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Sistema Nervoso Somático

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No córtex somatossensorial há uma 
representação proporcional à 
sensibilidade das diferentes partes do 
corpo. Nessa representação, nem todas 
as áreas ocupam o mesmo tamanho ou 
são irrigadas pelo mesmo número de 
conexões. 
A função essencial do sistema nervoso é a 
comunicação. Isso ocorre tanto com o 
ambiente que nos rodeia quanto com o 
interior do nosso organismo. De acordo 
com as suas funções, o sistema nervoso é 
dividido em Sistema Nervoso Somático 
(SNS) e Sistema Nervoso Autônomo (SNA). 
O sistema nervoso somático é um sistema 
complexo. 
É a parte do sistema nervoso responsável 
por transportar informações sensoriais 
para o sistema nervoso central. Isto é: o 
sistema nervoso somático é responsável 
pela comunicação do corpo com o 
ambiente externo. Enquanto isso, o SNA é 
responsável pela comunicação dos 
órgãos entre si, o que faz com que a 
homeostase seja mantida. 
O SNS age através dos músculos 
esqueléticos, regulando ações 
voluntárias e reflexas. Através de seus 
receptores, este sistema captura as 
mudanças que ocorrem. 
Assim, as fibras motoras localizadas no 
sistema nervoso somático apresentam 
algumas características que as 
diferenciam das autônomas: 
Em primeiro lugar, não há gânglios em 
seu trajeto. 
Os corpos neurais estão localizados 
dentro do SNC. Além disso, eles correm 
sem interrupção até atingir o efetor 
(músculo esquelético). 
A sua velocidade de condução é muito 
maior. 
O SNS pode ou não estimular o efetor, 
mas não o inibe. 
 
Vias sensoriais do 
sistema nervoso 
somático (SNS) 
Para percebermos uma sensação, a 
informação deve chegar ao córtex 
cerebral. Assim, a via é o caminho que a 
informação faz por meio de um conjunto 
de neurônios que ligam o sistema 
nervoso periférico ao sistema nervoso 
central. 
No entanto, para um estímulo sensorial 
atingir seu destino, o sistema nervoso 
central precisa ir dos receptores até o 
SNC, através da conexão com três 
neurônios. No córtex somatossensorial 
há uma representação proporcional à 
sensibilidade das diferentes partes do 
corpo. Nesta representação, nem todas 
as áreas ocupam o mesmo tamanho. 
Áreas como pontas dos dedos ou lábios 
são as que ocupam o maior lugar nessa 
representação. 
 
 
 
 
Existem diferentes tipos de vias 
sensoriais. De acordo com a modalidade 
sensorial que conduzem, elas são 
divididas em: 
Via para o tato fino: sensibilidade 
discriminativa ou epicrítica. 
Via para o toque difuso: sensibilidade 
grossa ou protopática. 
Via para a dor e temperatura: 
termoalgésica. 
Via proprioceptiva: posição do corpo. 
Existem diferentes tipos de vias 
sensoriais. De acordo com a modalidade 
sensorial que conduzem, elas são 
divididas em: 
 Via para o tato fino: sensibilidade 
discriminativa ou epicrítica. 
 Via para o toque difuso: 
sensibilidade grossa ou prostática. 
 Via para a dor e temperatura: 
termoalgésica. 
 Via proprioceptiva: posição do 
corpo. 
 
Outra maneira de nomeá-las é de 
acordo com a fonte do estímulo 
 Vias exteroceptivas: aquelas que 
transportam as informações da 
pele. 
 
 Vias interoceptivas: conduzem as 
informações dos órgãos internos. 
 
 Vias proprioceptivas: são aquelas 
que carregam informações do 
sistema musculoesquelético. 
 
 
 
Para transmitir a sensação, os 
impulsos nervosos viajam através 
de um relé de três neurônios: 
 
 Neurônios de primeira ordem: são 
os que conduzem a informação da 
periferia do corpo. 
 
 Neurônios de segunda ordem: eles 
estão localizados na haste 
posterior da medula espinhal ou no 
tronco. Eles transmitem o impulso 
nervoso do tronco para o tálamo. É 
aí que ocorre uma sinapse com o 
neurônio de terceira ordem. 
 
 Neurônios de terceira ordem: eles 
estão no núcleo de relevo do 
tálamo. A sua função é conduzir o 
impulso nervoso em direção às 
áreas somestésicas na região atrás 
do sulco central no lobo parietal. 
 
