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REDES DE COMPUTADORES

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Aula 1
Com a globalização as organizações estão geograficamente dispersas, com escritórios em diversas partes do planeta. Estes escritórios necessitam compartilhar recursos, trocar dados e informações com diferentes freqüências.
 
As Redes de Computadores permitem que diversos serviços e recursos possam ser compartilhados, otimizam as comunicações e permitem maior interação entre os usuários. O conhecimento dos conceitos de Redes permitem aos profissionais das áreas de tecnologia da informação os fundamentos para analisar, desenvolver e utilizar os diversos recursos existentes nestas tecnologias.
A disciplina de redes de computadores apresenta as características sobre arquiteturas, topologias, protocolos e serviços fornecendo ao aluno conhecimentos básicos sobre as redes de computadores e seu funcionamento
Ao final dessa disciplina você será capaz de:
•Compreender a arquitetura TCP/IP;
•Classificar os principais protocolos de comunicação
•Conhecer os principais algoritmos e protocolos de roteamento e interconexão;
•Analisar as diferentes arquiteturas e topologias de redes;
•Reconhecer a importância da administração, gerenciamento e segurança em redes de computadores.
Introdução à Redes de Computadores
Nesta aula, você irá: 
1 - Identificar a evolução das redes de computadores.
2 - Aprender a diferenciar os tipos de redes de computadores.
3 - Entender os conceitos de ISP e Backbones.
4 - Entender a classificação das redes de computadores.
5 - Entender o conceito de comutação por pacotes e comutação por circuito.;
Há muito tempo que o homem precisa de informações para a realização de uma atividade. Atividade esta que pode ser simplesmente informativa ou de vital importância.  E, como levar uma informação considerada importante a um lugar distante?  No ano de 409 a.C., um soldado atleta correu 42 km para levar uma notícia e caiu morto exaurido pelo cansaço, episódio este que ficou conhecido em todo mundo como Maratona.
Mas, será que é preciso correr uma maratona para trocar informações?  Talvez naquela época fosse a única maneira. Como então não pensar em Pedro Álvares Cabral ao sair de Portugal e encontrar terras brasileiras? Quanto tempo levou para que o rei de Portugal ficasse sabendo do seu descobrimento? 
Hoje em dia isso é praticamente impossível de acontecer. Eventos ocorrem e as informações chegam praticamente em tempo real. Tudo isso acontece por causa das redes de telecomunicações. Redes estas que nos possibilitam estar aqui estudando dessa forma.
O homem sempre teve a preocupação de criar um meio para trocar informações no menor tempo possível. Uma criação que funcionou por muito tempo, inclusive ajudou a levar informações importantes na 1ª. e 2ª. Guerra foi o pombo-correio.    
Essa “rede” de comunicação, apesar de bastante utilizada, não era confiável e não havia meios de saber se o destinatário recebeu a mensagem. 
Claro que essa disciplina não visa explicar a origem nem as fragilidades do pombo-correio, nem explicar por que ele sempre volta para o seu ninho, mas mostrar que o homem, muito antes da criação dos computadores, já pensava em como se comunicar a distância.
Após o advento dos computadores e o aumento de informações circulantes, estudantes de algumas universidades dos Estados Unidos se juntaram e criou-se a ARPANET, o embrião da atual internet. Esse foi o primeiro passo para o que hoje é considerado o maior sistema de engenharia criado pela humanidade. 
Nesta aula iremos definir o conceito de redes de computadores, suas funcionalidades e limitações, tecnologias envolvidas, topologias e classificações das redes de computadores.
A partir da década de 60 era utilizado como forma de armazenamento e troca de informações entre computadores, o cartão perfurado. Esses cartões, literalmente de cartolina, armazenavam informações codificadas, de forma binária (0 e 1 ou furado e não furado ), e  podiam ser lidos em outra unidade de computação. 
No final da década de 60, a APARNET foi criada. Tratava-se de uma rede que utilizava cabos telefônicos para estabelecer a conexão entre 4 universidades dos Estados Unidos.
Inicialmente criada para fins didáticos, a APARNET pouco tempo depois já estava conectando pelo menos 30 universidades do país. Entretanto, ao se analisar o método de interligação dos computadores, notou-se que em vários momentos o circuito estabelecido entre as máquinas ficava ocioso, ou seja, não trafegava nenhuma informação. Esse método, também conhecido como computação por circuito, era estabelecido pelas centrais telefônicas e alocado integralmente para a ligação.
Alguns anos mais tarde, surge a ideia de dividir as mensagens geradas em partes devidamente organizadas e “etiquetadas” por um cabeçalho. Cada parte é enviada ao meio de transmissão de forma aleatória e partindo de varias fontes. Como possuem um cabeçalho, com algumas informações relevantes como origem, destino, tamanho, ordem, entre outras, a mensagem pode ser recriada no seu destino. Esse modelo também é conhecido como computação por pacotes, e é largamente utilizado nos dias de hoje.
Utilizando o conceito de empacotar, a internet utiliza função semelhante em alguns protocolos de comunicação. 
 
