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Conceitos da Geografia e sua História


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2020 - 2022
CONCEITOS DA GEOGRAFIA
1. O Pensamento Geográfico
Aprenda a analisar os conceitos da Geografia a partir das relações humanas com a 
natureza.
Esta subárea é composta pela apostila:
3www.biologiatotal.com.br
O PENSAMENTO 
GEOGRÁFICO
A geografia é a ciência dedicada a estudar o espaço. Seja pela relação entre elementos 
bióticos e abióticos, naturais ou artificiais, limites, potencialidades, recursos para 
economia e a vida da sociedade humana, todos esses fatores interagem entre eles.
Na geografia, para abordar e estudar o espaço, utilizamos de quatro conceitos: Paisagem, 
Lugar, Território e Região.
 f Paisagem: é aquilo que pode ser captado com os sentidos humanos sobre 
alguma localidade. Por isso, costuma ser associado com fotografias e pinturas, seja 
sobre uma paisagem natural ou construída.
 f Lugar: se refere à percepção humana, ou seja, estão vinculadas com sentimentos 
de afeição, representação e identidade. Muito relacionado aos valores que as pessoas 
dão para aquele espaço.
 f Território: é uma delimitação do espaço que está sob o poder de algo ou alguém. 
Essa delimitação por fronteiras (naturais, políticas ou culturais), é muitas vezes 
invisível e imaginária e que podem mudar ao longo do tempo. Exemplo: território de 
nações, estados e municípios ou o território de animais silvestres.
 f Região: é um cercamento do espaço, mas desta vez baseado em algum critério 
temático para a sua compreensão. Isso permitirá estudar esse espaço com base em suas 
características e como elas se relacionam e como são divergentes de outras regiões.
BREVE HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
O termo Geografia (Geo = Terra e grafia = estudo) significa o estudo da Terra. Porém, 
o objeto de estudo da Geografia, que é o Espaço Geográfico, realiza um estudo mais 
profundo e crítico. Foram os Gregos que batizaram e Geografia.
A história da Geografia remonta aos grandes nomes da Grécia Antiga como Tales de 
Mileto, Heródoto, Eratóstenes, Hiparco, Aristóteles, Estrabão e Ptolomeu que estudaram 
os astros e elementos da paisagem natural, como montanhas, rios, ventos… e tentavam 
compreendê-los para explicar os fenômenos e descrever as paisagens de alguns lugares.
Na Roma Antiga a Geografia vai receber mais influências do pensamento romano de 
conquista de territórios, caracterização das paisagens, levantamento de rios, montanhas, 
vilas, aldeias e portos. Com isso, os mapas se tornaram mais indispensáveis para 
organizar todas essas informações.
Na Idade Média o conhecimento geográfico estava difundido entre diferentes povos 
árabes que tiveram contato com o conhecimento da Grécia antiga e mantiveram e 
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co ampliaram os conhecimentos de observação pelos astros, ventos, e as rotas entre a costa 
do mar Mediterrâneo até a Índia, através da Rota da Seda. Enquanto os povos europeus 
estagnaram, apesar de continuarem fazendo observações sobre os astros, fenômenos 
naturais e a paisagem. Porém, receberam muita influência da Igreja, e assim limitando 
a percepções com base nas doutrinas religiosas. Apesar disso, durante as cruzadas 
(entre os séculos XI e XIII) os povos europeus voltaram a recorrer aos conhecimentos 
geográficos para a expansão militar da Europa sobre a Ásia, no intuito de conquistar 
Jerusalém (a Terra Santa) e a rota terrestre para a Índia.
Com o fim das cruzadas, o povo europeu tinha sido apresentado a uma diferente realidade, 
e a novos produtos (açúcar e algodão) e já havia estabelecido relações comerciais com os 
povos árabes. E assim, os europeus passam a organizar os conhecimentos geográficos 
novamente, que permitiriam o desenvolvimento das navegações para dar a volta no 
continente africano e desta vez, chegar à Índia pelo mar.
No fim da Idade Média, os conhecimentos sobre lugares, correntes marítimas, 
localidades, rotas terrestres para o oriente, navegação e orientação pelas estrelas vão 
tornar possível o início da era das navegações. E assim, acontece um desenvolvimento 
melhor sobre a cartografia. As navegações também fizeram os europeus ampliarem os 
seus conhecimentos sobre a costa da África e os povos ao sul do Saara, com a costa 
das Américas e dos arquipélagos das Ilhas Canárias, Madeira e Açores.
O avanço dos europeus sobre territórios de outros povos no continente americano e 
africano vão reforçar os conhecimentos cartográficos, localização de recursos naturais, 
de localização de povos nativos, navegabilidade de rios... O desenvolvimento do 
conhecimento geográfico vai ficar limitado a localizar as coisas até que aconteça a 
Revolução Industrial (século XVIII- XIX).
Com a formação de grandes centros urbanos e a necessidade de compreender as 
questões de política internacional e recursos naturais, os conhecimentos geográficos 
serão organizados e sistematizados ao longo do século XIX, principalmente por 
Alexandre von Humbolt (1769-1859).
Humbolt ao publicar o livro “Kosmos” abordou como a natureza interage e como existem 
diferenças entre as regiões do globo. Essa obra vai influenciar novos nomes para a 
geografia da época, entre eles: o alemão Friederich Ratzel (1844 - 1904) e o francês 
Vidal de La Blache (1845 – 1918).
Os dois viveram durante quase o mesmo período, mas foram colocados de lados opostos 
na história da ciência geográfica. Ratzel escreveu sobre como a natureza tem os seus 
limites e o ser humano ainda tem uma certa dependência sobre o ritmo da natureza, e 
por isso, será apontado como determinista. Enquanto, Vidal de La Blache vai se opor 
alegando que o homem e a sociedade já conseguem se sobrepor à natureza e por isso 
será chamado de possibilista.
O atrito entre essas duas correntes do pensamento geográfico vai acontecer, 
principalmente, por causa dos conflitos entre França e Alemanha, que na época estavam 
em guerra por conta de uma parte do território, a chamada Guerra Franco-Prussiana. 
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coE na época, qualquer discurso que parecesse ser determinista já seria mal visto entre 
os filósofos e cientistas, pois o determinismo propunha uma ideia de que tudo já estaria 
concebido e pré-determinado.
Com o passar dos anos e o início do século 
XX, as relações das sociedades já estavam 
cada vez mais globalizadas, o conflito político 
por terras das colônias acirrava os ânimos na 
Europa. Isso vai desencadear duas guerras 
mundiais. E após a Segunda Guerra Mundial, 
os conhecimentos sobre território tiveram que 
ser ampliados, principalmente por questões 
estratégicas. E assim a Geografia começa um 
novo estágio, relacionado com a contabilidade 
dos recursos, tamanho dos rios, capacidade de 
produção, número de habitantes por cidades, a 
então chamada Geografia Quantitativa.
Mas com o passar dos anos, em plena Guerra 
Fria e em um mundo mais conectado, percebeu-
se a necessidade de avaliar mais do que ONDE 
e QUANTO e sim, o PORQUÊ e o COMO. E agora com mais publicações de outras 
áreas do conhecimento, como a economia, sociologia, antropologia, biologia, geologia, 
hidrologia e a ecologia, tornou-se possível ter uma 
percepção de diferentes pontos de vista. Marcando 
o início da Geografia Crítica.
Enquanto o mundo ficava mais conectado e mais 
global, surge a necessidade de dar uma visão mais 
local e regional. E assim, acreditava-se que seria 
possível abordar a Geografia do mundo como um 
grande quebra-cabeça. Onde cada região tem as 
suas características, mas juntas elas constroem 
um grande mosaico de lugares, culturas e ideias, 
a chamada Geografia Regional. Que se opõem às 
ideias da Geografia Geral de tentar explicar “as 
regras gerais do mundo” e depois e só depois o que 
ocorre nas localidades.
Ainda hoje, a ciência, a filosofia, a cultura e a sociedade 
vêm recebendo novas influências das coisas do seu 
próprio tempo. Se em algum momento os mapas e estudos eram feitos e orientados para 
permitir viagens e guerras, hoje podem ser pautadas nas conexões reaise virtuais, sobre 
demanda e necessidade, sobre as oportunidades e desigualdades do mundo. A sociedade 
humana vai seguir mudando e cabe às ciências e filosofia acompanhá-las.
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Através dos cursos
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2020 - 2022
TERRA
Quer aprender sobre geografia? Veja as videoaulas dessa subárea e domine o conteúdo.
Esta subárea é composta pelos módulos:
1. Movimentos da Terra
2. Orientação e Coordenadas
3www.biologiatotal.com.br
MOVIMENTOS DA TERRA
TERRA NO ESPAÇO
A Terra no Sistema Solar
O Sistema Solar é composto pelo Sol, a estrela que dá nome ao sistema, e os outros 
corpos celestes que orbitam em sua volta. Entre os principais corpos celestes do sistema 
solar, temos os planetas, os seus satélites naturais, cometas, asteroides e os meteoros.
Os corpos celestes orbitam em torno do Sol, pois esta estrela, graças ao seu campo 
gravitacional, atrai os corpos celestes para si. Os planetas são os corpos celestes que 
apresentam uma órbita mais definida, esse movimento de órbita em torno do Sol é 
chamado de movimento de translação.
Na composição do sistema solar estão presentes 8 planetas, sendo 4 planetas rochosos 
e 4 planetas gasosos. Os planetas rochosos (ou telúrios) são os quatro planetas mais 
próximos ao Sol, são eles Mercúrio, Vênus, Terra e Marte; por causa da proximidade ao 
Sol, esses planetas também são conhecidos como os planetas internos. 
Além dos planetas rochosos, existem também os planetas gasosos: Júpiter, Saturno, 
Urano e Netuno. Esses, apresentam composições baseadas em gases, como hélio e 
hidrogênio. Por causa do distanciamento em relação ao Sol, esses planetas também são 
chamados de planetas externos.
