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APG 1 - Coração

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APG 1 – O Melhor Amigo do Homem 
Sistema Cardiovascular 
Yasmin Azevedo Neves 
Anatomia do Sistema Cardiovascular: 
O coração possui duas câmaras de recepção, o 
átrio direito e o átrio esquerdo (átrio = entrada), 
que recebem o sangue. O coração também tem 
duas câmaras de bombeamento principais, o 
ventrículo direito e o ventrículo esquerdo 
(ventrículo = “ventre oco”), que bombeiam sangue 
pelas duas circulações. 
O coração é uma bomba muscular dupla com duas 
funções: 
1. Seu lado direito recebe sangue com baixo teor 
de oxigênio, proveniente dos tecidos do corpo, e 
depois bombeia esse sangue para os pulmões para 
captar oxigênio e dispersar dióxido de carbono. Os 
vasos sanguíneos que transportam o sangue 
de/para os pulmões formam a circulação 
pulmonar. 
2. Seu lado esquerdo recebe o sangue oxigenado 
que retorna dos pulmões e o bombeia por todo o 
corpo a fim de fornecer oxigênio e nutrientes para 
os tecidos do corpo. Os vasos que transportam 
sangue de/para todos os tecidos do corpo e de 
volta para o coração formam a circulação 
sistêmica. 
- Localização: 
Para satisfazer os sentimentais que existem entre 
nós, esse órgão oco e cônico, do tamanho de uma 
mão fechada. O coração está situado no tórax, no 
lado posterior ao esterno e às cartilagens costais, e 
repousa na superfície posterior do diafragma. É o 
maior órgão do mediastino, região localizada 
entre os dois pulmões (e as cavidades pleurais). 
 
* Pericárdio: O pericárdio (“em volta do coração”) 
é um saco de camada tripla que confina o coração. 
A camada externa desse saco é uma camada forte 
de tecido conjuntivo denso chamada pericárdio 
fibroso, que adere inferiormente ao diafragma e 
superiormente se funde às raízes dos grandes 
vasos que saem e entram no coração. O pericárdio 
fibroso age como uma cobertura externa rígida que 
mantém o coração no lugar e impede que se encha 
demais de sangue. Abaixo do pericárdio fibroso 
encontra-se a camada dupla do pericárdio seroso, 
um saco fechado espremido entre o pericárdio 
fibroso e o coração. A lâmina parietal externa do 
pericárdio seroso adere à superfície interna do 
pericárdio fibroso. 
 
- Camadas da Parede Cardíaca: 
A parede do coração possui três camadas: um 
epicárdio superficial, um miocárdio intermediário e 
um endocárdio profundo. 
1- A lâmina visceral do pericárdio seroso é 
também conhecida como epicárdio (“sobre o 
coração”). Essa membrana serosa costuma ser 
infiltrada com gordura, sobretudo nas pessoas 
idosas. 
2- O miocárdio (“músculo do coração”) forma a 
maior parte do órgão. Ele consiste em tecido 
muscular cardíaco e é a camada que realmente se 
contrai. Em volta das células musculares cardíacas 
encontram-se os tecidos conjuntivos que unem 
essas células em redes alongadas, organizadas em 
espiral ou círculo, chamadas feixes. Esses feixes 
espremem o sangue através do coração nas 
direções adequadas: inferiormente pelos átrios e 
superiormente pelos ventrículos. Os tecidos 
conjuntivos do miocárdio formam o esqueleto 
fibroso do coração, que reforça o miocárdio 
internamente e prende as fibras musculares 
cardíacas. 
3- O endocárdio (“dentro do coração”), localizado 
internamente ao miocárdio, é uma lâmina de 
epitélio escamoso simples em uma fina camada de 
tecido conjuntivo. Ele reveste as câmaras cardíacas 
e cobre as valvas cardíacas. 