A Internet é um conjunto de equipamentos que ajudam no transporte das informações, e se comunicam por uma pilha de protocolo chamado TCP/IP. Esses equipamentos vão além de computadores a celulares, passando por televisões e eletroeletrônicos em geral.
Multiplexação  Em Redes De Comutação Por Circuitos:
Existem algumas formas de comutação por circuitos, mas em termos didáticos falaremos basicamente de 2. FDM e TDM.
Multiplexação - Consiste em uma forma de transmitir várias informações por um canal físico, ao mesmo tempo. Na multiplexação, o dispositivo chamado multiplexador tem como objetivo criar diversos caminhos ou canais dentro de um único meio físico. Essa operação pode ser feita por meio de diferenciação de frequência (FDM) ou por tempo (TDM).
FDM - frequency division multiplexing) ou Multiplexação por divisão de frequência. 
Por essa tecnologia, o canal é dividido em bandas. Cada banda trabalha em uma frequência. Para cada frequência emitida pelo multiplexador, ou MUX, tem que haver uma mesma frequência de recebimento do demultiplexador, ou DEMUX.  Um exemplo cotidiano são as estações de rádio FM.
Utilizando-se do meio “físico” ar, a emissora de rádio estabelece uma frequência de transmissão (88 MHz ate 108MHz), fazendo o papel do Multiplexador, e o seu radinho de pilha que está sintonizado na sua estação FM preferida faz o papel de demultiplexador ou DEMUX. 
No caso da telefonia fixa a banda de frequência da nossa voz é conhecida e definida em 4 kHz ( ou seja 4 mil Hertz ou 4 mil ciclos por segundo). Utilizando um canal físico, o MUX divide este em sub-canais com frequências diferentes de transmissão, podendo passar, portanto, vários canais de 4 kHz de banda em um único meio de transmissão
TDM - (Time Division Multiplexing) ou Multiplexação por divisão de tempo. 
Para essa tecnologia o canal é dividido em quadros de duração fixa. Cada quadro é dividido em pequenos compartimentos de tamanho fixo, também chamado de slots. 
 
Ao iniciar a transmissão, o quadro atravessa o canal em um determinado tempo e, após ultrapassar o tempo determinado, é enviado outro quadro de outro emissor, e assim sucessivamente até completar um ciclo, onde será enviado o segundo quadro do primeiro emissor. Por ter uma sincronia temporal, esse método de transmissão também é chamado de TDM síncrono.
Para um bom entendimento, podemos comparar esse método a um trem, onde os vagões são os quadros e os conteúdos dos vagões são os slots. Ao deixar a estação inicial, o próximo trem terá que chegar e sair conforme o tempo determinado. Ao passar o segundo trem, este irá pegar as próximas informações e deixá-las no destino. Isso acontecendo várias vezes em um período de tempo.
Para melhor entendimento, vamos ver um exemplo:
Possuo um arquivo de 640 kbits (kilo bits) para ser enviado a um servidor de destino. A minha rede utiliza o TDMde 24 compartimentos e tem uma taxa de 1,536 Mbps (Mega bits por segundo ). Suponhamos que para ativar o 
canal desse circuito leve 500 milisegundos. Em quanto tempo esse arquivo será enviado?
Precisaremos definir algumas coisas. Para facilitar, vamos pegar o exemplo do trem. 
 
O tamanho total do trem é de 1,536 Mbps e, como ele possui 24 vagões temos então o tamanho de cada vagão 
(nesse caso é o tamanho do canal).
 
