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APOSTILA de atendimentos em academia

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Atuação do Nutricionista em 
Academias: prescrição dietética e 
suplementação 
 
 
 
 
 
Prof. Thomas Thassio Rodrigues de Araújo 
 
 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
2 
Sumário 
 
1 Introdução ................................................................................................. 3 
2. Anamnese ................................................................................................ 4 
2.1 Avaliação do Consumo Alimentar .......................................................... 5 
2.2 Avaliação Antropométrica ...................................................................... 7 
2.3 Importância dos Exames Bioquímicos ................................................. 10 
2.4 Avaliação do Gasto Energético ............................................................ 11 
3. Emagrecimento ...................................................................................... 12 
4. Hipertrofia Muscular ............................................................................... 16 
5. Suplementos Alimentares ...................................................................... 18 
6. Esteroides Anabolizantes ...................................................................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
3 
1 Introdução 
 
 Os efeitos positivos do exercício físico bem conduzido, sobre a saúde 
dos indivíduos são inquestionáveis, sendo um importante fator capaz de 
influenciar diversos aspectos fisiológicos do organismo e estando 
positivamente associada a estratégias que levam a mudanças de hábitos 
alimentares, desencoraja o fumo e a utilização de outras substâncias 
prejudiciais à saúde, como álcool e drogas (LOPES et al., 2015). 
 Dentre as diversas modalidades de exercício físico, a musculação ou 
treinamento resistido tem sido amplamente praticado pelas pessoas que 
buscam melhor desempenho físico, manutenção ou melhora da qualidade de 
vida. O número de praticantes de musculação se torna cada vez maior. 
Adolescentes, adultos e idosos frequentam as academias, seja por iniciativa 
própria ou por indicação médica, com o objetivo de ganho de massa muscular, 
perda de peso, fortalecimento muscular, manutenção e promoção à saúde 
(LOPES et al., 2015). 
 Essas melhorias influenciam diretamente os aspectos psicológicos, 
como por exemplo, aumento da auto-estima e da motivação para a prática 
do exercício. Aliado a isso, a estética foi apontada como principal motivo para a 
prática da musculação por alunos e professores (SIMÕES et al., 2011). 
 Tal ambiente favorece a disseminação de padrões estéticos 
estereotipados, como o corpo magro, com baixa quantidade de gordura ou com 
elevado volume e hipertrofia muscular, motivo pelo qual grande parte dos 
frequentadores buscam uma nutrição ideal e adequada ao tipo de treino. Ainda 
que a preocupação com a saúde e estética tenha aumentado notavelmente, 
existe muita falta de informação e orientação em relação à nutrição ideal e, 
assim, o praticante de exercícios físicos pode vir a desenvolver e/ou manter 
hábitos alimentares inadequados, ou consumir erroneamente suplementos 
alimentares, prejudicando o alcance de seus objetivos com a prática de 
exercícios físicos (MOREIRA & RODRIGUES, 2014). 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
4 
 A orientação dietética individualizada é defendida por nutricionistas com 
o objetivo de consumir refeições adequadas e equilibradas, somando-se à 
prática de exercícios físicos orientados e regulares, pois tais ações podem 
levar a resultados satisfatórios sob vários aspectos, salientando que a 
necessidade de utilização dos suplementos alimentares também deve ser 
avaliada por um profissional especializado (MOREIRA & RODRIGUES, 2014). 
 