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ra Todos os planetas acima apresentam uma órbita elíptica em relação ao Sol, ou seja, não é um 
círculo perfeito e sim, um círculo com um leve achatamento (um pouco oval). Apesar disso, 
todos eles têm um movimento de translação bem definidos e alinhados com plano orbital 
do Sol. Ao contrário de Plutão que por muitos anos era classificado como planeta, mas que, 
em 2006, teve uma mudança de classificação para planeta anão por não apresentar um 
dos requisitos para um planeta, no caso ter uma órbita livre de outros corpos celestes. Além 
disso, Plutão possui uma órbita bem divergente do plano orbital do Sol. 
Se avaliarmos todos os movimentos da Terra teremos 14 movimentos, mas os dois 
movimentos mais importantes no cotidiano são os movimentos de Rotação e Translação. 
Sendo que a rotação trata do movimento da Terra de girar em torno de si, do seu próprio 
eixo. Esse movimento é responsável pelo dia e a noite. Um ciclo de 23 horas, 56 minutos 
e 4 segundos que, para finalidades cotidianas, é arredondado para 24 horas.
O movimento de rotação da Terra acontece de oeste para leste, resultando no movimento 
aparente dos astros como Sol, Lua, outros planetas e estrelas que começam do horizonte 
mais a leste e termina no oeste. Como comparação, o Movimento Aparente se assemelha 
à experiência de estar dentro de um veículo e enxergar a paisagem “indo para trás”, se 
movendo, sendo que é o veículo que se desloca, não a paisagem. Além disso, a rotação 
também gera uma alteração nos percursos dos ventos e correntes e ondas do mar.
Já a Translação, é o movimento de orbitar (dar uma volta) em torno do Sol e que junto 
da inclinação do eixo da Terra em relação ao plano orbital do Sol é responsável pelas 
sazonalidades das estações do ano, um ciclo de 1 ano.
As estações do ano e a sucessão do dia e da noite são pontos cruciais para entender a dinâmica 
da vida na Terra, seja por causa do ciclo da água pelo planeta, a circulação atmosférica, ciclos 
migratórios da fauna ou do desenvolvimento da flora ao longo do ano para que então a 
humanidade desenvolva técnicas de extrativismo, de plantio e de criação animal. 
Estações do ano
A inclinação de 23,5° do eixo da Terra em relação ao plano orbital do Sol junto do 
movimento de translação são os responsáveis pelas quatro estações do ano: Primavera, 
Verão, Outono e Inverno.
Ao longo de um ano o planeta passa 
pelo ciclo das estações. Por causa da 
inclinação, cada hemisfério terá, ao seu 
tempo, os solstícios e equinócios em cada 
hemisfério. Os solstícios e equinócios 
são eventos astronômicos que marcam 
o início da sua respectiva estação em 
cada hemisfério.
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Durante os equinócios cada hemisfério recebe a mesma quantidade de raios solares por 12 
horas, fazendo assim o dia e a noite terem a mesma duração em todo o globo. Mas, durante 
os solstícios, a incidência dos raios solares é desigual entre cada hemisfério. Em dezembro, 
enquanto o hemisfério sul está no verão, o hemisfério norte está no inverno, por exemplo.
Os raios solares são mais intensos na linha do equador. Mas ao decorrer dos meses o 
local de incidência direta do Sol vai sendo alterada pouco a pouco. A latitude 23,5°N 
(Trópico de Câncer) é a faixa de incidência direta do Sol mais ao norte e isso acontece 
apenas no dia de Solstício de verão do hemisfério norte. O mesmo efeito acontece no 
hemisfério sul, no seu solstício de verão, no Trópico de Capricórnio (23,5°S).
Durante o verão as latitudes médias e altas têm mais horas de Sol, por isso os dias 
de verão são mais longos. Esse mesmo efeito acontece nas latitudes baixas, mas o 
aumento das horas do dia é quase imperceptível, é mais evidente em latitudes acima de 
30°; em Porto Alegre (RS) o dia chega a ter 14 horas de duração, entretanto em Lisboa 
(Portugal) que estará no inverno, terá um dia com um pouco menos de 10 horas.
Hemisfério Norte Hemisfério Sul
21 de março Equinócio de Primavera Equinócio de Outono
22 de junho Solstício de Verão Solstício de Inverno
23 de setembro Equinócio de Outono Equinócio de Primavera
22 de dezembro Solstício de Inverno Solstício de Verão
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ra A obliquidade da Terra, ou seja, a inclinação do eixo do planeta, faz com que os raios 
solares que incidem nas regiões de alta e média latitude sejam mais amenos do que na 
faixa de baixa latitude. Lembrando que:
Latitude Baixa: parte do globo com latitudes entre 30°N e 30°S;
Latitude Média: faixa do globo com latitudes de 30°N até 60°N e 30°S até 60°S;
Latitude Alta: regiões de latitude de 60°N até 90°N e 60°S até 90°S.
É preciso ter em mente que a Terra está executando mais de um movimento e a 
combinação deles resultará em fenômenos e ciclos que afetam a dinâmica da natureza 
na litosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera.
As estações do ano têm características diferentes para cada região do globo. Mesmo 
no Brasil, que tem quase todo o seu território no hemisfério sul, as estações do ano têm 
características próprias em cada região. Acerca das características generalizadas das 4 
estações:
PRIMAVERA: Um período de certa estabilidade, com chuvas mais recorrentes, onde 
a vegetação recupera a folhagem e começa a sua floração. Nos lugares que foram 
cobertos por neve passam por um período de degelo. A fauna começa a retomar espaço 
na paisagem.
VERÃO: Período do ano com mais tempo de insolação, aumento das temperaturas acima 
da média, quando a vegetação aproveita a insolação para acumular nutrientes para os 
frutos ainda verdes. Dependendo da região, há também o aumento da quantidade e da 
intensidade das chuvas.
OUTONO: Período de certa estabilidade, na paisagem as plantas perdem as folhagens 
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rae os frutos entram na fase de maturação. Alguns animais precisam estocar alimentos ou 
gordura no corpo e, em certos casos, até mesmo migrar para outras regiões.
INVERNO: A combinação de menos horas de iluminação e raios solares incidindo com 
menor intensidade favorecerão a diminuição de temperatura e a formação de massas de 
ar frio, dando início ao inverno. Em latitudes médias e altas é mais notável na paisagem 
que a vegetação já deve ter perdido boa partedas folhas, alguns animais ficam mais 
reservados. Nas latitudes baixas é um período com menos chuvas.
ANOTAÇÕES
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ORIENTAÇÃO E 
COORDENADAS
ORIENTAÇÃO
A orientação é um método básico para localização e direcionamento. No cotidiano, é 
comum escutarmos expressões como: “Os ventos vêm de norte-nordeste trazendo 
ondas de 3 metros.”; “A piscina precisa ficar um pouco mais ao norte em relação à casa 
para ter mais horas de sol”; “A porção mais ao sul da cidade enfrenta problemas com 
alagamentos”. Quando o senso de Orientação é bem definido, ele é um grande aliado 
para que as pessoas consigam se localizar no espaço.
Para facilitar o direcionamento e localização, usam-se os quatro pontos cardeais: Norte, 
Sul, Leste e Oeste. E os pontos colaterais: Nordeste, Noroeste, Sudeste e Sudoeste. Os 
pontos colaterais são intermediários entre os pontos cardeais.
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as Os pontos Cardeais e Colaterais têm suas respectivas siglas, veja:
 f Pontos Cardeais: Norte - N, Sul - S, Leste - L, Oeste -O;
 f Pontos Colaterais: Nordeste - NE, Noroeste - NO, Sudeste - SE, Sudoeste- SO.
E quando for necessário ser mais específico sobre a direção, é possível combinar os nomes 
do ponto colateral com o ponto cardeal mais próximo, como Sul-sudeste (SSE) e Oeste-
Noroeste (ONO). Ao todo existem 8 pontos subcolaterais.
 f Norte-nordeste ou nor-nordeste- NNE;
 f Este-nordeste ou és-nordeste- LNE ou ENE;
 f Este-sudeste ou és-sudeste- LSE ou ESE;
 f Sul-sudeste - SSE;
 f Sul-sudoeste - SSO ou SSW;
 f Oeste-sudoeste ou oés-sudoeste- OSO ou WSW;
 f Oeste-noroeste ou oés-noroeste - ONO ou WNW;
 f Norte-noroeste ou nor-noroeste - NNO ou NNW ou MNN
Perceba que o Leste pode ser chamado de “Este” bem similar a mesma palavra em 
inglês, EAST. Eventualmente uma rosa dos ventos pode estar com as palavras em 
Inglês: NORTH (N), SOUTH (S), WEST (W) e EAST (E).
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asPara se orientar no dia a dia, basta estender o braço direito para o lado onde nasce o sol 
(LESTE), o braço esquerdo para onde o sol se põe (OESTE), à sua frente será a direção 
NORTE e às suas costas será a direção SUL.
É comum usarmos as palavras ocidente e oriente para nos relacionarmos com partes e 
regiões do planeta. O Ocidente é relacionado com Oeste enquanto Oriente é relacionado 
com Leste, ambos em relação ao meridiano de Greenwich. Para ajudar a memorizar, 
lembre dos filmes de velho-oeste que quase sempre mostram uma história nos Estados 
Unidos e em um pôr do sol, no oriente pode ser assimilado com o Japão, terra do sol 
nascente e que fica na porção mais a leste.
As palavras setentrional e meridional são utilizadas para se referir aos hemisférios norte 
e sul, respectivamente. Também podem ser usadas as palavras Boreal e Austral. Para 
ajudar a memorizar isso, lembre-se da aurora Boreal que existe no Ártico, no hemisfério 
norte (setentrional e boreal) enquanto a Austrália está localizada, no hemisfério sul 
(meridional ou austral) e pertinho da Antártida.
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as As orientações também são utilizadas para ajudar a regionalizar um território, no Brasil, 
se você imaginar uma rosa dos ventos sobre o centro do território brasileiro, irá perceber 
como foram pensadas as regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A orientação é um conteúdo básico para os avanços do entendimento sobre os ventos 
e chuvas para a Europa antiga, para as caravanas de viagens comerciais de povos 
árabes e pérsicos, orientação para as construções das pirâmides do Egito ou das cidades 
Astecas, Maias e Incas, para as navegações já usando bússolas dos povos chineses e das 
navegações usando as estrelas como fizeram os navegadores Espanhóis e Portugueses.
