Buscar

CLASSIFICAÇÃO DE NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
GENÉTICA E EMBRIOLOGIA 
Vanessa Berto 
NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS – CLASSIFICAÇÃO E LESÕES PRÉ-CANCERÍ-
GENAS 
CONCEITOS IMPORTANTES 
NEOPLASIA 
- Proliferação celular anômala (não existe em um 
tecido normal), que não responde a fatores inibi-
dores do crescimento e multiplicação. 
- Neoformação tecidual com potencial de cresci-
mento independente. 
NEOPLASIA É O MESMO QUE TUMOR? 
NÃO, embora muitas vezes sejam usados como si-
nônimos. 
- Tumor é qualquer lesão no organismo que vai 
formar uma massa, gerando um aumento de vo-
lume em determinado órgão ou tecido. 
- Quando esse aumento de volume corresponde a 
uma proliferação celular descontrolada, será cha-
mado de neoplasia. 
O QUE É O CÂNCER 
É uma neoplasia maligna, que são aquelas que 
têm a capacidade de invadir outros tecidos e me-
tastatizarem (de se disseminarem para outros ór-
gãos). 
 
OBS.: Nem todo câncer é tumor (ex.: leucemias 
não formam massas). 
COMO DIAGNOSTICAR AS NEOPLASIAS? 
• Suspeita por meio de exame clínico e exames de 
imagem 
• Confirmação: exame anatomopatológico (reali-
zado pelo patologista, tanto a olho nu quanto ao 
microscópio para diagnóstico confirmatório de 
lesões). Biópsia = qualquer material coletado do 
indivíduo vivo para fins diagnósticos (indivíduo 
morto = necrópsia) 
o Biópsia incisional (apenas uma pequena 
parte da lesão é retirada): diagnóstico 
o Biópsia excisional (toda a lesão é retirada): 
diagnóstico e tratamento 
o Exame citopatológico (faz-se um raspado da 
área, como no exame Papanicolau) 
• Exames macroscópicos e microscópicos 
CARCINOMA BASOCELULAR (CDC) 
• Uma das neoplasias mais comuns da pele. 
• Habitualmente, manifesta-se como uma lesão 
que pode ser elevada ou deprimida (imagem: de-
primida na asa nasal), eritematosa (averme-
lhada), com brilho perláceo, presente em pele 
área fotoexposta de indivíduos mais idosos. 
• Ao ver essa lesão, dermatologista irá suspeitar de 
carcinoma basocelular e fará uma biópsia incisi-
onal (apenas para diagnóstico) ou excisional 
(para diagnóstico e tratamento). 
• A partir do momento em que esse material é co-
letado, ele é enviado para o laboratório de pato-
logia, onde passará por uma série de processos 
(avaliação macroscópica a olho nu e, posterior-
mente, por um processamento histológico, onde 
receberá um banho de parafina, que permitirá 
que o material seja cortado em fatias bem finas 
para a posterior confecção de lâminas). 
• Em seguida, o patologista fará a avaliação da lâ-
mina e emitirá um laudo anatomopatológico, que 
contém tanto informações do exame macroscópio 
da lesão quanto de suas características micros-
cópicas, de modo a confirmar ou descartar o di-
agnóstico de neoplasia, se é benigna ou maligna 
e o seu subtipo histológico. 
• Todos esses elementos são fundamentais para 
que seja definido o tratamento adequado ao pa-
ciente. 
 
 
 
 
2 
GENÉTICA E EMBRIOLOGIA 
Vanessa Berto 
O QUE O PATOLOGISTA INFORMA? 
• A lesão é ou não uma neoplasia? (se é uma pro-
liferação celular anômala, que não deveria estar 
naquele tecido). 
• Se sim, ela é benigna ou maligna? (neoplasias 
malignas, geralmente, demandam tratamento 
mais agressivo, pois têm potencial de infiltrar, de 
dar metástases; assim, as ressecções cirúrgicas 
são mais amplas, tratamento pode ser comple-
mentado com quimioterapia e radioterapia, en-
quanto nas neoplasias benignas, realiza-se ape-
nas ressecção local daquela neoplasia). 
• Qual a sua linhagem? (veio de um tecido epite-
lial, mesenquimal, linfoide, de uma outra linha-
gem...). 
• Se maligna, avaliar fatores prognósticos (fatores 
que vão interferir na qualidade de vida e de so-
brevida do paciente). 
• Se biópsia excisional, avaliar margens (informar 
se as bordas da área que foi removida estão livres 
ou comprometidas pela neoplasia). 
LINHAGENS DAS NEOPLASIAS 
De qual tecido surgiu a neoplasia. Fundamental 
para a determinação do tratamento do paciente. 
• Epitelial 
• Mesenquimal (fibroconjuntivo, adiposo, ósseo, 
cartilaginoso) 
• Linfoide (linfomas) 
• Melanocítica 
• Células germinativas (tumores ovarianos e testi-
culares) 
• Neural (gliomas) 
• Outras 
CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS 
CRITÉRIOS DE BENIGNIDADE 
- Lesões bem circunscritas (bem delimitadas) 
- Crescimento lento 
- Não causam síndrome consumptiva (consumo de 
reservas corporais → perda de peso, queda do es-
tado geral, perda de massa magra) 
- Semelhança histológica com tecido de origem 
(bem diferenciado) → guarda grande semelhança 
com o tecido maduro/de origem, sem perda de di-
ferenciação 
- Atipias nucleares ausentes/leves (alterações nu-
cleares que indicam perda de diferenciação) 
- Ausência de invasão vascular 
- Ausência de metástases 
CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE 
- Lesões mal delimitadas 
- Crescimento pode ser acelerado 
- Causam síndrome consumptiva 
- Menor grau de diferenciação (anaplasia) → célu-
las mais imaturas (quanto mais próximo da forma 
de célula embrionária, maior o seu potencial de 
multiplicação e maior a tendência de apresentar 
comportamento agressivo) 
- Atipias nucleares acentuadas 
- Pode haver invasão vascular 
- Potencial de metastatizar 
TUMORES EPITELIAIS 
• Linhagem mais comum de neoplasia 
• Epitélios da pele, glândulas, mucosas são os te-
cidos onde mais ocorrem multiplicação celular 
no organismo, o que implica em maiores chan-
ces de ocorrer uma multiplicação desordenada 
NOMENCLATURA 
Neoplasias benignas 
- Tecido de origem + sufixo -OMA 
- Ex.: adenoma, papiloma, cistadenoma, cilin-
droma etc. 
Neoplasias malignas 
- Sufixo -CARCINOMA 
- Ex.: adenocarcinoma, carcinoma epidermoide 
etc. 
 