1,536 Mbps / 24 = 64 kbps.
Como meu arquivo possui 640 kbits e o trem passa a cada segundo na estação (bps ou bits por segundo), precisaremos 
de 10 segundos para transmitir o arquivo.
 
640 kbit / 64 kbps = 10 segundos.
Como o canal precisa ser ativado e este demora 500 milisegundos ( ou 0,5 segundos ) para ativar, temos:
 
10 segundos + 0,5 segundos = 10,5 segundos.
Não foi por acaso que eu utilizei esses números, pois estes são utilizados nos dias de hoje. O valor de 1,536 Mpbs 
também é conhecido como link T1, um padrão europeu que possui 24 canais de 64 kbps. 
Para os padrões brasileiros o link é chamado tronco E1 ou 2 Megas, isso por que ele possui 2 Mbps com 31 canais 
de 64 kbps (30 canais para uso e 1 para sinalização). 
 
Como exercício de fixação, refaça esse exercício utilizando um tronco de 2 megas e um arquivo de 1280 kbits. 
Nesse caso o circuito não precisa ser ativado. 
Resp. 20 segundos.
Para ilustração, segue abaixo um desenho comparativo entre as tecnologias de multiplexação. Usando como exemplo um 
canal de 4 kHz para FDM e 4 canais para TDM.
Sugestão para leitura: Leitura dos Itens:     1.3.1 e   1.7 do Kurose. 
 
Para ilustrar o movimento de transmissão de dados
 e sua velocidade, existe um simulador em http://media.pearsoncmg.com/aw/aw_kurose_network_2/applets/transmission/delay.html.
Tipos de redes de computadores:
Ao iniciar a tentativa de conectar um computador a uma rede, a primeira preocupação é saber como os equipamentos se comunicam com essa rede.
Para isso é necessário que o usuário obtenha algumas informações do administrador da rede. Essas informações serão fundamentais para o funcionamento do aparelho.
Uma das informações que tem que ser levantadas é no que diz respeito à sua topologia. 
 
