Buscar

16-O Ambiente e as Doenças Laborais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - Co…
1 2 3 4 5 6
Introdução:
Nesta aula você irá entender a respeito da correlação da saúde com o Mundo do Trabalho, sobre a ótica do trabalhador.
Aprenderá como acontece o processo saúde-doença, bem como a sua importância do entendimento do conceito da saúde
ampliada para o trabalhador.
Com esses fundamentos você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
�� Compreender os conceitos da saúde, da doença e sua importância a saúde do trabalhador.
�� Entender a relação do trabalho com o bem-estar biopsicossocial do trabalhador.
 
 
O Processo Saúde-Doença
Antes de descrever o processo saúde-doença, se faz necessário referenciar alguns marcos importantes da trajetória da
saúde do trabalhador. Os registros revelam que ao longo da história, mesmo antes de Cristo, a saúde era vista como um
grande interesse e preocupação da humanidade, já a doença representava uma fonte de tristeza e sofrimento. Para o ramo
da filosofia a saúde e o bem estar do corpo estava acima de qualquer riqueza. A doença também trazia um prejuÍzo finan-
ceiro para as pessoas e para as nações.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), define a saúde como completo bem estar físico, mental e social, sendo a saúde
um direito de todos e um dever do Estado. Nessa mesma pespectiva, a doença ocorrre quando há um desiquilibrio da har-
monia e dinâmica das condições do meio biológico, fisico e social, com as relações ambientais. E como esses fatores se
operacionalizam para a doença se estabelecer.
Tendo a saúde suas raízes condicionadas a fatores do próprio homem e outros oriundos de aspectos ambientais externos,
interegindo-se de maneira positiva e negativa, mas geralmente se interrelacionam. De acordo com Marc Lalonde (1974),
existem quatro elementos condicionantes da saúde: a biologia humana, o meio ambiente, os hábitos de vida e a organização
da assistência à saúde.
Baseados nisso a saúde do trabalhador se consolida em contextualizar o processo saúde e doença nos grupos humanos, e
sua relação com o mundo do trabalho. Sendo esse cenário, um espaço hierárquico de dominação e submissão do trabalha-
dor pelo capital, os trabalhadores começaram a buscar o controle para melhores condições e ambientes de trabalho, de ma-
neira a torná-los mais saudáveis, já que o homem sempre se interessou por sua saúde.
O trabalho existe desde o aparecimento do primeiro homem, e tem assumido diversas dimensões no transcorrer da história.
O grande divisor de águas da saúde ocupacional foi a brilhante percepção de Bernardino Ramazzini (1700), médico da
Faculdade de Medicina de Pádua, na Itália, ao perceber a ocorrência do adoecimento crescente dos trabalhadores e inse-
rindo uma pergunta na investigação clínica: “ qual é a sua ocupação?” Relacionando o adoencimento com as atividades
laborais.
No Brasil, Nilo Chaves de Brito Bastos, médico sanitárista e professor universitário afirmou que “ apesar pelo interesse pela
saúde, a realiadade, porém, é que o homem, vivendo em habitação inadequada, mal alimentado, ameaçado permanente-Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-comportamento-do-trabalhador-com-a-saude-e-suas-relacoes-com-o-mundo-do-trabalho
mente pela morte por acidentes e por doenças endêmicas, enfim por uma série de outros fatores e ainda movido pelo de-
sejo vital de sobreviver, teve que dar maior atenção as doenças, empenhando-se por uma luta constante contra elas, ao in-
vés de lutar pela preservação da saúde”.
No que tange à saúde do trabalhador, a prevenção é valorosa com uma missão em ser difundinda ao trabalhador de forma
continuada em suas diversas vertentes: acidentes de trabalho, doenças laborais, inter-relações ao processo saúde-doença,
cabendo nortear um ponto de conscientização e educação no mundo do trabalho (LINO et al, 2012 apud COMISSÃO
INTERNACIONAL DE SAÚDE NO TRABALHO, 2002).
Para refletir!
Doenças dos Azeiteiros, dos Curtidores, dos Queijeiros e de outros Ofícios Imundos.
Muitas outras oficinas existem que são pestíferas para o olfato e compensam os ganhos dos seus operários impondo-lhes
um tributo de males; são aquelas em que trabalham os azeiteiros, curtidores, fabricantes de cordas musicais, carniceiros,
pescadores, salgadores de pescado, queijeiros e fabricantes de velas de sebo. Confesso ter sentido o estômago revolto to-
das as vezes que entrei nas ditas oficinas e não consegui tolerar longo tempo tão mau odor, sem ter dores de cabeça e vô-
mitos. Com razão exigem as leis que tais operários não exerçam sua profissão em casa, mas em subúrbios ou zonas desa-
bitadas da cidade [...]. À categoria dos curtidores podem ser equiparados aqueles que fabricam cordas para instrumentos
musicais, vítimas de iguais padecimentos, por ser necessária a sua permanência em lugares úmidos e nauseabundos onde
manipulam tripas de animais, lavando-as e desdobrando-as; assim se veem geralmente esses operários com rostos maci-
lentos, caquéticos e com pernas inchadas (RAMAZZINI,1700).
 
O Trabalho
Atualmente o trabalho é uma atividade que não se resume exclusivamente a subsistência, têm sua amplitude como um fator
de grande valia na satisfação emocional do indivíduo. Trata-se obter satisfação em nível: social, psicológico e material.
Quando ocorre frustações no ambiente de trabalho, desmotivando o trabalhador e desacreditando-o de seu potencial produ-
tivo, compete ressaltar algumas variáveis que são preponderantes para representarem o desempenho do trabalho. Podemos
citar variáveis de ordem física e do trabalho, como por exemplo, os métodos de trabalho e ambiente, variáveis organizacio-
nais e sociais, temos como exemplo, características da organização e tipos de incentivos, finalizando variáveis individuais
que inclui características comportamentais da própria personalidade, interesses e motivações. O trabalhador com saúde é
produtivo, equilibrado, pouco propenso a acidentes de trabalho e mais feliz em família e em sociedade, como vemos na
Carta de Ottawa (1986).
 
Saúde do Trabalhador
A OMS faz uma relação entre saúde e trabalho “ a saúde não é algo que se possua como bem, mas uma forma de funcionar
em harmonia com o seu meio (trabalho, ócio, forma de vida em geral), não significa só ausência de dores ou enfermidades,
mas também ter a liberdade de desenvolver e manter suas capacidades funcionais. A saúde se desenvolve e se mantém por
uma ação recíproca entre o genótipo e o meio total. Como o meio ambiente de trabalho constitui uma parte importante do
meio total em que vive às pessoas, a saúde depende em grandes parte das condições de trabalho”. (MARIM, 2000 p.25)
A Saúde do Trabalhador é uma vertente no ramo da Saúde Pública cujo objetivo é a intervenção na saúde ocupacional, a fim
de proteger os trabalhadores dos riscos presentes nos ambientes e nas condições de trabalho. A prevenção é uma premissa
em foco, que norteia a quarta norma regulamentadora do trabalho – NR4. Pelo caráter legislativo, a Lei 8080/90 nos revela
que: “Saúde do Trabalhador é um conjunto de atividades que se destinam através de ações de vigilância epidemiológica e
sanitária à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e à reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho”. (BRASIL, 1990).Próxima
No ano de 1917, ocorreu a mudança na história evolutiva da saúde do trabalhador, os operários de diversas empresas em
São Paulo/SP realizaram uma mobilização coletiva a favor de um trabalho mais digno, com melhor remuneração, melhor
ambiente de trabalho, entre outros. Enfim, o controle social foi tão forte que deu origem a diversas leis, portarias, decretos e
normativas de proteção à saúde do trabalhador.
 Na perspectiva legal da atenção à saúde do trabalhador em consonância as leis, portarias e normas regulamentadoras, ins-
trumentalizam-se ações de qualidade de vida. Emergemem sua prática uma necessidade de incoorporar profissionais quali-
ficados de saúde e segurança para um alinhamento integrado ao quadro de pessoal da empresa. Podemos destacar as
principais portarias: Criação do SESMT (Portaria nº 3.237 de 27 de junho de 1972); Criação da NR4 ( Portaria MTE nº
3214/78); Criação da NR7(Portaria N.º 1.031, de 06 de dezembro de 2018) PCMSO - Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional. (BRASIL, 1972; BRASIL, 1978; BRASIL, 2018).
 
A Importância da Saúde do Trabalhador
A saúde é o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma importante dimensão da
qualidade de vida. Estrategicamente para as empresas, que são os propulsores econômicos de uma sociedade, a saúde do
trabalhador deve ser seu maior tesouro, já que daí resulta a sua força de trabalho.
A saúde do trabalhador é compreendida a partir das relações estabelecidas pelo processo de saúde-doença resultante das
condições de trabalho e de vida dos trabalhadores. O cenário em que se expressam a saúde e o trabalho vem sofrendo
transformações e as determinações que incidem sobre a saúde do trabalhador na contemporaneidade estão fundamental-
mente relacionadas às novas modalidades de trabalho e aos processos mais dinâmicos de produção implementados pelas
inovações tecnológicas e pelas atuais formas de organização e gestão do trabalho (MENDES; WUNSCH, 2011).
Muitas empresas precisam fortalecerem suas políticas de ações voltadas aos programas de saúde, com o intuito de previle-
giar e manter o fator humano, de forma saudável e produtiva. Muitas iniciativas inovadoras podem ser utilizadas como ferra-
mentas importantes e agregadoras nas relações interpessoais e interprofissionais das organizações.
As equipes da saúde precisam formar multiplicadores das ações que orientam a população ao agravos à saúde, e nas estra-
tégia educativa que se concretiza a pulverização da prevenção. Cabe aos gestores, se conscientizarem em fortalecer em
suas equipes à cultura de segurança e saúde do trabalhador.
Menciona-se o papel do gestor como fundamental e a necessidade de que ele compreenda a importância de promover a
atenção à saúde do trabalhador (MENDES,2011).
Portanto, não basta apenas o cumprimento das normas regulamentadoras, se a coscientização para saúde não adentrar nas
empresas e serem princípios estabelecidos, como metas na redução de acidentes e adoecimento dos trabalhadores.
 
