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PROJETO DE ESTAGIO - Ana Lúcia - ARTES - periodo covid

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
ANA LÚCIA PESSOA AFONSO CAMPOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PROJETO PRÁTICO
TIMÓTEO
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
ANA LÚCIA PESSOA AFONSO CAMPOS
PROJETO PRÁTICO
 DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de Artes, como pré-requisito para aprovação.
 
TIMÓTEO
2021
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO (ARTE COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO)
RESUMO- A Arte pode e deve exercer papel fundamental no meio educacional, sendo instrumento fabuloso para despertar a criatividade, senso interpretativo e ampliar conhecimentos dentro da sala de aula. Na Educação, compreende-se que os alunos inseridos no ensino fundamental devem frequentar aulas de Artes, oportunidade em que são incentivados a produzir trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre obras de arte e a própria arte enquanto área de conhecimento. Nesse paradigma, os professores especializados em Artes, tem como principal missão utilizar de técnicas apropriadas para aumentar a atenção e interesse dos alunos pela área, conduzindo-os com destreza pelo mundo das artes, valorizando diferentes tipos de expressão artística, reconhecendo o valor da arte e dos artistas. Assim, busca-se no presente projeto observar as possibilidades de implementar o ensino da Arte em sala de aula por meio matrizes estéticas culturais, elementos de música e novas tecnologias. Através dessas três distintas áreas aplicadas dentro de sala de aula será possível inovar o currículo escolar sobre a aula de arte, validando a necessidade de expressão dos alunos desde o início da idade escolar. 
PALAVRAS-CHAVE: Arte. Matrizes. Elementos de Música. Novas tecnologias. 
			
	
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	7
2.	MATRIZES ESTÉTICAS E CULTURAIS	9
3.	ELEMENTOS MUSICAIS	13
4.	NOVAS TeCNOLOGIAS	16
5	CONCLUSÃO	18
REFERÊNCIAS	20
			
	
INTRODUÇÃO
Quando se observa a educação no Brasil, é possível apontar que as Artes vêm finalmente ganhando maior relevância na grade curricular de ensino, comprovando-se que é possível fazer da Arte uma área de conhecimento de grande valor ao mesmo tempo que se comprova que a educação através da arte também se satisfaz, repercutindo para além do cenário exclusivamente educacional, com positivos reflexos no campo social, cultural e profissional da vida dos alunos. São muitas as vertentes artísticas e, dessa forma, muitas são as formas diferentes de se aplicar Arte ao contexto educacional de uma sala de aula. Há várias formas, ensinamentos, técnicas e instrumentos diversos que podem ser implementados para trazer ao aluno o melhor conhecimento possível sobre Arte.
Há tempos atrás, pensava-se que a aula de Arte era apenas uma oportunidade para que o aluno fizesse como quisesse um trabalho artístico, assim, o professor disponibilizava os instrumentos necessários e permitia que os alunos se expressassem artisticamente da forma que lhes aprouvesse. Normalmente, isso culminava em diferentes expressões artísticas que compunham uma pequena exposição escolar. Porém constatou-se que essa visão limitava as possibilidades das Artes enquanto disciplina escolar, sendo possível agregar maior valor e desenvolver outras maneiras de se aproveitar o intelecto daqueles alunos.
Mais recentemente, foi assimilado pelos profissionais da educação que era importante ministrar conteúdo artístico já instituído, assim, foram criadas novas possibilidades para as aulas de Arte, fomentando a integração dos alunos com obras e meios de arte, indicando que as Artes podem e devem ser estudadas como um produto da cultura humana, sendo possível extrair valiosas informações sobre os homens de uma época, um local e uma cultura por meio da análise de uma obra de arte. Passou-se então ao reconhecimento das Artes como expressão do homem no mundo dentro de sala de aula, viabilizando a atividade interpretativa associada a atividade criativa, que nunca deixou de existir. 
Na verdade criou-se o entendimento de que essas se complementavam, sendo benéfico aos alunos que experimentassem as Artes das mais variadas formas, através de um pensamento crítico, racional, emotivo, despertando a capacidade de reconhecer e reproduzir padrões estéticos de diferentes origens, pois isso enriqueceria o entendimento sobre a própria matéria e sobre as capacidades, estilos e desejos artísticos de cada aluno, individual e coletivamente.
