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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO ESTÉTICA E COSMÉTICA ANA PAULA MUNIZ RENNÓ – 2123717 APARECIDA FILGUEIRA DE OLIVEIRA – 0420558 GEISLA DA SILVA SATTI DE OLIVEIRA – 0434352 LAURA MASSELLA ANGELINO – 0416374 VANESSA ALVES ROCHA - 0441215 A IMPORTÂNCIA DA FICHA DE AVALIAÇÃO PARA UM TRATAMENTO ESTÉTICO CORPORAL EFETIVO. Campinas Campus Unip Centro/Cosmópolis/John Boyd/Taquaral 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO ESTÉTICA E COSMÉTICA ANA PAULA MUNIZ RENNÓ – 2123717 APARECIDA FILGUEIRA DE OLIVEIRA – 0420558 GEISLA DA SILVA SATTI DE OLIVEIRA – 0434352 LAURA MASSELLA ANGELINO – 0416374 VANESSA ALVES ROCHA - 0441215 A IMPORTÂNCIA DA FICHA DE AVALIAÇÃO PARA UM TRATAMENTO ESTÉTICO CORPORAL EFETIVO. Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e Cosmética da UNIP, para o Projeto Integrado Multidisciplinar IV Campinas Campus Unip Centro/Cosmópolis/John Boyd/Taquaral 2021 RESUMO O seguinte trabalho constitui em uma revisão de literatura, onde abordamos o mercado da estética, conceitos das afecções cutâneas, os mecanismos de ação dos tratamentos estéticos corporais, os princípios ativos, a aplicabilidade dos cosméticos, além dos conceitos e dados para uma ficha de avaliação de excelência. Palavras-chave: Ficha de avaliação, cosméticos, afecções cutâneas, tratamento estético corporal. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................04 2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................06 2.1 FICHA DE AVALIAÇÃO..........................................................................................06 2.2 SISTEMA TEGUMENTAR.......................................................................................08 2.3 FIBRO EDEMA GELÓIDE.......................................................................................10 2.4 LIPODISTROFIA LOCALIZADA...........................................................................12 2.5 HIPOTONIA TISSULAR...........................................................................................13 2.6 ESTRIAS......................................................................................................................14 2.7 QUÍMICA BÁSICA, PRINCÍPIOS ATIVOS E COSMETOLOGIA....................16 2.7.1 CONCEITOS BÁSICOS DE QUÍMICA................................................................17 2.7.2 COSMÉTICOS.........................................................................................................17 2.7.3 PERMEAÇÃO CUTÂNEA.....................................................................................18 2.7.4 PRINCIPAIS ATIVOS COSMÉTICOS.................................................................19 2.8 PROTOCOLOS ESTÉTICOS CORPORAIS...........................................................23 2.8.1 MASSAGEM MODELADORA..............................................................................23 2.8.2 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL..................................................................25 2.8.3 ATIVOS COSMÉTICOS ANTIESTRIAS.............................................................25 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................30 4 1 – INTRODUÇÃO: Esta revisão bibliográfica, realizada através de livros e artigos científicos, tem como objetivo abordar o sistema tegumentar, princípios básicos da química, técnicas de massagens corporal e, cosmetologia, para a evidenciar a importância da ficha de avaliação nos tratamentos estéticos corporais. O conceito de belo vem se modificando ao longo dos anos e se moldando diante de acontecimentos e fatos relevantes da história, mas isso nunca deixou que o homem buscasse a perfeição de sua imagem. Por meio da mídia e da indústria da moda, indústria cosmética podemos observar que a incessante busca por este corpo perfeito, o número de procedimentos estéticos sofreu um salto considerável em relação ao seu consumo (SILVA, 2014). Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Brasil hoje é terceiro maior consumidor do mundo em produtos deste setor, perdendo apenas para os Estados Unidos e China (ABIHPEC, 2020). De 2014 a 2019, o mercado da estética cresceu 567% no Brasil, onde nestes 5 anos tivemos um aumento de 72 mil profissionais para mais de 480 mil profissionais neste setor. Mais de R$34,2 bilhões foram investidos no ramo da Saúde, Beleza e Bem-estar. Estes dados do anuário da ABIHPEC, mostram o crescimento deste setor, mas também traz uma grande preocupação por conta da banalização de certos procedimentos, falta de profissionalismo, técnicas de execução, além de acarretar em um alto número de profissionais não capacitados para atuar na profissão. Podemos conceituar saúde como o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Para se alcançar este estado completo, diversas áreas da saúde trabalham em busca do efetivo resultado, entre elas, a estética. Para que o bem-estar e a autoestima sejam alcançados, este mercado da beleza trabalha combatendo e tratando as disfunções estéticas, pois estas podem afetar e prejudicar a saúde física e mental das pessoas e até mesmo as relações (LOPES, 2017). Para que este objetivo seja efetivo, os profissionais da área possuem recursos e tratamentos eficazes, tanto nos equipamentos de alta tecnologia, como também nos métodos manuais, além do auxílio da cosmetologia. A indústria de cosméticos cresce a cada dia, sempre buscando a melhor tecnologia, além de produtos mais naturais e sustentáveis (MATIELLO, 2021). 5 Mas para chegarmos ao um resultado eficaz, precisamos conhecer e entender as afecções cutâneas, os mecanismos de ação, os princípios ativos, a aplicabilidade dos cosméticos, técnicas e protocolos estéticos corporais, para que assim podemos coletar todos os dados para uma ficha de anamnese de excelência e conseguirmos traçar o melhor tratamento para cada indivíduo (LOPES, 2017). 