 
 
 
Atividade Extra
Para saber mais sobre o Processo Saúde – Doença, dando um aporte a qualidade em saúde leia o artigo Gestão de quali-
dade em saúde: melhorando assistência ao cliente, de Vera Lúcia Bonato no link abaixo:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/gestao_qualidade_saude_melhorando_assistencia_cliente.pdfPróxima
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/gestao_qualidade_saude_melhorando_assistencia_cliente.pdf
 
E também de maneira enriquecedora indico a grande obra para aprofundar seu conhecimento sobre o assunto e as doenças
do trabalho, a tradução do livro: As Doenças do Trabalho de Bernardino Remazzini, 4. ed. São Paulo : Fundacentro,
2016. No link abaixo temos o acesso ao livro.
https://www.unicesumar.edu.br/biblioteca/wp-content/uploads/sites/50/2019/06/Doencas-Trabalhadores-portal.pdf
 
Referência Bibliográfica
BRASIL. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recupera-
ção da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasilia –
DF, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças do Trabalhadores. Brasília - DF, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gestão de Qualidade Saúde Melhorando Assistência ao Cliente. Brasília – DF, 2020.
BRASIL. Ministério do e Emprego Trabalho. Norma Regulamentadora NR-4. Brasília (DF), 1990.
BRASIL. Portaria N.° 3.214, 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II,
da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Brasília – DF, 1978.
BRASIL. Portaria N.º 1.031, DE 06 de dezembro de 2018. Altera o subitem 7.4.3.5 da Norma Regulamentadora n.º 07 -
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. Brasília – DF, 2018.
BRASIL.Portaria GM/MTPS nº 3.237, de 27 de julho de 1972 (3 arquivos: A, B e C) Arquivo C – Obriga os estabelecimen-
tos que se enquadrem nas condições determinadas nesta Portaria a manter, além das CIPAs, serviço especializado
em segurança, higiene e medicina do trabalho. Brasília – DF, 1972.
LALONDE M. A. New Perspective on Health of Canadians. Ottawa information. Ottawa: Canadian Department of
National Health and Welfare, 1974.
LINO, M.M. et al. Enfermagem do Trabalho à luz da visão Interdisciplinar. Saúde Transform. Soc. Florianópolis – SC, 2012.
LUCAS, A. J. O Processo de Enfermagem doTrabalho: a Sistematização da Assistência de Enfermagem em Saúde
Ocupacional. Editora Ládria. São Paulo, 2008.
MARIM, M.J.C. EL trabajo y la salud. In: MORENO. A.S. Enfermería Comunitária: Concepto de Salud y Factores que la
Condicionan. Madrid: Mc Graw-Hill/Interamericana, 2000.
 Estranhou essa explicação?
Próxima
https://www.unicesumar.edu.br/biblioteca/wp-content/uploads/sites/50/2019/06/Doencas-Trabalhadores-portal.pdf
O ambiente e as Doenças Laborais - Do…
1 2 3 4 5 6 7 8
Doenças do trabalho
 
Introdução:
Nesta aula você irá entender, a respeito da relação dos agentes ambientais com as doenças do trabalho, bem como as prin-
cipais doenças do ramo da indústria e no meio rural.
Além disso, vamos dar ênfase nas doenças do trabalho, que influenciam a produtividade e o bem estar do trabalhador. É
muito importante que o Engenheiro de Segurança do Trabalho tenha a compreensão, que o trabalho deve respeitar a vida e
a saúde do trabalhador, de modo que o ambiente se torne seguro, afetivo e de grande significância.
Foram traçados os seguintes objetivos para essa aula:
�� Explicar a relação dos agentes ambientais com as doenças do trabalho;
�� Compreender a cerca das doenças ocupacionais no meio urbano e rural;
�� Explicar fatores do ramo da epidemiologia;
�� Esclarecer fatos que expressem a relação da saúde com a produtividade e o bem estar do trabalhador.
 
 
Relação entre os Agentes Ambientais e Doenças do Trabalho
Quando falamos nas condições do ambiente em relação ao trabalho, estamos nos referindo não só a saúde individualizada,
mas sim a saúde coletiva, pois no entendimento globalizado, são extensivas a família e as gerações futuras. Na atual visão,
a saúde do trabalhador passou a ser vista como um processo ativo de saúde e da doença no mundo do trabalho.
Conforme Takahashi & Gonçalves (2005), é fundamental que os riscos do ambiente, através do gerenciamento de recursos
físicos e ambientais e o planejamento de estudo físico, a fim de promover segurança, confortável e privacidade aos usuários,
além das condições de trabalho adequado. Tal fato reforça a necessidade sobre o estudo dessa temática, com a finalidade
de analisar as condições de trabalho, os fatores de risco que os trabalhadores estão expostos, e que a instituição esteja em
consonância com as exigências de segurança. Nos seguintes aspectos:
Ventilação;
Temperatura.
Umidade
Vibração;Aprenda na prática Cadastre-se e estude com listas de exercícios por assunto Cadastre-se
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-doencas-do-trabalho
https://dex.descomplica.com.br/entrar
Qualidade do ar;
Qualidade de água;
Ruídos.
 
É de grande importância ressaltar que em ambientes ocupacionais, no qual, são realizadas tarefas que requerem atenção e
demandam atividade intelectual tais como, laboratórios, escritórios, sala de desenvolvimento de projetos e controles, é rele-
vante atentar para os seguintes requisitos de conforto para o trabalhador:
Níveis de Ruídos – conforme a NBR 10152 e as normas brasileiras descritas no INMETRO;
Índice de Temperatura Efetiva – entre 20ºC e 23ºC;
Velocidadedo Ar – menor do que 0,75m/s;
Umidade Relativa do Ar – menor do que a 40%.
 
De acordo com Moreno et al (2011), os trabalhadores, individual e coletivamente nas organizações são consideradas partíci-
pes das ações de saúde. Reforçando que as ações de saúde do trabalhador, tem como foco a avaliação integrada os pro-
cessos de produção, que contemplam as relações saúde-trabalho, envolvendo um engajamento e comprometimento de vá-
rios profissionais de forma interdisciplinar e intersetorial.
 
Doenças Ocupacionais: Conceitos, Causas (Agentes Físicos, Químicos, Biológicos) e Fatores Epidemiológicos.
A doença ocupacional é desencadeada pelo exercício do trabalho em uma determinada atividade, associada aos fatores am-
bientais. Sendo necessário a verificação do nexo causal, nas investigações das doenças e agravos à saúde.
Em relação aos fatores epidemiológicos, existe uma concepção dos primórdios da epidemiologia como ciência, que as doen-
ças eram determinadas, pura e exclusivamente por um mecanismo único, relacionada aos agentes infecciosos, tais como:
bactérias, vírus e protozoários. Não relacionando a doença a fatores ambientais externos.
Baseados no estudo do processo saúde-doença, as possíveis causas das doenças passam a ter uma abrangência focada,
na multicausalidade. Conforme a FUNASA (2009):
 
“O conceito de multicausalidade não exclui a presença de agentes etiológicos numa pessoa como fator de
aparecimento de doenças. Ele vai além e leva em consideração o psicológico do paciente, seus conflitos
familiares, seus recursos financeiros, nível de instrução, entre outros. Esses fatores, inclusive, não são es-
táveis; podem variar com o passar dos anos, de uma região para outra, de uma etnia para outra.”
 
Portanto, o entendimento dessas variáveis, que determinam o estado de saúde de uma população, podem estar condiciona-
das a momentos históricos diversos e ao desenvolvimento da humanidade.
Aprenda na prática Cadastre-se e estude com listas de exercícios por assunto Cadastre-se
https://dex.descomplica.com.br/entrar
 
Doenças do Trabalho na Indústria e no Meio Rural
De acordo, com o segmento industrial, algumas doenças do trabalho se apresentam mais comumente em determinados ti-
pos de indústrias, adoecendo o trabalhador. Por essa razão é essencial que o ambiente de trabalho, esteja em constante-
mente monitoramento de acordo as normas técnicas nacionais, internacionais e diretrizes legais. E constantemente sejam
desenvolvidos tecnologias e procedimentos que visam a redução desses agravos à saúde.
Seguem abaixo alguns segmentos industriais e as doenças mais comuns, apresentados na figura abaixo:
Tabela 1
INSS, 1993.
Em relação ao meio rural existem vários aspectos que dificultam a atuação de ações de prevenção à saúde ao trabalhador,
tais como: distanciamento das unidades básicas de saúde, locais de produção agrícola sem planejamento e gestão, ingestão
de substâncias tóxicas, dificuldade de acesso à escola, transporte, saneamento básico, meios de comunicação, entre outros.
Para os profissionais de saúde esse tipo de trabalhador carece de informações primordiais para mapear as condições de
saúde e o perfil epidemiológico.
As doenças decorrentes das atividades em propriedades rurais acometem na grande maioria, órgãos nobres, como pulmão
e pele. Além do elevando números de acidentes no trabalho. Não podemos nos distanciar que o acesso à informação e a
baixa escolaridade corroboram para o adoecimento precoce, o que dificulta a definição de prioridades para o planejamento e
execução de políticas públicas para a saúde do trabalhador do campo.
Finalizando não podemos deixar de mencionar a importância das atividades rurais, tão oportunas à natureza e a vida, como
uma proposta de qualidade para os trabalhadores e o ambiente, pois estão intimamente em proximidade a “mãe natureza”.
(DIAS, 2006)
 
