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Leptospirose em Veterinária

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Microbiologia Veterinária
Lept�spir�
Introdução
➔ Espiroquetas;
➔ Principais características:
◆ Bactérias morfologicamente espiraladas e delgadas;
◆ Altamente móveis (filamentos axiais).
➔ Principais gêneros:
◆ Treponema (sífilis);
◆ Borrelia (Doença de Lyme);
◆ Leptospira (Leptospirose).
➔ Doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira spp. presente
normalmente na urina de ratos;
➔ Afeta a saúde animal e possui grande importância em Saúde Pública;
➔ Mais de 160 espécies de animais silvestres, de produção (bovinos, suínos, ovinos,
entre outros) e de companhia são acometidos, constituindo reservatórios e fontes de
infecção ao homem.
Características
➔ Medem de 5-15 µm de comprimento e 0,1-0,2 µm de largura;
➔ Possuem uma ou ambas extremidades curvadas (gancho);
➔ Não se coram com corantes convencionais - Bacteriologia;
➔ Sensíveis a ambientes secos e pH ácido;
➔ Podem afetar humanos e todos os animais domésticos – Infecções Moderadas a
graves nos sistemas urinário, genital e doença sistêmica.;
➔ Podem sobreviver em lagos, rios, superfícies d’água, solos úmidos e lama –
temperatura ambiente quente;
➔ Normalmente persistem nos túbulos renais ou no trato genital dos animais
portadores;
➔ Transmissão por contato direto – Podendo ocorrer de forma indireta – Condições
ambientais favoráveis;
➔ Possuem distribuição mundial – Alguns sorogrupos estão limitados geograficamente;
Microbiologia Veterinária
➔ Eliminada na Urina dos animais portadores e reservatórios;
➔ Compartilham características de bactérias Gram-positivas e de Gram-negativas,
porém não são classificados como pertencentes a esses grupos;
➔ Possuem uma membrana citoplasmática associada com a parede celular
(peptideoglicano) e uma membrana externa “fluida”;
➔ Classificação clássica (1989) em duas espécies:
◆ Espécie patogênica - L. interrogans;
◆ Espécie saprófita - L. biflexa.
➔ De acordo com a classificação molecular são atualmente identificadas 17 espécies,
sendo pelo menos 8 patogênicas e mais de 300 sorovares (230 patogênicos);
➔ A diversidade de sorovares está relacionada com diferenças na estrutura e
composição do Lipopolissacarídeo (LPS) da membrana externa.
Cultivo
➔ Aeróbicas;
➔ Temperatura - 28ºC-30ºC;
➔ Podem ser cultivadas em meios líquidos, sólidos e semi-sólidos;
➔ Produzem colônias redondas em 6-10 dias (ou mais).
➔ Amostras:
◆ Sangue (1ª fase);
◆ Líquor (1ª fase);
◆ Urina (2ª fase);
◆ Tecidos (fígado, rins, feto abortado).
➔ Visualização: microscopia de campo escuro
Patogenia
➔ Invasão tecidual – Pele macia e úmida ou através de mucosas – Motilidade auxilia
na penetração;
➔ Espalham-se pelo organismo através do sangue – Não ficam na corrente sanguínea
– após 10 dias de infecção – Quando aparecem os anticorpos;
➔ Podem persistir no organismo – Nos túbulos renais, olhos e meninges;
➔ Podem evadir a resposta dos macrófagos – Induzem a apoptose nos mesmos.
Microbiologia Veterinária
Diagnóstico
➔ As leptospiras podem ser visualizadas por meio da microscopia de campo escuro ou
contraste de fase;
➔ Com a utilização das técnicas de coloração como:
◆ Giemsa;
◆ Vermelho Congo;
◆ Impregnação pela prata.
➔ Sinais clínicos e histórico de contato com urina supostamente contaminada;
➔ Podem ser isoladas do sangue – 7-10 dias;
➔ Identificação por perfis de DNA e sorologia;
➔ Anticorpos fluorescentes;
➔ Testes de aglutinação;
➔ Titulação – exceder 1:400 – Significativos quando acompanhadas de sinais clínicos;
➔ Testes de Elisa;
➔ Meios de cultura:
◆ Semi-sólido Fletcher - (Peptona, extrato de carne, NaCl, e agar);
◆ Korthof (Peptona, NaCl, NaHCO3, KCl, CaCl2, KH2PO4, Na2HPO4);
◆ Líquido: EMJH® – Ellinghausen-McCullough-Johnson-Harris.
➔ Métodos sorológicos:
◆ ELISA (IgM): Método qualitativo;
◆ Soroaglutinação microscópica: Método quantitativo.
➔ Outros métodos:
◆ Imunofluorescência direta;
◆ Imunohistoquímica ;
◆ Coloração de tecido (nitrato de prata);
◆ PCR.
