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Nutr. Msc. Camila Prim Especialista em Fisiologia Aplicada à Nutrição (PUC-PR); Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela BRASPEN; Mestre em Ciências da Saúde (PUC-PR); Membro do Comitê Científico da Sociedade Paranaense de Nutrição Parenteral e Enteral (Biênio 2014-2015); Gerente Científica Medical Saúde; Consultora Científica – Nutritiva; Consultora Científica – Fresenius Kabi – Linha Enteral e Parenteral; Docente de Pós Graduação, Rede D’OR, Universidade Positivo , IPGS; Coordenadora da Pós Graduação Terapia Nutricional em Doentes Críticos – TANBRAZYL. Terapia Nutricional no Doente Cirúrgico © Copyright Fresenius Kabi AG Oi prazer, sou a Camila Prim! ▪ Nutricionista formada pela PUC-PR; ▪ Especialista em Fisiologia Humana Aplicada à Nutrição (PUC-PR); ▪ Mestre em Ciências da Saúde; ▪ Especialista em Nutrição Parenteral e Enteral pela BRASPEN; ▪ Membro do Comitê Científico da Sociedade Paranaense de Nutrição Parenteral e Enteral (Biênio 2013/2014); ▪ Executiva de Vendas – Nutrimedical (2006 à 2008); ▪ Gerente Científica Nutrimedical (2008 até o momento); ▪ Consultora Científica Fresenius Kabi Linha Enteral e Parenteral (2011 até o momento); ▪ Consultora Científica Danone Nutricia (2021 – até o momento); ▪ Consultora Científica Humalin (2018 até o momento); ▪ Coaching Científico; ▪ Docente de Pós-Graduação; ▪ Coordenadora de Pós Graduação em Terapia Nutricional em Doentes Graves – TANBRAZYL; ▪ Palestrante; Qual é o perfil nutricional do doente cirúrgico? A desnutrição acomete em torno de 28 a 58% dos pacientes cirúrgicos Waitzberg et al (2011) 10 Desnutridos x 6 Procedimento Cirúrgico x Estado Nutricional? © Copyright Fresenius Kabi AG Hiperglicemia + Miopenia Perda de 1 Kg de massa muscular por dia de internamento Perda de massa muscular Mortalidade Perda de Massa Magra e Suas Complicações % de perda de massa muscular Complicações Clínicas . Redução da imunidade . Aumento de infecções . Redução da cicatrização de feridas . Aumento de fraqueza muscular . Aumento de infecções . Lesão por pressão; . Pneumonia . Sobrevida reduzida . Mortalidade aumentada (pneumonia) - 10% - 20% - 30% - 40% J.M. Argilés et al. / JAMDA xxx (2016) 1e8 2018 Investir na Terapia Nutricional Perioperatória Como determinar o risco nutricional no paciente cirúrgico? Passo 1 Passo 2 Passo 3 IMC Perda de Peso Ingestão alimentar IMC < 18,5 Kg/m2 (idade < 20 e > 65) Perda de peso não planejada > 10% nos últimos 6 meses Ingerindo < 50% de alimentos nos últimos 7 dias? Sim para qualquer uma das questões Ou Albumina < 3 mg/dl Nutrição Pré Operatória WISCHMEYER et al 2018 R is c o N u tr ic io n a l Investir na terapia nutricional perioperatória, com nutrientes estratégicos, favorece melhores desfechos no paciente cirúrgico! Cirúrgico eletivo1 Avaliação do Risco Nutricional (PONS) e albumina 2 ✓ PONS (-) e albumina > 3 mg/dl Baixo risco nutricional 3 Intervenção Nutricional = SNO com proteínas e nutrientes imunoestimulantes por 5 dias antes da cirurgia 4 Intervenção Nutricional = SNO com proteínas e nutrientes imunoestimulantes por 7 dias após a cirurgia 5 Wischmeyer et al (2018) Terapia Nutricional Perioperatória – Baixo Risco Nutricional Wischmeyer et al (2018) Terapia Nutricional Perioperatória – Alto Risco Nutricional Cirúrgico eletivo1 Avaliação do Risco Nutricional (PONS) e albumina 2 ✓ PONS (+) e albumina < 3 mg/dl Alto risco nutricional 3 Intervenção Nutricional = SNO em domicílio de acordo com as metas nutricionais para reestabelecimento do EN 4 Acompanhamento Nutricional = avaliação da