2. Anamnese 
 
 Para a avaliação do estado nutricional de um indivíduo ou grupo 
populacional, é necessária a utilização de métodos de coleta e procedimentos 
diagnósticos que possibilitem determinar o estado nutricional, assim como as 
causas prováveis que deram origem ao(s) problema(s) nutricional(is), para que 
medidas de intervenção sejam planejadas, executadas e monitoradas nos 
âmbitos individual ou coletivo (SAMPAIO, 2012). 
 A avaliação do estado nutricional tem como objetivo identificar distúrbios 
e riscos nutricionais, e também a gravidade desses, para então traçar condutas 
que possibilitem a recuperação ou manutenção adequada do estado de saúde. 
O monitoramento do paciente, através da avaliação nutricional, também é 
muito importante para acompanhar as respostas do indivíduo às intervenções 
nutricionais (SAMPAIO, 2012). 
 Esta avaliação também é importante para notar o desequilíbrio entre o 
consumo alimentar e o gasto energético, que se observam as alterações no 
estado nutricional ao nível do corpo biológico. Tal desequilíbrio em decorrência 
do consumo insuficiente para atender as necessidades nutricionais, pode ter 
como consequência doenças carenciais, a exemplo da desnutrição energético 
proteica, anemia ferropriva, hipovitaminose A, dentre outras. No caso do 
excesso de consumo, tem-se a obesidade, excesso de algumas vitaminas e 
minerais, as dislipidemias e algumas doenças crônicas não transmissíveis, 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
5 
como a hipertensão, o diabetes não insulino dependente e alguns tipos de 
câncer (SAMPAIO, 2012). 
 Nesse âmbito, a anamnese é uma ferramenta interessante para 
investigar tais situações e alguns pontos podem ser perguntados, como: 
histórico de doenças, histórico de vida (onde e como nasceu, estilo de vida na 
infância e adolescência), padrão de sono, utilização de medicamentos e/ou 
suplementos, solicitação de exames bioquímicos, avaliação antropométrica, 
exame físico, avaliação da ingestão hídrica e do consumo alimentar. 
 
2.1 Avaliação do Consumo Alimentar 
 
Ao realizar a avaliação do consumo alimentar, é necessária uma 
investigação detalhada dos hábitos alimentares, incluindo o padrão alimentar 
quanto ao número, ao tipo e composição das refeições, às restrições, às 
preferências alimentares e ao apetite. Ademais, recomenda-se a avaliação dos 
hábitos e das condições alimentares da família, com vistas ao apoio 
dietoterápico, em função de disponibilidade de alimentos, condições, 
procedimentos e comportamentos em relação ao preparo, conservação, 
armazenamento e cuidados higiênicos (FISBERG et al., 2009). 
Ao ampliar a visão, pode-se notar que os hábitos alimentares estão 
intimamente relacionados aos aspectos culturais, antropológicos, 
socioeconômicos e psicológicos que envolvem o ambiente das pessoas. Neste 
contexto, a análise do consumo alimentar tem papel decisivo e não se restringe 
à mera quantificação dos nutrientes consumidos. Ao contrário, busca-se, em 
conjunto com o paciente, a identificação dos determinantes demográficos, 
sociais, culturais, ambientais, cognitivo e emocionais da alimentação cotidiana 
para que sejam estabelecidos planos alimentares mais adequados à realidade, 
o que resultará em melhor adesão ao tratamento nutricional (FISBERG et al., 
2009). 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
6 
A avaliação do consumo alimentar é realizada para fornecer subsídios 
para o desenvolvimento e implantaçãode planos nutricionais e deve integrar 
um protocolo de atendimento para avaliação nutricional, cujo objetivo deve ser 
o de estimar se a ingestão de alimentos está adequada ou inadequada e o de 
identificar hábitos inadequados e/ou a ingestão excessiva de alimentos com 
pobre conteúdo nutricional (FISBERG et al., 2009). 
A avaliação do consumo alimentar individual requer, inicialmente, a 
definição clara da finalidade a ser alcançada para orientar a seleção do método 
de inquérito. Fatores como estado geral do indivíduo/paciente, evolução da 
condição clínica e os motivos pelos quais o indivíduo necessita de orientação 
nutricional direcionam a escolha do método de avaliação do consumo alimentar 
(FISBERG et al., 2009). 
Existem alguns métodos de avaliação do consumo alimentar e podem 
ser classificados em: quantitativos da ingestão de nutrientes (recordatório de 
24h e registro alimentar), avaliação do consumo de alimentos ou grupos 
alimentares (questionário de frequência alimentar) e avaliação do padrão 
alimentar (história alimentar) (FISBERG et al., 2009). 
Os erros associados às medidas da dieta podem ser categorizados em 
três grupos: o entrevistado; o entrevistador e o método de inquérito utilizado 
para coletar e, subsequentemente, analisar a informação obtida. As interações 
nesse sistema triangular podem teoricamente afetar a medida da dieta, e, 
dependendo do tipo de erro introduzido, o consumo dietético pode ser 
subestimado ou superestimado (FISBERG et al., 2009). 
Tais erros podem ser minimizados através da obtenção de uma base de 
dados dietéticos (software) acurada, estabelecimento de uma relação cordial e 
respeitosa com o paciente, treinamento prévio do profissional para não cometer 
erros durante o questionamento (FISBERG et al., 2009). 
Após a coleta, para a análise da adequação da dieta consumida, deve-
se considerar as estimativas propostas pelas Dietary Reference Intakes (DRI). 
Através destas, podem ser observadas: a necessidade média estimada (EAR) 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
7 
que corresponde a 50% das necessidades daquele nutriente; a ingestão 
dietética recomendada (RDA), que corresponde a 97 a 98% das necessidades; 
a ingestão adequada (AI) que é utilizada quando não há dados suficientes para 
determinar a EAR e RDA; e o limite superior tolerável (UL), que corresponde ao 
valor mais alto de ingestão diária de determinado nutriente (COZZOLINO, 
2016). 
Ao ver em qual faixa encontra-se cada nutriente, a interpretação se dá 
da seguinte maneira: EAR significa uma possibilidade de inadequação, RDA 
baixa probabilidade de inadequação acima desse valor, assim como AI, e por 
fim, UL nos mostra que uma ingestão acima dessa faixa representa risco ao 
organismo (COZZOLINO, 2016). 
 
