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Sistema Nervoso Sensorial.pdf

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Sistema nervoso sensorial 
OS SENTIDOS: VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR, OLFATO E TATO 
 
Imagem: BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson R. O Corpo Humano. São Paulo, Ed. 
Ática, 2000. 
Os órgãos dos sentidos 
Os sentidos fundamentais do corpo humano - visão, audição, tato, gustação ou paladar e 
olfato - constituem as funções que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. 
Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que nos rodeia; 
contribuindo para a nossa sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos. 
Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos 
diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por células 
nervosas capazes de traduzir ou converter esses estímulos em impulsos elétricos ou 
nervosos que serão processados e analisados em centros específicos do sistema nervoso 
central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). A 
estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados é 
diversa. 
Tipos de receptores: 
1) Exteroceptores: respondem a estímulos externos, originados fora do organismo. 
2) Proprioceptores: os receptores proprioceptivos encontram-se no esqueleto e nas 
inserções tendinosas, nos músculos esqueléticos (formando feixes nervosos que 
envolvem as fibras musculares) ou no aparelho vestibular da orelha interna. Detectam a 
posição do indivíduo no espaço, assim como o movimento, a tensaõ e o estiramento 
musculares. 
3) Interoceptores: os receptores interoceptivos respondem a estímulos viscerais ou 
outras sensações como sede e fome. 
Em geral, os receptores sensitivos podem ser simples, como uma ramificação nervosa; 
mais complexos, formados por elementos nervosos interconectados ou órgãos 
complexos, providos de sofisticados sistemas funcionais. 
Dessa maneira: 
 pelo tato - sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc; 
 pela gustação - identificamos os sabores; 
 pelo olfato - sentimos o odor ou cheiro; 
 pela audição - captamos os sons; 
 pela visão - observamos as cores, as formas, os contornos, etc. 
Portanto, em nosso corpo os órgãos dos sentidos estão encarregados de receber 
estímulos externos. Esses órgãos são: 
è a pele - para o tato; 
 a língua - para a gustação; 
 as fossas nasais - para o olfato; 
 os ouvidos - para a audição; 
 os olhos - para a visão. 
VISÃO 
ANATOMIA DO OLHO 
 
Imagem: CRUZ, Daniel.O Corpo Humano. São Paulo, 
Ed. Ática, 2000. 
Os globos oculares estão 
alojados dentro de cavidades 
ósseas denominadas órbitas, 
compostas de partes dos 
ossos frontal, maxilar, 
zigomático, esfenóide, 
etmóide, lacrimal e palatino. 
Ao globo ocular encontram-
se associadas estruturas 
acessórias: pálpebras, 
supercílios (sobrancelhas), 
conjuntiva, músculos e 
aparelho lacrimal. 
 
Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de quatro meios transparentes: 
Túnicas: 
1- túnica fibrosa externa: esclerótica (branco do olho). Túnica resistente de tecido 
fibroso e elástico que envolve externamente o olho (globo ocular) A maior parte da 
esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão inseridos os músculos extra-oculares 
que movem os globos oculares, dirigindo-os a seu objetivo visual. A parte anterior da 
esclerótica chama-se córnea. É transparente e atua como uma lente convergente. 
2- túnica intermédia vascular pigmentada: úvea. Compreende a coróide, o corpo 
ciliar e a íris. A coróide está situada abaixo da esclerótica e é intensamente pigmentada. 
Esses pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. Acha-se 
intensamente vascularizada e tem a função de nutrir a retina. 
Possui uma estrutura muscular de cor variável – a íris, a qual é dotada de um orifício 
central cujo diâmetro varia, de acordo com a iluminação do ambiente – a pupila. 
A coróide une-se na parte anterior do olho ao corpo ciliar, estrutura formada por 
musculatura lisa e que envolve o cristalino, modificando sua forma. 
 
