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1 aula - Introdução a gerontologia e geriatria

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F981 Fundamentos de geriatria clínica [recurso eletrônico] / Robert 
L. Kane, Joseph G. Ouslander, Itamar B. Abrass, Barbara
Resnick ; [tradução : André Garcia Islabão, Renate Muller ;
revisão técnica : Eduardo Garcia]. – 7. ed – Porto Alegre :
AMGH, 2015.
Editado como livro impresso em 2015.
ISBN 978-85-8055-443-4
1. Geriatria. I. Kane, Robert L. II. Ouslander, Joseph G.
III. Abrass, Itamar B. IV. Resnick, Barbara.
CDU 616-053.9 
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
Tradução: 
André Garcia Islabão
Renate Muller
Revisão técnica desta edição:
Eduardo Garcia 
Médico geriatra e pneumologista. Professor adjunto da Fundação Universidade 
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Especialista em Geriatria pela 
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Doutor em Clínica Médica: 
Pneumologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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CAPÍTULO 1
Implicações clínicas do 
processo de envelhecimento
A geriatria se encontra na intersecção de três forças:
1. Gerontologia (básica e aplicada).
2. Manejo de doenças crônicas, especialmente multimorbidades.
3. Cuidados de fim de vida.
Os princípios da gerontologia podem ajudar a explicar certas particularidades do 
cuidado geriátrico. Por exemplo, a apresentação da doença costuma ser diferente em 
indivíduos idosos, pois a resposta ao estresse é diferente. Uma das características prin-
cipais do envelhecimento é a diminuição da capacidade de responder ao estresse. A 
resposta do corpo ao estresse é o que frequentemente gera os sintomas de uma doença. 
Idosos não respondem de forma tão ativa. Assim, podem não apresentar picos febris 
ou leucocitose em casos de infecção, bem como a doença cardíaca pode ser silenciosa.
O manejo de doenças crônicas é, por si só, complexo. É muito mais complicado 
quando um paciente idoso sofre de muitas doenças simultâneas. As diretrizes de cui-
dados básicos podem não funcionar. Na verdade, elas podem ser uma ameaça (Boyd 
et al., 2005).
Grande parte da ênfase no planejamento de cuidados é direcionada para o controle 
da doença, mantendo a função e melhorando a qualidade de vida. A morte faz parte 
do envelhecimento. A geriatria deve lidar com essa realidade e ajudar pacientes e 
familiares a enfrentar o final da vida, ajudando-os a tomar decisões informadas que 
reflitam seus objetivos e prioridades. Mas a geriatria não deve se concentrar exclu-
sivamente nos cuidados de fim de vida. Um compromisso tem sido a evolução dos 
cuidados paliativos (discutidos no Capítulo 18). A essa tríade, alguns autores também 
acrescentariam as ações preventivas adequadas (ver Capítulo 5).
O cuidado de pacientes idosos difere daquele de pacientes jovens por várias razões. 
Apesar de haver debate continuado sobre as causas dessas diferenças, é provável que 
essas sejam uma combinação de alterações biológicas que ocorrem durante o enve-
lhecimento, doenças associadas, atitudes e crenças de pessoas idosas e seus cuidadores. 
O envelhecimento é definido como a deterioração gradativa que ocorre na maioria dos 
seres vivos, incluindo fraqueza, maior suscetibilidade a doenças e a condições ambien-
tais adversas, perda de mobilidade e agilidade e mudanças fisiológicas relacionadas 
Larissa
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4 O paciente idoso e a avaliação geriátrica
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E I
à idade (Goldsmith, 2006). Embora, in vitro, esteja claro que o “relógio biológico” 
pode ser reajustado (revisado em Rando e Chang, 2012), visto que a transferência de 
núcleos de células somáticas nucleadas maduras para oócitos enucleados pode gerar 
animais maduros férteis.
É importante diferenciar entre expectativa de vida e duração da vida. A primeira 
se refere à proporção em que uma pessoa pode sobreviver em relação à idade máxima 
possível. A última sugere um limite biológico para a quantidade de anos que uma espé-
cie pode sobreviver. Em geral, a geriatria contribui muito para a melhora da qualidade 
de vida, mas novas descobertas genéticas podem também afetar a duração da vida. 
