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Disciplina: Proteção do Meio Ambiente Identificação da tarefa: Tarefa 2.2. Unidade 2. Envio de arquivo Pontuação: 10 pontos Tarefa 2.2 Observamos na Unidade 2 que a exposição contínua a ambientes com elevados níveis de pressão sonora requer a adoção de medidas de gestão em engenharia e administração. Portanto, esta atividade tem como objetivo interpretar os níveis de ruído identificados em uma refinaria de petróleo durante a jornada de trabalho da equipe de manutenção dos tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis. Um membro da equipe possui a atribuição de supervisionar cinco áreas distintas. No entanto, a sua maior permanência é exatamente no setor com maior NPS e acima do limite de tolerância. Diante desta informação, quais recomendações para proteger o funcionário e sua equipe? Dados da avaliação ambiental: Área Tempo de Exposição (min) NPS dB(A) Caldeiraria 80 90 Montagem 120 95 Desmontagem 100 87 Preventiva 100 72 Corretiva 140 93 Diante desta informação recomenda-se que a organização deve elaborar o Programa de Conservação Auditiva considerando que os ambientes onde o supervisor tem maior permanência apresenta ruído ocupacional superior a 80 dB(A), ou seja, conhecido como nível de ação. A elaboração e implementação do PCA possibilitará a exposição do trabalhador em ambientes laborais ruidosos e garantindo a permanência da capacidade auditiva contra os efeitos danosos da exposição em ambientes sem gestão e sem ações eficazes. O fluxograma abaixo demonstra as etapas de construção e implementação do PCA em qualquer ambiente laboral. Fonte: Bento, 2018. Com a elaboração do PCA objetiva-se: • Mapear e monitorar os ambientes laborais ruidosos. • Permitir a exposição controlada nos ambientes mapeados. • Apresentar as modificações e/ou implantações realizadas, a fim de proteger coletivamente e garantir uma exposição saudável (tratamento nos meios/fontes de transmissão). • Promover a avaliação audiométrica com o intuito de confirmar a eficácia do programa de conservação auditiva no estabelecimento. Elaborado o PCA, o SESMT supervisionará os ambientes laborais quando houver qualquer alteração do ambiente físico, ou na substituição ou posicionamento das fontes geradoras de ruído ou na alteração do procedimento de trabalho. O SESMT deve: • Inserir no PGR, o cronograma de ações preventivas definidas no PCA; • Manter um banco de dados sobre as análises de ruído identificadas por área; • Definir e implantar as medidas de proteção coletiva para reduzir o ruído: na fonte, na trajetória e nos meios de transmissão; • Treinar e conscientizar os trabalhadores em relação aos riscos de exposição ao ruído; • Divulgar os resultados das avaliações ambientais realizadas. Além disso, deve manter o controle médico e saúde ocupacional atualizados, a fim de confrontar com as ações em área e confirmar ou não a eficácia do PCA. Os setores de produção, projetos e suprimentos devem cumprir as exigências do PCA, conforme relação abaixo: • Cumprir e fazer cumprir o estabelecido no PCA; • Divulgar em conjunto com o SESMT o PCA. • Garantir a realização de treinamentos nas áreas e/ou frentes de trabalho. • Garantir a realização de avaliações quantitativas de ruído e exames audiométricos. • Informar ao SESMT toda e qualquer alteração ocorrida no ambiente de trabalho que impliquem na exposição ao ruído. • Levantar os recursos necessários para a correção dos ambientes de trabalho a fim de minimizar a exposição agressiva ao ruído. • Elaborar projetos de proteção coletiva em conjunto com o SESMT para garantir o conforto acústico dos trabalhadores. • Implantar os projetos de proteção coletiva visando reduzir o ruído ambiental (conforme projeto). • Solicitar a troca, compra ou aquisição de equipamentos e projetos que tenham nível máximo de 80 dB (A), sempre que possível. • Atender o previsto no cronograma de manutenção a fim de garantir a diminuição da propagação do ruído por desgaste dos materiais nos equipamentos utilizados no ambiente de trabalho. • Adquirir os equipamentos de proteção auditiva indicados pelo SESMT, em atendimento às especificações técnicas vigentes. • Elaborar CAT quando houver solicitação do responsável pelo PCA. • Emitir PPP em conformidade com o nexo causal apresentado pela Medicina do Trabalho. Atentar para as principais ações para a implantação de medidas coletivas de redução e controle do ruído: • Modificação ou substituição de máquinas e equipamentos: consiste em identificar as máquinas ou fontes geradoras de ruído e providenciar a sua substituição por novas tecnologias. • Redução dos efeitos e forças de impacto: consiste em analisar os processos de produção e modificar os materiais utilizados durante a ocorrência de colisões (moinhos de cimento) ou aumentar a distância entre os produtos envolvidos no processo onde há contato e geração de ruído, por exemplo, aumento do tempo de enchimento e liberação entre garrafas. • Manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos: essa etapa requer o uso de materiais absorventes de vibração e treinamento da equipe de manutenção para realizar a troca ou substituição de peças de forma adequada. • Isolamento das superfícies que vibram: consiste em instalar dispositivo entre a área vibrante e a superfície de contato. • Reposicionamento de máquinas nos ambientes. • Barreiras, silenciadores e enclausuramentos parciais e completos. • Revezamento dos funcionários ou redução da jornada. • Evitar uso simultâneo de várias fontes de ruído no mesmo ambiente. • Uso de materiais absorventes para reduzir a propagação acústica sempre que possível. Outrossim, quando comprovada a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando essas não forem suficientes ou se encontrarem em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia, segundo a NR 09, item 9.3.5.4: • Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, conforme mencionado anteriormente. • Utilização de equipamento de proteção individual (EPI) e nesse caso, deve-se atender os seguintes critérios para a seleção dos protetores auditivos a seguir: I. Nível de ruído do setor (conforme mapa de ruído). II. Nível de atenuação efetiva. III. Modelo adequado à função. IV. Conforto do funcionário. V. Aceitação do uso pelo funcionário.
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