Na penumbra (acima) a pupila se dilata; na 
claridade (abaixo), ela se contrai. 
Em ambientes mal iluminados, por 
ação do sistema nervoso simpático, 
o diâmetro da pupila aumenta e 
permite a entrada de maior 
quantidade de luz. Em locais muito 
claros, a ação do sistema nervoso 
parassimpático acarreta diminuição 
do diâmetro da pupila e da entrada 
de luz. Esse mecanismo evita o 
ofuscamento e impede que a luz 
em excesso lese as delicadas 
células fotossensíveis da retina. 
3- túnica interna nervosa: retina. É a membrana mais interna e está debaixo da 
coróide. É composta por várias camadas celulares, designadas de acordo com sua 
relação ao centro do globo ocular. A camada mais interna, denominada camada de 
células ganglionares, contém os corpos celulares das células ganglionares, única fonte 
de sinais de saída da retina, que projeta axônios através do nervo óptico. Na retina 
encontram-se dois tipos de células fotossensíveis: os cones e os bastonetes. Quando 
excitados pela energia luminosa, estimulam as células nervosas adjacentes, gerando um 
impulso nervoso que se propaga pelo nervo óptico. 
A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. Há três tipos de 
cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com luz 
azul. São os cones as células capazes de distinguir cores. 
Os bastonetes não têm poder de resolução visual tão bom, mas são mais sensíveis à luz 
que os cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender 
exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra. 
Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina – produzida a partir 
da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira noturna e à 
xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e espessa, podendo levar 
à cegueira irreversível). 
Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e 
o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do 
objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina 
mais altamente especializada para a visão de alta resolução. A fóvea contém apenas 
cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da 
retina, maximizando a acuidade visual. 
 
Acuidade visual 
A capacidade do olho de distinguir entre dois pontos 
próximos é chamada acuidade visual, a qual depende de 
diversos fatores, em especial do espaçamento dos 
fotorreceptores na retina e da precisão da refração do olho. 
 
Os cones são encontrados principalmente na retina central, em um raio de 10 graus a 
partir da fóvea. Os bastonetes, ausentes na fóvea, são encontrados principalmente na 
retina periférica, porém transmitem informação diretamente para as células 
ganglionares. 
No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto cego não há cones nem 
bastonetes. Do ponto cego, emergem o nervo óptico e os vasos sangüíneos da retina. 
 
Meios transparentes: 
- Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no seu contorno 
e de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas 
glândulas lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no 
canto interno do olho. 
 
- humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino, preenchendo a 
câmara anterior do olho. 
- cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente. Situa-se atrás da 
pupila e e orienta a passagem da luz até a retina. Também divide o interior do olhoem 
dois compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes: (1) a câmara anterior, 
preenchida pelo humor aquoso e (2) a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo. 
Pode ficar mais delgado ou mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode 
torna-lo mais delgado ou mais curvo. Essas mudanças de forma ocorrem para desviar os 
raios luminosos na direção da mancha amarela. O cristalino fica mais espesso para a 
visão de objetos próximos e, mais delgado para a visão de objetos mais distantes, 
permitindo que nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. A essa 
propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação visual. Com o envelhecimento, o 
cristalino pode perder a transparência normal, tornando-se opaco, ao que chamamos 
catarata. 
- humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a 
retina, preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular 
esférico. 
Como já mencionado anteriormente, o globo ocular apresenta, ainda, anexos: as 
pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas lacrimais e os 
músculos oculares. 
As pálpebras são duas dobras de pele revestidas internamente por uma membrana 
chamada conjuntiva. Servem para proteger os olhos e espalhar sobre eles o líquido que 
conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas impedem a entrada de poeira e de 
excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que o suor da testa entre neles. As 
glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse líquido, espalhado pelos 
movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando choramos, o excesso de 
líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao exterior 
do nariz. 
 
 
 
Tato 
A pele é o maior órgão do corpo humano, chegando a medir 2 m2 e pesar 4 Kg em um 
adulto. É constituída por duas camadas distintas, firmemente unidas entre si - a 
epiderme (mais externa, formada por tecido epitelial) e a derme (mais interna, formada 
por tecido conjuntivo). 
 
clique para ampliar 
Uma vez que toda a superfície cutânea é provida de terminações nervosas capazes de 
captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos, a pele também é o maior órgão 
sensorial que possuímos, sendo suficientemente sensível para discriminar um ponto em 
relevo com apenas 0,006 mm de altura e 0,04 mm de largura quando tateado com a 
ponta do dedo. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são especializados na 
recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de 
natureza distinta. Cada receptor tem um axônio e, com exceção das terminações 
nervosas livres, todos eles estão associados a tecidos não-neurais. 
 
