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HISTOLOGIA DO SANGUE

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HISTOLOGIA
VISÃO GERAL DO SANGUE
KAREN BBC
VISÃO GERAL DO SANGUE
O sangue está contido em um compartimento fechado, o aparelho circulatório, que o mantém em movimento regular e unidirecional, devido essencialmente às contrações rítmicas do coração. O volume total de sangue em uma pessoa saudável é de aproximadamente 7% do peso corporal, cerca de 5 f em um indivíduo com 70 kg de peso. 
O sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma, parte líquida, na qual os primeiros estão suspensos. Os glóbulos sanguíneos são os eritrócitos ou hemácias, as plaquetas (fragmentos do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea) e diversos tipos de leucócitos ou glóbulos brancos. 
O hematócrito possibilita estimar o volume de sangue ocupado pelos eritrócitos em relação ao sangue total. Os valores normais são de 35 a 49% na mulher e 40 a 54% no homem. 
O sangue é principalmente um meio de transporte. Por seu intermédío, os leucócitos, células que desempenham várias funções de defesa e constituem uma das primeiras barreiras contra a infecção, percorrem constantemente o corpo, atravessam por diapedese a parede das vênulas e capilares e concentram-se rapidamente nos tecidos lesionados ou atacados por microrganismos, nos quais desempenham suas funções defensivas. 
O sangue transporta oxigênio, ligado à hemoglobina dos eritrócitos, e gás carbônico ( C02), ligado à hemoglobina e a outras proteínas dos eritrócitos, ou dissolvido no plasma. Como veículo de distribuição dos hormônios, o sangue possibilita a troca de mensagens químicas entre órgãos distantes. Tem, ainda, papel regulador na distribuição de calor, no equilíbrio acidobásico e no equilíbrio osmótico dos tecidos. 
PLASMA
O plasma é uma solução aquosa que contém componentes de pequeno e de elevado peso molecular, que correspondem a 10% do seu volume. As proteínas plasmáticas correspondem a 7% e os sais inorgânicos, a 0,9%, sendo o restante formado por compostos orgânicos diversos, tais como aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose. 
Os componentes de baixo peso molecular do plasma estão em equilíbrio, através das paredes dos capilares e das vênulas, com o líquido intersticial dos tecidos. Por isso, a composição do plasma é um indicador da composição do líquido extracelular. As principais proteínas do plasma são as albuminas, as alfa, beta e gama globulinas, as lipoproteínas e as proteínas que participam da coagulação do sangue, como protrombina e fibrinogênio. As albuminas, que são sintetizadas no fígado e muito abundantes no plasma sanguíneo, desempenham papel fundamental na manutenção da pressão osmótica do sangue. Deficiência em albuminas causa edema generalizado. As gamaglobulinas são anticorpos e, por isso, 
também chamadas imunoglobulinas. O sistema de coagulação, além das plaquetas, engloba uma cascata complexa de pelo menos 16 proteínas plasmáticas e algumas enzimas e cofatores enzimáticos envolvidos na formação do coágulo. 
ERITROPOESE E ERITRÓCITOS 
Célula madura é a que alcançou um estágio de diferenciação que lhe possibilita exercer todas as suas funções especializadas. O processo básico da maturação da série eritrocítica ou vermelha é a síntese de hemoglobina e a formação de um corpúsculo pequeno e bicôncavo, que oferece o máximo de superfície para as trocas de oxigênio. A diferenciação dos eritrócitos ocorre em nichos que contêm macrófagos no seu estroma central e células eritrocíticas em desenvolvimento ao seu redor. Esses macrófagos estabelecem contatos com as células eritrocíticas, regulam sua proliferação, fagocitam células defeituosas e os núcleos extruídos durante o processo de maturação. De acordo com seu grau de maturação, as células eritrocíticas são chamadas de: proeritroblastos, eritroblastos basófilos, eritroblastos policromáticos, eritroblastos ortocromáticos (ou acidófilos), reticulócitos e hemácias. 
Proeritroblasto é a maior célula eritrocitária, com um núcleo que ocupa ⅘ de todo seu espaço e há também a presença de dois nucléolos. Rica em ribossomos, possui nenhuma ou pouca hemoglobina sintetizada. Sofre mitose e dá origem a dois eritroblastos basófilos.
O eritroblasto basófilo é uma célula menor do que a anterior. A cromatina é condensada em grânulos grosseiros. Não há nucléolos visíveis. 