Existem basicamente três tipos de topologia.
Barramento - Computadores estão ligados linearmente através de um cabo único, conforme mostra a figura. Cada computador tem um endereçamento, e as informações trafegam por um único meio, onde ao seu final terá um terminador responsável por descartar controlar o fluxo de dados da rede.  Indicado para redes simples já que tem limitações de distância, gerenciamento e tráfego de dados.
Estrela - Computadores ligados a um dispositivo central responsável pelo controle de informações trafegadas, conforme mostra a figura. É o dispositivo central que tem a função de controlar, ampliar sinal, repetir dados, ou seja, todas as informações da rede passam por ele.  Entretanto, se esse máquina parar de trabalhar, toda a rede e as informações que trafegam serão afetadas.
Anel - Computadores ligados a um cabo, onde o último equipamento deverá se conectar ao primeiro, formando assim um anel. Apesar de possuir um único meio de transmissão, essa rede não possui os terminadores de rede em barramento, fazendo com que os próprios computadores desenvolvam esse papel.
Vantagens e desvantagens
Topologia em Barramento - - Fácil de instalar. - Fácil de entender. / Rede pode ficar lenta. - Dificuldade para isolar problemas.
Topologia em Estrela - - Monitoramento centralizado. - Facilidade de adicionar novas máquinas. - Facilidade de isolar falhas. / Maior quantidade de cabos. - Máquina central deve ser mais potente. - Sujeito à paralisação de rede caso a central tenha defeito.
Topologia em Anel - - Pode atingir maiores distâncias, pois cada máquina repete e amplifica o sinal. / Problemas difíceis de isolar. - Se uma máquina falhar, a rede pode parar.
Vale ressaltar que essas topologias são padrões básicos, e que na prática se utiliza os padrões combinados entre si, também chamados de híbridos.  
Ex: Barramento-Estrela, Anel-Barramento, Estrela-Anel, dentre outros.
ISP e Backbones
A internet que o usuário final conhece é através de uma conexão de seu equipamento com um provedor local. Ao estabelecer a conexão, o usuário estará dentro da rede do provedor, também chamado de ISP .
Os ISP são classificados em três níveis:
Nível 1 - Considerado o backbone da internet. Interliga outros ISP nível 1, além de conectar ao ISP nível 2. Sua cobertura é internacional.
Nível 2 - Conecta-se com ISP nível 1 e 3. Sua abrangência é regional ou nacional.
Nível 3 - Conecta-se com os de nível 2. Normalmente são os que fazem a comunicação com o usuário final.
Classificação das redes de computadores
Redes de computadores costumam se definidas de acordo com a abrangência, tamanho e função. Inicialmente possuíam três classificações.  
LAN – Local Area Network 
Rede Local, limita-se a uma pequena região física. Normalmente utilizadas em escritórios e empresas pequenas ou localizadas perto uma das outras.
MAN – Metropolitan Area Network
Uma área maior que a LAN, que pode contemplar uma cidade ou um bairro.
WAN – Wide Area Network
Rede que integra vários equipamentos em diversas localizações geográficas, pode envolver países ou até mesmo continentes. Com o surgimento de equipamentos de rede para uso pessoal, criou-se uma nova classificação para essas redes.
PAN – Personal Area Network  
Rede de computador usada para comunicação entre dispositivos perto de uma pessoa. Normalmente sem fio. Esse é um novo conceito de classificação de rede.
HAN – Home Area Network 
O mesmo que PAN, mas com cabos de conexão interligados. Também um conceito novo de classificação.
CAN – Campus Area Network
Abrange uma área mais ampla. Por exemplo, uma rede de universidade.
SAN – Storage Area Network
Rede utilizada para backup. Essa rede não interfere na performance da rede local. Essa rede pode ser de altíssima velocidade, dependendo da aplicabilidade das informações backupeadas.
Entidades governamentais e padronizações
Existem diversas entidades governamentais que são responsáveis pela criação, autorização e padronização de regras, tecnologia e equipamentos para computadores e dispositivos.
Algumas organizações responsáveis pela padronização:
- ANSI (American National Standarts Institute)  
http://www.ansi.org
- IANA (Internet Assigned Numbers Authority)
http://www.iana.org/
- ISO (International Standards Organization) 
http://www.iso.org/iso/home.html
- ITU (International Telecommunications Union) 
http://www.itu.int/en/pages/default.aspx
- IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers) 
http://www.ieee.org/index.html
http://www.ieee.org.br/
- IETF (Internet Engineering Task Force) 
http://www.ietf.org/
- IAB (Internet Architecture Board)
http://www.iab.org/
- IRTF (Internet Research Task Force)
http://www.irtf.org/
- TIA (Telecommunications Industries Association) 
http://www.tiaonline.org/
Nesta aula, você: 
· Aprendeu sobre a história das redes de computadores.
· Entendeu o que são ISP e Backbones.
· Compreendeu a classificação das redes por topologia e abrangência.
· Entendeu que existem diversas entidades governamentais que regem as regras da internet.
 
