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Histologia – Joymilla Pinheiro TECIDO MUSCULAR Origem mesodérmica Células alongadas ou miócitos Função de contração Quantidade moderada de matriz extracelular TIPOS DE TECIDO Músculo estriado esquelético – presença de estrias organizadas Músculo estriado cardíaco – presente no coração Músculo liso – presente nos órgãos CARACTERISTICAS DOS TECIDOS Músculo esquelético Contração forte Rápida Descontinuada e voluntária Músculo cardíaco Contração forte Rápida Continua e involuntária Músculo liso Contração fraca Lenta Involuntária NOMES ESPECIAIS Sarcolema – membrana celular Sarcoplasma – citosol Sarcoplástico – reticulo endoplasmático liso Cariossarco – núcleo Sarcossomo – mitocôndria Sistema T – túbulos transversos que transmitem potencial de ação Miofibrilas – são filamentos de actina e miosina MECANISMO DE CONTRAÇÃO Nós temos três tipos de tecidos o cardíaco e liso que são involuntários que não conseguimos controlar a ação. O esquelético é o terceiro tecido e é voluntário. O no tecido esquelético contém feixes de fibras musculares, que são longas e cilíndricas, nelas contém vários músculos que se contraem ou relaxam quando recebe sinais do sistema nervoso. A junção neuromuscular é uma troca de sinais, que é onde o bulbo sináptico de um axônio neurônio se conecta a fibra muscular. A fibra muscular é composta por várias miofibrilas, nelas encontramos o sarcômeros. Nos sarcômeros Histologia – Joymilla Pinheiro encontramos filamentos de proteínas finas e grossas, o músculo ele contrai quando os filamentos deslizam um sobre o outro. Os filamentos grossos são compostos pela miosina, são encontrados no centro do sarcômero. Os filamentos finos são formados pela actina, são encontrados nas pontas do sarcômero. A miosina ela puxa os filamentos de actina fazendo com que os ‘filamentos deslizem’ causando a contração muscular. A contração se dá início quando um ATP ligado a miosina é hidrolisado a ADP e fosfato inorgânico, isso faz com que a miosina encoste na actina, formando uma ponte assim com fazendo a força com que o músculo se contrai. O cálcio é essencial para que a contração ocorra fazendo com que ela se controle, ele se liga aos filamentos finos de actina que são proteínas de troponina e tropomiosina. Quando o músculo está relaxado a tropomiosina bloqueia a ligação com a actina, quando os níveis de íon de cálcio aumentam e temos atepa no filamento, desta forma os íons e cálcio se ligam na troponina e deslocam a tropomiosina desta forma expondo os filamentos de actina assim permitindo que a miosina se liga à actina causando a contração muscular. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELETICO AS MIOFIBRILAS SÃO COMPOSTAS POR QUATRO PROTEINAS: MIOSINA, ACTINA, TROPOMIOSINA E TROPONINA. INERVAÇÃO ↪ Contração das fibras musculares esqueléticas é comandada por nervos motores que se ramificam no tecido conjuntivo do perimísio, em que cada nervo origina numerosos ramos. • No ramo final do nervo perde sua bainha de mielina e forma uma dilatação que se coloca dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular. - Placa motora ou junção mioneural. • Nesse local o axônio é recoberto por uma delgada camada de citoplasma das células de Schwann. O terminal axônico apresenta numerosas mitocôndrias e vesículas sinápticas com o neurotransmissor acetilcolina. ↪ Na junção, o sarcolema forma as dobras juncionais. O sarcoplasma abaixo dessas dobras contém núcleos da fibra muscular, numerosas mitocôndrias, ribossomos e grânulos de glicogênio. • Quando uma fibra do nervo motor recebe um impulso nervoso, o terminal axônico libera acetilcolina, que se difunde através da fenda sináptica e se prende aos receptores situados no sarcolema das dobras juncionais. Histologia – Joymilla Pinheiro ↪ A ligação com o neurotransmissor faz com que o sarcolema torne-se mais permeável ao sódio, o que resulta na despolarização do sarcolema. • O excesso de acetilcolina é hidrolisado pela colinesterase encontrada na fenda sináptica. A destruição da acetilcolina é necessária para evitar o contato prolongado do neurotransmissor com os receptores do sarcolema. A despolarização iniciada na placa motora propaga-se ao longo da membrana da fibra muscular e penetra a profundidade da fibra através do sistema de túbulos transversais. • Em cada tríade o sinal despolarizador passa para o retículo sarcoplasmático e resulta na liberação de Ca 2+, que inicia o ciclo de contração. Quando a despolarização termina, o Ca 2+ é transportado ativamente de volta para as cisternas do retículo sarcoplasmático, e a fibra muscular relaxa. