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Centro de Ciências Agrárias Departamento de Patologia Curso de Medicina veterinária Deontologia e Legislação Médico Veterinária Discentes: Anna Maria Fernandes da Luz, Diovanna da Silva Pires, Marcos Daniel Rios Lima, Mayra Gonçalves Soares, Pedro Henrique Santos Aguiar, Shayenne Eduarda Costa Sampaio Segunda Avaliação 1) Em 1998, foi sancionada a Lei Federal nº 9605/1998, que tratava de casos de crueldade contra os animais. Ela condena os infratores à prisão e ao pagamento de uma multa. Nos últimos 13 anos, o pedido de investigação de cenas de crimes envolvendo animais tornou o trabalho do veterinário forense mais dinâmico e complexo, já que a demanda por esse profissional não era comum no passado. A cena de um crime é examinada por um perito forense contratado pelo Estado, que elabora um relatório técnico, entretanto, as respostas diante de cenas de crimes envolvendo animais apresenta peculiaridades que só podem ser tecnicamente analisadas e compreendidas por um veterinário (Yoshida et al, 2012). Baseado nesta afirmação, responda: a) O que deve conter em um relatório técnico? R: O relatório técnico deve conter informações fornecidas pelas autoridades investigadoras e/ou qualquer outra pessoa ligada à investigação, resultados do exame, procedimentos, amostras/evidências coletadas, submissões de testes e resultados médicos e forenses, além de diagnósticos médicos, tratamentos, resultados e conclusões de forma imparcial. b) Como deve ser elaborado um relatório técnico? R: O relatório forense reúne todas as descobertas, incluindo sua interpretação, e fornece uma opinião profissional bem equilibrada. Devendo ser elaborado com clareza, sistematicamente e apresentado de uma maneira lógica. A terminologia usada no relatório forense é muito importante, assim como o testemunho. c) Para que serve um relatório técnico? R: São documentos legais que são examinados durante todo o processo legal do caso. É a partir destes relatórios que as decisões são tomadas por ambos os lados, incluindo a possibilidade de processar ou não o acusado, também pode ser utilizado para mapear as estratégias de defesa e ação penal, além disso, pode ser usado para determinar barganhas ou sentenças. 2) O processo penal no Brasil é conjunto de atos jurídicos, formalmente ordenados, com o objetivo de apurar a veracidade de fatos criminosos, resultando na sentença condenatória ou absolvição do agente envolvido no crime. As diversas modalidades do crime resultam em complexos levantamentos de provas, exigindo do perito criminal o conhecimento técnico - científico do crime específico a ser examinado. Os Institutos de perícias são formados por profissionais multidisciplinares que tem como objetivo atingir a maior abrangência das ciências para auxiliar na justiça. Com a nova modalidade de crime de maus-tratos aos animais, o Estado tem a responsabilidade de materializar os vestígios relacionados com os animais, convergindo o respectivo trabalho ao perito criminal com formação em medicina veterinária. Atualmente é reduzido o número profissionais veterinários nos quadros dos peritos criminais, interferindo nos compromissos da veracidade ou autenticidade dos fatos. a) Qual o papel do perito veterinário para a sociedade? R: Define-se um perito veterinário como um profissional que possui como competência a execução de procedimentos judiciais e extrajudiciais, com o intuito de auxiliar ocorrências e direciona-las a conclusões legitimas. Nessa perspectiva, sua área de atuação abrange o meio ambiente, maus-tratos, clinicas, proteção e bem-estar animal, entre outros exemplos. Sendo assim, o profissional utiliza de sua profissão para contribuição de uma sociedade moral e ética, baseando-se nos princípios técnico- científicos. b) Discorra sobre a importância do conhecimento médico veterinário legal quando do levantamento de provas envolvendo maus-tratos aos animais. R: De acordo com a Lei nº 9.605/98, a prática de atos de abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime sujeita a penalidades. Nessa perspectiva, insere-se a importância do conhecimento médico veterinário legal para o combater essas práticas. Nesse cenário, a compreensão das etapas necessárias para o levantamento de provas que criminalizem os maus-tratos representa um importante procedimento para garantir o sucesso das provas e a penalidade do infrator. Sendo assim, o perito criminal possui influencia na conclusão desses procedimentos, uma vez que a elaboração de provas materiais e outros constituintes como coletas de exames e esclarecimentos contribuem para solucionar os casos de maneira ética e legal. 