clique para ampliar 
Nas regiões da pele providas de pêlo, existem terminações nervosas específicas nos 
folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini. As primeiras, 
formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as forças mecânicas 
aplicadas contra o pêlo. Os terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são 
receptores térmicos de calor. 
Na pele desprovida de pêlo e também na que está coberta por ele, encontram-se 
ainda três tipos de receptores comuns: 
1) Corpúsculos de Paccini 
Captam especialmente estímulos vibráteis e táteis.São formados por uma fibra nervosa 
cuja porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a 
diversas células de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de 
pressão, que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos 
correspondentes. 
2) Corpúsculos de Meissner 
Táteis. Estão nas saliências da pele sem pêlos (como nas partes mais altas das 
impressões digitais). São formados por um axônio mielínico, cujas ramificações 
terminais se entrelaçam com células acessórias. 
 
clique para ampliar 
3) Discos de Merkel 
De sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra aferente costuma estar ramificada com 
vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em 
uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um 
prolongamento de seu protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre 
epiderme desencadeam o estímulo. 
4) Terminações nervosas livres 
Sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São 
formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, 
ambos envolvidos por uma membrana basal. 
Na pele sem pêlo encontram-se, ainda, outros receptores específicos: 
5) Bulbos terminais de Krause 
Receptores térmicos de frio. São formados por uma fibra nervosa cuja terminação 
possui forma de clava.Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas 
mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios e dos genitais). 
RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA 
Receptores de Krause Frio 
Receptores de Ruffini Calor 
Discos de Merkel Tato e pressão 
Receptores de Vater-Pacini Pressão 
Receptores de Meissner Tato 
Terminações nervosas livres Principalmente dor 
MODALIDADE 
DO ESTÍMULO 
ESTÍMULO 
TIPO DE 
RECEPTOR 
RECEPTOR 
SENSORIAL 
Tato Pressão Mecanorreceptor 
Corpúsculos de 
Vater-Pacini, 
Meissner e 
Merkel 
Temperatura 
Quantidade de 
calor 
Termorreceptor 
Receptores de 
Krause (frio) e de 
Ruffini (calor) 
Dor 
Estímulos 
intensos e 
substâncias 
químicas 
Nociceptor 
Terminações 
nervosas livres 
Mediadores químicos da dor 
Vários produtos químicos modulam a excitabilidade dos nociceptores, tornando-os mais 
sensíveis aos estímulos térmicos ou mecânicos que provocam dor: 
4 bradicinina: despolariza diretamente os nociceptores e estimula mudanças celulares 
que deixam mais sensíveis os canais iônicos ativados pela temperatura; 
4 prostaglandinas: gerados pela quebra enzimática de lipídeos de membrana. Não 
desencadeiam diretamente a dor, mas aumentam muito a sensibilidade dos nociceptores 
a outros estímulos; 
4 substância P: peptídeo sintetizado pelos próprios nociceptores. Causa vasodilatação e 
liberação de histamina a partir dos mastócitos e também pode provocar a sensibilização 
de outros nociceptores ao redor do local da lesão. 
A ativação de um ramo do axônio de um nociceptor pode levar à secreção de substância 
P por outros ramos daquele axônio nas vizinhanças. As informações sensoriais, após 
chegarem à medula espinhal, são transmitidas ao bulbo, tálamo e finalmente córtex 
somatossensorial. 
 
clique para ampliar 
A GUSTAÇÃO (PALADAR) 
Os sentidos gustativo e olfativo são chamados sentidos químicos, porque seus 
receptores são excitados por estimulantes químicos. Os receptores gustativos são 
excitados por substâncias químicas existentes nos alimentos, enquanto que os receptores 
olfativos são excitados por substâncias químicas do ar. Esses sentidos trabalham 
conjuntamente na percepção dos sabores. O centro do olfato e do gosto no cérebro 
combina a informação sensorial da língua e do nariz. 
 
