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ATUAÇÃO DO MEDICO VETERINARIO COMO PERITO

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ATUAÇÃO DO MEDICO VETERINARIO COMO PERITO
No Rio de Janeiro foi organizada, na década de 40, pelo Coronel Adélio Ramos, mas não prospera.
No ano de 2003 pela Resolução n°756, de 17 de Outubro de 2003, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) reconhece a Medicina Veterinária Legal como uma especialidade veterinária.
· O que faz a Medicina Veterinária Legal??
É um ramo da Medicina Veterinária que faz a ligação e a aplicação dos conhecimentos técnicos médicos veterinários às questões judiciais e aos aspectos legais do exercício profissional.
O medico veterinário pode atuar como assistente técnico, auditor, consultor ou perito.
Aplica seus conhecimentos técnicos-científicos em procedimentos judiciais e extrajudiciais. Ele elabora laudos, informações, pareceres em relação ao animal e produto de origem animal.
O Perito Médico Veterinário pode atuar nas seguintes áreas:
· Meio Ambiente;
· Alimentos;
· Maus tratos;
· Clinica;
· Patologia;
· Avaliação de rebanhos;
· Seguro animal;
· Saúde Pública;
· Bem-estar animal;
· Proteção animal.
O perito deve possuir uma boa formação veterinária, conhecimento sobre Medicina Veterinária Legal, direitos e deveres da profissão, os requisitos legais e éticos da atividade e conhecimentos de Direito, material e processual. Além disso, há outros requisitos éticos e deontológicos como o suficiente conhecimento específico, discrição e imparcialidade.
· Amparo legal
A Lei 5.517/68, que dispõe sobre o exercício da profissão de Médico Veterinário, elenca as suas competências:
· Art. 5º É da competência privativa do médico veterinário o exercício das seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Estados, dos Municípios,dos Territórios Federais, entidades autárquicas, paraestatais e de economia mista e particulares:
• g ) A peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais;
• h) as perícias, os exames e as pesquisas reveladores de fraudes ou operação dolosa nos animais inscritos nas competições desportivas ou nas exposições pecuárias.
· Art. 6º Constitui, ainda, competência do médico-veterinário o exercício de atividades ou funções públicas e particulares, relacionadas com:
• c) a avaliação e peritagem relativas aos animais para fins administrativos de crédito e de seguro;
• g) os exames periciais tecnológicos e sanitários dos subprodutos da indústria animal;”
O Código de Ética do Médico Veterinário, em seu Capítulo XII, prevê ainda expressamente algumas obrigações do médico veterinário na função de perito:
“CAPÍTULO XII - DAS RELAÇÕES COM A JUSTIÇA
· Art.28° O médico veterinário na função de perito deve guardar segredo profissional, sendo-lhe vedado:
• I- deixar de atuar com absoluta isenção, quando designado para servir como perito ou auditor, assim como ultrapassar os limites das suas atribuições;
• II- ser perito de cliente, familiar ou de qualquer pessoa cujas relações influam em seu trabalho;
• III- intervir, quando em função de auditor ou perito, nos atos profissionais de outro médico veterinário, ou fazer qualquer apreciação em presença do interessado, devendo restringir suas observações ao relatório.
Aspectos Legais da Atuação do Médico Veterinário como Perito
• Constituição Federal Brasileira
· ‘’ Incumbe ao Poder Público proteger a fauna e flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade’’. (Artigo 225, par.1°,inciso VII)
• Leis de crimes ambientais - Art 29:
· ‘’ Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida’’.
Pena: reclusão de dois a cinco anos, multa e anulação de guarda.
Decreto - Lei 24.645/34 - define o crime de maus tratos
Art. 2°
· § 3 - Os animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das sociedades protetoras dos animais.
Art. 3°
· I - praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal;
· II manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração, movimento ou descanso, ou os privem de ar e luz;
· III - obrigar animais a trabalho excessivo ou superiores às suas forças e a todo que resulte em sofrimento para deles obter esforços, que, razoavelmente, não se lhes possam exigir senão com castigo;
· IV - golpear, ferir ou mutilar, voluntariamente, qualquer órgão ou tecido de economia, exceto a castração, só para animais domésticos, ou operações outras praticadas em benefício exclusivo do animais e as exigidas para defesa do homem, ou interesse da ciência;
· V – abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária.