3) Todas as substâncias químicas (exceto alimentos) que sejam utilizadas para promover ou salvaguardar a saúde de seres humanos e dos animais. Em outras palavras, pode-se chamar de droga a qualquer substância química pura com atividade terapêutica. O êxito do tratamento de um paciente está, na maioria das vezes, relacionado à qualidade da prescrição que se faz para o mesmo. Assim, precisa o clínico estar atento a certas implicações que envolvem este instrumento (https://www.vetarq.com.br/2016). Define-se prescrição como o ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com respectiva dosagem e duração do tratamento, por meio da elaboração de uma receita médica, de forma que deve-se seguir alguns critérios que devem estar presentes na receita. Desta forma, faça uma explanação acerca destes critérios e discorra sobre a importância deste documento na Medicina Veterinária, bem como sobre as implicações legais da mesma. R: • Conforme previsto na Portaria SVS/MS nº 344/98 que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, médico-veterinário é o profissional prescritor de substâncias e medicamentos sob controle da referida norma, desde que a sua prescrição seja para uso (indicação) veterinário. • Ainda, conforme previsto na Portaria SVS/MS nº 344/98 e Portaria SVS/MS nº 06/99, para a prescrição de substâncias e medicamentos sob controle da referida norma, é obrigatório o preenchimento pelo prescritor dos campos: a) identificação do emitente: nome completo do profissional ou nome da instituição; número da inscrição do profissional no Conselho Regional respectivo com a sigla da respectiva Unidade da Federação, no caso Conselho Regional de Medicina Veterinária - CRMV; endereço completo - rua, bairro, número, telefone (opcional) do consultório ou da residência do profissional ou da clínica, hospital, outro quando for o caso; cidade - nome completo da cidade; https://www.vetarq.com.br/2016 b) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal mediante colocação de espécie, raça e porte, conforme dados preconizados pela Portaria SVS/MS 344/98 em seu anexo XI – modelo de talonário - "B" para uso veterinário e que se estende a todos os demais receituários, tendo em vista que em todos é obrigatória a identificação do animal; c) nome do medicamento ou da substância prescrita: sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; d) data de emissão da prescrição: dia, mês e ano; e) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este poderá apenas assiná-la. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, na qual a constará no receituário os dados do estabelecimento e não do prescritor, deverá identificar sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo, constando a sua inscrição no Conselho Regional;Caso haja prescrição de substâncias e medicamentos anabolizantes pertencentes à lista C5 da Portaria SVS/MS nº 344/98 por profissional médico- veterinário, dados de CPF do prescritor e CID – Classificação Internacional de Doenças não são dados que constarão no receituário, uma vez que tais dados são necessários e obrigatórios, conforme disposto na Lei 9.965/00 somente para prescrições de medicamentos que serão utilizados por humano e não por animal. É atribuição do profissional farmacêutico avaliar o receituário com base nos aspectos terapêuticos (farmacêuticos e farmacológicos) e também legais. Orienta-se que o farmacêutico proceda com uma avaliação e interpretação criteriosa e cuidadosa do receituário e sempre que surgir dúvidas, que contate o prescritor para confirmação e realização de questionamentos pertinentes e fundamentados. No que diz respeito à prescrição de medicamentos registrados como de uso humano (registro no Ministério da Saúde) para uso em animais, ou seja, uso veterinário, sempre que houver dúvidas relacionadas à indicação do respectivo medicamento prescrito, tendo