Fatores que influenciam a Produtividade e o Bem-Estar do Trabalhador.
É observado que diante de uma atividade laboral, algumas alterações podem acontecer, tanto no comportamento humano
como no corpo, dentre as quais podemos mencionar:Aprenda na prática Cadastre-se e estude com listas de exercícios por assunto Cadastre-se
https://dex.descomplica.com.br/entrar
a� Queda na velocidade e qualidade de rendimento – exaustão dos esforços intelectuais e musculares.
b� Alterações na coordenação motora – os movimentos se tornam lentos e imprecisos.
c� Bloqueios – são pequenas interrupções diante de uma fadiga mental. Esse é um fator preocupante do ponto de vista
da segurança e ocorrência de acidentes nas indústrias.
d� Fadiga – leves sensações que alteram todos os sistemas fisiológicos do trabalhador, o qual apresenta irritabilidade,
palidez, falta de apetite, vertigem, desmaios, falta de concentração, entre outros. Umas das alternativas é a introdução
de períodos de pausas ou descanso.
e. Monotomia – o trabalhador sente-se inútil e sem prazer, sendo uma das causas do absenteísmo.
 
Por ser o trabalho uma atividade do contexto econômico e social, o indivíduo se sente na obrigação de dar resultados de pro-
dutividade na organização, na família e na sociedade. As doenças psíquicas acabam desempenhado um papel nas taxas de
abescenteísmo e na ocorrência de acidentes. Daí a necessidade de fornecer conhecimento aos gestores, em aguçar sensi-
bilidades e ferramentas inovadoras, que promovam ações de prevenção, e assim reduzindo o adoecimento. Uma iniciativa
pontual e fortalecedora é a criação de programas de saúde na empresa e envolvimento multisetorial de profissionais em
treinamento e eventos.
Um indicador importante ao se falar em adoecimento, com o intuito de mapear epidemiológicamente o contexto da classifica-
ção das doenças é o Classificação Internacional de Doenças (CID). Por exemplo, a Síndrome de Burnout- CID 10 é um
distúrbio de ordem psíquica, também conhecida como Síndrome do esgotamento profissional. É resultante do estresse
crônico no ambiente de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.
Por fim, vimos que a tríade saúde, doença e trabalho se articulam em processos de gestão e apoio à segurança, conforto e
bem estar do trabalhador, não sendo vista de maneira fragmentada e sim integral.
 
 
 
Atividade Extra
Para fixação do conteúdo abordado na aula: As Doenças do Trabalhador consulte a cartilha, Adoecimento Ocupacional:
Um mal invisível e silencioso do Ministério do Trabalho, 2018. Acesse o link:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Cartilhas/Cartilha-doencas-ocupacionais.pdf
Leia o artigo Estresse ocupacional: causas e consequências, de Claudia Eliza Papa do Prado. Acesso o link:
https://cdn.publisher.gn1.link/rbmt.org.br/pdf/v14n3a14.pdf
 
Referência Bibliográfica
 BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. Instituto Nacional do Seguro Social. Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho – DORT. Brasília – DF, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Relacionadas ao Trabalho - Manual de Segurança do Trabalhador. Brasília – DF,
2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. FUNASA - Processo Saúde/Doença. Brasília – DF, 2009.Aprenda na prática Cadastre-se e estude com listas de exercícios por assunto Cadastre-se
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Cartilhas/Cartilha-doencas-ocupacionais.pdf
https://cdn.publisher.gn1.link/rbmt.org.br/pdf/v14n3a14.pdf
https://dex.descomplica.com.br/entrar
DIAS, E. C. Condições de vida, trabalho, saúde e doença dos trabalhadores rurais no Brasil.
Saúde do trabalhador rural – RENAST. Ministério da Saúde. Brasília, 2006.
DIAS, E. C.; MELO, E. M. Políticas Públicas em Saúde e Segurança do Trabalho. In:Mendes, R. (org.) Patologia do Trabalho.
Edit. Atheneu. Rio de Janeiro, 2002.
MENDES. R. (Org.) Patologia do Trabalho. Edit. Atheneu. Rio de janeiro, 1999. OTTAWA. Carta de Ottawa. Primeira confe-
rência internacional sobre promoção da saúde. Ottawa, nov. 1986.
MORENO, L. S.; VIANA, O. M.; ZANDONADI, F. B. Identificação de Aspectos de Saúde e Segurança no Trabalho do
Setor de Mecânica de Máquinas Pesadas de umaEmpresa no Município de Sinop/MT. Cuiába – MT, 2011.
TAKAHASHI, R. T.; GONÇALVES, V. L. M. Gerenciamento de Recursos Físicos e Ambientais. In: KURCGANT, P.
Gerenciamento em enfermagem. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005.
VARELA, D. A Síndrome de Burnout. 2018. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/letras/b/sindrome-de-burnout/ .
Acesso jul.2020.
 Estranhou essa explicação?
Aprenda na prática Cadastre-se e estude com listas de exercícios por assunto Cadastre-se
https://dex.descomplica.com.br/entrar
O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - Ser…
1 2 3 4 5 6
Serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMT – NR4)
Introdução:
Nesta aula você irá entender a respeito do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho alia-
dos as normas referentes a segurança e medicina do trabalho prevista no texto da Consolidações das Leis Trabalhistas
(CLT) pelo viés das implicações da equipe multiprofissional, constante na quarta norma regulamentadora- NR4. 
Terá como fonte de consulta no aprenda mais (link: https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-4?view=default) a
leitura mais atentiva da quarta norma regulamentadora- NR4. 
Aprenderá conceitos básicos, aspectos legais, membros do serviço e suas atribuições e uma menção a fatos importantes
descritos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Foram traçados os seguintes objetivos para aula:
�� Compreender a relação da NR4 na saúde e segurança do trabalhador;
�� Entender a importância de cada profissional na articulação e engajamento na prevenção.
 
Conceitos Básicos
Para nos embasarmos frente a quarta norma regulamentadora NR4, é importante compreendermos a definição da
Organização Mundial de Saúde (OMS), quando nos diz: que a saúde ocupacional tem como objetivo “promover as melhorias
das condições de trabalho e outros aspectos da higiene ambiental.”
Com este intuito, reforçamos a finalidade desse serviço em promover à saúde ao trabalhador, através de atividades preventi-
vas e corretivas, para proteger a integridade física dos trabalhadores e ampliar sua vida laboral.
E com esse viés todos os integrantes desses serviços se esmeram na procura do bem estar, e para isso, políticas efetivas de
saúde precisam chegar nas empresas, a fim de configurar a definição descrita pela OMS.
 
Aspectos Legais da Organização do Serviço Especializado de Segurança de Medicina do Trabalho (SESMT-NR4)
O SESMT é indicado para empresas e instituições que possuam trabalhadores contratados sobre o regime da CLT, sejam
elas empresas públicas e privadas, órgãos públicos de administração diretas e indiretas, e dos poderes legislativo e judiciá-
rios. Sua existência e atuação, estão regulamentadas na NR-4, da portaria nº 3.2014/78 do Ministério do Trabalho e
Emprego (BRASIL, 1978).
Determina que o dimensionamento dos serviços especializados em engenharia de segurança e medicina no trabalho, este-
jam vinculados a gradação do risco, da principal atividade exercida pelos trabalhadores e o número total de empregados do
estabelecimento (devendo ser observado no quadro I da NR4). Seguindo os critérios definidos por esta NR, devem ser di-
mensionados o SESMT da empresa (observado no quadro II de Dimensionamento).
Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-servico-especializado-em-engenharia-de-seguranca-e-medicina-do-trabalho-sesmt-nr4-
O quadro do SESMT é composto de uma equipe multidisciplinar básica com os seguintes profissionais: técnico em segu-
rança do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho e enfermeiro do trabalho. Reforça-se nesse
segmento o papel da engenharia de segurança, dando um embasamento técnico de grande valia para composição e execu-
ção dos processos de trabalho na empresa. Essa equipe pode ser ampliada de acordo com os propósitos da empresa, com
odontólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos e outros. Embora a NR4 delimite apenas uma exigência mínima
de profissionais para ser cumprido pelas empresas, todas as iniciativas das empresas que favorecem o trabalhador e seu
bem estar são bem aceitas, tornando-se um compromisso.
Quadro I - Descrição de Atividades (Resumido)
Portaria DSST, 1991.
Quadro II
Ministério do Trabalho, 2018
Atribuições dos Membros da SESMT-NR4
Segundo a NR-4, compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho: (BRASIL, 1990).
A aplicação dos conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho ao ambiente de trabalho e a
todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir ou até eliminar os riscos ali
existentes à saúde do trabalhador; 
A determinação, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir, mesmo
reduzido, da utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), de acordo com o que
determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija.
Colaboração, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa;
Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades
executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
Próxima
Relacionamento permanente do com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e
atendê-la;
 
As atividades dos Profissionais integrantes do SESMT são essencialmente prevencionistas, embora não seja vetado o
atendimento de emergência;
 
Dentre as principais qualificações dos membros da SESMT, descritas de acordo com o parágrafo 4.4.1 da NR4, poderemos
considerar essas (BRASIL, 1990):
 