6 2 – REVISÃO DE LITERATURA: 2.1 – Ficha de avaliação: Diversas intercorrências podem acontecer quando não é realizada uma avaliação criteriosa, como, por exemplo, o fato de os resultados dos protocolos de tratamentos utilizados não estarem surtindo efeitos benéficos (MATIELLO, 2021). Por este motivo, é de extrema importância conhecer a avaliar o cliente, antes de iniciar qualquer procedimento e tratamento, sempre buscando entender sua insatisfação, assim como a veracidade das informações presentes na avaliação para que seja oferecido um tratamento seguro e um resultado satisfatório aos clientes. As informações devem ser registradas no cadastro do cliente, devendo ser consultado em todos os procedimentos para a checagem de contraindicações e definição de necessidades (ANDRADE, 2018). Uma ficha de avaliação deve conter dos dados pessoais, como nome, idade, contato, sua queixa e a quanto tempo desta queixa. Além dos hábitos diários como utilização de cosméticos, exposição ao sol, tabagismo, ingestão de bebida alcoólica, funcionamento intestinal, qualidade do sono, ingestão de água, hábitos alimentares, uso de anticoncepcional (no caso das mulheres). E também um histórico clínico com perguntas referentes ao uso de medicamentos, antecedentes alérgicos, portador de marcapasso, alterações cardíacas, hipertensão arterial, distúrbio circulatório, distúrbio renal, distúrbio gastrointestinal, alterações psicológicas, diabetes, dermatites,ou algum tipo de doença (ANDRADE, 2018). Além dos dados pessoais, a ficha de anamnese deve conter ainda os parâmetros antropométricos, ou seja, parâmetros de tamanho, dimensões e proporções do corpo humano. A estrutura corporal é formada pelo peso corporal, pela estatura, pelas circunferências e pelos diâmetros. Para realizar a avaliação antropométrica, o profissional de estética deve entender como funcionam as ferramentas a serem utilizadas, obter informações referentes ao peso corporal adequado e o consumo energético correto. Para a realização da avaliação antropométrica, o profissional precisa estar equipado com fita métrica (avaliação de circunferência), adipômetro (avaliação das dobras cutâneas) e balança (avaliação de peso corporal) (ANDRADE, 2018). A perimetria é o conjunto de medidas feitas com o auxílio de uma fita métrica, onde são realizadas a medição da cintura, abdômen superior, abdômen inferior, tórax superior e inferior, além do quadril, culote e braços. (MATIELLO, 2021). 7 O adipômetro pode ser aplicado para se avaliar a espessura das dobras cutâneas, ou seja, avaliar o tecido subcutâneo e a partir desses resultados, estimar a densidade corporal de um indivíduo. As principais regiões avaliadas são as do tríceps, subescapular, bíceps, axilar, torácica ou peitoral, suprailíaca, supraespinhal, coxa e panturrilha. (ANDRADE, 2018). O uso da balança e do estadiômetro permite que sejam aferidos o peso e a altura da pessoa, respectivamente. A partir desses dados é possível identificar o IMC de um indivíduo. No que se refere ao IMC, esse pode ser avaliado através do cálculo: PESO/ALTURA2, onde classificamos o indivíduo com magreza grave quando seu IMC está abaixo de 16, magreza moderada quando o IMC está entre 16 e 16,99, magreza leve quando o IMC corresponde o intervalo de 17 a 18,49, IMC normal está compreendido entre 18,50 a 24,99, IMC sobrepeso está entre a faixa de 25 a 29,99, e a partir do IMC 30 temos os casos de obesidade, podendo ser grau I, grau II até grau III, conhecido este último como obesidade mórbida (ANDRADE, 2018). A fotodocumentação é muito importante para acompanhar a evolução antes após dos tratamentos e observar as mudanças do contorno corporal. Porém, mais importante do que ter os registros de antes e de após o tratamento, é ter registros feitos com o mesmo padrão, somente assim poderão ser utilizados para mensurar os resultados, possibilitando muitas vezes observar evoluções que não são possíveis somente por meio das medidas (MATIELLO, 2021). Existe ainda a bioimpedância, que é um equipamento que realiza a análise da composição corporal por meio de correntes elétricas e fornece dados como: peso, percentual de água corporal, percentual de gordura, percentual de massa muscular, massa óssea, minerais, proteínas, taxa metabólica basal, gordura segmentar e massa magra segmentar, indicando os índices esperados (MATIELLO, 2021). Mas de nada adianta ter uma ficha de avaliação completa sem ter o conhecimento das afecções estéticas cutâneas, os mecanismos de ação de cada procedimento, os efeitos dos ativos dos cosméticos, para que se possa entregar resultados efetivos ao cliente. Assim, no decorrer deste trabalho, vamos abordar estes conceitos, técnicas, mecanismos para que assim podemos ter realmente uma ficha de anamnese de excelência. 8 2.2 – Sistema Tegumentar: A pele, maior órgão do corpo humano, funciona como um revestimento externo e exerce variadas e importantes funções, como proteção e defesa de agentes externos (barreira microbiana, química, radiação, térmica), regulação térmica, percepção sensorial, secreção, regulação hídrica, metabolismo e excreção e respostas imunológicas (ALLEMANDA, 2018). A pele é constituída de três camadas de tecidos: uma superior, denominada epiderme; uma intermediária, chamada derme; e uma profunda, que é a hipoderme ou tecido subcutâneo. A epiderme não é vascularizada e pode ser dividida em quatro camadas celulares distintas: basal; espinhosa; granulosa e córnea (rica em células mortas queratinizadas que como principal função a proteção). A derme é formada por fibras de colágeno e elastina e gel coloidal, que conferem tonicidade, elasticidade e equilíbrio à pele. É onde se situam vasos sanguíneos, glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos. A hipoderme é composta de tecido adiposo e sua espessura é bastante variável, conforme a constituição física de cada pessoa. Ela apoia e une a epiderme e a derme ao resto do corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do corpo e acumula energia para o desempenho das funções biológicas (ALLEMANDA, 2018). A principal barreira à penetração de substâncias na pele é a camada córnea, a mais externa da epiderme e, por isso, que merece maior atenção no que se refere à permeação de ativos cosméticos. A camada córnea é uma barreira semipermeável construída tipo “tijolos” (células empilhadas endurecidas) e “argamassa” (ceramidas, colesterol e ácidos graxos). Essa barreira é criada pela diferenciação dos queratinócitos conforme se movem da camada de células basais para o estrato córneo. De acordo com essa movimentação para o estrato córneo, os queratinócitos perdem seus núcleos e assumem uma forma hexagonal plana, sendo sobrepostos alternadamente e designados de corneócitos (constituídos de queratina). Essas células levam 14 dias para atingir o estrato córneo e outros 14 dias para descamar, portanto, a substituição da epiderme ocorre em, aproximadamente, 28 dias. (ALLEMANDA, 2018). Os corneócitos são revestidos por uma fina camada irregular e descontínua, o manto hidrolipídico, que consiste no sebo secretado pelas glândulas sebáceas, suor, bactérias e células mortas da pele. Considera-se que essa camada seja uma barreira adicional à permeação de substâncias através da camada córnea (ALLEMANDA, 2018). 