➔ Acomete Bovinos e ovinos, podendo gerar abortos e indivíduos natimortos;
➔ Vacinas;
➔ Equinos – Doença clínica não é frequente – Abortos e sinais renais;
➔ Em casos crônicos podem ser observados Uveíte anterior imunomediada – Cegueira
da lua;
Microbiologia Veterinária
➔ Vacinas não licenciadas para uso;
➔ Suínos – Sorovares presentes – icterohaemorragiae e copenhagenii - Adaptados
aos roedores - Falência Reprodutiva – Abortos e Natimortos;
➔ Cães e Gatos:
◆ Sorovares: Canicola e icterohaemorrhagiae;
◆ Hemorragia aguda ou falência hepática e renal sub agudas;
◆ Vacinas para sorogrupos específicos;
◆ Áreas endêmicas vacinar a cada 6 meses;
➔ Aspecto em Saúde Pública:
◆ Doença ocupacional de trabalhadores em abatedouros e em fábricas de
laticínios, suinocultores, cirurgiões veterinários e de empregados para
trabalhos manuais – água e esgoto.
Controle e prevenção
➔ A imunização constitui um meio importante no controle da leptospirose, mas ela não
é, por si só, suficiente na prevenção da infecção/doença;
➔ As bacterianas encontradas no mercado possuem geralmente os seguintes
sorovares:
◆ 1) Sorovar Icterohaemorrhagiae;
◆ 2) Sorovar Canicola;
◆ 3) Sorovar Grippotyphosa;
◆ 4) Sorovar Hardjo;
◆ 5) Sorovar Pomona;
◆ 6) Sorovar Autumnalis.
➔ Existe também o sorovar Bratislava, especialmente em suínos, bovinos e equinos.
Microbiologia Veterinária
Escherichi� Col�
Características
➔ Bastonetes Gram-negativo;
➔ Família Enterobacteriaceae;
➔ Anaeróbios facultativos;
➔ A maioria fermenta lactose, algumas tardiamente;
➔ Geralmente móveis;
➔ Não formadoras de esporos.
➔ Cepas são classificadas em sorogrupos e sorotipos, de acordo com a presença dos
antígenos O, K e H:
◆ antígenos O - localizados na parede;
◆ antígenos K - localizados na cápsula;
◆ antígenos H - localizados nos flag.
Mecanismos de Patogenicidade
➔ Adesinas – fímbrias: aderência à mucosa (impedimento da fagocitose);
➔ Endotoxina – LPS;
➔ Enterotoxinas – Afetam a função do trato gastrointestinal: ST (Enterotoxina
Termoestável) e LT (Enterotoxina Termolábil);
➔ Verotoxina - Inibição da síntese protéica: Verotoxina-1 e Verotoxina-2;
➔ Hemolisina.
Fatores de Virulência
➔ Produção de toxinas;
➔ Resistência a antibióticos;
➔ Fímbrias.
Microbiologia Veterinária
Produtos celulares de interesse na patogenia
➔ Enterotoxinas Termoestáveis (ST): atuam no sistema guanilato ciclase;
➔ Enterotoxinas Termolábeis (LT): atuam no sistema adenilato ciclase;
➔ Vero Toxinas (VT=STX=SLT): responsáveis pelos danos vasculares;
➔ Fator Citotóxico Necrozante (CNF);
➔ Sideróforos: removem o ferro ligado a proteínas do hospedeiro;
➔ Hemolisinas: associadas a danos na membrana celular.
Patogenia e Epidemiologia
➔ ETEC (E. coli enterotoxigênicas);
➔ AEEC (Attaching and effacing E. coli);
➔ EPEC (enteropatogênica);
➔ STEC (E. coli produtoras de toxina de Shiga);
➔ EIEC (E.coli enteroinvasivas);
➔ APEC (E. coli patogênicas para aves);
➔ REDEC (enteropatogênicos de coelhos);
➔ NMEC (meningite neonatal);
➔ UPEC (uropatogênicos).
Diarréias por ETEC – E. coli enterotoxigênicas
➔ Envolvem dois fenômenos:
◆ Adesão das E. coli ao intestino delgado - colonização e multiplicação;
◆ Produção de enterotoxinas - agem localmente nas células epiteliais,
alterando os sistemas de regulação, absorção e secreção de íons, o que leva
a diarréias secretórias.
AEEC – Attaching and e�acing E. coli
➔ Apresentam mecanismo de patogenicidade bastante peculiar, pois não possuem
nenhuma das toxinas clássicas;
Microbiologia Veterinária
➔ Secretam seus receptores - introduzidos na membrana citoplasmática das células
hospedeiras, ligam-se à proteína superficial da bactéria, propiciando a aproximação
entre parede bacteriana e membrana da célula intestinal;
➔ Desencadeando uma série de sinais no citoplasma do enterócito que culminam com
alterações no citoesqueleto celular, com consequente destruição ou apagamento
dos microvilos;
➔ Alguns sorotipos de AEEC, principalmente associados à diarréia em crianças e
primatasnão humanos são denominados de EPEC (E. coli enteropatogênica).