2.2 Avaliação Antropométrica 
 
 A avaliação antropométrica é procedimento de suma importância na 
prática do nutricionista, pois monitora alterações na composição corporal que 
ocorrem de acordo com os protocolos de exercícios físicos e alimentação, é 
uma forma de interação entre profissional e paciente, além de relacionar a 
composição corporal com o desempenho no esporte (MCARDLE et al., 2011). 
 Ao realizar uma avaliação antropométrico, é preciso ter em vista que o 
processo é contínuo e sistemático, ou seja, deve existir um acompanhamento e 
padronização do que é feito, além de comparar os dados. Além disso, deve ser 
funcional, integral e orientadora, pois é preciso mostrar ao cliente o porquê 
desse procedimento ser realizado e o que pode ser melhorado. Outro ponto 
importante e que deve ser diferenciado é a diferença entre medir e avaliar. 
Fazer apenas a medição, sem interpretar e avaliar, não terá relevância. É 
preciso uma adequada interpretação daquela medição para entregar ao cliente 
um laudo avaliativo (LOPES & RIBEIRO, 2014). 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
8 
 A avaliação antropométrica tem como principal foco a composição 
corporal e pode ser aplicada na área clínica, esportiva e estética (LOPES & 
RIBEIRO, 2014). O primeiro indicador que pode ser avaliado apenas com os 
dados da massa corporal (Kg) e estatura (m), é o Índice de Massa Corporal 
(IMC). Entretanto, seus resultados são limitados, uma vez que uma pessoa 
pode encontrar-se na faixa de classificação de sobrepeso (IMC≥25Kg/m² a IMC 
= 29,9Kgm/m²), mas com bom padrão de massa magra e sem excesso de 
gordura corporal. 
 Assim, é preciso outras ferramentas para detalhar a avaliação. Uma 
forma rápida e simples de realizar esta avaliação é através da perimetria, 
procedimento feito com uma fita inelástica. Os perímetros fornecem 
informações rápidas e confiáveis, mostram proporções corporais, podem ser 
utilizados para equações estimar a massa muscular, ajudam a perceber 
alterações na forma e tamanho de partes do corpo (importante para quadros de 
reabilitação, hipertrofia muscula e emagrecimento) e são utilizados em 
indicadores de saúde (HEYWARD, 2002). 
 Um dos indicadores mais recentes é a razão cintura/estatura (RCE), que 
vem sendo utilizado como preditor de risco coronariano. Admite-se que há um 
maior risco se esta razão for >0,5. Dessa forma, a cintura (cm) deve ser, no 
máximo, metade da estatura (cm) para ter um menor risco cardiovascular 
(PITANGA & LESSA, 2006; HAUAN et al., 2009). Ou seja, um indivíduo com 
estatura de 150cm, deve ter a sua perimetria de cintura ≤75cm. 
 Entretanto, os perímetros, isoladamente, nos dão poucas informações 
acerca da quantidade de gordura e massa muscular. Assim, com um 
plicômetro, pode-se realizar a aferição de dobras cutâneas e predizer a 
adiposidade corporal com relativa exatidão (LOPES & RIBEIRO, 2014). A faixa 
média de percentual de gordura para homens é em torno de 15% e para 
mulheres 23% (HEYWARD & STOLARCZYK, 2000). 
Uma baixa reserva de gordura, assim como um excesso apontam um 
risco para a saúde. Quando há uma baixa reserva de gordura corporal (≤5% 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
9 
para homens ou ≤8% para mulheres), os riscos estão relacionados a 
desnutrição e desequilíbrio hormonal. Já com o excesso (≥25% para homens e 