- Átrio Direito: 
O átrio direito forma toda a margem direita do 
coração e é a câmara que recebe o sangue com 
baixo teor de oxigênio que volta da circulação 
sistêmica. Esse sangue chega através de três veias: 
veia cava superior, veia cava inferior e seio 
coronário. Do lado externo, a aurícula direita, um 
pequeno retalho em forma de orelha de cachorro 
projeta-se anteriormente à margem superior do 
átrio. Internamente, o átrio direito tem duas 
partes: uma posterior, de parede lisa, e uma 
anterior, revestida por cristas horizontais 
chamadas músculos pectíneos (pectina = crista). 
Ambas são separadas por uma grande crista em 
forma de C denominada crista terminal. Inferior e 
anteriormente, o átrio direito abre-se para o 
ventrículo direito através da valva atrioventricular 
direita (valva tricúspide). 
- Ventrículo Direito: 
O ventrículo direito forma a maior parte da face 
anterior do coração. Ele recebe o sangue do átrio 
direito e o bombeia para a circulação pulmonar via 
artéria tronco pulmonar. Internamente, as paredes 
ventriculares são demarcadas por cristas 
irregulares de músculo denominadas trabéculas 
cárneas (“pequenos feixes de carne”). Além disso, 
músculos papilares (papila = mamilo) cônicos 
projetam-se das paredes para a cavidade 
ventricular. Faixas finas e fortes chamadas cordas 
tendíneas, as “cordas do coração”, projetam-se 
acima dos músculos papilares até as membranas 
(cúspides) da valva atrioventricular direita 
(tricúspide). Superiormente, a abertura entre o 
ventrículo direito e o tronco pulmonar contém a 
valva do tronco pulmonar (formada por válvulas 
semilunares). 
- Átrio Esquerdo: 
O átrio esquerdo corresponde à maior parte da 
face posterior do coração, ou base. Ele recebe 
sangue com alto teor de oxigênio que retorna dos 
pulmões através de duas veias pulmonares direitas 
e duas veias pulmonares esquerdas. A única parte 
do átrio esquerdo visível anteriormente é sua 
aurícula esquerda triangular. Internamente, a 
maior parte da parede atrial é lisa, com músculos 
pectíneos revestindo apenas a aurícula. O átrio 
esquerdo abre-se no ventrículo direito através da 
valva atrioventricular esquerda (mitral). 
- Ventrículo Esquerdo: 
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração e 
predomina na face inferior desse órgão. Ele 
bombeia sangue na circulação sistêmica. Assim 
como o ventrículo direito, ele contém trabéculas 
cárneas, músculos papilares, cordas tendíneas e 
uma valva atrioventricular (mitral). Superiormente, 
o ventrículo esquerdo abre-se para o tronco 
arterial da circulação sistêmica (a aorta) onde se 
encontra a válvula da aorta também formada por 
válvulas semilunares. 
- Valvas Atrioventriculares: 
Na junção dos átrios e de seus respectivos 
ventrículos encontram-se as valvas 
atrioventriculares: a valva atrioventricular direita, 
que possui três válvulas (tricúspide), e a valva 
atrioventricular esquerda, com apenas duas 
válvulas (bicúspide). Esta última também é 
chamada valva mitral porque suas válvulas 
lembram os dois lados do chapéu de um bispo, 
denominado mitra. 
- Valvas Semilunares: 
Na junçãodos ventrículos e das grandes artérias 
estão as valvas da aorta e do tronco pulmonar 
(semilunares), cada uma com três válvulas um 
pouco parecidas com luas crescentes (semilunar = 
meia-lua). 
* Função das Valvas: 
As valvas cardíacas abrem (para permitir o fluxo 
sanguíneo) e fecham (para evitar o refluxo 
sanguíneo) em resposta às diferenças na pressão 
arterial em cada lado delas. As duas valvas 
atrioventriculares (AV) impedem o refluxo do 
sangue nos átrios durante a contração dos 
ventrículos. 
Quando os ventrículos estão relaxados (diástole), 
as cúspides das valvas AV pendem frouxamente no 
interior dos ventrículos enquanto o sangue flui dos 
átrios para os ventrículos pelas valvas AV abertas. 