Os diferentes povos do mundo usaram as orientações conforme as técnicas e ferramentas 
disponíveis na época e na região, seja baseado no sol, nas estrelas da noite, nos ventos 
ou no magnetismo, cada uma delas permitiu ao homem começar a entender que faz 
parte de um sistema maior do que a própria região em que vivia.
Os mapas que usamos hoje em dia costumam ter o Norte para cima e centrados na 
Europa. Mas nem sempre foi assim, já existiram mapas com o Leste para cima, pois é de 
onde nasce o sol todas as manhãs e se você reparar ainda há vestígios disso, Leste ou 
Este é bem perto de Ester, estrela em hebraico, e Stella, estrela em latim. Ainda falamos 
“orientar o mapa”, ou seja, achar o oriente.
A orientação e a centralização falam muito sobre para quê e para quem o mapa foi feito.
Mapa Mundi feito pelo japonês Suido Nakajima em 1853 com o centro no Oceano Pacífico.
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Mapa Mundi comum na Austrália, centrado na Oceânia e com o Norte para baixo.
COORDENADAS
Breve história das coordenadas de latitude e longitude
Para localizar os lugares com mais exatidão, a humanidade precisou criar sistemas 
de medição e localização. No ocidente esse campo do conhecimento começou a ser 
desenvolvido no Egito Antigo.
Quando o rio Nilo subia, ele inundava os terrenos e o tornava melhor cultivável, mas era 
preciso saber como delimitar os terrenos, mesmo durante e depois das cheias. Assim 
foram desenvolvidas formas de localização com base nas estrelas e com o sol.
Com o passar dos anos, esse conhecimento chegou até os gregos, que também já 
observavam os céus e pouco a pouco foi sendo desenvolvida a Topografia, ciência que 
estuda as características e formas da superfície terrestre.
A princípio era mais fácil calcular a latitude de localização, pois bastava saber o dia do 
ano, estimar o horário do dia e um objeto para fazer sombra. Em 200 a.C., Erastóstenes 
calculou, usando as sombras em um poço na cidade de Alexandria e outro na cidade 
de Siena, a distância conhecida com a diferença entre o ângulo que o sol entrava e 
chegou ao resultado que as duas cidades estavam com 7°12’. Com base nisso ele 
calculou o raio de circunferência da Terra.
Os resultados foram bem próximos, mas Erastóstenes errou ao pensar que as duas 
cidades estavam alinhadas em Norte-Sul, então, a distância de 5000 estádios na verdade 
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as era de 4500 estádios. Mesmo com um erro, os cálculos realizados era o necessário para 
ampliar os conhecimentos.
Ainda assim, existia um desafio para conseguir calcular as longitudes, e isso só foi superado 
no século XVIII com a criação do cronômetro. O cronômetro, ao contrário do relógio de 
pêndulo, permite medir o tempo mesmo em alto-mar. Dessa forma, era possível ter um 
horário do local de partida e calcular com o horário do dia no local em que se está.
Ao passar dos anos, com o fim da 2º Guerra Mundial, o início da corrida espacial durante 
a Guerra Fria e a necessidade de ampliar o conhecimento pela superfície do planeta e 
agilizar as telecomunicações, os satélites foram sendo incorporados entre as nações 
desenvolvidas e com isso ampliou-se as possibilidades cartográficas por causa dos 
Sistemas de Navegação por Satélite.
 
Latitude e Longitude
As coordenadas geográficas de um ponto na superfície do planeta, são feitas pela 
combinação de latitudes e longitudes. A latitude e a longitude são coordenadas 
angulares medidas em relação ao centro da Terra, usando como referência o meridiano 
de Greenwich (0°E) e a linha do Equador (0ºN).
As coordenadas podem normalmente ser escritas com a forma Graus, minutos e 
segundos ou em graus decimais. Exemplo: 13°S e 38°31'W ou 13°S e 38,18°W. As 
coordenadas que forem a Oeste do meridiano de Greenwich ou Sul da linha do Equador 
podem ser escritas com o sinal negativo na frente ou com W e S respectivamente, 
exemplo: -20°30’0” N e -55°0'0”E ou 20°30’0”S e 55°0'0”W.
Paralelos:
 f São linhas imaginárias que circulam a superfície da Terra de leste a oeste, que se 
baseiam na linha do Equador (0°N ou 0°S). Os paralelos variam de 0° a 90°N (Polo 
Norte)e de 0° a 90°S (Polo Sul); 
 f Entre os principais paralelos estão os Trópicos de Capricórnio (23°27’S) e o 
Trópico de Câncer (23°27’N) E a linha do Equador (0°N);
 f Também há o círculo polar ártico em 60°N e o Círculo Polar Antártico em 60°S. 
Em 90°N fica o Polo Norte e em 90°S fica o Polo Sul;
 f Os paralelos são linhas horizontais, e assim como o nome já diz, nunca se 
encontram;
 f Os paralelos vão servir para indicar o quão ao Norte ou ao Sul um lugar está. 
Quanto maior o número mais perto de um dos polos ele estará, e quanto menor, mais 
próximo à linha do Equador ele deve estar.
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asLembrando: 
Latitude Baixa (círculo polar): parte do globo com latitudes entre 30°N e 30°S;
Latitude Média (zona temperada): faixa do globo com latitudes de 30°N à 60°N e 30°S e 60°S;
Latitude Alta (zona intertropical): regiões de latitude de 60°N à 90°N e 60°S à 90°S.
 
Meridianos:
 f São linhas imaginárias que atravessam a superfície do globo de Norte a Sul, 
começando em um polo do globo até chegar ao outro polo;
 f O meridiano de Greenwich (0°W ou 0°E) é uma referência a cidade inglesa que 
tem esse mesmo nome e que tem um dos mais antigos observatórios astronômicos 
da Europa. Foi escolhido para ser o marco, por causa do poder econômico da Inglaterra 
na época de criação;
 f Os meridianos variam de 180°E até 0°E, e de 0°W até 180°W;
 f Os meridianos podem corresponder com as horas do dia criando assim fusos 
horários. Alguns países e estados preferem estar em um horário diferente ao seu 
fuso natural para estar de acordo com o horário do restante do território;
 f Os principais meridianos são o de Greenwich e o seu meridiano (antimeridiano) 
em 180°E ou 180°W, conhecido como Linha Internacional de Mudança. É neste 
meridiano que os fusos de +12h e de -12h se encontram, ou seja, 24h de diferença 
entre cada lado da linha. 
A Terra tem uma forma de Geoide, uma forma geométrica tridimensional arredondada, 
mas cheia de imperfeições. Como se fosse uma bolinha de papel, para quem vê de 
longe é uma esfera, mas de perto se vê as irregularidades. Para facilitar os trabalhos 
cartográficos considera-se a Terra um Elipsoide de Revolução por causa do leve 
achatamento nos polos, então ela não é uma esfera perfeita. 
Altitude
Além da Latitude e da Longitude, também é possível fornecer a altitude de um local. 
A Altitude é a medida linear, medida na vertical em relação à da Linha Média do Nível 
do Mar. Exemplo: o topo do Morro do Corvo Branco, na serra catarinense, fica a 1470 
metros do nível do mar, enquanto a capital do mesmo Estado encontra-se a menos de 
20 metros de altitude.
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as SISTEMAS DE NAVEGAÇÃO POR SATÉLITES
Durante a Guerra Fria, os Estados 
Unidos desenvolveram uma tecnologia 
que permite a localização de pontos da 
superfície durante uma expedição com 
mais facilidade, o GPS – Global Position 
System ou Sistema de Posicionamento 
Global. Com o tempo outras nações 
desenvolveram os seus próprios sistemas, 
como o Galileo (União Europeia), Glonass 
(Rússia), BeiDou (China). Todos esses 
sistemas são tipos de Sistemas de 
Navegação Por Satélite – GNSS.
Essa tecnologia está bem mais acessível desde o lançamento de smartphones, que hoje 
em dia, já trazem programação e componentes que permitem acessar a sua localização 
em tempo real. E podem ajudar a encontrar endereços e rotas ao usuário.
Para o Sistema de Navegação funcionar ele precisa de uma cobertura de ao menos três 
satélites daquele sistema de navegação, antigamente isso era mais trabalhoso, porém 
atualmente é comum haver mais de três satélites.
Esses satélites estão em comunicação com bases em terra que mandam sinais para o 
espaço, conforme as ondas demoram para chegar no satélite, o sistema calcula onde 
o satélite está em relação a Terra. Depois os diferentes satélites que estão no espaço, 
mandam sinal para o aparelho de navegação (por exemplo um smartphone) e o tempo 
que leva para cada sinal de satélite chegar ao aparelho vai permitir saber a distância, 
com base nisso se calcula o ponto de encontro entre esses diferentes sinais.
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ANOTAÇÕES
O desenvolvimento dos sistemas de navegação e a sua acessibilidade vem tornando 
o uso das tecnologias de mapeamento mais comum para usuários de smartphones no 
dia a dia. E essa proximidade entre a possibilidade que a tecnologia da informação traz 
e as necessidades que a população encontra no cotidiano podem ser grandes aliados. 
É mais fácil poder localizar lugares na cidade que precisam de reparos e enviar a 
localização para a prefeitura, ou localizar áreas de degradação ambiental e encaminhar 
para secretarias ambientais e até mesmo localizar lugares que precisam de intervenções 
de saneamento básico e atenção do Poder Público ou da própria comunidade.
Através dos cursos
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2020 - 2022
CARTOGRAFIA E 
GEOPROCESSAMENTO
1. Cartografia
2. Geotecnologias
Matéria fundamental para ter as melhores localizações do gabarito correto!
Esta subárea é composta pelas apostilas:
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Existe uma certa dificuldade em representar os globo em mapas, principalmente por 
causa do globo ser em 3D e os mapas precisarem ser feitos em folhas em 2D. Para 
poder resolver essa questão existem as projeções cartográficas. Técnicas que projetam 
a superfície do globo para uma superfície plana.
Como se fosse a projeção da sombra um objeto qualquer como copo, um vaso ou um 
carrinho de brinquedo na parede. E dependendo de como você posiciona esses objetos, 
as sombras podem ficar mais parecidas ou distorcidas em relação.
As projeções cartográficas sempre guardam alguma distorção. E por isso podemos 
categorizar as projeções com base nessas distorções, e dependendo da finalidade do 
mapa elas podem ser até desconsideradas.