9 Os lipídeos da matriz intercelular estão organizados em estruturas multilamelares, com alternância dos domínios hidrofílicos e lipofílicos, o que dificulta a passagem de ativos por essa camada. O fluxo de substâncias através do estrato córneo é diretamente proporcional ao gradiente de concentração, portanto pode ser considerado uma difusão passiva (ALLEMANDA, 2018). 10 2.3 – Fibro edema gelóide: O fibro edema gelóide (FEG), conhecido popularmente como celulite, é uma lipo- hipertrofia parcial adquirida frequente, encontrada quase que exclusivamente em mulheres a partir da puberdade. Além do gênero, vários fatores estão envolvidos na fisiopatogenia desta lipodistrofia, como os fatores genéticos, hormonais, de raça, metabólicos, nutricionais, de estilo de vida (fumo, sedentarismo, obesidade, dieta, medicações), fatores condicionantes, relacionados a alterações da pressão nos capilares linfáticos e redução da reabsorção de líquidos pelo sistema linfático (ANDRADE, 2018). Está afecção caracteriza-se pela aparência irregular e estufada da pele, em geral, nas regiões de glúteos, coxas e abdômen. Relacionada diretamente com as alterações dos tecidos conjuntivo e adiposo, associados à proliferação de fibras colágenas e à degeneração de fibras elásticas, com a compressão de veias, nervos e vasos linfáticos, gerando edema e nódulos, ou seja, há um aumento da gordura e do tecido fibroso e uma diminuição da circulação sanguínea periférica e da drenagem linfática (ANDRADE, 2018). O início das transformações ocorre na matriz intersticial mediante alteração bioquímica de seus componentes principais, desencadeando hiperpolimerização, com aumento de sua viscosidade e comprometimento de suas principais funções. Assim como as alterações circulatórias, as celulites são consequências da má condução de água e macromoléculas intersticiais, originando edema local, redução da irrigação sanguínea e dificuldade nas trocasmetabólicas, o que causa prejuízo da circulação linfática, decorrente do aumento da pressão oncótica na substância fundamental. Além disso, observa-se fibrose da matriz intersticial devido à proliferação desordenada das fibras colágenas e perda de sua elasticidade, acarretando a compressão dos lóbulos de adipócitos já hipertróficos e a formação de micronódulos, bem como a compressão das terminações nervosas ou desencadeamento de reações inflamatórias (SIMÃO, 2019). Esta afecção é classificada quanto à sua gravidade e acometimento em quatro graus, cada um com alterações específicas dos tecidos que geram sinais e sintomas relacionados a essas alterações (MATIELLO, 2019). a) Grau I: células adipócitas aumentam de volume, ocorre redução na vascularização local, mas ainda não há sinais visíveis na pele, ou seja, é assintomática; 11 b) Grau II: os sinais passam a ser evidenciados quando a pele é comprimida. A fisiopatologia é semelhante ao grau I, mas com maior acometimento; c) Grau III: as alterações na circulação e o edema levam ao surgimento de alterações na derme, resultando no seu afinamento. Em torno dos adipócitos, começam a se formar proteínas reticulares, o que dá o aspecto de casca de laranja à pele pela formação de fibrose na região irreversível. Pode haver compressão de nervos, além da compressão de vasos linfáticos e sanguíneos; d) Grau IV: os sinais e sintomas se agravam e há formação de nódulos duros na derme. Além dos nódulos, é possível visualizar áreas de depressão (MATIELLO, 2019). Em relação ao tipo, podemos classificar em duro, onde não há evidências de fibroses ou aderências profundas, apresentando micronódulos. Outra classificação é a flácida, onde os tecidos são de fácil mobilização e apresentam macronódulos. E a terceira classificação é a edematosa, na qual apresenta as características das duas anteriores, com placas rígidas e aspecto enrugado da pele (MATIELLO, 2021). Para identificar a existência de depressões, o cliente deverá ser avaliado, inicialmente, em estado de relaxamento e, posteriormente, contraindo a musculatura envolvida. Deve-se avaliar a frouxidão e turgor da pele, através do pinçamento, observando se existe diminuição da tensão e da consistência do tecido (ANDRADE, 2018). Outro protocolo de avaliação para o FEG, pode ser realizado pressionado com os dedos o tecido adiposo, onde verificará se existe uma aparência rugosa ou lisa. Neste teste de preensão, pode-se observar também o nível de dor do cliente. Além deste protocolo, existe ainda o teste de temperatura local, onde a identificação de uma temperatura mais elevada do que as demais partes do corpo, pode-se avaliar em um FEG aumentado. E por último, temos a palpação pra identificar se existem placas compactas. Se evidentes, porém moles, podemos classificar o FEG como flácidas; se apresentar dor, edema e nódulo, classificamos em FEG edematoso e se apresentar ambas características, classificamos em FEG misto (ANDRADE, 2018). 12 2.4 – Lipodistrofia localizada: A lipodistrofia localizada, conhecida popularmente como gordura localizada, é uma patologia que acomete o tecido adiposo, promovendo acúmulo da gordura em locais específicos do corpo, com maior predisposição para abdômen, pernas, glúteos e quadril (MATIELLO, 2021). O tecido adiposo subcutâneo é caracterizado pelo predomínio de células adiposas (adipócitos). Estes adipócitos são responsáveis por armazenar a gordura e apresentam a capacidade de aumentar ou diminuir seu volume de acordo com a quantidade de triglicerídeos em seu interior. Os locais onde há maior acúmulo de tecido adiposo são a porção proximal dos membros, a parede abdominal e, especialmente, as porções laterais dessa região (LOPES, 2017). A lipodistrofia geloide possui uma fisiopatologia microscópica justificada pela hiperpolimerização anormal do tecido conectivo, a alteração primária do tecido adiposo e a alteração microvascular, como sinônimo de insuficiência venal crônica, com sinais e sintomas de micro hemorragias, presença de telangiectasias, dor local e diminuição da temperatura decorrente da redução desta circulação local (SIMÃO, 2019). Ainda, segundo análise no interstício, observou-se aumento da concentração proteica e da pressão intersticial, bem como diferenças entre triacilgliceróis e ácidos graxos livres na análise bioquímica da gordura dos adipócitos com LDG, extravasamento edema local, formação de fibras reticulares anômalas, micro e macronódulos (SIMÃO, 2019). O biotipo corporal é classificado em androide e ginoide. O biotipo androide acumula mais gordura nas regiões do tórax, costas e membros superiores, apresentando maior índice de gordura visceral. Por outro lado, o biotipo ginoide tem maior acúmulo de gordura nas regiões dos glúteos, quadris, flancos e joelhos, com maior índice de gordura subcutâneo (MATIELLO, 2021). Dois processos são responsáveis pelo ganho e consumo de energia: a lipogênese, que trata da síntese de ácidos graxos e triglicerídeos, que serão armazenados no fígado e no tecido adiposo; e a lipólise, que é a queima da gordura corporal e ocorre quando acontece a liberação de enzimas lipase, ativadas por hormônios que quebram as moléculas de gordura e as transformam em ácidos graxos livres e glicerol, que são metabolizados nos músculos (LOPES, 2017). 