adesão à SNO e da recuperação do EN (ganho de peso) 5 6 1 mês de monitoramento nutricional = ganho de peso -> pronto para cirurgia 7 Intervenção Nutricional = SNO com proteínas e nutrientes imunoestimulantes por 7 dias após a cirurgia Metas Nutricionais? Imunoestimulantes e Antioxidantes Proteínas Calorias Meta Calórica 25 a 30 Kcal/kg/dia Meta Proteica 1,5 a 2,0 g/kg/dia Anabolismo Proteico Pré Cirurgia Idoso sarcopênico Obeso sarcopênico Oncológicos A oferta de proteínas diferenciadas potencializa o processo de cicatrização e defesa imunológica do doente cirúrgico! Arginina Colágeno Hidrolisado Arginina Produção de células mieloides Arginase 1 Depleção na arginina endógena Trauma metabólico cirúrgico Aminoácido condicionalmente essencial Arginina Resistência imunológica no local da lesão tecidual; Mecanismo de Ação 1) 2) Arginina e Sistema Imune Linfócitos T [ ] Plasmática de Arginina Proliferação 244 pacientes cirúrgicos de ressecção de cólon N=122 N= 122 Grupo Controle Grupo Estudo Suplementação Nutricional Oral Hipercalórica + Hiperproteica (7 dias Pré OP e 5 dias Pós OP) Suplementação Nutricional Oral Hipercalórica + Hiperproteica + arginina (7 dias Pré OP e 5 dias Pós OP) SNO hipercalórico e Hiperpoteico SNO hipercalórico e Hiperpoteico + ARG Menores taxas de infecções, principalmente infecções no sítio cirúrgico, foram nos pacientes que receberam suplementos nutricionais orais hiperproteicos acrescidos de arginina. Arginina e cicatrização de feridas cirúrgicas ➔ Precursora de prolina BOTTONI et al (2011) AA convertido em Hidroxiprolina Síntese de colágeno; Efeitos positivos da arginina no processo cicatricial de feridas cirúrgicas Colágeno Hidrolisado Utilização na prática clínica pelos seus diferenciais Bello AE. Curr Med Res Opin. 2006;22(11):2221-32. Renner et al (1983) N ív e l d e H id ro xi p ro lin a (m m l/ m l) Rápida absorção dos peptídeos de colágeno no intestino OHARA H, 2007 O colágeno apresenta um grande diferencial no que se refere à carga nitrogenada Teor médio de nitrogênio nas proteínas = 16% Teor médio de nitrogênio no colágeno = 18,6% FAO (2002) Colágeno Hidrolisado Reabilitação Funcional Cicatrização de Feridas Colágeno Hidrolisado e Cicatrização? Colágeno Hidrolisado Desempenha um papel importante em cada fase da cicatrização Inflamatória Proliferativa Remodelação Quimiotática Hochstein et al (2014) Capacidade de Síntese de colágeno no tecido de granulação da ferida; Mecanismos de Potenciais de Ação ➔ Ativa a Angiogênese ( VEGF), fibrinogênese e epitelização; Replicação celular; 1) 2) 3) Aumento na taxa de cicatrização= Teor de óxido nítrico na ferida contribuindo para da inflamação;4) 120 indivíduos com LP (II ou III) Grupo CH-a Suplementação com 10 gramas de colágeno hidrolisado ( hidroxiprolina e glicina) por 16 semanas Suplementação com placebo por 16 semanas Grupo CH-b Suplementação com 10 gramas de colágeno hidrolisado ( hidroxiprolina e glicina) por 16 semanas Grupo Placebo Grupo GH – B apresentou de forma significativa redução na área da ferida (P <0,027) © Copyright Fresenius Kabi AG Colágeno hidrolisado é uma fonte proteica que deve ser considerada para o processo cicatricial! Queloide ? Crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte ou cirurgia de pele. Queloide Feridas cirúrgicas 5 a 15% Sociedade Brasileira de Dermatologia (2019) Queloide Extensa produção de fibroblasto após a fase proliferativa; Deposição “aberrante” de matriz extracelular (MEC); Oclusão microvascular aumentada; + + = Fatores genéticos envolvidos Risco terapêutico Reabilitação Funcional Colágeno hidrolisado: excelente fonte proteica para a saúde muscular! 