Antes de chegar ao córtex, onde a 
sensação é interpretada, toda a 
informação sensorial é processada no 
tálamo (exceto aferentes olfativos). 
Então, eles são integrados ao córtex 
parietal, onde a sensibilidade 
normalmente se integra. 
Vias motoras 
Quando esticamos a mão para pegar 
algo, esse processamento mental requer 
a contração e o relaxamento dos 
músculos do braço e da mão. 
Isto é o que as vias motoras fazem: elas 
conduzem impulsos nervosos do sistema 
nervoso central até os músculos 
esqueléticos (efetores somáticos). Assim, 
os neurônios envolvidos nesse processo 
são os neurônios motores, localizados na 
haste anterior da medula espinhal. 
O sistema de vias motoras é dividido em 
três fascículos, dependendo da origem e 
da finalização dos nervos: 
Corticogênico ou corticonuclear: o seu 
destino é o núcleo motor dos nervos 
cranianos. Ou seja, é o caminho que 
controla os músculos faciais. 
Justapiramidal: origina-se na área 4 do 
giro frontal. O seu destino são os 
neurônios da formação reticular no 
nível bulbar. 
Córtex espinal ou piramidal: liga o 
córtex com os neurônios da haste 
anterior da medula espinhal. Assim, 
controla os músculos do tronco, pescoço 
e extremidades. 
Nervos 
Os nervos são um dos componentes do 
nosso sistema nervoso periférico. Eles 
podem ser definidos como feixes de 
fibras nervosas envolvidas por tecido 
conjuntivo, sendo cada fibra formada 
pelo axônio e pelas bainhas que o 
envolvem. 
A função dos nervos é garantir a 
comunicação entre o sistema nervoso 
central e os órgãos efetores e de 
sensibilidade. Os nervos são originados 
no agrupamento das fibras nervosas no 
sistema nervoso periférico. Como as 
fibras incluem os axônios dos neurônios 
e suas bainhas envoltórias, os nervos 
frequentemente possuem coloração 
esbranquiçada devido à presença de 
mielina e colágeno. Existem, porém, 
nervos finos que não apresentam fibras 
mielínicas. O nervo é revestido pelo 
epineuro, uma camada fibrosa. Além de 
revestir o nervo, o epineuro preenche os 
espaços encontrados entre os feixes. 
Cada feixe, por sua vez, é revestido por 
uma bainha de células chamadas de 
perineuro. No interior da bainha 
perineural, temos as fibras, as quais são 
revestidas por outra camada 
denominada de endoneuro. 
 
 
Nervos cranianos e 
espinhais 
Os nervos podem ser classificados em 
cranianos e espinhais. Eles são 
denominados de espinhais quando se 
conectam com a medula espinhal, de 
onde saem aos pares da região do 
espaço intervertebral. Existem 31 pares 
de nervos espinhais. Os nervos cranianos, 
por sua vez, são aqueles que se originam 
no encéfalo. No total, existem 12 pares de 
nervos cranianos. 
 
Nervos sensoriais e 
motores 
Os nervos apresentam fibras aferentes e 
eferentes. As fibras aferentes são 
responsáveis por levar as informações 
que o corpo obtém do meio externo e de 
seu interior até o sistema nervoso 
central. 
As fibras eferentes, por sua vez, 
garantem que os impulsos do sistema 
nervoso central cheguem até os órgãos 
efetores. Os nervos que apresentam 
apenas fibras aferentes recebem o nome 
de nervos sensoriais, e aqueles que 
possuem apenas fibras eferentes são 
chamados de motores. Existem ainda 
nervos mistos, que apresentam os dois 
tipos de fibras. 
 
 Nervos Espinhais 
Os nervos são estruturas formadas por 
feixes de fibras nervosas, que fazem 
parte do sistema nervoso periférico e 
atuam garantindo a comunicação entre 
diferentes partes do corpo e o sistema 
nervoso central. Dependendo dos tipos 
de fibras que apresentam, os nervos 
podem ser classificados em sensitivos, 
motores e mistos. 
Os nervos que se projetam da medula 
espinhal são chamados de nervos 
espinhais, enquanto os nervos que 
partem do encéfalo são chamados de 
nervos cranianos. Lesões nos nervos 
podem ser responsáveis por perda de 
movimentos e alterações na 
sensibilidade. 
Nervos são fibras nervosas agrupadas 
em feixesque se localizam fora do 
encéfalo ou da medula espinhal. As 
fibras nervosas nada mais são do que 
axônios (prolongamento dos neurônios, 
que atuam garantindo a passagem do 
impulso nervoso) e suas bainhas 
envoltórias. Os nervos são revestidos por 
uma camada fibrosa mais externa, 
formada de tecido conjuntivo denso, o 
chamado epineuro. Além de envolver o 
nervo, o epineuro também preenche os 
espaços existentes entre as fibras 
nervosas. Cada feixe é revestido por 
várias células achatadas, as quais 
constituem o perineuro. Essas células 
estão bem próximas umas das outras e 
estão unidas por junções oclusivas, 
formando uma barreira importante 
contra agentes nocivos. Dentro da 
bainha perineural, estão localizados os 
axônios, cada qual envolvido pelas 
células de Schwann e um envoltório 
conjuntivo constituído por fibras 
produzidas pelas próprias células de 
Schwann. Esse envoltório é chamado de 
endoneuro. 
 