Imagem: www.msd.es/publicaciones/mmerck_hogar/seccion_06/seccion_06_072.html, 
com adaptações 
 
O receptor sensorial do paladar é a 
papila gustativa. É constituída por 
células epiteliais localizadas em torno de 
um poro central na membrana mucosa 
basal da língua. Na superfície de cada 
uma das células gustativas observam-se 
prolongamentos finos como pêlos, 
projetando-se em direção da cavidade 
bucal; são chamados microvilosidades. 
Essas estruturas fornecem a superfície 
receptora para o paladar. 
Observa-se entre as células gustativas de 
uma papila uma rede com duas ou três 
fibras nervosasgustativas, as quais são 
estimuladas pelas próprias células 
gustativas. Para que se possa sentir o 
gosto de uma substância, ela deve 
primeiramente ser dissolvida no líquido 
bucal e difundida através do poro 
gustativo em torno das 
microvilosidades. Portanto substâncias 
 
 
Imagem: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 
5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 
1981. 
altamente solúveis e difusíveis, como 
sais ou outros compostos que têm 
moléculas pequenas, geralmente 
fornecem graus gustativos mais altos do 
que substâncias pouco solúveis 
difusíveis, como proteínas e outras que 
possuam moléculas maiores. 
 
A gustação é primariamente uma função da língua, embora regiões da faringe, palato e 
epiglote tenham alguma sensibilidade. Os aromas da comida passam pela faringe, onde 
podem ser detectados pelos receptores olfativos. 
As Quatro Sensações Gustativas-Primárias 
Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais 
percebem os quatro sabores primários, aos quais chamamos sensações gustativas 
primárias: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação 
resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores 
gustativos, na superfície da língua, não é homogênea. 
 
1.Papilas circunvaladas 
2.Papilas fungiformes 
3. Papilas filiformes 
 
Imagem: 
www.nib.unicamp.br/svol/sentidos.html 
/sentidos.html 
Até os 
últimos 
anos 
acreditava-se que existiam quatro tipos 
inteiramente diferentes de papila gustativa, 
cada qual detectando uma das sensações 
gustativas primárias particular. Sabe-se agora 
que todas as papilas gustativas possuem 
alguns graus de sensibilidade para cada uma 
das sensações gustativas primárias. 
Entretanto, cada papila normalmente tem 
maior grau de sensibilidade para uma ou duas 
das sensações gustativas. O cérebro detecta o 
tipo de gosto pela relação (razão) de 
estimulação entre as diferentes papilas 
gustativas. Isto é, se uma papila que detecta 
principalmente salinidade é estimulada com 
maior intensidade que as papilas que 
respondem mais a outros gostos, o cérebro 
interpreta a sensação como de salinidade, 
embora outras papilas tenham sido 
estimuladas, em menor extensão, ao mesmo 
tempo. 
O sabor diferente das comidas 
Cada comida ativa uma diferente combinação de sabores básicos, ajudando a torná-la 
única. Muitas comidas têm um sabor distinto como resultado da soma de seu gosto e 
cheiro, percebidos simultaneamente. Além disso, outras modalidades sensoriais também 
contribuem com a experiência gustativa, como a textura e a temperatura dos alimentos. 
A sensação de dor também é essencial para sentirmos o sabor picante e estimulante das 
comidas apimentadas. 
 REGULAÇÃO DA DIETA PELAS SENSAÇÕES GUSTATIVAS 
As sensações gustativas obviamente auxiliam na regulação da dieta. Por exemplo, o 
sabor doce é normalmente agradável, o que faz com que um animal procure 
preferentemente alimentos doces. Por outro lado, o gosto amargo é geralmente 
desagradável, fazendo com que os alimentos amargos, que geralmente são venenosos, 
sejam rejeitados. O gosto ácido é muitas vezes desagradável, o mesmo ocorrendo com o 
sabor salgado. O prazer sentido com os diferentes tipos de gosto é determinado 
normalmente pelo estado de nutrição momentâneo do organismo. Se uma pessoa está há 
muito sem ingerir sal, por motivos ainda não conhecidos, a sensação salgada torna-se 
extremamente agradável. Caso a pessoa tenha ingerido sal em excesso, o sabor salgado 
ser-lhe-á bastante desagradável. O mesmo acontece com o gosto ácido e, em menor 
extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a qualidade da dieta é automaticamente 
modificada de acordo com as necessidades do organismo. Isto é, a carência de um 
determinado tipo de nutriente geralmente intensifica uma ou mais sensações gustativas e 
faz com que a pessoa procure alimentos que possuam o gosto característico do alimento 
de que carece. 
IMPORTÂNCIA DO OLFATO NO PALADAR 
 Muito do que chamamos gosto é, na verdade, olfato, pois os alimentos, ao penetrarem 
na boca, liberam odores que se espalham pelo nariz. Normalmente, a pessoa que está 
resfriada afirma não sentir gosto, mas, ao testar suas quatro sensações gustativas 
primárias, verifica-se que estão normais. 
As sensações olfativas funcionam ao lado das sensações gustativas, auxiliando no 
controle do apetite e da quantidade de alimentos que são ingeridos. 
TRANSMISSÃO DE ESTÍMULOS AO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
As vias de transmissão dos estímulos gustativos ao tronco cerebral e daí ao córtex 
cerebral. Os estímulos passam das papilas gustativas na boca ao tracto solitário, 
localizado na medula oblonga (bulbo). Em seguida, os estímulos são transmitidos ao 
tálamo; do tálamo passam ao córtex gustativo primário e, subseqüentemente, às áreas 
associativas gustativas circundantes e à região integrativa comum que é responsável 
pela integração de todas as sensações. 
 