O eritroblasto policromático é uma célula ainda menor, com um núcleo contendo cromatina mais condensada. O eritroblasto policromático contém hemoglobina em quantidade suficiente para aparecer uma acidofilia citoplasmática (cor-de-rosa), que, somada à basofilia ainda existente, confere uma coloração cinza ao citoplasma dessa célula. 
Eritroblasto policromático e ortocromático - Nessa fase há um considerável aumento na produção de hemoglobina na célula, além de uma considerável diminuição do núcleo, que passa a compor ¼ de seu tamanho original quando passamos para a fase de eritroblasto ortocromático. Nesta, observa-se um deslocamento do núcleo celular até a periferia da membrana, onde ocorre a extrusão desse. Após essa ocorrência, a célula passa a ser um reticulócito.
Reticulócito são anucleado, contém porções de complexo de Golgi, mitocôndrias e ribossomos, porém durante essa fase ocorre a perda desses. A célula dessa fase atua como uma resposta do sistema eritropoiético a um grave estresse, como anemia aguda ou injeções de vitamina B-12, ferro ou eritropoietina.
Eritrócito - Célula principal do transporte de gases no corpo humano, possui forma discoide e bicôncava, o que facilita a troca gasosa com ela. Desprovida de organelas e núcleo, tem como principal proteína citoplasmática a hemoglobina, a qual será citada mais a frente. Com um ciclo celular de, aproximadamente, 120 dias.
ERITROPOESE E ERITRÓCITOS 
Os eritrócitos, ou hemácias dos mamíferos, são anucleados e contêm grande quantidade de hemoglobina, uma proteína transportadora de 0 2 e C02. Em condições normais, esses corpúsculos, ao contrário dos leucócitos, não saem do sistema circulatório, permanecendo sempre no interior dos vasos. Os eritrócitos humanos têm a forma de disco bicôncavo . 
A forma bicôncava dos eritrócitos normais proporciona grande superfície em relação ao volume, o que facilita as trocas de gases. Os eritrócitos são flexíveis, passando facilmente pelas bifurcações dos capilares mais finos, onde sofrem deformações temporárias, mas não se rompem. 
Por serem ricos em hemoglobina, uma proteína básica, os eritrócitos são acidófilos, corando-se pela eosina. A forma bicôncava é mantida por proteínas estruturais do citoesqueleto e ligadas à membrana da hemácia, como, por exemplo, espectrina, anquirina, actina, proteína 4.1 e banda 3. Anormalidades ou deficiências dessas proteínas levam à formação de eritrócitos deformados, como ocorre, por exemplo, na esferocitose e eliptocitose hereditária. 
Ao penetrarem a corrente sanguínea, vindos da medula óssea vermelha, na qual são formados, os eritrócitos imaturos (reticulócitos) contêm ainda certa quantidade de ribossomos. Quando corados apresentam uma cor azulada, devido à basofilia do RNA. Certos corantes, como o azul brilhante de cresil, precipitam o RNA, dando origem a uma delicada rede de material basófilo, que aparece bem corado em azul.
A molécula da hemoglobina (proteína conjugada com ferro) é formada por quatro subunidades, cada uma contendo um grupo heme ligado a um polipeptídio. O grupo heme é um derivado porfirínico que contém Fe2 '. Devido a variações nas cadeias polipeptídicas, distinguem-se vários tipos de hemoglobina, dos quais três são considerados normais - as hemoglobinas A 1, A2 e F.
Durante a maturação na medula óssea, o eritrócito perde o núcleo e as outras organelas, não podendo renovar suas moléculas. Ao fim de 120 dias (em média) as enzimas já estão em nível crítico, o rendimento dos ciclos metabólicos geradores de energia é insuficiente e o corpúsculo é digerido pelos macrófagos, principalmente no baço.