Na próxima aula, abordaremos os seguintes assuntos:
· Visão geral dos fundamentos da comunicação de dados.
· A arquitetura do Modelo OSI e TCP/IP.
· Fundamentos de comunicações de dados.
Aula 2 Visão Geral De Conceitos Fundamentais
Nesta aula, você irá: 
1. Aprender sobre a topologia de redes OSI e TCP/IP.
2. Identificar interfaces, protocolos e serviços.
3. Entender os modos de transmissão.
4. Aprender sobre os fatores que podem degradar o desempenho de uma rede.
Arquitetura de Redes de Computadores
Uma arquitetura de rede de computadores se caracteriza por ter um conjunto de camadas que auxilia o desenvolvimento de aplicações para redes. 
Inicialmente o modelo de referência foi o OSI, que foi criado em meados dos anos 70 e inspirou  a criação do modelo TCP/IP.
O Modelo OSI tem como característica serum modelo teórico, onde é muito bem definida a função de cada uma das sete camadas.
Mas o que seria uma distribuição em camadas?
Cada camada tem uma função, que pode ou não interferir na sua camada anterior ou posterior.
Para o modelo OSI existem sete camadas
Aplicação - Nesta camada é onde estão as aplicações de redes que mais se aproximam do usuário final. Nela incluem vários protocolos, como o HTTP (protocolo que provê requisição e transferência de arquivos pela WEB), SMTP (protocolo que provê transferência de mensagens na WEB).
Apresentação - A função dessa camada é prover serviços que auxiliem as aplicações de comunicação a interpretar o significado dos dados trocados.
Sessão - A função dessa camada é delimitar e sincronizar a troca de dados, incluindo um meio de construir uma forma de se obter pontos de verificação e de recuperação de dados.
Transporte - Tem a função de controlar o transporte de mensagens das camadas acima entre dois computadores que estão querendo estabelecer uma conexão. Os dois protocolos mais importantes dessa camada são o TCP e o UDP. Um pedaço da camada de transporte também é chamado de segmento.
Rede - A função dessa camada é prover o serviço de entrega do segmento ao destinatário. Como o segmento é um pedaço da camada de transporte, a camada de rede faz a função de etiquetar os segmentos com endereços de origem e destino, assim como o serviço dos correios ao postar uma carta. Esses pedaços são chamados de pacotes ou datagramas.
Enlace - Tem a função de procurar o endereço de entrega do datagrama. O datagrama viaja entre os equipamentos da camada de rede até encontrar o destinatário. Os pedaços desta camada são chamados de quadros.
Fisica - Tem a função de movimentar os BITS de um lugar para o outro. Essa camada representa os meios físicos de transmissão como os fios de cobre e os cabos de fibra ótica.
O Modelo TCP/IP
Constitui um modelo também organizado por camadas. Em comparação com o modelo OSI, o modelo TCP/IP possui somente quatro camadas, as quais estão relacionadas.
Por que temos dois padrões de arquitetura?
Inicialmente o modelo OSI foi criado para garantir que cada camada tivesse uma função bem específica e fundamentada. Foi desenhada para padronizar as aplicações que iriam trafegar na rede “recém descoberta”, a APARNET. Esse modelo foi incluído nos cursos de redes por exigência da ISO (International Organization for Standardization) e continua presente nos dias de hoje. O Modelo TCP/IP foi desenvolvido utilizando como base o modelo OSI. Por ser mais enxuto e utilizar dois protocolos centrais de transporte, tornou-se em pouco tempo um padrão para as redes de computadores.
VISÃO GERAL DE CONCEITOS
Para essa aula analisaremos a camada física do modelo TCP/IP. Lembrando que essa camada corresponde às camadas física e de enlace do modelo OSI. 
A camada física tem a finalidade de receber e transmitir bits através de um canal de telecomunicações.
A camada de enlace tem algumas funções que tentam fazer com que o tráfego de dados da camada física pareça livre de erros. Para isto a camada realiza:
Sincronização entre o receptor e transmissor.
Detecção e correção de erros.
Formatação e segmentação dos dados.
Gerenciamento de transmissões em uma ou em duas direções simultâneas.
Controle de acesso de um canal compartilhado.
MODOS DE TRANSMISSÃO
Interface - Dispositivo físico conectado entre o dispositivo transmissor e o meio de transmissão, responsável por desempenhar as funções das camadas física e de enlace. Os dispositivos de interface mais utilizados atualmente são os modems e as placas de rede.
Canal - Meio a partir do qual trafega uma onda eletromagnética conduzindo dados. Num mesmo meio podemos estabelecer vário canais. Somente para ilustrar, uma das formas mais fáceis de perceber essa funcionalidade é a TV a cabo, pois nela se encontram vários canais e o seu aparelho receptor é responsável por sintonizar (selecionar) um deles para exibição. Mas, o meio físico não se limita a algo que você pode pegar porque o ar também é considerado um meio físico para transmissão: são as redes sem fio.
Meios físicos de transmissão e suas características.
