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intradermoterapia, preenchimento facial, toxina botulinica e prescricao biomedica

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Brasília-DF. 
IntradermoterapIa, preenchImento 
FacIal, toxIna BotulínIca e prescrIção 
BIomédIca esteta e FarmacologIa
Elaboração
Juliana Tironi Machado
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA ................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À INTRADERMOTERAPIA ...................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA INTRADERMOTERAPIA ............................................................ 16
CAPÍTULO 3
PROTOCOLOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE INTRADERMOTERAPIA: SUGESTÕES DE 
PROTOCOLOS DE INTRADERMOTERAPIA .................................................................................. 41
CAPÍTULO 4
CLASSIFICAÇÃO DE GORDURA LOCALIZADA ......................................................................... 61
UNIDADE II
PREENCHIMENTO FACIAL ..................................................................................................................... 69
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AO PREENCHIMENTO FACIAL .......................................................................... 69
CAPÍTULO 2
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE PREENCHEDORES .................................................................... 83
UNIDADE III
TOXINA BOTULÍNICA ........................................................................................................................... 114
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À TOXINA BOTULÍNICA .................................................................................... 114
CAPÍTULO 2
TIPOS DE TOXINA BOTULÍNICA ............................................................................................... 119
CAPÍTULO 3
ANATOMIA ........................................................................................................................... 123
CAPÍTULO 4
RESULTADOS DE APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA ............................................................ 127
UNIDADE IV
PRESCRIÇÃO BIOMÉDICA .................................................................................................................. 136
CAPÍTULO 1
RESOLUÇÕES DO BIOMÉDICO ESTETA .................................................................................. 136
UNIDADE V
FARMACOLOGIA BÁSICA ................................................................................................................... 142
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA ........................................................................................ 142
CAPÍTULO 2
MEDICAMENTOS .................................................................................................................. 148
CAPÍTULO 3
FARMACOCINÉTICA ............................................................................................................ 154
PARA (NÃO) FINALIZAR ................................................................................................................... 159
REFERÊNCIA .................................................................................................................................. 160
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Esta, sem dúvida, é a apostila mais aguardada pelos alunos a partir da 
Resolução que habilitou os profissionais biomédicosa a entrarem na área dos 
procedimentos estéticos injetáveis. Esta apostila disponibilizará, a vocês alunos, 
conhecimentos sobre a farmacologia das medicações, como sua forma de uso, via 
de administração, tipos de medicamentos, entre outros. Para isso, será estudado 
os princípios básicos da farmacologia para, então, ser aplicado nos procedimentos 
mais utilizados na prática clínica, como, por exemplo: intradermoterapia ou 
mesoterapia, preenchimento facial e aplicação de toxina botulínica. Todas essas 
técnicas também serão estudas meticulosamente nesta apostila.
A partir disso, o aluno poderá, então, ter conhecimento teórico e domínio sobre as 
técnicas exigidas pelo Conselho Federal de Biomedicina, na área de estética, poderá 
saber quais medicações devem ser usadas para uma finalidade específica, seja para 
rejuvenescimento, gordura localizada ou celulite e o porquê disso.
Objetivos
 » Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico 
das técnicas de intradermoterapia, aplicação de toxina botulínica, 
preenchimento facial e bioestimulação de colágeno.
 » Compreender mecanismo de ação das técnicas de intradermoterapia, 
aplicação de toxina botulínica, preenchimento facial e bioestimuladores 
faciais.
 » Compreender método de aplicação mais atual das técnicas de 
intradermoterapia, aplicação de toxinabotulínica, preenchimento 
facial e bioestimuladores faciais.
 » Entender o processo farmacológico básico decorrente das vias 
de administração de um medicamento e a consequência dessa 
distribuição no organismo, até a via de excreção.
 » Orientar a prescrição biomédica.
 » Ter domínio teórico sobre os procedimentos injetáveis.
9
UNIDADE I
MESOTERAPIA 
– INJETÁVEIS 
INTRADERMOTERAPIA
CAPÍTULO 1
Introdução à intradermoterapia
Linha do tempo da mesoterapia
A mesoterapia também é denominada de intradermoterapia. É uma técnica bastante 
utilizada pelos profissionais da área da saúde estética, pois os resultados obtidos 
são extremamente relevantes e sua aplicação é relativamente simples. Porém, com 
o objetivo de compreender melhor os princípios que envolvem os tratamentos que 
utilizam a intradermoterapia, é necessário ter um conhecimento prévio sobre os 
processos históricos que fundamentaram a técnica.
 » 400 a. C.: Hipócrates teria usado folha de figueira da Barbária 
(cacto) para tratar dores no ombro de um pastor local. No entanto, 
chineses já usavam essa técnica há 2.000 anos, com martelos 
guarnecidos de pontas, denominada de acupuntura (LE COZ, 2012).
 » 1793: foi comprovada a ação terapêutica de substâncias injetáveis, 
pelo Dr. Pravaz (LE COZ, 2012).
 » 1832: esse mesmo pesquisador inventa a seringa e a agulha oca 
(LE COZ, 2012).
 » 1900: na França, surge o “Ressuscitador”, aparelho que contém 
numerosas agulhas maciças fixadas. Com ajuda de um sistema 
elástico, essas numerosas agulhas são espetadas na pele, por 
unguento (LE COZ, 2012).
 » 1910: na Bélgica, é visto pelo Dr. Lemaire, aplicações de procaína 
para tratar neuralgias, e, mais tarde, Leriche aplica procaína em 
gânglios e tendões dolorosos (LE COZ, 2012).
10
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » 1948 a 1950: Drs. Pistor e Lebel expandem as infiltrações locais de 
procaína para diversas áreas de aplicações (LE COZ, 2012).
 » 1952: Marco da Mesoterapia – Dr. Pistor trata um sapateiro asmático 
com uma injeção de 10 mL de procaína, por via intravenosa. Não 
há melhora evidente da dispneia, contudo, a surdez do paciente 
diminui. Desse modo, Pistor teve a ideia de injetar localmente, ou 
seja, próximo ao lóbulo da orelha, doses baixas de procaína, o que 
resultou em diminuição substancial da surdez (LE COZ, 2012).
 » 1953: a técnica de Pistor é divulgada e muitos o procuram, no 
entanto, ele observa que a técnica não é eficaz para todos os 
pacientes surdos que ele trata. Contudo, ele observa melhora 
em outros aspectos, por exemplo: dores da articulação 
temporomandibular são eliminadas, eczemas do conduto auditivo 
desaparecem e que os zumbidos são reduzidos (LE COZ, 2012).
 » 1953 a 1958: os locais de injeção se multiplicam, promovendo a 
descoberta de outras indicações (LE COZ, 2012).
 » 1958: O nome “mesoterapia” é proposto na imprensa médica 
em um artigo publicado na revista La Presse Medicale, em 4 
de junho, por Pistor. Nesse artigo, ele destacava as novas 
propriedades da procaína local na patologia humana. Propõe 
que “A ação sobre os tecidos originários do mesoderma é tão 
significativa que esses tratamentos mereceriam o nome global 
de mesoterapia” (LE COZ, 2012).
 É interessante ressaltar que, atualmente, a técnica não abrange 
somente tecidos da mesoderme (vasos, tendões, tecidos conectivos 
etc.), mas lesões dermatológicas (ectoderma), patologias digestivas 
(endoderma) também podem ser amenizadas pela mesoterapia 
(LE COZ, 2012).
 » 1960: Prof. Bordet pede ao Dr. Pistor que ensine mesoterapia aos 
estudantes de Medicina Veterinária. Isso vai até 1965, quando Bordet 
toma a liderança do ensinamento para os alunos (LE COZ, 2012).
 » 1961: primeiro livro publicado por Pistor: La Mésothérapie 
(LE COZ, 2012).
11
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
 » 1964: é criada por Pistor a Sociedade Francesa de Mesoterapia, 
nomeando o Dr. Lebel para a presidência. De primeira instância, 
foram reunidos 16 médicos (LE COZ, 2012).
 » 1976: Pistor resumiu a técnica de mesoterapia com as seguintes 
palavras: “Pouco, poucas vezes e no local adequado” (LE COZ, 2012).
 Ainda nesse ano, Pistor reconheceu que suas recomendações eram 
empíricas e baseadas em sua própria experiência clínica (LE COZ, 2012).
 » 1978: Pistor faz uma conferência nos Estados Unidos da América 
(EUA), em Nova York (LE COZ, 2012).
 » 1980: Pistor cria o multipuntor (seringa com multipunturas) (LE 
COZ, 2012).
 » 1982: falecimento do Dr. Lebel, sobre quem Pistor disse: “O homem 
que mais ajudou a mesoterapia, em seus momentos difíceis, acaba 
de falecer. Ele era meu mestre e meu amigo. Se a mesoterapia 
de hoje reúne nomes que começam a ser conhecidos, um deles, 
particularmente insubstituível, que está estritamente ligado 
ao início histórico da mesoterapia e que não poderá jamais ser 
esquecido, é o nome de Mario Lebel” (LE COZ, 2012).
Lebel teve três ideias e ações principais que foram:
 » a agulha curta ser o pequeno elo entre todos;
 » ter sido o primeiro presidente em 1964; e
 » a difusão da técnica entre os veterinários.
Criaram também, em 1912, o primeiro diploma da Universidade de Mesoterapia 
pela Faculdade de Paris XIII (LE COZ, 2012).
 » 1991: Dr. Pistor cede seu lugar à frente da Sociedade Francesa de 
Mesoterapia ao Dr. Le Coz (LECO COZ, 2012).
 » 1992 a 2002: Drs. Pistor e Le Coz viajam juntos pelo mundo para 
difundir a mesoterapia e ensiná-la aos médicos da América do Sul, 
Europa e África (LE COZ, 2012).
 » 2001: surgiram trabalhos indexados no MedLine sobre o uso da 
intradermoterapia/mesoterapia para as dermatoses inestéticas 
(LE COZ, 2012).
12
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » 2002: criação do diploma interuniversitário. Qualificação do ato 
mesoterápico pelo Caisse Nationale d´Assurance Maladie (CNAM) 
(LE COZ, 2012).