≥32% para mulheres), os riscos estão associados a doenças cardiovasculares, 
alterações no perfil lipídico e diabetes mellitus tipo II (LOPES & RIBEIRO, 
2014). 
Além disso, com o plicômetro, pode-se observar a distribuição de 
gordura corporal e classificar em quatro tipos: distribuição periférica, 
concentração subcutânea na região central, excesso de gordura visceral, 
região coxo femoral (LOPES & RIBEIRO, 2014). 
É preciso ter cuidado com a interpretação dos resultados ao realizar a 
avaliação através de dois componentes (massa gorda e massa magra), como é 
feito através das dobras cutâneas. Muitas pessoas confundem os conceitos de 
massa magra e massa muscular. Assim, o conhecimento acerca dos conceitos 
dos componentes é de suma importância. 
A massa magra corresponde a massa livre de gordura corporal (todos os 
tecidos e resíduos livres de lipídios, incluindo água, músculos, ossos, tecidos 
conjuntivos e órgãos internos) mais os lipídios essenciais (fosfolipídios 
encontrados em membrana celular) (ROSSI et al., 2009). Dessa forma, a 
massa muscular está contida na massa magra e o indivíduo pode aumentar a 
sua quantidade de massa magra sem necessariamente elevar a quantidade de 
massa muscular. 
Para estimar a quantidade de massa muscular através dos perímetros e 
dobras cutâneas, Lee et al. (2000)realizaram um estudo com 244 homens e 
mulheres, IMC<30Kg/m², não atletas e idade superior a vinte anos, com o 
objetivo de desenvolver e validar equações de predição de massa muscular. 
Os autores as perimetrias do braço relaxado, coxa medial e panturrilha, e as 
dobras tricipital, coxa medial e panturrilha medial. Os modelos utilizados foram 
úteis, e a equação foi validada por ressonância magnética (Lee et al., 2000). 
 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
10 
2.3 Importância dos Exames Bioquímicos 
 
 De acordo com o artigo 1° da resolução do CFN Nº 306/2003, compete 
ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais necessários à avaliação, 
à prescrição e à evolução nutricional do cliente-paciente. Corroborando tal 
ponto, a resolução do CFN Nº 417/2008, aponta a avaliação de parâmetros 
bioquímicos como necessários à atenção dietética e nutricional. 
 Os exames bioquímicos irão auxiliar o nutricionista a detectar deficiência 
subclínica ou marginal de nutrientes, confirmar suspeita de deficiências 
nutricionais, além de monitorar a adequação da estratégia. É preciso ficar 
atento ao tempo e real necessidade de solicitação, verificar o histórico do 
paciente e estudar as adaptações que ocorrerem. Cabe salientar que o 
diagnóstico de doenças é realizado pelo médico e é para este profissional que 
o paciente dever ser encaminhado caso haja alguma suspeita. 
 Dentre os exames mais simples que podem ser solicitados, está o 
hemograma. Com ele, pode-se suspeitar de possíveis anormalidades, como: 
anemias, inflamação, infecções, leucemias e distúrbios de coagulação 
(CALIXTO-LIMA; REIS, 2012). 
 Outros exames que avaliem o perfil lipídico, função hepática, lesão 
muscular, eixos hormonais, intolerâncias e micronutrientes também podem ser 
solicitados pelo nutricionista. Entretanto, o profissional precisa ter bom senso e 
só pedir para o paciente realizar, se souber interpretar e correlacionar. 
 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
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11 
2.4 Avaliação do Gasto Energético 
 