Quando os ventrículos começam a contrair, a 
pressão dentro deles aumenta e impulsiona o 
sangue superiormente contra as valvas, 
empurrando simultaneamente as margens das 
válvulas e fechando as valvas AV. As cordas 
tendíneas e os músculos papilares que se 
conectam a essas valvas parecem cordas de um 
paraquedas aberto, limitando as válvulas fechadas 
para que não consigam subir e permitir o refluxo 
do sangue do ventrículo para os átrios. Os 
músculos papilares começam a contrair 
ligeiramente antes do restante do ventrículo, 
tracionando as cordas tendíneas e impedindo a 
eversão das valvas AV. As válvulas semilunares da 
aorta e no tronco pulmonar evitam o refluxo do 
sangue das grandes artérias para dentro dos 
ventrículos. 
 
Quando os ventrículos contraem e aumentam a 
pressão intraventricular, essas valvas forçosamente 
se abrem e suas válvulas são achatadas contra as 
paredes arteriais à medida que o sangue passa por 
elas. Quando os ventrículos relaxam, o sangue que 
tende a refluir para o coração enche as válvulas 
semilunares e obriga-as a fechar. 
- Circulação do Sangue no Coração: 
O trajeto do sangue pelos circuitos (circulações) 
pulmonar e sistêmico, começando pelo sangue 
sistêmico com baixo teor de oxigênio quando ele 
chega no lado direito do coração. O sangue 
proveniente das regiões do corpo acima do 
diafragma (excluindo a parede cardíaca) entra no 
átrio direito pela veia cava superior (VCS); o sangue 
que volta das regiões do corpo abaixo do 
diafragma entra pela veia cava inferior (VCI); e o 
sangue que escoa da própria parede do coração é 
coletado pelo átrio direito através do seio 
coronário. O sangue passa do átrio direito para o 
ventrículo direito através da valva AV direita, 
impelido pela gravidade e pela contração do átrio 
direito. Depois, o ventrículo direito contrai, 
impulsionando o sangue que passa pela valva do 
tronco pulmonar e vai do tronco pulmonar para os 
pulmões através da circulação pulmonar para ser 
oxigenado. O sangue recém-oxigenado retorna por 
quatro veias pulmonares até o átrio esquerdo e 
passa pela valva AV esquerda, seguindo para o 
ventrículo esquerdo, impelido pela gravidade e 
pela contração do átrio esquerdo. Então, o 
ventrículo esquerdo contrai e impulsiona o sangue 
pela valva da aorta, seguindo para a aorta e seus 
ramos. Após entregar oxigênio e nutrientes para os 
tecidos do corpo através dos capilares sistêmicos, o 
sangue desoxigenado volta pelas veias sistêmicas 
até o átrio direito — e o ciclo inteiro se repete 
continuamente. Embora determinada gota de 
sangue passe sequencialmente pelas câmaras 
cardíacas (uma câmara depois da outra), as quatro 
câmaras não contraem nessa ordem. Pelo 
contrário, os dois átrios sempre contraem juntos, 
seguidos pela contração simultânea dos dois 
ventrículos. Uma única sequência de contração 
atrial seguida por contração ventricular chama-se 
batimento cardíaco, e o coração de uma pessoa 
normal em repouso bate 70-80 vezes por minuto. 
O termo que descreve a contração da câmara 
cardíaca é sístole (“contração”); o tempo durante o 
qual uma câmara cardíaca está relaxada e se enche 
de sangue se chama diástole (“expansão”). Assim, 
os átrios e os ventrículos submetem-se à sístole e à 
diástole. As paredes dos átrios são muito mais finas 
do que as dos ventrículos, pois grande parte do 
enchimento ventricular é feita por gravidade e, 
assim, os átrios exercem pouco esforço para 
impelir o sangue para baixo nos ventrículos. A 
parede do ventrículo esquerdo (a bomba sistêmica) 
é pelo menos três vezes mais espessa que a do 
ventrículo direito (a bomba pulmonar). 