EHEC ou STEC - E. coli produtoras de toxina de Shiga
➔ Envolvem vários fatores de virulência;
➔ A maior parte da patogênese é atribuída ao efeito sistêmico das Shigatoxinas, cujo
mecanismo de ação envolve a inibição da síntese protéica em células do endotélio
microvascular;
➔ EIEC - ocasionam diarréias hemorrágicas: Sorotipos: O26:H11, O103:H2, O157:H7;
➔ Invadem as células epiteliais. Às infecções das células do epitélio do cólon, geram
uma lise do fagossomo e a multiplicação intracelular bacteriana;
➔ As bactérias livres no citoplasma alteram o citoesqueleto celular de forma a serem
transportadas em movimentos laterais para as células vizinhas;
➔ Acaba determinando a morte das células parasitadas e o desenvolvimento de
úlceras;
➔ Causando necrose no tecido epitelial do cólon e diarréia sanguinolenta.
EPEC (Enteropatogênicas)
➔ Homem como único reservatório;
➔ Transmissão: contato pessoal e ingestão de água e alimentos contaminados;
➔ Sorotipos: O55:H6, O86:H34, O111:H2, O119:H6, O127:H6, O142:H6 e O142:H34;
➔ Epidemias de diarreia entre crianças (hospitalizadas) – faixa etária de até 6 meses –
Infecção nosocomial;
➔ Causa da diarreia: alterações na morfologia da célula epitelial, alterações nas
secreções de íons, abertura das junções epiteliais;
➔ Diarreia aquosa com muco.
Microbiologia Veterinária
EIEC (Enteroinvasivas)
➔ Interagem preferencialmente na mucosa do cólon;
➔ Estreitamente relacionadas com a Shigella, mas a dose infectante é maior (106
versus 102 );
➔ Sorotipos: O28:H-, O29:H-, 0121:H-, O112:H-, O121:H-, O124:H-, O135:H-, O136:H-,
dentre outras;
➔ Causam infecções no adulto;
➔ Contaminação: Ingestão de bactérias presentes em alimentos e água contaminados
com fezes;
➔ Fator de Virulência: Invasinas (atravessam a mucosa);
➔ Características: diarréia aquosa que evoluiu para disenteria, febres escassas com
sangue e muco.
Patogenia
➔ Escherichia coli produz infecções e intoxicações no homem e nos animais, quando
encontra condições favoráveis, ocorre por via oral, atingindo as amídalas ou outras
parte do tubo digestivo, como também pode entrar pelo umbigo, pulmão, glândula
mamária, aparelho urinário e órgão reprodutores;
➔ Condições ou fatores que favorecem a infecção pela E. coli: estresse, frio,
mudanças de temperatura, má nutrição ou balanceamento da ração mal feito, baixa
de imunidade, baixa resistência do hospedeiro, virulência da bactéria e más
condições gerais de higiene;
➔ Animais jovens: pode causar septicemia em recém-nascidos, bem como meningite;
➔ Toxemias fatais;
➔ Diarreias de maneira progressiva;
➔ As cepas enterotoxemias são responsáveis por diarréias em leitões e bezerros
neonatos sendo nos leitões mais comum a cepa Escherichia coli K88 e nos bezerros
a cepa Escherichia coli k99;
➔ As cepas Escherichia coli O139 e O141, responsáveis por enterotoxemias, são
encontradas em leitões na hora da desmama e produzem uma neurotoxina
responsável pela doença do edema;
➔ Em animais adultos: infecção no aparelho urinário, órgãos da reprodução e glândula
mamária; às vezes surge diarreia;
➔ Em aves: infecções no intestino, sacos aéreos, ovário e pericárdio;
Microbiologia Veterinária
➔ Na maioria dos surtos descritos, a transmissão foi veiculada através de alimentos de
origem bovina - carne moída, crua ou mal passada;
➔ A E. coli O157:H7 pode ser encontrada em algumas fazendas de gado e ser isolada
de bovinos saudáveis;
➔ A carne pode ser contaminada durante o abate ou processamento inadequados,
quando as bactérias intestinais contaminam a carcaça ou quando a carne é moída;
➔ A ingestão de leite cru também tem sido associada a surtos, através da
contaminação do úbere das vacas ou dos equipamentos de ordenha com conteúdo
fecal;
➔ A carne contaminada, especialmente a carne moída, tem aparência e cheiro
normais, e ao comê-la, sem estar devidamente cozida, pode haver a infecção;
➔ Fazem parte da biota normal dos vertebrados – Mamíferos, Aves, Répteis, Anfíbio e
peixes;
➔ Observa-se maior prevalência em mamíferos, menos prevalência em aves e é
incomum em peixes, anfíbios e répteis.
Agente
➔ Sorotipo;
➔ Habilidade de colonização;
➔ Fatores de aderência;
➔ Toxinas;
➔ Resistência aos antibióticos.
Hospedeiro
➔ Linhagens raciais;
➔ Idade: sítios de adesão Glicoproteína (3D Galactosil), receptores;
➔ Anticorpos: quantidade e qualidade do colostro, aptidão materna;
➔ Infecções concomitantes: flora intestinal;
➔ Stress: desmame, superlotação, frio, fome, umidade, sede.