Técnico de Segurança do Trabalho - Técnico portador de comprovação de registro profissional expedido pelo
Ministério do Trabalho;
Engenheiro de Segurança do Trabalho - Engenheiro ou Arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de
especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação, além do correspondente registro
consignado em carteira profissional expedida pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA;
Médico do Trabalho - Médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do
Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área de concentração em
saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do
Ministério da Educação. E com registro em carteira profissional expedida Conselho Regional de Medicina - CRM;
Enfermeiro do Trabalho - Enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem
do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação
em enfermagem, além do registro consignado em carteira profissional expedida pelo Conselho Regional de
Enfermagem - COREN;
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho - Auxiliar ou Técnico de Enfermagem, portador de certificado de conclusão de
curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e
autorizada pelo Ministério da Educação, além do registro consignado em carteira profissional expedida pelo Conselho
Regional de Enfermagem - COREN;
 
 
Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as normas sobre a proteção à saúde e integridade do trabalhador, se
fortalecerem e contribuíram para a prevenção de doenças e acidentes. Cabe ressaltar como tudo isso se iniciou em 1919.
Nessa época o Comitê da OIT, estabelecido em Genebra, na Suíça, analisava em estudos as condições de trabalho e vida
dos trabalhadores no mundo. Tornou-se obrigatória a constituição de Comissões, compostas de representantesdo emprega-
dor e dos empregados, com o objetivo de zelar pela prevenção dos acidentes do trabalho, quando as empresas tivessem 25
ou mais empregados.
Um marco importante foi firmado o tratado de Versalhes, um acordo de paz envolvendo 25 países sendo eles: Estados
Unidos, Reino de Hejaz (atualmente parte da Arábia Saudita), Reino Unido, Honduras, França, Libéria, Itália, Nicarágua,
Japão, Panamá, Bélgica, Peru, Bolívia, Polônia, Brasil, Portugal, China, Romênia, Cuba, Reino dos Sérvios, Croatas e
Eslovenos, Equador, Sião (atual Tailândia), Grécia, Checoslováquia (atuais Tcheque e Eslováquia), Guatemala, Uruguai,
Haiti.
Com o objetivo de uniformizar as questões trabalhistas, as desigualdades nas condições subumanas de trabalho, desenvol-
vimento econômico e a limitação da jornada de trabalho, além de também tratarem da proteção à mulher em relação a ma-
ternidade, trabalho noturno para mulheres, trabalho infantil – na idade mínima para admissão de crianças e o trabalho no-
Próxima
turno para menores. No Brasil, simultaneamente, surge a primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho, a de nº 3.724, de 15 de
janeiro de 1919 (BRASIL, 1919).
 
 
 
 
 
 
Atividade Extra
Quer aprender um pouco mais sobre assunto indicamos a leitura da NR4 na íntegra para consolidação dos fundamentos
dessa aula pelo link:
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-4?view=default
Quer aprender um pouco mais sobre assunto indicamos a leitura desse artigo científico A importância do Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de Monnike Yasmin Rodrigues do Vale e outros
colabores pelo link: https://revistaespacios.com/a19v40n05/a19v40n05p06.pdf
 
E indicamos a leitura do artigo científico o Estudo sobre os Sintomas das Ler/Dort em operadores de computadores na
cidade de Santa Maria. Acesse o link abaixo:
 http://www.segurancanotrabalho.eng.br/artigos/ler_dort.pdf
 
 
Referência Bibliográfica 
BRASIL. Decreto Nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919. Regula as obrigações resultantes dos acidentes no trabalho. Brasília
– DF, 1919.
BRASIL. ENIT – Escola Nacional de Inspeção do Trabalho. NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL. Brasília – DF, 2020. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
07.pdf. Acesso em: jul. 2020.
BRASIL. ENIT – Escola Nacional de Inspeção do Trabalho. SST – SESMT. Brasília – DF, 2020. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saudeno-trabalho/sst-menu/sst-sesmt?view=default. Acesso em: jul.
2020
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde do Trabalhador. Brasília – DF, 2002. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_trabalhador_cab5_2ed.pdf.
Próxima
http://www.segurancanotrabalho.eng.br/artigos/ler_dort.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_trabalhador_cab5_2ed.pdf
BRASIL. Ministério do e Emprego Trabalho. Norma Regulamentadora NR-4. Brasília (DF), 1990.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Segurança e Saúde no Trabalho. Brasília – DF, 2020. Disponível em:
http://www.mte.gov.br/seg_sau/default.asp. Acesso em: jul. 2020
BRASIL. Portaria N.° 3.214, 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II,
da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Brasília – DF, 1978
 Estranhou essa explicação?
Próxima
O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - To…
1 2 3 4 5 6
Toxicologia (Parte 1)
Introdução:
Nesta aula você irá conhecer a respeito dos Fundamentos Básicos da Toxicologia, como: princípios básicos, fontes e cau-
sas, toxicocinética a toxicodinâmica, suas etapas e vias de eliminação. Terá uma situação realística a ser analisada como
fato, a fim de estabelecer um pensamento crítico – reflexivo sobre a temática.
Com esses fundamentos você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
�� Compreender no contexto laboral a Toxicologia como ciência;
�� Entender a importância e dinâmica da Toxicologia e seus mecanismos fisiológicos no corpo humano. 
 
Princípios Básicos da Toxicologia
A toxicologia é a ciência que estuda os efeitos das interações de agentes químicos com o organismo, sob condições especí-
ficas de exposição, além de todo composto químico que interage com o sistema biológico causando malefícios a esse sis-
tema, e as substâncias nocivas, suas ações, seus sintomas, efeitos, antagonistas e antídotos.
Objetivos
Os objetivos da toxicologia estão pautados no diagnóstico, nas propostas terapêuticas específicas e no estabelecimento de
limites seguros de exposição para agentes tóxicos social e ambientalmente aceitável.
 
Toxicocinética e Toxicodinâmica
Nesse material iniciaremos com os fundamentos da Toxicocinética que estuda o movimento do agente tóxico (AT), ou seja,
as vias de penetração, sua distribuição nos fluidos e órgãos e sua eliminação. Também analisa a interação do agente tóxico
com o receptor biológico, a biotransformação, seus efeitos proporcionais à concentração do AT no sítio ativo, e a influência
do tamanho das partículas e das propriedades físico-químicas dos agentes ativos.
O tóxico interage com o organismo humano produzindo alterações que ocorrem em quatro principais etapas. O conheci-
mento dessas etapas pode ser de grande valia na eliminação do tóxico do organismo ou para minimizar sua absorção,
sendo elas:
1. Absorção: Contato do tóxico com o organismo até sua entrada na circulação. Nessa etapa um fator relevante está direci-
onado ao Volume de distribuição (VD) são os espaços em que os tóxicos se distribuem no organismo. O VD é influenciado
pela ligação proteica que diminui a distribuição para o compartimento plasmático. A concentração do tóxico no plasma dimi-
nui à medida que aumenta o volume de distribuição. Por exemplo: Se uma substância estiver fortemente ligada aos tecidos
ou for sequestrada fora do plasma, a concentração plasmática será baixa e o VD muito grande, o que significa que a droga
não é facilmente acessível a medidas destinadas a purificar o sangue, como a hemodiálise.
2. Biotransformação: Processo que procura transformar o tóxico em derivado menos tóxico ou não. O retículo endoplasmá-
tico liso da célula hepática é a principal sede dos mecanismos de desintoxicação.
Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-toxicologia-parte-1-
3.Excreção: Eliminação da droga do organismo. A principal via de excreção dos tóxicos e seus metabólitos é o rim.
4.Depuração: Medida do volume de plasma a partir do qual a droga é depurada por unidade de tempo. A depuração total é
a soma das depurações através da excreção renal, metabolismo hepático e eliminação no suor, nas fezes e no ar expirado.
Na estratégia da desintoxicação é importante conhecer a contribuição de cada órgão para depuração total.
Figura 1 – Toxicocinética.
CENBRAP, 2020.
Já na Toxicodinâmica o agente tóxico alcança seu nível de concentração adequado, ocorrendo as alterações bioquímicas e
fisiológicas que serão responsáveis pelos efeitos do agente tóxico, assim como sua meia vida.
 
Métodos de Investigação Toxicológicas
A investigação de uma intoxicação inicia-se, após a comprovação da substância do organismo, através de exames laborato-
riais da urina, do sangue ou de exame de imagens. Após isso, é necessário estabelecer uma associação do nexo causal da
substância encontrada com o ambiente de trabalho, isto é, a função estabelecida pelo trabalhador e o tempo de exposição.
Nas exposições acidentais das substâncias toxicas normalmente temos reações agudas de toxicidade, mas também podem
ocorrer reações tardias, até que a substância toxica seja eliminada do organismo.
Uma das investigações se dá pelos marcadores biológicos. Nessa análise se permite a avaliação da exposição em quantita-
tivos de substância presentes em células, tecidos e órgãos. Esses indicadores são essenciais para traçar diagnósticosde
saúde.
 Dentro dessa vertente há autores que sinalizam a monitorização biológica tornando possível determinar como as concentra-
ções dos químicos nas amostras de material biológico podem estar relacionadas com os efeitos na saúde (JAKUBOWSKi,
2012).
Como premissa nessa temática, os marcadores biológicos são fatores bioquímicos (concentrações ou medições de concen-
trações) mensuráveis no organismo humano, que carreiam informação de três características principais: doença, exposição
e suscetibilidade.
Reforça-se o pensamento na Toxicologia do trabalho, essa compreensão científica. Com o exemplo de autores renomados
que apontam a monitorização biológica no estudo de metais pesados pressupõe a análise de matrizes biológicas (sangue,
urina, cabelo, unhas, dentes, tecidos e ossos) e tem como vantagens a possibilidade de previsão direta de riscos para a
saúde no caso de biomarcadores específicos (ALA-U na urina com presença do chumbo, cádmio na urina, mercúrio naPróxima
urina, entre outros marcadores presentes no quadro I da NR 07); a possível avaliação combinada (exposição ocupacional e
ambiental) assim como as quantidades acumuladas no organismo; os biomarcadores de efeito podem suportar conclusões
no que diz respeito aos possíveis efeitos prematuros para a saúde (APOSTOLI, 2002; BARTELL, 2000; JAKUBOWSKi,
2012).
Em contrapartida, existem de alguns eventos em que as análises apresentam elevação dos níveis fisiológicos (ex: manganês
no sangue), resultantes na presença de alguns metais nos fluidos biológicos informam apenas acerca do intervalo de exposi-
ção interna, sem a possibilidade de avaliação do risco para a saúde.
 