PROPRIEDADES DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS:
 f Projeções Equidistantes: mantêm 
as distâncias lineares, mas apresentam 
distorções nas áreas e nas formas 
terrestres. Essas projeções são melhores 
para medir distâncias em relação a uma 
cidade de interesse para outros locais.
 f Projeções Conformes: mantêm as 
formas terrestres, mas apresentam 
distorções nas áreas representadas. É 
uma projeção que afeta a escala ao longo 
do mapa, e isso dificulta o seu uso para 
medir distâncias e áreas. Mas para a 
navegação por mar é uma alternativa 
mais viável já que mantêm os valores 
angulares das coordenadas geográficas.
CARTOGRAFIA
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 f Projeções Equivalentes: mantêm o 
valor da área, mas distorcem os formatos 
dos continentes, países e os ângulos 
das coordenadas geográficas. É melhor 
aplicado para contabilizar o tamanho de 
terrenos, lavouras, pastos e cidades.
 f Projeção Afilática: não preservam a forma, ângulo, área ou distância, dessa forma 
não havendo a conservação das propriedades. Sendo assim ela objetiva minimizar as 
deformações em conjunto.
TIPOS DE PROJEÇÕES
As projeções são feitas do globo sobre superfícies que podem ser planas, cônicas ou 
Cilíndricas, vejamos esses 3 tipos:
 f Projeções do tipo plana: Podem 
ser chamadas de polares, azimutais ou 
tangenciais. Quando a superfície de 
projeção acontece sobre uma superfície 
de forma plana. Serve para projetar 
lugares específicos, como um país. Mas é 
normalmente usada para representação 
dos polos, tanto da Antártida quanto a do 
Polo Norte.
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fiaUm dos mapas mais conhecido de projeção plana é a do mapa que ilustra a bandeira da 
ONU. Nas projeções planas, a porção do mapa com menos distorção está no centro da 
projeção e vai aumentando em direção à borda.
Apesar das projeções planas serem mais famosas por representar os polos esse método 
pode ser usado para qualquer lugar do globo.
 f Projeções do tipo Cilíndrica: É como se uma folha envolvesse o globo terrestre, 
de ponta a ponta,como se fosse um cilindro ou um cano. A parte do globo com contato 
direto com esse cilindro.
Se esse cilindro for feito com a superfície de projeção própria para a linha do Equador, 
isso fará as partes do globo mais próximas da linha do Equador com menor distorção, 
mas com distorções maiores nos polos.
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fia Uma das projeções cilíndricas mais comuns 
é a projeção feita por Gerard Mercator, 
cilíndrica e conforme. Mantendo as formas 
das coisas, as coordenadas angulares e as 
direções, ideal para navegações. Por isso 
um dos mapas cilíndricos mais usados 
será o mapa de Mercator, do século XVI, 
em plena Era das Navegações. Porem 
esse formato dá uma área muito maior 
para as porções terrestres mais próximas 
aos polos. Fazendo a Groelândia parecer 
maior que o continente africano inteiro.
Outra projeção cilíndrica muito utilizada, 
é a Projeção de Arno Peters, do século 
XX. Peters desenvolveu um mapa para 
projetar o 3° mundo, no contexto da 
Guerra Fria, ele preserva a proporção 
entre as áreas, mas distorce as formas, 
com propriedades equivalentes.
Arthur Robison, Cartógrafo e Geógrafo norte americano, criou a sua projeção na década 
de 1960. Em sua classificação, ela é cilíndrica, sendo uma das projeções mais famosas 
no mundo. Robison, encontrou um meio termo, onde essa projeção não preserva 
nem a forma nem as áreas corretas do continente, mas ela consegue minimizar essas 
distorções. Sendo assim, ela é ideal para mapas que procuram realizar a representação 
da Terra como um tudo, fazendo com que essa projeção seja a mais utilizada em mapas 
e atlas, sendo utilizada como o mapa-múndi da Terra. 
Projeção de Mercator
Projeção de Peters
Projeção de Robison
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 f Projeção do tipo Cônica: na superfície de projeção de formato cônico, parecendo 
uma casquinha de sorvete. Onde o globo fica completamente dentro deste cone. Esse 
método permite mapear só um hemisfério por vez, havendo distorções maiores na linha 
do Equador e nos polos, porém é ideal para representar as regiões de latitude média. 
Este tipo de projeção irá fornecer mapas com as linhas paralelas em um forma curva.
Um exemplo de projeção cônica, é a 
projeção de John Heinrich Lambert, 
desenvolvida no século XVIII. Trata-se de 
uma projeção cônica conforme.
SITUAÇÃO DAS SUPERFÍCIES DE PROJEÇÕES
Para reduzir as distorções, as projeções podem ser feitas de uma forma que a superfície 
de projeção (plana, cônica ou cilíndrica) podem ter as distorções reduzidas.
 f Se a superfície de projeção toca um ponto, uma faixa ou uma região, esta projeção 
será chamada de Classe Tangente.
 f Se a superfície de projeção atravessa o globo, esta projeção será de Classe Secante.
Projeção de Lambert
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fia POSIÇÃO DAS PROJEÇÕES
É uma classificação quanto a localização no globo, podendo ser Equatorial, Polar 
Transversal ou Oblíqua.
 f Equatorial: quando o centro da superfície de projeção se situa na linha o Equador.
 f Polar: quando o centro de superfície de projeção (plana) é nos polos.
 f Transversal: Quando o eixo do cilindro ou cone de projeção está em 90° em 
relação ao eixo da terrestre
 f Oblíqua: quando está em qualquer outra parte do globo que não seja uma das anteriores.
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fiaCONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
As convenções Cartográficas formam um conjunto de informações que devem estar 
contidas nos mapas para facilitar a interpretação. Entender as convenções é fundamental 
para resolver qualquer questão que envolva análise de mapas e representações 
cartográficas. São elas: título, orientação e legenda.
Título
O título deverá ser objetivo e curto, contendo apenas o local, tema e período. O período 
deverá ser conforme a coleta do dado, pois há informações que mudam periodicamente 
como as meteorológicas.
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fia Orientação
Os mapas devem apresentar indicativo de orientação, geralmente apresentam o NORTE 
voltado para cima por questões de convenção.
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fiaLegenda
Os mapas vêm acompanhados de legendas, onde é possível ver o significado das cores, 
das espessuras e texturas utilizados. E assim entender o que o mapa está falando, 
como se fosse um filme legendado.
Veja se a legenda e o título estão falando do mesmo assunto ou como a legenda ajuda a 
entender o tema do mapa. Veja no mapa como se comportam as características descritas 
e onde se localizam. Isso é fundamental para interpretar os mapas nas questões.
A legenda pode fornecer informações quantitativas ou qualitativas. 
Legenda Qualitativa: consiste em uma legenda rica em diferentes símbolos, que não 
tem a intenção de estabelecer análises comparativas, usadas para apontar a localização 
de diferentes objetos e fenômenos.
Legenda Quantitativa: estabelecida para demonstrar a quantidade e a frequência de 
determinado fenômeno ou objeto, muitas vezes desenvolvida para fins de comparação.
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fia CURVAS DE NÍVEL
As Curvas de Nível correspondem a uma ferramenta usada em Cartas Topográficas ou Mapas 
Hipsométricos para trazer uma perspectiva bidimensional, indicar as declividades do relevo. 
As Curvas de nível apresentam equidistância, ou seja, mantém sempre as mesmas distâncias 
entre si. A leitura das curvas de nível nos possibilita interpretar as declividades do relevo, 
quanto mais próximas as linhas estão entre si, maior é a declividade do terreno.
ESCALA
Ao representar um terreno em um mapa, é preciso reduzir as proporções do terreno 
para caber em uma folha de papel. A proporção entre o tamanho real e o tamanho do 
desenho é o que se entende por escala.
Assim, a escala vai indicar o quanto o terreno foi reduzido para caber no mapa. Pode ser 
por escalas numéricas ou por escalas gráficas.
 f Escala Numérica: é um número em fração que indica o quanto o terreno foi 
reduzido. Normalmente indicado assim: 1:500.000, 1:12.500 ou 1:8.000. Isso significa 
que cada 1 centímetro que for medido, no mapa precisa ser multiplicado por aquele 
denominador (500.000, 12.500 e 8.000, respectivamente), para então se saber a 
distância em campo (no mundo real).
Então se um mapa tem escala de 1:6.000, e você mediu uma estrada de 7 centímetros. 
Multiplique os 7cm por 6.000, resultam 42.000 centímetros que correspondem a 420 metros.
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fiaExistem uma fórmula bem simples para se calcular as distâncias medidas em um mapa 
na realidade:
Se o mapa não indicar o valor da escala é possível calcular com a mesma fórmula.
Exemplo: se a distância real é de 15km e no mapa a distância no mapa é de 5 centímetros.
Primeiro colocamos os dois valores na mesma unidade de medida. Podemos colocar 
tudo em centímetros, em metros, quilômetros… não importa. O importante é que 
entrem com a mesma unidade de medida na fórmula.
Então:
 f 5 centímetros são 0,05 metros;
 f 15 quilômetros são 15.000 metros;
 f 0,05m / 15.000m = 300.000 (aqui o resultado perde a unidade de medida 
“corta-se o m”);
 f Então a Escala é 1:300.000
ESCALA GRÁFICA
A escala gráfica tem a mesma utilidade da escala numérica, porém ela não é uma 
proporção escrita e sim um uma figura gráfica, onde mede-se com uma régua na escala 
gráfica e então se calcula aquela medida para a distância real.
Depois de saber quanto vale cada medida no mapa e na distância real pela escala 
gráfica, será possível medir a mesma distância no mapa ou vice-versa.
ESCALA 1:5000
ESCALA 1:200 000
ESCALA 1:5 000 000
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ANOTAÇÕES
Essa escala serve para quem não tem uma régua em mãos e assim poder calcular usando 
um palito de dente, uma caneta, um barbante. Mas a sua principal utilidade é poder corrigir 
distorções que podem acontecer quando se imprime o mapa em uma proporção.
Imagine que alguém faça uma fotocópia de uma mapa e com isso o mapa sejareduzido 
para caber numa folha A4. O mapa irá ser reduzido e escala gráfica será reduzida na 
mesma proporção.