A figura do professor ganha destaque, pois cabe a ele mostrar aos alunos as múltiplas possibilidades de expressões artísticas, considerando todas as variáveis e elementos que estão disponíveis no campo artístico. A Arte garante instrumentos através dos quais o professor ganha a possibilidade de observar características individuais de seus alunos e, a partir destas, orientar a apuração do gosto particular de casa aluno, estimular a inteligência e ajudar na formação da personalidade de seus alunos, sem se reter a preocupação com a formação de artistas.
Assim, visando aplicar o conhecimento adquirido ao contexto de sala de aula, o presente projeto elegeu o estudo de três diferentes áreas que podem ser aplicadas diretamente dentro de uma sala de aula, resultando em valiosa experiência de contato com Artes para os alunos, sendo elas: matrizes estéticas culturais, elementos de música e novas tecnologias.
Os capítulos dividem-se, assim, em cada uma dessas áreas, sendo a primeira correspondente ao uso das matrizes éticas culturais dentro da sala de aula, para que, assim, crie-se nos alunos a capacidade de reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. O capítulo seguinte decida-se a análise dos elementos de música e sua assimilação dentro do contexto escolar, aguçando a percepção dos alunos para a própria audição, bem como os maiores benefícios do contato com a música, encerrando com a aplicação de novas tecnologias voltadas para a assimilação de conteúdo artístico em sala, aprofundando as relações das artes visuais com as novas tecnologias.
A partir da adoção dessas vertentes das Artes dentro do ensino regular, busca-se, através de pesquisa bibliográfica, constatar quais experiências artísticas são possíveis e viáveis dentro do ambiente educacional e, além disso, os benefícios que essas trazem ao desenvolvimento artístico e cultural dos alunos.
O interesse pelo tema também se deve ao fato de se considerar a Arte como um importante meio de conhecimento para o aluno, contribuindo para seu senso criativo e crítico, partindo da realidade do próprio aluno e da sociedade e cultura ao qual está inserido, bem como o conhecimento e interpretação de outras culturas.
2. MATRIZES ESTÉTICAS E CULTURAIS 
A Arte está estritamente ligada ao patrimônio histórico e cultural dos homens no mundo, desde os primórdios da civilização era possível reconhecer que os homens produziam arte, que representava um registro de sua vivência, permitindo que na atualidade se reconheça o contexto experimentado pelos homens que produziram aquela obra de arte (BAUMER, 2009).
Quando se fala na abordagem das matrizes estéticas culturais no campo das Artes enquanto área de ensino e de conhecimento, o que se pretende é justamente aprofundar o estudo sobre as expressões artísticas, a sensibilidade do artista, os padrões estéticos que incluem os traços, as cores e demais itens que se repetem e se comunicam dentro de várias obras inseridas no mesmo contexto cultural (FERREIRA, 2003).
No ambiente das artes, as matrizes dão possibilidades de se compreender um contexto para aquela obra artística, analisando aspectos históricos, sociais e políticos traz acréscimo de camadas para o conhecimento daquela obra e daquela produção artística (BAUMER, 2009).
No Brasil, o estudo da arte original do Brasil, ou seja, das obras indígenas, é fundamental, pois a maior partedo contato que as pessoas tem com arte deriva da apreciação da arte europeia, que pode e deve ser estudada e apreciada, mas em companhia das artes oriundas de outros contextos sociais e geográficos. Como brasileiros, é muito importante que a arte indígena do país seja contemplada em sala de aula, para que assim, essa seja valorizada e compreendida em seu valor de importância, sem ser ofuscada ou desvalorizada pela cultura europeia ou norte americana (BAUMER, 2009).
A Arte artesanal e folclórica de ordem indígena, tem muito valor, produzindo artes em materiais e processos imateriais com riqueza de detalhes, uma arte tão integrada aos artistas que compõe o próprio cotidiano daqueles, sendo os próprios consumidores e apreciadores de sua arte, pois essa revela a essência de sua realidade e existência (BAUMER, 2009).
