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Marcela Barbosa Hércules CHOQUE Má perfusão tecidual Liberação deficiente de O2 para a mitocôndria Aumento do metabolismo anaeróbico Aumento de ácido lático Morte celular – insuficiência do órgão O choque pode ser divido em três fases. PRIMEIRA FASE Ocorre quando os prejuízos são reversíveis e os mecanismos compensatórios estão intactos. Nessa fase o tratamento é a reposição volêmica, iniciando- se com 1000mL de cristaloide e reavaliando-se continuamente. SEGUNDA FASE Há o desarranjo microvascular e a disfunção de um ou mais órgãos. TERCEIRA FASE As alterações são graves e irreversíveis, com lesões teciduais estabelecidas e alterações de repolarização cardíaca e das membranas em geral. A insuficiência respiratória decorrente do choque é um evento tardio e só deve ocorrer na terceira fase. MECANISMOS Depleção do volume vascular (hipovolêmico) Compressão do coração e grandes vasos (restritivo) Falha da bomba (cardiogênico) Perda do controle autonômico (neurogênico) Resposta inflamatória sistêmica grave por infecção (séptico) HIPOVOLÊMICO Perda de plasma Desidratação Trauma Hemorragia CARDIOGÊNICO Falência da bomba cardíaca Defeitos mecânicos DISTRIBUTIVO Anafilático Neurogênico Insuficiência de suprarrenal Séptico OBSTRUTIVO Aumento da pressão intratorácica Aumento da pressão intrapericárdica Embolia pulmonar FISIOPATOLOGIA Desequilíbrio orgânico grave = pressão sanguínea e débito cardíaco serão insuficientes para manter a pressão periférica. Desequilíbrio não grave = mecanismos de compensação para manter a perfusão tecidual. Até 20% da volemia = compensação. Choque compensado – perfusões cerebral e miocárdica preservadas, órgãos menos críticos hipoperfundidos. Tentativa de manter o débito cardíaco Vasoconstrição periférica Taquicardia Sangramento persistente: diminuição da pressão de pulso, hipotensão, morte celular. Pressão de pulso é a diferença entre PAS e PAD, a qual deve ser sempre mais do que 30 mmHg. A PAD normalmente, se eleva com a vasocontrição periférica, resultado do choque. CHOQUES NÃO HEMORRÁGICOS Cardiogênicos – perda da bomba, diminuição do volume sistólico, IAM, ICC. Obstrutivo e condições que simulam choque – tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo, reflexo vagal. Marcela Barbosa Hércules Neurogênico – lesão medular (perda do tônus simpático), perda da resistência vascular periférica, hipotensão sem taquicardia. Necessário uso de drogas vasoativas, noradrenalina. Séptico – raro no politrauma. MARCADORES CLÍNICOS HIPOTENSÃO Pouco sensível, porem especifica de choque. PAS menor do que 90 mmHg = choque Hipotensão postural – queda de 10 mmHg por período superior a 30 segundos ao adquirir posição supina. PRESSÃO DIFERENCIAL – PRESSÃO DE PULSO Diferença entre PAS e PAD menor do que 20/30 mmHg – choque TAQUICARDIA/BRADICARDIA E TAQUIPNEIA Taquicardia – manifestação evidente (atletas, marca-passo, medicamentos). Taquipneia – compensar a acidose. HIPOPERFUSÃO CUTÂNEA Descarga adrenérgica e vasocontrição ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Fluxo cerebral inadequado – distúrbios do sensório (sensível, porém não especifico) Politraumatizados – álcool, drogas podem confundir. OLIGÚRIA Mais sensível e especifico dos sinais de choque 1mL/kg/h ISQUEMIA Choque – sinais ECG de isquemia – problemas primários ou secundários. ACIDOSE METABÓLICA Aumento da frequência respiratória e redução do excesso de base DIAGNÓSTICO – CHOQUE HIPOVOLÊMICO Taquicardia e vasocontrição Pele fria e diaforética Redução do débito urinário Taquipneia Alteração dos níveis de consciência Frequência cardíaca CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE AVALIAÇÃO INICIAL Politrauma – ADBCE 2 acessos venosos periféricos Sonda gástrica – reflexo vagal Sonda vesical – monitorização da diurese TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO Marcela Barbosa Hércules Reposição volêmica de cristaloides aquecido – RL 39° 1L Realizar 2 acessos venosos calibrosos periféricos com jelco 18 Colher amostra sanguínea para tipagem sanguínea e exames laboratoriais Monitorização Rever o sangramento Monitorar a diurese – 0,5 ml/kg/h em adultos e 1 ml/kg/h em criança SANGRAMENTO EXTERNO TORNIQUETE X COMPRESSÃO Torniquete é compressão – deixar para ocasiões especiais e exceções. Pode ser usado em amputações traumáticas Pode ter condições especiais até 1 hora HIPOTENSÃO PERMISSIVA Reposição continua não substitui o controle da hemorragia Reposição maciça antes do controle da hemorragia pode reverter a vasocontrição, desalojar trombos e acaba aumentando o sangramento. Retardo da reposição agressiva até controle da hemorragia Manter PAS até 90 mmHg Contraindicada em TCE, devido pressão de perfusão RESPOSTA À REPOSIÇÃO VOLÊMICA REPOSIÇÃO DE SANGUE E DERIVADOS Concentrado de hemácias – indicado em perda estimada acima de 30% Classe III – sangue tipo especifico com prova cruzada Classe IV – sangue O Rh negativo e hemoderivados. (1 CH; 1 P; 1 CP) Ácido tranexâmico – 1g nas primeiras 3 horas + 1g nas próximas 8 horas de manutenção. MONITORIZAÇÃO DA PVC
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