Buscar

Farmacoterapia da hanseníase e da tuberculose

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Farmacoterapia da hanseníase e da tuberculose 
• Mycobacterium: do grego “mycos” = cera H Parede celular constituída principalmente de lipídeos (ácido micólico) 
• Virulência: 
→ Camada de ácido micólico: impedindo da entrada de fármacos *Principal característica 
→ Bombas de efluxo na membrana celular: resistência nativa aos antibióticos 
→ Alojam-se no interior das células do paciente: barreira adicional aos agentes antimicrobianos 
→ Se multiplicam lentamente e podem ficar latentes: tratamento crônico (meses e anos) 
→ Alta capacidade de desenvolver resistência contra antibióticos 
• Agentes etiológicos da tuberculose e hanseníase 
❖ As micobactérias possuem aspectos que faz com que o tratamento seja prolongado, sendo o mínimo de 6 meses 
 
Doença infectocontagiosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis que afetam prioritariamente os 
pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. 
❖ As micobactérias tem afinidade pelos macrófagos alveolares, então essas bactérias necessitam de um 
ambiente cheio de oxigênio 
 
Mycobacterium tuberculosis 
• Descoberto por Robert Koch em 1882, é um bacilo álcool-ácido-resistente e possui afinidade por macrófagos 
alveolares. Seu período de incubação é de 4-12 semanas, possui alta infectividade. 
• São 7 espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M.microti, M. pinnipedi e M.caprae 
Transmissão 
• Principal fonte de infecção: individuo com a forma pulmonar da doença 
• Transmissão direta, de pessoa a pessoa, principalmente através do ar: fala, espirro, tosse 
• A transmissibilidade é plena enquanto o doente estiver eliminando bacilos (baciloscopia de escarro positiva) e não 
tiver iniciado o tratamento 
→ O uso de esquema terapêutico reduz a transmissão, gradativamente, chegando a níveis insignificantes ao fim 
de poucos dias ou semanas (~15 dias) 
→ Estima-se que, a cada caso positivo, 20 pessoas serão infectadas antes que ela tenha sido diagnosticada em 
localidades com alta prevalência da doença 
 
ÉRICA LUANA – MED XI – UNIRV – 5ºP 
Manifestações clínicas 
Manifestações pulmonares: mais frequente e mais relevante para a saúde publica 
• Inflamação crônica descontrolada e progressiva 
• Principal manifestação clínica: tosse seca ou produtiva com expectoração mucoide ou purulenta, com a presença ou 
não de hemoptise 
• Irritabilidade, sudorese noturna, emagrecimento, fadiga e febre vespertina (<38,5°C) 
Manifestações extrapulmonares: mais frequentes em pacientes imunocomprometidos 
• Sinais e sintomas dependentes dos órgãos ou sistemas acometidos 
• Classificação segundo a localização: laríngea, ganglionar periférica, meningoencefálica, miliar, pericárdica, óssea, 
genitourinária, cutânea, peritoneal e ocular 
• Sinais variam de acordo ao estágio: febre vespertina com picos de até 40-41°C, tosse e sudorese, mal-estar, fadiga, 
perda de peso, dor torácica e dispneia 
Diagnóstico 
Clinico: tosse prolongada com duração > 3 semanas, dor no peito, hemoptise, febre, sudorese noturna, perda de 
apetite, emagrecimento e fadiga 
Laboratorial: 
• Exames bacteriológicos 
→ Baciloscopia (Técnica BAAR – mais utilizado pelo custo acessível e rapidez) e cultura para 
micobactérias (+ caro e menos utilizado por ser demorado – 40 dias) 
→ Amostra: escarro da árvore brônquica, obtido por tosse profunda após a lavagem da boca 
• Radiografia do tórax: opacidades parenquimatosas, linfonodomegalia, derrame pleural. Exclusão de doença 
pulmonar associada. 
• Teste de tuberculina: 
→ Inoculação intradérmica de derivado proteico (PPD) da M. tuberculosis 
→ Mede-se a resposta imune ao antígeno: diâmetro da área de endurecimento palpável 
Tratamento 
❖ O tratamento é prolongado, se o paciente não aderir bem ao tratamento ai desenvolve a resistência bacteriana, e 
passa para uma segunda tentativa 
❖ A associação dos medicamentos já vem pronta nas capsulas 
❖ O tratamento é de acordo com o peso 
 