 » 2003: falecimento do Dr. Pistor (LE COZ, 2012).
 » 2004: médicos americanos encontram-se na França (Paris) para 
estágios do Dr. Le Coz e partem para difundir a técnica de origem 
francesa para o outro lado do Atlântico. A partir daí, Le Coz é 
regularmente convidado para ir ao Canadá e EUA ensinar a técnica 
aos colegas (LE COZ, 2012).
 » 2005: Ásia administra a nova abordagem terapêutica (LE COZ, 2012).
 » 2007: o diploma interuniversitário de mesoterapia já compreende 
cinco faculdades (LE COZ, 2012).
 » 2008: até o momento, o ato mesoterápico introduzido na 
nomenclatura do CNAM ainda não foi numerado (LE COZ, 2012).
Intradermoterapia na prática biomédica
A intradermoterapia é uma técnica minimamente invasiva que consiste em 
injeções intradérmicas ou subcutâneas de várias misturas diluídas de extratos 
naturais de plantas, agentes homeopáticos, produtos farmacêuticos, vitaminas e 
outras substâncias bioativas que são infundidas em quantidades muito pequenas, 
que variam de 0,1 mL a 0,2 mL, por meio de múltiplas punturas dérmicas em vez 
de poucas injeções (BROWN, 2006; TANRIKULU, 2007; KALIL, 2006). Essa 
técnica também é conhecida como mesoterapia, no entanto, esse nome não condiz 
apenas com um tratamento estético em específico, mas descreve um método de 
fornecimento de drogas. Além disso, o termo “mesoterapia” é proveniente da 
mesoderme, uma das três camadas germinativas do embrião que origina tecido 
conjuntivo, muscular, circulatório, entre outros (ROTUNDA; KOLODNEY, 2006).
É interessante ressaltar que, antes da mesoterapia ser aceita como uma 
modalidade de tratamento estético, a intradermoterapia era utilizada no 
tratamento de diversas patologias, principalmente para dores e reumatismo 
(KALIL, 2006). Michel Pistor, médico francês, em 1952, foi o primeiro 
a relatar a utilização da mesoterapia com injeções de procaína próxima à 
orelha de pacientes com deficiência auditiva para melhorar a audição, embora 
essa tenha sido restaurada por um curto período. Foi relatado melhoria nas 
articulações, zumbido e eczema na região tratada (ROTUNDA; KOLODNEY, 
2006; PISTOR,1964).
13
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Desde então, a intradermoterapia vem se tornando mais popular no ramo estético, 
principalmente por sua extensa finalidade. Pode ser usada para tratamento de 
rejuvenescimento facial, flacidez, hidrolipodistrofia, ginoide, alopecia, redução de 
medidas e emagrecimento (DUNCAN; ROTUNDA, 2011; ROTUNDA, 2009).
Mecanismo de ação da intradermoterapia
Segundo Sivagnanam (2010), a derme é uma junção das funções imunológicas, 
circulatórias e neurológicas. Desse modo, propõe que a ação medicamentosa da 
técnica de intradermoterapia pode atuar em uma dessas funções, desencadeando 
o processo de reparo, seja na flacidez, ou estria, produzindo colágeno e elastina, ou 
pela vasodilatação, aumentando o processo lipolítico no local, por exemplo. 
A pele tem uma propriedade de reservatório, principalmente no nível da camada 
córnea. A função de barreira é assegurada pela camada córnea, cuja eliminação 
aumenta consideravelmente a permeabilidade da pele (WEPIERRE, 1980a). 
Desse modo, os produtos injetáveis ativam os receptores dérmicos e se difundem 
lentamente por meio da microcirculação. Não é necessária a presença física 
do fármaco no órgão alvo, pois o produto pode atuar por meio de receptores 
responsáveis por desencadear um influxo nervoso ao liberar mediadores químicos 
com ações à distância. Esses receptores são numerosos, porém, variam em 
quantidade segundo sua localização e profundidade (KAPLAN, 1992).
De modo geral, na mesoterapia, preconiza-se a aplicação do medicamento na 
região mais próxima do órgão-alvo. É possível pensarmos que o produto injetado 
localmente tenha um valor energético, mais do que químico, em certas condições. 
Além disso, as moléculas grandes e os compostos fortemente lipofílicos são 
reabsorvidos de forma lenta e preponderantemente por via linfática. As moléculas 
pequenas são absorvidas principalmente por via sanguínea (WEPIERRE, 1980b).
A retenção nas estruturas cutâneas e subcutâneas permite ao medicamento 
permanecer concentrado sob a zona de aplicação e produzir efeitos farmacológicos 
locais, enquanto sua difusão periférica permanece reduzida e não acarreta ação 
sistemática (LE COZ, 2012).
A persistência de medicamentos nas regiões profundas da pele foi comprovada 
após aplicação de alguns corticoides, de tiroxina, de estradiol, entre outros. 
Esse experimento mostrou que, após a absorção, os medicamentos aplicados 
retornam diretamente ao coração sem passar pelo fígado (WEPIERRE,1980c). 
Os efeitos secundários por via intradérmica são reduzidos com relação às vias 
14
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
subcutâneas e intramuscular, uma vez que estas atingem a grande circulação de 
forma mais rápida quando comparada à via intradérmica (LE COZ, 2012).
Disponível em: htp://www.vichy.pt/international/Lalaborat%C3%B3rios-Vichy/
Camada-granulosa-1cmp1204.aspx.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n1/v86n1a13.pdf.
Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls
000439406&fd=y.
A punctura promove um estímulo no sistema neuroendócrino, dando origem 
à liberação de uma série de neurotransmissores, tais como: a encefalina 
responsável pela modulação da dor, promovendo um efeito anestésico após 
a sua liberação a betaendorfina responsável pela ação lipolítica e o aumento 
da imunidade, aumentando a concentração de linfócitos T, como acontece 
também na pratica de exercícios físicos; a substância decapeptídio, envolvida 
nas respostas inflamatórias, liberada quando se provoca uma irritação ao 
tecido, causando vasodilatação, taquifilaxia, aumento da permeabilidade 
venular (edema), eritema, liberação de aníon superóxido e outros mediadores, 
como histamina, prostaglandinas, enzimas lisossômicas e, finalmente, induz a 
reação inflamatória irritativa, desencadeando reflexos somáticos e viscerais. 
A puntura promove também o estimulo à produção de colágeno e de elastina 
(recuperação tecidual) (MAYA, 2007).
Mrejen, em 1992, observou que, injetando medicações em diferentes 
profundidades dérmicas, no caso entre 4 mm e 10 mm, havia diferença no tempo 
de excreção da medicação. Aplicando em uma profundidade de 10 mm, percebeu-se 
que o produto atingia a circulação mais rapidamente e sua eliminação 
ocorria antes do desejado. No entanto, quando o produto era aplicado em uma 
profundidade de 4 mm, era maior o tempo que o medicamento ficava disponível 
na camada. Com isso, padronizou-se a aplicação da intradermoterapia em uma 
profundidade ideal de 4 mm. Nessa profundidade, após 10 minutos decorrentes 
da aplicação, a quantidade do fármaco no local da aplicação permanece em 
50%. Em profundidades maiores que 4 mm, após 10 minutos, a permanência do 
fármaco declina para 16% (TENNSTEDT, 1976; AMIN et al. ,2006). 
Dessa forma, é evidente que as injeções intradérmicas se difundem por via 
sanguínea. Assim, concluiu-se que a difusão de um produto em intradermoterapia 
depende da profundidade na qual é injetado. Essa diferença pode ser ilustrada 
com curvas de eliminação: o caminho intradérmica superficial teria uma curva 
15
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
de eliminação monoexponencial, enquanto que o caminho intradérmica mais 
profunda teria uma curva biexponencial (eliminação inicial mais rápida, 
correspondendo a uma injeção intravenosa, seguida de eliminação mais lenta no 
reservatório derme) (MREJEN,1992).
Por muito tempo, a base de cada mistura foi a procaína. Atualmente, 
além da procaína, utilizamos com muita frequência lidocaína ou soro 
fisiológico como solvente de base. (LE COZ, 2012). Na hora da mistura das 
medicações, na mesoterapia, é importante saber que elas precisam ser 
preparadas em uma ordem precisa de pH para evitar flóculo. (LE COZ,2012)
16
CAPÍTULO 2
Medicamentos utilizados na 
intradermoterapia
Medicações
Em 2012, saiu a Resolução no 4.302 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) proibindo o uso de alguns extratos vegetais isolados ou associados com 
outras substâncias. São eles:
 » Chá verde.
 » Centella asiática.
 » Ginkgo biloba.
 » Melilotus.
 » Castanha-da-Índia.
 » Dente-de-leão.
 » Sinetrol.
 » Ayslim.
 » Girassol.
Posteriormente, em 2013, foi publicada a Resolução no 128 da ANVISA proibindo 
o princípio ativo Tiratricol. Além disso, substâncias alcoólicas e oleosas foram 
proscritas dos tratamentos injetáveis mesoterápicos por apresentarem risco de 
desenvolvimento de necrose tecidual.
Atualmente, outras substâncias também foram proibidas pela ANVISA, 
como os lipossomas de girassol, por não ter nenhuma comprovação 
científica em relação a sua eficácia e por provocar irritação e alergias na 
pele. Extrato de polifenóis da alcachofra, pois quando aplicada no corpo 
essa substância pode deixar vermelhidão, coceiras e manchas arroxeadas 
que não saem. Lipostabil, pelo ativo presente que é a fosfatidilcolina. 
Mais recentemente, a ANVISA e o conselho de Biomedicina suspenderam 
o uso, para a classe, de desoxicolato de sódio e seus derivados.
17
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Não obstante, a intradermoterapia possui uma vasta variedade de medicamentos 
que podem ser utilizados em diferentes tratamentos. A seguir, estão listadas 
algumas classes medicamentosas e os medicamentos que fazem partes delas:
 » anestésicos/paticolíticos;
 » venotróficos (venolinfáticos ou vasoativos);
 » lipolíticos; e
 » eutróficos, entre outros.