 
 
 
 
 
Atividade extra
Para aprender mais sobre o tema indicamos o artigo de Hélio Neves Vigilância de Exposição Ocupacional a Substâncias
Tóxicas, no link: http://scielo.iec.gov.br/pdf/iesus/v8n1/v8n1a05.pdf.
 
Referência Bibliográfica
___. TOXICOLOGIA PROVA TÍTULO MEDICINA DO TRABALHO. Disponível em:
https://www.cenbrap.edu.br/Blog/toxicologia-prova-titulo-medicina-do-trabalho. Acesso: jul.2020.
LARINI, L. Toxicologia. Manole 1ª ed. São Paulo,1997.
MOREAU, Regina L.M. e Siqueira, M.E.P.B. Toxicologia Analítica. 1 ed. Guanabara Koogan. Rio Janeiro, 2008.
OGA, S. Fundamentos de toxicologia. 3. ed. Ateneu Editora. São Paulo, 2008.
 Estranhou essa explicação?
Próxima
http://scielo.iec.gov.br/pdf/iesus/v8n1/v8n1a05.pdf
O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - To…
1 2 3 4 5 6
Introdução:
Nesta aula você irá conhecer a respeito dos Fundamentos Básicos da Toxicologia, como: princípios básicos, fontes e cau-
sas, toxicocinética e a toxicodinâmica suas etapas e vias de eliminação. Terá uma situação realística a ser analisada como
fato, a fim de estabelecer um pensamento crítico – reflexivo sobre a temática.
Caberá também um resgate na sexta norma regulamentadora - NR6 (https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-
e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf), pois todas as situações que envolvem proteção estarão vincula-
das a uma cultura de conscientização do trabalhador , bem como as diretrizes de saúde e segurança. Cabendo o conheci-
mento das atribuições pertinentes ao empregador e empregado. 
Com esses fundamentos você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
�� Compreender no contexto laboral a Toxicologia como ciência;
�� Entender a importância e dinâmica da Toxicologia e seus mecanismos fisiológicos no corpo humano. 
Toxicologia Ocupacional
É um ramo que se trata das substâncias com componentes químicos encontrados no ambiente de trabalho. Enfatizam a
identificação de agentes que remetem a um dano ou perigo. Os quesitos da segurança e prevenção para o uso seguro em
absorção e quantidades são importantes para o desenvolvimento de uma base consolidada ao processo saúde- doença. 
Cabe ressaltar, que toda substância existente no planeta pode ser um agente tóxico dependendo da sua concentração no
ambiente em que se encontra e dos seres expostos a esse meio, resultando em alterações fisiológicas que podem gerar dis-
túrbios transitórios, adoecimento ou levar à óbito. Essa concentração na qual começamos a ter as alterações supracitadas é
denominada de limite de tolerância. Entende-se, assim, que quanto menor for o limite de tolerância da substância, maior será
sua toxicidade. 
Muitas atividades levam à índices elevados de contaminações por agentes tóxicos, tais como: metalúrgicas, mineração,
agropecuária, indústria química entre outras atividades laborais, e seus trabalhadores acabam desenvolvendo doenças
quando à exposição.
Torna-se imprescindível conhecer os processos produtivos, os agentes envolvidos nesses processos e suas concentrações
ambientais, toxicidade, formas de absorção, tempo de exposição, efeitos à saúde e os níveis de exposição permitidos.
Baseado nos conceitos de higiene ocupacional, a NR 09 (PPRA) estabelece o Nível de Ação, que é o valor de um agente no
ambiente de trabalho no qual deve-se iniciar medidas preventivas para atenuação da exposição do trabalhador.
Existem outros parâmetros utilizados em toxicologia relacionados aos efeitos agudos (geralmente por exposição acidental),
aos efeitos crônicos e aos valores de referência.
Na compreensão dos efeitos agudos nos deparamos com as seguintes vertentes, apresentadas no manual de controle mé-
dico de exposição a substâncias químicas (BUSCHINELLI,2014), de grande variáveis
a) Dose Letal 50 (DL50): É definida como a dose de uma substância que leva à morte de metade (50%) de uma determi-
nada espécie. Pode ser entendido como um efeito médio. São apresentados em miligramas ou gramas por kilograma de
peso (mg/kg ou g/kg) e variam de acordo com a espécie, a idade, o sexo do animal e a via de introdução.
Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-toxicologia-parte-2-
https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf
b) Concentração Letal L50 (CL50): É semelhante a DL50, mas é definido para substâncias dispersas no ar e administradas
por inalação, sendo esta via mais semelhante à via de exposição ocupacional. São apresentados em miligramas por litro de
ar (mg/L), em partes por milhão (ppm) para contaminantes na forma de vapor ou gás e miligramas por metro cúbico (mg/m3)
para material particulado (sólido ou líquido).
c) IPVS ou IDLH: Imediatamente Perigoso para Vida ou Saúde, tradução de Immediately Dangerous to Life or Health (IDLH).
É a concentração da substância no ar ambiente a partir da qual há risco evidente de morte, de causar efeito(s)
permanente(s) à saúde, ou de impedir um trabalhador de abandonar uma área contaminada.
Já no que tange os efeitos crônicos, com referência no mesmo manual, que nos aponta as seguintes vertentes:
a) LOAEL (Lowest Observed Adverse Effect Level) – Menor nível em que se observa efeito adverso: é a menor concen-
tração da substância que causa uma alteração considerada adversa.
b) NOAEL (No Observed Adverse Effect Level) – Nível sem efeito adverso observado: é a maior concentração da subs-
tância que não causa efeitos adversos observados.
c) NOEL (No Observed Effect Level) – Nível sem efeito observado: é a maior concentração da substância encontrada por
observação e/ou experimentação que não causa alterações fisiopatológicas em um organismo.
Já aos valores de Referência, temos: 
a) VRN (Valor de Referência da Normalidade ou Valores de background). São níveis encontrados em populações não
ocupacionalmente expostas ao agente. Podem ser provenientes de alimentos, bebidas, ar, medicamentos, hábitos como
tabagismo ou provenientes de contaminantes do ambiente e/ou estarem presentes como aditivos de alimento.
 
Agentes Tóxicos e Patologias Associadas
A PORTARIA Nº 1.339/GM EM 18 DE NOVEMBRO DE 1999, do Ministério da Saúde, institui a Lista de Doenças
Relacionadas ao Trabalho, a ser adotada como referência dos agravosoriginados no processo de trabalho no Sistema Único
de Saúde, para uso clínico e epidemiológico (BRASIL, 1999).
 
A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH), órgão não governamental relacionado à higiene
ocupacional, institui a TLVs® and BEIs®, documentação que determina os valores limites para agentes químicos e físicos, os
índices de exposição biológica e seus efeitos críticos.
 
Sob o ponto de vista fisiopatológico, os agentes tóxicos são divididos em grupos conforme efeito no organismo, entre eles
podemos citar:
Os irritantes, que podem causar lesões direta ou reações inflamatórias;
Os asfixiantes simples, que competem ou reagem com o oxigênio reduzindo sua concentração ambiental e os
asfixiantes secundários, que reagem no o organismo impedindo a absorção e transporte do oxigênio;
Os narcóticos, que interage com o sistema nervoso causando alterações de consciência ou alucinações;
Os carcinogênicos, que alteram células e tecidos levando ao surgimento de câncer;
Os tóxicos sistêmicos, que podem agir em diversos órgãos, alterando o metabolismo e acarretando mal
funcionamento ou falência desse órgão (hepatite, cirrose, cegueira, surdez). Próxima
 
Segue alguns recortes da Portaria Nº 1.339/GM EM 18 DE NOVEMBRO DE 1999, do Ministério da Saúde para demonstrar:
(BRASIL, 1999).
 
Tabela 1 – AGENTES TÓXICOS X PATOLOGIAS ASSOCIADAS:
Fonte: Ministério da Saúde, 1999.
Tabela 2 - NEOPLASIAS (TUMORES) RELACIONADOS COM O TRABALHO (GRUPO II da CID-10)
Fonte: Ministério da Saúde, 1999.Próxima
Tabela 3 - TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS COM O TRABALHO (Grupo V da CID-10)
Fonte: Ministério da Saúde, 1999.
Tabela 4 - DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo VI da CID-10)
Fonte: Ministério da Saúde, 1999.
Próxima
Tabela 5 - AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL
Fonte: Ministério da Saúde, 1999.
 