 
A depender do tipo de fibra que 
apresentam, os nervos podem ser 
classificados em sensoriais, motores e 
mistos. 
 Nervos sensoriais: formados apenas 
por fibras aferentes, ou seja, fibras 
responsáveis por levar a 
informação obtida no meio 
ambiente e no interior do corpo 
para os centros nervosos. 
 Nervos motores: apresentam 
apenas fibras eferentes, as quais 
são responsáveis por levar 
informações dos centros nervosos 
para os órgãos efetores. 
 
 Nervos mistos: como o nome sugere, 
apresentam tanto fibras eferentes 
quanto aferentes. A maioria dos 
nervos apresenta os dois tipos de 
fibras. 
 
 Nervos Cranianos 
Os nervos recebem a denominação de 
cranianos ou espinhais a depender da 
região de onde se projetam. 
 Nervos cranianos: são aqueles que partem do 
encéfalo. Existem 12 pares de nervos cranianos, são 
eles: (I) olfatório, (II) óptico, (III) oculomotor, (IV) 
troclear, (V) trigêmeo, (VI) abducente, (VII) facial, 
(VIII) vestibulo-coclear, (IX) glossofaríngeo, (X) vago, 
(XI) acessório e (XII) hipoglosso. 
 
Nervos espinhais: são aqueles que 
partem da região da medula espinhal. 
Existem 31 pares de nervos espinhais e 
eles recebem denominação de acordo 
com a região da coluna vertebral de 
onde emergem. Desses 31 pares: 8 pares 
são de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 
lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. 
 
Os nervos são responsáveis por promover 
a comunicação entre os centros nervosos 
(encéfalo e medula espinhal) e os órgãos 
efetores, como glândulas e músculos, e de 
sensibilidade. Os nervos, portanto, ao 
fazerem essa conexão, garantem que 
nosso corpo seja capaz, por exemplo, de 
se movimentar e de responder a 
diferentes sensações. 
Como o papel dos nervos é levar 
informações, quando eles são lesionados, 
essas informações deixam de ser 
passadas para os centros nervosos e 
outras partes do corpo, sendo assim, 
lesões nessas estruturas podem ser 
responsáveis, por exemplo, por: 
 Perda de sensibilidade, 
 Sensações de formigamento, 
 Atrofia muscular, 
 Perda de força, 
 Fraqueza na região acometida. 
As lesões nos nervos podem ter diferentes 
causas, sendo grande parte delas 
desencadeadas por traumas. 
Entretanto, algumas doenças podem ser 
responsáveis por provocar lesões nessas 
estruturas, como doenças autoimunes e 
diabetes, e o uso de determinados 
medicamentos e bebidas alcoólicas. 
 
Gânglios 
Os gânglios linfáticos são pequenas 
glândulas pertencentes ao sistema 
linfático, que estão espalhados pelo 
corpo e que são responsáveis por filtrar 
a linfa, recolhendo vírus, bactérias e 
outros organismos que podem provocar 
doenças. 
 Uma vez nos gânglios linfáticos, esses 
micro-organismos são eliminados pelos 
linfócitos, que são células de defesa 
importantes do organismo. Assim, os 
gânglios linfáticos são essenciais para o 
sistema imune de cada pessoa, ajudando 
a evitar ou combater infecções como 
gripes, amigdalites, otites ou resfriados. 
Em casos mais raros, a presença 
frequente de gânglios inflamados pode 
até ser sinal de câncer, especialmente 
linfoma ou leucemia. 
Embora, na maioria do tempo, os 
gânglios não possam ser apalpados ou 
sentidos, quando estão combatendo uma 
infecção, aumentam de tamanho, 
ficando inchados e, nesses casos, podem 
ser sentidos perto da região onde está 
ocorrendo a infecção. Entenda o que 
pode levar à inflamação dos gânglios 
linfáticos. 
 