Ambiente
➔ Carga bacteriana;
➔ Introdução de novas cepas;
Microbiologia Veterinária
➔ Transporte;
➔ Alterações de temperatura.
Diagnóstico
➔ Realizado pela cultura de amostras dos líquidos infectados e observação
microscópica;
➔ Analise Fenotípica - análises bioquímicas;
➔ São usadas técnicas genéticas para identificar genes presentes no genoma da
E.coli;
➔ Cultura em meios apropriados;
➔ Provas para identificação de vias metabólicas utilizadas pelos microrganismos:
◆ Teste da coagulase;
◆ Teste da catalase;
◆ Fermentação;
◆ Amilase;
◆ Citrato-permease;
◆ Triptofanases;
➔ Testes mais específicos:
◆ Biologia Molecular – PCR;
◆ Detecção de antígenos bacterianos;
◆ Elisa;
◆ Imunofluorescência indireta.
Controle
➔ Animais recém nascidos – Receber o colostro – Absorção de globulinas insuficiente
após 36 horas;
➔ Ambiente limpo e aquecido para recém nascidos;
➔ Desinfecção rigorosa das instalações periodicamente;
➔ Dieta alimentar adequada, com água potável;
➔ Vacinação para algumas espécies de E. coli;
➔ Tipos de Vacinas:
◆ Vacinas mortas - comerciais – Porcas prenhas;
◆ Vacinação de vacas prenhas – Antígenos fimbriais K99.
Microbiologia Veterinária
Doenças associadas a E.Coli
➔ Colibacilose entérica;
➔ Colisepticemia;
➔ Doença do edema em suínos;
➔ Diarréia pós-desmame em leitões;
➔ Mastite por coliformes;
➔ Infecção do trato genital.
Microbiologia Veterinária
Er�sipelothri� Rhusiopathia�
Habitat Usual
➔ 50% dos suínos abrigam Erysipelothrix rhusiopathiae no tecido tonsilar;
➔ Suínos infectados liberam o M.O pelas fezes e por secreção oronasal;
➔ Tem sido isolada a partir de:
◆ Ovinos, bovinos, equinos, cães, gatos, aves domésticas;
◆ 50 espécies de mamíferos silvestres;
◆ 30 espécies de aves silvestres.
➔ Encontrada no solo e na superfície da água, porém o tempo de sobrevivência no
solo provavelmente não excede 35 dias sob ótimas condições;
➔ Presente na camada de muco dos peixes (fonte potencial para infecções em
humanos).
Características Gerais
➔ Gram-positiva;
➔ Imóvel;
➔ Anaeróbio facultativo;
➔ Catalase-negativa;
➔ Oxidase-negativa;
➔ Coagulase-positivo;
➔ Não-formador de esporos;
➔ Indol negativo;
➔ VP - negativo;
➔ Produção de H2S - ácido sulfídrico;
➔ Resistentes a altas concentrações de sais;
➔ Crescem:
◆ Ágar nutriente com crescimento melhorado em meios contendo sangue ou
soro;
◆ 5 a 42 °C;
◆ pH 6,7 e 9,2.
Microbiologia Veterinária
➔ Isolados a partir de animais com infecções agudas - colônias lisas – bacilos
delgados;
➔ Isolados a partir de animais com infecções crônicas – colônias rugosas – filamentos
curtos que rapidamente perdem a coloração;
➔ Erysipelothrix rhusiopathiae causa erisipela em suínos e perus;
➔ Ovinos e outras espécies domésticas são afetados ocasionalmente;
➔ Zoonose (causa erisipelóide, uma celulite localizada em humanos);
➔ Desinfetantes comuns – Cloro, formalina e fenol – eficazes com toda a segurança;
➔ Existem 22 sorotipos de Erysipelothrix spp.;
➔ Virulência variável – depende da espécie;
➔ Recentemente vários sorotipos de E. rhusiopathiae têm sido reclassificados como
uma nova espécie: E. tonsillarum, não-patogênica para suínos, causa endocardite
em cães;
➔ Doença com evolução mortal: sorotipo A;
➔ Formas mais benignas da doença: sorotipo B;
➔ Isolados de órgãos de animais saudáveis: sorotipo N.
Manifestações clínicas de infecções por Erysipelothrix Rhusiopathiaeem
animais domésticos
➔ Suínos (erisipela suína):
◆ Septicemia;
◆ Lesões do tipo “pele de diamante”;
◆ Artrite crônica;
◆ Endocardite valvular crônica
◆ Aborto.
➔ Ovinos:
◆ Poliartrite em cordeiros;
◆ Claudicação após banho (laminite do banho);
◆ Pneumonia;
◆ Endocardite valvular.
➔ Perus (erisipela dos perus):
◆ Septicemia;
◆ Artrite;
◆ Endocardite valvular.