 Uma ingestão energética adequada é a pedra angular da dieta, pois 
suporta a funcionamento corporal ideal, determina a capacidade de ingestão de 
macronutrientes e micronutrientes e auxilia na manipulação da composição 
corporal (THOMAS et al., 2016). 
 O balanço energético é feito através da ingestão energética total e gasto 
energético total (GET). Tal gasto é determinado pela somatória do metabolismo 
basal (TMB), efeito térmico dos alimentos (ETA) e efeito térmico do exercício 
(ETE). Por sua vez, o efeito térmico do exercício é feito pelo somatório da 
atividade física espontânea, atividade termogênica sem exercício e o próprio 
gasto energético proveniente deste (THOMAS et al., 2016) 
 Para estimar a TMB em indivíduos moderadamente ativos, a fórmula de 
Cunningham pode ser utilizada, que leva em consideração a massa livre de 
gordura. Em atletas de elite, a TMB corresponde a 38% a 47% do gasto 
energético total. Já em indivíduos sedentários, corresponde de 60% a 80% 
(THOMAS et al., 2016). Dessa forma, a uma boa parte deste gasto e auxilia 
para que a estimativa fique o mais próximo da realidade. 
 Além da TMB, é preciso estimar o gasto energético do exercício físico. 
Para isso, usa-se o equivalente metabólico (MET). Um MET corresponde, para 
um indivíduo adulto médio, a um consumo de oxigênio de aproximadamente 
3,5 ml x kg (peso corporal)-1 x min-1 ou 1 kcal x kg (peso corporal)-1 x h-1 
(FARINATTI, 2003). 
 Para determinar o gasto calórico de uma atividade, deve-se medir o 
dispêndio relativo ao repouso (ou seja, a TMB), multiplicando-o pelo valor em 
METs sugerido pelo compêndio existente. Uma vez que a TMB é próxima de 1 
kcal x kg (peso corporal)-1 x h-1, o custo energético pode ser estabelecido em 
termos de múltiplos seus. Multiplicando-se o peso corporal pelo valor do MET e 
considerando a duração da atividade, é possível estimar o gasto calórico 
específico de um indivíduo cujo peso é conhecido (FARINATTI, 2003). 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
Ensino a Distância 
 
 
12 
 Por exemplo, pedalar a 4 METs implica em um gasto calórico de 4 kcal x 
kg-1 x h-1. Um indivíduo de 60 kg que pedala nesta intensidade, por 40 minutos, 
despende 4 METs x 60 kg x (40 min/60 min), ou seja 160 kcal, ou 4 kcal x min-
1. Um indivíduo de 80 kg que executa a mesma atividade, teria um gasto 
calórico total de 213 kcal, ou 5,3 kcal x min-1 (FARINATTI, 2003). 
 