Função dos gânglios 
linfáticos 
Os gânglios linfáticos são estruturas em 
forma de feijão que estão conectadas aos 
vasos linfáticos e que possuem linfócitos 
em seu interior, que são células do 
sistema imune responsáveis por 
combater infecções e algumas doenças. A 
função desses gânglios é filtrar a linfa, 
que é um líquido que circula dentro 
desses vasos e que também contém 
linfócitos, com o objetivo de eliminar 
substâncias estranhas, como bactérias, 
vírus ou células cancerosas, que podem 
afetar o organismo. 
Além disso, os gânglios linfáticos 
também são responsáveis pela 
maturação e pelo armazenamento dos 
linfócitos, que neste momento estão 
prontos para atuar contra infecções. 
 
Terminações Nervosas 
O sistema nervoso é um importante 
sistema do nosso corpo e está 
relacionado diretamente com a nossa 
sobrevivência. 
Esse sistema está ligado com a 
coordenação das diversas atividades do 
organismo, sendo responsável também 
por permitir a interpretação do meio 
que nos cerca. 
O sistema nervoso conta com células 
especializadas, os neurônios, que são 
responsáveis pela transmissão do 
impulso nervoso. O sistema nervoso pode 
ser dividido em dois tipos sob o ponto de 
vista anatômico: Sistema Nervoso 
Central (SNC) e o Sistema Nervoso 
Periférico (SNP). 
O SNP é a parte do sistema nervoso 
formada pelos nervos e gânglios. Sua 
função primordial é levar informações 
dos órgãos periféricos até o SNC e trazer 
as respostas desse sistema novamente 
para os órgãos. Sendo assim, esse sistema 
é responsável por conduzir informações. 
 
As terminações nervosas, as quais podem 
ser sensitivas ou motoras. 
As sensitivas são aquelas que conseguem 
captar estímulos, tais como calor, 
pressão e luz. Já as motoras terminam 
nos músculos e glândulas e funcionam de 
maneira parecida com as sinapses entre 
neurônios. 
 
Sistema Nervoso 
Autônomo 
O sistema nervoso autônomo (SNA) é uma 
divisão funcional do sistema nervoso, e 
tem partes no sistema nervoso central 
(SNC) e no sistema nervoso periférico 
(SNP). Ele controla de forma inconsciente 
as glândulas e o músculo liso de todos os 
órgãos internos (vísceras). É por isso que 
ele também é chamado de sistema 
nervoso visceral. 
A outra divisão funcional do sistema 
nervoso central é o sistema nervoso 
somático, que medeia as respostas 
voluntárias do corpo. Juntamente com as 
glândulas endócrinas, o SNA afeta 
funções importantes do corpo sem um 
envolvimento claro do córtex cerebral. 
Morfologicamente, o SNA está dividido 
em duas partes: uma central e uma 
periférica. Funcionalmente, o SNA é 
dividido em sistemas nervosos 
simpáticos (SNS) e parassimpático 
(SNPS). O SNA inerva: 
 Músculo liso (paredes dos vasos 
sanguíneos e dos órgãos ocos). 
 Músculo cardíaco. 
 Células glandulares. 
 
