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SISTEMA DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA- UFSM
CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN
BRUNA ZANCHETA
KAMYLLE MELISSA HELLER
ESTADO FEDERAL E SISTEMA DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
FREDERICO WESTPHALEN- RS
2021
BRUNA ZANCHETA
KAMYLLE MELISSA HELLER
ESTADO FEDERAL E SISTEMA DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Trabalho apresentado no curso de Engenharia
Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Santa
Maria campus Frederico Westphalen.
Orientador: Dr. Alexandre Rodrigues
FREDERICO WESTPHALEN- RS
2021
Estado Federal e Sistema de Repartição de Competências
Proveniente da descentralização de um Estado unitário, o Brasil tem,
atualmente, como forma de Estado o federalismo, que consiste na distribuição
interna em entes autônomos, mas não independentes, sendo regidos pela
constituição pátria. Entre a União, os Estados e Municípios existem separação de
competências, tanto administrativas quanto legislativas.
O federalismo foi introduzido no Brasil com a proclamação da República
(1889). No Federalismo, o poder político central é exercido e compartilhado por cada
um dos territórios. Assim, existem diferentes administrações que governam as
variadas regiões que formam o país, através de um poder que é distribuído entre os
territórios e que, juntos, formam o Estado Federal.
A Federação tem como característica marcante ser um grande sistema de
repartição de competência, ou seja, A repartição de competências entre a União e
os Estados-membros constitui o fulcro do Estado Federal, sendo assim, a maneira
como a Federação se organiza implica diretamente na distribuição das
competências entre seus Entes.
A maneira mais simples de definição do Estado Federal é caracterizá-lo
como uma forma de organização e de distribuição do poder estatal em que a
existência de um governo central não impede que sejam divididas responsabilidades
e competências entre ele e os Estados-membros.
A Constituição de 1988,consolidou a transição do regime autoritário para o
regime democrático, sendo chamada pelo deputado Ulysses Guimarães de “cidadã”.
A constituição amplia as competências dos Estados-membros e estabelece um
papel de destaque para os Municípios, além de conceder autonomia ao Distrito
Federal semelhante àquela adotada para as demais Unidades da Federação. Os
entes federados têm, como princípios básicos, o princípio da autonomia e o princípio
do equilíbrio entre as pessoas políticas de Direito Público Interno. O art.18 da
Constituição Federal prega que “A organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”.
A Constituição de 88 traz liberdade para criação normativa, porém, desde
que se enquadrem nas matérias elencadas do próprio texto constitucional e é claro,
não vão contra a própria Carta Magna, respeitando a hierarquia legal. A autonomia
entre tais entes é baseada na não invasão entre as competências, evitando assim
que interesses locais possam ser justificativos para legislar assuntos de interesse
geral.
A Constituição brasileira determina quais as competências de cada uma das
partes que compõem a Federação. Em síntese, ela diz que compete à União
(Governo Federal), entre outras atividades, atuar na área da política externa e das
relações internacionais; propor e executar a política de segurança e de defesa
nacional; conduzir a economia e as finanças do País, inclusive emitir moeda;
organizar, regular e prestar serviços na área de comunicação; explorar os serviços e
instalações nucleares.
Em suma, as competências estaduais são as que ficaram de fora da área de
atuação do Governo Federal e que não tenham sido expressamente proibidas pela
Constituição. Em relação ao Município, a Constituição inova, identificando-o como
um dos entes integrantes da Federação. Entre outras atribuições, os Municípios
podem legislar sobre assuntos de interesse local, além de complementar, quando
possível, a legislação federal e estadual. A Constituição define, ainda, que a
fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo municipal, isto é,
pelos Vereadores, além do controle interno do Poder Executivo municipal.
Já o Distrito Federal não se divide em municípios. A Constituição de 1988
concedeu-lhe ampla autonomia, colocando-o em pé de igualdade com os demais
integrantes da Federação, tendo as mesmas competências reservadas aos Estados
e Municípios, exceto quanto à organização e à manutenção do Poder Judiciário, do
Ministério Público, da Defensoria Pública, das polícias civil e militar e do corpo de
bombeiros, que se situam na esfera de competência da União. Assim, o Governador
do Distrito Federal acumula atribuições reservadas aos Prefeitos e aos
Governadores dos Estados, e os Deputados Distritais exercem competências tanto
de Vereador quanto de Deputado Estadual. O Distrito Federal é, portanto, do ponto
de vista de suas atribuições, ao mesmo tempo, Estado e Município.
Tratando-se das competências legislativas, a Constituição brasileira limitou
bastante a atuação dos Estados e Municípios, hoje, há uma verdadeira dependência
normativa, onde a União detém certo monopólio ao tratar de assuntos de “interesse
geral”, que muitas das vezes, representam assuntos também de “interesse local ou
regional”.
Tem-se assim, devido ao contexto histórico e modelo adotado no Brasil para
a divisão em entes federados, que o Governo Central mantém, hoje, uma posição
de cômoda hegemonia na atividade legislativa em todos os níveis. É demonstrada a
superioridade da União e clara submissão dos demais entes federados, mesmo em
se tratando de normas de puro interesse local.
É adotada nas constituições ao redor do mundo uma técnica pela qual o
constituinte distribui, com base na natureza e no tipo histórico de federação, os
encargos de cada unidade federativa, preservando-lhes a autonomia política no
âmbito do Estado Federal. Aplica-se, então, o princípio da predominância do
interesse. O princípio da predominância do interesse objetiva nortear a repartição de
competências das entidades políticas, tomando como base a natureza do interesse
afeto a cada uma delas.
À União compete às matérias de interesse geral ou nacional (CF, ART. 21);
aos Estados-membros competem os temas de interesse regional (CF, art. 25, §1º);
aos Municípios competem os assuntos de interesse local (CF, art. 30, I); ao Distrito
Federal compete a temática de interesse regional e local (CF, art. 32, § 1º).
Porém, há casos em que este princípio não limita as competências entre os
entes federados. Isto ocorre porque há assuntos que tanto são pertinentes ao
interesse local, como do país inteiro, é o caso da transposição do rio São Francisco,
devastação da floresta Amazônica, seca do Nordeste, etc.
O sistema brasileiro de repartições de competências, como demonstrado no
presente estudo, não pode ser algo que se limita às academias e aos órgãos dos
Poderes, uma vez que é de suma importância na vida de qualquer cidadão. Isso
porque, ao entendermos o tema, falando como cidadãos que somos, podemos
buscar junto aos órgãos dirigentes melhorias, através de cobranças encaminhadas
corretamente, uma vez que, não raro, vemos petições sendo protocoladas e
indeferidas, pois fora feita em órgãos que não detêm a competência para o pedido
pleiteado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Henrique Ribeiro da Glória; XAVIER, Gabriela Costa. O princípio
da subsidiariedade e as distorções do modelo federativo fiscal adotado no Brasil. In:
Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, n. 120, jan 2014. Disponível em:. Acesso em dez
2021
BARBOSA, Antonio José.O federalismo brasileiro. Jovem senador, Senado
federal. Disponível em:
<https://www12.senado.leg.br/jovemsenador/home/arquivos/textos-consultoria/o-fed
eralismo-brasileiro> . Acesso em: 02 de dez 2021.

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