Anestésicos/paticolíticos
Na grande maioria dos protocolos de intradermoterapia, os anestésicos, 
preferencialmente utilizados para minimizar a dor do procedimento, são lidocaína 
a 1% (para as condições agudas) ou procaína a 1% (para condições crônicas) sem 
epinefrina. Na França, drogas como buflomedil (vasodilatador) e pentoxifilina 
também são utilizados, pois se acredita que podem aumentar a microcirculação no 
tecido local e facilitar a eliminação de resíduos metabólicos .
Em estudos com animais,a pentoxifilina tem demonstrado possuir efeito 
anti-hiperalgésico. Ervas como alcachofra, ginko biloba, melilotus também são 
utilizadas para melhorar a circulação local (VALE et al., 2004).
Procaína (pH – 5,0)
A procaína é uma amina secundária, pertencente ao grupo éster. É considerada 
um anestésico fraco de curta duração (1h). Sua toxicidade é 110 x maior por via 
intravenosa em relação à via subcutânea. A procaína é utilizada na mesoterapia por 
suas propriedades simpaticolíticas, analgésicas e vasodilatadoras (CALAIS,1987).
Lidocaína (1% ou 10 mg/mL)
É um anestésico local de pH neutro (6,0-7,5) mais potente que a procaína, 
com potência de 60 a 75 minutos. Apresenta um período de latência menor 
que a procaína, sendo mais estável entre todos os anestésicos conhecidos. É 
uma amida. Existem várias diluições de lidocaína na mesoterapia, e a mais 
encontrada e utilizada é a de 1%. Um estudo sobre as reações secundárias, 
realizado com 2.839 pessoas que aplicaram injeções de mistura contendo 
lidocaína, não mostrou nenhum choque anafilático ou vagal (CAHIER,1990).
18
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Anestésicos locais geralmente atravessam a bainha do nervo na forma não 
ionizada, porém, interagem com os receptores situados na membrana neural na 
forma ionizada, estabilizando o potencial da referida membrana, o que bloqueia 
a condução nervosa. A despolarização talvez ocorra devido à interferência com 
o fluxo de íons Na+ e K+ através da membrana plasmática (CAHIER,1990). A 
lidocaína, assim como outros anestésicos locais, pode ser ineficaz em áreas 
inflamadas, pois o pH, por ser mais baixo, facilita a ionização das moléculas de 
lidocaína, dificultando sua penetração nas fibras nervosas (CAHIER,1990).
Apesar da sua grande utilização na prática clínica, a lidocaína pode apresentar 
alguns efeitos adversos, tais como: reações locais de origem alérgica ou 
citotóxicas, dores, edemas, neurite e dermatite e eczematoide.
Venotróficos (venolinfáticos ou vasoativos)
Os vasoativos são muito usados na mesoterapia, e sua utilização parece ter efeito 
importante. São fármacos responsáveis pelo efeito vasodilatador, permitem uma 
melhor absorção e difusão dos outros fármacos (LE COZ, 2012).
Segundo Mrejen (1992), haveria uma terceira circulação no corpo humano, além 
da sanguínea e a linfática. Existiria uma circulação que ocorreria entre o plasma e 
o líquido intersticial, mais especificamente na substância fundamental amorfa da 
derme.
Assim, os medicamentos injetados ficariam no interstício dérmico e seriam 
absorvidos por unidades microcirculatórias, atravessariam a parede capilar e 
atingiriam a circulação linfática ou sanguínea, de acordo com a especificidade do 
produto (HERREROS et al., 2007). 
Buflomedil (Alfabloqueador 10mg/mL pH-6,5)
Utilizado nos fenômenos de insuficiência venosa, pois é um vasodilatador 
arteriolar, é importante para o aporte de oxigênio no tecido. Estimula a 
drenagem de toxinas, e, além disso, inibe agregação plaquetária e melhora 
o fluxo sanguíneo. Pode ser usado via intradérmica em celulite e alopecia e 
subcutânea para gordura localizada. Por fim, não se vê reações adversas em 
intradermoterapia devido à baixa dosagem utilizada.
19
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Minoxidil
Promove ação vasodilatadora periférica. É indicado para alopecia, pois estimula 
a microcirculação em torno do folículo piloso, auxiliando o crescimento capilar 
(LE COZ, 2012). Estimula os folículos em fase de miniaturização, ou seja, de 
pequeno diâmetro e hipopigmentados, e estimula a multiplicação de células da 
matriz (na raiz do cabelo). É interessante usá-lo de 1 a 4 meses, de modo que seja 
possível observar o crescimento. Devem ser feitas manutenções.
Finasterida
Inibidor da 5alfa-redutase tipo 2, reduz em dois terços a transformação 
de testosterona em DHT. Esse composto não reduz as ações fisiológicas 
da testosterona, mas apenas diminui as concentrações de DHT. Ocorre, 
inicialmente, um aumento na contagem folicular, com pico aos 12 meses, e, logo 
após, o aumento na espessura dos fios. Os efeitos se perdem após 12 meses de 
descontinuação do uso. É importante fazer manutenção.
Benzopirona (5mg/mL pH-7,0)
Conhecida também como Cumarina, atua principalmente na redução do edema, 
aumentando a resistência da parede dos vasos e diminuindo o conteúdo de 
macromoléculas no interstício (o que faz com que o edema se perpetue). 
Substância marcadora (substância ativa) do Melilotus, diminui a fragilidade dos 
capilares, otimiza o retorno venoso e, assim, diminui o edema local. Favorece 
a migração de macrófagos para o local do edema e, dessa forma, contribui para 
a fagocitose de macromoléculas impróprias do interstício que desencadeia o 
edema (VALE et al., 2004). Reduz inflamação.
Benzopirona com rutina (pH -0,5%-2,5%)
Atuam em sinergismo, melhorando circulação periférica, e diminuem a fragilidade 
capilar. Dessa forma, otimizam o retorno venoso e reduzem o edema. Indicado 
para a realização de protocolos para o eixo vascular. Apresenta ação antioxidante 
(MREJEN, 1992).
A rutina é um flavonoide que age na cadeia do ácido araquidônico, diminuindo 
a inflamação e a permeabilidade capilar. Sintetiza colágeno, aumenta a produção 
de elastina e proteoglicanos. O uso desse composto é intradérmico. Composto 
considerado vasculoprotetor e venotônico (MREJEN,1992). Apresenta ação 
lipolítica estimulada pelas catecolaminas e hormônios lipolíticos.
20
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Pentoxifilina (20mg/mL pH-7,0-8,5)
As pentoxifilinas apresentam ação sobre a deformabilidade das hemácias e são 
consideradas vasodilatadores periféricos. Além disso, elas são utilizadas em 
membros inferiores por serem consideradas medicamentos interessantes para 
celulite em grau III e IV (LANCET, 2002). Além de sua ação vascular, atribui-se a 
ela propriedades anti-inflamatórias, fibrinolíticas e lipolíticas (GEORGE, 2008).
Medicamentos lipolíticos
São aqueles medicamentos que, por meio de diferentes mecanismos de ação, 
possuem a capacidade de quebrar a gordura localizada. Estimulam a lipólise e/ou 
inibindo a lipogênese no nosso organismo (RIBEIRO, 2010).
Sabe-se que a quebra de gordura estocada nos adipócitos é regulada pelos 
receptores α-2 e β-receptores, na superfície da célula adipocitária. A lipólise 
ocorre por hormônios, incluindo estrógeno ou estimulantes químicos, 
incluindo a cafeína, por exemplo. A atividade do β -receptor aumenta a 
lipólise. Já a atividade do receptor α-2 inibe o β-receptor. Por isso, a ativação 
β-adrenérgica e a inibição α-2 adrenérgica aumentam a lipólise nos adipócitos 
(MATARASSO; PFEIFFER, 2005).
O número de razão de α-2 e β-receptores nos adipócitos variam em diferentes 
áreas do corpo, por exemplo: quadril e coxa contêm mais α-2-receptores, desse 
modo, a gordura nessas áreas é mais resistente à lipólise, já os β–receptores são 
encontrados em maior quantidade no abdome (MATARASSO; PFEIFFER, 2005).
É interessante salientar que a lipólise representa um processo pelo qual os 
triglicérides intracelulares são hidrolisados, ou seja, degradados em ácidos 
graxos livres e glicerol, os quais ficam disponíveis na circulação. No entanto, 
a lipólise não produz um efeito permanente, tais como: apoptose ou necrose 
celular. Em vez disso, a lipólise dispara uma resposta metabólica aguda que é, 
com toda a probabilidade, transitória (ROTUNDA, 2005). Devido a isso, deve 
ser orientado que paciente, tanto durante como após o tratamento estético, 
permaneça com a reeducação alimentar e a prática de exercício físico, para que 
possa manter por mais tempo os resultados da intradermotrapia. Não obstante, 
estudos já salientaram que o desoxicolato de sódio também é capaz de levar o 
adipócito à morte celular por apoptose e necrose (MATARASSO; PFEIFFER, 
2005; JAYASINGHE et al., 2013; SCHULLER-PETROVIC et al., 2008).
21
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADEI
Os lipolíticos apresentam mecanismos importantes como diminuição na 
formação de triglicérides (lipogênese); inibição na fosfodiesterase e aumento 
de AMPc – esta quando ativada inibe lipólise –; bloqueio dos alfa-receptores, 
estímulo dos beta receptores e bloqueio dos receptores neuropeptídeos (estes 
agem principalmente na celulite, restabelecendo a macrocirculação local e 
diminuindo o edema) (RAWLINGS, 2006; DUNCAN, 2007; RIBEIRO, 2010).
Não é recomendado o uso de terapias que estimulem a circulação 
periférica logo após o procedimento, nem mesmo a realização de 
atividades físicas. O aumento da circulação periférica induz a perda 
de medicamento do tecido para a corrente sanguínea, contrariando o 
princípio da técnica.
Algumas medicações e mesclas medicamentosas, assim como formas de 
aplicações, podem vir a causar uma discreta reação de resposta celular 
no nível do panículo adiposo que reveste o plano muscular. Trata-se de 
um pequeno afluxo de células linfoides diversas (fibrócitos, histiócitos, 
macrófagos, plasmócitos) localizado na periferia das grandes células 
vascuolares de gordura. Nota-se também uma vasodilatação dos capilares.
