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Básico // Implementação e avaliação de currículos e programas educacionais 0:36 Prezado(a) aluno(a), Nossa proposta é rever e aprofundar as relações entre o currículo escolar, as teorias pedagógicas que o sustentam, a gestão democrática e a concretização do currículo no projeto político-pedagógico. Utilizarei os texto como forma de "retomar" conceitos e vídeos que ampliarão a temática, possibilitando-lhe ainda a atualização dos assuntos referentes às temáticas desenvolvidas. Vamos lá? Relação currículo e programas O termo “currículo”, segundo Traldi (1984, p.26), vem do latim “curriculum” e em sua origem etimológica significa “curso, percurso, carreira (...) o que ocorre no curso ou percurso efetuado... até o término da execução do ato”. Sacristán (1998) também relaciona esse conceito acima apresentado com a concepção de currículo escolar. Para ele o currículo é uma espécie de “pista de corrida”. Assim, a escolaridade dos alunos compõe o percurso de caminhada e o currículo é a direção que vamos realizando ao percorrê-lo. Essa direção nos indica como faremos esse percurso e como seremos ao chegar ao seu ponto final. Creio ser bastante interessante a postura de Menegolla e Sant’ana (2001), ao fazerem um exercício para se pensar o conceito de currículo. Os autores sugerem que se pense naquilo que não constitui um currículo. Por exemplo, não pode ser considerado um currículo uma listagem de conteúdos, a distribuição dos horários de uma disciplina. Tais visões são muito restritas e desconsideram, por exemplo, a relação entre o currículo e a sociedade. Em resumo: o currículo não é neutro! O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações (SACRISTÁN, 2000, p.46). Importante ressaltar que ao estudarmos as concepções de currículo escolar devemos considerar: o contexto histórico, as teorias pedagógicas, sociais e https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR http://www.boaaula.com.br/iolanda/disciplinas/curriculo/defcurriculo.html#SACRISTAN#SACRISTAN filosóficas dentro dos quais ele foi criado. Sem a contextualização podemos cair no erro de interpretações equivocadas ou parciais sobre a realidade educacional. Além dessas noções vamos resgatar e acrescentar outras maneiras de concebê-lo? o os conteúdos a serem ensinados e aprendidos; o as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos; o os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educacionais; o os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino; o os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização; o como uma série estruturada de resultados; o como um conjunto de matérias; o como intento de comunicar os princípios essenciais de uma proposta educativa. Reflita Após ler essas noções, tem alguma que chama a sua atenção ou na qual você acredita? Diante de tantas noções, parece-nos certo que a tentativa de pensar uma definição única de “currículo” é bem difícil, não acha? Mas essa “dificuldade” em definir o currículo, já nos indica que o campo curricular deve ser considerado a partir das diversas teorias elaboradas por sociólogos, filósofos, pedagogos... De acordo com Silva (2001, p.11) a teoria funciona como um espelho. Ela reflete a imagem da realidade de acordo com o olhar do pesquisador que a constrói. Acrescenta ainda que as teorias do currículo "(...) começaria por supor que existe, 'lá fora', esperando para ser descoberta, descrita e explicada, uma coisa chamada 'currículo'. O currículo seria um objeto que precederia a teoria, a qual entraria em cena para descobri-lo, descrevê-lo, explicá-lo". Muito claro, não acham? Nada melhor do que um expert como Tomaz Tadeu da Silva com a gente explicando, não é? Porém, podemos nos arriscar e dizer que o currículo pode ser entendido como uma seleção de conhecimentos extraídos de uma cultura mais ampla e que fundamenta qualquer sistema de ensino. Ele é gerado contendo todo o conhecimento social que foi selecionado e organizado. O currículo é uma força ativa e não um instrumento passivo, pois pode conferir legitimidade ideologias e sistemas educaionais, sociais e econômicos. Mas...olha só! Esse currículo para “existir” precisa ser concretizado em tudo aquilo que for vivido, percebido e sentido no cotidiano escolar. Entre as tarefas do educador, destacamos a sua contínua indagação: dentre tantas noções como devo conduzir minhas orientações e escolhas? Como devo olhar o currículo? Para pensarmos juntos, imaginei fazer com você uma “tarefa prática”. Vamos ao passo-a-passo? 