GRUPOS SANGUÍNEOS ABO E RH
Um importante fator na transfusão de sangue é o sistema de grupo sanguíneo AB0,que essencialmente envolve três antígenos, denominados A, B e 0. Esses antígenosconsistem em glicoproteínas e glicolipídios e diferem apenas ligeiramente quanto à sua composição. Estão presentes na superfície dos eritrócitos e estão ligados aos domínios extracelulares de proteínas integrais da membrana, denominadas glicoforinas e proteínas de banda 3. A existência de antígenos A, B ou0determinaosquatro grupos sanguíneos principais: A, B, AB e 0. Todos os humanos apresentam enzimas que catalisam a síntese do antígeno 0. Os indivíduos do grupo sanguíneo A contêm uma enzima adicional (N-acetilgalactosamina transferase ou A-glicosiltransferase), que acrescenta a Nacetilgalactosamina ao antígeno 0. Os indivíduos de grupo sanguíneo B contêm uma enzima (galactose transferase ou B-glicosiltransferase), que adiciona galactose ao antígeno 0. Os indivíduos de grupo sanguíneo AB expressam ambas as enzimas, enquanto os indivíduos de grupo sanguíneo tipo 0 não contêm essas enzimas. Nos humanos, os genes AB0 consistem em pelo menos sete éxons, que estão localizados no cromossomo 9. O alelo 0 é recessivo, enquanto os alelos A e B são codominantes. As diferenças nas moléculas de carboidrato desses antígenos são detectadas por anticorpos específicos dirigidos contra os antígenos A ou B. Os indivíduos com antígenos A contêm anticorpos anti-B séricos, que são dirigidos contra o antígeno B. Os indivíduos com antígenos B têm anticorpos anti-A séricos, que são dirigidos contra o antígeno A. Os indivíduos com grupo sanguíneo AB não apresentam anticorpos dirigidos contra os antígenos A ou B; por esse motivo, são receptores universais de qualquer tipo sanguíneo. Os indivíduos do grupo 0 apresentam ambos os anticorpos anti-A e anti-B no soro e nenhum antígeno A ou B nos eritrócitos. Por conseguinte, esses indivíduos são doadores universais de sangue. Se um indivíduo receber uma transfusão de sangue de tipo incompatível, os anticorpos do receptor irão atacar os eritrócitos do doador, causando uma reação transfusional hemolítica com destruição dos eritrócitos transfundidos. Para evitar essa complicação que inclui risco à vida, o sangue para transfusão precisa ser sempre submetido à prova cruzada com o sangue do receptor. Nesse procedimento, o soro do receptor é testado contra os eritrócitos do doador. Se não houver reação a essa prova cruzada o sangue do doador pode ser usado para transfusão.
GRUPOS SANGUÍNEOS ABO E RH
O outro sistema de grupo sanguíneo importante, o sistema Rh, baseia-se no antígeno Rhesus (Rh). Nos humanos, esse sistema é representado por um polipeptídio Rh30 não glicosilado transmembrana, de 40 kDa,que compartilha sítios antigênicos com os eritrócitos do macaco rhesus. O polipeptídio Rh30éum componente de um complexo de proteína integral da membrana do eritrócito maior (90 kDa), que inclui a glicoproteína Rh50. Embora o polipeptídio Rh30 expresse muitos sítios antigênicos em seu domínio extracelular, apenas três deles – os antígenos D, C e E – apresentam significado clínico. As interações das moléculas de Rh30 e Rh50 são essenciais para a expressão dos antígenos D, C e E. O indivíduo que contém apenas um desses três antígenos é designado como Rh positivo (Rh+).Todos os três antígenos estimulam a produção de anticorpos anti-Rh em indivíduos sem os mesmos antígenos. A incompatibilidade Rh pode induzir uma reação transfusional hemolítica e, nos recém-nascidos, provoca doença hemolítica denominada eritroblastose fetal. A eritroblastose fetal ocorre em recém-nascidos Rh(D+) cujas mães são Rh(D–) e resulta de uma reação imune das imunoglobulinas anti-D da mãe que atravessaram a placenta. Os anticorpos anti-D são produzidos pela mãe em resposta ao antígeno D expresso nos eritrócitos fetais que extravasam na sua circulação durante a gravidez. A administração de anticorpos anti-D (RhoGAM) à mãe durante a gestação e depois do parto destrói qualquer eritrócito fetal Rh(D+) circulante que possa persistir no sangue materno, impedindo, assim, a ocorrência de reações de incompatibilidade Rh em gestações futuras. 
GRANULOPOESE E GRANULÓCITOS (Neutrófilos, Eosinófilos, Basófilos e Monócitos)
No processo de maturação dos granulócitos ocorrem modificações citoplasmáticas caracterizadas pela síntese de muitas proteínas, que são acondicionadas em dois tipos de grânulos, os azurófilos e os específicos. As proteínas desses grânulos são produzidas no retículo endoplasmático granuloso e recebem o acabamento final e o endereçamento no complexo de Golgi, em dois estágios sucessivos. O primeiro estágio resulta na produção de grânulos azurófilos, que se coram pelos corantes básicos das misturas usuais (Giemsa, \•Vright) e contêm enzimas do sistema lisossomal. No segundo estágio, ocorre tuna modificação na atividade sintética da célula, com a produção das proteínas dos grânulos específicos. Os grânulos específicos contêm diferentes proteínas, conforme o tipo de granulócito. 