Regime de múltiplos fármacos 
 
 
 
 
 
PRIMEIRA ESCOLHA 
Alto nível de eficácia, grau aceitável de toxicidade 
Isoniazida 
Rfampicina 
Etambutol 
Pirazinamida 
SEGUNDA ESCOLHA 
Em casos de resistência aos de 1ª escolha 
Maior toxicidade 
Amicacina, Capreomicina, Cicloserina, 
Etionamida, Canamicina, Fluroquinolonas, 
Rifamicinas, Terizidona, Ác. Aminosalicílico 
 
 
 
 
 
Esquema básico para adultos 
e adolescentes 
Primeira fase – de ataque: 
ganhar o controle da infecção 
que é alcançado com a morte de 
grande população de bacilos 
existentes nas cavidades, sem 
permitir a sobrevida de mutantes 
drogas resistentes 
Segunda fase – de manutenção: 
evitar a reativação da doença que 
ocorre pelo crescimento dos 
bacilos drogas-sensíveis 
dormentes nos macrófagos e 
lesões caseosas 
 
 
 
 
 
Esquema básico para 
pacientes especiais 
 
 
 
 
 
Esquema para tuberculose multirresistente 
Se o paciente não fizer o tratamento de 6 meses, a bactéria pode ficar multiresistente, e ele vai precisar fazer o 
tratamento de 18 meses. 
 
 
 
R – Rifampicina 
H – Isoniazida 
Z – Pirazinamida 
E – Etambutol 
S – Estreptomicina 
O – Ofloxacina 
T – Terizidona 
❖ O nº da frente são os meses, 
e os de baixo são quantas vezes o 
paciente usa por semana. 
❖ Deve associar 3 
medicamentos que NÃO foram 
utilizados ainda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos adversos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligam-se a RNA-polimerase DNA-dependente (rpoB) impedindo a síntese de mRNA, consequentemente a bactéria 
não consegue se dividir. 
É a mais segura. 
• Ação bactericida 
• Mecanismo de resistência: alteração do alvo, a rpoB 
 
Farmacocinética: adm. Oral 
→ Taxa de absorção variável – presença de alimento pode 
interferir na absorção: administrar com estomago vazio 
(1h antes ou 1h pós refeições) 
• Biodisponibilidade oral: 68% 
• Ligação às proteínas plasmáticas: 85% 
• Meia-vida plasmática: 2-5h 
• Metabolismo hepático pelas esterases e colinesterases microssomais 
• Excreção pela bile e eliminação pelas fezes (2/3) 
• Eliminação renal: 1/3 ou menos 
 
Efeitos adversos: em geral são bem toleradas 
• Menos de 4% dos pacientes desenvolvem reações adversas 
• Mais comuns: exantema, febre, náuseas e vômitos 
• Coloração alaranjada inócua à urina, suor e lágrimas 
1. Desaminação por nicotinamidase e pirazinamidase bacterianas: pirazinamida D ácido pirazinoico (POA-), que 
deixa a bactéria fraca 
2. Transporte para o meio extracelular por bombas de efluxo 
3. Protonação da POA- no meio extracelular ácido (ácido lático produzido pelas células inflamatórias nas 
cavidades necróticas): POA- D POAH 
4. Penetração do POAH (lipossolúvel) no bacilo 
Resultado: 
→ Inibição da síntese de ácido graxo sintase tipo I interfere na síntese de ácido micólico 
→ Reduz o pH intracelular 
→ Interrompe o transporte de membrana 
• Bacteriostática 
• Mecanismo de resistência: mutação no pncA (gene que codifica a pirazinamidase) ou por captação comprometida do 
fármaco 
• Usos terapêuticos: tuberculose 
• Farmacocinética: Adm oral; biodisponibilidade oral >90%; atravessa a BHE; metabolismo hepático; excreção renal 
• Efeitos adversos: 
→ Comprometimento hepático (15% dos pacientes) quando administrada em períodos superiores a 2 meses e em 
doses superiores ao tratamento convencional 
→ Alterações gastrintestinais, mal-estar e febre 
→ Hiperuriciremia D dor articular 
1. Difusão passiva 
2. Ação da catalase katG: isoniazida D isonicotinol 
3. Isonicotinol + NAD e NADP D adultos 
 