Áreas de atuação do Perito Médico Veterinário
1. Defesa do Consumidor
2. Erro médico
3. Maus tratos
4. Saúde Pública
5. Identificação de animais
6. Alimentos
7. Avaliação de animais
8. Evolução de rebanho
9. Crimes ambientais
10. Outras
1. DEFESA DO CONSUMIDOR
Código de Defesa do Consumidor define animal como bem semovente, protegendo as relações de comércio dos mesmos nos artigos de 12 a 18.
O criador equivale a um “fabricante”, então responde por vícios de produção. Animais têm certa validade e prazo de garantia estabelecido no Código de Defesa do Consumidor, portanto no caso de vício há a obrigação de ressarcir.
Os Artigos 26 ,II, 27 e 49 garantem o prazo de 90 dias para a devolução do valor pago no caso de vícios do “produto” ou seja, doenças infecto-contagiosas, mais valores gastos com despesas oriundas do vício (medicamentos, internações,etc.) 
10. Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
· 30 dias, tratando-se de fornecimento de serviços ou de produtos não duráveis.
· II- 90 dias, tratando-se de serviços ou produtos duráveis
· § 3º. Tratando-se de vicio oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que fica evidenciado o defeito.
2. ERRO MÉDICO
Obrigação de meio - o profissional está obrigado a empenhar todos os esforços possíveis para a prestação de determinado serviço, não existindo compromisso de obtenção de um resultado específico.
Art.14
· § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediantea verificação de culpa.
*CULPA = imperícia, imprudência, negligência.
3. MAUS TRATOS
LEI 9605/98
Art. 32
· “Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.”
DECRETO-LEI 24.645/34 - define o crime de maus-tratos
4. SAÚDE PÚBLICA
Relacionada ao controle de zoonoses, destinação de resíduos de serviço de saúde animal, inspeção de estabelecimentos de abate, comércio de alimentos, estabelecimentos e medicamentos veterinários etc.
5. IDENTIFICAÇÃO
• taxonomia (direta, indireta, molecular);
• parentesco / dna;
• tamanho, sexo, idade, raça, peso coloração, marcas, sinais.
6. ALIMENTOS
FRAUDE EM CARNES
• Detecção de aditivo alimentar. Exemplos: dióxido de enxofre, sulfitos, bissulfitos, metasulfitos de sódio e potássio.
FRAUDE NO LEITE FLUIDO
• Aditivos para restaurar valores analíticos "normais“. Exemplos: Adição de água, adição de "soro de queijo", adição de leitelho e o emprego de dextrinas de uso comercial.
FRAUDE EM AVES E PEIXES
• Hidratação excessiva das carnes congeladas.
FRAUDE SUÍNOS
• Relacionada com a certificação da origem (rastreamento).
FRAUDE EM MEL
• caramelo, o xarope de glicose e o açúcar invertido
IDENTIFICAÇÃO DE CARNES
• Biotecnologia: PCR; ELISA.6.7
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
7. AVALIAÇÃO DOS ANIMAIS
• Aferição do valor monetário do animal, produto ou subproduto.
8. EVOLUÇÃO DE REBANHO
• Fornecer a justiça dados atualizados do rebanho e o respectivo valor monetário, mostrando o progresso paulatino e contínuo do mesmo, a partir de dados apresentados.
9. PERÍCIA AMBIENTAL
CRIMES CONTRAA FAUNA
• Envolvem principalmente o comércio ilegal de animais silvestres, produtos e subprodutos da fauna, a caça ilegal, a pesca ilegal e os maus-tratos.
• É importante a identificação taxonômica dos animais e a verificação da sua presença nas listas oficiais de espécies ameaçadas.
Taxonomia direta: identificação através da observação das características físicas do animal.
Taxonomia indireta: identificação através de rastros, ninhos, pegadas etc.
Taxonomia molecular: identificação através de exame de DNA.
POLUIÇÃO AGROPECUÁRIA
• Dejetos, substâncias químicas componentes das rações, sangue e vísceras.
• Detergentes utilizados na lavagem das pocilgas, estábulos e aviários, lançados nas águas dos rios e lagos sem qualquer tratamento.
• Contaminação do solo e águas.
LAUDO PERICIAL
• Documento produzido pelo perito apresentando a descrição minuciosa da perícia realizada a fim de responder à solicitação da autoridade. 
	
Qual a estrutura básica do Laudo Pericial??
• Preâmbulo: hora, data e local. Nome da autoridade que requereu e daquela que determinou a perícia. Qualificação dos peritos.
• QUESITOS: questionamentos formulados pela autoridade ou pelas partes.
• 1 - Houve morte?
• 2 - Qual a causa da morte?
• 3 - Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?
.Histórico: registro dos fatos mais significativos.
.Exames: descrição pormenorizada dos exames realizados e discussão das hipóteses.
.Conclusão: síntese diagnóstica.

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