1. Leia atentamente cada uma das afirmativas acima expostas sobre a noção de currículo. Depois estabeleça um diálogo com cada uma delas perguntando: Que tipo de sujeito essa noção pretender formar? Que tipo de sujeito precisamos formar? Qual a concepção de escola, de educador e do aprender ela pressupõe? Que tipo de sujeito temos e contatamos no dia-a-dia da escola? Essa noção “dá conta” dos sujeitos reais que temos na escola? Você consegue perceber que essas são questões centrais quando pensamos na elaboração de um currículo? Após essas discussões (espero que você esteja “linkado(a)” a mim), faz-se necessário ressaltar, que o conceito de currículo está relacionado com a concepção e o entendimento que temos dos aspectos que envolvem a ideologia, a cultura e o poder. Sendo assim, o currículo não é apenas um documento que contempla várias disciplinas, pois precisa ser compreendido como um artefato histórico, social e pedagógico. O currículo é um campo permeado de ideologia, cultura e relações de poder. Como podemos perceber o discurso e a construção curricular no Brasil não se deu sob uma única ideologia, mas com influência de tendências pedagógicas, objetivos e interesses diferentes. Por ideologia segundo Moreira e Silva (1997, p.23) pode-se afirmar que esta é "(...) a veiculação de ideias que transmitem uma visão do mundo social vinculada aos interesses dos grupos situados em uma posição de vantagem na organização social. Ou seja, é um dos modos pelo qual a linguagem produz o mundo social, e, por isso o aspecto ideológico deve ser considerado nas discussões sobre currículo. Um currículo não surge do nada, mas de uma necessidade social e principalmente econômica atrelada a um modelo de escola, de ensinar, de aprender, avaliar... Complementando as afirmativas anteriores, Sacristán (2000), analisando o currículo como um projeto seletivo de cultura, nos situa frente a um contexto que serve como base para analisar a complexidade e qualidade da aprendizagem pedagógica que acontece nas escolas. De acordo com o autor, existem três grandes grupos de desafios ou elementos que estão sempre em interação recíprocas que concretizam a realidade curricular como cultura da escola. *** Aprendizagem dos alunos: está organizada tendo como referência um modelo ou projeto cultural de escola. Por essa razão é que o currículo é uma seleção de conteúdos culturais peculiarmente organizados e sistematizados no currículo. *** Modelo cultural de escola: a escola, como segmento da sociedade, submete-se às influências das condições políticas, administrativas e institucionais. A partir dessas influências ela institucionalmente organiza-se por uma série de regras que ordenam aexperiência que os alunos e professores terão ao participar desse projeto. *** Currículo como seleção de um campo social: por trás de todo currículo existe, de forma explícita ou não, uma filosofia curricular que orienta teórica e metodologicamente a ação docente na escola. Saiba Mais Para complementar seus estudos e para que você possa realizar com sucesso nossas avaliações, acesse e leia a entrevista com Tomaz Tadeu da Silva em: http://pt.scribd.com/doc/520271/Entrevista-Tomaz-Tadeu-da-Silva http://pt.scribd.com/doc/520271/Entrevista-Tomaz-Tadeu-da-Silva É aqui que vou contextualizar as teorias do currículo (Teorias não-críticas, Teorias Críticas e Teorias Pós-críticas) dentro dos “percursos” que a História da Educação Brasileira e Filosofia da Educação construíram. Antes, é claro, explico a você que temos três grandes áreas teóricas nos estudos do campo curricular: teorias não- críticas, teorias críticas e teorias pós-críticas. Lembra-se que no início eu havia dito “o campo curricular deve ser considerado a partir das diversas teorias elaboradas por sociólogos, filósofos, pedagogos”? Porém, isso não quer dizer que todas as teorias educacionais e pedagógicas são necessariamente teorias do currículo. Muitos autores também denominam as Teorias Curriculares não-críticas como Teorias Tradicionais do Currículo. Silva (2001) aponta que as tendências pedagógicas expostas são também teorias do currículo. Qual a razão dessa afirmação desse autor? Acontece que as preocupações voltadas para a organização escolar e ao “o que ensinar” já fazem parte da História da Educação. Entre os exemplos temos o livro escrito por Comenius: Didactica magna. Na verdade, os estudos voltados especificamente ao campo do currículo originaram-se em países europeus e ganhou grande força no contexto norte-americano. Aqui no Brasil, os estudos e modelos curriculares norte-americanos tiveram (e tem ainda!) muita influência. De um modo geral, as Teorias não-críticas ou tradicionais tinham como objetivo adaptar, ajustar e moldar o sujeito para que ele aceitasse a estrutura social, política e econômica vigente. A tarefa primordial