O OLFATO 
O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos. O 
epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual 
com seis pêlos sensoriais (um cachorro tem mais de 100 milhões de células sensoriais, 
cada qual com pelo menos 100 pêlos sensoriais). Os receptores olfativos são neurônios 
genuínos, com receptores próprios que penetram no sistema nervoso central. 
 
A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está situada em cima da boca 
e debaixo da caixa craniana. Contém os órgãos do sentido do olfato, e é forrada por um 
epitélio secretor de muco. Ao circular pela cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e 
esquenta. O órgão olfativo é a mucosa que forra a parte superior das fossas nasais - 
chamada mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la da vermelha - que cobre a 
parte inferior. 
A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos, e contém 
glândulas que secretam muco, que mantém úmida a região. Se os capilares se dilatam e 
o muco é secretado em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do 
resfriado. 
A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. Os 
dendritos das células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pêlos olfativos), que 
ficam mergulhados na camada de muco que recobre as cavidades nasais. Os produtos 
voláteis ou de gases perfumados ou ainda de substâncias lipossolúveis que se 
desprendem das diversas substâncias, ao serem inspirados, entram nas fossas nasais e se 
dissolvem no muco que impregna a mucosa amarela, atingindo os prolongamentos 
sensoriais. 
 
Dessa forma, geram impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo celular das 
células olfativas, de onde atingem os axônios, que se comunicam com o bulbo olfativo. 
Os axônios se agrupam de 10-100 e penetram no osso etmóide para chegar ao bulbo 
olfatório, onde convergem para formar estruturas sinápticas chamadas glomérulos. Estas 
se conectam em grupos que convergem para as células mitrais. Fisiologicamente essa 
convergência aumenta a sensibilidade olfatória que é enviada ao Sistema Nervoso 
Central (SNC), onde o processo de sinalização é interpretado e decodificado. 
 
Aceita-se a hipótese de que existem alguns tipos básicos de células do olfato, cada uma 
com receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipos diferentes de cheiros que 
uma pessoa consegue distinguir resultariam da integração de impulsos gerados por uns 
cinqüenta estímulos básicos, no máximo. A integração desses estímulos seria feita numa 
região localizada em áreas laterais do córtex cerebral, que constituem o centroolfativo. 
 
 
Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. 
Interamericana, 1981. 
A mucosa olfativa é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimula-la, 
produzindo a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior for a 
quantidade de receptores estimulados, o que depende da concentração da substância 
odorífera no ar. 
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto mastigamos, 
sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro. Do ponto de vista adaptativo, o olfato 
tem uma nítida vantagem em relação ao paladar: não necessita do contato direto com o 
objeto percebido para que haja a excitação, conferindo maior segurança e menor 
exposição a estímulos lesivos. 
O olfato, como a visão, possui uma enorme capacidade adaptativa. No início da 
exposição a um odor muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte também, 
mas, após um minuto, aproximadamente, o odor será quase imperceptível. 
Porém, ao contrário da visão, capaz de perceber um grande número de cores ao mesmo 
tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada vez. Contudo, 
um odor percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes. Se tanto um odor 
pútrido quanto um aroma doce estão presentes no ar, o dominante será aquele que for 
mais intenso, ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação olfativa será entre 
doce e pútrida. 
 O MECANISMO DA AUDIÇÃO 
O som é produzido por ondas de compressão e descompressão alternadas do ar. As 
ondas sonoras propagam-se através do ar exatamente da mesma forma que as ondas 
propagam-se na superfície da água. Assim, a compressão do ar adjacente de uma corda 
de violino cria uma pressão extra nessa região, e isso, por sua vez, faz com que o ar um 
pouco mais afastado se torne pressionado também. A pressão nessa segunda região 
comprime o ar ainda mais distante, e esse processo repete-se continuamente até que a 
onda finalmente alcança a orelha. 
A orelha humana é um órgão altamente sensível que nos capacita a perceber e 
interpretar ondas sonoras em uma gama muito ampla de freqüências (16 a 20.000 Hz - 
Hertz ou ondas por segundo). 
 