Microbiologia Veterinária
Identificação Definitiva
➔ Morfologia colonial e atividade hemolítica:
◆ Após 24 horas de incubação: colônias não-hemolíticas pequenas;
◆ Após 48 horas de incubação: ao redor das colônias desenvolve-se uma
estreita zona esverdeada de hemólise;
◆ Colônias lisas: 1,5 mm de diâmetro, são convexas, circulares e com bordas
lisas;
◆ Colônias rugosas: um pouco maiores, achatadas, e opacas com bordas
irregulares.
➔ Reações bioquímicas:
◆ Kits de testes bioquímicos comercialmente.
◆ Reações para a identificação definitiva incluem:
● Catalase – negativa;
● Coagulase – positiva;
● Produção de H2S é detectada no ágar TSI (triple sugar iron) por uma
fina linha central de cor preta quando esse meio é inoculado em
profundidade.
Gás Sulfídrico
➔ Considerado um dos piores agentes ambientais agressivos ao ser humano;
➔ Cheiro de ovo podre, inibe o olfato após exposição;
➔ Sintomas:
◆ Irritação dos olhos, garganta e pulmões;
◆ Tosse;
◆ Perda da consciência;
◆ Paralisia respiratória.
➔ Teste de virulência em animais de laboratório, a virulência pode ser confirmada por
inoculação intraperitoneal em camundongos;
➔ PCR para detecção de isolados virulentos.
Patogênese e Patogenicidade
➔ Infecção adquirida mediante ingestão de material contaminado por fezes de suínos;
Microbiologia Veterinária
➔ A entrada pode ocorrer por meio das tonsilas, da pele ou das membranas mucosas.
➔ Fatores de virulência:
◆ Cápsula que protege o M.O. contra fagocitose;
◆ Capacidade de aderir a células endoteliais;
◆ Produção de neuraminidase (enzima que pode aumentar a penetração nas
células).
Diagnóstico
➔ Lesões de pele em forma de diamante são patognomônicas – Características;
➔ Amostras de sangue para hemocultura;
➔ Espécimes post-mortem de fígado, baço, válvulas cardíacas ou tecido sinovial;
➔ Placas com ágar-sangue - inoculadas com material de espécimes, são inoculadas
aerobicamente a 37°C por 24 a 48 hrs;
➔ Critérios para identificação definitiva dos isolados (Clínico + Laboratorial);
➔ Testes sorológicos não são aplicáveis para o diagnóstico.
Profilaxia
➔ Práticas de higiene e manejo devem ser avaliadas e quando necessário, elevados
os padrões satisfatórios;
➔ Animais cronicamente afetados devem ser separados;
➔ Vacinação após três meses de idade(não devem ser administradas a animais que
estão recebendo terapia antibiótica).
Acinetobacte�
Características
➔ Reino: Bacteria;
➔ Filo: Proteobacteria;
Microbiologia Veterinária
➔ Classe: Gammaproteobacteria;
➔ Ordem: Pseudomonadales;
➔ Família: Moraxellaceae;
➔ Gênero: Acinetobacter;
➔ Gram-negativas;
➔ Imóveis;
➔ Estritamente aeróbicos;
➔ Oxidase-negativa;
➔ Catalase positiva;
➔ Se apresentam em pares;
➔ Não-fermentadores de glicose;
➔ Ubíqua;
➔ Podem fazer parte da biota normal;
➔ Ausência de pigmentação das colônias;
➔ Crescimento entre 20 e 30°C;
➔ Espécies:
◆ Acinetobacter baumannii - hospitais;
◆ Acinetobacter haemolyticus;
◆ Acinetobacter johnsonii;
◆ Acinetobacter junii;
◆ Acinetobacter iwoffii – clínicas veterinárias.
Acinetobacter Baumannii
➔ Amplamente distribuída no ambiente hospitalar;
➔ Pan-resistente: resistente a todas as classes de antimicrobianos, exceto colistina;
➔ Oportunistas, ocorrendo em pacientes imunossuprimidos, com doenças graves, ou
que tenham sido submetidos a procedimentos invasivos ou tratados com
antimicrobianos de amplo espectro.
Identificação
➔ Método de Gram: forma de cocobacilos gram-negativos sempre dispostos como
diplococos;
➔ Após 24 h de incubação em ágar sangue as colônias possuem entre 0,5 e 2 mm de
diâmetro, são opacas ou translúcidas e convexas;
Microbiologia Veterinária
➔ A maioria das espécies cresce bem no ágar MacConkey, produzindo uma fraca
coloração rosa.
➔ É capaz de crescer sob condições de deficiência de ferro;
➔ Produção de uma cápsula polissacarídica;
➔ Aderência às células do epitélio respiratório através de pili;
➔ Possui na parede celular um lipopolissacarídeo imunoestimulador, que permite a
resistência ao S. complemento;
➔ Resistente:
◆ Condições ambientais adversas como a dessecação;
◆ Soluções desinfectantes;
◆ Variações de temperatura.
Cultivo
➔ In vitro em meios normalizados de rotina no laboratório;
➔ Colônias planas, mucóides de coloração branco-acinzentada com diâmetro de cerca
de 1,5 a 3mm, numa atmosfera de ar à temperatura de 37ºC.