60 Idosos (≥65 anos) N=30 Grupo 1 Estudo Suplementação com 15 gramas de colágeno hidrolisado por 12 semanas Perda de força ou desempenho físico N=30 Grupo 2 Controle Suplementação com 15 gramas de placebo por 12 semanas Proteína do Soro do Leite Nutrients 2020, 12, 1533 Teor de aminoácidos essenciaisDigestibilidade Solubilidade A escolha do módulo proteico! Proteína do Soro do Leite Elevado teor de aminoácidos de cadeia ramificada; Apresenta efeito anabolizante; Proteína de rápida digestibilidade Pico plasmático pós prandial de aminoácidos Leucina síntese de tecido muscular PENNINGS et al, (2011) RONDANELLI et al (2014) Leucina: aminoácido envolvido na síntese muscular FORBES et al, 2012; KIMBALL et al, 2006 Aminoácido PSL (g/100 g de ptna) Caseínato (g/100 g de ptna) Alanina 5,0 3,0 Arginina 2,5 3,5 Ácido aspártico 11,5 6,5 Cisteína 3,5 0,5 Ácido glutâmico 16,0 20,5 Glicina 2,0 1,5 Histidina 2,0 2,5 Isoleucina 6,0 5,5 Leucina 12,5 8,5 Lisina 10,5 7,0 Triptofano 2,5 1,0 Total de AAE 46,5 39,5 Aminograma => PSL x Caseinatos Pennings et al et al, 2011 xxxxxxx 48 Idosos N=16 Grupo 1 CAS 20 gramas de caseína N=16 Grupo 2 CAS H 20 gramas de caseína hidrolisada N=16 Grupo 3 Whey Protein 20 gramas de proteína do soro do leite Maior concentração plasmática de leucina e aminoácidos essenciais observada nos pacientes suplementados com a PSL! 20 a 35 g de proteína por horário! Ultrapassar a Resistência Anabólica Lipídeos Lipídeos? Sim! … Muito além da oferta energética! Calder et al 2020; Falcão et al, 2020 Centro do CuidadoCentro do Cuidado Por que? Quais Funções dos Lipídeos? Funções dos Lipídeos Oferta energética Densa (9,3kcal/g) Fornecimento AG essenciais Participação no processo inflamatório e no estresse oxidativo Vitaminas Lipossolúveis A, D, E, K Síntese de hormônios Mediadores intra e extra celulares da resposta imune Redução do catabolismo proteico Falcão, 2020; ESPEN, 2017; Waitzberg et al 2009; Meta Lipídica 1,0 a 1,5g/kg/dia 76 “Tão importante quanto à quantidade lipídica, analisar a qualidade é fundamental! Desvendando os lipídeos Quais os tipos de lipídeos na NE? Ácidos Graxos Saturados Ácidos graxos de cadeia curta Ácidos graxos de cadeia média Fibras Colonócitos Waitzberg et al 2009 Ácidos Graxos de Cadeia Média Calder et al, JPEN (2020) Fonte energética de rápida metabolização (8,2 a 8,3 Kcal/g); Não afeta os níveis séricos de TGL plasmáticos; Reduz a peroxidação lipídica; “Sem ação” do ponto de vista imunológico; TCM Ácidos Graxos de Cadeia Média - TCM Digestão e Absorção Lipídeos Hidrólise e emulsificação Lipídeo Lipídeo AG AG AG AG Absorção TCM TCM Palermo 2014; Ácidos Graxos de Cadeia Média - TCM Biodisponibilidade Energética Lípídeos Energia Oxidação Carnitina Diferenciada Waitzberg et al 2009; Ácidos Graxos de Cadeia Média - TCM Importância na prática clínica Doenças hepáticas (cirrose biliar, atrésia biliar ou obstrução); Insuficiência pancreática; Síndrome do intestino curto e Doença de Chron; Estresse metabólico, cirúrgicos, câncer e desnutrição; Waitzberg et al 2009; Ácidos Graxos Insaturados MUFAS PUFAS Calder et al, JPEN (2020); Falcão (2020); Lettellier et al, (2015) Ácidos Graxos de Cadeia Longa Calder et al, JPEN (2020) Menor susceptibilidade à peroxidação lipídica; Pouco impacto na função imunológica, pois não participam da síntese de eicosanoides; MUFA/ômega 9/ácido oleico MUFAS Ácidos Graxos de Cadeia Longa - MUFAS Paniagua et al, (2007) Importância na prática clínica Gerenciamento do controle glicêmico; Ingestão de MUFA Adiponectina Sensibilidade Insulínica