Tipos de medicamentos lipolíticos
Cafeína (250mg/mL, 5% ou 50mg/mL, pH- 7,0)
A cafeína ou 1,3,7-trimetilxantina é lipossolúvel e, quando ingerida, é 
rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal. Sua metabolização acontece 
no fígado, iniciando com a retirada dos grupos metila 1 e 7, reação catalisada 
pelo citocromo P450 1A2, levando à formação de três grupos metilxantinas. 
Sua ação lipolítica se deve à mobilização dos ácidos graxos livres dos tecidos 
ou estoques intramusculares. Atua ainda como competidor dos receptores de 
adenosina e, como estes atuam inibindo a lipólise, tem-se um aumento nos 
níveis de AMP’c, que ativa as lipases hormônios sensíveis, promovendo a 
lipólise (MELLO; KUNZLER; FARAH, 2007).
Sua ingestão pode contribuir para o aumento e para a manutenção da perda 
de peso, o que corre por meio da oxidação da gordura e de termogênese 
(DUNCAN, 2007). Seu efeito estimulante sobre o sistema nervoso central 
ocorre pelo aumento da concentração plasmática de noradrenalina. Isso 
estimula o processo lipolítico, ao inibir a fosfodiesterase, aumenta a meia-vida 
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
do AMP’c e, consequentemente, a atividade da proteína quinase A (PKA) e da 
lipase hormônio sensível (LSH) (CURI et al., 2003).
Adicionalmente, parece aumentar os níveis de proteínas desacopladoras do 
tipo 3 (UCP-3) no tecido adiposo branco. As proteínas desacopladoras estão 
presentes nas mitocôndrias das células e têm a capacidade de desacoplar a 
fosforilação oxidativa por dissipar, na forma de calor, o gradiente eletroquímico 
que foi gerado pelo processo respiratório. É por meio desse processo que 
nos mantemos aquecidos durante o inverno; a chamada termogênese. Foi 
demonstrado que animais transgênicos que expressavam essas proteínas 
além do normal apresentaram redução do tecido adiposo. Portanto, essa seria 
outra ação da cafeína na lipodistrofia localizada e no fibro edema ginoide 
(RAWLINGS, 2006; MORI et al., 2009).
A cafeína também é encontrada no mercado, na forma combinada com a 
sinefrina, que é extraída da laranja amarga, e recebe o nome comercial de 
Amarashape®. A sinefrina tem estrutura semelhante à adrenalina. Liga-se 
a receptores adrenérgicos dos adipócitos e aumenta a quantidade de AMPc 
intracelular levando a lipólise. Considerando que a cafeína é a substância 
lipolítica mais conhecida, que atua inibindo a fosfodiesterase (que faz a quebra 
do AMPc), a junção desses dois princípios aumenta a quantidade de AMPc e, 
consequentemente, a atividade lipolítica (TERRA; MININ; CHORILLI, 2009).
A teofilina, outra metilxantina, tem taxa de permeação cutânea inferior à cafeína, 
baixa solubilidade em água e efeitos secundários marcantes, mas o ácido teofilino 
acético, um derivado da teofilina, é hidrossolúvel e seguro para uso tópico 
(RIBEIRO, 2010).
Resumindo, a cafeína inibe a fosfodiesterase, aumenta o AMPc intra-adipocitário 
e, consequentemente, estimula a lipólise. Faz parte da família das xantinas. 
Indicado para tratamentos com gordura localizada e celulite (hidrolipodistrofias) e 
estimula o SNC. (MORI et al., 2009).
Além disso, aumenta a termogênese e a oxidação das gorduras (maior 
metabolização dos ácidos graxos). É geralmente utilizada nas hidrolipodistrofias, 
mas favorece claramente os hematomas. É preferível, portanto, injetá-la em 
subcutânea com dose baixa e diluída (MORI et al., 2009).
No entanto, pode ser visto esse composto em aplicações intradérmicas (para 
gordura localizada) e intramuscular (melhora o desempenho físico), pois ativa o 
metabolismo também (MORI et al., 2009).
23
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Na aplicação intramuscular, pode apresentar reações como taquicardia, insônia 
em pacientes mais sensíveis, além disso, podem ocorrer interações em pacientes 
fumantes, metabolizando mais rápido o composto, ou em pacientes que fazem uso 
de anticoncepcional, o que retarda a metabolização (RIBEIRO, 2010).
Contraindicado: para pacientes que apresentam hipersensibilidade às xantinas, 
hipertensos e cardiopatas (RIBEIRO, 2010).
Substâncias da família das xantinas, como cafeína, aminofilina, entre outras 
são estimulantes lipolíticos, ou seja, aumentam os beta-receptores dos 
tecidos adiposos, promovendo a lipólise no local tratado (VELASCO et al., 
2008; MORIMOTO et al., 2001).
Pentoxifilina (pH-7,0)
Como já falado no tópico dos venotróficos, essa xantina apresenta efeito benéfico 
na microcirculação por inibir a agregação plaquetária, melhorar a deformidade 
dos eritrócitos, ao diminuir a viscosidade do sangue, e por apresentar efeito 
vasodilatador sobre os capilares (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Indicada para tratamentos com gordura localizada e celulite. As reações adversas 
que pode apresentar são urticária e prurido no local da aplicação, mas regride ao 
término do tratamento (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Aminofilina (pH-9,0)
Essa última xantina apresentada também tem ação lipolítica, aumentando 
a produção de AMPc e, consequentemente, quebrando os triglicérides em 
ácidos graxos e glicerol. Inibem a produção de prostaglandinas e a liberação 
de histamina e leucotrienos e diminuem o processo inflamatório. Também é 
indicado para tratamento de celulite (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Pode apresentar dor no local da aplicação e sensação de calor. É contraindicada 
para aplicação intramuscular em cardiopatas (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Ioimbina (0,5%, 5 mg/mL, pH-5,0)
Alcaloide da planta Pausinistalia yoimbina, antagonista de receptor alfa-adrenérgico 
em adipócitos. Esse antagonismo induz a lipólise intra-adipocitária. Em outras 
palavras, liga-se a receptores alfa 2 adrenérgicos, aumentando a disponibilidade 
24
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
de ligação da norepinefrina à receptores beta 2 adrenérgicos. Consequentemente, 
aumenta a lipólise e diminui a lipogênense (RASCOVSKI, 2000).
É indicado para tratamento com gordura localizada. Nas mulheres: quadril 
e coxa; e em homens: região lateral do tronco (RASCOVSKI, 2000). Não deve 
exceder dose máxima de 10 mg/mL por sessão (RASCOVSKI, 2000).
Não associar esse composto com cafeína (xantinas) e a outras substâncias 
de pH alcalino – precipitação.
As reações locais podem ser: ardor no momento da aplicação e, por ter uma ação 
vasodilatadora, podem ocorrer hematomas. É contraindicado para pacientes 
com hipersensibilidade à ioimbina, hipertensão ou problemas cardíacos. 
Essa medicação apresenta complicações na maioria dos pacientes e muitos 
relatam sentir reações como calafrios e náuseas por 3 horas após a aplicação. 
Geralmente, recomenda-se ao paciente não se alimentar por 2 horas antes de 
aplicar tal composto (RASCOVSKI, 2000).
L-carnitina (30%, 300mg/mL, pH-7,0)
É um aminoácido sintetizado nos tecidos, que favorece a hidrólise total da 
molécula deácido graxo na mitocôndria. Aumenta o ATP nos músculos quando 
associado ao exercício físico (KEDE; SABATOVICH, 2009; RIBEIRO, 2010).
Responsável por transportar os ácidos graxos livres do citosol para as mitocôndrias 
para, assim, serem oxidados. Além disso, pode ser usado via intradérmica e 
intramuscular. As reações causadas podem ser ardor no local da aplicação (KEDE; 
SABATOVICH, 2009; RIBEIRO, 2010).
Outros aminoácidos também podem ser utilizados, como L-ornitina associado 
com L-arginina, os quais atuam na mobilização de gorduras do organismo. 
L-taurina evita a degradação das proteínas, favorecendo o uso de gorduras 
como fonte de energia e aumentando a insulina, o que melhora o metabolismo 
da glicose. Na aplicação intramuscular, é interessante associar com inositol 
trifosfato (KEDE; SABATOVICH, 2009; RIBEIRO, 2010).
Para melhorar o desempenho, recomenda-se fazer restrição de carboidratos e 
gorduras na dieta, fazer exercícios físicos. É interessante utilizá-la com outros 
lipolíticos trifosfato (KEDE; SABATOVICH, 2009).
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Mesoglicano (pH-7,0)
Apresenta ação lipolítica, estimulando a lípase e inibindo e dificultando a 
deposição de gordura, ideal para tratamento de celulite graus III e IV. Tem a 
tendência de causar hematomas. É interessante associar com benzopirona. Além 
da sua ação lipolítica, o mesoglicano apresenta ação fibrinolítica e antiedema 
por lisar as traves fibrinogênicas e por reorganizá-las (CHORILLI et al., 2007).
Desoxicolato de sódio (4,75% pH-7,0)
O desoxicolato de sódio é um sal biliar solúvel em água que promove a lise 
celular, levando a redução do tecido adiposo subcutâneo (ROTUNDA et al., 
2004). Além disso, também tem sido mostrado na redução de lipomas 
(ROTUNDA et al., 2005). No intestino, ele é capaz de emulsificar a gordura 
proveniente da alimentação, sendo também um produto metabólico de 
bactérias intestinais (JAYASINGHE et al., 2013). Brown (2006) discutiu o 
possível papel do desoxicolato de sódio no tecido adiposo.
Ele sugeriu que esse composto, dentro do tecido subcutâneo, poderia desempenhar 
quatro diferentes formas: a micela, vesículas e/ou monômeros e cristais. Desse 
modo, o desoxicolato de sódio em forma de vesículas e/ou monômeros leva à 
necrose celular, quando, na forma de micela, poderia resultar na mobilização da 
saída da gordura dos adipócitos. Por fim, na forma de cristal, poderia ser prejudicial 
às células. Isso dependeria da sua concentração (BROWN, 2006). Matarasso 
(2009) relata que a associação de desoxicolato de sódio com vasodilatadores 
resulta em uma rápida absorção do desoxicolato de sódio para dentro da célula.