Profilaxia
➔ Higienização básica individual;
➔ Higienização das mesas de atendimento e instrumentos em clínicas veterinárias;
➔ Isolamento dos animais infectados.
Actinobacillu�
Características
➔ Reino: Bactérias;
➔ Filo: Proteobactérias;
➔ Classe: Gammaproteobacteria;
➔ Ordem: Pasteurellales;
Microbiologia Veterinária
➔ Família: Pasteurellaceae;
➔ Gênero: Actinobacillus
➔ Gram-negativos;
➔ Imóveis;
➔ Ocasionalmente possuem aparência cocobacilar;
➔ Anaeróbios facultativos;
➔ Fermentadores de carboidratos;
➔ Produzem ácido, mas não gás;
➔ A maioria das espécies é urease e oxidase-positiva.
Espécies
➔ A. lignieresii: lesões na língua, nos linfonodos, na parede ruminal e na pele (bovinos)
e lesões na pele (ovinos);
➔ A. pleuropneumoniae: pleuropneumonia (suínos);
➔ A. equuli: septicemia e enterite em potros, septicemia em leitões, artrite em suínos,
enterite em suínos e bezerros, aborto em éguas;
➔ A. suis: septicemia e pneumonia em leitões e potros, pneumonia em suínos e
equinos;
➔ A. seminis: epididimite em carneiros, poliartrite em cordeiros;
➔ A. actinomycetemcomitans: epididimite em carneiros.
Habitat Usual
➔ São comensais em membranas mucosas de animais, principalmente no trato
respiratório superior e na cavidade oral;
➔ Não sobrevivem por muito tempo no meio ambiente.
Fatores de Virulência
➔ Habilidade em captar o ferro do meio ambiente sobrevivendo assim em condições
de deficiência de ferro;
➔ Resistência à secagem;
➔ Produção de uma cápsula polissacarídica em algumas estirpes;
➔ Capacidade de aderência a diferentes superfícies pela formação de biofilmes;
➔ Aderência às células do epitélio respiratório através de pili
Microbiologia Veterinária
Diagnóstico
➔ Endurecimento da língua;
➔ Exame laboratorial: pus, material de biópsia e tecidos de lesões post-mortem;
➔ Esfregaços de exsudatos;
➔ Focos granulomatosos contendo colônias com clavas;
➔ Culturas em ágar-sangue e ágar MacConkey são incubadas aerobicamente a 37°C
por 24 hrs.
Critérios para identificação dos isolados
➔ Colônias não-hemolíticas em ágar-sangue, pequenas e pegajosas;
➔ Fermentação lenta da lactose em ágar MacConkey;
➔ Perfil bioquímico (catalase, oxidase,urease...).
Epidemiologia
➔ Ventilação precária e queda repentina na temperatura ambiental parecem precipitar
surtos da doença;
➔ A transmissão por aerosóis ocorre em grupos confinados;
➔ Surtos de doença agudos: suínos encontrados mortos;
➔ Espuma sanguinolenta ao redor do nariz e da boca e cianose.
Profilaxia
➔ Animais com lesões fistulosas devem ser isolados;
➔ Devem ser evitados os alimentos ou pastagens ásperos que possam lesar a mucosa
oral;
➔ Uso profilático de antibióticos para suínos em contato com a doença pode limitar a
severidade clínica.
Microbiologia Veterinária
Nocardi�
Características
➔ Reino: Bactérias;
➔ Filo: Actinobacteria;
➔ Classe: Actinobacteria;
➔ Ordem: Actinomycetales;
➔ Subordem: Corynebacterineae;
➔ Família: Nocardiaceae;
➔ Gênero: Nocardia;
➔ Gram-positiva;
➔ Possuem filamentos ramificados;
➔ Aeróbio;
➔ Catalase-positiva;
➔ Coloração de Ziehl-Neelsen modificada (ZNM) positiva;
➔ Podem formar esporos de filamentos aéreos;
➔ Atua como fungo,mas é uma bactéria;
➔Saprófita;
➔ Crescimento lento em meios laboratoriais (Agar Sabouraud dextrose e sangue);
➔ Patógeno oportunista.
Habitat Usual
➔ As espécies de Nocardia são saprófitas encontradas no solo e na vegetação em
deterioração.
Diferenciação entre espécies
➔ Pelo menos 12 espécies são reconhecidas, incluindo N.asteroides, N. farcínia e N.
nova;
➔ N. nova: patógeno de humanos;
Microbiologia Veterinária
➔ A identificação de espécies individuais é geralmente realizada em laboratórios de
referência e está baseada em testes bioquímicos, análise de composição de ácido
micólico e sondas de DNA.
Patogênese e Patogenicidade
➔ Infecção oportunista associada à imunossupressão ou à inoculação de grande
quantidade do microrganismo;
➔ Inalação ou por meio de lesões de pele;
➔ Linhagens virulentas de N. asteroides sobrevivem intracelularmente.