13 2.5 – Hipotonia tissular: A hipotonia tissular ou dérmica, também conhecida como flacidez da pele, é acometida por inúmeros fatores intrínsecos e extrínsecos, onde a pele fica frouxa, mole e pode estar associada a flacidez muscular. Fisiologicamente, a perda do tecido fibroso causa a renovação celular lenta, reduz a rede vascular e glandular, causando a desidratação cutânea, já que funciona como uma barreira contra a perda de água (ANDRADE, 2018). Existem vários fatores que podem levar a uma aceleração deste processo, como a exposição ao sol, consumo excessivo de álcool, tabagismo, hereditariedade, fatores hormonais, processo de perda de peso excessivo (SANTOS, 2014). O colágeno é uma substancia proteica que fortalece a pele, sendo produzida pelos fibroblastos e constituem cerca de 70% da derme, estes contribuem também para a produção de elastina que é uma proteína fibrosa que forma o tecido elástico e fornece elasticidade a pele (SANTOS, 2014). Esta afecção é caracterizada pela carência de proteínas de sustentação, como as citadas acima, que vão reduzindo gradativamente, devido à diminuição da atividade e do número de fibroblastos, levando a desestruturação das fibras elásticas e colágenas, perda da elasticidade e consequente aparecimento da flacidez tissular. As regiões mais afetadas são o abdômen, coxas, glúteos, rosto, pescoço e braço (MATIELLO, 2019). A flacidez tissular pode ser classificada em fases, sendo a primeira a fase elástica conhecida como a Lei de Hooke, onde existe uma tensão, que irá mostrar a resistência, e logo voltando ao normal quando a carga for retirada. Na fase de flutuação, a carga é mantida e o estiramento continua e tende ao limite do equilíbrio. Nesta fase, mesmo que a carga seja retirada, não haverá o retorno das características originais do tecido (LOPES, 2017). Já na fase plástica, ocorre uma deformação permanente no tecido, onde este passa do seu limite de elasticidade, fazendo com que a deformação seja permanente, assim apresentando uma queda do tecido. O ponto de ruptura ocorrerá após um estiramento total onde o organismo não consegue reverter o dano, assim com um período prolongado de tempo, se dá a flacidez tissular (MATIELLO, 2019). 14 2.6 – Estrias: Estria é uma cicatriz caracterizada pelo rompimento das fibras elásticas que sustentam a camada intermediária da pele, formada por colágeno e elastina (responsáveis por sua elasticidade e tonicidade). O aparecimento das estrias geralmente é mais comum nas mamas,nos quadris, nos culotes, nas coxas e glúteos (ANDRADE, 2018). Quanto aos fatores causais, as estrias também possuem fatores multicausais envolvidos, como: predisposição genética, fatores hormonais, estiramento da pele pelo crescimento, obesidade ou gestação e excesso de exposição, uma vez que o sol em excesso causa alterações nas fibras de colágeno e de elastina. Além disso, algumas doenças podem levar ao desenvolvimento de estrias (MATIELLO, 2019). As estrias se apresentam na pele como estado de atrofia, um tipo de condição decorrente de dois processos: pela redução da atividade dos fibroblastos na matriz celular de boa qualidade, com ruptura das fibras já existentes, e pela desidratação cutânea. Assim, as peles mais secas e/ou com pouca nutrição têm mais predisposição para formação de estrias (SIMÃO, 2019). Essas rupturas ocorrem por distensões exageradas, além da capacidade de elasticidade natural da pele, ou, ainda, por alterações hormonais. Apresentam-se por lesões lineares na pele, paralelas, atróficas de tamanhos diferenciados. Inicialmente, há um processo inflamatório local, com edema e acúmulo de células, seguido pelo achatamento da epiderme, que gera a depressão visível na estria e que ocorre pela redução na quantidade de fibras elásticas na derme (MATIELLO, 2019). Outro fator no surgimento das estrias está o processo de glicação e o estresse oxidativo. A glicação é o mecanismo que forma ligações não enzimáticas entre açúcares redutores ou lipídeos oxidados e proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. Essas substâncias transformam as fibras de colágeno e elastina rígidas e endurecidas sem maleabilidade, elasticidade e força para suportar uma tração, o que permite que se rompam com facilidade (SIMÃO, 2019). Já no estresse oxidativo, há um desequilíbrio no metabolismo celular, onde o organismo não consegue dar conta desses radicais livres que, em grande número, comprometem as células saudáveis em virtude de sua reatividade e instabilidade. Isso causa alterações dérmicas, resultantes da diminuição da síntese e dos níveis de colágeno devido à aceleração de sua decomposição (SIMÃO, 2019). São classificadas clinicamente em três fases: 15 a) Fase rosada: representa o início de uma lesão de estria caracterizada por processo inflamatório local; a pele encontra-se rosada, mas sem apresentar depressões.; b) Fase atrófica: ocorre a formação de um tecido no local semelhante ao tecido cicatricial, com presença de uma linha flácida, hipocrômica, e pela falta de melanina no local, que deixa de ser produzida localmente; c) Fase nacarada: ocorre o aparecimento de estrias branco-acinzentadas ou até mesmo amareladas, com 2 a 4 mm de espessura. É possível visualizar flacidez e pregueamento transversal da epiderme local (MATIELLO, 2019). 16 2.7 – Química básica, princípios ativos e cosmetologia: Os efeitos dos cosméticos e produtos para a pele são baseados em vários aspectos físicos. As reações químicas são necessárias para sintetizar as substâncias utilizadas nas formulações. Assim, temos a química como base para a cosmetologia. Para isso, precisamos o profissional da estética precisa ter o conhecimento básico deste assunto. 