Atenção: escalas são proporções, ou seja, uma fração. E como em toda fração, um 
denominador com valor alto significa uma fração pequena. E por isso 1:15.000 é muito 
maior do que 1:15.000.000, por exemplo. 
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CARTOGRAFIA
CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA
É a produção de cartografia para as bases de dados, com necessidades mais técnicas, 
sob a supervisão de organismos estatais estratégicos, como o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE).
CARTOGRAFIA TEMÁTICA
A expressão vem sendo usada há muito tempo para dar ênfase às possibilidades de 
uso dos recursos visuais de maneira direcionada à representação de temas ou dos 
mais diversos assuntos. Os mapeamentos temáticos são realizados sempre a partir da 
composição de um mapa-base, ou fundo de mapa, do espaço que se está estudando 
ou que se pretende abordar.
Brasil – Mapa Físico
Os físicos representam a superfície física da Terra, como as forma do relevo, hipsometria 
(altitude), clima, hidrografia, e outros elementos. 
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O mapa político tem como objetivo, realizar a divisão fronteiriça entre as regiões, para 
delimitar os territórios.
Outros exemplos de Cartografia Temática:
Brasil – Mapa Político
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GEOTECNOLOGIAS
Geoprocessamento e Sistemas de Informação Geográfica
Geoprocessamento é a técnica de usar a informática e cartografia juntas, permitindo fazer 
os desenhos com assistência do computador, vincular tabelas de dados, usar imagens 
digitais da superfície terrestre (feitas de aviões e satélites), criar modelos digitais sobre a 
altitude, entre outras possibilidades. Usando de base as coordenadas do local.
 Então é possível ver e produzir os mapas em camadas sobre um lugar e poder 
entender melhor como diferentes temas (vegetação, hidrografia, ocupação do solo, 
infraestrutura, por exemplo) trabalham em conjunto no local.
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s Os programas utilizados em geoprocessamento são chamados de Sistemas de 
Informação Geográfica (SIG). E já vem sendo usado desde os anos 80 e ganhou força na 
popularização dos computadores, depois dos anos 2000. Atualmente é indispensável por 
órgãos e secretarias de planejamento.
As prefeituras, os governos estaduais e a União usam essas tecnologias para o planejamento 
urbano, implantação de infraestrutura, mapeamento de áreas ambientais, mapeamento de 
condições sociais e econômicas. Entre os principais órgãos federais que usam sistemas 
de informação geográfica estão o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Agência Nacional das Águas (ANA).
ANOTAÇÕES
Através dos cursos
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2020 - 2022
FUSO HORÁRIO
Quer aprender sobre geografia? Veja as videoaulas dessa subárea e domine o conteúdo.
Esta subárea é composta pelos módulos:
1. Fusos Horários
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FUSOS HORÁRIOS
Até antes do século XIX, as horas do dia eram feitas de forma muito regional, usando o 
posicionamento do sol ao meio-dia, momento em que o sol está alinhado com o meridiano 
local. No século XIX em Washington (EUA) aconteceu uma Conferência Internacional 
do Meridiano. Ficou estabelecido que haveria uma padronização dos horários, com 
base nos respectivos meridianos locais em relação ao meridiano de Greenwich. Dando 
origem ao Greenwich Mean Time (GMT), ou o Tempo Médio de Greenwich.
Assim, o meridiano de Greenwich tornou-se o meridiano central e os meridianos ao seu 
oeste estarão atrasados e os meridianos ao seu leste estarão adiantados.
Os fusos são compostos pelo meridiano central (MC), um meridiano com -7°30’ ao 
seu oeste e um meridiano com +7°30’ ao seu leste. Resultando nos 15° e aplicando o 
horário do meridiano central nessa faixa.
Já que o dia tem 24 horas e a soma dos meridianos (180°W e 180°E) resultam em 
360°, calcula-se que 360° dividido por 24 horas, resulte em cada 15° de longitude, 
correspondendo a 1 hora. 
À medida que os fusos de oeste são atrasados e os fusos de leste são adiantados, faz 
com que exista uma faixa que tem +12 horas de um lado e -12 horas do outro, ou seja, 
24 horas de diferença. Isso acontece na Linha Internacional de Data.
Por passar numa região com mais oceano do que terra, convencionou-se que esta linha poderia 
ter desvios para não atravessar um país com uma linha que tem uma diferença de 1 dia inteiro.
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s Mas como os fusos são linhas imaginárias de modelos matemáticos e isso faz com que 
elas não respeitem limites político-administrativos. Diversas nações são “cortadas” por 
fusos diferentes, mas para resolver essas questões muitos estados, províncias e países 
estabelecem que por convenção qual fuso determina a hora local.
OS FUSOS HORÁRIOS NO BRASIL
Pelo território brasileiro passam 4 fusos horários diferentes e atravessam os estados, 
mas por convenção alguns estados estabelecem um horário padrão para o seu território.
GMT -2: Com MC 30°W, atrasado 2 horas em relação a Greenwich. Corresponde com 
as ilhas oceânicas do Brasil: Fernando de Noronha e Ilhas Trindade e Martins Vaz.
GMT -3: Horário de Brasília, com o MC 45°W, atrasado 3 horas em relação a Greenwich. 
Corresponde com maior parte do território brasileiro. Corresponde ao território dos 
estados da Região Sul, Sudeste, Nordeste, Amapá, Tocantins, Pará, Goiás e Brasília-DF.
GMT -4: Com o MC 60°W, atrasado 4 horas em relação a Greenwich. Corresponde ao 
território dos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
GMT -5: Com o MC 75°W, atrasado 5 horas em relação a Greenwich. Corresponde ao 
território ao estado do Acre, exclusivamente.
Lembre-se os fusos horários são relacionados com leste e oeste. Quanto mais “alongado 
horizontalmente” mais fusos devem ocorrer, por exemplo, o território russo existem 10 
fusos horários, desde GMT +2 até GMT +12. Já o Chile que tem um território mais 
“alongado” em norte-sul está completamente em um único fuso (GMT -4).
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sCALCULANDO O HORÁRIO
É comum questões relacionados a cálculo de horários. Então vamos ver de forma breve 
como fazer esses cálculos.
Para saber a hora dos fusos:
 f Veja qual é o meridiano central do fuso correspondente ao local, normalmente é 
um número múltiplo de 15 (15, 30, 45, 60, ...), 
 f Divida o valor da longitude por 15;
 f Se for de um lugar ao oeste subtraia. Se estiver à leste some.
 f Exemplo: Se são 20h em Londres (GMT 0), que horas são em São Paulo 
(46°30’W)?
 f A longitude 46°30’ W está mais próxima do MC 45°W.
 f Por ser ao oeste, o MC entra na conta com o valor negativo.
 f -45/15 = -3. ou seja, 3 horas a menos em relação ao horário em GMT 0.
 f 20h-3h = 17h ou 5:00 p.m. 
Quando for necessário calcular o horário em uma questão que envolva tempo de 
deslocamento, basta acrescentar no cálculo o tempo de viagem. 
Lembre: 
 f Veja os fusos das cidades e a diferença entre ele;
 f Veja qual é o sentido da viagem;
 f Veja o tempo gasto em viagem.
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s Exemplo: Um voo que parte às 11h, do Rio de Janeiro (GMT -3) para a San José (Costa 
Rica) no fuso horário GMT -6. Uma viagem de 10 horas de duração. Que horas serão no 
Rio de Janeiro e em San José no momento do pouso? 
 f Para o Rio de Janeiro basta somar o tempo de viagem com o horário da partida.
 f 11h + 10h : 21h ou 9:00 p.m. no Rio de janeiro.
 f Partida em “menos 3 horas” para o fuso “menos 6 horas”.
 f (-6 horas) - (-3 horas) = -3 horas.
 f Sentido da viagem para oeste, ou seja, tem que atrasar. O resultado acima tem 
que ter dado negativo. Confira!
 f A viagem durou 10 horas. Então: Horário do fuso de partida – diferença entre os 
fusos + tempo de viagem.
 f 11h -3h +10h = 18h ou 6:00 p.m. em San José.
 f Resposta:Serão 18h em San José e 21h no Rio de Janeiro.
Para questões que envolvam ligações, e-mails, fax ou qualquer coisa que não envolva 
tempo de deslocamento. Faça o mesmo procedimento, mas não precisa acrescentar o 
tempo de deslocamento.
Exemplo: Em uma videochamada entre Brasília (GMT -3) e Nova Delhi (GMT +5:30), 
qual será a hora da reunião em Brasília se em Nova Delí são 19h.
 f Veja a diferença entre os fusos. Sim, o fuso horário de Nova Delí é fracionado:
 f (-3 horas) - (+5:30 horas) = -8:30 horas
 f Brasília está ao oeste de Nova Delí, então o resultado acima deve ser de negativo, 
para atrasar.
 f 19h (Nova Delí) -8h30 = 10:30 a.m. ou 10h.
 f Resposta: A videochamada marcada para 19h de Nova Delí corresponde a 10h em 
Brasília. 
HORÁRIO DE VERÃO
O horário de verão é um procedimento de adiantar as horas do relógio em relação ao 
fuso horário padrão para aproveitar melhor as horas de sol. Isso permite que as pessoas 
aproveitem mais horas de sol depois do horário comercial de trabalho. Mas contribui 
principalmente para a redução de consumo de energia elétrica e um achatamento do 
pico de consumo.
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sEsse procedimento é mais apropriado 
para lugares que não estejam na zona 
equatorial. É indicado para a zona 
temperada (latitude média). Isso só é 
possível por causa dos solstícios de 
verão no hemisfério Norte (em julho) e no 
hemisfério sul (em dezembro).
E por isso os lugares em que estão em 
latitude média ou em latitude alta tem um 
maior período de iluminação natural, ou 
seja, um aumento no fotoperíodo.
Nem todos os países usam o horário de verão, mesmo estando em áreas beneficiadas pelo au-
mento do fotoperíodo. E alguns países optam por deixar o horário de verão opcional por Região.
Na Argentina e no Uruguai, o fotoperíodo aumenta tanto que nem precisa de um horário 
de verão para ampliar mais uma hora de sol, além do horário comercial. Já o Chile, não 
só adotou o horário de verão como fez dele o seu horário padrão para o ano inteiro.