Resistência à atividade microbicida dos fagócitos
➔ Produção de superóxido dismutase;
➔ Catalase;
➔ Presença de uma camada espessa de peptideoglicano na parede celular.
Condições das doenças em animais domésticos
➔ N. asteroides é responsável pela maioria das infecções nocardiais em animais
domésticos;
➔ Infecções sistêmicas e cutâneas em cães e mastite em bovinos, formas mais
frequentes;
➔ Equinos: imunossupressão;
➔ Porcas: nocardia asteroides, abortos;
➔ N. farcinica: farcinose bovina;
➔ N. brasiliensis e N. caviae: patogênicas para humanos e raramente causam doenças
em animais domésticos;
Profilaxia
➔ Higienização do ambiente;
➔ Isolamento de animais infectados;
➔ Obs.: A imunidade mediada por células é essencial à proteção contra infecção por
essa bactéria intracelular facultativa.
Microbiologia Veterinária
Pseudomona�
Características
➔ Pseudomonas;
➔ Burkholderia;
➔ Bacilos gram negativos;
➔ Não esporulados;
➔ Flagelos polares;
➔ Aeróbias estritas;
➔ Não fermentadores;
➔ Não produtoras de gás;
➔ Oxidase +;
➔ Catalase +;
➔ Grande versatilidade;
➔ Habitante água, solo, alimentos, plantas e animais- ubiquitárias;
➔ Capacidade aderir-tubagens;
➔ pH neutro;
➔ Temperatura variável, 4 - 43ºC
➔ Fatores limitantes:
◆ Não crescem acima de 43ºC;
◆ Necessitam pressão osmótica elevada;
◆ Grandes variações de pH.
➔ Exigências nutritivas muito simples:
◆ Crescem temperaturas baixas;
◆ Usam muitas fontes de carbono;
◆ Sintetizam fatores de crescimento e vitaminas.;
◆ Produzem pigmentos;
◆ Enzimas proteolítica e lipolítica;
◆ Produzem compostos oxidados e muco;
◆ Produtos que afetam o aroma e o sabor;
◆ Vive bem em ambiente hospitalar;
Microbiologia Veterinária
◆ Alimentos;
◆ Equipamentos;
◆ Desinfetantes;
◆ Água destilada;
◆ Algumas produzem pigmento, piocianina, fluoresceína, piorrubicina;
◆ Oportunista virulento.
Pseudomonas aeruginosas
➔ Aeróbio estrito;
➔ Não fermentadores;
➔ Oxidase +;
➔ Catalase +;
➔ Móvel: monotríquio;
➔ Grupo fluorescente = produz pigmentos hidrossolúveis como: pioverdina, piocianina,
piorrubina ou piomelanina;
➔ É a espécie de maior importância clínica entre os Bacilos Gram Negativo Não
Fermentadores.
➔ Fatores de virulência:
◆ Adesinas: pili, flagelo ou fímbrias;
◆ Polissacarídeo capsular - Mucóide;
◆ LPS -Endotoxina – presente na membrana externa responsável pelas
manifestações sistêmicas;
◆ Proteases alcalina - destroem proteínas da matriz extracelular;
◆ Piocianina - catalisa a produção de superóxido e peróxido de hidrogênio;
◆ Exotoxina A – bloqueia a síntese protéica nas células eucariotas, promove
necrose tecidual por interromper a síntese de proteínas nas células,
mecanismo semelhante ao da toxina diftérica;
◆ Exoenzimas S e T- toxinas extracelulares – Lesão celular;
◆ Elastases – Lesão no parênquima e hemorrágica;
◆ Fosfolipase C – que hidrolisa a lecitina, um fosfolipídio da membrana celular
das células animais;
◆ Hemolisina que promove morte celular, principalmente entre as células de
defesa: hemolisina termolábil (destruição tecidular) e hemolisina termoestável
(ruptura dos tecidos com lectina, inibição mov. cílios);
Microbiologia Veterinária
◆ Formação de biofilmes;
◆ Resistência aos antimicrobianos e desinfetantes.
➔ LPS – Responsável pelas manifestações sistêmicas:
◆ Febre;
◆ Choque;
◆ Oligúria;
◆ Leucocitose ou leucopenia;
◆ Coagulação intravascular disseminada (CID);
◆ Síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA).
➔ Os sinais e sintomas específicos da infecção por pseudomonas dependem do órgão
ou tecido onde o microrganismo se instalou inicialmente, este patógeno oportunista
pode colonizar virtualmente qualquer tecido.
Piocianina
➔ Catalisa a produção de superóxido e peróxido de hidrogênio;
➔ Danos aos tecidos endoteliais;
➔ Impede o crescimento de outras bactérias;
➔ Elimina a atividade ciliar respiratória;
➔ Produz danos oxidativos nos tecidos oxigenados, como o pulmonar;
➔ Não causam lesão primária em hospedeiro sadio;
➔ Trato respiratório inferior;
➔ Conjuntivites;
➔ Otites;
➔ Vias urinárias;
➔ Vias reprodutivas;
➔ Pele, queimaduras.