Sua aplicação deve ser subcutânea. Se aplicado via intraderme, causa necrose. 
5% dos pacientes têm chances de formação de nódulos doloridos, e sua duração 
persiste de 7-15 dias. As reações comuns da aplicação desse composto são: 
vermelhidão, prurido, inchaço (até 5 dias), leve incômodo no local. Tal incômodo 
é persistente durante todo o tratamento (BROWN, 2006).
Desox-sil (dosoxicolato de sódio 4,75%/silício 3%) – exclusiva marca PINEDA. 
Apresenta ação emulsionante de gorduras. A formulação especial permite o 
uso do desoxicolato de sódio em veículo diferenciado fosfolipídico com maior 
biocompatibilidade, o que facilita a dispersão pelo tecido e aumenta o número de 
células atingidas com redução dos efeitos colaterais. Apresenta menor edema e 
menor risco de fibrose e formação de nódulos
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Para tratamentos com desoxicolato de sódio, aconselhe seu paciente a 
fazer semanalmente drenagem linfática, sempre espaçando 48 horas da 
aplicação. Caso ocorra nódulo, indique que, na hora do banho, massageie 
o local ou, então, com uma compressa de água quente, faça a massagem 
no local. Para que ocorra o menos possível de nódulo, é essencial aplicar 
0,1 mL por ponto. No entanto, não é só isso que fará ocorrer o nódulo, 
considerando que isso faz parte do mecanismo de ação do composto.
Esse produto deve ser usado sempre com um anestésico e venolinotrófico.
Não fazer retroinjeção com desoxicolato de sódio.
Figura 1. Após duas sessões de intradermoterapia com o protocolo desoxicolato de sódio, L-carnitina, buflomedil, 
lidocaína, cafeína, houve uma redução de 13 cm na circunferência abdominal total.
Fonte: Machado JT. Liberada pelo paciente da autora desta apostila (2015).
Figura 2. Complicações com desoxicolato de sódio após má conduta na aplicação – necrose tecidual.
Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2012/08/mulheres-feridas-ao-eliminar-gordura-em-clinica-ficam-sem-
medicamento.html. Acesso: 9/5/2020.
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Silício orgânico (0,5%, ou 5 mg/mL, pH6,0)
Apresenta ação lipolítica pelo aumento de AMPc, consequentemente 
bloqueando a enzima fosfodiesterase. Também apresenta ação eutrófica, 
regenerando as fibras dérmicas. É elemento estrutural do colágeno, elastina, 
proteoglicanos e glicoproteínas. Apresenta ação antifibrótica e antioxidante, 
opondo-se à peroxidação lipídica. É indicada para lipodistrofias, celulite, 
mesolifting facial, hidratante, anti-inflamatória, antienvelhecimento e estrias 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
Eutróficos
São responsáveis por melhorar o tecido conjuntivo e, desse modo, agem estimulando 
as produções de fibras colágenas e reorganizam as já existentes, contribuindo 
também para a formação da matriz extracelular desse tecido (LE COZ, 2012).
Fatores de crescimento
Os fatores de crescimento são proteínas reguladoras, mediadores de vias 
de sinalização no interior das células e entre elas. Eles são encontrados em 
vários tecidos em fase de cicatrização e renovação celular (ZOE, 2009). São 
mediadores biológicos naturais que atuam sobre os processos de reparo e 
regeneração. Os fatores de crescimento podem ser aplicados em cicatrização e 
cura de ferimentos, ação anti-anting, estímulo de crescimento capilar, inibição 
de crescimento de pelos, crescimento de cílios e tratamento para manchas, 
sendo utilizados com o intuito de remover células epidermais danificadas, 
estimular a produção de novas células e nutrir as existentes (BEN et al., 2006).
São indicadas para estrias, flacidez e rejuvenescimento facial:
 » IGF: aumenta níveis de colágeno e elastina, estimula a mitose celular, 
estimula os folículos capilares a produzirem um cabelo mais denso e 
forte. Importante papel no crescimento capilar (BEN et al., 2006).
 » EGF: melhora a aparência de cicatrizes e manchas, reduz e previne 
rugas pela ativação de novas células da epiderme (BEN et al., 2006).
 » TGFb3: estimula novas células da epiderme, reduz rugas e estrias 
pelo estímulo da síntese de colágeno e elastina (BEN et al., 2006).
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » b-FGF: melhora a elasticidade da pele e a circulação periférica 
(BEN et al., 2006), acelera a cicatrização em feridas aberta e as 
repara, reduz e previne linhas e rugas de expressão pela ativação 
de novas células na derme.
 » VEGF: estimula o crescimento capilar, facilita a nutrição do folículo 
e induz à angiogênese (BEN et al., 2006).
 » AFGF-FC: estimula o crescimento capilar e inibe sua despigmentação, 
aumenta a circulação sanguínea do couro cabeludo, promove a 
revitalização dos folículos capilares e induz síntese de colágeno e de 
elastina.
Ácido alfa-lipoico (0,05%)
O ácido alfa-lipoico é sintetizado naturalmente pelo organismo, com atuação no 
fígado, rins e coração. Foi descoberto em 1951, por sua atividade nos processos 
de síntese de energia, como coenzima, atuando na descarboxilação oxidativa do 
ácido pirúvico e dos alfas-cetoácidos. Mais tarde, suas propriedades antioxidantes 
foram descobertas e, então, sua utilização foi voltada para a redução de processos 
inflamatórios e em combate ao envelhecimento. Atualmente, é utilizado para 
tratamentos em estrias, flacidez e rugas. É um importante anti-inflamatório, 
antioxidantee lipotrópico. É contraindicado para pessoas com hipersensibilidade 
aos componentes da formulação (PERRICONE, 2001).
O ácido alfa-lipoico apresenta dupla solubilidade (em água e em gordura 
– lípides), dessa forma consegue penetrar facilmente em todas as partes e 
estruturas da célula protegendo-a contra a ação dos radicais livres. Por ser um 
elemento sintetizado naturalmente pelo organismo, o ácido alfa-lipoico exerce 
diversas funções no organismo, dentre as quais podem ser citadas: regulação 
do metabolismo lipídico e carbônico, ação lipotrópica, ação anti-inflamatória. 
Atua como antioxidante metabólico por controle de radicais livres, e restituição 
das funções mitocondriais devido à atividade antioxidante e por fazer parte do 
complexo de enzimas presentes nessa categoria (PERRICONE, 2001).
Benefícios após a aplicação:
 » redução da inflamação;
 » melhora do aspecto da elasticidade e tônus da pele; 
 » diminuição de rugas finas;
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
 » diminuição das dimensões, coloração e profundidade das estrias;
 » prevenção do eritema causado pela exposição ao sol;
 » alisamento do relevo das cicatrizes hipertróficas e normotróficas; e
 » suavização das rugas profundas.
Sugestão de protocolo de aplicação
Aplicação ponto a ponto ou retroinjeção uma vez por semana, durante seis 
semanas, a depender da avaliação/anamnese. 
Ácido glicólico (1%)
O ácido glicólico é um agente ceratolítico de pH 3,5 extraído da cana de açúcar 
pertencente ao grupo dos alfa-hidroxiácidos. É constituído por dois átomos 
de carbono que lhe conferem uma rápida difusão a nível intercelular por ser 
hidrofílico e por não necessitar de proteínas plasmáticas para exercer sua 
função. É indicado para tratamentos como foto envelhecimento, mesolifting 
facial, estrias jovens e flacidez (HERNANDEZ; FRESNEL, 1999).
O ácido glicólico apresenta ação ceratolítica por diminuir a coesão de corneócitos 
por interferência na formação de ligações iônicas, destruindo a proteína que une 
um corneócito a outro. Além disso, atua na síntese de glicosaminoglicano e outras 
substâncias da matriz intracelular da derme (HERNANDEZ; FRESNEL, 1999).
Os glicosaminoglicanos promovem uma intensa hidratação devido à grande 
capacidade de absorção de água. Por essa razão, preenche as lacunas deixadas 
nas estrias, rugas e flacidez cutânea. Histologicamente, observa-se o aumento na 
espessura do estrato granuloso na epiderme na adesão da união dermoepidérmica 
e do número de fibras elásticas, colágenas e seu reordenamento, reposicionando-as 
paralelamente (HERNANDEZ; FRESNEL, 1999). Consequentemente, estimula 
a síntese de colágeno e elastina. Aumenta a incorporação de prolina no colágeno 
(HERNANDEZ; FRESNEL, 1999).
Ácido mandélico (pH- 5,0)
Apresenta as mesmas propriedades que o ácido glicólico. Difere-se somente no 
tamanho da molécula, sendo esta última maior. É contraindicado para pessoas 
30
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
com hipersensibilidade aos componentes da formulação e aos alfa-hidroxiácidos 
(GARG et al., 2009).
Glucosaminoglicanos (GAG)
Gel amorfo constituído por condroitin sulfato, queratan sulfato, heparan sulfato 
e dermatan sulfato. Apresenta forte agregação às proteínas de ligação. É uma 
estrutura organizada e estimula a síntese de matriz extracelular. Promove efeito 
esponja na derme (CHORILLI et al., 2007).
Indicado para preenchimento transitório, flacidez dérmica facial e corporal, estrias 
jovens e antigas (CHORILLI et al., 2007).
Ácido hialurônico (40mg/2mL ou 2,5% ou 
60mg/mL)
O ácido hialurônico é um polissacarídeo aniônico (anteriormente chamado de 
mucopolissacarídeo) de alto peso molecular, presente naturalmente na matriz 
extracelular do tecido conjuntivo. Liga-se a proteínas, outros polissacarídeos 
aniônicos, atraindo moléculas de água e formando uma matriz em forma de 
gel, o dá sustentação aos tecidos, aumenta a espessura derme-epiderme, 
mantém a sua elasticidade e auxilia em suas trocas metabólicas. É o principal 
glicosaminoglicano da pele. É indicado para tratamentos como flacidez 
facial e corporal, mesolifting facial e estria, por apresentar poder hidratante, 
cicatrizante e hidroscópico (CHORILLI et al., 2007; HERREROS, 2011).