No Brasil, seria indicado nos estados por onde passa o Trópico de Capricórnio (MS, 
SP, PR, SC e RS). No entanto, desde a década de 30, o horário de verão vem sendo 
implementado no Brasil no Distrito Federal e nos estados do Centro-Oeste, Sul e 
Sudeste. Começando em meados de outubro ou novembro e encerrando em fevereiro. 
Em 2019, os horários de verão de 2019-2020 e 2020-2021 foram suspensos.
Os fusos horários e horários de verão são decisões arbitrárias feitas pela sociedade 
para atender as suas necessidades econômicas, sociais e culturais. Mas indiferente 
da vontade humana, o fotoperíodo tem aumentos e quedas de duração nos meses de 
solstícios. Criando efeitos para a sociedade e para a natureza. 
Entre os efeitos do aumento das horas de sol está o chamado Sol da Meia-noite que 
faz com que mesmo depois das 22h ainda seja possível ter iluminação solar em lugares 
próximos aos círculos polares. Nos polos, nos seus dias de solstícios de verão, o sol não 
se põe. Já no inverno, há dias que sol não dura mais do que 1 ou 2 horas no céu.
Reforçando
É importante lembrar:
 f Meridiano e Fusos não são a mesma coisa;
 f Meridianos são linhas para fazer a localização;
 f Fusos são faixas entre um meridiano e outro. E os fusos horários são fusos criados 
para a demanda “padronização das horas do dia com base em critérios científicos”;
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ANOTAÇÕES
 f Apesar dos critérios científicos, a aplicação dos fusos é feito em cada país com 
base em critérios políticos e administrativos para atender demandas econômicas, 
sociais e culturais;
 f Não importa se um país adota ou não o horário de verão, o fotoperíodos é 
condicionado pela localização no globo. Por isso pode haver divergências entre o 
modelo teórico e a aplicação prática.
Através dos cursos
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2020 - 2022
ESPAÇO BRASILEIRO
1. Espaço brasileiro
O Brasil tem muitas regiões que se diversificam entre si, conhecer cada uma delas é 
conhecer mais do próprio país. Vem saber mais aqui!
Esta subárea é composta pela apostila:
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ESPAÇO BRASILEIRO
Agora vamos ver de forma breve as principais características do território brasileiro e das suas 
regiões. Lembrando que o Brasil tem uma forma de governo Republicana (tem senadores) 
e um sistema de governo presidencialista, ou seja, o chefe de estado é o Presidente. E 
composto pela união dos seus entes federativos (26 estados + Distrito Federal).
É o quinto país com maior território, é o sexto em número de habitantes, com um IDH de 
0,761 está na colocação de 79ª (2018). Quando foi descoberta a rota de navegação da 
Europa até a América do Sul, já habitavam o território que viria a ser o Brasil, cerca de 5 
milhões de nativos sul-americanos. 
Ao longo da história, já teve a capital em três localizações: Salvador/BA, Rio de Janeiro/
RJ e atualmente Brasília, território cedido e originalmente de Goiás.
TAMANHO DO BRASIL
O Brasil ou República Federativa do Brasil está localizado na costa do oceano 
Atlântico da América do Sul. É o quinto maior território nacional do mundo. Por isso 
é comum ouvir que o “Brasil é um país de dimensão continental”. Só é menor que o 
território da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos.
Países com maiores extensões Territoriais
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iro Ranking País Território (km²)
1º Rússia 17.098.246
2° Canadá 9.984.670
3° China 9.596.961
4° Estados Unidos 7.824.535
5° Brasil 8.510.295
6° Australia 7.692.024
O território brasileiro corresponde a 48% da extensão da América do Sul. A única 
nação das Américas que fala português, detentor de uma das maiores linhas de costa 
do mundo e o país que tem mais vizinhos de todo o continente americano.
Em uma linha reta entre o extremo norte (Monte Caburai/RR) e o extremo sul (Arroio do 
Chuí/RS) do Brasil existe uma distância de 4.394 quilômetros. Enquanto do extremo oeste 
(Nascente do Rio Moa/AC) ao extremo leste (Ponta dos Seixas/PB) existe uma distância 
de 4.314 quilômetros. Ou seja, o Brasil tem uma dimensão de “quadrilátero” por ter quase 
a mesma distância entre os extremos norte-sul e Leste-Oeste, tipo um losango.
Limites continentais: são de 15.719 quilômetros. As fronteiras do Brasil 
começam no extremo norte do Amapá, seguem pelo oeste passando pelos estados 
do Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, 
Paraná e Santa Catarina, até chegar no extremo sul do Brasil no Rio Grande do Sul.
Linha de Costa: são aproximadamente 8.000 quilômetros. Pode se dizer que a linha 
de costa, começando no Amapá, passa pelos estados de Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, 
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espirito Santo, Rio 
de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e termina no Rio Grande do Sul.
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iroLOCALIZAÇÃO DO BRASIL NO GLOBO
Se dividirmos o mundo em quadrantes, 
usando o meridiano de Greenwich e a linha 
do Equador, perceberemos que o Brasil fica 
totalmente no Hemisfério Ocidental e que 
93% no Hemisfério Sul e 7% no Hemisfério 
Norte (AM, RR, AP e PA).
Pelo território brasileiro também passa 
o Trópico de Capricórnio, este paralelo 
“atravessa” os estados de MS, PR e SP. 
Assim, aproximadamente 8% do território 
brasileiro está em zona temperada, mas 
a maior parte do território nacional fica na 
zona intertropical, cerca de 92%.
FRONTEIRAS 
O Brasil faz fronteira com 10 países, os 
únicos 2 países da América do Sul que 
não fazem fronteira com o Brasil são o 
Equador e o Chile. O Brasil faz fronteira 
com a Guiana Francesa, Suriname, Guiana, 
Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, 
Paraguai, Argentina e Uruguai.
As fronteiras do Brasil começam no 
extremo norte do Amapá, seguem pelo 
oeste passando pelos estados do Pará, 
Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, 
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná 
e Santa Catarina, até chegar no extremo 
sul do Brasil noRio Grande do Sul.
O Brasil tem um total aproximado de 17 
mil quilômetros de extensão de fronteiras, 
passando por 11 estados brasileiros, 121 
municípios com 10 países diferentes. Sendo 
que um desses vizinhos é a Guiana Francesa, 
um território francês na América do Sul. E na 
região de Foz do Iguaçu, o Brasil faz tríplice 
fronteira com Argentina e Paraguai.
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As fronteiras brasileiras mudaram muito ao longo dos anos desde a colonização portuguesa 
e hoje estão mais consolidadas por causa de uma política de diplomacia. E principalmente 
porque desde a 2ª Guerra Mundial, percebe-se que não existe mais a necessidade dos 
países expandirem as suas fronteiras, pois se antes era preciso conquistar territórios, hoje, 
é possível comercializá-los.
Na fronteira Brasil e Uruguai não há necessidade de passar por alfândegas ou barreiras de 
imigração, por exemplo a Fronteira de Chuí (RS) e Chuy (Uruguai) onde basta atravessar 
uma rua. Mas nos demais países é preciso passar por algum posto alfandegário. 
Mas ainda existem muitos problemas e questões envolvendo as fronteiras internacionais 
entre elas: a invasão de garimpeiros na região norte, entrada ilegal de imigrantes da Bolívia 
e Peru, tráfico de animais silvestres e de plantas para fins farmacêuticos ou cosméticos 
(biopirataria) e contrabando de produtos e bens de consumo.
LIMITES PELO OCEANO
Mesmo que seja comum pensar que o território seja apenas por terra, também há 
território marítimo, dividido em Mar Territorial (MT), Zona Contínua (ZC), Zona Econômica 
Exclusiva (ZEE) e Plataforma Continental (PC).
Mar territorial: é a costa imediata ao litoral, cerca de 22 milhas em direção ao 
mar. Nesse território cada país tem soberania absoluta sobre os recursos naturais e o 
trânsito de embarcações.
Zona Contínua: definido na Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar 
estabelece mais 12 milhas após o mar territorial. Essa área deve ser usada pelos países, 
para evitar e reprimir as infrações referentes as suas próprias leis e para regulamentos 
alfandegários, de fiscalização, de imigração e sanitários. 
Tríplice Fronteira
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iroZona Econômica Exclusiva (ZEE): faixa localizada de 12 a 200 milhas (começa 
junto da zona contínua) trânsito de embarcações e todos os recursos vivos ou não-
vivos, na água, do solo ou do subsolo, pertencem ao Brasil assim como o direito de 
exploração econômica e comercial. A ZEE existe nas imediações das ilhas oceânicas 
fazendo o território marinho ser um pouco mais avançado em relação a linha de costa 
dos continentes. A ZEE tem uma área de 3,5 milhões de quilômetros quadrados.
Extensão da Plataforma Continental: é uma extensão que o Brasil está 
pleiteando para aumentar a ZEE. Isso aumentaria a área de exploração dos recursos 
naturais em 963 mil quilômetros quadrados.
AS 5 GRANDES REGIÕES DO BRASIL
Após vermos os limites e fronteiras, veremos como é o espaço brasileiro por dentro. Para 
isso será preciso analisar o território em regiões. Ao longo dos anos, existiram formas 
diferentes de regionalizar o espaço brasileiro. No começo as formas de regionalizar 
eram relacionadas com a paisagem e aspectos naturais.
A atual divisão regional do Brasil usada pelo IBGE, destaca 5 grandes regiões: Norte, 
Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Este método de regionalização leva em consideração 
aspectos de naturais, sociais e econômicos e os limites administrativos de cada estado.
Brasil Regiões
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iro Região Norte abrange 7 estados: 
Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, 
Pará, Amapá e Tocantins.
Extensão: maior região do Brasil. 
Com um pouco mais de 45% do 
território brasileiro. Possui uma área 
de, aproximadamente, 3,85 milhões 
de km2. Região onde há a fronteira 
setentrional (ao norte) com outros 
países e com acesso ao mar (AP e PA);
Aspectos naturais: clima equatorial úmido, temperaturas altas (mínima de 20°C e máximas 
de 35°C) e ventos leves, Floresta Amazônica (maior floresta tropical do planeta), hidrografia 
predominantemente da Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas (maior bacia hidrográfica do 
mundo). O ponto mais alto do Brasil fica na região norte, no estado do Amazonas, são eles: 
o Pico da Neblina (2.995m) e o Pico 31 de Março (2.974m). 