em vista a área veterinária em algumas situações não ser de amplo conhecimento do farmacêutico, antes de proceder com a dispensação, faça o contato com o médico-veterinário prescritor, questionando qual a indicação de uso em animais para o medicamento prescrito e caso necessário, peça ao prescritor referências (bibliografias, artigos científicos publicados, entre outras) que citam e /ou preconizam o uso do medicamento prescrito para a dada indicada informada. Orienta-se que o farmacêutico também deve proceder com uma pesquisa bibliográfica e análise de informações já contidas na bula do medicamento, na tentativa de encontrar as respostas necessárias para que a dispensação seja efetuada de forma adequada e correta, em consonância com as normas vigentes, evitando assim, uma dispensação ou a negativa de dispensação equivocadas. É importante ressaltar, ainda, que conforme consta no código de ética no capítulo IV- Do Comportamento Profissional art. 13 é vedado ao médico veterinário III- receitar, ou atestar de forma ilegível ou assinar sem preenchimento prévio receituário, laudos, atestados, certificados, guias de trânsito e outros; XV- receitar sem prévio exame clínico do paciente; XIX- atender, clínica e/ou cirurgicamente, ou receitar, em estabelecimento comercial. Destaca-se ainda o trecho do mesmo, Capítulo XIII – Da publicidade e dos trabalhos científicos conforme o Art. 34. A propaganda pessoal, os receituários e a divulgação de serviços profissionais devem ser em termos elevados e discretos. Quanto a importância da receita médica veterinária, ela é considerada um documento legal. O clínico responsável responde por todas as informações que estão contidas ali. Mas, a prescrição também envolve legalmente outros profissionais, como o farmacêutico que dispensa o medicamento e, eventualmente, o enfermeiro que o administra. Esse documento é regulado por várias normas jurídicas diferentes. 4) A GTA é um documento oficial e federal, de emissão obrigatória tanto intraestadual como interestadual (http://www.aged.ma.gov.br). O modelo atual da Guia de Trânsito Animal foi implantado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, no ano de 2007 e é utilizado em todo o território nacional, de forma que a padronização orquestrada pelo MAPA teve como objetivo aumentar a segurança e o controle sanitário animal, além de atender recomendações de missões internacionais que visitam o Brasil, interessadas na exportação de nossos produtos, principalmente pela garantia do nosso Status sanitário, por exemplo, como Livre de Febre Aftosa com Vacinação (https://jus.com.br/artigos/63357/a-importancia-da-guia-de-transito-animal-gta). Baseado no texto acima defina: a) O que é GTA? R: É o serviço a partir do qual o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) reconhece a competência do médico veterinário privado para emitir a Guia de Trânsito Animal, o documento oficial para o transporte de animais pelo Brasil, contendo dados essenciais sobre o animal, como vacinações, local de origem e destino, espécie, entre outros. b) Para que serve? R: A partir do documento, órgãos de serviço da defesa sanitária podem acompanhar e fiscalizar o transporte interestadual de animais para aplicar medidas de prevenção a zoonoses em diferentes regiões do país. Também é essencial para que a venda de animais tenha referência de uma procedência confiável e bom estado de saúde. file:///D:/ética%20e%20deonto/(http:/www.aged.ma.gov.br) https://jus.com.br/artigos/63357/a-importancia-da-guia-de-transito-animal-gta c) De que forma deve ser confeccionado? R: Os modelos foram confeccionados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 2007, representando o modelo de uso nacional para o transporte de animais vivos. Deve conter o máximo de dados possíveis acerca do trajeto a ser percorrido e dos animais a serem transportado, como o número de animais, o CPF ou CNPJ do responsável pelo envio e do comprador, endereços de origem e de destino, a finalidade do transporte (que pode ser para abate, exposição, leilão, atendimento veterinário, entre outras alternativas), a descrição do meio de transporte que será utilizado, a carteira de vacinação de cada indivíduo apresentando as vacinas regularizadas, atestados médicos