do currículo era estabelecer as habilidades necessárias para que o sujeito adaptasse ao seu contexto de origem. Também é importante que você se lembre que o contexto das Teorias Curriculares Críticas e Pós-críticas devem ser consideradas. As teorias críticas denunciam duramente as Teorias não-críticas, as quais pressupunham que o currículo é um instrumento neutro. O multiculturalismo e suas teorias pós-críticas implica basicamente a transição de uma cultura comum ou homogênea para culturas, visando a inclusão dos diversos segmentos sociais vistos como “minorias”, “excluídos”, “inferiorizados”, “diferentes”. No contexto educativo, a educação multicultural corresponde a uma ideia de que a educação liberta de preconceitos e promotora da diversidade cultural e do respeito aos grupos sociais, étnicos e sexuais, visa contribuir para mudanças estruturais e institucionais. Nessa perspectiva crítica, o que se propõe é a formação do educador competente tanto para analisar criticamente a sua prática, com a intencionalidade de aprimorá-la e de desenvolver-se. Além disso, indica que o educador deve conscientizar os alunos acerca da diversidade cultural de nossa sociedade e incentivá-los a questionar as relações de poder envolvidas na construção da diversidade (MOREIRA, 2009). Saiba Mais Outra leitura necessária... Texto: A recente produção científica sobre currículo e multiculturalismo no Brasil de Antonio Flavio Barbosa Moreira. Acesse em: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/275/27501807.pdf Os conteúdos prescritos pelas autoridades (o currículo formal ou oficial) são o produto, ao longo do tempo, de todo um trabalho de seleção no interior da cultura acumulada, um trabalho de reorganização, de mudança de delimitações, de enfraquecimento de hierarquia entre as disciplinas. Quanto aos conhecimentos em via de serem elaborados, os autores de programas, quando não estão simplesmente atrasados em relação a esses conhecimentos, transpõem-nos em função da ideia que eles fazem dos públicos escolares. Mas as prescrições não podem ser mais do que indicativas. Todo capítulo de programa se presta a muitas interpretações. Os docentes, por sua vez, selecionam os temas, colocam ênfase em tal ou qual aspecto, apresentam os saberes sob diversos modos. Cada sala de aula segue, assim, seu currículo real, o qual, no limite, é diferente dos outros. Para refletir! E você gestor diante dessas “cenas” o que fazer? Será que essa seleção de conteúdos e organização do currículo têm a ver com gestão democrática? Assista ao vídeo disponível abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=Rumvh3QnL38 http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/275/27501807.pdf https://www.youtube.com/watch?v=Rumvh3QnL38 Intermediário // Implementação e avaliação de currículos e programas educacionais 0:24 Convido-o a realizar uma leitura necessária que diz respeito aos níveis de planejamento educacional. O planejamento educacional apresentado em um currículo comporta basicamente três níveis de concretização que estão inter- relacionados e são discutidos por Souza (2005). Você deve acessar o link http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8- biblioteca/pdf/educacao_texto1.pdf . A equipe gestora e a comunidade escolar arquitetam, planejam e executam os currículos. Nesse processo todos estabelecem prioridades, atividades e ações pedagógicas direcionadas ao ensino e à aprendizagem. A isso chamamos de processo de construção de currículos. A comunidade escolar e a equipe gestora produzem, selecionam e organizam os conhecimentos, metodologias e recursos para implementar o projeto de formação da instituição escolar. Encontrei alguns vídeos bem interessantes no Youtube que podem subsidiar reflexões significativas entre a gestão escolar e as políticas públicas curriculares. Segue abaixo os links: Vídeo Tematizador1: A gestão das políticas públicas na gestão escolar - parte 1 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=R9b8Z8qh6ZQ Vídeo Tematizador 2: A gestão das políticas públicas na gestão escolar - parte 2 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vK6FGIjmaSI Quando estudamos a História da Educação a questão acerca das intenções educativas materializava-se por meio dos conteúdos escolares. Estes, por sua vez, concretizavam no trabalho do professor por meio das disciplinas. Etimologicamente, disciplina é um conjunto de conhecimentos organizados com a finalidade de proporcionar o acesso e a aprendizagem dos alunos. Porém, preciso ressaltar que esse “conjunto de conhecimentos organizados” nem sempre é eleito https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8-biblioteca/pdf/educacao_texto1.pdf