O mieloblasto é a célula mais imatura já determinada para formar exclusivamente os três tipos de granulócitos. Quando nela surgem granulações citoplasmáticas específicas, essa célula passa a ser chamada de promielócito neutrófilo, eosinófilo ou basófilo, conforme o tipo de granulação existente. Os estágios seguintes de maturação são o mielócito, o metamielócito, o granulócito com núcleo em bastão e o granulócito maduro (neutrófilo, eosinófilo e basófilo ). O mieloblasto é uma célula com citoplasma basófilo e que contém grânulos azurófilos. O núcleo é grande, esférico, com cromatina muito delicada e um ou dois nucléolos. O promielócito é menor do que o mieloblasto. O núcleo é esférico, às vezes com uma reentrância. A cromatina é mais grosseira do que na célula anterior, e os nucléolos são visíveis nos esfregaços corados pelas misturas tipo Romanowsky. Quando comparado com o mieloblasto, o citoplasma do promielócito é mais basófilo e contém grânulos específicos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) ao lado das granulações azurófilas. O núcleo do mielócito pode ser esférico ou em forma de rim, e a cromatina é grosseira. Desaparece a basofilia citoplasmática e aumenta a quantidade de grânulos específicos, formando-se os mielócitos neutrófilo, basófilo e eosinófilo. 
O metamielócito caracteriza-se por ter núcleo com uma chanfradura profunda, que indica o início do processo de formação dos lóbulos. As modificações que caracterizam os metamielócitos são difíceis de identificar no granulócito basófilo; por isso, o metamielócito basófilo não costuma ser descrito. Antes de adquirir a forma nuclear lobulada típica da célula madura, o granulócito neutrófilo passa por uma fase intermediária, chamada neutrófilo com núcleo em bastonete ou simplesmente bastonete, na qual o núcleo tem a forma de um bastão recurvado. Uma vez que sua identificação é difícil, não se descreve nem o basófilo nem o eosinófilo com núcleo em bastão. 
NEUTÓFILOS E EOSINÓFILOS
A cinética dos neutrófilos é mais bem conhecida do que a dos outros granulócitos, principalmente porque são mais numerosos no sangue e, portanto, mais fáceis de estudar. O tempo total gasto desde o aparecimento do mieloblasto até o final de sua maturação, que leva à penetração de neutrófilos no sangue, é de aproximadamente 11 dias. Durante o processo, ocorrem cinco divisões mitóticas. Alguns fatores de crescimento hemocitopoéticos importantes para o desenvolvimento de neutrófilos são GM-CSF SCF e G-CSF. Durante sua maturação, os neutrófilos passam por diversos compartimentos anatômicos e funcionais. 
Esses compartimentos são os seguintes: (1) o compartimento medular de formação, que pode ser subdividido em compartimento mitótico (aproximadamente 3 dias), no qual os novos neutrófilos são produzidos, e compartimento de amadurecimento (aproximadamente 4 dias); (2) o compartimento medular de reserva, que contém neutrófilos maduros, aí mantidos por um período variável (geralmente 4 dias), antes de penetrarem o sangue; (3) o compartimento circulante, constituído pelos neutrófilos suspensos no plasma e circulando nos vasos sanguú1eos; ( 4) o compartimento de marginação, formado por neutrófilos que, emboracontidos nos vasos sanguíneos, não circulam. Esses neutrófilos estão: (a) nos capilares colocados temporariamente fora da circulação, por vasoconstrição nas arteríolas, e (b) ligados fracamente a moléculas de integrinas do endotélio dos vasos, não sendo levados pela corrente circulatória. Há uma troca constante de células entre o compartimento circulante e o de marginação. O compartimento de marginação e o compartimento circulante têm aproximadamente a mesma quantidade de neutrófilos. Os neutrófilos e os outros granulócitos entram no tecido conjuntivo, passando entre as células endoteliais dos capilares e vênulas pós-capilares (diapedese). O tecido conjuntivo constitui um quinto compartimento para os neutrófilos, de tamanho desconhecido, onde eles permanecem cerca de 4 dias e morrem por apoptose, quer tenham exercido sua função de fagocitose ou não.
Os eosinófilos permanecem menos de 1 semana no sangue, mas existe um grande pool armazenado na medula que pode ser mobilizado rapidamente quando necessário (p. ex., em caso de reações alérgicas ou parasitoses). Fatores importantes para a formação de eosinófilos são GM-CSF SCF e IL-5. A formação de basófilos é bem menos conhecida, principalmente em virtude de sua quantidade muito reduzida no sangue. Sabe-se que alguns fatores importantes para a formação dessas células são GM-CSF e SCF.