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDIACO Células alongadas e ramificadas, prendem-se por junções intercelulares; Aproximadamente 15 mm de diâmetro por 85 a 100 μm de comprimento Um ou dois núcleos centrais Envolvidas em uma delicada bainha de tecido conjuntivo Células unidas por discos intercalares Zônulas de adesão: representam a principal especialização da membrana da parte transversal do disco, são encontradas também nas partes laterais e servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais. Desmossomos: unem as células musculares cardíacas, impossibilitando que elas se separem durante a atividade contrátil. Junções comunicantes: responsáveis pela continuidade iônica entre células musculares adjacentes. Do ponto de vista funcional, a passagem de íons permite que cadeias de células musculares se comportem como se fossem um sincício, pois o sinal para a contração passa como uma onda de uma célula para a outra. No músculo cardíaco o sistema T e o retículo sarcoplasmático não são tão bem organizados como no músculo esquelético. ↪ Na musculatura dos ventrículos os túbulos T são maiores do que no músculo esquelético. Os túbulos T cardíacos se localizam na altura da banda Z e não na junção das bandas A e I, como acontece no músculo esquelético – no cardíaco existe apenas uma expansão de túbulo T por sarcômero e não duas, como ocorre no músculo esquelético. O retículo sarcoplasmático não é tão desenvolvido e distribui-se irregularmente entre os miofilamentos. As tríades não são frequentes nas células cardíacas. Por isso, ao microscópio eletrônico, uma das características do músculo cardíaco são os achados de díades, constituídas por um túbulo T e uma cisterna do retículo sarcoplasmático. O músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias o que reflete o intenso metabolismo aeróbio desse tecido. O músculo cardíaco armazena ácidos graxos sob a forma de triglicerídios encontrados nas gotículas lipídicas do citoplasma de suas células. Existe pequena quantidade de glicogênio, que fornece glicose quando há necessidade. As células musculares cardíacas podem apresentar grânulos de lipofuscina - pigmento que aparece nas células que não se multiplicam e têm vida longa. As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores recobertos por membrana e localizados próximo aos núcleos celulares, na região do aparelho de Golgi. Esses grânulos são mais abundantes nas células musculares do átrio esquerdo ↪ São grânulos que contêm a molécula precursora do hormônio ou peptídio atrial natriurético (ANP, atrial natriuretic peptide). Este hormônio atua nos rins, aumentando a eliminação de sódio Histologia – Joymilla Pinheiro (natriurese) e água (diurese) pela urina. O hormônio natriurético tem ação oposta à da aldosterona, um hormônio antidiurético que atua nos rins promovendo a retenção de sódio e água. ↪ Enquanto a aldosterona aumenta a pressão arterial, o hormônio natriuréticotem efeito contrário, fazendo baixar a pressão arterial. No coração existe uma rede de células musculares cardíacas modificadas, acopladas às outras células musculares do órgão, que têm papel importante na geração e condução do estímulo cardíaco, de tal modo que as contrações dos átrios e ventrículos ocorrem em determinada sequência, tornando possível que o coração exerça com eficiência sua função de bombeamento do sangue. MÚSCULO LISO Formado pela associação de células longas, mais espessas no centro e afilando-se nas extremidades, com núcleo único e central O tamanho da célula muscular lisa pode variar de 20 μm na parede dos pequenos vasos sanguíneos até 500 μm no útero gravídico. ↪ As células musculares lisas são revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por uma rede muito delicada de fibras reticulares Essas fibras amarram as células musculares lisas umas às outras, e a contração simultânea de algumas ou de muitas células se transforma na contração do músculo inteiro. O sarcolema dessas células apresenta muitas depressões com o aspecto e as dimensões das vesículas de pinocitose , denominadas cavéolas. As cavéolas contêm íons Ca 2+ que serão utilizados no início do processo de contração. ↪ Duas células musculares lisas adjacentes formam junções comunicantes, que participam da transmissão do impulso de uma célula para a outra. ↪ A região justa nuclear do sarcoplasma apresenta algumas mitocôndrias, cisternas do RER, grânulos de glicogênio e o complexo de Golgi pouco desenvolvido. As células musculares lisas têm corpos densos, estruturas densas aos elétrons que aparecem escuras nas micrografias eletrônicas. Se localizam principalmente na membrana dessas células, porém existem também no citoplasma. Esses corpos têm importante papel na contração das células musculares lisas. MECANISMO MOLECULAR DE CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO É DIFERENTE: Existem no sarcoplasma das células musculares lisas filamentos de actina estabilizados pela combinação com tropomiosina, porém não existem sarcômeros nem troponina. Os filamentos de miosina só se formam no