O ácido hialurônico, devido à grande capacidade de absorção de água, consegue reter 
de 200 a 500 moléculas de água. Quando aplicado por via intradérmica, também 
ocorre hidratação intensa, preenchendo as lacunas deixadas pela estria e pela flacidez 
cutânea. O ácido hialurônico incorpora-se à matriz que proporciona elasticidade, 
tonicidade e maciez à pele. Além disso, devido a sua ação anti-inflamatória, impede 
a criação de cicatrizes e aderências. É contraindicado para pacientes alérgicos 
a polissacarídeos. Deve-se evitar aplicações próximas às áreas vascularizadas 
(irritação e inflamação) (CHORILLI et al., 2007; HERREROS, 2011).
Ácido hialurônico com condroitin (XADN)
O condroitin também é um polissacarídeo que auxilia no equilíbrio do tecido 
conjuntivo (HERREROS, 2011).
31
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Essa associação XADN é indicada para flacidez por melhorar a hidratação da pele. 
O uso intradérmico, e em estrias, devido à ação anti-inflamatória do condoritin, 
melhora a cicatrização. Uso por retroinjeção. É contraindicado para pessoas que 
têm alergia aos componentes da fórmula (HERREROS, 2011).
Colágeno (1%)
O colágeno é uma das proteínas que formam as fibras do organismo. É constituído 
principalmente pelos aminoácidos glicina hidroxiprolina, hidroxilisina e 
prolina. O colágeno está presente em grande quantidade nos tendões, na pele, 
nos ligamentos e nos músculos. Suas fibras formadas por um arranjo regular 
de moléculas de tropocolágeno são praticamente inextensíveis e têm como 
característica principal a resistência a tensões. É indicado para tratamentos de 
flacidez facial e corporal e estrias, devido ao seu poder hidratante e eutrófico do 
tecido conjuntivo (MACIEL; OLIVEIRA, 2011; KEDE; SABATOVICH, 2009).
Quando aplicado por via injetável, exerce o eritema de preenchimento em locais 
no qual as fibras de colágeno e elastina estão danificadas, como em estrias, 
sulcos e regiões que apresentam flacidez (MACIEL; OLIVEIRA,2011; KEDE; 
SABATOVICH, 2009).
O colágeno hidrolisado é 90% mais digerível que o colágeno nativo. Ele também 
diminui a aparência das rugas e evita o envelhecimento precoce. Para melhorar a 
absorção de colágeno pelo organismo, deve-se aliar sua ingestão com alimentos 
ricos em vitamina C. O colágeno hidrolisado é muito importante para os adeptos 
das dietas pouco calóricas, pois o baixo valor calórico na alimentação contribui 
para a perda de colágeno. 
Os cabelos e a pele são diretamente beneficiados com o seu uso. 
DMAE (3%)
DMAE ou 2-Dimetilaminoetanol é um composto que funciona como estabilizador 
e antioxidante da membrana plasmática celular e eficaz anti-aging. Possui 
excelente ação tensora a curto e em longo prazo. É o precursor da acetilcolina, o 
neurotransmissor responsável pela contração muscular. Além disso, estimula a 
produção de fibroblasto na síntese de matriz extracelular (PERRICONE, 2001).
32
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Apresenta efeitos lifting antirrugas, anti-idade, diminuindo os sinais do 
envelhecimento. Desse modo, é indicado para o tratamento de flacidez dérmica e 
muscular tanto facial quanto corporal (abdome, parte interna de braços e pernas) 
(PERRICONE, 2001).
Deve ser injetado uma vez por semana ponto a ponto, em todo o rosto, mesmo 
ao redor dos olhos e pálpebras superiores e inferiores e pescoço. O efeito lifting 
dura em torno de 3-4 horas. No entanto, há efeito acumulativo com o uso 
(PERRICONE, 2001).
A reação adversa pode ser coceira e vermelhidão. Esse tratamento é contraindicado 
para pacientes que usam botox, devido ao efeito antagônico (PERRICONE, 2001).
Elastina (1%)
A elastina é uma das proteínas que formam asfibras do organismo. Sendo indicada 
para flacidez corporal e facial e estrias, apresenta grande poder hidratante e 
nutritivo (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Com o envelhecimento, vários processos ocorrem na derme e epiderme, os quais 
podem danificar as fibras colágenas, tais como: ação de radicais livres, associação 
de lipídeos aos grupamentos hidrofóbicos e aumento de conteúdo de cálcio e de 
magnésio. Esses fatores formam as fibras mais espessas e frágeis, fato que leva 
à perda de sua flexibilidade, com risco de consequente rompimento. Alterações 
bruscas de peso, que promovem o chamado “efeito sanfona”, também podem 
romper essas fibras, provocando o aparecimento de estrias, linhas de expressão e 
flacidez na pele (MACIEL; OLIVEIRA, 2011; KEDE; SABATOVICH, 2009).
Silício orgânico (1mg pH-7,0) – Trissilinol
O silício orgânico apresenta efeito lipolítico, como também antioxidante e 
eutrófico no tecido conjuntivo. É indicado para tratamentos de flacidez facial, 
estrias, gordura localizada, celulite associada à flacidez, e rugas. Geralmente, é 
associado a um venotrófico (KEDE; SABATOVICH, 2009).
No organismo humano, constitui um elemento estrutural do tecido conjuntivo, 
atuando como um blocatalizador e intervindo em diferentes processos enzimáticos 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
33
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
O silício orgânico participa da constituição das macromoléculas que formam o 
tecido conjuntivo, como a elastina, o colágeno, os proteoglicanos e as glicoproteínas, 
evitando sua degeneração, favorecendo e estimulando sua regeneração induzida e 
regulando a proliferação dos fibroblastos (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Age também como regulador, normalizador, estimulante e protetor dos processos 
metabólicos e de divisão celular. Atua como agente antioxidante, opondo-se à 
peroxidação lipídica e reorganizando os fosfolípides da membrana. Dessa forma, o 
silício age contra o envelhecimento precoce (KEDE; SABATOVICH, 2009).
O silício induz e regula a produção de fibroblastos no tecido conjuntivo, atua como 
antioxidante, inibe a formação de radicais livres por participar da constituição das 
macromoléculas que formam o tecido conjuntivo, reduz a degeneração das fibras de 
colágeno e elastina, e estimula sua regeneração (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Não deve ser aplicado em pessoas que apresentam alergia aos componentes da 
fórmula e aos salicilatos e seus derivados (KEDE; SABATOVICH, 2009). DMAE 
está citado nos artigos científicos para uso tópico na sua forma base (líquida).
Vitamina C (20% ou 222mg/mL, pH-6,0)
Trabalhos demonstram que, embora a capacidade proliferativa e a síntese 
de colágeno sejam idade dependente, o ácido ascórbico sintético é capaz 
de estimular a proliferação celular bem como a síntese de colágeno pelos 
fibroblastos dérmicos independentemente da idade. A vitamina C atua também 
como importante cofator para enzimas (PERRICONE, 2001).
É essencial para a formação do colágeno e não é produzido pelo organismo. À 
medida que a pele envelhece, a derme torna-se fina e seu colágeno diminui. Essas 
alterações aceleram-se ainda mais com a exposição aos raios UVA e UVB de forma 
crônica (PERRICONE, 2001).
Por sua ação na biossíntese do colágeno, e por seu efeito redutor de radicais 
livres, a possibilidade de liberar doses farmacológicas de ácido L-ascórbico, 
via percutânea, apresenta-se como uma interessante e importante terapêutica 
(PERRICONE, 2001).
Benefícios:
 » potente ação antioxidante;
34
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » restaura a luminosidade da pele fotoenvelhecida; e
 » estimula a síntese de colágeno e elastina.
De uso intradérmico, sua principal indicação é para flacidez, mesolifting facial e 
estrias. Apresenta reações como ardor no local da aplicação momentâneo.
Outros tipos de medicamentos utilizados
São aqueles fármacos que não se enquadram em nenhuma das categorias citadas 
anteriormente ou que possuem mecanismo de ação diferente.
Mesoglicano (pH- 7,0)
Além do que já foi observado nos comentários do tópico lipolítico, o composto 
mesoglicano apresenta ação fibrinolítica, seu estímulo ocorre pela lípase advinda 
das lipoproteínas. Desse modo, inibe depósito de lípides e melhora o endotélio 
vascular. Seu uso é intradérmico. Um dos principais efeitos adversos é o 
rompimento do vaso, o que causa hematoma, isolado ou associado à benzopirona 
. É contraindicado para pessoas que têm hipersensibilidade a heparinóides 
(CHORILLI et al., 2007).
Hialuronidase (pH-5,5)
É uma enzima proteolítica. Esse produto parece poder ser degradado pela 
aplicação de antisséptico alcoólico. Concedeu-se a ele uma responsabilidade de 
“descompartimentação” na celulite. Atribui-se a esse produto propriedades de 
estimulação dos fibroblastos. No entanto, ele pode causar reações locais intensas 
imediatas ou retardadas. É capaz de mudar a permeabilidade do tecido conjuntivo 
e de diminuir edema. Seu uso pode ser intradérmico para celulite ou subcutâneo 
para gordura localizada (CHORILLI et al., 2007).
Há necessidade de fazer teste cutâneo.
Pode causar processos alérgicos (eritema, prurido, vermelhidão) até depois da 
quarta aplicação.
A aplicação deve ser feita intralesional em uma concentração de 200 UTR 
por local onde foi feito o preenchimento irregular.
35
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Frasco: 3000URT em 10mL soro
200 UTR = 0,7mL
Ácido tranexâmico
Age nos compostos que atuam na diferenciação dos melanócitos, inibindo-os e, 
assim, evitando a formação de mais células produtoras de melanina.
É indicado na redução da pigmentação do melasma, na remoção de hemossiderina, 
na remoção da hiperpigmentação da pele resultante de cicatrizes de acne, manchas 
senis, hormonais, medicamentosas e por exposição solar, e para tratamento 
para olheiras (ALBUQUERQUE, 2005). Reduz a atividade da tirosinase (enzima 
responsável pela síntese de melanina).