BASÓFILOS E MONÓCITOS
O basófilo tem núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular, geralmente com o aspecto da letra S. O citoplasma é carregado de grânulos maiores do que os dos outros granulócitos, os quais muitas vezes obscurecem o núcleo. Ao microscópio eletrônico os grânulos dos basófilos são muito elétron-densos e frequentemente contêm filamentos ou partículas alongadas. Os basófilos constituem menos de 2% dos leucócitos do sangue, e, por isso, é difícil encontrá-los nos esfregaços. Sua meia-vida no sangue é estimada em 1a2 dias.
A membrana plasmática dos basófilos, como a dos mastócitos, também apresenta receptores para a imunoglobulina E (IgE). Os basófilos liberam seus grânulos para o meio extracelular, sob a ação dos mesmos estímulos que promovem a expulsão dos grânulos dos mastócitos. No entanto, apesar das semelhanças, basófilos e mastócitos não são aspectos diferentes do mesmo tipo celular, pois se originam na medula óssea de precursores diferentes. Além das proteínas contidas nos grânulos, os basófilos também secretam citocinas (IL-4, IL-13, por exemplo) e leucotrienos, que são mediadores inflamatórios. Acredita-se que por meio da secreção de citocinas os basófilos modulem a função de determinadas populações de linfócitos T, tendo, portanto, uma ação imunomoduladora.
Ao contrário dos granulócitos, que são células diferenciadas e terminais, que não mais se dividem, os monócitos são células intermediárias, destinadas a formar os macrófagos dos tecidos. Sua origem é a célula mieloide multipotente que origina todos os outros leucócitos, exceto os linfócitos . A célula mais jovem da linhagem é o promonócito, encontrado somente na medula óssea, virtualmente idêntica morfologicamente ao mieloblasto. O promonócito é uma célula que mede aproximadamente 20 µm de diâmetro. Sua cromatina é delicada e o citoplasma basófilo, apresentando complexo de Golgi grande e retículo endoplasmático desenvolvido. Mostra numerosos grânulos azurófilos finos (lisossomos). Os promonócitos dividem-se dua5 vezes e sê transformam em linfócitos que passam para o sangue, no qual permanecem cerca de 8 h. Depois, migram para o tecido conjuntivo, atravessando a parede das vênulas e capilares, e se diferenciam em macrófagos. Alguns fatores relevantes para o desenvolvimento dos monócitos na medula óssea são GM-CSF, M-CSF e SCF.
LINFOPOESE E LINFÓCITOS
Os linfócitos circulantes no sangue e na linfa se originam principalmente no timo e nos órgãos linfoides periféricos (p. ex., baço, linfonodos e tonsilas), a partir de células levadas da medula óssea pelo sangue. Os linfócitos T e B se diferenciam no timo e na medula óssea, respectivamente, independentemente de antígenos. Nos tecidos, o linfócito B se diferencia em plasmócito, célula produtora de imunoglobulinas.
A célula mais jovem da linhagem é o linfoblasto, que forma o prolinfócito, formando este, por sua vez, os linfócitos maduros. O linfoblasto é a maior célula da série linfocítica. Tem forma esférica, com citoplasma basófilo e sem granulações azurófilas. A cromatina é relativamente condensada, em placas, lembrando já a cromatina do linfócito maduro. O linfoblasto apresenta dois ou três nucléolos. O prolinfócito é menor do que a célula anterior; tem o citoplasma basófilo, podendo conter granulações azurófilas. A cromatina do prolinfócito é condensada, porém menos do que nos linfócitos. Os nucléolos não são facilmente visíveis, devido à condensação da cromatina. O prolinfócito dá origem diretamente ao linfócito circulante.
LINFOPOESE E LINFÓCITOS
Os linfócitos são responsáveis pela defesa imunológica do organismo. Essas células reconhecem moléculas estranhas existentes em diferentes agentes infecciosos. combatendo-as por meio de resposta humoral (produção de imunoglobulinas) e resposta citotóxica mediada por células. 