2.7.1 – Conceitos básicos de química: Química é a ciência que trata da composição, estrutura e propriedades da matéria e que descreve como as transformações ocorrem sob diferentes condições. Ela possui duas ramificações: orgânica, que é o estudo de substâncias que contém carbono; e a inorgânica, que é a ramificação da química que trata das substâncias que contém a combinação de outros átomos, e que não contém carbono, com exceção do dióxido de carbono, CO2, que é considerado inorgânico (GERSON, 2011). Matéria é qualquer material físico que ocupe espaço e tenha massa (peso). A matéria tem propriedades físicas que podemos tocar, degustar, ver ou cheirar. Além disso, a matéria apresenta três estados físicos: sólido, liquido e gasoso. Um elemento é a forma mais simples da matéria; não pode ser dividido em uma substância mais simples sem a perda da identidade. Existem cerca de 100 elementos de ocorrência natural, cada qual com suas propriedades físicas e químicas distintas. Toda a matéria do universo é constituída de um ou mais desses 100 elementos diferentes (CHANG, 2013). Átomos são as unidades estruturais que constituem os elementos. Eles são partículas das quais toda matéria é composta. Cada elemento é composto por um único tipo de átomo que ainda conserva, ou fixa, as propriedades desse elemento. Os átomos são formados por partículas subatômicas: os prótons têm carga elétrica positiva; os elétrons, uma carga negativa; e os nêutrons não têm carga (GERSON, 2011). Uma molécula é formada pela união química de dois ou mais átomos. Existem dois tipos de moléculas: a) As moléculas-elemento, ou simplesmente elementos, podem ser constituídas de átomos individuais ou dois átomos do mesmo elemento, que são unidos quimicamente. 17 b) As moléculas compostas e compostos iônicos, também chamadas compostos, são combinações químicas de dois ou mais átomos de diferentes elementos unidos quimicamente (CHANG, 2013). Dois tipos de reações químicas são importantes para os profissionais da estética e cosmética, porque explicam como os produtos para os cuidados com a pele funcionam. Elas são as reações de neutralização de ácido-base e as reações de oxirredução (CHANG, 2013). As reações de neutralização ácido-base ocorrem quando um ácido é misturado com uma base, também chamada substância alcalina, em proporções iguais para neutralizar um ao outro e formar água e um sal. As reações de oxirredução são um dos tipos mais comuns de reações químicas; prevalece em todas as áreas da química. Oxidação é a perda de elétrons por uma substância, enquanto redução é o ganho de elétrons por uma substância. O processo químico sempre envolve os dois tipos de substâncias, aquela que perde e aquela que ganha elétrons (GERSON, 2011). O profissional da área passa a ter o conhecimento sobre o processo de oxidação usando os antioxidantes nos produtos para cuidados com a pele. Os antioxidantes são usados para estabilizar esses produtos, prevenindo ou retardando a oxidação. Os antioxidantes impedem a oxidação, porque neutralizam os radicais livres. Esses radicais são superoxidantes, que causam uma reação de oxidação e produzem um novo radical livre no processo. Por serem criados por átomos e moléculas altamente reativos e que possuem um número desemparelhado de elétrons, os radicais livres são instáveis. Eles procuram parceiros e, ao roubar elétrons de outras moléculas, começam a danificar os processos químicos do corpo e enfatizar o processo de oxidação. Se isso não for corrigido, eles criam inflamação, danificam o DNA e acabam causando doenças (CHANG, 2013). 2.7.2. – Cosméticos: A partir da abordagem acima sobre química, podemos iniciar os conceitos de cosméticos. Portanto, podemos dizer que a cosmetologia trata-se de uma ciência que faz uso de ativos cosméticos que atuam sobre essas disfunções no tratamento e na prevenção de seus sinais e sintomas. Cosméticos são formulações, misturas ou substâncias usadas para melhorar a aparência ou o odor do corpo humano ou para protegê-lo de danos ambientais, como o dano solar (LOPES, 2017). 18 Cada tipo de cosmético é descrito conforme os princípios ativos, sua origem, extração e procedimento. Podemos classificá-los em cosméticos naturais, onde sua formulação contém 5% de matéria-prima orgânica; cosméticos orgânicos, com 95% da formulação composta de matéria-prima orgânica certificada; cosméticos veganos, que são aqueles que não tem em sua formulação nenhum ativo de origem animal. Hoje temos ainda os cosmecêuticos, que são de uso tópico com propriedadesbiológicas e tem a capacidade de alterar a estrutura da pele (MATIELLO, 2021). Para tanto, os ativos são classificados de acordo com a função em que irão desempenhar em quatro grupos, agentes que atuam na microcirculação, que agem por meio de quatro mecanismos: inibição da fosfodiesterase, bloqueio dos receptores alfa 2, estímulo aos receptores beta e bloqueio dos receptores neuropeptídios. Os agentes que reduzem a lipogênese, estimulam a lipólise pelo uso de ativos lipolíticos, reduzindo a quantidade de gordura armazenada no lipídio, tornando esse adipócito menor e favorecendo a reestruturação da fisiologia local normal. Os agentes que atuam na estrutura da derme e do subcutâneo que têm por objetivo melhorar a firmeza, pelo aumento dos componentes da matriz extracelular e pelo aumento da deposição de colágeno na derme. E por último os agentes antioxidantes, atuam por meio da proteção das membranas celulares da derme e do tecido subcutâneo da toxicidade dos radicais livres (MATIELLO, 2019). 2.7.3 – Permeação cutânea: Mas antes de abordar os ativos e seus mecanismos de ação, falaremos sobre a permeação destes ativos sobre o tecido cutâneo. Compostos muito lipofílicos e com baixo peso molecular demonstram grande velocidade de fluxo através da matriz lipídica do estrato córneo. Moléculas não ionizadas permeiam com mais facilidade que as ionizadas. Contudo, difundem-se lentamente quando encontram as camadas aquosas da epiderme. O oposto também é verdadeiro para substâncias hidrofílicas polares, portanto, o ativo que apresenta propriedade tanto hidrofílica como hidrofóbica apresentará uma melhor permeação (ALLEMANDA, 2018). Essa propriedade está relacionada ao coeficiente de partição óleo/água, isto é, capacidade da molécula de se distribuir em diferentes fases. Além disso, quanto maior for a área da superfície exposta, maior será o fluxo da molécula (ALLEMANDA, 2018). As substâncias podem ser permeáveis, semipermeáveis ou impermeáveis à barreira cutânea. O que permite a passagem é o reconhecimento e a necessidade da substância pela membrana celular. As substâncias permeáveis, como os gases, água e moléculas hidrossolúveis 19 e lipossolúveis com baixo peso muito usado na estética para peelings. As substâncias semipermeáveis, como os aminoácidos, glicose, nucleotídeos, íons como cálcio, sódio e potássio, vitaminas D e E, hormônios, anestésicos, hidroquinona, precisam de proteínas carreadoras ou transmembrana. E por último, as substâncias impermeáveis, como eletrólitos, proteínas e carboidratos ou quaisquer moléculas hidrofílicas de alto peso molecular, por exemplo, colágeno e elastina (ALLEMANDA, 2018). Existem ainda algumas técnicas para a permeação de ativos, que aumentam a taxa de absorção de cosméticos e são importantes para potencializar resultados. São