Outra distinção útil é feita entre idade cronológica e idade gerontológica. A última é 
calculada com base no risco de morte, a chamada força da mortalidade. Assim, duas 
pessoas com a mesma idade cronológica podem ter idades biológicas muito diferentes, 
conforme seu estado de saúde. Parte da propensão para a morte é maleável; outra parte 
é simplesmente previsível.
Talvez um dos desafios mais intrigantes na medicina seja desvendar o processo de 
envelhecimento. Sob uma perspectiva médica, continua-se questionando se o enve-
lhecimento é uma característica de um projeto de um organismo que evoluiu com o 
tempo e é benéfico para a sobrevivência da espécie, ou se ele é uma doença ou defeito 
que não traz nenhum benefício de sobrevida. Ainda mais importante para o manejo 
médico do envelhecimento é a questão sobre se há fatores clinicamente tratáveis que 
sejam comuns às várias manifestações observadas no envelhecimento. Poderiam os 
tratamentos para o envelhecimento retardar os sinais e sintomas como alterações sen-
soriais, problemas musculoesqueléticos ou mudanças cutâneas?
Contudo, a diferenciação entre o envelhecimento normal e as mudanças patológicas 
é fundamental para o cuidado de idosos. Deve-se evitar a consideração de doenças 
tratáveis como alterações normais do envelhecimento, e também se deve evitar o tra-
tamento dos processos de envelhecimento natural como doenças. Este último é parti-
cularmente perigoso, pois idosos são mais vulneráveis a efeitos iatrogênicos.
Há uma apreciação crescente de que as pessoas não envelhecem da mesma forma 
ou com a mesma velocidade. As diferenças entre idosos de hoje e aqueles da geração 
anterior podem refletir uma alteração bimodal em que há mais pessoas incapacitadas 
e também mais idosos saudáveis. É contínuo o aprendizado sobre o envelhecimento 
adequado e saudável com histórias sobre o número crescente de centenários. Há o 
consenso geral de que a moderação em todas as áreas (p. ex., ingestão de alimen-
tos, de álcool), a atividade física regular e a participação em atividades sociais são 
fundamentais para o envelhecimento bem-sucedido. Um recente estudo atuarial 
(Gavrilova e Gavrilov, 2005) também sugeriu que fatores ambientais podem ser 
relevantes. Fatores sociais também podem ser importantes (Banks et al., 2006). O 
desafio está em reconhecer e apreciar as mudanças no envelhecimento e utilizar 
recursos para evitar ou diminuir as alterações adicionais, superando os desafios do 
envelhecimento.
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Nota
Iatrogenia é uma doença com efeitos e complicações causadas como resultado de um tratamento médico
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5Implicações clínicas do processo de envelhecimento
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MUDANÇAS ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO “NORMAL”
Médicos costumam enfrentar dificuldades para atribuir certos achados ao envelheci-
mento normal ou ao resultado de mudanças patológicas. Essa diferenciação também é 
difícil para os pesquisadores. Atualmente, não há definição precisa sobre o que cons-
titui o envelhecimento normal. Grande parte das informações vem de estudos trans-
versais que comparam características de um grupo formado por pessoas mais jovens 
com aquelas que constituem um grupo mais velho. Tais dados podem refletir dife-
renças além de simples efeitos da idade, como aquelas associadas com o estilo de vida 
(atividade física, ingestão de álcool, tabagismo e dieta) ou o manejo medicamentoso 
profilático. Por exemplo, os idosos do século XXI podem apresentar menor evidência 
de osteoporose em função da ingestão profilática continuada de dietas ricas em cálcio 
e vitamina D, atividade física regular e intervenções precoces com bisfosfonatos e 
potenciais tratamentos futuros para a osteoporose. As estatinas podem afetar de forma 
drástica o curso da doença cardiovascular.
Muitas das mudançasassociadas com o envelhecimento resultam da perda gradual 
de mecanismos homeostáticos, fenômeno que Jack Rowe denominou “homeoste-
nose”. Essas perdas podem iniciar geralmente no início da vida adulta, mas – graças à 
redundância de muitos sistemas orgânicos – a redução não é funcionalmente signifi-
cativa até que a perda seja extensa.