População: uma população de aproximadamente 10% da população nacional. Cerca 
de 18 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de 4,72 hab/km². Maior 
população indígena do Brasil, cerca de 300 mil habitantes são indígenas, com existência 
de aldeias indígenas isoladas.
Economia: a região baseia-se nas atividades primárias como extrativismo mineral 
(construção civil e pedras preciosas) e vegetal (para produção alimentícia, farmacêutica, 
látex e de cosméticos), agropecuária e atividades industriais na Zona Franca de Manaus 
(aparelhos celulares e de áudio e vídeo, televisores, motocicletas, concentrados para 
refrigerantes, entre outros) e turismo ambiental para a fauna e flora da maior floresta 
equatorial do mundo e cultural das festas típicas e regionais.
Região Nordeste abrange 9 estados: 
Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do 
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, 
Sergipe e Bahia. 
Extensão: cerca de 18% do território 
nacional, com 1,5 milhão de km². Sem 
fronteira internacional, mas com a maior 
linha de costa do Brasil e com todos os 
estados com acesso ao mar. Já foi sede do 
governo português durante os primeiros 
anos do Brasil colônia e antes da chegada da 
família Real. A divisão dos estados ainda traz 
um desenho bem próximo ao das antigas 
Capitanias Hereditárias do Brasil colônia. 
Região Norte
Região Nordeste
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iroAspectos naturais: clima predominante do semiárido no interior, equatorial úmido na 
transição com região norte (PI e MA) e clima tropical no litoral leste. Predomínio do 
bioma da Caatinga, com Mata Atlântica no litoral e áreas de transição com Cerrado 
(BA). Recebe muitos ventos de leste (ventos alísios). Sua principal bacia é a Bacia 
Hidrográfica do Rio São Francisco.
População: cerca de 56 milhões de habitantes (25% da pop. brasileira) e uma 
densidade demográfica de 32 hab/km². Concentração das grandes cidades e 
capitais no litoral (exceto Teresina/PI). 
Economia: o turismo é uma das atividades mais desenvolvidas na economia nordestina. 
São desenvolvidas na região atividades de extrativismo mineral, agropecuária e 
latifúndios. Produção de petróleo e gás natural, plantio de cana e mamona para 
biocombustível, produção de energia por hidroelétrica e com grande potencial de 
produção de energia eólica e solar. Avanços de técnicas de plantio permitem que 
hoje em dia existam fazendas de uva e produção de vinho em áreas que antes eram 
praticamente não agriculturáveis.
Região Centro-Oeste abrange 3 
estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul 
e Goiás. Onde localiza-se Brasília, Distrito 
Federal, atual capital brasileira. 
Extensão: cerca de 1,6 milhões de km², 
ou seja, 19% do território brasileiro. 
Área que estava fora do Tratado de 
Tordesilhas, mas que os bandeirantes 
ocuparam na intenção de encontrar ouro 
e pedras preciosas. Teve novos avanços 
da ocupações ao longo do Século XIX com a incursão do Marechal Cândido Rondon, 
criação da Ferrovia de Corumbá (MS) até Bauru (SP) e dos estímulos de ocupação do 
interior do Brasil dos anos 40 a 60, na criação de uma Colônia em Goiás e da construção 
de Brasília, respectivamente. Sem acesso ao mar, mas com fronteiras com os países 
Bolívia e Paraguai.
Aspectos naturais: clima Tropical Sazonal (inverno seco e verão chuvoso). Predomínio 
dos biomas do Cerrado e do Pantanal. Periodicamente recebe chuvas da umidade da 
evapotranspiração da floresta amazônica. A sua principal bacia é a Bacia Hidrográfica 
do Paraguai.
População: cerca de 16 milhões de habitantes. E com uma densidade demográfica de 
10 habitantes por km². Porém, os dados de Brasília contrastam com o resto da região. 
Só em Brasília vivem2,5 milhões de habitantes, cerca de 444 hab/km². Existência de 
conflitos entre o avanço de pastagens sobre reservas naturais ou indígenas.
Região Centro-Oeste
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iro Economia: com base na agricultura e pecuária de soja, milho e a criação de gado de 
abate. O turismo também tem grande força na região que apresenta as Chapada dos 
Veadeiros e a Chapada dos Guimarães e o Pantanal.
Região Sudeste, composta por 4 
estados: São Paulo, Minas Gerais, Espírito 
Santo e Rio de Janeiro
Extensão: cerca de 10% do território nacional, 
924 mil km². Sem fronteira internacional, mas 
com acesso ao mar (exceto MG). Com São 
Paulo (Capital) maior metrópole do Brasil e 
da América Latina e cidade mais populosa 
do Brasil. Já foi sede do governo no Rio de 
Janeiro, desde a chegada da família Real 
Portuguesa até a construção de Brasília em 1960. As 5 cidades nas maiores altitudes ficam 
nesta região: Campos do Jordão/SP (1620m), Monte Verde/MG (1.554m), Senador Amaral/
MG (1.505m), Bom Repouso/MG (1.360m) e Gonçalves/MG (1.350m).
Aspectos naturais: clima predominante de Tropical e Tropical de Altitude. Predomínio 
do bioma Mata Atlântica com áreas de transição com o Cerrado. Por causa da ocupação 
e do tamanho das cidades o Bioma da Mata Atlântica foi um dos mais devastados 
nessa região. Localizada numa região com as bacias hidrográficas do Paraná (que corre 
no sentido para o interior) e outras bacias que deságuam no Atlântico. Com o relevo 
acidentado separando litoral do interior. A dificuldade de organizar o espaço urbano 
frente a migrações e do êxodo rural irão criar localidades de pobreza extrema na região 
mais rica do país e poluição e degradação ambiental em um dos biomas mais ameaçados 
desde a colonização, a Mata Atlântica. 
População: quase 90 milhões de pessoas vivem na região sudeste, a região mais 
populosa do Brasil. É a região do Brasil que mais atrai migrantes em busca de emprego, 
renda e melhores oportunidades de vida. 
Economia: com base no setor industrial (petrolíferas, siderúrgicas e automobilística), 
financeiro (Ibovespa), comercial, agropecuária no seu interior e atividades de turismo, 
esta região corresponde com 55% do PIB nacional. 
Região Sul é composta por 3 estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Extensão: cerca de 575 mil km², equivalente a 8% do território nacional. Todos os 
seus estados tem fronteira terrestre internacional e acesso ao mar. A região sul pré-
colombiana tinha uma ocupação por povos indígenas seminômades, que viajavam do 
litoral sul ao norte, do litoral para a serra e o planalto. As primeiras colônias foram para 
a criação de fortes e postos de defesa por causa dos limites do Tratado de Tordesilhas 
Região Sudeste
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iroque no litoral ia até Laguna (SC), posteriormente com colonização vicentista no litoral 
mais intensificada e no planalto ocupado por povos caboclos e indígenas por causa da 
economia de charque (carne seca) e venda de gado. Somente no século XIX, famílias 
italianas e da Alemanha viriam para o Brasil para colonizações agrícolas. A região sul 
tem o menor número de população indígena, cerca de 70 mil indígenas. Apesar disso 
muitas estradas federais ainda guardam o traçado muito próximo aos que eram feitos 
em direção à serra e ao planalto no litoral.
Aspectos naturais: clima Subtropical 
e estações do ano bem definidas. Por 
apresentar verões quentes e clima de 
geada no inverno, essa região apresenta a 
maior amplitude térmica (diferença entre a 
temperatura mínima e a máxima ao longo 
do ano). Chuvas bem distribuídas ao 
longo do ano. Vegetação de predomínio 
de Mata Atlântica, e com ocorrência da 
Mata das Araucárias no seu interior. Com 
predomínio das bacias hidrográficas do 
Paraná e do Uruguai (no planalto) e com 
diferentes bacias hidrográficas menores 
com deságue no oceano Atlântico (serra 
e litoral). A localização de altitudes altas 
na serra e no planalto, mais afastadas do 
litoral e fora da zona intertropical farão a 
região receber mais massas de ar frio e 
provocar geadas e eventos com neve. 
População: cerca de 29 milhões de habitantes, quase 15% da população nacional. 
Uma densidade populacional de 47 hab/km²
Economia: economia baseada em extração vegetal e silvicultura, produção agropecuária de 
grãos, suínos, frangos, maçãs, uvas, bananas, palmitos e arroz, com produção industrial na 
área de cerâmicas, calçados, papel e celulose e motores e partes para produtos de refrigeração.
AS REGIÕES GEOECONÔMICAS
Existem outras formas de regionalizar o Brasil além das 5 grandes regiões do IBGE. Uma 
delas é pelo método das Regiões Geoeconômicas que dividem o Brasil em 3 Complexos 
Regionais: Complexo da Amazônia, Complexo do Nordeste e Complexo do Centro-Sul.
As formas de regionalizar vão ser relacionadas com os fenômenos, principalmente 
porque esse método não considera os limites administrativos dos estados.
Região Sul
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Com extensão por toda floresta amazônica brasileira e integrando partes do território 
leste do Maranhão, quase todo o Tocantins e Mato Grosso (exceto as suas partes ao 
Sul). É uma região que apresenta baixa densidade demográfica.
Com atividades econômicas que se destacam na agropecuária, que constitui o setor 
econômico mais importante, extrativismo vegetal, mineração e o setor industrial, com 
destaque para a zona industrial de Manaus.
Complexo Regional Centro-Sul
Só essa região engloba 33% do território nacional. Engloba os estados da região sul, 
sudeste (exceto a porção norte-nordeste de MG), o Mato Grosso do Sul, quase todo o 
estado de Goiás, parte sul do Tocantins e Mato Grosso. 
Com atividades econômicas que se destacam economicamente por englobar a maior 
parte das indústrias, das áreas de atividades agrícolas mais modernizadas, dos bancos, 
mercados de capitais, portos, ferrovias, empresas transnacionais, a capital nacional e a 
maior cidade do país, comércios e universidades do país. É extremamente urbanizado 
em relação com as outras regiões.