Os linfócitos constituem uma família de células esféricas, com diâmetro variável entre 6 e 8 µ.m; com essas dimensões, são conhecidos como linfócitos pequenos. No sangue circulante ocorre ainda uma pequena porcentagem de linfócitos maiores. que podem alcançar 18 µm de diâmetro. O linfócito pequeno tem núcleo esférico, às vezes com uma chanfradura. Sua cromatina se dispõe em grumos grosseiros. de modo que o núcleo aparece escuro nos preparados usuais, característica que favorece a identificação do linfócito. Nesses preparados, o nucléolo do linfócito não é visível, porém pode ser demonstrado por meio de colorações especiais ou de microscópio eletrônico.
O citoplasma do linfócito pequeno é muito escasso, aparecendo nos esfregaços como um anel delgado em volta do núcleo. Apresenta basofilia discreta, corando-se em azul-claro. Pode conter grânulos azurófilos, que não são exclusivos dos linfócitos, pois aparecem também nos monócitos e granulócitos. Ao microscópio eletrônico, o citoplasma dos linfócitos mostra-se pobre em organelas, contendo moderada quantidade de ribossomos livres. O tempo de sobrevivência dos linfócitos é muito variável; alguns vivem apenas alguns dias, enquanto outros vivem durante muitos anos. Embora os linfócitos tenham morfologia semelhante, dependendo das moléculas localizadas em sua superfície, podem ser separados em dois tipos principais, linfócitos B e T, com diversos subtipos. Ao contrário dos outros leucócitos que não retornam ao sangue depois de migrarem para os tecidos, os linfócitos voltam dos tecidos para o sangue, recirculando continuamente. 
TROMBOPOESE E PLAQUETAS
As plaquetas se originam na medula óssea vermelha pela fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, os quais, por sua vez, formam-se pela diferenciação dos megacarioblastos. O megacarioblasto é uma célula com diâmetro de 15 a 50 µm, núcleo grande, oval ou em forma de rim, com numerosos nucléolos. O núcleo é poliploide, contendo até 30 vezes a quantidade normal de DNA, e o citoplasma é homogêneo e intensamente basófilo.
O megacariócito tem núcleo irregularmente lobulado e cromatina grosseira, sem nucléolos visíveis nos esfregaços. O citoplasma é abundante e levemente basófilo. Contém numerosas granulações que ocupam, às vezes, a maior parte do citoplasma. Essas granulações formam os cromômeros das plaquetas. O citoplasma do megacarioblasto é rico em retículo endoplasmático liso e granuloso. Durante a maturação do megacariócito aparecem grânulos citoplasmáticos, delimitados por membrana. Esses grânulos se formam no complexo de Golgi e depois se distribuem por todo o citoplasma. São precursores do hialômero das plaquetas e contêm diversas substâncias biologicamente ativas, como o fator de crescimento derivado das plaquetas, o fator de crescimento dos Histologia Básica fibroblastos, o fator de von Willebrand (que provoca a adesãodas plaquetas a alguns substratos) e o fator IV das plaquetas (que favorece a coagulação do sangue). Com o amadurecimento do megacariócito, ocorre também um aumento na quantidade de membranas lisas, que vão formar os canais de demarcação. Essas membranas acabam confluindo, dando origem à membrana das plaquetas. Os megacariócitos são adjacentes aos capilares sinusoides, o que facilita a liberação das plaquetas para o sangue. 
As plaquetas são corpúsculos anucleados, com a forma de disco, medindo cerca de 2 a 4 µ,m de diâmetro, deriva· dos de células gigantes e poliploides da medula óssea, os megacariócitos. As plaquetas promovem a coagulação do sangue e auxiliam a reparação da parede dos vasos sanguíneos, evitando perda de sangue. Normalmente, existem de 150 mil a 450 mil plaquetas por microlitro (milímetro cúbico) de sangue. Esses corpúsculos permanecem no sangue por aproximadamente 10 dias. Nos esfregaços de sangue, as plaquetas tendem a aparecer em grupos (aglutinação). Elas apresentam uma parte transparente, azul-clara, o hialômero, o qual contém grânulos corados em púrpura, que constituem o cromômero. 
Quando a parede de um vaso sanguíneo é lesionada, inicia-se um processo denominado hemostasia, que visa impedir a perda do sangue (hemorragia). A hemostasia é um fenômeno complexo que envolve a musculatura lisa do vaso lesionado, as plaquetas e diversos fatores do plasma sanguíneo, que promovem a coagulação do sangue. 