de exames e dados de emissão de documento, como a data e hora de expedição, data de validade, identificação e assinatura do médico veterinário responsável e da unidade emissora. d) Para quais espécies e quando deve ser utilizada? R: A GTA compreende a todas as espécies, com exceção de felinos e caninos domésticos, para transporte com finalidade de deslocamento de animais para abate, exposições, leilão, atendimento médico veterinário, reprodução e outros. e) Quais documentos auxiliam na confecção da mesma? R: É necessário inicialmente o cadastro na Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, que exige dados pessoais do responsável, informações acerca da origem e do destino dos animais que serão transportados e documentação comprovando vacinação regularizada e resultados negativos para exames de doenças infecciosas da espécie e de zoonoses em acordo com o prazo de validade dos mesmos. 5) Viajar com animal doméstico implica em possuir documentação adequada, além dos quesitos de segurança, tais como caixa de transporte adequada. Geralmente é necessário apresentar alguns documentos, ressaltando que cada meio de transporte e cada país tem regras próprias e, ainda, cada empresa pode fazer exigências específicas, entretanto para a maioria dos casos, alguns documentos são considerados padrão. Discorra sobre estes documentos, importâncias, implicações legais e o que cada um deve conter. R: Além dos acessórios e pertences básicos como a caixa transportadora, potes para ração e água( no caso de viagens longas), coleira, plaquinha de identificação, é necessário para viagens nacionais: atestado de saúde emitido pelo médico veterinário pertencente ao CRMV, carteira de vacinação completa e atualizada com as vacinas essenciais como a antirrábica e polivalente, caso seja uma viagem de ônibus ou carro essas providências são suficientes, porém em caso de viagem em território nacional de avião, é necessário mais cuidados, cada empresa aérea possui suas especificações para peso, medidas da caixa de transporte e valor por trecho, é preciso realizar uma pesquisa com a empresa antes de realizar a viagem com o animal. Além disso, nas viagens internacionais de avião é preciso possuir a carteira de vacinação atualizada, o atestado de saúde, o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI), o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e o laudo sanitário. O CZI é um documento obtido pelo serviço sanitário do país de origem, atesta a procedênciado animal e serve para garantir a validação das condições sanitárias exigidas para o trânsito internacional de animais. O laudo de sorologia é necessário em casos de viagens para Europa, o documento é para analisar o sangue do animal que irá viajar. O passaporte também é um documento importante, podendo até substituir a carteira de vacinação, é emitido pelo Ministério da agricultura. Um novo meio para ajudar na identificação do animal é o uso de microchip ou tatuagem, o microchip é implantado na pele e possui as informações do pet, funcionando como um RG, a tatuagem é feita normalmente atrás da orelha e possui as mesmas informações do microchip, o tutor recebe uma etiqueta para comprovar o uso do microchip ou tatuagem, e precisa apresentar na hora do check-in. Para a viagem ser segura e confortável para o pet, algumas medidas as vezes são importantes, como o uso de sedação ou medicamentos que possam relaxar e diminuir o estresse durante a viagem, somente o médico veterinário pode autorizar o uso de tais medicamentos. No caso das viagens de carro, em hipótese alguma o animal pode ir no colo do motorista ou entre as pernas, dê preferência para o animal ser levado no lado esquerdo do carro, caso não siga essas regras, é considerado proibido podendo levar multar e perder pontos na carteira de habilitação. Outro fator importante é que animais com menos de 4 meses não podem viajar de avião, por conta das vacinas que ainda não pode ser aplicadas e são essenciais, em casos de exceções o médico veterinário deve autorizar a viagem para o animal. 