3. Emagrecimento 
 
 Os danos para a saúde que podem decorrer do consumo insuficiente ou 
excessivo de alimentos são há muito tempo conhecidos pelos seres humanos. 
O excesso de peso é uma condição que desperta interesse desde a 
antiguidade e infinitas modalidades terapêuticas vêm sendo implementadas, 
porém, com pouco avanço (TARDIDO & FALCÃO, 2006). 
 A prevalência da obesidade está sempre aumentando, e alguns dos 
fatores que contribuem para ascensão desta epidemia é a transição nutricional, 
com aumento do fornecimento de energia pela dieta, e redução da atividade 
física, o que podemos chamar de estilo de vida ocidental contemporâneo. 
Consequentemente, o acúmulo de gordura corporal torna-se mais fácil com 
esse padrão (TARDIDO & FALCÃO, 2006). 
 A perda de peso em pessoas com sobrepeso e obesidade através da 
dieta e/ou exercício físico pode conferir uma série de benefícios metabólicos. 
Embora somente a restrição energética promova uma perda de peso, há um 
decréscimo da massa muscular, que pode ter várias consequências, como 
alcançar um platô durante essa perda ou recuperar o peso após o programa de 
emagrecimento (JOSSE et al., 2011). 
 Uma meta-análise averiguou o efeito de diferentes estratégias para a 
perda de peso no período de no mínimo seis meses, sendo elas: apenas 
exercício físico, apenas dieta, dieta e exercício físico, dieta de muito baixo valor 
calórico, substitutos de refeições, uso do medicamento orlistat, uso do 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
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13 
medicamento sibutramina e apenas orientações. Ao final do estudo, os autores 
observaram que a perda de peso alcançou um platô aos seis meses (FRANZ et 
al., 2007). 
 De acordo com Matarese e Pories (2014), muitos fatores interferem no 
processo de emagrecimento e possuem uma inter-relação, como: composição 
corporal, regulação hormonal, taxa metabólica basal, microbiota intestinal, uso 
de medicamentos, composição da dieta, fatores socioeconômicos e 
comportamentais, efeito térmico dos alimentos e prática de exercício físico. 
 Dentre todos esses pontos, a chave inicial para o emagrecimento é 
promover uma restrição calórica. As consequências de um balanço energético 
negativo na massa corporal total e na massa muscular esquelética estão bem 
estabelecidas. Em geral, a massa corporal total diminui em resposta a períodos 
prolongados do balanço energético negativo, e a proporção é de perda é de 
75% de tecido adiposo e 25% em massa livre de gordura (MLG) (CARBONE et 
al., 2012). 
Embora a mudança predominante na composição corporal seja a perda 
de gordura, o que pode ser benéfico, a concomitante redução da massa 
muscular esquelética pode afetar negativamente os processos metabólicos, 
função muscular e desempenho físico. Em indivíduos com sobrepeso e obesos 
que tentam perder peso, a redução da massa muscular pode prejudicar a 
regulação de processos metabólicos, tais comoturnover de proteína e a TMB, 
comprometendo assim a manutenção do peso saudável (CARBONE et al., 
2012). 
Dessa forma, a restrição calórica deve ser de 10 a 20% do GET ou de 
250 a 500Kcal. Deve-se promover uma perda de peso seja de 0,7 a 1,4Kg por 
semana para garantir a sustentação da MLG. Além disso, o consumo de 
proteína de 2,3 a 3,0g/Kg de MLG auxiliará o processo (THOMAS et al., 2016; 
ARAGON et al., 2017). 
No âmbito do exercício físico, é preciso ter muito cuidado com a 
restrição calórica, pois pode proporcionar uma deficiência relativa de energia, 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
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14 
mais relatada e estudada em atletas. A Deficiência Relativa de Energia no 
Esporte (RED-S), é a descrição inclusiva de todo conjunto de complicações 
fisiológicas observadas em atletas masculinos e femininos que consomem 
ingestões de energia insuficientes. Os efeitos potenciais do RED-S sobre o 
desempenho podem incluir: diminuição da resistência, aumento do risco de 
lesão, diminuição da resposta ao treinamento, diminuição da coordenação, 
diminuição da concentração, irritabilidade, depressão, diminuição dos estoques 
de glicogênio e diminuição da força muscular (THOMAS et al., 2016) 
Além da restrição calórica, outro aspecto importante da prescrição 
nutricional e a proporção dos macronutrientes. De La Iglesia et al. (2014) 
realizaram um estudo com pacientes com síndrome metabólica com o intuito de 
avaliar o efeito de duas intervenções nutricionais. O grupo controle ingeriu uma 
dieta com 55% de carboidratos, 30% de lipídios e 15% de proteínas. Já o outro 
grupo, denominado de dieta RESMENA, ingeriu uma dieta com 40% de 
carboidratos, 30% de proteínas e 30% de lipídios. Os resultados mostraram 
que a dieta RESMENA pode ser eficaz para a redução peso, gordura androide 
e melhora da função hepática. 
Como pode ser observado, a principal diferença da dieta RESMENA foi 
a menor quantidade de carboidrato e maior ingestão de proteína. Nesse 
contexto, duas dietas têm sido utilizadas com esse propósito, a low carb e a 
cetogênica. 
É comum haver uma certa confusão com essas duas dietas. Enquanto a 
low carb pode ter a proporção de 40% de lipídios, 40% proteínas e 20% 
carboidratos ou caracteriza-se por um consumo abaixo de 200g de 
carboidratos por dia ou entre 50-150g, na cetogênica a quantidade de gorduras 
pode chegar em 70% da ingestão calórica total, enquanto a quantidade de 
carboidratos chega no máximo a 5% (máximo de 50g) e os 25% da proteína. 
(WESTMAN et al., 2007; PERES; ARAGON et al., 2017). A proposta dessas 
dietas é controlar a quantidade de carboidratos, a glicemia e a secreção de 
insulina. 
 