Resultado: 
→ Inibe a atividade da proteína carreadora enoil-acil-sintase D inibe a síntese de ácido micólico 
→ Inibem a diidrofolato redutase D inibe a síntese de ácidos nucleicos 
• Bactericida 
• Mec. De resistência: mutação ou supressão da KatG 
• Usos terapêuticos: tuberculose 
Farmacocinética: adm. Oral• Biodisponibilidade oral completa; amplamente distribuída por 
todos os tecidos e líquidos corporais 
• Ligação às proteínas plasmáticas 10% 
• Metabolização hepática: acetilação – NAT2 
• Excreção urinária 975-95%) 
Efeitos adversos: comprometimento hepático é o mais 
importante 
• Erupções cutâneas e urticaria 
• Boca seca e desconforto epigástrico 
• Retenção urinaria 
• Cefaleia, ansiedade, insônia 
Inibe a arabinosil transferase III 
Interrompe a transferência da arabinose para a biossíntese do arabinogalactan desarranja a parede celular 
micobacteriana 
Não deixa sintetizar a parede celular 
 
• Ação bacteriostático 
• Mecanismo de resistência: mutação do gene embB, 
gene que codifica as arabinosil transferases 
• Usos terapêuticos: tuberculose 
Farmacocinética: adm. Oral 
• Biodisponibilidade oral 80%; atravessa a BHE 
• Ligação às proteínas plasmáticas 10-40% 
• Eliminação renal 
Efeitos adversos: 
• Acuidade visual reduzida 1% 
• Exantema 0,5% 
• Febre 0,3% 
• Outros: prurido, dor articular, dor abdominal, mal-
estar, dor de cabeça, tontura, confusão mental, desorientação e possíveis alucinações 
 
Doença infectocontagiosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae caracterizada por lesões cutâneas e 
neurológicas 
Sinais cardinais 
• Lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil; ou 
• Espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; ou 
• Presença de bacilos M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biopsia de pele 
 
Tipos de lesões 
 
Mycobacterium leprae 
• Descoberto por Armauer Hansen em 1873 
• Bacilo álcool-ácido-resistente 
• Patógeno intracelular obrigatório que possui afinidade por macrófagos e células ao redor dos nervos periféricos 
(células de Schawann) 
• Dificil de ser cultivado em meios sintéticos 
• Longo tempo de duplicação (14 dias) e período de incubação longo (2-10 anos) 
• Alta infectividade e baixa patogenicidade 
Prevenção da doença 
• Melhor prevenção: diagnóstico e tratamento precoce 
• Não há vacina especifica contra Mycobacterium 
leprae 
• Vacinação com o bacilo de Calmette-Guérin (BCG): 
→ Ação profilática e terapêutica 
→ Estimula positivação do teste de Mitsuda e 
reduz a incidência das formas multibacilares 
 
