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Tributos Sobre o Lucro CPC 32 – NBC TG 32 (R2), RTT e Lei 12.973/14. Thiago Arantes Tributos Sobre o Lucro CPC 32 – NBC TG 02. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Objetivo: O objetivo desta Norma é estabelecer o tratamento contábil para os tributos sobre o lucro. A questão principal na contabilização dos tributos sobre o lucro é como contabilizar os efeitos fiscais atuais e futuros de: a) futura recuperação (liquidação) do valor contábil dos ativos (passivos) que são reconhecidos no balanço patrimonial da entidade; e Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Objetivo: b) operações e outros eventos do período atual que são reconhecidos nas demonstrações contábeis da entidade. Definições Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Definições: • Resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período antes da dedução dos tributos sobre o lucro. • Lucro tributável (prejuízo fiscal) é o lucro (prejuízo) para um período, determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre o qual os tributos sobre o lucro são devidos (recuperáveis). Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Definições: • Despesa tributária (receita tributária) é o valor total incluído na determinação do lucro ou prejuízo para o período relacionado com o tributo sobre o lucro corrente ou diferido. • Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável (prejuízo fiscal) do período. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Definições: • Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às diferenças temporárias tributáveis. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Definições: • Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em período futuro relacionado a: a) diferenças temporárias dedutíveis; b) compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e c) compensação futura de créditos fiscais não utilizados. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Definições: • Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou passivo no balanço e sua base fiscal. As diferenças temporárias podem ser tanto: a) é a diferença temporária que resulta em valores tributáveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de períodos futuros quando o valor contábil de ativo ou passivo é recuperado ou liquidado; ou. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Definições: b) diferença temporária dedutível, a qual é a diferença temporária que resulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de futuros períodos quando o valor contábil do ativo ou passivo é recuperado ou liquidado. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Definições: • Base fiscal de ativo ou passivo é o valor atribuído àquele ativo ou passivo para fins fiscais. Base Fiscal Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Base Fiscal: A base fiscal de um ativo é o valor que será dedutível para fins fiscais contra quaisquer benefícios econômicos tributáveis que fluirão para a entidade quando ela recuperar o valor contábil desse ativo. Se aqueles benefícios econômicos não serão tributáveis, a base fiscal do ativo é igual ao seu valor contábil. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Base Fiscal: A base fiscal de um passivo é o seu valor contábil, menos qualquer valor que será dedutível para fins fiscais relacionado àquele passivo em períodos futuros. No caso da receita que é recebida antecipadamente, a base fiscal do passivo resultante é o seu valor contábil, menos qualquer valor da receita que não será tributável em períodos futuros. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Base Fiscal: Alguns itens possuem base fiscal, mas não são reconhecidos como ativos ou passivos no balanço patrimonial. Por exemplo, os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa para determinar o lucro contábil no período no qual eles são incorridos, mas esses gastos podem não ser dedutíveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) até um período posterior. (...) Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Base Fiscal: (...) A diferença entre a base fiscal dos gastos com pesquisa, que é o valor que as autoridades tributárias permitem como dedução em períodos futuros, e o valor contábil zero é uma diferença temporária dedutível que resulta em ativo fiscal diferido.. Dúvidas. Dúvidas. Reconhecimento de passivos e ativos fiscais correntes Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Reconhecimento de passivos e ativos fiscais correntes: Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se o valor já pago relacionado aos períodos atual e anteriores exceder o valor devido para aqueles períodos, o excesso deve ser reconhecido como ativo. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Reconhecimento de passivos e ativos fiscais correntes: O benefício referente a um prejuízo fiscal que pode ser compensado para recuperar o tributo corrente de um período anterior deve ser reconhecido como ativo. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Reconhecimento de passivos e ativos fiscais correntes: Quando um prejuízo fiscal é utilizado para recuperar o tributo corrente de um período anterior, a entidade reconhece o benefício como ativo no período em que o prejuízo fiscal ocorre porque é provável que o benefício fluirá para a entidade e o benefício pode ser medido confiavelmente. Reconhecimento de passivos e ativos fiscais diferidos Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Reconhecimento de passivos e ativos fiscais diferidos: Diferença temporária tributável Um passivo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto o passivo fiscal diferido que advenha de: a) reconhecimento inicial de ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill); ou Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Reconhecimento de passivos e ativos fiscais diferidos: Diferença temporária tributável b) reconhecimento inicial de ativo ou passivo em transação que: • não é combinação de negócios; e • no momento da transação, não afeta nem o lucro contábil nem o lucro tributável (prejuízo fiscal). Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Reconhecimento de passivos e ativos fiscais diferidos: Diferença temporária tributável É inerente ao reconhecimento de ativo que seu valor contábil será recuperado na forma de benefícios econômicos que fluem para a entidade em períodos futuros. Quando o valor contábil de ativo excede sua base fiscal, o valor dos benefícios econômicos tributáveis excede o valor que será permitido como dedução para fins fiscais. Mensuração Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Mensuração: Passivos (ativos) de tributos correntes referentes aos períodos corrente e anterior devem ser mensurados pelo valor esperado a ser pago para (recuperado de) as autoridades tributárias, utilizando as alíquotas de tributos (e legislação fiscal) que estejam aprovadas no final do período que está sendo reportado. Tributos Sobre o Lucro – NBC TG 02 / CPC 32: Mensuração: Os ativos e passivos fiscais diferidos devem ser mensurados pelas alíquotas que se espera que sejam aplicáveis no período quando for realizado o ativo ou liquidado o passivo, com base nas alíquotas (e legislação fiscal) que estejam em vigor ao final do período que está sendo reportado. Lucro Real O que é o Lucro Real? Lucro Real O que é o Lucro Real? É um formato de apuração do IRPJ e CSLL baseada no resultado contábilapós os ajustes decorrentes da legislação tributária (adições / exclusões). Quem pode optar? Lucro Real Quem pode Optar? Todas as pessoas jurídicas podem optar pelo Lucro Real, sendo que algumas delas são obrigadas a esse regime ficando, portanto, impedidas de se enquadrarem no Lucro Presumido ou no Simples Nacional. Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? 1) A partir de 1º de janeiro de 2014, com a publicação da Lei nº 12.814/2013 foi aumentado o limite para opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões) para R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00, multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses. Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? 2) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, (...) Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? (...) empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta. Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? 3) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 4) Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto (empresas geralmente sediadas nas áreas da SUDENE e SUDAM); Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? 5) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa; Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? 6) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? 7) que se dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham registro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades; 8) que sejam Sociedade de Propósito Específico formada por Microempresas e Empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional; Lucro Real Quem está obrigado a apuração mediante o Lucro Real? 9) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. Prazo e Forma de Opção Lucro Real Prazo e Forma de Opção: A legislação prevê a forma de opção para os casos de recolhimento por estimativa, que é feita mediante pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade. Quando do recolhimento do imposto apurado trimestralmente, correspondente ao 1º trimestre ou ao trimestre de início de atividade. Lucro Real Prazo e Forma de Opção: No caso de balanço com prejuízo, a formalização da opção fica postergada para o primeiro recolhimento devido no ano. 1. A opção formalizada, é irretratável por todo o ano calendário. 2. Ainda que o pagamento da estimativa referente ao mês de janeiro tenha sido efetuado após o prazo de vencimento a opção é válida. Periodicidade: Anual ou Trimestral Lucro Real Periodicidade: Como regra, o imposto de renda das pessoas jurídicas é devido trimestralmente, e por opção, é possível a apuração anual. No Real trimestral, o imposto será determinado por períodos de apuração encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário. No Real Anual deve-se apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano. Lucro Real Periodicidade: É importante ressaltar que o recolhimento por estimativas, ou ainda, por meio de balanço de redução ou suspensão, corresponde ao Lucro Real Anual, muito embora os recolhimentos sejam mensais. Formas de Cálculo Lucro Real Formas de Cálculo: A apuração do IR e da CSLL pelo Lucro Real poderá ser feito das seguintes formas: a) Real trimestral - sempre por meio de balanço trimestral; b) Real anual - por meio de estimativas mensais ou por meio de balanço de suspensão ou de redução, e ainda com a apuração do Lucro Real Anual ao final do período de apuração. Base de Cálculo do IRPJ e da CSLL Lucro Real Base de Cálculo do IRPJ e da CSLL: O elemento mais complexo da apuração do Lucro Real é a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Em linhas gerais podemos dizer que a base de cálculo do IRPJ corresponderá ao lucro líquido do período (lucro contábil), ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas e autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. Ajustes Adições e Exclusões Lucro Real Ajustes: Adições e Exclusões Após a apuração do lucro líquido com base na contabilidade, para fins de apuração da base de cálculo do IR e da CSLL, há que se efetuar os ajustes. Tratam-se de adições e exclusões, todas escrituradas no LALUR, ou em livro específico para apuração da CSLL. Lucro Real Ajustes: Adições