6) O Responsável Técnico (RT) que esteja em pleno exercício da função em qualquer instituição que o tenha contratado, deverá manter afixado no local de trabalho, e em local visível ao público, o Certificado de Regularidade. Este certificado sempre é fornecido pela seguinte instituição: a) ( )Sociedade dos Médicos Veterinários do Estado b) ( )Sindicato dos Médicos Veterinários c) (x)Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado d) ( )Delegacia Regional de Trabalho 7) O Capítulo do Código de Ética do Médico Veterinário, que versa sobre “Das Relações com o Animal e o Meio Ambiente”, o médico veterinário deve: a)Considerar para tratamento de saúde somente os animais ligados a sua atividade trabalhista em seu ambiente de criação. b)Desconsiderar as necessidades fisiológicas, etológicas e ecológicas dos animais em atentar contra suas funções vitais e impedindo que outros o façam. c)Se ater exclusivamente das relações com o animal, relevando o meio ambiente para segundo plano. d)Conhecer a legislação de proteção aos animais, preservação dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável, da biodiversidade e da melhoria da qualidade de vida. 8) O Código de Ética Profissional do Médico Veterinário no perambulo de seu anexo I, enfatiza que “para o exercício da Medicina Veterinária com dignidade e consciência, o médico veterinário deve observar as normas de ética profissional previstas neste Código, na legislação vigente e pautar seus atos por princípios morais, de modo a se fazer respeitar, preservando o prestigio e as nobres tradições da profissão”. Tendo em vista esta regra, sujeitam-se às normas deste Código: a)Somente os médicos veterinários que exercem a profissão em órgãos do governo. b)Somente os médicos veterinários que exercem a profissão em empresas privadas. c)Somente os médicos veterinários que exercem a profissão em clínicas e hospitais veterinários. d)Todos os médicos veterinários no exercício da profissão, onde quer que seja. 9) É do encargo do Responsável Técnico (RT) orientar a adoção de medidas preventivas e reparadoras a possíveis danos ao meio ambiente, provocados pela atividade do estabelecimento”. Sendo assim, ele precisa tomar conhecimento de como proceder a fim de resolver o problema. Logo ele precisará de: a)Dar pouca importância ao fato. b)Adiar este procedimento o tempo que for necessário. c)Programar, diariamente, uma operação padrão. R:d)Inteirar-se da Legislação Ambiental 10) É dever do Médico Veterinário: R: a)Denunciar pesquisas, práticas de ensino ou quaisquer outras realizadas com os animais sem a observância dos preceitos éticos e procedimentos adequados. b)Não informar a abrangência, limites e riscos de suas prescrições e ações profissionais. c)Dificultar a participação dos Médicos Veterinários nas atividades do órgão e classe. d)Exercer a profissão sob quaisquer formas de mecanismo. R: Alternativa A 11) De acordo com o Código de Ética do Profissional Médico Veterinário e com relação aos honorários veterinários, é correto afirmar: a) O Código admite que os serviços do médico veterinário sejam divulgados como gratuitos e inclusive ofertados como prêmios em eventos. b) Para fixação de seus honorários, o Código não prevê a condição social e econômica do cliente. c) Ao médico veterinário não é permitida a prestação de serviços gratuitos ou por preços abaixo dos usualmente praticados, exceto em caso de pesquisa, ensino ou utilidade pública. d) O Código de Ética orienta que o Conselho Regional de Medicina Veterinária de cada estado estabeleça as tabelas de honorários veterinários, adaptadas às suas peculiaridades. e) É permitido ao médico veterinário fazer a divulgação em jornais de tabelas de honorários de seus serviços, inclusive dos descontos. R: Alternativa C 12) Na Agropecuária “X” foram constatadas diversas irregularidades, como a venda de medicamentos vencidos, mau acondicionamento de vacinas, vacinação de animais por leigos e venda de “chumbinho”. A empresa foi autuada pelo órgão competente e o processo remetido ao CRMV, para eventual apuração da responsabilidade profissional do médico veterinário que respondia tecnicamente pela empresa. No entanto, o médico veterinário alegou que desconhecia essas inconformidades, uma vez que permanecia na empresa apenas seis horas semanais, conforme previa o contrato, e assim não podia ser responsabilizado pelos atos do gerente e dos vendedores. Considerando a situação hipotética apresentada e as normas sobre