elas a iontoforese e a eletroporação. Essas técnicas são não invasivas e indolores, podendo ser utilizadas pelos esteticistas (LOPES, 2017). Iontoforese é uma técnica que usa uma corrente elétrica para permear cosméticos que tenham carga elétrica (positiva e negativa). Na prática, coloca-se um ativo com carga positiva sob a superfície cutânea, por exemplo, o eletrodo do aparelho de iontoforese chamado ativo deve ter a mesma carga do cosmético (positiva). O outro eletrodo, chamado de passivo, terá carga negativa, completando o circuito. Quando ligamos o aparelho, o ativo de carga positiva será repelido na região do eletrodo, entrando na pele. Uma vez na parte interna, ele é atraído para o outro eletrodo de carga negativa (LOPES, 2017). Já a eletroporação baseia-se na aplicação sob a pele de pulsos curtos de alta voltagem, que ultrapassam a barreira da membrana celular, aumentando a permeação de cosméticos. Quando aplicados os pulsos, ocorre um rearranjo da membrana que se torna permeável a moléculas exógenas. Dessa forma, a eletroporação permite a absorção de fármacos hidrossolúveis e lipossolúveis. Além disso, não é necessária corrente positiva ou negativa, diferente da iontoforese (LOPES, 2017). 2.7.4 – Principais ativos cosméticos: Entendo um pouco sobre química, cosmetologia e as permeações cutânea, podemos abordar os princípios ativos que temos no auxílio dos tratamentos das afecções cutâneas. Muitos são aplicados em associações e eficientes nas afecções discutidas anteriormente, como FEG, estrias, lipodistrofia localizada e hipotonia tissular. O Ginkgo biloba possui extratos em suas folhas que contêm glicosídeos, lactonas, terpenos e flavonoides que reduz a viscosidade sanguínea, inibe o fator de ativador de plaquetas 20 e melhorando a perfusão sanguínea nos capilares e nas arteríolas, além de ação antioxidante, anti-inflamatória e antiedematosa (MATIELLO, 2019). A Centella asiática contém substancias flavonoides e aminoácidos, tem por objetivo aumentar a síntese de colágeno pelos fibroblastos e a concentração desse composto na derme, além de possuir um efeito antagônico aos glicocorticoides, além ação anti-irritante, antiedematosa, anti-inflamatória e calmante e também promove o aumento da circulação e ativando a permeabilidade da pele (MATIELLO, 2019). As metilxantinas são princípios ativos que atuam no metabolismo lipídico, onde atua diretamente no adipócito, promovendo a lipólise por inibição da fosfodiesterase (SIMÃO, 2019). Alguns ativos mais comuns da família xantina são: a) Cafeína é um lipolítico que inibe a fosfodiesterase, a adenosina e os receptores da membrana, aumentando o AMP cíclico, favorecendo, assim, a lipólise. Além disso, protege contra a radiação UV, agindo como estimulante da microcirculação sanguínea da pele; b) A teofilina, outra substância metilxantina, possui taxa de permeação na pele inferior à cafeína, além de ser pouco solúvel na água. Para tanto, esse produto pode ser utilizado na sua forma variada, a partir do ácido acético, que é hidrossolúvel; c) Fosfatidilcolina ao penetrar no adipócito, a fosfatidilcolina induz a lipólise, que libera ácidos graxos que, posteriormente, são utilizados como energia; d) Chá verde apresenta ação diurética e tônico-estimulante. Sua ação se dá pela inibição enzimática da fosfodiesterase, que gera um aumento de ATP e, consequentemente, libera mais energia. O chá verde possui, ainda, função antioxidante, reduzindo, assim, a formação de radicais livres que ocorrem, principalmente, pela estase venosa e linfática da região; e) Aminofilina também provoca um efeito lipolítico localizado por aumentar a síntese de ATP a partir de ácidos graxos e inibir a fosfodiesterase. (MATIELLO, 2019). O ácido glicólico é um alfa-hidroxiácido proveniente da cana-de-açúcar, capaz de estimular a produção de colágeno, atua facilitando o desprendimento de células mortas, assim promove a renovação celular e também atua na melhora da hidratação cutânea (SIMÃO, 2019). O ácido retinóico e seus derivados da vitamina A são utilizados como ativo anticelulite por 21 meio de aplicações tópicas. Seus efeitos estão relacionados ao aumento da espessura do colágeno dérmico e à melhora do contorno das fibras pela ação desse ativo. Estimulam o metabolismo da epiderme e da derme, regulam a diferenciação, o crescimento e a renovação celular (MATIELLO, 2019). O ácido hialurônico é um glicosaminoglicano, com componente do fator de hidratação natural da epiderme, umectante, hidratante e previne o envelhecimento (MATIELLO, 2019). Nicotinato de metila: é um éster do álcool metílico e do ácido nicotínico, agente hiperêmico. Atua na ativação da circulação local por meio de seu efeito termo ativo, que provoca vasodilatação importante dos vasos locais. Estimula ainda a eliminação de toxinas e líquidos, descongestionando os tecidos (MATIELLO, 2019). L-carnitina é um poderoso antioxidante natural, rico em flavonoides do tipo polifenóis, atuando no aumento da oxidação dos ácidos graxos pelas mitocôndrias, quefarão a conversão de ácidos graxos em ATP, que poderá ser utilizado pelo organismo na forma de energia, reduzindo o volume dos adipócitos do tecido subcutâneo. Além de aumentar a circulação local, reduz o edema e melhora a sensação desagradável causada pela retenção de líquidos (SIMÃO, 2019). Adipol é um complexo de ácido tartárico, extratos de hera e bile bovina, com propriedades tensoativas, antilipêmicas, antiespasmódicas e anti-inflamatórias, sendo utilizado no tratamento de gordura localizada e celulite (ALLEMANDA, 2018). Fatores de crescimento são a denominação utilizada para o conjunto de substâncias que desempenham importante papel na comunicação intracelular, regulando respostas inflamatórias e cicatrizantes, estimulando a síntese de novos fatores e de colágeno e a formação de novos vasos (ALLEMANDA, 2018) Castanha-da-índia é utilizada a partir do extrato, possuindo propriedades adstringentes, vasoconstritoras e venotônicas periféricas, atuando na drenagem dos edemas, além de ter ação anti-inflamatória, antiexudativa e antiedematosa (MATIELLO, 2019). Extrato de hera tem ação descongestionante local. O ativo atua na redução do edema local, pois contém flavonoides e saponinas (MATIELLO, 2019). Aloe vera possui ação anti-inflamatória, cicatrizante e hidratante da pele. Tem, em sua composição, aminoácidos, vitaminas, enzimas, ácidos, minerais e açúcares que promovem os efeitos desejados (SIMÃO, 2019). 22 D-pantenol atua na formação de células da epiderme, acelera a cicatrização celular e age com mecanismos anti-inflamatórios, além de atuar como hidratante (MATIELLO, 2019). Hidrolisado de proteínas possuem a função de atuar como umectantes locais na camada córnea, auxiliando na retenção de água e na melhora da hidratação local. Dentre as proteínas que podem ser empregadas, estão o colágeno, a queratina e elastina (SIMÃO, 2019). 