e Exclusões Os valores lançados na contabilidade, que diminuem o lucro, mas que pela legislação do IR e da CSLL são indedutíveis, devem ser adicionados ao resultado, pelo LALUR. Os valores que foram acrescentados ao resultado contábil, mas que pela legislação não devem compor a base de cálculo do IR, serão excluídos no LALUR. Alíquotas Lucro Real Alíquotas a) IRPJ Sobre a base de cálculo apurada segundo as formas acima explicitadas, aplicaremos a alíquota de 15%. Contudo, além da alíquota de 15%, é devido o adicional do imposto de renda, à alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela da base de cálculo que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por mês. Lucro Real Alíquotas b) CSLL A partir de 1º de janeiro de 2003, nos termos do art. 37 da Lei nº 10.637/2002, a contribuição social será determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% sobre o lucro líquido ajustado (base de cálculo). Lucro Real Alíquotas b) CSLL Desde 1º de maio de 2008 ficou estabelecido que a alíquota da CSLL é de 15%, no caso de instituições financeiras, pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização, referidas nos incisos I a XII do § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 105/2001. Em relação às demais pessoas jurídicas, a alíquota aplicável da contribuição permanece em 9%. Deduções e Compensações Lucro Real Deduções e Compensações A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto apurado no mês: a) Incentivos fiscais; b) o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido; c) o imposto de renda pago indevidamente em períodos anteriores, desde que formalizado por meio de Declaração de Compensação Lucro Real Deduções e Compensações No caso de levantamento de balanço, poderão também ser deduzidos: a) o imposto pago no exterior, até 31 de janeiro do ano calendário subseqüente, relativo a lucros disponibilizados, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior durante o ano calendário, computados no balanço ou balancete de suspensão ou redução do mês de dezembro do ano calendário; Lucro Real Deduções e Compensações No caso de levantamento de balanço, poderão também ser deduzidos: b) o valor do imposto de renda devido em meses anteriores do ano calendário,apurado sobre a base de cálculo estimada ou com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução. Prazo Para Pagamento Lucro Real Prazo Para Pagamento a) Anual: O imposto e a contribuição social mensal apurado sobre a base de cálculo estimada, ou por meio de balanço de redução ou suspensão, inclusive o relativo ao mês de dezembro, deverá ser pago até o último dia útil do mês subseqüente àquele a que se referir, mediante DARF. Lucro Real Prazo Para Pagamento a) Anual: O saldo do IR e da CSLL apurados em 31 de dezembro do ano-calendário, se positivo, será pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subsequente acrescido de juros calculados à taxa SELIC, acumulada mensalmente, calculados a partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês anterior ao pagamento e de um por cento no mês do pagamento. Lucro Real Prazo Para Pagamento a) Trimestral: O imposto de renda devido, apurado ao final de cada trimestre, será pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração, por meio de DARF. Lucro Real Prazo Para Pagamento a) Trimestral: O imposto e a contribuição devido poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que corresponder. Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única. Lucro Real Prazo Para Pagamento a) Trimestral: As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento. Compensação de Prejuízos Fiscais Lucro Real Compensação de Prejuízos Fiscais O prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real e registrado no LALUR (Decreto-Lei nº 1.598/1977, art. 64, § 1º, e Lei nº 9.249/1995, art. 6º, e parágrafo único). A compensação poderá ser total ou parcial, em um ou mais períodos de apuração, à opção do contribuinte, observado o limite de 30%. Dúvidas. Dúvidas. Lucro Presumido O que é o Lucro Presumido? Lucro Presumido O que é o Lucro Presumido? É um formato de apuração de IRPJ / CSLL no qual o critério para o cálculo é mais simples, no qual a Receita Federal do Brasil gerou entendimento de margens de lucros na qual é utilizado para o cálculo dos tributos. Quem Pode Optar? Lucro Presumido Quem pode optar? A opção pela sistemática do lucro presumido só pode ser exercida pelas empresas cuja receita bruta, no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais). Quando a pessoa jurídica tenha iniciado atividades no ano anterior, o limite é de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade naquele ano. Atividades Impedidas de Optar Pelo Lucro Presumido Lucro Presumido Atividades Impedidas de Optar Não podem optar pela sistemática do lucro presumido, por estarem obrigadas ao Lucro Real as pessoas jurídicas: a) cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; Lucro Presumido Atividades Impedidas de Optar b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, de crédito imobiliário, corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e de previdência privada aberta; Lucro Presumido Atividades Impedidas de Optar c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto (empresas geralmente sediadas nas áreas da SUDENE e SUDAM); e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa; Lucro Presumido Atividades Impedidas de Optar f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); g) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. Lucro Presumido Atividades Impedidas de Optar h) que se dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham registro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades; (Instrução Normativa SRF nº 25/1999) Prazo e Forma de Opção Lucro Presumido Prazo e Forma de Opção A opção por esta modalidade