a responsabilidade técnica e ética profissional, assinale a alternativa correta: a) ( )Está parcialmente correta a alegação do profissional, devendo o Conselho provar a responsabilidade somente nas irregularidades cometidas no horário em que profissional esteve presente no local (pois estava no cumprimento do contrato). Nos outros horários, a culpa recai sobre as demais pessoas da empresa. b) (x)Não procede a alegação, pois a carga horária contratual é meramente sobre a obrigação mínima de presença física no local de trabalho, o que não afasta o profissional das demais obrigações da responsabilidade técnica sobre o estabelecimento em caso de sua ausência. c) ( )Procede a alegação do profissional, pois não poderá ser responsabilizado por aquilo que desconhecia, ainda mais fora de sua carga horária. O processo deve ser arquivado. d) ( )Procede parcialmente a alegação, pois a autuação da empresa pelo órgão competente pelas irregularidades já resolve a questão, e assim afasta a responsabilidade do médico veterinário. e) ( )Não é pertinente o argumento, pois tanto o médico veterinário como o gerente e os vendedores respondem pessoalmente por suas ações perante o Conselho. 13) A Resolução CFMV nº 670, de 10/08/2000, define os tipos de estabelecimentos médicos veterinários e estabelece as condições de funcionamento de cada um. Acerca do assunto, assinale a alternativa correta: a) Os consultórios são estabelecimentos de propriedade de veterinário destinados ao ato de consulta clínica, curativos e vacinações, e excepcionalmente de cirurgia, desde que tenham um médico veterinário à disposição. b) Os consultórios podem conterdependências para comercialização de produtos no mesmo ambiente e de acesso comum a ambos. c) Os hospitais veterinários são estabelecimentos destinados ao atendimento de pacientes para consultas, internamentos e tratamentos clínico-cirúrgicos, de funcionamento facultativo nas 24 horas, podendo fechar nos finais de semana, desde que haja placa com a indicação do horário de atendimento. d) Tanto as clínicas veterinárias como os consultórios veterinários estão isentos de pagamentos de taxas e anuidades, mas obrigados a efetuar o registro no CRMV. e) As clínicas veterinárias são estabelecimentos para assistência clínica e cirúrgica com capacidade para internamento, desde que possuam auxiliar em tempo integral e médico veterinário à disposição. 14) A Lei nº 5.517/68 regulamentou o exercício da profissão do médico veterinário. Acerca disso, considere as seguintes afirmativas: 1. Entre as atividades privativas do médico veterinário estão a inspeção e a fiscalização em abatedouros, clínicas de animais e defesa sanitária animal. 2. A atividade de peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes e exames técnicos em questões judiciais poderá ser realizada por médico veterinário e por outros profissionais. 3. As atividades de tipificação de carcaça, a inspeção sanitária em abates e clínica animal são atividades exclusivas aos médicos veterinários. 4. As medidas de saúde pública no tocante às zoonoses, a defesa sanitária animal e a perícia sobre fraudes animais poderão ser exercidas por médicos veterinários e também por outros profissionais. 5. A defesa sanitária animal, a perícia sobre operação dolosa nos animais nas competições e a perícia sobre identificação, defeitos, doenças e acidentes de animais são atividades exclusivas aos médicos veterinários. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 2, 3 e 5 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 1 e 5 são verdadeiras. R: Alternativa E 15) Caso Jus ( https://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/258944629/processo-civel-e-do-trabalho- recursos-recurso-inominado-ri-198595201581600210-pr-0001985-9520158160021-0- acordao ) Comarca: 1.