Resistência Insulínica Melhor Controle Glicêmico Ácidos Graxos Insaturados - PUFAS Ácido linoleico Ácido alfa linolênico w6 w3 Calder et al, JPEN (2020); Falcão (2020); Lettelier et al, (2015) Ácidos Graxos de Cadeia Longa Ácido Graxo Linoleico = w6PUFAS Ácido Graxo alfa - Linoleico = w3 Oferta dos ácidos graxos essenciais; Biodisponibilidade das vitaminas lipossolúveis; w6 w3 Calder et al, JPEN (2020); Waitzberg et al (2009); Ácidos Graxos de Cadeia Longa Biodisponibilidade Energética TCL Energia Oxidação Carnitina Ponto de Atenção Waitzberg DL, et al, (2009) Ômega 3 de Origem Vegetal ∆ desaturase Elongase ∆ 5 desaturase Elongase ∆ 4 desaturase (Linhaça, Canola e Soja) Conversão EPA e DHA EPA DHA Taxa de Conversão EPA = 5% DHA = 0,5% Benefícios do EPA e DHA precisam de fontes seguras/biodisponíveis Óleo de Peixe Burdge et al (2006) Modulação da Inflamação Competência imunológica Catabolismo proteico PUFAS Calder et al, JPEN (2020); Falcão (2020); ESPEN (2017); Michalak et al (2016); Waitzberg et al (2009); Tão importante quanto à quantidade lipídica é a análise da qualidade lipídica! Calder et al, JPEN (2020) Como os lipídeos modulam a resposta inflamatória? Eicosanóides Mediadores inflamatórios de origem lipídica que modulam a resposta inflamatória do organismo. Ômega 6 Ômega 3 Potentes mediadores inflamatórios Potentes mediadores anti-inflamatórios Lettellier et al, (2015); Calder et al (2006); Eicosanóides Eicosanóides de classe par Eicosanóides de classe ímpar Lettellier et al, (2015); Wanten & Calder, 2008; Calder et al (2006); Eicosanóides de classe par Eicosanóides Infecção; Inflamação; Lesão tecidual; Modulação do sistema imune; Agregação plaquetária; Mediadores Bioquímicos envolvidos Lettellier et al, (2015); Wanten & Calder, 2008; Calder et al (2006); Eicosanóides de classe ímpar Eicosanóides Menor poder inflamatório; Melhora da resposta imunológica; Melhora na fluidez da membra*; Mediadores Bioquímicos envolvidos Lettellier et al, (2015); Wanten & Calder, 2008; Calder et al (2006); Modulação do Processo Inflamatório? Modulação da Resposta Inflamatória Substitui AA AA reduzido Restrição substrato Produção eicosanóides menos inflamatórios (PGE3 e LTB5) Redução em 40 a 70% mediadores inflamatórios Modelo experimental de colite Sem colite Com colite Óleo de soja Óleo de soja Óleo de soja + peixe (w6:w3 – 4:1) Óleo de soja (w6:w3 – 4:1) Óleo de soja + peixe (w6:w3 – 2:1) Óleo de soja + peixe (w6:w3 – 2:1) C C LF LF HF HF Em comparação com o grupo soja, o grupo colite com óleo de peixe tiveram menor expressão de mediadores inflamatórios Como saber na prática se o perfil lipídico da formula enteral é inflamatório? Razão ideal w6:w3 Até 5:1 Martin et al (2006) Razão ideal w6:w3 Até 10:1 Uma proporção menor de ômega 6 na NE dos doentes críticos Proporção mais equilibrada de AA nas membranas celulares Síntese de eicosanóides pró – inflamatórios E, ainda tem mais... EPA e DHA Convertidos em metabólitos bioativos Resolvinas Protectinas Maresinas Myata et al (2015) Myata et al (2015) Propriedades Pró Resolução e Anti-inflamatórias Myata et al (2015) Lesão tecidual Microorganismos Inflamação Crônica Resolução Inflamação Aguda Mediadores pró resolvinas derivados do ômega 3 Reparação tecidual Dano tecidual; Infecção persistente Redução do Catabolismo Proteico Sistema Ubiquitina Proteassoma (SUP) Consumo elevado de proteína endógena Trauma grave CâncerSepse Atividade do proteossoma foi maior no grupo que não recebeu EPA! Glutamina A glutamina apresenta diversas funcionalidades no organismo Combustível primário para proliferação celular