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iroComplexo Regional Nordeste 
O complexo regional do Nordeste vai desde a porção leste do Maranhão até o norte de Minas 
Gerais, incluindo todos os estados nordestinos. Abrange cerca de 30% do território nacional.
É a região onde ocorreu o processo de povoamento do país. Possui forte contraste 
natural e socioeconômico entre as áreas do litoral, (mais urbanizadas, industrializadas 
e desenvolvidas economicamente) em relação ao interior (predomínio de clima 
semiárido e grandes problemas sociais).
Pensando sobre a regionalização
O fato de regionalizar partes de um país não faz com que tudo que esteja dentro dessa 
região seja igual. Mas permite ver similaridades e aproximações das características. E 
assim é possível fazer subdivisões dentro de cada região.
Veja essas sub-regiões da Região Nordeste do IBGE:
1- Meio-Norte: região de transição entre Amazônia, Caatinga e mata dos Cocais. 
Forte economia extrativista e intensa pressão pela pecuária.
2 – Sertão: região de clima semiárido, longas estiagens e solos rasos. Limitações na 
produção agrícola devido à intensa pobreza e às condições climáticas.
3 – Agreste: região de transição entre o litoral úmido e a Caatinga semiárida. Zona de 
produção de policultura em pequenas propriedades.
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iro 4 – Zona da Mata: chuvas Abundantes, relevo recortado e Mata Atlântica. Região 
mais urbanizada, mais rica e concentrada. Latifúndios.
As divisões regionais não são formas de segregar o país, são formas de agrupar o 
conhecimento sobre um conjunto de informação muito grande, comum em um país de 
proporções continentais. A regionalização vai ajudar a apresentar o potencial regional para 
investidores estrangeiros, para auxiliar no ensino e aprendizado dos estudantes, orientar 
políticas públicas voltadas para critérios e realidades específicas das regiões, por exemplo.
ANOTAÇÕES
Atravésdos cursos
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EO
LO
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IA
2020 - 2022
GEOLOGIA
1. Origem da Terra
2. Placas Tectônicas
3. Formação das Rochas e Tempo Geológico
4. Geologia do Brasil
Na Geologia do ENEM nós vamos minerar a Aprovação! Aprenda aqui sobre Minerais, 
Rochas, Camadas da Terra e Deriva Continental!!
Esta subárea é composta pelas apostilas:
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ORIGEM DA TERRA
Calcula-se que o planeta Terra tenha aproximadamente 4,5 bilhões de anos, e tenha 
sido formado com os detritos e poeira da antiga nebulosa solar que daria origem ao sol, 
mas que não foram atraídos diretamente para o sol durante a sua formação.
Nos seus primeiros anos a Terra era muito quente e com uma massa homogênea, até 
que o resfriamento da camada externa irá formar uma superfície sólida e rochosa, e 
quanto mais interno maior a densidade dos materiais. 
A lua teria se formado a partir do impacto de corpo celeste, similar a um planeta bem 
menor do que a Terra. Que ao se chocar com a antiga-Terra teria deixado maior parte 
do seu volume, mas teria espalhado muitos detritos no espaço. Esses detritos ficaram 
orbitando em volta da Terra até que ao longo dos anos fossem colidindo entre eles e 
juntando massa. Até formar a lua como a conhecemos.
Após 1 bilhão de anos, os gases que evaporaram da Terra ultra-aquecida começam 
a precipitar com o resfriamento gradual da superfície terrestre. Estima-se que 50% 
do volume de água dos oceanos sejam próprios desta fase e os outros 50% sejam da 
queda de meteoritos ao longo dos próximos 3,5 bilhões de anos.
COMO SE SABE A IDADE DA TERRA?
A idade da Terra é estimada por um método que estuda a presença de chumbo em um 
mineral chamado Zircão. Na formação desse mineral deve haver o elemento Zircônio, 
mas eventualmente alguns átomos de Urânio podem ocupar o espaço que seria do 
Zircônio. Uma vez que o Urânio ocupa esse espaço na molécula de zircão, ele começa 
um processo de decaimento radioativo. E se transforma em Chumbo. 
Mas sabe-se que o Chumbo não tem capacidade de tomar lugar do Zircônio na estrutura 
molecular do mineral. Assim, já sabendo quanto tempo leva para o Urânio decair a sua 
radioatividade em até o Chumbo, sendo assim pode-se estimar a idade das rochas. 
Quanto mais Chumbo, mais velha. 
O exemplar de rocha mais velho datado por este método é da Austrália. Mesmo que 
essa não seja a rocha mais antiga do planeta, ao menos se sabe que mais jovem que 
isso o planeta não é.
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CAMADAS INTERNAS DA TERRA
A Terra tem 3 camadas internas: a Crosta, o Manto e o Núcleo.
Crosta
Camada mais sólida, rochosa e superficial do planeta, também chamada de litosfera, é 
sobre ela que toda vida terrestre acontece. É composta pela crosta continental e pela 
crosta oceânica em placas tectônicas que estão em contato com as camadas mais 
externas do manto.
 f Crosta Continental é principalmente composta com silicatos aluminosos, por 
isso pode ser chamada de SiAl. Nessa camada as rochas de granite são as mais 
comuns. É onde encontra-se a menor densidade entre as camadas internas. A crosta 
continental refere-se a toda parte da litosfera fora da água até o talude oceânico. 
Quase 15km de profundidade.
Estrutura da Terra.
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a f Crosta Oceânica é composta por silicatos magnesianos, pode ser chamada de 
SiMa. Por isso as rochas são mais basálticas. O basalto é mais denso que o granito. 
Essa camada é mais fina (delgada) do que a crosta terrestre. Assim a crosta oceânica 
estende-se pelo assoalho oceânico. Possui de 5 a 10km de espessura.
Manto
É a camada “pastosa” de minerais e metais derretidos (magma) a mais de 100°C na 
parte perto da crosta e quase 3500°C no seu interior (mais próximo ao núcleo).
Composta por minerais mais densos que a crosta, de Ferro e Magnésio. Fazem um 
movimento de convecção ou também chamadas de correntes de convecção. Essa 
movimentação vai resultar em movimentos das placas tectônicas e causam abalos 
sísmicos, atividades de vulcanismo e formação de relevos.
Crosta oceânica.
Correntes de convecção.
ConvecçãoConvecção
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Te
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a As linhas imaginárias que separam o manto das outras camadas internas da terra se 
chamam de descontinuidades. A descontinuidade de Mohorovicic separa o manto da 
Crosta e a descontinuidade de Wiechert-Gutenberg separa o Manto do Núcleo.
Núcleo
É a camada mais interna da Terra. Formada principalmente por Níquel e Ferro. O núcleo 
pode chegar a 5000°C. É composto pelo Núcleo Interno e pelo Núcleo Externo. Por causa 
da sua composição, o núcleo da Terra também pode ser chamado de NiFe (Níquel e Ferro).
Descontinuidade de Mohorovicic e Descontinuidade de Wiechert-Gutenberg.
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O
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Te
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 f Núcleo externo: possui uma composição mais líquida e plástica. Temperatura de 
3000°C. Em uma densidade de 9 à 11 vezes maior do que a superfície do planeta.
 f Núcleo Interno: por causa da sua alta densidade (12 à 14 vezes maior do que na 
superfície terrestre) apresenta uma forma sólida apesar da alta temperatura (5000°C).
Pode parecer uma comparação muito simples, mas pode te ajudar na hora da prova. 
A terra tem uma composição das camadas internas bem parecida com a de um ovo 
cozido. Onde a casca seria a crosta, o manto seria a clara e o núcleo a gema.
Camadas da Terra.
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PLACAS TECTÔNICAS
PLACAS TECTÔNICAS
As placas tectônicas são imensos blocos da litosfera que compõem a formação da 
crosta. Ao todo são 52 placas, mas 14 placas estão entre as principais e as outras 38 
são placas menores
Mesmo com uma espessura média de 40km, a crosta terrestre é uma fina camada em 
relação ao diâmetro total da Terra. E o manto -a camada interna abaixo da crosta- com 
uma temperatura mínima de 100°C e de textura pastosa, típica do magma derretido, 
está em constante movimento por causa das Correntes Convectivas.
As correntes convectivas do manto são movimentos feitos pela ascensão e descenso 
do magma terrestre, por causa das diferenças de temperaturas nesta camada da 
Terra. Basicamente, magma aquecido, a quase 3000°C, sobe até a descontinuidade de 
Mohorovicic e de lá dispersa para os lados à medida que mais magma aquecido ascende. 
Assim, correntes convectivas fazem um movimento similar a duas engrenagens que 
giram, se retroalimentando.
Distribuição das placas tectônicas.
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ni
ca
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Assim, as placas tectônicas que ficam sobre esse manto são movidas como barcos 
em um lago, pois a litosfera desliza sobre o manto. Eventualmente, esse movimento 
pode criar três cenários com base nos encontros das placas tectônicas: Encontros 
Divergentes, Encontro Transformante ou Encontros Convergentes.
 
Atuação das correntes de convecção.
Cenários de encontros de placas.
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 T
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ni
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sEncontros Divergentes
Quando as correntes de convecção causam o afastamento entre os limites das placas 
tectônicas. Na medida que as placas se afastam o magma logo abaixo consegue subir para 
a “superfície”. Esse fenômeno acontece na crosta oceânica do Atlântico, Índico e Pacífico. E 
assim, cria-se uma região onde a camada da crosta é mais fina, cerca de 7km (bem menos 
do que os 40km de espessura média nos continentes). À medida que o magma sobe a 
superfície (no assoalho do oceano) e as placas tectônicas se afastam, vão se formando 
cadeias de montanhas submersas e uma longa linha de formação de novos relevos 
oceânicos chamada de dorsal meso-oceânica. Um fenômeno de criação de crosta.
O rifteamento e a expansão ao longo de uma zona estreita criaram a Dorsal 
Mesoatlântica, uma cadeia de montanhas mesoceânicas onde vulcões e terremotos 
estão concentrados.
Encontros Transformantes
É quando as correntes de convecção causam deslocamento lateral (tangencial) entre os 
limites das placas; Esse fenômeno não cria e nem destrói os relevos, mas é capaz de alterar