http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8-biblioteca/pdf/educacao_texto1.pdf https://www.youtube.com/watch?v=R9b8Z8qh6ZQ https://www.youtube.com/watch?v=vK6FGIjmaSI consensualmente por aqueles que elaboram o currículo escolar. Além disso, não se trata de um campo sem disputas ou conflitos. Ao pensarmos em quando iremos ensinar, isto é, na operacionalização das intenções educacionais inevitavelmente vem a palavra: tempo. O tempo escolar é uma dimensão muito importante na organização do trabalho pedagógico e relaciona-se com a categoria pedagógica denominada “rotina escolar”. O tempo escolar se expressa por meio do calendário escolar, datas de avaliações, reuniões... Contudo, o tempo escolar deve ser ressignificado a partir de outro olhar: a do cotidiano escolar. As mudanças curriculares oficialmente implementadas assumemum enfoque sobretudo prescritivo, e cabe às escolas, dentro das suas possibilidades, materializar as orientações recebidas. É no cotidiano das escolas que se dá a devida implantação das inovações curriculares. A esfera governamental possui um poder privilegiado na produção das políticas educacionais e na elaboração dos currículos, porém, é na prática que as definições curriculares são recriadas e reinterpretadas (BRASIL, 2009, s/p, grifo do original)[1]. Avaliar é um ato complexo e depende da maneira como dirigimos e conduzimos o nosso olhar. Sacristán (2000) aponta que no contexto da instituição está presente um “clima de avaliação”, já que a mesma atua como uma força que modela a prática curricular ligada às Políticas Educacionais. Além de ser um ato complexo e, ao mesmo tempo, um componente do currículo constitui um espaço de muitas contradições e conflitos. Por quê? Muitas vezes, o currículo esboça uma determinada prática pedagógica que não expressa coerência com as formas de avaliação. Contudo, devo ressaltar que não é de todo “ruim” ou negativo as contradições e os conflitos, pois estes: ajuda o educador a diagnosticar como está sendo conduzido o processo; e auxilia para pensar o porquê de certas manifestações e resultados. O que nos importa analisar nesse momento é a justificativa da necessidade da avaliação no contexto escolar: por que avaliar? Será que avaliamos para julgar, medir nossos alunos para que o educador tenha nas mãos o controle do processo? Ou... Avaliamos tendo em vista a grande importância que a avaliação tem na formação da vida dos nossos alunos? http://www.desafioenade.com.br/study_objects/new?locale=pt-BR#_ftn1 A função fundamental que a avaliação deve cumprir no processo didático é a de informar ou dar consciência aos professores sobre como andam as coisas em sua classe, os processos de aprendizagem de cada um de seus alunos que se desencadeiam no ensino, etc. (...) se uma proposta de avaliação ou um modo de entender como esta há de se fazer não pode ser abandonada pelos professores dentro do andamento normal de seu trabalho, é uma proposta inútil, ainda que do ponto de vista teórico seja correta e conveniente. A capacidade de recolher, elaborar e interpretar informações provenientes do contexto no qual atuam é limitada nos professores, como em qualquer ser humano (2000, p.331). E agora?? Indico uma palestra de Heloisa Lück. Em alguns momentos dos nossos estudos a citei. Ela discute questões amplas sobre gestão escolar e educação. Simplesmente um prazer! Concebendo o gestor escolar como um agente de mudança fundamental no âmbito escolar Heloisa indica o valor do estudo e formação do profissional. Que conselhos valiosos! Imagino que você enquanto gestor escolar pode levar adiante para sua equipe docente.Vamos lá? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oAoCxpyfmi8 Ao pensarmos na concepção de aprendizagem acontece algo semelhante. Toda prática educativa tem como fundamento uma determinada concepção de como se aprende. Todavia, Zabala (1998) nos lembra que atualmente há uma certa descrença quanto às questões da teoria seja por um ato de desconfiança, pela falta de rigor ou da própria falta de acordo entre os pesquisadores sobre como ocorre a aprendizagem. O mesmo autor assinala que esse contexto complexo gerou por parte dos educadores o “[...] ceticismo a respeito das contribuições desta ciência, fato que implicou, na prática, a manutenção de formas tradicionais de atuação em aula (ZABALA, 1998, p. 33)”. Esse cenário gera uma aparente contradição: o fato de existir uma desconfiança quanto às teorias da aprendizagem no campo da psicologia não leva, necessariamente, ao fato de não utilizar uma determinada concepção de aprendizagem. Vamos recorrer às palavras diretas de Antoni Zabala (1998) para sustentar nossa análise. [...] não