randomizados em 4 grupos
800 ml (8 h);
400 ml (2h);
400 ml (2h);
400 ml (8 h); Jejumde 8 horas;
G1
G2
G3
G4
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Secura da boca significativamente 
maior no grupo controle (p=0,03)
Fome significativamente maior no 
grupo controle (p=0,02)
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Necessidade exógena de insulina 
significativamente maior no grupo controle 
(p=0,04)
Aumento da glicemia plasmática 
significativamente maior no grupo controle 
(p=0,04)
E, com 
relação à 
qualidade?
CHO 
CHO + 
AA/Ptna
CHO + 
AA/Ptna + 
LIP
Evolução das Evidências Científicas para Abreviação do 
Jejum Pré Operatório
Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré 
Operatório
48 pacientes cirúrgicos
Randomizados
GI (800 ml de suplemento com 100 g 
de carboidrato)
GII (800 ml de suplemento com 100 g de 
carboidrato e 28 g de peptídeos)
Tempo de esvaziamento gástrico sem ≠ significativa entre os grupos
Suplemento enriquecido em CHO com peptídeos é seguro na abreviação do 
jejum pré operatório!
HENRIKSEN et al (2003)
4
8
 p
ac
ie
n
te
s 
(1
9
 a
 6
2
 a
)
Grupo 1 (n=12) = Jejum Convencional (8 horas antes da cirurgia);
Grupo 2 (n=12) = ABR – água (placebo)
Grupo 3 (n=12) = ABR – água + Maltodextrina
Grupo 4 (n=12) = ABR – água + Maltodextrina + Glutamina 
Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré 
Operatório – CHO + AA
400ml - 8 h 200ml - 2 h
Balanço Nitrogenado - diferenças estatística entre os 
grupos
38
Pctes 
cirúrgicos
N=17
Grupo A 
Grupo B
Jejum Cirúrgico Tradicional
Jejum abreviado -> 200 ml de SNO (CHO + PSL) 2 h 
antes da cirurgia 
N=21
Grupo abreviado com CHO + PSL apresentou menor 
resistência insulínica
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Cost-effectiveness of the implementation of an enhanced recovery protocol 
for colorectal surgery
Roulin D, et al. Br J Surg. 2013; 100(8):1108-14
Custo no ERAS: €1651 mais barato
Tempo internação: 7 vs 10 (p=0,003)
50 pacientes em cada grupo
Antes e depois do ERAS
Estudo comparativo
Abreviação 
do Jejum 
para quais 
clínicas 
cirúrgicas?
Urologia;
Gastroenterologia;
Neurologia;
Cardiologia;
Obesidade Mórbida;
Pediatria;
Ortopedia;
Protocolo: Abreviação do Jejum
Pré-Operatório – SNO com Malto + PSL
Noite anterior 2 – 3 horas antes
400 ml 200 ml
Diferenças nutricionais na abreviação do jejum pré operatório e 
na prática do jejum convencional
Quesito Abreviação Jejum Jejum Convencional
Oferta Calórica 900kcal 0kcal
Aporte Proteico 24g 0g
Aporte Glicídico 201g 0g
Vitaminas e Minerais 100% 0%
Obrigada! 
“Não se preocupe com a distância entre seus sonhos e a realidade. 
Se você pode sonhá-los você pode realizá-los” – Belva Davis
camicalvi@yahoo.com.br
@camiprim

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