Anatomia 
A porção central do SNA é constituída 
por centros no tronco encefálico e na 
medula espinal, enquanto a porção 
periférica é constituída por fibras 
autonômicas e gânglios do SNP. Os 
centros do SNS encontram-se nos 
segmentos torácicos e lombares da 
medula espinal, daí essa divisão também 
ser chamada de divisão toracolombar. 
Ao contrário, os centros do SNPS 
encontram-se no tronco encefálico e nos 
segmentos sacrais da medula espinal, 
daí essa divisão também ser chamada de 
divisão craniossacral. 
 As fibras autonômicas pertencem ao 
sistema nervoso periférico e são ou 
aferentes ou eferentes. As fibras viscerais 
aferentes (sensoriais) transmitemimpulsos dos órgãos internos para os 
centros do SNS e do SNPS. Os centros 
autonômicos transmitem impulsos 
eferentes através de fibras viscerais 
eferentes (motoras) para as vísceras, e 
regulam constantemente a sua função de 
acordo com a informação que 
transportam. Esses impulsos são 
transportados através de gânglios e 
fibras nervosas pré- e pós-ganglionares. 
Os neurônios pré-ganglionares 
(primeira ordem) encontram-se na 
substância cinzenta do SNC. Os seus 
axônios (fibras pré-ganglionares) 
formam sinapses com os corpos dos 
neurônios pós-ganglionares (segunda 
ordem) que se encontram nos gânglios 
autonômicos. Um gânglio é uma porção 
de tecido nervoso fora do SNC, 
constituída pelos corpos neuronais dos 
neurônios de segunda ordem, cujos 
axônios (fibras pós-ganglionares) 
fornecem inervação autonômica aos 
órgãos. Os gânglios do SNS encontram-se 
perto dos centros do SNS, 
contrariamente aos gânglios do SNPS 
que se encontram longe dos centros do 
SNPS. Assim, as fibras pré-ganglionares 
do SNS são curtas, enquanto as fibras 
pós-ganglionares do SNS são mais 
longas, pois têm um trajeto mais longo a 
percorrer até chegarem aos seus tecidos 
alvos. No SNPS é ao contrário - as fibras 
pré-ganglionares são longas, enquanto 
as pós-ganglionares são curtas, porque 
os gânglios estão muito perto dos órgãos 
alvo. 
 Um fato especial sobre ambas as divisões 
do SNA é que a condução dos impulsos 
dos centros para a periferia ocorre 
através de uma série de dois neurônios 
multipolares, em vez de ser um único 
neurônio como geralmente acontece no 
sistema nervoso central. Um neurônio de 
primeira ordem, ou pré-ganglionar, 
encontra-se nos centros do SNA, e os seus 
axônios formam sinapse com um 
neurônio de segunda ordem encontrado 
nos gânglios autonômicos. 
É importante mencionar algumas 
informações sobre a fisiologia: 
 Todas as fibras pré-ganglionares 
do SNA liberam acetilcolina como 
neurotransmissor. 
 As fibras pós-ganglionares do 
SNPS liberam acetilcolina, 
enquanto as fibras pós-
ganglionares do SNS liberam 
norepinefrina (noradrenalina) 
(exceto as que inervam as 
glândulas sudoríparas, que 
liberam acetilcolina). 
 
 
 Sistema Nervoso 
Simpático 
Os corpos celulares do SNS encontram-se 
nas colunas intermediolaterais da 
substância cinzenta da medula espinal 
(T1-L2/L3). Em um corte transversal da 
medula espinal, as colunas 
intermediolaterais podem ser vistas 
como os cornos laterais da medula 
espinal. Os centros do SNS dão origem às 
fibras pré-ganglionares que formam 
sinapses nos gânglios do SNS. O SNS tem 
dois grupos de gânglios autonômicos: 
paravertebrais e pré-vertebrais. 
Os gânglios paravertebrais são 
encontrados dos lados direito e esquerdo 
do corpo, paralelos à coluna vertebral 
(daí o nome paravertebral) e estão 
ligados em cadeia para formar os 
troncos simpáticos direito e esquerdo ou 
a cadeia simpática. Cada tronco começa 
na base do crânio com o gânglio cervical 
superior. Os troncos unem-se ao nível do 
cóccix e formam o gânglio ímpar. Os 
gânglios pré-vertebrais (gânglios 
colaterais, gânglios pré-aórticos) 
encontram-se anteriormente à coluna 
vertebral, formando vários plexos em 
torno dos principais ramos da aorta 
abdominal, como os gânglios celíacos, 
junto do tronco celíaco. As fibras pré-
ganglionares deixam a medula espinal 
através das raízes ventrais e ramos 
anteriores dos nervos espinais, 
formando os ramos comunicantes 
brancos, que depois formam sinapses ou 
com os gânglios paravertebrais ou com 
os gânglios pré-vertebrais. As fibras pós-
ganglionares do tronco simpático 
formam os ramos comunicantes 
cinzentos, que depois entram nos ramos 
de todos os 31 nervos espinais. A 
inervação simpática da cabeça e do 
pescoço vem das fibras pós-
ganglionares do gânglio cervical 
superior do tronco simpático, e forma 
múltiplos plexos periarteriais em torno 
dos ramos das artérias carótidas. A 
inervação simpática das vísceras 
torácicas vem dos nervos esplâncnicos 
cardiopulmonares, que contribuem 
para os plexos cardíacos, esofágico, e 
pulmonares. Eles são fibras pós-
ganglionares do tronco simpático. A 
informação pós-ganglionar do SNS 
para o abdome e a pelve vem dos nervos 
esplâncnicos abdominais e pélvicos, que 
incluem os nervos esplâncnicos torácicos 
maior, menor e mínimo (T7-T11), e os 
nervos esplâncnicos lombares (T12-L3). Os 
nervos simpáticos abdominais e pélvicos 
são fibras pós-ganglionares dos 
gânglios pré-vertebrais. Eles formam os 
plexos periarteriais que circundam os 
ramos da aorta abdominal. 
Sistema Nervoso 
Parassimpático 
Os corpos celulares do SNPS estão no 
tronco encefálico e nos segmentos S2-S4 
da medula espinal. Os gânglios do SNPS 
estão perto dos órgãos alvo do abdome e 
são adicionados aos ramos dos nervos 
cranianos. O fluxo parassimpático 
sacral origina-se nos segmentos S2-S4 
da medula espinal. As fibras pré-
ganglionares saem da medula espinal 
através dos ramos anteriores dos nervos 
espinais, que formam os nervos 
esplâncnicos pélvicos. Eles formam 
sinapses com os gânglios do SNPS 
encontrados nas paredes dos seus 
órgãos alvo. Assim sendo, as fibras pós-
ganglionares são muito curtas. O fluxo 
sacral inerva o cólon descendente, o 
cólon sigmoide, o reto, a bexiga e o pênis 
ou o clitóris. 
Funções das divisões 
do SNA 
O SNS é a parte do SNA que está mais 
ativa durante o stress, enquanto o SNPS 
domina durante o descanso. Assim, a 
frase que comumente descreve o estado 
do corpo durante o predomínio do SNS é 
“lutar ou fugir”, enquanto que para o 
SNPS é “descansar e digerir”. 
O SNS estimula a resposta de “luta ou 
fuga” ao: 
 Contrair o músculo liso. 
 Contrair o músculo cardíaco ao 
estimular o sistema de condução do 
coração. 
 Diminuir as secreções das 
glândulas, exceto das glândulas 
sudoríparas. 
 A contração do músculo liso dos 
vasos leva à vasoconstrição e, por 
isso, ao aumento da pressão 
sanguínea. A estimulação do 
sistema de condução cardíaco leva 
a um aumento da frequência 
cardíaca e, logo, a um aumento do 
débito cardíaco, o que também leva 
a um aumento da pressão 
sanguínea. 
 