Transmissão 
Contato íntimo e prolongado de individuo suscetível com paciente bacilífero, através da inalação de bacilos 
Manifestações clínicas 
Grupo indeterminado: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria 
dos casos ou evolui para as formas polarizadas em ~25% dos casos, o que pode ocorrer 
no prazo de 3-5 anos 
• Maculas hipocrômicas, mal delimitadas 
• Ligeira diminuição da sensibilidade 
• Sem espessamento neural 
• Pode ser acompanhada de alopecia e/ou anidrose 
Forma tuberculoide: forma mais benigna e localizada que aparece em pessoas com alta 
resistência ao bacilo 
• Limitada pela boa resposta imunocelular do hospedeiro 
• Lesões cutâneas, isoladas e assimétricas: placas eritêmato-hipocromicas ou 
eritematosas, bem delimitadas, geralmente com bordas externas elevadas e centro 
normal 
• Apresenta alteração importante de sensibilidade 
• Pode apresentar alipecia e anidrose pelo comprometimento dos anexos cutâneos e espessamento de filete 
nervoso próximo 
Forma virchowiana ou lepromatosa: a imunidade celular é nula e o bacilo se multiplica e 
dissemina por via hematogênica, levando a uma maior gravidade, com anestesia dos pés e 
mãos (favorece traumatismos), feridas que podem causas deformidades, atrofia muscular, 
inchaço das pernas e surgimento de nódulos 
• Lesões cutâneas, múltiplas e simétricas 
• Maculas hipocrômicas, eritematosas ou acastanhadas, com bordas mal definidas, 
geralmente sem anestesia 
• É comum edema nos MMII 
• Com a progressão, formam-se nódulos 
Grupo dimorfo ou bordeline: forma intermediária resultante de uma imunidade 
intermediária, com características clinicas e laboratoriais que podem se aproximar do pólo 
tuberculoide ou virchowiano 
• Dimorfo-tuberculoides: lembram as dos tuberculoides, porem são 
numerosas e menores 
• Dimorfo-dimorfos: características entre as formas tuberculoide e 
virchwiana, sendo pouco simétricas e o acometimento nervoso é 
moderado; placas eritematosas, com bordas externas esmaecentes e 
internas bem definidas com centro oval hipopigmentado 
• Dimorfo-viechowianos: lembram as do virchowianos, tendendo a ser 
numerosas, não tão simétricas e com áreas anestésicas 
Diagnóstico 
Clínico: 
• Anmnese – obtenção da história clínica e epidemiológica 
• Avaliação dermatológica – identificação de lesões de pele com alteração de sensibilidade 
• Avaliação neurológica – identificação de neurites, incapacidades e deformidades 
Laboratorial: 
• USG e RM 
• Intradermorreação de Mitsuda e baciloscopia 
• Sorologia, inoculação, IHQ e PCR 
❖ Geralmente no laboratorial faz-se intradermorreação e baciloscopia, os outros são mais voltados para 
pesquisa/estudo. 
Intradermorreação de mitsuda 
Expressa o grau de imunidade celular auxiliando na classificação da forma clínica 
• Injeta-se o antígeno lepromina na derme e avalia o surgimento de pápula igual ou 
maior que 5 mm após 4 semanas (positividade) 
• Positiva nos pacientes tuberculoides (alta resposta imonocelular) 
• Negativa nos pacientes virchowianos (baixa resposta imunocelular) 
• Grau variado e positividade nos pacientes dimorfos 
❖ Resultado positivo significa que o sistema imunológico ta competente, melhor prognostico 
❖ Se der negativo, não significa que ele não tenha hanseníase, o sistema não está competente e por isso não consegue 
determinar a micobactería, tendo um pior prognóstico 
Baciloscopia 
Avaliação dos índices baciloscópicos e morfológicos 
• Raspado dérmico da lesão, lóbulos das orelhas e cotovelos pelo método de Ziehl-Neelsen: 
→ Índice bacilocópico: bacilos numa escola de 0 e 6+ 
▪ Positiva nos multibacilares 
▪ Negativa nos paucibaciliares 
→ Índice morfológico: percentual de bacilos íntegros em relação ao total dos bacilos examinados 
▪ Viáveis – bacilos íntegros: apresentam-se totalmente corados em vermelho. Aparecem nos 
casos sem tratamento ou recidivas 
▪ Inviáveis – bacilos fragmentados e granulosos: apresentam-se falhas na parede. Aparecem 
nos casos em tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas em pesquisa 
SOROLOGIA: reflete a carga bacilar e a eficácia terapêutica 
• Presença de anticorpos anti-M. leprae 
→ Elevados nos multibacilares e baixos ou ausentes nos paucibacilares 
→ Diminuição acompanha o clearance do antígeno; permanência pode representar resistência 
terapêutica; aumento em indivíduos tratados indica recidiva 
REAÇÃO DE IMUNOHISTOQUÍMICA: emprega anticorpos contra os antígenos do M.leprae 
INOCULAÇÃO: inoculação do bacilo em coxim plantar de roedores, uma vez que o bacilo não é cultivado em meios 
artificiais 
PCR: detecta, quantifica e determina a viabilidade do M. leprae (identificação molecular) 
• Amplifica sequencias do genoma bacilar, identificando o fragmento de DNA ou RNA amplificado 
Classificação das formas clínicas 
Classificação de madri (características clínicas e baciloscópicas) 
Grupos instáveis: indeterminado e dimorfo 
Grupos estáveis: tuberculoide e virchowiano 
 