Ácido kójico
Despigmentante natural, não é fotossensível e não causa alergia. Diminui a 
produção de melanina pela tirosinase (MAYUMI et al., 2007).
Associando dois despigmentantes na fórmula de ação sinérgica, otimiza os resultados. 
Exemplos: ácido glicólico, vit C, entre outros ativos (MAYUMI et al., 2007). Tem 
ação antioxidante e ajuda na prevenção do envelhecimento cutâneo. 
Tripeptídeo – 41
Derivado do fator de crescimento TGFβ, é um produto nanolipossomado. Desse 
modo, apresenta facilidade na absorção. É indicado para tratamentos de gordura 
localizada e celulite (ROVER et al., 2001; CHORILLI et al., 2007).
O tripepdeo-41 ativa NFkb, que aumenta a produção de citocinas 
pró-inflamatórias, como o TNFα. Ele aumenta o AMPc em adipócitos e bloqueia 
o PPARg (estes são receptores importantes na adipogênese). Reduz a expressão 
de C/EBP (fator de transcrição essencial na adipogênese) e, por último, mas 
não menos importante, reduz o acúmulo de triglicérides pela inibição de PPARg e 
C/EBP (ROVER et al., 2001; CHORILLI et al., 2007).
Coenzima Q10
Desempenha papel fundamental no metabolismo energético, e na proteção 
antioxidante das células, no entanto, diminui a partir dos 30 anos. Conhecido 
36
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
como ubiquitinona, essa coenzima é encontrada em todas as células do nosso 
organismo, principalmente nas musculares, cardíacas e do músculo esquelético. 
Fortalece o sistema imunológico, ativa a produção de anticorpos, a ação antioxidante, 
neutraliza os radicais livres, retarda o envelhecimento e ajuda a regenerar a vit. C e 
a vit. E. Previne doenças cardíacas e melhora distúrbios cardiovasculares, como a 
hipertensão.
Biotina
É a vitamina do complexo B, conhecida como vit. B7 e vitamina H. Processa gorduras, 
proteínas e carboidratos, gerando energia para o corpo e produzindo ácidos que 
mantêm a pele, as unhas e os cabelos em ótimo estado. Sua ausência pode deixar a 
pele seca, escamosa e com vermelhidão ao redor da boca e do nariz. 
Metionina
É um aminoácidoessencial, não produzido pelo organismo e deve ser ingerido 
por meio da dieta. Contém enxofre, substância necessária para a produção 
do antioxidante natural, a glutationa. Também produz a cisteína e a taurina, 
que ajudam no processo de eliminação das toxias, criam tecidos saudáveis e 
promovem a saúde cardiovascular. 
Crisina
Extraída da planta Passiflora coeruela, apresenta atividade fitoestrogênica, 
antioxidante e ansiolítica. Considera uma “isoflavona anabólica”, pelo seu efeito 
antiestrógeno, impedindo a conversão da testosterona em estrogênios. 
D-Pantenol
Vitamina D, o D-pantenol, forma ativa do ácido pantotênico do grupo da coenzima 
A, é uma substância que apresenta papel dos mais importantes na regulação dos 
processos de suprimento de energia. Ele se fixa em cada célula viva e auxilia na 
construção da célula e na manutenção normal do crescimento. Ao ser aplicado na 
pele ou nos cabelos, converte-se em vitamina B5. Sua forma bioativa exerce poder 
hidratante e acelera a regeneração celular, promovevendo também a queratinização 
da pele e do cabelo.
37
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Inositol
Apresenta ação no metabolismo celular, com ação energética. É membro das 
vitaminas do complexo B, hidrossolúvel, essencial para o metabolismo das 
gorduras, e pode auxiliar na redução dos níveis do colesterol. Ajuda na redução da 
aterosclerose. 
L-taurina
Utilizada como suplemento energético devido seu efeito desintoxicante, facilita a 
excreção de substâncias não mais úteis ao organismo. Produz aumento do fluxo 
sanguíneo e auxilia na utilização da gordura como fonte de energia.
L-arginina
Lipolítica, drena toxinas e combate flacidez. Muito utilizada em todos os tipos 
de lipodistrofias e níveis de celulite e em tratamento de pequenos panículos de 
gordura. Bons resultados para protocolos combinados com carboxiterapia. 
L-prolina
Atua na produção de colágeno. Quando associado à lisina, vit. C e cobre apresenta 
melhores resultados. Suas funções são fortalecer tendões e ligamentos, reparar 
musculatura e tecido vascular, cardioprotetor e ajuda no envelhecimento cutâneo.
L-lisina
Efeito supressor: impede a replicação do vírus Herpes simplex. Não pode associar 
a L-arginina (serve de meio de cultura ao vírus). 
L-fenilalanina
Atua na produção de tirosina, aumentam a dopamina (melhora a depressão e 
Parkinson), aumentam a produção de colecistoquina, que é um sacietogênico, pois 
aumenta o tempo do alimento no estômago – protocolos de apetite/emagrecimento. 
Contraindicado se associado a fenilcetonúricos.
L-ornitina
Aminoácido essencial, produzido pela utilização da hidrólise da L-arginina. Ornitina 
tem papel importante na produção do hormônio do crescimento e é usada para 
aumentar a massa muscular durante a redução de gordura corporal. 
38
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
HMB
Betahidroxibetametilbutirato (HMB), é o aminoácido que deriva do metabolismo 
da leucina. Sua ação decorre da redução da proteólise muscular e aumento da massa 
magra. Desse modo, auxilia na eliminação da massa gorda corporal. Apresenta ação 
anticatabólica, ou seja, preserva a quantidade de massa magra durante os exercícios. 
Atua de modo a beneficiar o crescimento das células e a produção de proteínas, o 
que garante a hipertrofia muscular. 
BCAA
São aminoácidos de cadeia ramificada e sua forma injetável se assemelha 
com a oral, mas os comprimidos ou o pó dessa substância apresenta ação 
generalizada. Quando injetada, apresenta ação local, como ganho de massa 
muscular. Composição: isoleucina, valina e leucina, associado a l-carnitina, 
l-arginina, vit. B6, magnésio, zinco e lidocaína. Realizado uma vez por semana. 
Após a aplicação, o paciente deve realizar atividade física em um período curto, 
de apenas 2 horas, para conseguir então um maior efeito desse composto nas 
fibras musculares.
Picolinato de cromo
Mineral essencial para a produção de insulina. O aumento da insulina melhora 
o recebimento de glicose, a circulação sanguínea e a manutenção dos níveis 
de açúcar no sangue. Pode resultar em ganho de energia, queima de gordura 
e construção de massa muscular. Indicado para pessoas que não conseguem 
emagrecer porque consomem altas taxas de doce. Inibidor de apetite e vontades!!
Picolinato de cromo + exercício físico = diminuição da gordura e melhora da massa 
muscular.
5HTP
Hidroxitriptofano age da mesma forma que o triptofano. É percursora da serotonina, 
neutransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Esse composto sai 
facilmente da corrente sanguínea em direção ao cérebro e aumenta os níveis de 
serotonina no sistema nervoso central, contribuindo para o humor. Ele também 
favorece a liberação da leptina, hormônio da saciedade, e também melhora a 
qualidade do sono e o combate dos sintomas da TPM.
39
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Morosil
Suplemento natural, feito a partir do extrato seco da laranja Moro, encontrada 
no Mediterrêno. Seus benefícios são: gerenciamento do peso, aumento da 
sensibilidade à insulina, redução dos triglicérides e colesterol total, redução da 
gordura abdominal, potente antioxidante.
Vitamina B12 – metilcobalamina
É necessário reações de metilação: trio (complexo B, b12 e B9) +taurina
Indicações: distrofia muscular (regenera terminais nervosos motores), esclerose 
múltipla, Alzheimer (melhora a memória e a comunicação), Parkinson, atua no 
metabolismo, L-dopamina, autismo (SC), sistema imunológico, hipotireoidismo, 
doença renal e psoríase.
Deficiência: exame dosar b12 (211 – 911pg/mL).
O ideal é acima de 700 pg/mL.
Dose diária de 1000 mcg.
Efeito colateral: acne temporária.
Benefícios da vitamina B12: auxilia na formação e no reparo de células, previne 
anemia, protege o sistema nervoso, fornece resistência e energia, previne o 
surgimento do câncer, atua na pele, nas unhas e nos cabelos, auxilia na fertilidade 
masculina, reduz peso e aumenta massa magra.
Não há diferença na quantidade recomendada para homens e mulheres, mas 
gestantes necessitam de apenas 0,0026 mg diários, enquanto as lactantes 
precisam de 0,0028 mg, também diários. 
A vitamina B12 é hidrossolúvel; o excesso é eliminado sem qualquer tipo de 
armazenamento. Desse modo, deve-se consumir as quantidades recomendadas 
diariamente. 
PQQ
Vitamina do complexo B: 100x mais potente que a vitamina C. Apresenta 
cofator de oxirredução: neutraliza superóxidos e hidroxilos – cardioprotetor e 
neuroprotetor. Aumenta o número de mitocôndrias, promove biogênese (ativa 
genes de reprodução), protege DNA mitocondrial e preserva os já existentes.
40
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Indicação: envelhecimento precoce, terapia oxidativa, metabolismo, melhora da 
performance, atividade física, previne cabelos brancos.
Cuidado: IM/EV promove um calor súbito seguido de tontura (duração de 30-40 min).
Gluconato de cobre
O íon cobre melhora a tonalidade da pele e age como cofator da tirosinase 
responsável por transformar a tirosina em melanina. 
41
CAPÍTULO 3
Protocolos e técnicas de aplicação 
de intradermoterapia: sugestões de 
protocolos de intradermoterapia
Os protocolos são essenciais no nosso dia a dia, no entanto, para que possamos 
desenvolvê-los da melhor forma possível, precisamos ser capazes de dominar a 
técnica, além de ter conhecimento dos ativos, como foi visto no capítulo anterior. 
Além disso, precisamos saber avaliar o real problema do nosso paciente, pois, 
dessa forma, saberemos qual o melhor protocolo deve ser utilizado para obter 
os melhores resultados. 