momento da contração - contêm miosina II, cujas moléculas se conservam enrodilhadas, exceto quando combinadas com um radical fosfato, quando se estiram em filamento. ↪ Nos outros tecidos musculares a miosina é do tipo I e existe permanentemente estirada, constituindo os filamentos grossos. Histologia – Joymilla Pinheiro A CONTRAÇÃO NAS CÉLULAS MUSCULARES LISAS: - Sob o estímulo do sistema nervoso autônomo, íons Ca 2+ migram do meio extracelular para o sarcoplasma (citosol) através de canais da membrana plasmática especializados para o transporte desses íons. - No músculo liso não existe retículo sarcoplasmático, que é um depósito de cálcio nos outros dois tipos de tecido muscular - Os íons Ca 2+ se combinam com as moléculas de calmodulina, uma proteína com afinidade para estes íons. O complexo calmodulina–Ca 2+ ativa a enzima quinase da cadeia leve da miosina II. - A enzima ativada fosforila as moléculas de miosina II. Uma vez fosforiladas, essas moléculas se distendem, tomando a forma filamentosa, deixam descobertos os sítios que têm atividade de ATPAse e se combinam com a actina. - Essa combinação libera energia do ATP, que promove a deformação da cabeça da molécula de miosina II e o deslizamento dos filamentos de actina e de miosina II uns sobre os outros. Estas proteínas motoras (actina e miosina II) estão ligadas a filamentos intermediários de desmina e de vimentina que, por sua vez, prendem-se aos corpos densos da membrana da célula. Isso provoca a contração da célula como um todo. ↪ Os corpos densos contêm α-actinina e são comparáveis às linhas Z dos músculos esquelético e cardíaco. ↪ A contração pode ser promovida pelo aumento sarcoplasmático de AMP-cíclico (cAMP), que ativa a quinase da cadeia leve da miosina II e a fosforilação dessa miosina. ↪ Alguns hormônios sexuais atuam dessa maneira sobre o músculo liso do útero. Os estrógenos, combinando-se com receptores específicos, aumentam o teor de cAMP nas células musculares lisas do útero, estimulando a contração, enquanto a progesterona tem efeito oposto: ativa receptores que diminuem o teor de cAMP e relaxa o músculo liso do útero. A célula muscular lisa, pode também sintetizar colágeno do tipo III (fibras reticulares), fibras elásticas e proteoglicanos. Quando estão em intensa atividade sintética estas células apresentam o RER desenvolvido. O músculo liso recebe fibras do sistema nervoso simpático e do parassimpático, porém não exibe as junções neuromusculares elaboradas (placas motoras) que ocorrem apenas no músculo esquelético. Frequentemente os axônios formam dilatações entre as células musculares lisas. Essas dilatações contêm vesículas sinápticas com os neurotransmissores acetilcolina (terminações colinérgicas) ou norepinefrina (terminações adrenérgicas). Algumas dessas dilatações axônicas estão muito próximas da célula muscular, porém há dilatações localizadas a uma distância de 100 nm ou mais. As terminações nervosas adrenérgicas e colinérgicas atuam de modo antagônico, estimulando ou deprimindo a atividade contrátil do músculo. ↪ O grau de controle do sistema nervoso autônomo sobre os músculos lisos é muito variável. CAPACIDADE REGENERATIVA • No adulto, os três tipos de tecido muscular exibem diferenças na capacidade regenerativa após uma lesão que produza destruição parcial do músculo. ↪ O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração, como nos infartos, as partes destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. Histologia – Joymilla Pinheiro ↪ No músculo esquelético embora os núcleos das fibras musculares esqueléticas não se dividam, o músculo tem uma pequena capacidade de reconstituição. • Admite-se que as células satélites sejam responsáveis pela regeneração do músculo esquelético. • Essas células são mononucleadas, fusiformes, dispostas paralelamente às fibras musculares dentro da lâmina basal que envolve as fibras e só podem ser identificadas ao microscópio eletrônico. São consideradas mioblastos inativos. • Após uma lesão ou outro estímulo, as células satélites tornam- se ativas, proliferam por divisão E! e se fundem umas às outras para formar novas fibras musculares esqueléticas. • As células satélites também entram em E! quando o músculo é submetido a exercício intenso. Neste caso elas se fundem com as fibras musculares preexistentes, contribuindo para a hipertrofia do músculo. ↪ O músculo liso é capaz de uma resposta regenerativa mais eficiente. Ocorrendo lesão, as células musculares lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído. ↪ Na regeneração do tecido muscular liso da parede dos vasos sanguíneos há também a participação dos pericitos que se multiplicam por mitose e originam novas células musculares lisas. ACHOU O MATERIAL INTERESSANTE?! ENTÃO COMPARTILHE, CURTA E SALVE, MUITO OBRIGADA!
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