Diagnóstico
➔ Ágar MacConkey - 42°C;
➔ Colônias grandes, mucóides ou secas com bordas irregulare;
➔ Lactose negativas;
➔ Pode haver odor típico de frutas (uva);
Microbiologia Veterinária
➔ Testes bioquímicos;
➔ Notar pigmentação azulada no inóculo original (piocianina);
➔ Ágar cetrimide: seletivo para Pseudomonas aeruginosa;
➔ Colônias mucóides;
➔ A produção de piocianina é estimulada pelo cloreto de magnésio e o sulfato de
potássio presentes no meio;
➔ A cetrimida (brometo de cetiltrimetilamina) é um composto amónio quaternário, que
inibe uma vasta variedade de outros organismos, incluindo outras espécies de
Pseudomonas e organismos relacionados.
Aplicações das pseudomonas
➔ Controle da poluição:
◆ Degradam compostos da indústria da celulose;
◆ Degradam plásticos, solventes e herbicidas;
◆ Degradam hidrocarbonetos alifáticos.
➔ Biotecnologia:
◆ Produtoras enzimáticas – Lipases e amilases.
➔ Agricultura.
➔ Hidrocarbonetos alifáticos, especificamente, são hidrocarbonetos com átomos de
carbono estruturais em cadeias abertas e fechadas (cíclicas), não aromáticas.
Podem ser alcanos, alcenos, alcinos e alcadienos, e ainda outras combinações, se
as ligações entre esses átomos forem respectivamente simples, duplas ou triplas.
Burkholderia
➔ Características:
➔ Pertence à família das Pseudomonadaceae;
➔ É um gênero emergente, a quem tem sido dada mais importância sobretudo nos
últimos anos;
➔ Tem predileção pelo trato respiratório, a maior parte das infecções que provoca são
do trato respiratório;
➔ Tem bastante capacidade de desenvolver resistência a antimicrobianos;
➔ Espécies:
➔ Mais de 60 espécies;
➔ B. cepacia;
Microbiologia Veterinária
➔ B. pseudomallei;
➔ B. gladioli;
➔ B. mallei.
B. Mallei
➔ Intracelular facultativa;
➔ Bastonetes Gram negativa;
➔ Aeróbica;
➔ Imóvel;
➔ Não tem flagelo;
➔ Oxidase variável;
➔ Catalase positiva;
➔ Envolvida na doença Mormo (equinos);
➔ Provocam doenças piogranulomatosas.
➔ Virulência:
◆ Cápsula de carboidrato (algumas mutantes que não tem cápsula, são menos
virulenta);
◆ LPS;
◆ Proteínas – proteases, lipases, fosfolipases C.
➔ Diagnóstico:
◆ Crescem em ágar sangue com glicerol;
◆ Temperatura de 20-41°C - 48h;
◆ Não cresce em ágar MacConkey;
◆ Temperatura ótima de 42°C.
Mormo
➔ Específico de equinos (que são reservatório);
➔ Mas tem relato de infecções cães, felinos, camelos, ovinos, caprinos, pdi, hamsters;
➔ Provoca lesão pielogranulomatosa;
➔ De variável gravidade, podendo ser agudo, crônico ou latente;
➔ A infecção se dissemina pelos vasos linfáticos, ocasionando lesões nodulares,
formando abscessos subcutâneos;
Microbiologia Veterinária
➔ Doenças endêmicas em países da Ásia, África e América do sul;
➔ Transmissão ocorre por alimento, água, fômite contaminado, inalação (secreção
respiratória), contaminação de ferimentos (exudatos cutâneos);
➔ O mormo é uma zoonose infectocontagiosa causada pela bactéria Burkholderia
mallei que acomete primeiro os equídeos (cavalos, burrose mulas) e pode ser
transmitida eventualmente a outros animais e ao ser humano. A doença é
transmitida a humanos pelo contato com animais infectados.
Pseudomallei
➔ Bastonete Gram Negativo;
➔ Aeróbica;
➔ Intracelulares facultativos;
➔ Possui flagelo;
➔ Móvel;
➔ Oxidase e catalase positiva;
➔ Destruída por desinfetantes;
➔ Não sobrevive em ambientes frios e/ou congelados;
➔ Encontrada em água e no solo.
➔ Virulência:
◆ Cápsula de carboidrato;
◆ LPS;
◆ Adesinas.
➔ Diagnóstico:
◆ Crescem em ágar normal de Rotina;
◆ Cresce em ágar MacConkey a 42°C;
◆ Pequenas colônias lisas, que com o tempo ficam rugosas e parecem secas;
◆ PCR – Não separa as duas espécies de bactérias.
Melioidose
➔ Pouco parecida com mormo;
➔ Doença piogranulomatosa – nódulo caseosos, supurativos, únicos ou múltiplos;
➔ Acomete ampla variedade de hospedeiro;
Microbiologia Veterinária
➔ Microrganismo saprófita;
➔ Contato direto com solo e água;
➔ Inalação, ingestão, contaminação de feridas, via transplacentária e possivelmente
picada de artrópodes.

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