O conceito de envelhecimento, ou pelo menos do que constitui a idade avançada, 
mudou à medida que aumentou a expectativa de vida, apesar de não ter havido 
mudança biológica. Com base em comparações transversais de grupos em diferentes 
idades, a maioria dos sistemas orgânicos parece perder função a uma taxa de 1% ao 
ano, iniciando-se em torno dos 30 anos. Outros dados sugerem que as alterações em 
pessoas acompanhadas longitudinalmente são muito menos dramáticas, e certamente 
se iniciam após os 70 anos de idade. Em alguns sistemas orgânicos, como os rins, 
um subgrupo de pessoas parece experimentar declínio gradual da função ao longo do 
tempo, enquanto a função de outros permanece constante. Esses dados sugerem que a 
teoria anterior de perda gradual deve ser reavaliada como reflexo de doença, em vez de 
envelhecimento. Considerando-se o padrão de deterioração gradual – em decorrência 
de envelhecimento ou de doença –, é recomendado pensar em termos de limiares.
A perda de função não é significativa até que essa ultrapasse determinado nível. 
Assim, o desempenho funcional de um órgão em uma pessoa idosa depende de dois 
fatores principais:
1. A velocidade da deterioração.
2. O nível de desempenho necessário.
Não chega a surpreender que a maioria das pessoas idosas apresente valores labora-
toriais normais. A diferença fundamental – na verdade, a marca registrada do envelhe-
cimento – não está no nível de desempenho em repouso, mas em como o órgão (ou 
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Nota
As estatinas são os principais remédios prescritos para baixar o colesterol
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Nota
mecanismos homeostáticos
Os mecanismos que controlam temperatura corporal, pH, volume dos líquidos corporais, pressão arterial, batimentos cardíacos e concentração de elementos no sangue são as principais ferramentas utilizadas para manter o equilíbrio fisiológico.
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Nota
Accepted definida por Larissa
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Larissa
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6 O paciente idoso e a avaliação geriátrica
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organismo) se adapta ao estresse externo. Por exemplo, um idoso pode ter glicemia 
de jejum normal, mas não ser capaz de lidar com uma carga de glicose dentro dos 
parâmetros normais de pessoas jovens.
A falha em responder ao estresse explica a apresentação atípica de muitas doenças em 
idosos. Muitos dos sinais e sintomas de doença são, na verdade, a resposta do corpo às 
agressões. Uma resposta diminuída significará não ter leucocitose em caso de infecção 
ou não apresentar dor no infarto. Por exemplo, embora não seja atualmente recomen-
dada para rastreamento de pessoas assintomáticas, a ressonância magnética cardíaca 
revela infarto do miocárdio não reconhecido anteriormente em idosos assintomáticos, 
os quais estão associados com mortalidade aumentada (Schelbert et al., 2012).
O mesmo padrão de resposta diminuída ao estresse pode ser observado no desem-
penho de outros sistemas endócrinos ou cardiovasculares. Uma pessoa idosa pode ter 
frequência cardíaca ou débito cardíaco normais em repouso, mas não ser capaz de 
aumentá-los de forma adequada com o esforço.
Algumas vezes, as alterações do envelhecimento trabalham juntas para produzir 
valores de repouso aparentemente normais. Por exemplo, embora a taxa de filtração 
glomerular e o fluxo sanguíneo renal diminuam conforme a idade, muitos idosos têm 
creatinina sérica normal em função de reduções concomitantes na massa muscular 
magra e na produção de creatinina. Assim, a creatinina sérica não é um indicador efi-
ciente para a função renal como nas pessoas mais jovens. O conhecimento da função 
renal é muito importante para a terapia farmacológica. Dessa forma, é importante 
que se tenha uma medida acurada da função renal. Foi desenvolvida uma fórmula útil 
para se estimar a depuração de creatinina com base na creatinina sérica (Cockcroft 
e Gault, 1976). (Essa fórmula é fornecida no Capítulo 14.) A Tabela 1.1 (Schmidt, 
1999) resume algumas mudanças pertinentes que ocorrem no envelhecimento. Para 
muitos itens, as alterações se iniciam na vida adulta e são graduais; outras podem não 
se manifestar até a idade avançada.
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
É útil familiarizar-se com as várias teorias do envelhecimento, pois elas ajudam a guiar 
a filosofia dos cuidados oferecidos. Ao se acreditar que não há maneira de intervir 
no processo de envelhecimento, é provável que se ajude o paciente idoso a aceitar e 
se ajustar a essas mudanças, concentrando-se no manejo de doenças. Por outro lado, 
ao se acreditar na medicina antienvelhecimento e nos tratamentos e protocolos que 
reduzem ou eliminam muitas das manifestações do envelhecimento (p. ex., estatinas e 
ácido acetilsalicílico), é provável que se abordem de forma diferente esses indivíduos.