 
Consequentemente, o ventrículo esquerdo 
consegue gerar muito mais força do que o direito e 
bombeia sangue em uma pressão muito maior. A 
pressão maior na circulação sistêmica reflete o fato 
de que esse circuito é muito mais longo do que a 
circulação pulmonar e oferece uma resistência 
maior ao fluxo sanguíneo. A parede espessa do 
ventrículo esquerdo confere a essa câmara sua 
forma circular e achata a cavidade do ventrículo 
direito adjacente na forma de uma lua crescente. 
 
Fisiologia do Sistema Cardiovascular: 
A principal função do sistema cardiovascular é a 
distribuição do sangue para os tecidos, fornecendo 
nutrientes essenciais para as células para seu 
metabolismo e removendo os resíduos das células. 
O coração funciona como bomba, que, por meio de 
contração, gera a pressão para impulsionar o 
sangue por uma série de vasos sanguíneos. Os 
vasos que transportam o sangue do coração para 
os tecidos são as artérias, que estão sob alta 
pressão e contêm porcentagem relativamente 
pequena do volume de sangue. As veias, que 
transportam sangue dos tecidos de volta ao 
coração, estão sob baixa pressão e contêm a maior 
percentagem do volume sanguíneo. Nos tecidos, 
vasos sanguíneos de paredes finas, chamados 
capilares, estão interpostos entre as artérias e 
veias. A troca de nutrientes, resíduos e líquidos 
ocorre através das paredes capilares. O sistema 
cardiovascular também está envolvido em várias 
funções homeostáticas: participa na regulação da 
pressão sanguínea arterial; distribui hormônios 
reguladores das glândulas endócrinas para seus 
locais de ação, nos tecidos-alvo; participa da 
regulação da temperatura corporal. O coração é 
composto por dois tipos de células musculares: 
células contráteis e células de condução. As células 
contráteis constituem a maioria dos tecidos atriais 
e ventriculares e são as células de trabalho do 
coração. Potenciais de ação nas células contráteis 
levam à contração e geração de força ou pressão. 
As células de condução compõem os tecidos do 
nodo SA, os tratos internodais atriais, o nodo AV, o 
fascículo atrioventricular e os ramos 
subendocárdicos. As células de condução são 
células musculares especializadas que não 
contribuem de maneira significativa para a geração 
de força; em vez disso, elas funcionam para 
propagar rapidamente os potenciais de ação sobre 
todo o miocárdio. Outra característica dos tecidos 
especializados de condução é a sua capacidade 
espontânea de gerar potenciais de ação. O 
potencial de ação se dispersa por todo o miocárdio 
na seguinte sequência: 
 
1. Nodo SA. Normalmente, o potencial de ação do 
coração é iniciado no tecido especializado do 
nodo SA, que serve como marca-passo. Após o 
potencial de ação ser iniciado no nodo SA, ocorre 
sequência temporal muito específica para a 
condução dos potenciais de ação para o restante 
do coração. 
2. Tratos internodais atriais e átrios. O potencial 
de ação se propaga a partir do nodo SA para os 
átrios direito e esquerdo, por meio dos tratos 
internodais atriais. Simultaneamente, o potencial 
de ação é conduzido para o nodo AV. 
3. Nodo AV. A velocidade de condução pelo nodo 
AVé consideravelmente mais lenta do que nos 
outros tecidos cardíacos. A condução lenta pelo 
nodo AV assegura tempo suficiente para que os 
ventrículos se encham de sangue, antes de serem 
ativados e contraírem. Os aumentos da velocidade 
de condução do nodo AV podem levar à 
diminuição do enchimento ventricular e redução 
do volume sistólico e débito cardíaco. 