23 2.8 – Protocolos estéticos corporais: Como abordamos anteriormente, existem diversos ativos cosméticos que auxiliam no tratamento das afecções cutâneas, além disso os profissionais da área da estética contam com recursos eletrotermofototerapêuticos, e também métodos manuais que podem ser associados aos cosméticos. 2.8.1 – Massagem modeladora: Uma das técnicas mais utilizadas hoje em dia, é a massagem modeladora, com o objetivo principal, o remodelamento corporal nas regiões acometidas pelo excesso de gordura localizada e também o fibro edema gelóide (SIMÃO, 2018). Esta técnica de massagem exerce sobre o local de tratamento um efeito mecânico, reflexo, químico e psicológico decorrente da ação direta da pressão exercida no segmento massageado e também da liberação de substâncias químicas (MATIELLO, 2021). Em virtude das características do toque utilizado nesse tipo de massagem, tem-se uma ação sobre os tecidos mais profundos, como os tecidos muscular e adiposo, promovendo efeitos decorrentes da mobilização desses tecidos, como o aumento da extensibilidade e o afrouxamento do tecido conjuntivo, efeitos essenciais para alguns tratamentos estéticos que cursam com fibroses (MATIELLO, 2021). As técnicas utilizadas nesse tipo de massagem produzem também vasodilatação superficial, causando um quadro de hiperemia e aumento da circulação local. Este aumento na circulação é resultado de uma reação sanguínea de hemodiluição, que se caracteriza pelo aumento do volume de plasma no sangue. Em relação aos efeitos fisiológicos da massagem modeladora, o efeito de maior intensidade é o mecânico, pela ação do toque sobre o tecido (MATIELLO, 2021). O tratamento empregado deve aumentar o metabolismo local, melhorar a circulação e favorecer a mobilização do tecido adiposo, melhorando o aspecto do contorno corporal. Por isso, a massagem modeladora está indicada, uma vez que é capaz de promover o modelamento do contorno corporal, reduzindo a perimetria da região acometida, principalmente braços, abdome, coxas e glúteos (SMIÃO, 2018). Ela reduz circunferências e medidas localizadas pelo aumento da circulação local e uma acomodação das células do tecido adiposo, chamadas de adipócitos, uma vez que mobiliza esse tecido. Além do estímulo mecânico que gera aumento da efetividade dos sistemas circulatório 24 e linfático, a massagem modeladora melhora a circulação visceral e causa, de forma reflexa, a contração dos músculos lisos, melhorando, por exemplo, o movimento peristáltico do intestino, reduzindo, assim, a circunferência abdominal (MATIELLO, 2021). A massagem modeladora corporal é composta por manobras da massoterapia clássica, envolvendo movimentos de pressão, mobilização e percussão, de forma rítmica e rápida, estimulando, com isso, a vasodilatação sanguínea. Os movimentos de pressão envolvem a associação das manobras de deslizamento e amassamento, as quais são aplicáveis no primeiro contato com o paciente, no início de forma superficial, com pressão leve, e posteriormente de forma profunda, com pressão moderada, abrangendo o plano mais profundo do tecido (SIMÃO, 2018). A manobra de deslizamento superficial é realizada com movimentos longos, suaves e rítmicos, os quais atuam nas terminações nervosas e sensitivas da pele, produzindo efeito sedativo, enquanto os deslizamentos profundos são mais fortes e produzem efeito estimulante (ANDRADE, 2018) O movimento de amassamento consiste em comprimir e realizar uma rotação no tecido, associando as duas mãos sem soltar a pele, com o objetivo de incrementar a circulação local e promover o remodelamento do tecido (ANDRADE, 2018) Nas manobras de mobilização, são aplicados os movimentos de beliscamento e rolamento da pele, de modo superficial e profundo. Para a aplicação dessas manobras, é importante o completo acoplamento da mão do terapeuta com a pele do paciente, gerando, assim, a mobilização efetiva do tecido adiposo. Outra manobra de mobilização importante na massagem modeladora é a marcação da cintura, a qual, aplicada do lado oposto ao paciente e acoplando a mão inteira na lateral da cintura em movimentos rítmicos e alternados, promove o remodelamento da cintura (MATIELLO, 2021). As manobras de percussão são aplicadas com as pontas dos dedos, fazendo um dedilhamento ou a tapotagem aplicada com a palma da mão em formato de concha. A aplicação dessa manobra tem efeito sonoro devido ao movimento, que alterna as mãos de forma rítmica, sem causar dor ou desconforto ao paciente. Sua função, na massagem modeladora, é promover hiperemia, o que melhora a oxigenação dos tecidos (LOPES, 2017). As contraindicações da massagem modeladora corporal são: tecidos inflamados ou edemaciados, doenças de pele, paciente com hiperestesia (sensibilidade diminuída), distúrbios 25 circulatórios graves, neoplasia ou tuberculose, infecções bacterianas, fragilidade capilar e abdome gravídico (LOPES, 2017). 2.8.2 – Drenagem Linfática Manual: A técnica da drenagem linfática manual (DLM) promove efeitos sobre o sistema linfático, especialmente, na redução de quadros de edema. Além disso, substâncias nocivas ao organismo, que causam toxicidade, podem ser facilmente removidas do interstício pela aplicação de forças sobre o tecido conjuntivo (OLIVEIRA 2018). Os movimentos rítmicos, lentos e muito suaves da DLM são capazes de estimular a motricidade das estruturas linfáticas, facilitando a remoção do líquido e de macromoléculas do meio intersticial e, com isso, facilitam a remoção de metabolitos. Além disso, por remover maior quantidade de metabolitos, a DLM propicia melhores condições de nutrição celular e, com isso, melhora o funcionamento dos tecidos (OLIVEIRA, 2018). No tratamento do FEG, a DLM também é muito utilizada. O FEG como já mencionado anteriormente, ela se caracteriza por alterações no tecido adiposo e pele, com acúmulo de gordura na tela subcutânea, associado aorompimento de fibras de sustentação da derme, de modo que essas alterações causem graus variados de compressão sobre as estruturas sanguíneas e linfáticas, comprometendo a microcirculação tanto linfática como sanguínea local, causando edema e estase venosa. Essas alterações, ainda, projetam-se em direção à superfície da pele, deixando-a com aspecto específico do FEG, com a superfície cutânea semelhante à “casca de laranja”. Nesses casos, a DLM pode ser empregada de modo a auxiliar na remoção do líquido presente nos espaços intersticiais, melhorando o aspecto da pele (OLIVEIRA, 2018). Partindo do princípio que a DLM tem por finalidade estimular o sistema linfático, eliminar resíduos metabólicos e toxinas dos tecidos e reduzir o excesso de líquidos e de que o FEG é uma disfunção estética caracterizada por alteração metabólica no tecido adiposo que leva ao acúmulo de líquido no interstício, causando edema e alterações na arquitetura da pele, a DLM é considerada uma técnica manual muito adequada para o seu tratamento (OLIVEIRA, 2018). 