Como membros da cultura brasileira, as matrizes africanas, indígenas e europeias se misturam na composição de nossa própria matriz artística, sendo importante aos alunos de arte entenderem essa composição e conseguir por meio da observação de itens e obras de cada matriz, perceber o padrão de arte existente, identifica-lo, compreender os motivos que levaram aquela composição e, a partir disso, identificar o valor artístico e cultural daquela cultura (FERREIRA, 2003).
Para isso, o professor deve explicar ao aluno o contexto de produção daquela matriz artística. 
Por exemplo, uma vez estabelecido que deve ser feito estudo dentro de sala de aula sobre as matrizes indígenas brasileiras, deve o professor apresentar o contexto que viabilizou toda a criação artística em tela, iniciando com o contexto histórico, destrinchando sobre a presença indígena em território nacional antes e depois da chegada dos portugueses, a forma com que a cultura indígena já estabelecida foi assimilada pelos portugueses, etc( FERREIRA, 2003).
Também importa dizer que dentro da cultura indígena há várias tribos com seus próprios estilos artísticos, próprias manifestações culturais, linguagens, religiões e hábitos. Essas diferenças refletem-se na própria arte produzida por cada tribo indígena, de modo que cada um estabelece um próprio patrimônio cultural (FERREIRA, 2003).
Assim, dentro de sala de aula devem ser exibidos, caracterizados, destrinchados, explicados e contextualizados brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais, viabilizando aos alunos a oportunidade de experimentar aquela vivência em sua plenitude (FERREIRA, 2003).
Por exemplo, após a leitura de textos sobre as artes indígenas, sua relevância e importância, os alunos são convidados a participarem de atividade criativa, oportunidade em que podem tentar reproduzir em uma criação própria reflexos do que foi absorvido durante o estudo das artes indígenas, mesclando o conhecimento adquirido com a expressão artística própria e singular de cada indivíduo.
Vê-se que em aula ministrada por professores de Artes e disponibilizadas na internet, é possível ver como a arte indígena pode ser assimilada pelos alunos e ter certos aspectos reproduzidos, como na atividade abaixo:
Fotografia 01 – Professora Lídia Thuler lecionando Artes para 4º ano do Ensino Fundamental
Fonte: Youtube (2020)
Durante a aula sobre matrizes artísticas africanas, a professora apresentou um exemplo de referência a cultura africana sendo utilizado pela empresa Natura no padrão estético de suas embalagens. Na ocasião a professora destacou com os alunos como é importante valorizar os artistas que cuidam de propagar e disseminar a cultura africana. Veja-se:
Fotografia 02 – Professora Lídia Thuler lecionando Artes para 4º ano do Ensino Fundamental
Fonte: Youtube (2020)
Em sequência, a professora revela mais dados sobre a cultura africana, focando principalmente nos padrões artísticos que compõe as máscaras africanas, mundialmente famosas e reconhecidas como produtos da cultura africana, fortemente ligadas a religião e práticas ritualísticas da cultura em questão. Na atividade em questão, os alunos são convidados a produzires, em consonância com os padrões exibidos pela professora, suas próprias máscaras africanas, sendo que o primeiro passo é tratar dos padrões estéticos em preto e branco, desenhando os traços que compõe a máscara, como se vê abaixo:
Fotografia 03 – Professora Lídia Thuler lecionando Artes para 4º ano do Ensino Fundamental
Fonte: Youtube (2020)
O estudo das matrizes e estéticas proporciona a troca entre diferentes culturas, possibilitando que o aluno conheça diferentes culturas e tenha conhecimentos específicos sobre cada uma delas, favorecendo eventual reconhecimento e reprodução desses padrões, o que sobremaneira enriquece o conhecimento artístico e impulsiona a valorização dessas formas de artes no mundo.
Pontua-se, assim, que as manifestações artísticas de diferentes culturas possuem diferentes aspectos que de forma alguma se sobrepõe, sendo todos os modelos e formas de expressão cultural importantes no contexto artístico (FERREIRA, 2003). 
É de extrema importância que os alunos desde cedo tenham contato com o maior número possível de vertestes artísticas, pois, isso impulsiona criações de arte mais ricas, bebendo de inúmeras influências. Quanto mais culturas forem exibidas para os alunos, menores as chances desses ficarem limitados e reduzidos a experiências artísticas comumente veiculadas pela mídia, alcançando novo entendimento sobre a prática artística, a reconhecendo nos mais diversos lugares, sabendo valorar e reconhecer a importância (FERREIRA, 2003). 