º juizado especial cível de Cascavel-PR. Reparação de danos: Reclamante alega, em síntese, que adotou dois filhotes de cães; que um deles apresentou diarreia e vômitos; que o animal foi internado na clínica reclamada; que foi diagnosticado com giardíase; que o animal faleceu; que foi realizada necropsia, sendo constada como causa da morte a cinomose. Pleiteia reparação de danos em razão do diagnóstico equivocado realizado pela clínica reclamada. A Sentença foi julgada improcedente. O juiz entendeu que não restou comprovado nos autos, que o https://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/258944629/processo-civel-e-do-trabalho-recursos-recurso-inominado-ri-198595201581600210-pr-0001985-9520158160021-0-acordao https://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/258944629/processo-civel-e-do-trabalho-recursos-recurso-inominado-ri-198595201581600210-pr-0001985-9520158160021-0-acordao https://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/258944629/processo-civel-e-do-trabalho-recursos-recurso-inominado-ri-198595201581600210-pr-0001985-9520158160021-0-acordao falecimento do animal restou de diagnóstico equivocado, tampouco que houve culpa do profissional responsável pelo atendimento. Reclamante, em sede recursal, recorreu da sentença a fim de condenar a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais ante o falecimento do animal atendido por ela. Cinge a controvérsia recursal em estabelecer se a clínica reclamada é responsável pelo falecimento do animal do reclamante. Extrai-se, do laudo da necropsia realizada, que o animal apresentava duas doenças, quais sejam, giardíase e cinomose, apresentando como causa da morte choque hipovolêmico. Pela oitiva das testemunhas, verifica-se que a giardíase apresenta como sintoma a diarreia, tendo sido realizados exames de sangue e fezes no animal, e administrado antibiótico para o tratamento de referida doença. De outro lado, tem-se que os depoimentos testemunhais foram contundentes ao afirmar que a diarreia não é o sintoma principal da cinomose, apresentando outros sintomas específicos da doença como, por exemplo, a secreção ocular e tremores. Pela descrição realizada na inicial, não foi noticiado nos autos que o animal do reclamante tenha apresentado sintomas específicos da cinomose, tendo sido relatado que ao animal apresentou tão somente vômitos e diarreias. Posto isto, entendo que a reclamada se desincumbiu em demonstrar que pelos exames clínicos e laboratoriais realizados no animal e pelos relatos do reclamante não havia indicação que o animal pudesse apresentar cinomose. Nota-se, assim, que não há elementos nos autos capazes de comprovar que o atendimento realizado pelos profissionais da clínica reclamada tenha sido falho, e por conseguinte, a culpa da empresa reclamada pelo falecimento do animal. Portanto, foi apurada a sentença recorrida ao ponderar que não pode se atribuir a ré a culpa pelo evento que resultou na morte do animal. Sentença mantida, por seus próprios fundamentos, servindo a ementa como voto. Recurso conhecido e desprovido. Condenação do recorrente ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa. Entretanto, resta sobrestada referida condenação, em razão da concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita. Unânime. Resultado: recurso conhecido e desprovido. Baseado no texto acima discorra sobre laudo de necropsia, bem como da decisão judicial. R:O laudo de necrópsia demonstrou que o animal possuía duas doenças: Giardíase (diagnosticada pela Médica Veterinária), e Cinomose. A causa da morte foi choque hipovolêmico, que acontece quando se perde grande quantidade de líquido e sangue. Foi realizado exame de fezes, constando a presença do protozoário causador de Giardíase, doença que apresenta vômitos e diarreia como os principais sintomas, o que coincidiu com o estado clínico do animal. Esses sintomas não são os principais para se suspeitar de Cinomose, mas estão presentes quando a doença evolui para a fase gastrointestinal. A decisão judicial se mostrou justa, ainda que a condenação tenha sido suspensa pois o reclamante pediu justiça gratuita. O reclamante teria sido condenado a pagar 10% das taxas pois, mesmo sido decidido pelo juiz que a acusação não havia fundamento, ele continuava a condenar a acusada. Infere-se, portanto, que o diagnóstico realizado pela Médica veterinária acusada estava correto o que não configurou falha por parte da clínica no evento que resultou na morte do animal. ( https://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/258944629/processo-civel-e-do-trabalho-recursos-recurso-inominado-ri-198595201581600210-pr-0001985-9520158160021-0-acordao )
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