é possível ensinar nada sem partir de uma idéia de como as aprendizagens se produzem. Não se presta atenção à contribuições das teorias sobre como se aprende, mas em troca se utiliza uma determinada concepção. Quando se explica de certa maneira, quando se exige um estudo concreto, quando se propõe uma séria de conteúdos, quando se pedem determinados exercícios, quando se ordenam as atividades de certa maneira, etc., por trás destas decisões se esconde uma idéia sobre como se produzem as aprendizagens. O mais extraordinário de tudo é a inconsciência ou o desconhecimento do fato de que quando não se utiliza um modelo teórico explícito também se atua sobre um marco teórico. De certo modo, acontece o mesmo que apontamos ao nos referir à função social do ensino: o fato de que não se explicite não quer dizer que não exista. Por trás de qualquer prática educativa sempre há uma resposta a “por que ensinamos” e “como se aprende” (ZABALA, 1998, p. 33). https://www.youtube.com/watch?v=oAoCxpyfmi8 Releia mais uma vez a citação acima. Será que ficou claro para você a importância de os fatores “função social do ensino” e a “concepção de aprendizagem” sempre necessitam ser explicitados? Pois é, diante disso queremos lembrar também a indissociabilidade entre a teoria e a prática que tantas vezes já foi assinalada nos textos de estudo. Toda prática se pauta em uma concepção teórica. Porém, essa postura de clareza diante dos aspectos teóricos que orientam as práticas educativas ainda é um desafio ao educador. Desafio até em certo ponto compreensível, pois temos muitos referenciais teóricos que explicam como se dá a aprendizagem. Muitos deles ainda são divergentes entre si. Contudo, o fato de muitas vezes nos sentirmos inseguros quanto a esses referenciais teóricos jamais pode levar o educador a abandonar o compromisso com a reflexão constante sobre as teorias da aprendizagem. E, é claro, tudo isso se concretiza no projeto político- pedagógico. Muitos pressupostos sobre a aprendizagem são tidos como um consenso, como por exemplo, a necessidade de atender à diversidade dos alunos, o fato de que as aprendizagens relacionam-se às experiências pessoais e singulares do sujeito e a consideração sobre o ritmo das aprendizagens que também é sempre singular em cada sujeito aprendente. Quando um aluno tem uma aprendizagem significativa e não meramente mecânica, significa também que memorizará esse conhecimento de uma forma compreensiva (memorização compreensiva) e o integrará ao seu aprendizado, para usá-lo e recordá-lo no momento em que ele seja necessário, para atuar ou para adquirir outros conhecimentos novos. Fala-se, então, segundo Coll (Coll, 1986), da funcionalidade das aprendizagens realizadas, no sentido de que podem ser usadas, total ou parcialmente, quando as circunstâncias o exigirem para resolver problemas, enfrentar situações ou, então, para aprender e integrar novos conteúdos (BASSEDAS et al., 1996, p.19, grifos dos autores). [1]Disponível em: http://escoladegestores.mec.gov.br/site/3- sala_fundamentos_direito_educacao/reformaeducacional_u2_pg2.htms Avançado // Implementação e avaliação de currículos e programas educacionais 0:15 Relembrando a reflexão proposta acerca da tipologia de conteúdos proposta por Cesar Coll (1986) expusemos que a finalidade de classificar os conteúdos em factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais é a de identificar melhor e com maior clareza as intenções educativas (ZABALA, 1998). De acordo com Zabala (1998), ao classificar os conteúdos dessa forma, podemos alcançar uma visão mais http://www.desafioenade.com.br/study_objects/new?locale=pt-BR#_ftnref1 http://escoladegestores.mec.gov.br/site/3-sala_fundamentos_direito_educacao/reformaeducacional_u2_pg2.htm http://escoladegestores.mec.gov.br/site/3-sala_fundamentos_direito_educacao/reformaeducacional_u2_pg2.htm https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR https://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BRhttps://www.desafionotamaxima.com.br/study_piles/77796964/get_study?locale=pt-BR globalizadora da aprendizagem, já que realizamos a tentativa de superar a visão fragmentada de cada área disciplinar. Então, significa que a tipologia de conteúdos se dá a partir da perspectiva do conhecimento e não de uma área disciplinar. Também é muito pertinente assinalar que essa classificação tipológica dos conteúdos jamais tem a intencionalidade de fragmentar os conteúdos ou mesmo de hierarquizá-los em escala de valor. Nas palavras de Zabala (1998. p. 39), “[...] é conveniente nos prevenir do perigo de compartimentar o que nunca se encontra de modo separado nas estruturas do conhecimento”. Essa