2.8.3 – Ativos cosméticos antiestrias: Os tratamentos consistem em homogeneizar a cor das estrias em relação à pele saudável vizinha e nivelar as zonas deprimidas com as zonas cutâneas normais, podendo assim melhorar a aparência da pele lesionada. Para tanto, devem ser selecionados tratamentos que promovam a 26 síntese de colágeno e estimulem a camada basal da epiderme para renovação celular (LOPES, 2017). Os cosméticos em paralelo aos métodos eletroestéticos para estrias, poderão ser associados princípios ativos como métodos complementares. Os princípios ativos empregados no tratamento para estrias devem oferecer ação queratolítica, esfoliante e estimulante da síntese de colágeno, e promover o aumento das fibras elásticas e de colágeno. São exemplos de cosméticos possíveis de serem empregados no tratamento de estrias ácido glicólico com ação queratolítica e hidratante; ácido láctico com a função de renovador celular; ácido hialurônico com a função hidratante; ácido lipóico com ação em cicatrizes atróficas; ácidos graxos com ação umectante; Aloe Vera como restaurador tissular. Como recursos de tratamento, ainda temos a idebenoma, um derivado da coenzima Q10, com ação clareadora e estrutura semelhante a hidroquinona, ação antioxidante e estimulante da síntese de colágeno (LOPES, 2017). Além destes, existem ainda a vitamina C, que promove a síntese do colágeno; CG-IGF (fator de crescimento insulínico), que ativa a proliferação de novas células cutâneas e estimula a síntese de fibroblastos; óleo de rosa mosqueta nanoencapsulado, que é rico em ácidos graxos essenciais, o que promove a hidratação e estimula a regeneração cutânea; (ANDRADE, 2018). Já o ácido ascórbico também possui a propriedade de promover a síntese de colágeno, atuando como cofator essencial das enzimas lisilhidroxilase e prolil-hidroxilase, essenciais para a biossíntese dos colágenos I e III (SIMÃO, 2019). Os ativos conhecidos como injection free possuem ação redensificantes dérmica, ou seja, seu mecanismo de ação é o aumento da produção da matriz extracelular, aumentando a espessura da derme e, como consequência, ampliando a retenção de água na pele, tendo como resultado uma pele mais firme, com superfície mais lisa, uniforme, hidratada e saudável (SIMÃO, 2019). Os ativos emolientes suplementam a pele com substâncias naturalmente presentes no manto hidrolipídico, retardando a atrofia cutânea e o surgimento de novas estrias. Os ativos de hidratação por emoliência promovem o amolecimento do estrato córneo, que forma um filme sobre a pele, minimizando a perda de água transepidermal. Já os regeneradores dérmicos estimulam a atividade dos fibroblastos e aumentam o teor de colágeno e elastina, ao passo que os renovadores epidérmicos podem auxiliar na minimização da aparência das estrias na epiderme por influenciarem no turnover celular (SIMÃO, 2019). 27 Por fim, uma outra abordagem cosmética seria o disfarce colorimétrico com o ativo dihidroxiacetona, que reage com as proteínas da pele, resultando em uma coloração semelhante ao bronzeado, reduzindo a visibilidade das estrias se aplicado pontualmente sobre elas (SIMÃO, 2019). 28 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após a revisão de literatura, foi observado que o mercado da estética teve um crescimento notório nos últimos 5 anos. A procura por procedimentos estéticos corporais movimentou bilhões de reais, acompanhado do mercado de cosméticos. Consequentemente, o número de profissionais e clínicas teve um salto considerável. Esta busca pelo corpo perfeito, ditado pela mídia, gera uma pressão em relação aos resultados efetivos, tanto por parte dos clientes quanto por parte dos profissionais que nesta área atuam. Assim, este profissional tem que levar em conta a importância da ficha de avaliação, onde esta contém os dados necessários para tratar as disfunções que mais afetam física e mentalmente seus clientes. Além de ter o conhecimento sobre as afecções, o profissional da estética deve estar capacitado e habilitado para executar os tratamentos e recursos dos protocolos, além do conhecimento em química e cosmetologia para que as intercorrências não aconteçam. Foi abordado no trabalho, os componentes de uma ficha de avaliação, contendo os dados pessoais, dados clínicos e também os parâmetros antropométricos, com os quais podemos avaliar com os instrumentos como a fita métrica, adipômetro, balança, fotodocumentação, bioimpedância. Além disso, foram conceituados o sistema tegumentar e suas estruturas, além as afecções cutâneas, como fibro edema gelóide, hipotonia tissular, lipodistrofia localizada e estrias. Sendo estas as mais comuns e numerosas reclamações e insatisfações dos clientes que buscam as clinicas estéticas, em busca de tratamentos e resultados. O profissional da estética deve conhecer, não somente a citologia, histologia e anatomia humana, mas também os conceitos básicos de química, que é a ciência que estuda a composição, estrutura e propriedades da matéria, que é qualquer material físico que ocupe espaço e massa no universo. Assim conseguimos chegar, aos estudos de cosmetologia, que é o estudo dos ativos cosméticos que são aliados aos tratamentos estéticos. Cada princípios ativos cosméticos tem uma ação, ou mecanismo de ação em nosso corpo, devendo então, o profissional da área estética saber a atuação de cada ativo associados a cada afecção estética corporal e empregá-lo da melhor maneira em seu tratamento, associados aos tratamentos manuais, gerando assim um protocolo estético eficaz. Portanto, podemos dizer que para a ficha de avaliação é de suma importância nos 29 tratamentos estéticos corporais, pois nela consta todas as informações necessárias, como os graus das afecções, alergias, intercorrências, hábitos de vida, protocolos realizados, entre outros, para que o profissional possa realizar seu trabalho com excelência, entregando em o resultado efetivo e esperado por seu cliente. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABIHPEC, Anuário 2021 – Panorama do Setor. Disponivel em: https://abihpec.org.br/site2019/wpcontent/uploads/2021/09/Panorama_do_Setor_Atualizado_ Agosto1408.pdf. Acessado em: 15/11/2021. ALLEMANDA, Alexandra Gomes da Silva. 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