 
 
 
Atividade Extra
Para aprender mais sobre o assunto indicamos a leitura do artigo Hepatites tóxicas: Revisão da Literatura de Luís Costa
Matos e Borges Martins através do link https://www.spmi.pt/revista/vol12/vol12_n4_2005_239-258.pdf
Como base de consulta e fixação de conteúdos importantes veja através do link https://www.gov.br/trabalho/pt-
br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf
 
 
Referência Bibliográfica
BRASIL. Portaria nº 1.399, de 15 de dezembro de 1999. Regulamenta a NOB SUS 01/96 no que se refere às competên-
cias da União, estados, municípios e Distrito Federal, na área de epidemiologia e controle de doenças, define a sis-
temática de financiamento e dá outras providências. Brasília, 1999.
BUSCHINELLI, J.T. Manual de orientação sobre controle médico ocupacional da exposição a substâncias químicas.
Fundacentro. São Paulo, 2014. 88 p.
LARINI, L. Toxicologia. 1ª ed. Manole. São Paulo: 1997.
MOREAU, R. L.M. e Siqueira, M.E.P.B. Toxicologia Analítica. 1 ed. Guanabara Koogan. Rio Janeiro,2008.
OGA, S. Fundamentos de toxicologia. 3. Ed. Ateneu Editora. São Paulo, 2008. Próxima
https://www.spmi.pt/revista/vol12/vol12_n4_2005_239-258.pdf
 Estranhou essa explicação?
Próxima
O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - Pri…
1 2 3 4 5 6
Primeiros socorros
 
 
Introdução:
Daremos início a uma série de aulas abordando o tema de Primeiros Socorros, uma vez que essa disciplina é de grande re-
levância para o engenheiro de segurança do trabalho, pois atuará em vários cenários que existem riscos de acidentes no as-
pecto ambiental e de diversas naturezas. E será necessário um conhecimento prévio para proceder com segurança, tranqui-
lidade e o mais rápido possível ao socorro a esse trabalhador.
Nesta aula, você estudará os conceitos de primeiros socorros, as noções básicas de fisiologia, quais são os integrantes da
equipe de socorristas e o material necessário utilizado ao socorro das vítimas. Além de aprender como agir e se comportar
no socorro dos trabalhadores.
Essa aula tem os seguintes objetivos traçados:
1.Apresentar as noções básica da fisiologia e o conceito de Primeiros Socorros;
2. Demonstrar os materiais utilizado nos primeiros socorros e os integrantes da equipe de socorristas.
 
Conceitos Básicos
No ambiente de trabalho há uma grande demanda de normas e políticas internas para que ocorra a segurança do trabalha-
dor e assim evitar possíveis acidentes. Porém, mesmo com todas as normas e regras, podem ocorrer acidentes. Com isso, é
de suma importância que se tenha um plano de resposta a emergências e que toda a equipe esteja preparada para intervir e
prestar atendimento imediato, caso ocorra algo dessa natureza.
Nesse sentido, quando ocorrem acidentes de trabalho são necessários os primeiros atendimentos com ações rápidas e obje-
tivas às vítimas, considerado de emergência, no local e quando ocorreu a situação. Esses cuidados emergências tem a fun-
ção de manter a vítima em segurança, reduzir o risco de morte, sem prejudicar ou agravar as lesões, até a chegada dos so-
corristas e o atendimento avançado hospitalar. 
Define-se que primeiros socorros são os cuidados imediatos prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou
mal súbito, em que o estado físico coloca em risco a sua vida, com a finalidade de manter as funções vitais e prevenir o agra-
vamento do seu estado, aplicando, assim, ações e procedimentos até a chegada de assistência qualificada. (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2003)
 
Noções Básicas de Fisiologia
Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-primeiros-socorros-c57df2
Para o entendimento e a compreensão da temática de primeiros socorros, é importante reconhecermos as funções vitais e
suas manifestações no corpo humano. São funções exercidas pelo cérebro, sistema cardiovascular e sistema respiratório.
Outras funções orgânicas também são importantes, apesar de serem de menor representatividade no momento socorro
inicial.
O corpo humano conta com o sistema nervoso central e periférico, para controlar às funções vitais. Uma condição essencial
está relacionada a presença de oxigênio, onde a sua ausência causa alterações na funcionalidade do corpo.
Para o melhor entendimento os sinais vitais são importante avaliarmos o estado geral de um indivíduo. Podemos citar a res-
piração, pressão arterial e pulso. São achados que norteiam as funções vitais no corpo, por isso em caso de alteração, o so-
corro precisa ser imediato.
Um assunto complementar acrescido para você se refere a biossegurança no atendimento. É de suma importância esses
fundamentos na preservação dos Primeiros Socorros, pois é o conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às atividades, que possam comprometer a saúde da vítima, do socorrista e do meio ambiente.
Durante o atendimento, a preocupação também deve estar voltada para a exposição a riscos de contato como sangue ou
secreção contaminada, assim como o risco de acidentes provocados por contato com materiais perfurocortantes.
 
Equipe de Socorristas
Pelo viés legislativo, existe uma preocupação com a organização e o atendimento de todos os locais que tenham trabalhado-
res. No Brasil essa obrigatoriedade está regulamentada no Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (Lei 6514, de
22 de dezembro de 1977), que estabelece em seu 4º parágrafo do artigo 168 que: “o empregador manterá no estabeleci-
mento, o material necessário à prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade”. O código pe-
nal brasileiro é bem claro quando diz: “deixar de prestar socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo eminente, po-
dendo fazê-lo, é crime.” (BRASIL,1977).
A sétima Norma Regulamentadora, aprovada pela portaria nº 24 de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e
Saúde no Trabalho (SST), intitulada Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), e alterada em parte,
pelaportaria SST nº 8 de 8 de maio de 1996, diz que: “ todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário
a prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guar-
dado em local adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para este fim.” (BRASIL,1994; BRASIL, 1996).
O treinamento das equipes socorristas é item de suma importância para o sucesso frente a prestação dos primeiros socor-
ros. Também se faz necessário estabelecer parcerias a serviços similares ou de complementação como ambulatórios, hospi-
tais e serviços de remoção. O número de socorristas está na dependência do grau de risco e número de funcionários. É co-
mum que se estabeleça um socorrista para cada 20 trabalhadores.
Uma equipe de socorristas, alinhada aos fundamentos básicos, consiste numa medida efetiva de redução de sequelas, mul-
tas e processos trabalhistas.
O perfil do socorrista precisa ser avaliado, uma vez que a calma, prudência e controle emocional são importantes. É essen-
cial que durante o treinamento a equipe conheça o plano de resposta de emergências, todos os locais do ambiente de traba-
lho e os mais suscetíveis de ocorrências de acidente. Entretanto, o socorrista só adentra ao cenário após a liberação da área
pela equipe de brigada, caso o cenário esteja de difícil contenção. As vítimas devem ser retiradas para uma área segura
para que seja prestado o atendimento de primeiros socorros.
O socorrista deve ser um bom observador na cena do acidente, extrair as informações que a cena mostra e complementar
com a parte subjetiva de perguntas aos que presenciaram o trauma. Podemos definir claramente que há dois tipos de lesões
segundo os seus sinais: as visíveis e as não visíveis ou traumas fechados. Para que a equipe de resgate não cometa o erro
de deixar de atender uma vítima analisando apenas os sinais é importante a aplicação da cinemática do trauma.Próxima
O plano de resposta de emergência deve conter, além dos procedimentos de intervenção aos sinistros, os procedimentos de
monitoramento e controle dos membros da equipe de resposta frente as possíveis exposições ocorridas durante o
atendimento.
Por fim, é essencial investir em treinamentos e educação continuada para garantir a segurança e integridade física dos
trabalhadores.
 
Material de Primeiros Socorros
Para que o atendimento de primeiros socorros seja eficiente, é importante que no local de trabalho se tenha materiais a se-
rem utilizados ao socorro das vítimas. Materiais como equipamentos, instrumentos, medicamentos, soluções, entre outros,
que facilitam o atendimento. Para isso, é necessário que eles estejam bem organizados, identificados, protegidos e embala-
dos de maneira adequada e armazenados em local seguro e estrategicamente definido.
Dentre os equipamentos, devemos ter especial atenção aos sistemas de descontaminação ou neutralização de substâncias
químicas ou físicas (partículas radioativas) e aos equipamentos da imobilização e transporte.
Sempre tendo o cuidado com materiais perfurocortantes e medicamentos, atentado para sua validade, condições uso. A so-
luções e frascos precisam estar identificados e rotulados com prazo de validade e bem vedados. E os demais materiais sem-
pre bem limpos e esterilizados de acordo com o fabricante.
A Fiocruz em seu site de biossegurança cita alguns materiais de primeiros socorros mais utilizadas no dia a dia. Como apre-
sentado no quadro abaixo.
 