classificação proposta pode ser vista como uma “relativa artificialidade” e a linha que separa os limites entre cada um desses aspectos (factuais, conceituais, atitudinais e procedimentais) é “muito sutil e confusa” dependendo, inclusive, da “opção de quem efetua a análise” sobre o conteúdo (ZABALA, 1998). Os conteúdos factuais são representados pelo conjunto de “[...] conhecimentos de fatos, acontecimentos, situações, dados e fenômenos concretos e singulares (ZABALA, 1998)”. Eles representam a tarefa de descrição e de concretude. O que Antoni Zabala (1998) procura deixar claro é que os conteúdos factuais estão relacionados à tarefas de memorização, já que têm como fonte dados, fatos e acontecimentos que podem ser reproduzidos e, consequentemente, têm um caráter arbitrário. Ao afirmar que os conteúdos factuais previsão ser associados aos conteúdos conceituais ele está nos ensinando que essa associação é que possibilita a aprendizagem de compreensão dos fatos, acontecimentos ou dados. Os conteúdos factuais podem ser reproduzidos porque, em geral, possuem uma resposta inequívoca e possuem uma importância relativa, já que dependem da compreensão do contexto do qual se originou. O fato de Zabala (1998) apontar que tais conteúdos “comporta exercícios de repetição verbal” e de “cópia” significa que se não forem associados aos conteúdos conceituais, podem ser “esquecidos com muita facilidade” (ZABALA, 1998, p. 42). Claro, que os conteúdos factuais têm sua importância, ou seja, não é porque podem ser memorizados devemos considerar que eles sejam inúteis. Ao contrário, o que queremos afirmar que eles devem ser contextualizados e compreendidos segundo o lugar em que se originaram. Por isso, a importância de associar nas atividades de aprendizagem os conteúdos factuais aos conteúdos conceituais. Os conteúdos conceituais são os conceitos e os princípios em seu aspecto abstrato. Tanto o conteúdo factual quanto o conteúdo conceitual tem como finalidade o desenvolvimento da compreensão. Isso significa que não podemos afirmar que o sujeito aprendeu um fato se ele não entendeu o seu significado. Em outras palavras só é possível afirmar que o sujeito aprendente compreendeu algo se ele é capaz de situar os fatos, acontecimentos ou situações concretas no conceito que o inclui (ZABALA, 1998). Ao associar o conteúdo factual ao conceitual o educador vai além da reprodução de um conceito ou de um dado concreto, mas realiza a tarefa de ampliar e aprofundar o conhecimento de forma significativa. Os conteúdos procedimentais incluem “[...] entre outras coisas as regras, as técnicas, os métodos, as destrezas ou habilidades, as estratégias, os procedimentos” sendo, portanto um “[...] um conjunto de ações ordenadas e com um fim, quer dizer, dirigidas para a realização de um objetivo (ZABALA, 1998, p.43)”. Podemos afirmar que os conteúdos procedimentais consistem em uma ação ou um conjunto de ações. Há três parâmetros pelos quais podemos determinar o aspecto procedimental de um determinado conteúdo. Vamos representar essa ideia elaborando abaixo três linhas que indicam em seus polos esses parâmetros. Os conteúdos atitudinais são aqueles conteúdos referentes aos valores, atitudes e normas. Por valores Zabala (1998) entende um conjunto de princípiosou ideias éticas que possibilitam a emissão de juízos sobre as condutas e sobre o sentido dessas condutas. As atitudes referem-se às predisposições que orientam as condutas das pessoas tendo como base os valores. As normas são concebidas como padrões ou regras que determinam situações e as ações das pessoas em um contexto social. Aprende-se um valor quando estes foram suficientemente interiorizados e tidos como parâmetros para guiar as atitudes frente a uma situação real. Aprende-se uma atitude quando, de forma coerente, o sujeito é capaz de pensar, sentir e agir conforme as razões/motivos que sustentam as ações.a tomada de atitudes devem ser guiadas de forma reflexiva e tendo como base os valores que as orientam. Aprende-se uma norma quando o sujeito entende as razões para cumpri-la, mas ao mesmo tempo quando consegue refletir sobre os motivos de sua existência. A aprendizagem das normas sempre estão contextualizadas em uma coletividade. Assim, aprender uma norma, significa internalizá-la, compreendê-la reflexivamente do ponto de vista individual e também do ponto de vista social (coletividade). Em termos gerais, a aprendizagem dos conteúdos atitudinais supõe um conhecimento e uma reflexão sobre os possíveis modelos, uma análise e uma avaliação das normas, uma apropriação e elaboração do conteúdo, que implica a análise dos fatores positivos e negativos, uma tomada de posição, um envolvimento