de tributação é formalizada no decorrer do ano-calendário, e manifestada com o recolhimento da primeira ou única cota correspondente ao primeiro período de apuração do ano-calendário. Na prática, o que define o recolhimento, é o código indicado no campo 04 do DARF do pagamento do primeiro IRPJ do ano. Para o IRPJ no Lucro Presumido tal código corresponde a 2089. Periodicidade Apuração Trimestral Lucro Presumido Periodicidade – Apuração Trimestral Desde 1º de janeiro de 1997, o lucro presumido passou a ser apurado trimestralmente nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, ou na data de extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso do ano-calendário. Base de Cálculo Lucro Presumido Base de Cálculo A base de cálculo do imposto de renda sobre o lucro presumido é apurada a partir da receita bruta decorrente da atividade da pessoa jurídica optante. O lucro presumido será apurado pelo valor resultante da aplicação dos percentuais, sobre a receita bruta de cada atividade, auferida em cada período de apuração trimestral, deduzida das devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos. Lucro Presumido Base de Cálculo A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (consignação, por exemplo). Apuração da Base de Cálculo Lucro Presumido Apuração da Base de Cálculo O imposto de renda das empresas incide sobre o lucro. As empresas optantes pelo lucro presumido devem presumir o lucro auferido em cada trimestre, e essa presunção é feita pela aplicação de percentuais de lucratividade ditados pela lei, sobre a receita bruta auferida mensalmente: Lucro Presumido Apuração da Base de Cálculo a) das atividades em geral, exceto as listadas a seguir: 8,0% b) revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural: 1,6%; c) serviços em geral: 32,0%; d) serv. hospitalares e de transporte de carga: 8%; e) demais serviços de transporte: 16%; Demais Receitas e Ganhos de Capital Lucro Presumido Demais Receitas e Ganhos de Capital São acrescidos ao lucro presumido para se chegar à base de cálculo do imposto de renda no trimestre, entre outros: a) os ganhos de capital, demais receitas e resultadospositivos decorrentes de receitas não abrangidas pela atividade, auferidos no mesmo período; b) os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável; Lucro Presumido Demais Receitas e Ganhos de Capital c) os juros sobre o capital próprio auferidos; d) os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado; Lucro Presumido Demais Receitas e Ganhos de Capital e) o valor resultante da aplicação dos percentuais, sobre a parcela das receitas auferidas em cada atividade, no respectivo período de apuração, nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.312/2012; Lucro Presumido Demais Receitas e Ganhos de Capital f) a diferença de receita financeira calculada das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN e o ajuste decorrente de avaliação a valor justo na investida, conforme Instrução Normativa RFB nº 1.312/2012. Lucro Presumido Demais Receitas e Ganhos de Capital g) as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização em virtude de rescisão de contrato, exceto se tiver por finalidade a reparação de danos patrimoniais, observado que o imposto retido na fonte será considerado como antecipação do devido em cada período de apuração. Lucro Presumido Demais Receitas e Ganhos de Capital h) os valores pendentes de tributação controlados na parte "B" do LALUR das empresas que até o ano- calendário anterior, tenham sido tributadas pelo lucro real, observado que a adição se dará no primeiro período de apuração do lucro presumido. Lucro Presumido Demais Receitas e Ganhos de Capital i) as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual; j) o ganho de capital nas alienações de bens do ativo permanente. Alíquotas Lucro Presumido Alíquotas a) IRPJ Sobre a base de cálculo apurada segundo as formas acima explicitadas, aplicaremos a alíquota de 15%. Contudo, além da alíquota de 15%, é devido o adicional do imposto de renda, à alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela da base de cálculo que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por mês. Alíquotas b) CSLL A contribuição social será determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% sobre o lucro líquido ajustado (base de cálculo). Lucro Presumido Regime de Reconhecimento das Receitas Lucro Presumido Regime de Reconhecimento das Receitas As receitas, os demais resultados e os ganhos de capital devem ser reconhecidos pelo regime de competência. Entretanto, a empresa poderá adotar o critério de reconhecimento das receitas da atividade, nas vendas a prazo ou em parcelas, na medida dos recebimentos em cada trimestre. É o chamado regime de caixa. Fundamentação: § 2º do art. 13 da Lei nº 9.718/1998 Deduções do Imposto Lucro Presumido Deduções do Imposto: Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no período de apuração, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo, sujeitando-se à comprovação. Prazo de Recolhimento Lucro Presumido Prazo de Recolhimento: a) Em cota única: O imposto será pago em quota única até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração. Considerando que o IRPJ pelo Lucro Presumido é trimestral, teremos vencimentos no último dia útil dos meses de abril, julho, outubro e janeiro. Lucro Presumido Prazo de Recolhimento: a) Divisão em Cotas: O imposto apurado em cada trimestre poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$ 1.000,00, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder, observando que: Lucro Presumido Prazo de Recolhimento: a) Divisão em Cotas: a) sobre a 1ª quota não há acréscimos legais; b) sobre a 2ª quota há juros de 1%; c) sobre a 3ª quota há juros SELIC do mês anterior, mais 1 %.
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