3. elementos musicais 
O ensino de Artes por anos estava condicionado a artes visuais, como pintura e desenho, de modo que, em sala de aula, a maioria dos alunos ficava restrito apenas ao contato com esses dois modelos de produção artística. Com o passar do tempo, novos modelos de arte conseguiram alcançar as salas de aula, sendo a música uma dessas inovações (CORREIA, 2003).
Pois bem, percebe-se que o ensino de elementos musicais dentro das aulas de Artes tem capacidade de despertar nos alunos a percepção musical e a sensibilidade auditiva, inclusive trazendo uma experiência poética que soma de diversas formas para a vida daquele aluno, refletindo no desenvolvimento e apuração de seus gostos e influências artísticas (SOUSA, 2004).
A música interfere positivamente na imaginação, na capacidade auditiva, na criatividade, aumentando ainda o bem estar e a felicidade dos alunos dentro de sala de aula. É reconhecido que a capacidade de ouvir e reproduzir músicas tem efeito consideravelmente positivo na vida dos seres humanos, sendo crucial que a escola básica viabilize o contato dos alunos com elementos musicais que viabilizem a caminhada desses no ramo da música, incluindo diversos instrumentos e noções didáticas sobre os conceitos introdutórios do estudo da música (CORREIA, 2003).
A adição da música como componente da grade curricular na disciplina de Artes teve a capacidade de ampliar o ensino da Arte e da criação artística individual de cada aluno, munindo-os com as ferramentas necessárias para conhecer e apreciar as diferentes formas de música, seus acordes, valorizando a música como instrumento da expressão artística e importante produto da cultura humana, em suas mais diversificadas manifestações (SOUSA, 2004).
Segundo Correia (2003, p. 84-85) o ensino da música é fundamental dentro da disciplina Artes, produzindo muitas vantagens na formação escolar dos alunos, motivo pelo qual esse deve ser constantemente preservado dentro da grade curricular de todas as escolas, veja-se:
A música auxilia na aprendizagem de várias matérias. Ela é componente histórico de qualquer época, portanto oferece condição de estudos na identificação de questões, comportamentos, fatos e contextos de determinada fase da história. Os estudantes podem apreciar várias questões sociais e políticas, escutando canções, música clássica ou comédias musicais. O professor pode utilizar a música em vários segmentos do conhecimento, sempre de forma prazerosa, bem como na expressão e comunicação, linguagemlógico-matemática, conhecimento científico, saúde e outras. Os currículos de ensinar devem incentivar a interdisciplinaridade e suas várias possibilidades.
Buscando demonstrar como os elementos musicais podem ser incorporados no cotidiano de seus alunos e por eles identificados e apreciados, trazendo uma integração entre a vida regular dos alunos no contexto familiar com as atividades produzidas dentro da escola, o Professor de Artes Pedro Jr. inicia a aula propondo que seus alunos prestem atenção nos sons que podem ser produzidos dentro de suas residências a partir de utensílios domésticos, conforme:
Fotografia 04 – Professor Pedro Jr. lecionando elementos musicais 
Fonte: Youtube (2020)
Posteriormente, o professor explica aos alunos o que exatamente pode ser considerado como som, auxiliando-os na percepção do que é ou não considerado um elemento musical. Veja-se:
Fotografia 05 – Professor Pedro Jr. lecionando elementos musicais 
Fonte: Youtube (2020)
O professor também cuida de demonstrar por meio do violão o que seriam as melodias e os sons para os alunos, estimulando-os a tocar um instrumento musical. Veja-se:
Fotografia 06 – Professor Pedro Jr. lecionando elementos musicais 
Fonte: Youtube (2020)
O professor aqui analisado exemplifica bem como a música pode ser utilizada dentro de sala de aula e como isso influi positivamente em diversas áreas de ensinamento. A aula de música é visivelmente uma atividade divertida que causa bem estar aos alunos, também é excelente meio de incentivar a comunicação e a expressão artísticas desses. 