É uma noção atualmente aceita que o envelhecimento é um processo multifatorial. 
A longevidade extensa está frequentemente associada a aumento da capacidade meta-
bólica e da resposta ao estresse. A importância da genética na regulação do envelheci-
mento biológico é demonstrada pela longevidade característica de cada espécie animal. 
Porém, a porção herdada da duração da vida é ≤ 35% de sua variação, enquanto 
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Nota
As estatinas são os principais remédios prescritos para baixar o colesterol. 

O ácido acetilsalicílico, também conhecido como AAS, é um remédio anti-inflamatório não esteroide, que serve para tratar a inflamação, aliviar a dor e baixar a febre em adultos ou crianças
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7Implicações clínicas do processo de envelhecimento
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TABELA 1.1 Alterações pertinentes que ocorrem no envelhecimento
Sistema Mudanças comuns com a idade Implicações das mudanças
Cardiovascular
Neurológico
Respiratório
Tegumentar
• Atrofia de fibras musculares
endocárdicas
• Aterosclerose vascular
• Aumento de pressão sistólica
• Diminuição da complacência do
ventrículo esquerdo
• Diminuição do número de
células marca-passo
• Diminuição da sensibilidade dos
barorreceptores
• Número reduzido de neurônios e
aumento no tamanho e número
de células neurogliais
• Diminuição em nervos e fibras
nervosas
• Atrofia cerebral e aumento do
espaço morto craniano
• Espessamento de
leptomeninges na medula
espinal
• Elasticidade pulmonar diminuída
• Atrofia ciliar
• Diminuição de força dos mús culos
respiratórios
• Diminuição da pressão parcial
de oxigênio arterial (PaO2)
• Perda de espessura de derme e
epiderme
• Achatamento de papilas
• Atrofia de glândulas sudoríparas
• Vascularidade diminuída
• Ligações cruzadas de colágeno
• Regressão da elastina
• Perda de gordura subcutânea
• Diminuição de melanócitos
• Redução na proliferação de
fibroblastos
• Pressão arterial aumentada
• Aumento da ênfase da contração
atrial com B4 audível
• Aumento de arritmias
• Risco aumentado de hipotensão postural
• Manobra de Valsalva pode causar
queda na pressão arterial
• Diminuição da tolerância a esforços
• Risco aumentado de problemas
neurológicos: acidente cerebrovascular
• Parkinsonismo
• Condução mais lenta de fibras por
meio de sinapses
• Declínio modesto na memória de
curto prazo
• Alterações no padrão da marcha: base 
ampla, passos curtos e flexão para a frente
• Risco aumentado de hemorragia antes
de sintomas aparentes
• Eficiência diminuída nas trocas
ventilatórias
• Suscetibilidade aumentada a infecções
e atelectasias
• Risco aumentado de aspiração
• Resposta ventilatória diminuída a
hipoxemia e hipercapnia
• Sensibilidade aumentada a narcóticos
• Afilamento da pele e suscetibilidade
aumentada a lacerações
• Ressecamento e prurido
• Diminuição da sudorese e da capacidade
de regulara temperatura corporal
• Aumento do enrugamento e frouxidão
da pele
• Perda de coxins gordurosos protegendo
ossos e resultando em dor
• Necessidade aumentada de proteção
contra o sol
• Tempo aumentado para a cicatrização
de feridas
(continua)
8 O paciente idoso e a avaliação geriátrica
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TABELA 1.1 Alterações pertinentes que ocorrem no envelhecimento (continuação)
Sistema Mudanças comuns com a idade Implicações das mudanças
Reprodutivo
Musculoesque-
lético
Gastrintestinal
Urinário
• Atrofia e fibrose de paredes
cervicais e uterinas
• Redução da elasticidade e
lubrificação vaginais
• Diminuição de hormônios e
redução de oócitos
• Redução de túbulos seminíferos
• Proliferação de tecido estromal
e glandular
• Involução de glândulas mamárias
• Redução da massa muscular
• Redução na atividade da
miosina adenosina trifosfato
• Diminuição do tamanho do
fígado
• Estabilização e absorção menos
eficientes do colesterol
• Fibrose e atrofia de glândulas
salivares
• Tônus muscular diminuído no
intestino
• Atrofia e redução no número
de papilas gustativas