4. Fascículo atrioventricular, ramos 
subendocárdicos e ventrículos. A partir do nodo 
AV, o potencial de ação entra no sistema de 
condução especializado dos ventrículos. O 
potencial de ação é, primeiramente, conduzido 
para o fascículo atrioventricular por meio de feixe 
comum. Em seguida, ele invade os ramos direito e 
esquerdo do feixe e, depois, os ramos menores 
dos ramos subendocárdicos. A condução pelo 
fascículo atrioventricular e ramos 
subendocárdicos é extremamente veloz e 
rapidamente distribui o potencial de ação para os 
ventrículos. O potencial de ação também se 
estende de uma célula muscular do ventrículo 
para a próxima, por vias de baixa resistência entre 
as células. A condução rápida do potencial de 
ação, ao longo dos ventrículos, é essencial e 
possibilita contração e ejeção eficientes do 
sangue. 
- Relações entre Fluxo Sanguíneo, Pressão e 
Resistência: 
O fluxo sanguíneo pelo vaso sanguíneo ou por série 
de vasos sanguíneos é determinado por dois 
fatores: a diferença de pressão entre as duas 
extremidades do vaso (de entrada e saída) e da 
resistência oposta pelo vaso ao fluxo sanguíneo. A 
diferença de pressão é a força motriz para o fluxo 
sanguíneo, e a resistência é impedimento ao fluxo. 
A intensidade do fluxo sanguíneo (Q) é 
diretamente proporcional ao valor da diferença de 
pressão (ΔP), ou gradiente de pressão. A direção 
do fluxo sanguíneo é determinada pela direção do 
gradiente de pressão e é, sempre, da pressão alta 
para a baixa. Por exemplo, durante a ejeção 
ventricular, o sangue flui do ventrículo esquerdo 
para a aorta e não em outra direção, porque a 
pressão no ventrículo é maior do que a pressão na 
aorta. Além disso, o fluxo sanguíneo é 
inversamente proporcional à resistência (R). O 
aumento da resistência (p. ex., vasoconstrição 
arteriolar) diminui o fluxo, e a redução da 
resistência (p. ex., vasodilatação arteriolar) 
aumenta o fluxo. 
- Pressão Arterial na Circulação Sistêmica: 
Embora a pressão média nas artérias seja alta e 
constante, ocorrem oscilações, ou pulsações, da 
pressão arterial. Essas pulsações refletem a 
atividade pulsátil do coração: ejeção de sangue 
durante a sístole, repouso durante a diástole, 
ejeção de sangue, repouso e assim por diante. 
Cada ciclo de pulsação nas artérias coincide com 
um ciclo cardíaco. 
 
 A pressão diastólica é a pressão arterial mais baixa 
medida, durante um ciclo cardíaco, e é a pressão, 
na artéria, durante o relaxamento ventricular, 
quando não há sangue sendo ejetado pelo 
ventrículo esquerdo. A pressão sistólica é a maior 
pressão arterial medida durante um ciclo cardíaco. 
É a pressão na artéria após o sangue ter sido 
ejetado pelo ventrículo esquerdo durante a sístole. 
A “pequena redução” na curva de pressão arterial, 
chamada de incisura dicrótica, é produzida 
quando a valva aórtica se fecha. O fechamento da 
valva aórtica produz breve período de fluxo 
retrógrado da aorta de volta em direção à valva, 
reduzindo, brevemente, a pressão aórtica, abaixo 
do valor sistólico. Pressão de pulso é a diferença 
entre a pressão sistólica e diastólica. Se todos os 
outros fatores forem iguais, a grandeza da pressão 
de pulso reflete o volume de sangue ejetado do 
ventrículo esquerdo por um só batimento, ou o 
volume sistólico. A pressão arterial média é a 
pressão média em ciclo cardíaco completo. 