HEMOGRAMA COMPLETO 
O hemograma completo (HC) é um dos exames laboratoriais mais comumente solicitados. Fornece números relativos e cálculos obtidos das células (eritrócitos e leucócitos) e elementos figurados (plaquetas) em uma amostra de sangue. Esses cálculos são habitualmente realizados por contadores automáticos de células sanguíneas, que analisam diferentes componentes do sangue utilizando o princípio da citometria de fluxo. Para a obtenção de contagem, a amostra de sangue é diluída em líquido de suspensão. À medida que um fluxo fino de líquido com células em suspensão passa através de um tubo estreito no contador de células, o detector de luz e o sensor de impedância elétrica identificam diferentes tipos de células, com base no seu tamanho e resistência elétrica. Os dados obtidos de analisadores de sangue automáticos eram geralmente muito acurados, em virtude do grande número de células contadas (cerca de 10.000) em cada categoria. Mais recentemente, sistemas de análise de células sanguíneas computadorizados utilizam câmeras e tecnologias de processamento de imagem para a contagem automática e análise das células. No entanto, em alguns casos, é ainda necessário realizar uma contagem manual das células ao microscópio óptico.
Um Hemograma Completo típico no laboratório inclui os seguintes dados: Contagem de Leucócitos, Tipos de leucócitos (contagem diferencial), Contagem de eritrócitos (hemácias), HCT, Hemoglobina(Hb), Índices eritrocitários e Contagem de plaquetas.
FORMAÇÃO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS 
A hemocitopoese (hematopoese) inclui a eritropoese e a leucopoese (desenvolvimento dos eritrócitos e dos leucócitos, respectivamente), bem como a trombopoese (desenvolvimento das plaquetas; As células sanguíneas têm tempo de sobrevida limitado; são continuamente produzidas e destruídas. O objetivo final da hemocitopoese consiste em manter um nível constante de diferentes tipos celulares encontrados no sangue periférico. Tanto o eritrócito (tempo de vida de 120 dias) quanto a plaqueta (tempo de vida de 10 dias) nos humanos passam toda a sua vida no sangue circulante. Por outro lado, os leucócitos, provenientes da medula óssea, migram para fora da circulação pouco depois de entrar nela e passam a maior parte de seu tempo variável de sobrevida nos tecidos (onde desempenham as duas funções). No adulto, os eritrócitos, os granulócitos, os monócitos e as plaquetas são formados na medula óssea vermelha; os linfócitos também são formados na medula óssea vermelha e nos tecidos linfáticos. 
Durante a vida fetal, tanto os eritrócitos quanto os leucócitos são formados em vários órgãos antes da diferenciação da medula óssea. A primeira fase ou fase do saco vitelino da hemocitopoese começa na terceira semana de gestação e caracteriza­-se pela formação de “ilhas de sangue” na parede do saco vitelino do embrião. Na segunda fase ou fase hepática, no início do desenvolvimento fetal, aparecem centros hemocitopoéticos no fígado. A formação de células sanguíneas nesses locais limita­-se, em grande parte, às células eritroides, embora ocorra alguma leucopoese no fígado. O fígado é o principal órgão formador de sangue durante o segundo trimestre. 
A terceira fase, ou fase da medula óssea da hemocitopoese e leucopoese fetais, envolve a medula óssea (e outros tecidos linfáticos) e começa durante o segundo trimestre de gravidez. Depois do nascimento, a hemocitopoese ocorre somente na medula óssea vermelha.
FORMAÇÃO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS 
De acordo com a teoria monofilética da hemocitopoese, as células sanguíneas originam­-se de uma célula-tronco hematopoética comum. Evidências decisivas sobre a validade da teoria monofilética foram obtidas com o isolamento e a demonstração da célula-­tronco hematopoética (CTH). Tal célula­-tronco, também conhecida como célula-­tronco pluripotente (CTPP), é capaz não apenas de se diferenciar em todas as linhagens de células sanguíneas, mas também de se autorrenovar (i. e., o reservatório de células­-tronco é autossustentável).
Estudos recentes indicam que as CTH também têm o potencial de se diferenciar em múltiplas linhagens de células não sanguíneas e de contribuir para a regeneração de vários tecidos e múltiplos órgãos. Durante o desenvolvimento embrionário, as CTH encontram-­se na circulação e sofrem diferenciação específica do tecido em diferentes órgãos.
As CTH humanas expressam proteínas marcadoras moleculares específicas, como CD34 e CD90, e, ao mesmo tempo, não expressam marcadores específicos de linhagem (Lin – ) que são encontrados nos linfócitos, granulócitos, monócitos, megacariócitos e células eritroides. Atualmente, acredita­-se que a CTH possa ser identificada pelos marcadores de superfície celular Lin – , CD34 + , CD90 + e CD38 – . 