Células do sistema imune Sistema de defesa Macrófago Linfócito Monócito WISCHMEYER et al, 2014 Glutamina e suas funções metabólicas Trofismo intestinal Glutamina e suas funções metabólicas Combustível para replicação das células intestinais Potencializando as células do sistema imune a glutamina reduz infecções! Glutamina e suas funções metabólicas Precursora da síntese de substâncias Glutationa Mais importante antioxidante intracelular Aumento da defesa antioxidante! WISCHMEYER et al, 2014 Controle Glicêmico Estímulo à produção de insulina Resistência Insulínica Controle Glicêmico Glutamina WISCHMEYER et al,2014 Glutamina e suas funções metabólicas Hiperglicemia Cruzat et al (2018) Glutamina e suas necessidades endógenas Quais prejuízos clínicos com a deficiência de glutamina? Prejuízos clínicos na deficiência de glutamina COEFFIER et al, 2005; STEHLE et al, 2017 Integridade x Disruptura Intestinal? Toor et al. Int. J. Mol. Sci. 2019 Antibióticos x Saúde Intestinal Willing BP. Nat Rev Microbiol. 2011 Apr;9(4):233-43. doi: 10.1038/nrmicro2536. Flint, H. Antibiotics and adiposity. Nature 488, 601–602 (2012). https://doi.org/10.1038/488601a Willing BP. Nat Rev Microbiol. 2011 Apr;9(4):233-43. doi: 10.1038/nrmicro2536. Morte das bactérias Perda da integridade + Sua integridade relaciona-se à homeostase de diversos sistemas orgânicos! Centro do cuidado Intestino: Extensa barreia imunológica! Como a barreira intestinal desempenha a função imune? Linhas de Defesa do Intestino Mucosa intestinal Tecido linfoide associado à mucosa Microbiota Intestinal Mucosa intestinal e suas diferentes células Mucosa intestinal e suas diferentes células Enterócitos Especializado na absorção; Rápido Turnover*; Capacidade de aderência; Mucosa intestinal e suas diferentes células Células M Microvilosidades; Encontram-se sobre a Placa de Peyer; Glomerado de células imunes Linfócitos B Linfócitos T Capacidade de fagocitose Apresentação do antígeno Mucosa intestinal e suas diferentes células Células M Mucosa intestinal e suas diferentes células Células de Paneth Produtora de antimicrobianos * Alfa – defensinas; * Lisozima C; * sPIA2; * REG3alfa; Célula de proteção do intestino Quantidade? Sem estresse metabólico = Com estresse metabólico = 5 a 10 gramas/dia; 0,2 a 0,5 g/kg de peso/dia; Pujol AP. 2011; ESPEN, 2019 Fórmulas enterais imunomoduladores no preparo imunológico? NE ou NP no pós operatório 873 pacientes N= 347 N=343 NE Padrão NE Imunomoduladora N= 90 N=93 NP Padrão NP Imunomoduladora NP pré operatória desnutridos Nos pacientes desnutridos... Permanência Hospitalar 17,1 dias 13,1 dias NE padrão NE imuno P=0,006 Complicação Infecciosa 39,2% 28,3% P=0,004 Nos pacientes desnutridos... Morbidade 47,1% 33,5% NE padrão NE imuno P=0,01 Mortalidade 5,9% 1,3% P=0,003 Fórmula Imunomoduladora (Reconvan®) x Fórmula oligomérica Cirurgia abdmonial 305 pacientes cirúrgicos NE no Pós operatório Grupo que recebeu NE Imunomoduladora apresentou redução significativa de... Nutrientes Imunoestimulantes Sistema Imune Cirúrgicos imunodeprimidos cursam com piores desfechos no período pós-operatório. ARSALANI – ZADEH et al (2011) Betaglucano de Levedura – Welmunne® Betaglucano de Levedura: O que é? Betaglucano de levedura (“b- glucan”) Polissacarídeo funcional presente na estrutura da parede celular do levedo de cerveja (fungo Saccharomyces cerevisiae) fermentação bacteriana e metabolismo intestinal Sistema Imunológico Imunoestimulante Potente estimulante de macrófagos nos tecidos intestinais Betaglucano de levedura Betaglucano de Levedura: O que é? MacrófagoLinfócito T