- Regulação da Pressão Arterial: 
A função geral do sistema cardiovascular é a de 
distribuir sangue para os tecidos, de modo que O2 
e nutrientes possam ser fornecidos e os resíduos 
eliminados. O fluxo sanguíneo, para os tecidos, é 
impulsionado pela diferença de pressão entre os 
lados arterial e venoso da circulação. A pressão 
arterial média (Pa ) é a força motriz para o fluxo 
sanguíneo e deve ser mantida em nível elevado e 
constante de, aproximadamente, 100 mmHg. Uma 
resposta mecânica simples para “Por que o sangue 
flui? ” É que os líquidos e os gases fluem por 
gradientes de pressão (ΔP) de regiões de alta 
pressão para regiões de baixa pressão. Por essa 
razão, o sangue pode fluir no sistema circulatório 
apenas se uma região desenvolver pressão mais 
elevada do que outras. Nos seres humanos, o 
coração gera alta pressão quando se contrai. O 
sangue flui para fora do coração (a região de 
pressão mais alta) para o circuito fechado de 
vasos sanguíneos (uma região de menor pressão). 
Conforme o sangue se move pelo sistema, a 
pressão diminui, devido ao atrito entre o sangue e 
a parede dos vasos sanguíneos. 
Consequentemente, a pressão cai de forma 
contínua com o movimento do sangue para longe 
do coração. A maior parte do coração é composta 
por células musculares cardíacas, ou miocárdio. A 
maioria das células musculares cardíacas é 
contrátil, mas cerca de 1% delas são 
especializadas em gerar potenciais de ação 
espontaneamente. Essas células são responsáveis 
por uma propriedade única do coração: sua 
capacidade de se contrair sem qualquer sinal 
externo. O coração pode se contrair sem uma 
conexão com outras partes do corpo, pois o sinal 
para a contração é miogênico, ou seja, é originado 
dentro do próprio músculo cardíaco. O sinal para a 
contração miocárdica não é proveniente do 
sistema nervoso central, mas de células 
miocárdicas especializadas, denominadas células 
autoexcitáveis. As células autoexcitáveis são 
também denominadas células marca-passo, uma 
vez que elas determinam a frequência dos 
batimentos cardíacos. Entretanto, as células 
contráteis são células típicas de músculo estriado, 
com fibras contráteis organizadas em sarcômero. 
A Pa é regulada por dois sistemas principais. O 
primeiro sistema é neuromediado e conhecido 
como reflexo barorreceptor. O reflexo 
barorreceptor tenta restaurar a Pa para seu valor 
prefixado, em questão de segundos. O segundo 
sistema é hormonalmente mediado e inclui o 
sistema renina-angiotensina-aldosterona, que 
regula a Pa mais lentamente, principalmente, pelo 
seu efeito sobre o volume de sangue. 
REVISANDO... 
– SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: A função 
principal do sistema nervoso simpático é mobilizar 
o corpo para a atividade. Ao extremo, quando a 
pessoa é submetida à situação estressante, o 
sistema nervoso simpático é ativado pela resposta 
conhecida como “luta ou fuga”, que inclui o 
aumento da pressão arterial, o sistema nervoso 
simpático opera continuamente modulando as 
funções de muitos órgãos, como o coração, os 
vasos sanguíneos, o trato gastrointestinal, os 
brônquios. 
– SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO: A função 
geral do sistema nervoso parassimpático é 
restauradora, de conservação de energia. 
 Reflexo Barorreceptor: Os mecanismos 
barorreceptores são reflexos 
neuromediados rápidos que tentam manter 
a pressão arterial constante por variações 
dos efeitos dos sistemas nervosos 
simpático e parassimpático para o coração 
e para os vasos sanguíneos. Eles vão 
receber informações da pressão onde o 
vaso sanguíneo está sofrendo, portanto 
estão presentes na parede dos vasos 
sanguíneos; quando a pressão sobre um 
vaso está maior, ele percebe. Os 
barorreceptores percebem esse aumento 
da pressão,e manda essa informação para 
o sistema nervoso central (para o trato 
solitário); que posteriormente vai gerar 
uma resposta. Sensores de pressão, vão 
estar principalmente os barorreceptores 
estão localizados nas paredes do seio 
carotídeo e do arco aórtico e transmitem 
informações sobre a pressão arterial para 
os centros vasomotores cardiovasculares 
no tronco encefálico. Os centros 
vasomotores, por sua vez, coordenam 
mudanças nos efeitos do sistema nervoso 
autônomo para realizar a correção 
desejada da Pa. Assim, o arco reflexo 
consiste em sensores de pressão arterial, 
neurônios aferentes, que levam as 
informações para o tronco encefálico, 
centros do tronco encefálico, que 
processam as informações e coordenam a 
resposta adequada e neurônios eferentes, 
que direcionam as variações para o 
coração e os vasos sanguíneos. 