Itens da caixa de primeiros socorros
Instrumentos
Termômetro
Tesoura
Pinça
conta-gotas
Esfigmomanômetro e Estetoscópio (Aparelho de
aferir Pressão Arterial
Glicosímetro (Medidor de Glicose)
Material para curativo algodão hidrófilo
gaze esterilizada
Esparadrapo
ataduras de crepe
Próxima
caixa de curativo adesivo
Antissépticos
solução de iodo
água oxigenada – 10 volumes
Álcool
Éter
água boricada
Medicamentos
 
analgésicos em gotas/comprimidos
antiespasmódicos em gotas/comprimidos
colírio neutro
sal de cozinha
soro fisiológico
 
 
Quadro 1: Materiais de Primeiros Socorros
 
 
 
 
Atividade Extra
Para aprender mais sobre o assunto e como introdução para as próximas aulas indicamos a leitura do Manual de
Protocolos de Suporte Básico de Vida do Ministério da Saúde, no link abaixo:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf
 
 
Referência Bibliográfica
BRASIL. Lei nº6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Brasília – DF, 1977.
Próxima
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro, 2003.
BRASIL. Portaria n.° 3.214, 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II,
da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Brasília – DF, 1978.
BRASIL. Portaria nº 24 de 29 de dezembro de 1994. Aprova o texto da Norma Regulamentadora nº 7 - Exames
Médicos. Brasília – DF, 1994.
BRASIL. Portaria SST nº 8 de 8 de maio de 1996. Altera a Norma Regulamentadora NR-7-Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional-PCMSO. Brasília – DF, 1996.
CRUZ VERMELHA. Primeiros Socorros. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://www.cruzvermelharj.org.br/primeiros-
socorros-c1ylq. Acesso Jul.2020.
 Estranhou essa explicação?
Próxima
O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - Pri…
1 2 3 4 5 6
Primeiros socorros – transporte
 
Introdução:
Nesta aula você verá como é realizado o transporte e resgate de vítimas em situações de acidentes, ou outros males no am-
biente ocupacional. Além abordarmos os equipamentos e materiais utilizados no transporte das vítimas para o atendimento
especializado. Também no final dessa aula, saberá identificar os tipos de transporte mais usuais no resgaste em ambientes
de trabalho, suas características e importância. Embarque para saber mais sobre o transporte de paciente com segurança.
Essa aula tem os seguintes objetivos traçados:
1.Apresentar a importância do transporte e o tipo de transportes.
2. Demonstrar os materiais e equipamentos utilizados no transporte e regaste das vítimas.
 
 
Conceitos Básicos
O transporte de acidentados é essencial e decisivo para um atendimento eficiente e bem sucedido. É de grande relevância
discutir e trocar informações sobre esse assunto, com a intenção de ter exemplos e experiências pertinentes. Isso porque um
transporte mal realizado, sem conhecimento e com técnicas errôneas, pode causas danos terríveis a integridade física da ví-
tima, sendo muitas vezes irreversíveis e trazer prejuízos futuro ao trabalhador.
Para cada situação em que a vítima se encontra como circunstância, local, gravidade e risco há um modo específico para
transportar esse acidentado. Para cada transporte existe uma habilidade, um jeito certo, além de ter boa capacidade física e
prática para executar as técnicas de transporte com eficiência. E na grande maioria dos casos para a realização da técnica
correta será necessário ter a ajuda de outras pessoas, a depender do número de pessoas que auxiliarão no transporte, e um
dos socorristas deverá orientar como ocorrerá o transporte.
Sendo realizado de forma correta, o transporte precisa garantir diretrizes de segurança e a proteção da integridade física e
emocional das vítimas. É importante que se domine as técnicas de transporte de pacientes conscientes e inconscientes, se
pode deambular ou não, ter atenção e cuidados com cada tipo de lesão e condição que o acidentado apresenta, além de
materiais, técnicas, veículos para cada tipo de transporte.
Daí a importância da capacitação da equipe e dos trabalhadores, pois em uma emergência em seu local de trabalho, estes
profissionais saberão como se comportar. Para que isso ocorra, é fundamental a prática continua através de simulados,sa-
nando todos os tipos de questionamentos que venham a surgir. Tratando desse assunto, todos devem compreender e cons-
cientizar uns aos outros em relação às diretrizes e normas de segurança e de primeiros socorros, independente da habili-
dade física para que ocorra o transporte. Por mais que muitas destas não seja de competência do trabalhador, é importante
conhecer algumas ações de regaste de vítimas de acidentes.
De acordo com a distância, o tipo de acidente e a gravidade, será fundamental a remoção da vítima do local do acidente
para o atendimento mais complexo e especializado. Para isso, utiliza-se de materiais e equipamentos específicos para oPróxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-primeiros-socorros-transporte-96536b
deslocamento da vítima.
 
Materiais e Equipamentos
Para a efetividade do atendimento, é fundamental que os materiais estejam em perfeito estado de uso e conservação, em
dia com a sua inspeção periódica e em quantidade suficiente para a demanda a ser prestada. Dentre eles, temos:
Colar cervical (do tamanho pp ao G);
Prancha longa;
Colete de imobilização dorsal;
Maca de transporte;
Oxímetro de pulso ou digital;
Maleta de emergência;
Laringoscópio e lâminas diversas;
Aparelho de pressão;
Desfibrilador Externo Automático (DEA);
Ataduras.
 
 
Resgate
Antes de tomar qualquer decisão, deve-se examinar cuidadosamente o acidentado, sendo capaz de avaliar a qualidade e
quantidade dos riscos que se apresentam em cada caso e tendo a consciência de agir dentro dos seus limites. Além de veri-
ficar na vítima a existência de respiração, visão, audição, consciência ou não, e se apresenta fraturas.
Numa situação de atendimento, alguns procedimentos iniciais são muito importantes, como: manter-se calmo assumindo a
liderança do atendimento; isolar a área evitando o acesso de curiosos; estabelecer uma comunicação imediata com os servi-
ços hospitalares, bombeiros, ambulância e polícia, se necessário; observar a vítima, verificando alteração ou ausência de
respiração, fraturas, colorações de mucosas, fáceis de dor, etc.; observar extremidades frias, alterações da temperatura tam-
bém é importante.
 
Técnicas de imobilização
Antes de transportar uma vítima, nem sempre é possível determinar as possíveis lesões, tornando necessário que seja feita
uma correta imobilização para garantir segurança a vítima, prevenir o agravamento das lesões existentes, assim como o sur-
gimento de novas lesões.
A imobilização efetiva da vítima consiste em um conjunto de procedimentos com os seguintes princípios: garantir a estabili-
zação e alinhamento da coluna vertebral; assegurar que a imobilização torácica não comprometa a dinâmica respiratória; ve-
rificar que não haja inibição ou dificuldade de abertura da boca por parte da vítima; imobilizar a pelve e os membros preser-
vando os planos, sem tentar de reduzir possíveis desvios e impedindo que esses se articulem; verificar se há comprometi-
mento da circulação distal (membros); e reavaliar a vítima em caso de movimentos bruscos ou no deslocamento dos equipa-
mentos de imobilização.
Entre as técnicas de imobilização mais utilizadas, a estabilização manual deve ser realizada antes da aplicação dos dispositi-
vos de imobilização. Quando aplicamos simultaneamente as manobras de imobilização para o deslocamento ou ajuste da
Próxima
vítima, determinamos que foi feita uma mobilização por bloco, muito utilizada no momento do posicionamento da vítima na
prancha, garantindo que não ocorra os movimentos da coluna.
 
Transporte de Acidentados
De acordo com o Manual de Primeiro Socorros da Fiocruz (2003), o uso de uma, duas, três ou mais pessoas para o trans-
porte de um acidentado, depende das circunstâncias, locais, tipos de acidentes e gravidades. O método de escolha deverá
ser avaliado, de forma segura.
O transporte por meio de veículos deverá ser exercido com prudências as normas de segurança ao trânsito, bem como o
condutor deverá evitar freadas bruscas, que provoquem movimentos exageradas. O cinto de segurança é um item que não
pode deixar de ser instalado. O condutor deverá ser possuidor da carteira de habilitação. O registro de sinais vitais e sinto-
mas observados, bem como a assistência prestada deverão ser repassados ao profissional que irá receber a vítima. Há al-
guns métodos de transportes tendo como uma ou mais pessoas socorrendo. Sendo eles:
 
Método de Transporte feito por uma pessoa socorrendo:
Transporte de apoio;
Transporte ao colo;
Transporte nas costas;
Transporte de bombeiro;
Transporte de arrasto em lençol;
Manobra de retirada de acidentado.
 
Método de Transporte feito por duas pessoas temos:
Transporte de apoio;
Transporte de cadeirinha;
Transporte pelas extremidades;
Transporte ao colo;
Transporte de cadeira;
Transporte de Maca.
 
Método de Transporte feito por três ou mais pessoas temos:
Transporte ao Colo;
Transporte de Lençol pelas pontas;
Transporte de Lençol pelas bordas.
 
Transporte por veículos
Terrestre – Ambulância;
Aéreo – Helicóptero e avião;
Marítimo – Ambulância marítima (lanchas de médio porte).
Próxima
 
 
 
 
 
 
Atividade Extra
Para aprender mais sobre o assunto apresentamos o Protocolo de Suporte básico de Vida dos Bombeiros do Estado de
Goiás, pode acessar pelo seguinte link: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2015/12/ProtocoloParaOSuporteBasicoDeVida-2011.pdf.
 
 
Referência Bibliográfica
BOFFARD, K.D. Manual de Cuidados Cirúrgicos Definitivos em Trauma. 2. ed. Almedina, São Paulo, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação
Oswaldo Cruz, 2003.
FIGUEIREIREDO, N. M. A; MACHADO, W. C. (Org.). Tratado de Cuidados de Enfermagem. 1. ed. Roca. São Paulo, 2012.
MOTTA, A. L. C. Assistência de enfermagem em cardiologia. 1. ed. Látria. São Paulo, 2003.
SKI, C.T., BRANCO, S.S., ZELLER, U.M.H. Ministério do Trabalho. Manual de Primeiros Socorros nos Acidentes do
Trabalho. Edit. Fundacentro. São Paulo, 1981.
 Estranhou essa explicação?
Próxima
https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/ProtocoloParaOSuporteBasicoDeVida-2011.pdf
O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - Pri…
1 2 3 4 5 6
Introdução:
 
Nesta aula você irá entender, a respeito do Suporte Básico de Vida em relação ao atendimento a uma vítma no atendi-
mento extra-hospitalar. 
Essa temática é importante, pois a preservação da vida é algo valoroso.
Além disso, vamos dar enfâse na abordagem das situações mais vistas nas urgências e emergências e as condutas a 
serem tomadas até chegar na unidade hospitalar, pois serão pontuais para manter a vítima em harmonia com suas funções 
vitais e sem agravamento do quadro. 
Foram traçados os seguintes objetivos para essa aula: 
1. Aplicar os procedimentos com as condutas corretas;
2. Reconhecer como se avalia uma vítima e seu estado de consciência;
3. Conhecer e aplicar condutas nas situações de parada cardíaca, massagem cardíaca e respiração artificial. 
 