afetivo e uma revisão e avaliação da própria atuação. Uma forma de articular esses tipos de conteúdos na prática educativa é utilizar a proposta metodológica das sequências didáticas. A nossa intencionalidade não é a de avaliar determinados métodos, mas de propor um tipo de intervenção que leve à melhora da atuação do educador junto às crianças. Segundo Zabala (1998, p. 53), a sequência didática é uma “[...] série ordenada e articulada de atividades que formam as unidades didáticas”. Quando analisamos as interações que são criadas em sala de aula, podemos inferir que tanto a organização dos conteúdos e as propostas de atividades constituem fatores que também afetam as interações. Nesse sentido, esta seção apresentará a análise das interações entre educador-aluno. Segundo uma perspectiva construtivista “[...] ensinar envolve estabelecer uma série de relações que devem conduzir à elaboração, por parte do aprendiz, de representações pessoais sobre o conteúdo objeto de aprendizagem (ZABALA, 1998, p. 90)”. O ensino deve adaptar- se às necessidades do aluno. Isso significa dizer que, segundo a abordagem construtivista, o ensino articula-se com as atividades mentais do aluno e, por isso, mesmo deve contemplar o princípio da diversidade. Ao tomarmos como objeto de análise as interações educativas é possível indicar um conjunto de relações interativas que podem facilitar o processo de aquisição de conhecimento. Claro que se destacarmos as relações interativas que propiciam a aprendizagem estamos, também, indicando os papeis de atuação do professor. O valor de se destacar tais relações auxilia o professor a ter um ponto de partida para o planejamento. De acordo com o quadro acima, o planejamento deve ser uma atividade flexível como um instrumento que possibilite a adaptação às diferentes situações que ocorrem em sala. Outro fator importante quanto ao planejamento que pode fazer muita diferença é a participação dos alunos na sua construção. Prever com antecedência o que irá acontecer em sala de aula é algo muito difícil. Nesse sentido, os professores podem pensar em um conjunto de estratégias e meios que atendam às necessidade. Contemplar a possibilidade de algo previsível e algo imprevisível que pode ocorrer exige do profisional um planejamento sistemático e intencional. Com isso, queremos dizer que não se trata de uma improvisão, mas a consideração de que “[...] o planejamento tem que ser suficientemente diversificado para incluir atividades e momentos de observação do processo que os alunosseguem (ZABALA, 1998, p. 93)”. Quanto às contribuições dos alunos e a consideração dos seus conhecimentos prévios destacamos que: [...] uma das primeiras tarefas dos professores consista em elevar em conta os conhecimentos prévios dos meninos e meninas, não apenas em relação aos conteúdos, como também os papeis de todas as instâncias que participam nos processo de ensino/aprendizagem e, portanto, é preciso examinar a disposição, os recursos e as capacidades gerais com que conta cada aluno em relação à tarefa proposta (ZABALA, 1998, p.94-5). Ao destacar a importância dos conhecimentos prévios, os professores indicam que acredita nas capacidades do aluno e no seu potencial. A partir disso, o ambiente fica propício para a aprendizagem e abrem-se a possibilidade de interações pelas quais os alunos se adaptam às propostas educativas. Para levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos é preciso relacionar os conteúdos às experiências culturais, bem como articular e integrar as possíveis relações entre os conteúdos trabalhados. Ao auxiliar os alunos a encontrarem sentido no que estão fazendo o professor deve primeiramente ter o domínio e o conhecimento acerca das atividades propostas, bem como ter clareza dos motivos que o levam a escolher esta ou aquela estratégia ou este ou aquele modo de tratar o conteúdo. Os motivos e as intenções devem estar claras para o professor, mas também para os alunos. O envolvimento dos alunos em uma determinada atividade pode ter como causa a clareza dos motivos que levam o aluno a realizar todas as tarefas propostas. Em palavras mais simples, encontrar sentido no que se está fazendo significa despertar o interesse por aprender. Estabelecer os objetivos ao alcance dos alunos significa que para aprender é preciso propostas educativas que verdadeiramente desafiem o aluno. Propostas tais que o ajude a avançar dentro de suas potencialidades e possibilidades. Oportunizar apoio adequado significa “[...] modificar os esquemas de conhecimento e atribuir novos significados e sentidos que lhes permitam adquirir progressivamente mais possibilidades de atuar de forma autônoma e independente