4. NOVAS TeCNOLOGIAS 
As Artes são notoriamente área de conhecimento que se relacionam com outras áreas, vez que a produção artística reflete em diversos outros campos de conhecimento. Nota-se, ainda, que o ensino da Arte pode se relacionar com as novas tecnologias, sendo essa possibilidade uma realidade cada vez mais presente no cotidiano artístico, o que faz com que tal assunto mereça discussão acadêmica, melhorando sua compreensão (PLAZA, 2003).
Através do estudo de novas tecnologias associadas ao estudo da Arte é possível abranger o conhecimento das origens das tecnologias, desde sua criação, acompanhando sua evolução até o momento atual. Também se percebe como o ensino da arte está envolvido no processo de evolução das tecnologias, especialmente no que concerne a fotografia e cinema, que sofreram verdadeiras transformações por meio de inovações tecnológicas (VENTURELLI, 2007).
Quando se trata do ensino da arte, há de se fazer a assimilação de novas tecnologias ao ensino, abordando-as como um instrumento capaz de propiciar uma aproximação das artes com a nova geração, acostumada a lidar com novas tecnologias e redes sociais (VENTURELLI, 2007).
Sobre a tecnologia da informação, essa se revela especialmente importante quando se observa o potencial de comunicação e da convergência digital em um encadeamento de importantes circunstâncias sociais que favorecem a divulgação das Artes(PLAZA, 2003).
As novas tecnologias desempenham papel importante no processo de ensino da Arte, o que não pode ser ignorado, vez que cada dia mais representam uma nova oportunidade de melhoras a comunicação entre aluno e professor, facilitando acessos a inúmeros recursos, propiciando o entendimento dos principais procedimentos metodológicos de ensino (VENTURELLI, 2007).
A tecnologia multimídia engloba imagem, vídeo e áudio e hoje estão atreladas ao cotidiano da maior parte da população brasileira, beneficiando e facilitando a propagação de informações e promoção de novas formas de arte (QUARTIERO, 1999).
Vê-se, por exemplo que a arte contemporânea faz muito uso de novas tecnologias e das novas formas de experiências estéticas (QUARTIERO, 1999).
As inovações tecnologias influenciam também a arte, pois, muitos artistas já se utilizam de tecnologias na própria produção artística. Veja-se:
Fotografia 07 – Professor Jorge Audy,em aula magna discutindo obra de arte 
Fonte: Youtube (2021)
Vê-se que o artista utilizou de tecnologias novas para criar sua própria arte e assim dinamizar dentro da escola artística que pertence, afinal, arte é inovação e evolução, necessitando de ousadias e da assimilação de novas tecnologias.
Sobre a arte digital, destaca-se:
O termo “arte digital” foi cunhado na década de 1980, quando os engenheiros da computação começaram a usar um programa chamado Aaron, inventado pelo artista digital pioneiro Harold Cohen (nascido em 1928). O programa de Cohen produzia originalmente desenhos em preto e branco, como seu Desenho computadorizado sem título à la Miró (1982); mais tarde o artista adaptou o programa para fazer desenhos coloridos. Hoje, a arte digital inclui vídeos digitalmente editados e animações computadorizadas, mas o termo é usado com mais frequência para se referir à arte criada exclusivamente com um computador, fotografias manipuladas usando-se o computador e arte criada apenas para a internet. Quando a tecnologia digital se tornou mais barata, mais fácil de usar e mais acessível, artistas consagrados começaram a usá-la. O artista pop Richard Hamilton (nascido em 1922) usou o sistema Quantel Paintbox para retrabalhar sua colagem O que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes? (1956), a fim de refletir a era contemporânea. O resultado, intitulado O que torna os lares de hoje tão diferentes? (1992), foi criado com base em imagens escaneadas e fotografias digitais. Na década de 1990, o fotógrafo alemão Thomas Ruff (nascido em 1958) se tornou conhecido por retratos e fotografias de interiores que modificava digitalmente para parecerem pinturas e, em alguns casos, borrões. No começo do século XXI, o artista produziu imagens com cores frenéticas e amalgamadas, como em Substratum 15, que pertence a uma série de impressões à jato de tinta geradas por computador. (PIRES, 2017, p.44)
No que concerne ao ensino da arte é importante pontuar a possibilidade de agrupar novas tecnologias dentro de sala de aula para dinamizar o ensino das Artes.