• Redução do esvaziamento
esofágico
• Redução na secreção de ácido
hidroclorídrico
• Redução na secreção de ácido
gástrico
• Atrofia mucosa
• Absorção reduzida de cálcio
• Redução da massa renal
• Perda de glomérulos
• Redução do número de néfrons
funcionais
• Mudanças nas paredes de
pequenos vasos
• Redução no tônus da
musculatura vesical
• Ressecamento e queimação vaginal
com dor nas relações sexuais
• Redução no volume de líquido
seminal e na força de ejaculação
• Redução na elevação dos testículos
• Hipertrofia prostática
• O tecido conectivo mamário é
substituído por tecido adiposo,
tornando mais fácil o exame das
mamas
• Redução da força muscular
• Redução na densidade óssea
• Perda de altura
• Mudança na ingesta causada por
diminuição de apetite
• Desconforto pós-alimentar devido à
passagem mais lenta do alimento
• Absorção reduzida de cálcio e ferro
• Alteração na efetividade de
medicamentos
• Risco aumentado de constipação,
espasmo esofágico e doença
diverticular
• TFG reduzida
• Diminuição da capacidade de
conservar sódio
• Redução na depuração de creatinina
• Aumento de ureia
• Redução do fluxo sanguíneo renal
• Alteração na depuração de fármacos
• Redução da capacidade de diluir a urina
• Redução na capacidade vesical e
aumento de volume residual
• Urgência aumentada
(continua)
9Implicações clínicas do processo de envelhecimento
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TABELA 1.1 Alterações pertinentes que ocorrem no envelhecimento (continuação)
Sistema Mudanças comuns com a idade Implicações das mudanças
Sensorial: visão
Sensorial: 
audição
• Deterioração e ressecamento da 
cartilagem articular
• Redução da massa óssea e da 
atividade osteoblástica
• Diminuição na função de cones 
e bastonetes
• Acúmulo de pigmentos
• Redução na velocidade de 
movimentos oculares
• Pressão intraocular aumentada
• Atrofia de músculos ciliares
• Aumento de tamanho e coloração 
amarelada do cristalino
• Redução da secreção lacrimal
• Perda de neurônios auditivos
• Perda auditiva de frequências 
altas para baixas
• Aumento do cerume
• Angiosclerose da orelha
• Dor e rigidez articular
• Risco aumentado de fraturas
• Alterações na marcha e na postura
• Diminuição da acuidade visual, campos 
visuais e adaptação claro/escuro
• Sensibilidade aumentada ao brilho
• Incidência aumentada de glaucoma
• Distorção da percepção de profundidade 
com aumento de quedas
• Redução na capacidade de diferenciar 
azuis, verdes e violetas
• Aumento de ressecamento e irritação 
oculares
• Diminuição da acuidade auditiva e 
isolamento (especificamente, redução 
na capacidade de ouvir consoantes)
• Dificuldades auditivas, especialmente 
com ruído de fundo ou fala rápida
• Impactação de cerume pode causar 
perda auditiva
Sensorial: 
olfato, paladar 
e tato
• Redução do número de fibras 
nervosas olfativas
• Alteração na capacidade de 
sentir alimentos doces e 
salgados; permanece normal 
para amargo e ácido
• Sensibilidade diminuída
• Incapacidade de sentir odores 
desagradáveis
• Redução da ingestão de alimentos
• Risco à segurança em relação a perigos 
ambientais: água quente, alarmes de 
incêndio ou pequenos objetos que 
resultam em tropeços
Endócrino • Redução de testosterona, 
GH, insulina, andrógenos 
suprarrenais, aldosterona e 
hormônio tireóideo
• Redução na termorregulação
• Redução na resposta febril
• Aumento de nodularidade e 
fibrose da tireoide
• Redução da taxa metabólica 
basal
• Capacidade reduzida de tolerar 
estressores como cirurgias
• Redução de sudorese e tremores para 
regulação de temperatura
• Temperatura basal mais baixa; 
infecções podem não causar elevação 
da temperatura
• Resposta diminuída à insulina, 
intolerância à glicose
• Sensibilidade reduzida dos túbulos 
renais ao hormônio antidiurético
• Ganho ponderal
• Incidência aumentada de doença tireóidea
TFG, taxa de filtração glomerular; GH, hormônio do crescimento.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra. 
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Texto digitado
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