em situações novas e cada vez mais complexas (ZABALA, 1998, p.98)”. Quanto à promoção da atividade mental auto-estruturante devemos considerar que “aprender significa elaborar uma representação pessoal do conteúdo objeto da aprendizagem, fazê-lo seu, interiorizá-lo, integrá-lo nos próprios esquemas de conhecimento (ZABALA, 1998, p. 98)”. Sabemos que a aprendizagem não parte do zero, mas está em intensa conexão com os conhecimentos anteriores. É justamente essa conexão que confere sentido aos novos conteúdos que estão sendo aprendidos pelo aluno. Além da consideração de que o conhecimento não parte do zero precisamos acrescentar a ideia de que é um processo ativo realizado pelo aluno e mediatizado pelo educador. Assim, não é qualquer atividade que realmente possibilita ou potencializa a aprendizagem. A intensa atividade mental não se realiza espontaneamente. Além disso, é preciso que o educador também considere a complexidade do conteúdo e as capacidades da criança em compreendê-lo e dominá-lo. As atividades, então têm a tarefa de possibilitar o intenso processo mental (ZABALA, 1998). O clima do ambiente da sala de aula também deve ser favorável é indispensável para potencializar a aprendizagem. Esse ambiente deve ser seguro e ordenado para que promova a cooperação e o autoconceito positivo.A promoção dos canais de comunicação deve ser uma preocupação do educador, já que por meio desse aspecto é possível negociar e compartilhar uma linguagem que pertença à comunidade educativa. A preocupação em desenvolver a autonomia do aluno também é uma das metas de ensino. A avaliação é o último item assinalado por Zabala (1998) é a avaliação de deve estar em consonância com as capacidades e os esforços realizados pelos alunos. Vamos ampliar nossa temática pensando nas relações entre o currículo e a gestão democrática? Acesse os dois vídeos abaixo: Referências SILVA, T.T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. MENEGOLA, Maximiliano & SANTÃNNA, Ilza M. Por que Planejar? Como Planejar? Petrópolis – RJ. 11ª edição. Vozes; 2001. MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. Currículo: conhecimento e cultura, In: BRASIL:SALTO PARA O FUTURO, 2009, ano XIX, n.1, abril. SACRISTÁN, Gimeno J. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Artmed, 2000. ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: Artmed, 1998. BASSEDAS, Eulália. Intervenção educativa e diagnósticopiscopedagógico. São Paulo:Artmed, 1996. Amplie a temática acessando: * Indagações sobre o currículo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ia5r2Ff-5kc * Assista a série do Tv Salto para o Futuro: Mídia-educação e currículo escolar. Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=artic le&id=840:salto-para-o-futuro-midia-educacao-e-curriculo- escolar&catid=71:destaque * Assista ao vídeo "Gestão democrática na educação". Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&ite m_id=20574 * Assista aos vídeos da série "Novas diretrizes curriculares para o ensino médio". Disponível: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=it em&item_id=20565 * Assista aos vídeos da série "Coordenação pedagógica em foco". Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=artic le&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em- foco&catid=71:destaque * Assista a série "Tecnologias e currículo: a serviço de quem". Disponível: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&vie http://www.youtube.com/watch?v=ia5r2Ff-5kc http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=840:salto-para-o-futuro-midia-educacao-e-curriculo-escolar&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=840:salto-para-o-futuro-midia-educacao-e-curriculo-escolar&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=840:salto-para-o-futuro-midia-educacao-e-curriculo-escolar&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=20574 http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=20574 http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=20565 http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=20565 http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em-foco&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em-foco&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em-foco&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em-foco&catid=71:destaque w=article&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em- foco&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em-foco&catid=71:destaque http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=723:salto-para-o-futuro-serie-coordenacao-pedagogica-em-foco&catid=71:destaque
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