Se a pressão arterial está muito elevada, e 
essa informação chegou ao SNC, os 
barorreceptores vai tentar fazer com que 
essa pressão se normalize por meio da 
inibição do sistema nervoso simpático e vai 
fazer com que a atuação do sistema 
nervoso parassimpático seja maior 
relaxando, diminuindo assim, o débito 
cardíaco, e também a resistência vascular 
promovendo uma vasodilatação. 
EXEMPLO: Exercício físico, quando uma 
pessoa está correndo o coração trabalha 
mais com o sistema nervoso simpático, a 
pressão arterial aumenta 
momentaneamente porque o coração tem 
que mandar mais oxigênio e nutrientes 
para os músculos e células; após o 
exercício, precisa regular novamente os 
batimentos cardíacos entrando em ação o 
sistema nervoso parassimpático pressão 
arterial. 
 Quimiorreceptores: Estão presentes no 
seio carotídeo, no seio aórtico e sua grande 
diferença, é que eles não se importam 
tanto com a pressão. Eles vão perceber as 
alterações de concentrações 
principalmente do CO2, do PH e O2. Eles 
mandam a informação para o SNC, tendo 
então, forte influência sobre a resistência 
vascular. 
 Controle Neural da Pressão Arterial: 
O coração não depende de ninguém para 
funcionar, ele por si só se excita, não 
precisa de estímulos externos. Embora o 
coração contraia sozinho, ele pode sofrer 
influencias diretas do sistema nervoso. O 
sistema nervoso autônomo (simpático e 
parassimpático) acaba atuando no coração, 
fazendo com que ele bata mais rápido 
aumentando a frequência cardíaca ou mais 
lento diminuindo a frequência cardíaca. 
– Sistema Nervoso Simpático: possui fibras 
pré e pós ganglionares até inervar um 
órgão alvo. Ação mais prolongada. 
ACELERA. 
– Sistema Nervoso Parassimpático: possui 
fibras pré ganglionar um pouco maior e o 
pós ganglionar menor. Inerva 
principalmente o coração com uma ação 
mais breve. RELAXA. As fibras vão liberar 
acetilcolina que vai atuar sobre o receptor 
muscarínico tipo M2 e isso aumenta a 
condutância de potássio tendo uma 
hiperpolarização do musculo cardíaco. 
Estado de repouso. 
 Controle Hormonal da Pressão Arterial: 
O processo hormonal é integrado, são 
vários órgãos que vão participar. O coração 
ajuda a eliminar mais sódio e água lá nos 
rins; o coração libera um peptídeo 
natriurético atrial. 
- Sistema Renina Angiotensina 
Aldosterona: A renina é produzida pelos 
rins, o angiotensiniogênio é produzido no 
fígado, a aldosterona é produzido na 
suprarrenal. Esse sistema começa quando 
existe um processo de diminuição da 
pressão arterial; o corpo vai tentar suprir 
essa queda. Tem-se a renina sendo 
liberada pelos rins, que vai atuar sobre o 
angiotensiniogênio que será transformado 
em angiotensina 1 que posteriormente vai 
ser transformada em angiotensina 2 por 
ação da enzima transformada que está 
presente lá nos pulmões que já vem com 
um potencial de aumentar a pressão 
arterial. Por influência da angiotensina 2, é 
liberado a aldosterona que vai atuar nos 
néfrons que com isso vai ter uma maior 
absorção de agua e sódio e uma maior 
secreção de potássio. Isso tudo influencia 
no aumento da pressão arterial.

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