Neutrófilos Betaglucano de levedura 162 indivíduos N=81 Grupo 1 Estudo Suplementação com 900 mg de ß glucano por 16 semanas Infecções recorrentes N=81 Grupo 2 Controle Suplementação com 900 mg de placebo por 16 semanas In ci d ê n ci a d e R e sf ri ad o C o m u m A suplementação com Betaglucano reduziu o número de infecções por resfriado comum em 25% em comparação com placebo (p = 0,041). Grupo estudo Grupo placebo O beta glucano pode ser eficiente na configuração profilática do COVID. É de baixo custo e seguro para apoiar a resposta imunológica do indivíduo. ANTI XIDANTES Procedimento Cirúrgico x Stress Oxidativo Indução Anestésica Oxidação celular Radicais livres Supressão da imunidade; Peroxidação lipídica; Comprometimento da cicatrização da ferida cirúrgica; (KELLY, 1998) Vitamina A Vitamina C Vitamina E Zinco Selênio ANTIOXIDANTES Procedimento Cirúrgico -> Potencializar a Defesa Antioxidante (KELLY, 1998) Abreviação do Jejum Pré Operatório © Copyright Fresenius Kabi AG Conceito Segurança Protocolo Conceito Racional para Abreviação do Jejum Pré Operatório Nada por via oral (NPVO) Empiricamente Dr. Mendelson (Médico obstetra) Gestantes que tiveram parto com anestesia geral Aspiração pulmonar do conteúdo gástrico Óbito Síndrome de Mendelson Racional para Abreviação do Jejum Pré Operatório Indução Anestésica Relaxamento do EEI e reflexos laríngeos Broncoaspiração do Conteúdo Gástrico Complicações clínicas e/ou óbito EEI = Esfíncter esofágico inferior © Copyright Fresenius Kabi AG Tamanho do Jejum no Brasil © Copyright Fresenius Kabi AG Hiperglicemia + Miopenia Perda de Massa Magra e Suas Complicações % de perda de massa muscular Complicações Clínicas . Redução da imunidade . Aumento de infecções . Redução da cicatrização de feridas . Aumento de fraqueza muscular . Aumento de infecções . Lesão por pressão; . Pneumonia . Sobrevida reduzida . Mortalidade aumentada (pneumonia) - 10% - 20% - 30% - 40% J.M. Argilés et al. / JAMDA xxx (2016) 1e8 Quais as evidências? Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré Operatório Sociedades Líquidos Claros Alimentos Sólidos American Society of Anesthesiologists (ASA – 1999) 2h 6h Association of Anesthetists of Great Britain and Ireland (AAGBI – 2001) 2h 6h Cochrane Database of Systematic Reviews (Cochrane – 2004) 2h 6h Canadian Anesthetists Society (CAS – 2005) 2h 6h Norwegian National Consensus Guideline (NNCG – 2005) 2h 6h ▪ Há evidência que líquidos claros como água, chá, café, bebidas esportivas contendo eletrólitos e carboidratos, água com carboidratos como maltodextrina podem ser ingeridos num volume de até 400ml, 2h antes da indução anestésica (A); ▪ Novos estudos randomizados têm mostrado que fontes nitrogenadas, especialmente a adição de glutamina e/ou proteína do soro do leite (fast protein) também é segura entre 2-3h antes do procedimento (A); QUE BEBIDAS LÍQUIDAS PODEM SER INGERIDAS ATÉ 2H ANTES DO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO? Adaptado de Aguillar-Nascimento, 2016 © Copyright Fresenius Kabi AG Preparação Tempo Líquidos claros sem resíduos 2 horas Leite Materno 4 horas Leite não humano ou fórmula 6 horas Refeições leves 6 horas Dieta Geral 8 horas Segurança Tempo de Esvaziamento Gástrico Soreide et al. Acta Anaesthesiol Scand 2005; 49:1041-7 24 Pacientes endoscopia * Grupo controle (n=12) * Grupo intervenção (n = 12) 200 ml de SNO (CHO + PSL) 150 min a 210 min antes do exame Jejum convencional VRG similar entre os grupos: Volume gástrico no GC = 25 (10 ± 70 ml) e no GI = 10 (0 ± 100 ml) (p=0,32); © Copyright Fresenius Kabi AG Resultados Clínicos Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré Operatório Pacientes que foram submetidos à colecistectomia Pacientes cirúrgicos submetidos ao jejum tradicional Pacientes cirúrgicos que receberam bebida rica em CHO 2 horas antes da cirurgia Randomizados Ocorrência gastrointestinal no PO AGUILAR – NASCIMENTO (2013) © Copyright Fresenius Kabi AG Abreviar o Jejum Pré Operatório melhora o controle glicêmico do doente cirúrgico! 