Visão macroscópica de adenoma, neoplasia be-
nigna no epitélio glandular do intestino, por meio de 
uma colonoscopia (endoscopia digestiva baixa). Le-
são polipoide (lesão que cresce e se projeta para a 
luz do órgão, conectada à parede por um pedún-
culo) 
Visão microscópica: lesão polipoide, proliferação 
celular que se projeta do órgão. Em vermelho: Pro-
jeção em aspecto de cogumelo, que é a prolifera-
ção celular do adenoma. Em amarelo: presença 
de glândulas colônicas com os núcleos mais au-
mentados do que o normal = atipia nuclear) 
 
 
Visão macroscópica: lesão de bordas indefinidas, 
com centro deprimido, com heterogeneidade de co-
loração 
Visão microscópica: núcleos muito maiores, muito 
mais visíveis, atípicos e irregulares → células me-
nos diferenciadas 
 
3 
GENÉTICA E EMBRIOLOGIA 
Vanessa Berto 
TUMORES MESENQUIMAIS 
Tumores originários de tecidos derivados do me-
soderma, que estão relacionados principalmente a 
derivados do tecido conjuntivo 
NOMENCLATURA 
Tecido de origem 
- Adiposo: LIPO 
- Muscular liso: LEIOMIO 
- Muscular esquelético: RABDOMIO 
- Cartilaginoso: CONDRO 
- Conjuntivo fibroso: FIBRO 
- Vascular: ANGIO 
Neoplasias benignas: sufixo OMA 
Neoplasias malignas: sufixo SARCOMA 
 
 
 
 
 
 
Útero de mulheres em idade reprodutiva, antes da 
menopausa. 
 
 
Útero de mulheres em idade mais avançada 
 
TUMORES LINFOIDES/HEMATOPOIÉTICOS 
NOMENCLATURA 
❖ Se proveniente de células linfoides: LINFOMA 
(sempre malignos) 
o Classificar em: 
- Hodgkin (linfoma localizado, geralmente 
ocorre nos linfonodos, mais comum em indi-
víduos jovens, ex.: linfonodomegalia cervical, 
linfonodomegalia localizada) 
- Não-Hodgkin (mais comum em indivíduos 
mais velhos, pode ocorrer em outros locais 
além do linfonodo, como no estômago, pul-
mão, cérebro, tende a apresentar manifesta-
ções clínicas mais diversas) 
❖ Se proveniente de células hematopoiéticas: LEU-
CEMIAS (tendem a apresentar comportamento 
maligno) 
o Especificar linhagem conforme precursor 
o Ex.: Leucemia Mieloide, Leucemia Eritroite 
etc. 
 
Células de Reed-Stern-
bergm (em “olho de co-
ruja”) → indicativas de 
linfoma de Hodgkin 
 
4 
GENÉTICA E EMBRIOLOGIA 
Vanessa Berto 
TUMORES MELANOCÍTICOS 
Tumores em células que são pigmentação à pele. 
NOMENCLATURA 
- Se benigno:NEVO 
Subtipos: composto, intradérmico, displásico etc. 
 
- Se maligno: MELANOMA 
Subtipos: extensivo-superficial, lentigo maligno 
etc. 
 
Lesão enegrecida, pequena, simétrica, de cresci-
mento lento, que não coça, que não sangra, que 
não arde, com pigmentação homogênea 
 
 
Lesão com bordas irregulares, com aspecto infiltra-
tivo, pigmentação heterogênea, irregular 
 
TUMORES NEURAIS 
NOMENCLATURA 
Sistema Nervoso Central 
- Gliomas (astrocitoma, oligodendroglioma, epen-
dimoma etc → graduados de I a IV) 
- Meningiomas (graduados de I a III) 
 
Não são classificados em benignos/malignos, 
quanto maior a numeração, mais agressivo 
 
Sistema Nervoso Periférico (células de 
Schwann) 
- Schwannoma 
- Tumor Maligno da Bainha do Reto (MPNST) 
 
Glioma de classe IV, lesão com padrão de cresci-
mento muito expansivo, em que há compressão dos 
ventrículos cerebrais (local por onde passa o líquor) 
 
OUTRAS LINHAGENS 
Células germinativas 
- Seminoma 
- Disgerminoma 
- Teratoma 
- Etc. 
 
Tumores de origem incerta 
- Tumor neuroectodérmico primitivo (PNET) 
- Sarcoma de Ewing 
- Sarcoma sinovial 
- Etc.

Outros materiais