A captação do som até sua percepção e interpretação é uma seqüência de 
transformações de energia, iniciando pela sonora, passando pela mecânica, hidráulica 
e finalizando com a energia elétrica dos impulsos nervosos que chegam ao cérebro. 
ENERGIA SONORA – ORELHA EXTERNA 
O pavilhão auditivo capta e canaliza as ondas para o canal auditivo e para o tímpano 
O canal auditivo serve como proteção e como amplificador de pressão 
Quando se choca com a membrana timpânica, a pressão e a descompressão alternadas 
do ar adjacente à membrana provocam o deslocamento do tímpano para trás e para 
frente. 
 
Imagem: www.if.ufrj.br/teaching/fis2/ondas2/ouvido/ouvido.html 
Como mostrado acima, uma compressão força o tímpano para dentro e a descompressão 
o força para fora. Logo, o tímpano vibra com a mesma freqüência da onda. Dessa 
forma, o tímpano transforma as vibrações sonoras em vibrações mecânicas que são 
comunicadas aos ossículos (martelo, bigorna e estribo). 
ENERGIA MECÂNICA – ORELHA MÉDIA 
O centro da membrana timpânica conecta-se com o cabo do martelo. Este, por sua vez, 
conecta-se com a bigorna, e a bigorna com o estribo. Essas estruturas, como já 
mencionado anteriormente (anatomia da orelha média), encontram-se suspensas através 
de ligamentos, razão pela qual oscilam para trás e para frente. 
A movimentação do cabo do martelo determina também, no estribo, um movimento de 
vaivém, de encontro à janela oval da cóclea, transmitindo assim o som para o líquido 
coclear. Dessa forma, a energia mecânica é convertida em energia hidráulica. 
Os ossículos funcionam como alavancas, aumentando a força das vibrações mecânicas e 
por isso, agindo como amplificadores das vibrações da onda sonora. Se as ondas 
sonoras dessem diretamente na janela oval, não teriam pressão suficiente para mover o 
líquido coclear para frente e para trás, a fim de produzir a audição adequada, pois o 
líquido possui inércia muito maior que o ar, e uma intensidade maior de pressão seria 
necessária para movimenta-lo. A membrana timpânica e o sistema ossicular convertem 
a pressão das ondas sonoras em uma forma útil, da seguinte maneira: as ondas sonoras 
são coletadas pelo tímpano, cuja área é 22 vezes maior que a área da janela oval. 
Portanto, uma energia 22 vezes maior do que aquela que a janela oval coletaria sozinha 
é captada e transmitida, através dos ossículos, à janela oval. Da mesma forma, a pressão 
de movimento da base do estribo apresenta-se 22 vezes maior do que aquela que seria 
obtida aplicando-se ondas sonoras diretamente à janela oval. Essa pressão é, então, 
suficiente para mover o líquido coclear para frente e para trás. 
ENERGIA HIDRÁULICA – ORELHA INTERNA 
À medida que cada vibração sonora penetra na cóclea, a janela oval move-se para 
dentro, lançando o líquido da escala vestibular numa profundidade maior dentro da 
cóclea. A pressão aumentada na escala vestibular desloca a membrana basilar para 
dentro da escala timpânica; isso faz com que o líquido dessa câmara seja empurrado na 
direção da janela oval, provocando, por sua vez, o arqueamento dela para fora. Assim, 
quando as vibrações sonoras provocam a movimentação do estribo para trás, o processo 
é invertido, e o líquido, então, move-se na direção oposta através do mesmo caminho, e 
a membrana basilar desloca-se para dentro da escala vestibular. 
 