Classificação de ridley e jopling (critérios clínicos, baciloscópicos, imunológicos e histopatológicos) 
Polares: tuberculose (reação de Mitsuda+) e virchowiana (reação de Mitsuda-) 
Dimorfa: dimorfa-tuberculoide, dimorfa-virchowiana e dimorfa-dimorfa 
 
Classificação da OMS (fins terapêuticos conforme o índice baciloscópico) 
Paucibacilar: 
• Indeterminada e tuberculoide 
• Baixa carga bacilar 
• IB menor que 2+ (negativo) 
• Até 5 lesões cutâneas e/ou 1 tronco nervoso acometido 
Multibacilar: 
• Dimorfa e virchowiana 
• Infecção disseminada 
• Alta carga bacilar 
• IB maior ou igual 2+ (positivo)• + 5 lesões cutâneas e/ou mais de 1 tronco nervoso acometido 
 
Classificação operacional da hanseníase 
 
Tratamento 
REGIME DE MÚLTIPLOS FÁRMACOS (Rifampicina, Clofazimina e Dapsona) 
Tratamento antigo: 
Esquema paucibacilar (PB) 
• Rifampicina: 1 dose mensal de 600 mg 
(supervisionada) 
• Dapsona: 1 dose mensal de 100 mg 
(supervisionada) + 1 dose diária de 100 mg 
auto-administrada 
• Duração do tratamento: 6 cartelas em até 9 
meses 
Esquema multibacilar (MB) 
• Rifampicina: 1 dose mensal de 600 mg (supervisionada) 
• Dapsona: 1 dose mensal de 100 mg (supervisionada) + 1 dose diária de 100 mg auto-administrada 
• Clofazimina: 1 dose mensal de 300 mg (supervisionada) + 1 dose diária de 50 mg auto-administrada 
• Duração do tratamento: 12 cartelas em até 18 meses 
NOVO TRATAMENTO - Esquema único 
Adultos 
• Rifampicina: dose mensal de 600mg (2 cápsulas de 
300mg) com administração supervisionada 
• Clofazimina: dose mensal de 300mg (3 cápsulas de 
100mg) com administração supervisionada e uma dose 
diária de 50mg autoadministrada 
• Dapsona: dose mensal de 100mg (1 comprimido de 
100mg) supervisionada e uma dose diária de 100mg 
autoadministrada 
Crianças 
• Rifampicina: dose mensal de 450mg (1 cápsula de 150mg 
e 1 cápsula de 300mg) com administração supervisionada 
• Clofazimina: dose mensal de 150mg (3 cápsulas de 50mg) com administração supervisionada e uma dose de 50mg 
autoadministrada em dias alternados 
• Dapsona: dose mensal de 50mg (1 comprimido de 50mg) supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada 
Duração do tratamento 
• Classificação Paucibacilar: 6 meses 
• Classificação Mulbacilar: 12 meses 
Reajuste de doses em crianças 
Esquema paucibacilar (PB) 
• Rifampicina: 1 dose mensal de 450 mg (supervisionada) 
• Dapsona: 1 dose mensal de 50 mg (supervisionada) + 1 dose diária de 50 mg auto-administrada 
• Duração do tratamento: 6 cartelas em até 9 meses 
Esquema multibacilar (MB) 
• Rifampicina: 1 dose mensal de 450 mg (supervisionada) 
• Dapsona: 1 dose mensal de 50 mg (supervisionada) + 1 dose diária de 50 mg auto-administrada 
• Clofazimina: 1 dose mensal de 150 mg (supervisionada) + 1 dose em dias alternados de 50 mg auto-
administrada 
• Duração do tratamento: 12 cartelas em até 18 meses 
 
 
 