Resumo:
Antes de iniciarmos as características clínicas da vítima, é fundamental termos o entendimento do que se propõe a te-
mática central:
1. O suporte básico de vida é uma série de ações realizada por uma pessoa que presencia um mal súbito em que a 
perda da consciência é o primeiro sinal de preocupação. Tem como característica fundamental a não realização de técnicas 
invasivas.
2. Todo material para esse atendimento precisa ser de conhecimento da equipe de socorro, bem como sua organiza-
ção, uso e zelo.
3. Antes da chegada do paciente no hospital várias ações são desenvolvidas: ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR 
(APH). Compreendendo três etapas: 
Assistência da vítima no local da ocorrência;
Transporte da vítima até a unidade hospitalar;
Chegada da vítima no ambiente hospitalar. 
O APH, se ramifica em dois tipos de atendimentos Suporte básico a Vida (SBV) e SuporteAvançado de Vida (SAV).
 
Dentro desse contexto sabe-se que a grande diferença entre o SBV e o SAV, está na realização de procedimentos in-
vasivos, como por exemplo: intubação orotraqueal.
 
O suporte básico de vida já foi representado pelas três primeiras letras do alfabeto: ABC mas que tem um significado 
único no que diz respeito a atendimento de emergência. Hoje foi substituida para CBA. Com essa mudança as compressões 
passaram para 1º lugar, caso a vítima não tenha a presença de pulso e posteriormente será realizada a ventilação.
 
C - Compresssão torácica;
B - Realizaçao de rspiração.; Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-primeiros-socorros-suporte-d43086
A - Abertura de vias aéreas;
 
 
A sequência de um atendimento é determinada em termos de prioridade pelas lesões que a vítima apresenta. O exame 
compreende-se em duas etapas: avaliação primária e avaliação secundária.
 
A nível de curiosidade: O número de óbitos causados por parada cardiorrespiratória chega a 200 mil mortes por ano no 
Brasil.
 
As condições primordiais para que o atendimento tenha seus objetivos alcançados são:
 
Pessoal qualificado e treinado;
Parcerias com locais para atendimento hospitalar de referência;
Comunicação efetiva;
Materiais e recursos humanos adequados.
 
O socorrista deve ter a seguinte observância frente a esses aspectos fundamentais:
 
1. Avaliar e verificar a segurança da cena;
 
a. Chamar pelo paciente com toques da clavícula;
b. Não fazer compressões dolorosa do esterno.
 
2. Acionar a equipe de resgate:
 
a. Extra – hospitalar: Presenciando o colapso pode utilizar o desfibrilador externo automático (DEA) antes de iniciar as 
compressões;
b. Se houver mais de uma pessoa, pedir para que ela aja da seguinte forma:
 
3. Sinalizar o local;
4. Utilizar barreiras de proteção;
5. Relacionar testemunhas;
6. Abordagem avaliativa da cena;
7. Avaliar consciência;
8. Checar pulsos e movimentos respiratórios.
 
Nível de Consciência 
 
Para a verificação do nível de consciência, usamos o método AVDI: 
A – vítima acordada ou alerta;
V – vítima responde a estímulos verbais; Próxima
D – vítima responde a estímulos dolorosos; 
I – vítima Inconsciente.
 
Recomenda-se a aplicação de 30 compressões + 2 ventilações para pacientes sem via aérea difícil (VAD) e 30 com-
pressões com ventilações simultâneas, durante 10 a 12 minutos, para tubo orotraqueal (TOT)
 
Parada Cardiorespiratória
 
A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como uma cessação repentina da circulação de oxigênio nos tecidos, ou 
por falta de circulação do sangue, ou por interrupção da respiração, e, em alguns casos, pela presença das duas 
intercorrências. 
Para otimizar a chance de um paciente sair da parada, deve ser realizada uma Reanimação cardiopulmonar (RCP) de 
Alta Qualidade. 
Outra recomendação é iniciar compressões dentro de 10 segundos do reconhecimento da PCR. Abaixo temos a 
sequência de providências a serem tomadas:
 
Prioridade inicial 
Interromper as compressões;
Afastar todos que estão próximo do paciente;
Aplicar as pás.
 
Avaliação do ritmo:
 
Respiração Artificial
 
Chocável = Administrar um choque e retornar imediatamente as compressões;
Não chocável = retornar imediatamente as compressões;
2 minutos ou cinco ciclos de compressões (ventilações);
Checar novamente o ritmo e aplicar o choque apropriado;
Observação: Trocar socorrista a cada 2 min (para evitar a fadiga).
 
Ventilações:
 
Frequência = 1 ventilação a cada 5 – 6 segundos ou 10 – 12 ventilações por minuto. 
Boca a Boca
Dispositivo Válvula Máscara (Pocket-Mask)
Dispositivo Válvula Máscara (AMBÚ)
 
Atividade extra
Próxima
Para conhecer mais sobre o assunto indico a leitura do artigo: Uma breve história da ressuscitação cardiopulmonar de 
Hélio Penna Guimarães e colaboradores, através do link: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2009/v7n3/a177-187.pdf
 
E para aprofundar sobre o tema, indicamos a leitura das recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia 
Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. No link a seguir: 
http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2019/v11303/pdf/11303025.pdf
 
 
Referência Bibliográfica
 
BOFFARD, K. D. Manual de Cuidados Cirúrgicos Definitivos emTrauma. 2. ed. Almedina. São Paulo, 2007.
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, 2003.
 
FIGUEIREIREDO, N. M. A; MACHADO, W. C. (Org.). Tratado de Cuidados de Enfermagem. 1. ed. Roca. São 
Paulo, 2012. 
 
MOTTA, A. L. C. Assistência de Enfermagem em Cardiologia. 1. ed. Ládria. São Paulo, 2003.
 
SEKI, C.T., BRANCO, S.S., ZELLER, U.M.H. Ministério do Trabalho. Manual de Primeiros Socorros nos Acidentes do 
Trabalho. Fundacentro. São Paulo, 1981.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estranhou essa explicação?
Próxima
http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2009/v7n3/a177-187.pdf
http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2019/v11303/pdf/11303025.pdf
Próxima
O Ambiente e as Doenças Laborais / O ambiente e as Doenças Laborais - Pri…
1 2 3 4 5 6
Introdução:
 
Nesta aula você irá conhecer a respeito dos Primeiros Socorros em relação as situações que envolvem as lesões orto-
pédicas, aprenderá quais são seus tipos, condutas aplicadas e terá uma situação realística a ser analisada como fato, a fim 
de estabelecer um pensamento crítico – reflexivo sobre a temática.
 
Com esses fundamentos você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
 
1. Compreender no contexto dos Primeiros Socorros situações de acidentes que desencadeiem fraturas, torções e 
luxações;
2. Entender a importância e dinâmica dos Primeiros Socorros.
 
Conceito de Fratura
 
 
É um tipo de lesão cuja ocorrência é revelada com a quebra de um osso. Pode acontecer por uma queda, esmaga-
mento ou uma pancada muito forte.
 
Tipos de Fraturas
 
Existem dois tipos de fraturas:
 
a. Exposta ou aberta – é um tipo de fratura quando há um rompimento da pele, pelo osso quebrado, ficando exposto. 
Requer um socorro imediato.
 
b. Interna ou fechada – é um tipo de fratura quando não há um rompimento da pele, pelo osso quebrado.
 
Em ambos os casos a vítima perde a capacidade de movimento, surge deformação do local, edema e pele arroxeada 
(acompanhada de uma deformação aparente) e dor intensa, além do adormecimento ou formigamento da região.
 
Convém ressaltar as fraturas especiais: fraturas na região da coluna ocasionam perda da sensibilidade, dor, formigamento 
e imobilização dos membros, nas costelas consistem em elevada dificuldade respiratória, ocasionando muita dor e na bacia Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/o-ambiente-e-as-doencas-laborais/o-ambiente-e-as-doencas-laborais-primeiros-socorros-fraturas-c07e05
ou fêmur ocasiona dificuldade na mobilização e dor intensa.
 
Condutas nas situações de Fraturas 
 
As principais condutas são:
 
Solicitar assistência médica, mantenha vítima calma;
Nunca movimentar um segmento do corpo afetado;
Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo (nas situações de fatura exposta ou aberta);
Nunca tentar colocar o osso no lugar;
 
Nas situações de fraturas especiais deve-se manter a vítima imóvel no local do acidente, observar a respiração e 
pulso, providenciando socorro especializado. Um fator muito importante, se deve a imobilização correta da vítima.
 
 
Situações Realísticas em Fraturas
 
Explique como o acidente de trabalho interferiu na dinâmica desse trabalhador na empresa. Faça uma análise da situa-
ção abaixo:
 
“Um trabalhador que ao sofrer um acidente de trabalho, cujo, desprendimento de uma placa metálica a uma al-
tura de dois metros, o atingiu no entorno do canteiro de obra, acometendo seu membro inferior direito (perna

Continue navegando