1. CONCLUSÃO
Através do presente projeto de estágio foi possível perceber que no ensino das Artes o professor tem realmente uma função muito ativa dentro de sala de aula, pois é ele o responsável por guiar os alunos, desmistificando o ideal instaurado na mente coletiva que a aula de Artes serve apenas para colorir e desenhar, mas vai muito além disso, mostrando e ensinando escolas artísticas e possibilidades de desenvolvimento artístico para os alunos.
Nesse contexto, concluiu-se que o ensino da Arte pode ser dinamizado através do uso instrumentos diversos que garantem aos professores uma nova dinâmica de aprendizado. Assim, por meio da Arte nota-se que é possível orientar a apuração do gosto particular de casa aluno e estimular a capacidade interpretativa de cada um ao analisar uma obra de arte.
Por meio da eleição dos três diferentes assuntos, em que o presente trabalho colocaria o foco, sendo eles, matrizes estéticas culturais, elementos de música e novas tecnologias, percebeu-se que, a seu modo, todos contribuem para o desenvolvimento das crianças dentro de sala de aula.
As matrizes estéticas e culturais são fundamentais para que as crianças sejam capazes de apreciar diferentes tipos de arte, proveniente de diferentes regiões e culturas. Nota-se que, na mídia, sobrepõe-se a divulgação de arte europeia e norte americana, o que faz com que os brasileiros não compreendam expressões artísticas regionais, ou ainda a desvalorizem, como se essas não tivessem a mesma relevância das artes expostas rotineiramente em todos os lugares. Daí, a introdução de alunos aos padrões estéticos indígenas e africanos traz uma nova possibilidade de interpretação e reprodução artística que é muito benéfica no atual contexto cultural.
Quando se fala de elementos musicais, esses são muito valiosos para o contexto de sala de aula, pois por meio desses é possível garantir que os alunos tenham muitos ganhos que alcançam os mais diversos setores de suas vidas, como melhora na audição, na fala, no reconhecimento de ritmos, etc. Além disso,por meio dessas aulas é possível despertar o interesse de alunos em instrumentos musicais, que auxiliam na coordenação motora e melhoram a capacidade de prestar atenção.
Por fim, o último tópico abordou as novas tecnologias e a forma com que esses se integram ao movimento artístico e também ao próprio ensino das Artes, dinamizando as dinâmicas do interior da sala de aula, aproximando aluno e professor, criando um instrumento novo que auxilia no contato do aluno com outras obras e artistas, criando uma relação integrada das artes ao seu consumo de novas tecnologias.
Mostrou-se assim que os assuntos apresentados podem facilmente se revelarem importantes ferramentas dentro da grade curricular das Artes, trazendo importantes ensinamentos aos alunos.
REFERÊNCIAS
BAUMER, Édina Regina. O ensino da arte na educação básica: as proposições da LDB9.394/96. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Programa de Pós-Graduação em Educação, Criciúma, 2009. 
CORREIA, Marcos Antonio. Música na Educação: uma possibilidade pedagógica. Revista Luminária, União da Vitória, PR, n. 6, p. 83-87, 2003. 
FERREIRA, Sueli. O ensino das artes: Construindo Caminhos. (Org.). Campinas, S.P. Papirus, 2003. 
PIRES, Débora Costa. Arte e novas tecnologias. UNIASSELVI, 2017. 
PLAZA, Julio. Arte e interatividade: autor-obra-recepção. Revista ARS (São Paulo), São Paulo, v. 1, n. 2, p. 09-29, dez. 2003. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/2909 . Acesso em: 13 abr. 2021. 
QUARTIERO, Elisa Maria. As tecnologias da informação e comunicação e a educação. In: Revista Brasileira de Informática na Educação. N. 4, 1999.	
SOUSA, Jorge Pedro. Uma história crítica do fotojornalismo ocidental. 2. ed. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2004. 
VENTURELLI, Suzete. Arte computacional e pesquisa. In: 16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas, 24 set. 2007. Santa Catarina, Brasil. Disponível em: . Acesso em: 16 abr. 2021.

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