Abaixo, são apresentados alguns exemplos de protocolos e sugestões interessantes 
a serem usados no cotidiano, contudo, na prática, acabamos desenvolvendo 
nossos próprios protocolos, sem contar que em muitos casos serão necessários 
desenvolver protocolos personalizados, o que o diferenciará no mercado de 
trabalho.
Atualmente, além dos tratamentos injetáveis, sempre fazemos prescriçõesde 
cápsulas ou tópicos, dependendo para o que for o tratamento, de modo que 
o paciente/cliente permaneça com a conduta home care. Assim, obteremos 
melhores resultados pela associação e pela rotina de tratamentos que o paciente 
terá, o que trará mais assiduidade e desempenho ao processo. 
Despigmentante
Aplicação intradérmica por toda a extensão da mancha a ser tratada. Adicionar 
0,1mL por ponto durante 12 semanas, sendo realizada 1x/semana.
 » Ác. Tranexâmico 8mg.
 » Ác. Kójico 20mg.
 » Lidocaína 8mg.
 » Veículo qsp 2mL.
42
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Flacidez corporal ou facial ou estrias
 » ADN (ácido hialurônico 10% + condroitin 2,5%) 2mL.
 » Elastina 1% 2 mL.
 » Lidocaína 1% 2mL.
 » Silício orgânico 1mg/2mL.
 » DMAE 3%/2mL.
Rugas e linhas de expressão
 » Ácido hialurônico 40mg/4mL.
 » Glucosamina 20%/4mL.
 » Silício Orgânico 1mg/2mL.
Flacidez corporal
 » Ácido hialurônico 10%/2mL.
 » DMAE 3%/2mL.
 » Condroitin Sulfato 200mg/2mL.
Flacidez facial I
 » Ácido glicólico 1%/2mL.
 » DMAE 3%/2mL.
 » Ácido Hialurônico 40mg/2mL.
 » Lidocaína 1%/2mL.
Flacidez facial II
 » Condroitin sulfato 10%.
 » Ácido hialurônico 0,06%.
43
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
 » Silício orgânico 0,5%.
 » DMAE 2,5%.
 » Lidocaína 1%.
Rejuvenescimento facial I
 » DMAE 7%.
 » Lidocaína 2%.
Rejuvenescimento facial II
 » IGF.
 » TGP2.
 » EGF.
 » Ácido Mandélico.
 » Ácido Kójico.
 » GAG.
Estria vermelha
 » IGF.
 » Vit. C 20%.
 » Ácido hialurônico 1% + Condroitin 2,5% (XADN).
 » Silício Orgânico 10mg/mL.
 » Glicerinol.
 » Lidocaína 1%.
44
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Estria branca
Mescla I
 » IGF.
 » Vit. C.
 » Polidocanol 0,5% - 0,5mL.
 » Silício Orgânico 10mg/mL.
 » Componente Isolado - Gluconato de Cobre 0,28% - 0,5mL.
Mescla II
 » Ácido hialurônico 0,06%.
 » Buflomedil 1%.
 » Sulf. magnésio 10%.
 » Silicium P 3%.
 » Lidocaína 1%.
Observação importante
Em casos de estria com aparência branca, é indicado utilizar, nas primeiras 
aplicações, o Gluconato de cobre, observando a necessidade de aplicação em cada 
sessão. Uma vez que ele persista, agindo no local por uma semana e obtendo a 
coloração desejada da pele, retire o medicamente da mescla.
Flacidez corporal
Mescla I
 » Silício Orgânico 10mg/ml.
 » Colágeno 2%.
45
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
 » IGF.
 » TGF.
 » Ácido hialurônico 1%.
Mescla II
 » DMAE 2,5%.
 » Silício Orgânico 0,5%.
 » Polidocanol 0,5%.
 » Lidocaína 1%.
 » GAG 17,2%.
Celulite
 » Benzopirona + Rutina 1mg/2mL.
 » Cafeína 50 mg/2mL.
 » Mesoglicana.
 » Lidocaína 2%.
Celulite grau II
 » Ioimbina 0,5%.
 » Buflomedil 1%.
 » Crisina 100mcg.
 » L-carnitina 30%.
 » Lidocaína 10%.
Celulite grau III
 » Desoxicolato 122mg.
 » Pentoxifilina 2%.
46
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » Crisina 100mcg.
 » Silício Orgânico 0,5%.
 » Lidocaína 1%.
Para gordura localizada
Mescla I
 » Desoxicolato de sódio 4,75%.
 » Cafeína 100mg/2mL.
 » Silício Orgânico 10mg/mL.
 » Bbuflomedil 10mg/2mL.
 » Lidocaína 1%.
Mescla II
 » Tripeptídeo - 41 1,2% 2mL.
 » Cafeína 10mg/2mL.
 » Lidocaína 1%.
 » Silício Orgânico 10mg/2mL.
 » Aminofilina 40mg/2mL.
Intramuscular – emagrecimento
 » Aminofilina 20mg.
 » Furosemida 5mg.
 » Lidocaína 40 mg.
 » Cafeína 100 mg.
 » Inositol 100mg.
 » Veículo qsp 5mL.
47
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Emagrecimento grau I
Mescla I
 » Picolinato de cromo 200mcg.
 » L-ornitina 150mg.
 » L-fenilalanina 50mg.
 » Inositol + Taurina 200mg.
 » Lidocaína 10 mg.
Mescla II
 » Vit. B12 + Metionina + inositol + colina 2mL.
 » L-cornitina 600mg.
 » L-ornitina 150mg.
 » L-fenialanina 2,5%
 » Lidocaína 2%.
Mescla III
 » L-carnitina 600mg/2mL Emagrecimento grau II e III.
 » L-Fenilalanina 2,5%/ 2mL.
 » L-ornitina 150 mg / 2mL.
 » Lidocaína 1% 2mL.
Os protocolos devem ser desenvolvidos uma vez na semana, pois são técnicas 
desconfortáveis e podem gerar hematomas. Muitas vezes, o hematoma não 
desaparece em uma semana. Na hora do procedimento, não pode aplicar na região 
que ainda apresenta o hematoma, pois o paciente sentirá dor e não haverá efeito 
naquele local. Alguns protocolos de flacidez podem ser realizados a cada duas 
semanas para ocorrer o estímulo de colágeno. Atentar-se aos ativos envolvidos. 
48
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Pode ocorrer de alguns pacientes incharem muito, em protocolos para gordura 
localizada, e, desse modo, realiza-se a aplicação a cada 15 dias.
Técnicas manuais de aplicação
As técnicas manuais de aplicação são realizadas por via parenteral. As mais 
utilizadas na intradermoterapia ou mesoterapia são a intradérmica, subcutânea 
e intramuscular. Lembre-se que a aplicação intramuscular não é considerada 
uma técnica mesoterápica, uma vez que Pistor relata que a técnica consiste em 
injeções intradérmicas ou subcutâneas de um fármaco ou de uma mistura de 
vários produtos, denominado de melánge ou mesclas.
Outras técnicas conhecidas e utilizadas na aplicação são as técnicas, ponto por 
ponto, descrita pela primeira vez por Pistor, a qual envolve a aplicação da mescla 
no volume de 0,02 a 0,05mL perpendicular à pele (4 mm de profundidade), com 
uma distância de 1 a 2 cm entre os pontos. Sendo injeções com pouco volume 
sempre perpendicular à pele, em uma profundidade precisa na derme profunda, 
distanciando em torno de 1 a 2 cm, como relatado acima, essa técnica é usada 
principalmente para a redução da gordura localizada.
A técnica Nappage é uma técnica mais superficial (2 mm de profundidade), em 
que ocorre pressão constante sobre o êmbolo durante a aplicação, como se imitasse 
uma máquina de costura em um ângulo de 45°, com uma agulha de 4 mm. Esse 
procedimento é um dos mais desconfortáveis ao paciente. Geralmente é utilizado 
no couro cabeludo e na celulite.
Na técnica de Nappage, o profissional, com um movimento de vibração rápido 
no pulso, vai produzir múltiplos impactos invisíveis no nível da epiderme. 
O gesto deve ser perfeitamente dominado para evitar escoriações cutâneas 
durante o mesolifting, assim como o sangramento. O produto depositado nessas 
multipucturas é absorvido rapidamente. Isso ocorre porque essa técnica permite 
estimular as seguintes estruturas sub-basais e basais, tais como (LE COZ, 2012):
 » unidade microcirculatória: importante efeito vasoativo (alternância 
cruzada de vasoconstrição e vasodilatação) (LE COZ, 2012);
 » unidade de competência nervosa: efeito mecânico direto da ponta da 
agulha sobre os receptores sensitivos da camada córnea (LE COZ, 2012);
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
 » unidade de competência imunitária: efeito farmacológico dos 
medicamentos utilizados na camada basal para a imunoestimulação 
(LE COZ, 2012); e
 » unidade de competência fundamental: a absorção cutânea dos 
produtos é rápida. Ela segue uma passagem transdérmica. A 
substância fundamental é supostamente visada por essa passagem 
(LE COZ, 2012). Essa técnica é realizado em toda a extensão da face 
e do pescoço, principalmente.
A técnica epidérmica será relatada no tópico a seguir.
Figura 3. Ângulos de inserção da agulha segundo a via de administração: intramuscular (IM), subcutânea (SC) e 
intradérmica (ID).
 
Músculo 
Tec. subcutâneo 
Derme 
Epiderme 
Intradérmica 10º-15º Intravenosa 25º Subcutânea 45º Intramuscular 90º 
Intramuscular 90º Subcutâneo 45º Intravenoso 25º Intradérmico 10º-15º 
Fonte: https://enfermagemcuidadosintensivos.blogspot.com/2017/02/medicacao-injectavel-angulos-de-insercao.html. Acesso 
em: 9/5/2020.
Intraepidérmica
É a mais superficial (1 mm de profundidade) de todas as técnicas, em que a camada 
basal da pele não é penetrada. As agulhas de calibres 27-31 são usadas com o bisel 
orientado para longe da pele e arrastado ao longo, com uma leve pressão

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