Uma célula-­tronco hematopoética (CTH) na medula óssea dá origem a múltiplas colônias de células­-tronco progenitoras. Na medula óssea, as células descendentes da CTH diferenciam­-se em duas colônias principais de células progenitoras multipotenciais: as células progenitoras mieloides comuns e as células progenitoras linfáticas comuns.
Por fim, as células progenitoras mieloides comuns (CMP), anteriormente denominadas unidades formadoras de colônias de granulócitos, eritrócitos, monócitos, megacariócitos diferenciam­- se em progenitoras restritas de linhagem. Tais células incluem: Células progenitoras de megacariócitos/eritrócitos e Células progenitoras de granulócitos/monócitos.
As células progenitoras linfáticas comuns (CLP) têm a capacidade de se diferenciar em células T, células B e células natural killer (NK). Essas células CLP multipotenciais eram antigamente denominadas unidades formadoras de colônias– linfáticas. Acredita-­se que as células NK sejam o protótipo das células T; ambas apresentam capacidade semelhante de destruir outras células.
MEDULA ÓSSEA
A medula óssea vermelha localiza­-se inteiramente dentro dos espaços dos ossos, na cavidade medular dos ossos longos jovens e em espaços do osso esponjoso. A medula óssea consiste em vasos sanguíneos comuns, unidades de vasos sanguíneos especializados, denominados sinusoides, e uma rede esponjosa de células hematopoéticas. Os sinusoides da medula óssea proporcionam a barreira entre o compartimento hemocitopoético e a circulação periférica. Em cortes, as células do compartimento hemocitopoético aparecem dispostas em “cordões” entre os sinusoides ou entre os sinusoides e o osso. 
Os sinusoides da medula óssea vermelha constituem um segmento vascular singular. A posição dos sinusoides corresponde àquela dos capilares comuns; isto é, estão interpostos entre asartérias e as veias. Acredita-­se que os sinusoides derivem de ramificações de vasos sanguíneos que acabaram de nutrir o tecido ósseo cortical. A origem dos sinusoides ocorre na região da junção corticomedular. A parede do sinusoide consiste em um revestimento endotelial, uma membrana basal descontínua e uma cobertura incompleta de células adventícias. O endotélio é um epitélio simples pavimentoso. 
A célula adventícia, também denominada célula reticular, emite extensões semelhantes a folhetos que se estendem até os cordões hemocitopoéticos, proporcionando suporte para as células sanguíneas em desenvolvimento. 
O sistema sinusoidal da medula óssea é um formadas devem penetrar no endotélio para entrar na circulação.
Na medula óssea vermelha ativa, os cordões de células hematopoéticas contêm predominantemente células sanguíneas e megacariócitos em desenvolvimento. Os cordões também contêm macrófagos, mastócitos e alguns adipócitos. Embora os cordões de tecido hemocitopoético aparentem estar desorganizados, tipos específicos de células sanguíneas se desenvolvem em ninhos ou aglomerados. Cada ninho em que os eritrócitos se desenvolvem contém um macrófago. Esses ninhos estão localizados próximo à parede do sinusoide. Os megacariócitos também estão localizados adjacentes à parede do sinusoide, e neles descarregam suas plaquetas por meio de aberturas existentes no endotélio. Os granulócitos desenvolvem­se em ninhos de células localizados mais afastados da parede do sinusoide. Quando maduro, o granulócito migra até o sinusoide e entra na corrente sanguínea.
A medula óssea não ativa na formação de células sanguíneas contém predominantemente adipócitos, conferindo-lhe a aparência de tecido adiposo. A medula óssea inativa é denominada medula óssea amarela. Trata-­se da forma mais comum de medula óssea encontrada na cavidade medular dos ossos em indivíduos adultos. Alguns locais de hemocitopoese não estão mais ativos em adultos, como nos ossos longos dos braços, das pernas e dos dedos das mãos e dos pés. Nesses ossos, a medula óssea vermelha foi totalmente substituída por tecido adiposo. Até mesmo na medula óssea hemocitopoeticamente ativa de humanos adultos – como aquela encontrada nas costelas, vértebras, pelve e cíngulo do membro superior –, cerca da metade do espaço da medula óssea é ocupado por tecido adiposo, e metade por tecido hemocitopoético. No entanto, a medula óssea amarela retém o seu potencial hemocitopoético e, quando necessário (como após grave perda de sangue), ela pode reverter para a medula óssea vermelha, tanto pela extensão do tecido hemocitopoético na medula óssea amarela quanto por repovoamento da medula óssea amarela por células-­tronco circulantes

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