4.864 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca nos EUA Hiperglicemia perioperatória Maior taxa de mediastinite; Maior custo hospitalar; Internação prolongada; Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré Operatório 40 pacientes submetidos à RM Grupo 1 (n = 20) SVO CHO 400 ml 6 h + 200 ml 2 h Grupo 2 (n = 20) Apenas água Pior controle glicêmico no G2 após o procedimento cirúrgico; © Copyright Fresenius Kabi AG © Copyright Fresenius Kabi AG 152 pacientes com DAC foram randomizados em 4 grupos 800 ml (8 h); 400 ml (2h); 400 ml (2h); 400 ml (8 h); Jejumde 8 horas; G1 G2 G3 G4 © Copyright Fresenius Kabi AG Secura da boca significativamente maior no grupo controle (p=0,03) Fome significativamente maior no grupo controle (p=0,02) © Copyright Fresenius Kabi AG Necessidade exógena de insulina significativamente maior no grupo controle (p=0,04) Aumento da glicemia plasmática significativamente maior no grupo controle (p=0,04) E, com relação à qualidade? CHO CHO + AA/Ptna CHO + AA/Ptna + LIP Evolução das Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré Operatório Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré Operatório 48 pacientes cirúrgicos Randomizados GI (800 ml de suplemento com 100 g de carboidrato) GII (800 ml de suplemento com 100 g de carboidrato e 28 g de peptídeos) Tempo de esvaziamento gástrico sem ≠ significativa entre os grupos Suplemento enriquecido em CHO com peptídeos é seguro na abreviação do jejum pré operatório! HENRIKSEN et al (2003) 4 8 p ac ie n te s (1 9 a 6 2 a ) Grupo 1 (n=12) = Jejum Convencional (8 horas antes da cirurgia); Grupo 2 (n=12) = ABR – água (placebo) Grupo 3 (n=12) = ABR – água + Maltodextrina Grupo 4 (n=12) = ABR – água + Maltodextrina + Glutamina Evidências Científicas para Abreviação do Jejum Pré Operatório – CHO + AA 400ml - 8 h 200ml - 2 h Balanço Nitrogenado - diferenças estatística entre os grupos 38 Pctes cirúrgicos N=17 Grupo A Grupo B Jejum Cirúrgico Tradicional Jejum abreviado -> 200 ml de SNO (CHO + PSL) 2 h antes da cirurgia N=21 Grupo abreviado com CHO + PSL apresentou menor resistência insulínica © Copyright Fresenius Kabi AG Cost-effectiveness of the implementation of an enhanced recovery protocol for colorectal surgery Roulin D, et al. Br J Surg. 2013; 100(8):1108-14 Custo no ERAS: €1651 mais barato Tempo internação: 7 vs 10 (p=0,003) 50 pacientes em cada grupo Antes e depois do ERAS Estudo comparativo Abreviação do Jejum para quais clínicas cirúrgicas? Urologia; Gastroenterologia; Neurologia; Cardiologia; Obesidade Mórbida; Pediatria; Ortopedia; Protocolo: Abreviação do Jejum Pré-Operatório – SNO com Malto + PSL Noite anterior 2 – 3 horas antes 400 ml 200 ml Diferenças nutricionais na abreviação do jejum pré operatório e na prática do jejum convencional Quesito Abreviação Jejum Jejum Convencional Oferta Calórica 900kcal 0kcal Aporte Proteico 24g 0g Aporte Glicídico 201g 0g Vitaminas e Minerais 100% 0% Obrigada! “Não se preocupe com a distância entre seus sonhos e a realidade. Se você pode sonhá-los você pode realizá-los” – Belva Davis camicalvi@yahoo.com.br @camiprim
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