 
 
 
A contração do músculo liso dos 
brônquios leva à broncodilatação, que, 
juntamente com a diminuição da 
secreção das glândulas brônquicas, vai 
proporcionar uma capacidade 
respiratória máxima e um maior aporte 
de oxigênio aos músculos durante a luta 
ou a fuga. Além disso, a contração do 
músculo dilatador da pupila leva à 
midríase (dilatação da pupila). Isso 
aumenta a capacidade de detectar as 
informações visuais e aumenta também 
o estado de alerta. Os efeitos no 
metabolismo traduzem-se numa 
estimulação do consumo de energia. 
Todos esses efeitos aumentam o estado de 
alerta e mobilizam energia para 
preparar o corpo para uma luta ou fuga 
de uma situação perigosa (“lutar ou 
fugir”). Por outro lado, o predomínio do 
SNPS promove as ações de “descansar e 
digerir”. O SNPS relaxa o músculo liso 
levando à vasodilatação. Ele desacelera 
a frequência cardíaca através dos seus 
efeitos no sistema de condução do 
coração, que juntamente com a 
vasodilatação vão diminuir a pressão 
sanguínea. A contração do músculo do 
esfíncter da pupila promove a miose 
(constrição da pupila), e a contração do 
músculo ciliar possibilita a acomodação 
do olho (mudança do poder óptico do 
olho de forma a tornar a imagem clara 
ou a focar um objeto a distâncias 
variadas). 
 
O aumento da secreção glandular 
reflete-se principalmente em um 
aumento da função do trato 
gastrointestinal. A libertação de sucos 
digestivos e enzimas aumenta a digestão, 
e o fluxo sanguíneo aumentado nos 
intestinos aumenta a absorção de 
nutrientes. Além disso, o SNPS promove o 
anabolismo, ou seja, ele estimula a 
produção e armazenamento de energia. 
Como podemos ver, o SNPS redistribui ofluxo sanguíneo para os intestinos para 
recolher o máximo de nutrientes possível 
e armazená-los em depósitos de energia. 
O redirecionamento do fluxo sanguíneo e 
a diminuição da pressão sanguínea 
reduzem o estado de alerta do SNC, o que 
se traduz globalmente num estado de 
relaxamento (“descansar e digerir”).

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