 
Considerar o peso corporal como fator mais importante: 
• >50 kg: utilizar o mesmo tratamento para adultos 
• 30-50 kg: cartelas infantis (azul/marrom) 
• <30 kg: ajuste de dose 
 
Esquemas terapêuticos substitutivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso em gestantes 
• Alterações hormonais da gravidez causam diminuição da imunidade celular, fundamental na defesa contra o 
M. leprae é comum que os primeiros sinais de hanseníase, em uma pessoa já infectada, apareçam durante a 
gravidez e puerpério 
• A gravidez e o aleitamento materno não contraindicam a adm dos esquemas de tratamento PQT da 
hanseníase que são seguros tanto para a mãe como para a criança 
• Algumas drogas são excretadas pelo leite, mas não causam efeitos adversos. Os recém-nascidos, porém, 
podem apresentar a pele hiperpigmentada pela Clofazimina, ocorrendo a regressão gradual da pigmentação, 
após a parada da PQT 
• Em gestantes com intolerância a dapsona, o ofloxacino e minociclina são contraindicados 
 
Ligam-se a RNA-polimerase DNA-dependente (rpoB) 
impedindo a síntese de mRNA 
• Ação bactericida 
• Mecanismo de resistência: alteração do alvo, a rpoB 
Usos terapêuticos: hanseníase e tuberculose 
Farmacocinética: 
• Absorção: adm oral; taxa de absorção variável; presença de alimento pode interferir na absorção (adm de estomago 
vazio) 
• Metabolismo: hepático – esterases e colinesterases microssomais 
• Eliminação: excreção pela bile e eliminação pelas fezes (2/3); eliminação renal 1/3 ou mais 
Efeitos adversos: em geral são bem tolerados e menos de 4% dos pacientes desenvolvem reações adversas 
• Mais comuns: exantema (0,8%), febre (0,5%), náuseas e vômitos (1,5%) e alterações da dor da urina (coloração 
avermelhada) 
• TGI: desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia 
• SNC: fadiga, sonolência, cefaleia, tontura, ataxia, confusão, incapacidade de concentração, entorpecimento, dor nos 
membros e fraqueza 
• Hipersensibilidade: febre, prurido, urticária e exantema 
• Hematológicas: trombocitopenia, leucopenia e anemia 
Inibidor competitivo da diipropteroato sintase na via do folato 
impedindo a formação do RNA e DNA (análogo estrutural do 
PABA) 
• Bacteriostático contra a M. leprae 
• Mecanismo de resistência: mutação nos genes que codificam a 
diidropteroato sintase 
Uso terapêutico: Só hanseníase. 
Efeitos adversos: bastante frequente em pacientes tratados com 
doses acima do uso prescrito para hanseníase (200 a 300 
mg/dia) – doses inferiores a 100 mg tendem a ser raras 
• Anemia hemolítica (mais comum) 
• Hepatite medicamentosa 
• Metemoglobinemia 
• Agranulocitose 
• Gastrite, anorexia, náuseas e vômitos 
• Cefaleia, nervosismo, insônia, visão embaçada, parestesias, 
neuropatia periférica reversível, febre medicamentosa, 
hematúria, prurido, psicose e exantemas 
Mecanismo de ação ainda não estabelecido 
• Rompimento da membrana 
• Inibição da PLA2 micobacteriana 
• Inibição do transporte de K+ microbiano 
• Geração de peróxido de hidrogênio 
• Interferência nas cadeias de transporte de elétrons bacteriana 
• Formação de complexos estáveis com DNA e mRNA ao se ligar a guanina 
• Bacteriostático contra a M. leprae 
• Mecanismo de resistência desconhecido 
• Uso terapêutico: só hanseníase 
Efeitos adversos 
• Alterações do TGI (40-50%): dor abdominal, diarreia, náuseas e vômitos 
• Prurido, fototoxicidade, erupções cutâneas 
• Alteração da cor e da secreção corporal, do olho e da pele 
→ Já é perceptível no 8º dia de tratamento 
→ Tonalidade avermelhada com hiperpigmentação da pele, mucosas, suor (mancha as roupas) 
Uso terapêutico: Só hanseníase

Continue navegando