Movimento do líquido na cóclea quando o estribo é impelido para frente. 
Imagem: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. 
Interamericana, 1981. 
A vibração da membrana basilar faz com que as células ciliares do órgão de Corti se 
agitem para frente e para trás; isso flexiona os cílios nos pontos de contato com a 
membrana tectórica (tectorial). A flexão dos cílios excita as células sensoriais e gera 
impulsos nas pequenas terminações nervosas filamentares da cóclea que enlaçam essas 
células. Esses impulsos são então transmitidos através do nervo coclear até os centros 
auditivos do tronco encefálico e córtex cerebral. Dessa forma, a energia hidráulica é 
convertida em energia elétrica. 
 
A flexão dos cílios nos pontos de 
contato com a membrana tectórica 
excita as células sensoriais, gerando 
impulsos nervosos nas pequenas 
terminações nervosas filamentares 
da cóclea que enlaçam essas células. 
PERCEPÇÃO DA ALTURA DE UM SOM 
Um fenômeno chamado ressonância 
ocorre na cóclea para permitir que cada 
freqüência sonora faça vibrar uma secção 
diferente da membrana basilar. Essas 
vibrações são semelhantes àquelas que 
ocorrem em instrumentos musicais de 
corda. Quando a corda de um violino, 
por exemplo, é puxada para um lado, fica 
um pouco mais esticada do que o normal 
e esse estiramento faz com que se mova 
de volta na direção oposta, o que faz 
com que a corda se torne esticada mais 
uma vez, mas agora na direção oposta, 
voltando então à primeira posição. Esse 
ciclo repete-se várias vezes, razão pela 
qual uma vez que a corda começa a vibrar, assim permanece por algum tempo. 
Quando sons de alta freqüência penetram na janela oval, sua propagação faz-se apenas 
num pequeno trecho da membrana basilar, antes que um ponto de ressonância seja 
alcançado. Como resultado, a membrana move-se forçosamente nesse ponto, enquanto o 
movimento de vibração é mínimo por toda a membrana. Quando uma freqüência média 
sonora penetra na janela oval, a onda propaga-se numa maior extensão ao longo da 
membrana basilar antes da área de ressonância ser atingida. Finalmente, uma baixafreqüência sonora propaga-se ao longo de quase toda a membrana antes de atingir seu 
ponto de ressonância. Dessa forma, quando as células ciliares próximas à base da cóclea 
são estimuladas, o cérebro interpreta o som como sendo de alta freqüência (agudo), 
quando as células da porção média da cóclea são estimuladas, o cérebro interpreta o 
som como de altura intermediária, e a estimulação da porção superir da cóclea é 
interpretada como som grave. 
PERCEPÇÃO DA INTENSIDADE DE UM SOM 
A intensidade de um som é determinada pela intensidade de movimento das fibras 
basilares. Quanto maior o deslocamento para frente e para trás, mais intensamente as 
células ciliares sensitivas são estimuladas e maior é o número de estímulos transmitidos 
ao cérebro para indicar o grau de intensidade. Por exemplo, se uma única célula ciliar 
próxima da base da cóclea transmite um único estímulo por segundo, a altura do som 
será interpretada como sendo de um som agudo, porém de intensidade quase zero. Se 
essa mesma célula ciliar é estimulada 1.000 vezes por segundo, a altura do som 
permanecerá a mesma (continuará agudo), mas a sua intensidade será extrema (a 
potência do som será maior devido à intensidade de movimento das fibras basilares). 
ENERGIA ELÉTRICA – DA ORELHA INTERNA AOS CENTROS AUDITIVOS 
DO TRONCO ENCEFÁLICO E CÓRTEX CEREBRAL 
Após atravessarem o nervo coclear, os estímulos são transmitidos, como já dito 
anteriormente, aos centros auditivos do tronco encefálico e córtex cerebral, onde são 
processados. 
Os centros auditivos do tronco encefálico relacionam-se com a localização da direção da 
qual o som emana e com a produção reflexa de movimentos rápidos da cabeça, dos 
olhos ou mesmo de todo o corpo, em resposta a estímulos auditivos. 
O córtex auditivo, localizado na porção média do giro superior do lobo temporal, recebe 
os estímulos auditivos e interpreta-os como sons diferentes. 
Resumindo: na orelha interna, as vibrações mecânicas se transformam em ondas de 
pressão hidráulica que se propagam pela endolinfa. A vibração da janela oval, 
provocada pela movimentação da cadeia ossicular, move a endolinfa e as células ciliares 
do órgão de Corti, gerando um potencial de ação que é transmitido aos centros auditivos 
do tronco encefálico e do córtex cerebral. 
 
	Tato

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