Meio não guiados e guiados.
Sem Fio – Cabos metálicos (Par trançado, Coxial); Fibras óticas (Multimodo, Monomodo)
 Existem três modos diferentes de transmissão:
Modulação - Processo que modifica as características da onda constante, chamada de portadora, em sua amplitude, frequência ou fase. Ao se deformar devido a um sinal portador (o sinal a ser transmitido) esta varia sua característica proporcionalmente ao sinal modulador. Para modificar a onda portadora pode se empregar diversos algoritmos, mas os mais comuns são variações de amplitude, frequência e fase.
Modulação em amplitude; modulação em fase; modulação em frequência; modulação digital. Amplitude.
Sinal Analógico - Tipo de onda contínua que varia em função do tempo, onde possui infinitos estados entre o seu máximo e seu mínimo. Vantagens: não necessita de conversor, a transmissão é fácil.
Sinal Digital - Tipo de onda contínua com apenas dois estados (máximo 1  e mínimo 0 ). Vantagens: maior imunidade a ruídos, transmissão mais rápida e processamento direto do sinal recebido. Sinal de TV digital – ou está perfeito ou não sintoniza.
Banda Passante - Também chamada de “largura de banda”, é o conjunto de valores de frequência que compõem o sinal. Informalmente, diz-se que são as frequências que "passam" pelo filtro. Na prática a banda passante é a onda portadora. As características da portadora (frequência, amplitude, modulação e alcance) vão definir a capacidade de transmissão de dados no canal.
FATORES QUE DEGRADAM O DESEMPENHO
Durante a transmissão e a recepção o sinal pode sofrer algum tipo alteração. 
 Os dispositivos possuem algoritmos de detecção e de correção de erros, mas em certas situações estes erros recebidos não podem ser corrigidos, sendo assim necessária a sua retransmissão. Caso sejam necessárias muitas retransmissões a sessão pode ser inviabilizada. Por exemplo, ao navegar na internet, quando demora a abrir uma página, a mensagem indica que o tempo limite estourou e pede para tentar novamente mais tarde. 
 Fatores que podem degradar a qualidade de uma transmissão:
Ruidos - Distorções decorrentes das características do meio e de interferências de sinais indesejáveis.
Ruído térmico – também chamado de ruído branco, é provocado pelo atrito dos elétrons nos condutores.
Ruído de intermodulação – ocorre quando sinais de frequências diferentes compartilham o mesmo meio físico.
Crosstalk – ou linha cruzada, é a interferência que ocorre entre condutores próximos que induzem sinais mutuamente.
Ruído impulsivo – pulso irregular com grande amplitude, não determinístico, provocado por diversas fontes
Atenuação - perda de energia por calor e radiação, degradando a potência de um sinal devido à distância percorrida no meio físico.
Ecos - Ocorrem devido à mudança na impedância em uma linha de transmissão, em que parte do sinal é refletido e parte transmitido. Quando o receptor recebe o mesmo sinal duas vezes não é possível separar um do outro e a conexão fica impedida.
Atraso - Um pacote, durante uma transmissão, trafega por vários segmento de rede, e pode passar por diversos roteadores e por vários tipos de meio de transmissão. Durante este percurso são somados os tempos necessários à recepção, à  leitura e à retransmissão em todos os pontos intermediários. A soma dos tempos se chama atraso.
Os tipos de atraso são: atraso de transmissão, atraso de fila, atraso de processamento e atraso de propagação.
Perda De Pacotes – Durante uma transmissão, os comutadores mais complexos organizam filas de pacotes recebidos, classifica-os, organiza-os em filas de entrada, processa um a um os pacotes recebidos, decide qual a interface de saída com o endereço de destino e, finalmente, organiza a fila de saída. Após esse processamento, dependendo do tipo e qualidade do canal, pode haver um atraso para obter acesso ao meio e para transmitir todo o pacote. 
 Essa organizaçãode pacotes de entrada é feita e armazenada num espaço de memória. Caso o espaço de memória atinja o seu limite de armazenamento, os próximos pacotes a entrarem serão perdidos.
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
OUTRAS REFERÊNCIAS 
No site: www.books.google.com.br/books consulte o livro:
Computer Networks
inauthor:"Andrew S. Tanenbaum"
Consulte e resolva exercícios relacionados aos temas:
Material sobre camada física.
http://www.youtube.com/watch?v=5nIKXR9el9M&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=a77rlGwPBkY
Nesta aula, você: 
· Aprendeu sobre a topologia de redes OSI e TCP/IP.
· Analisou as camadas que representam cada modelo.
· Conheceu os conceitos gerais de transmissão.
· Aprendeu sobre os fatores que podem degradar o desempenho de uma rede.
 
Na próxima aula, abordaremos os seguintes assuntos:
· Principais dispositivos de interconexão de rede.
· A utilização desses dispositivos.
· Associar os dispositivos às camadas do modelo OSI e TCP/IP.
Aula 3

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