Apostila do Curso de Atuação do Nutricionista em Academias 
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15 
A homeostase da glicemia é controlada particularmente pela insulina e 
glucagon. Num estado pós-prandial, a glicemia eleva e estimula o pâncreas a 
liberar insulina, que irá promover a assimilação da glicose nas células e nos 
reservatórios de glicogênio hepático e muscular, sendo o excesso convertido 
em gordura para armazenamento. Por outro lado, baixo nível de glicose 
estimula o pâncreas a liberar glucagon, que favorecerá o processo de 
glicogenólise, com liberação de glicose na corrente sanguínea (WHITNEY & 
ROLFES, 2008). Vale ressaltar que outros hormônios, como cortisol, 
catecolaminas e GH também participam da regulação da glicemia, aumentando 
a concentração de glicose no organismo (COZZOLINO & COMINETTI, 2013). 
Uma revisão sistemática e meta-análise realizada por Santos et al. 
(2012) demonstrou que as dietas low carb são pertinentes para controle da 
glicose, insulina, além da redução de gordura corporal e controle da pressão 
arterial sistólica e diastólica. 
Apesar da eficácia para o emagrecimento, dietas low carb parecem ter 
efeito por um determinado período. Uma meta-análise realizada por Hession et 
al. (2009), comparou os efeitos da dieta low carb/high protein com a dieta low 
fat/high carb e perceberam que a dieta low carb apresenta resultados positivos 
num período de seis meses. Entretanto, ao se avaliar o resultado em doze 
meses, os resultados são bem similares. 
É importante salientar que numa dieta na qual é restrição de carboidrato 
é muito severa, faz-se necessário quantidades adequadas de proteína para 
evitar o catabolismo muscular (MANNINEN et al., 2006). Associar este ponto 
com treinamento resistido, a exemplo da musculação, é fundamental para 
contornar a perda de MLG. Além disso, uma dieta hiperproteica favorece uma 
maior saciedade e proporciona um aumento do efeito térmico proveniente da 
alimentação (ARAGON et al., 2017). 
Uma outra estratégia que pode ser utilizada para o emagrecimento é o 
jejum intermitente. Dentre os seus benefícios, está a melhora do sistema 
cardiovascular, do perfil lipídico, glicemia em jejum, insulina em jejum e 
 
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16 
redução de marcadores inflamatórios (AZEVEDO; IKEOKA; CARAMELLI, 
2013). 
Dessa maneira, cabe ao nutricionista ter bom senso e atenção no 
momento da anamnese para coletar as informações necessárias e avaliar de 
maneira detalhada o paciente para prescrever a dieta que mais se encaixa com 
cada indivíduo. 
4. Hipertrofia Muscular 
 
 A hipertrofia do músculo esquelético é descrita como um aumento da 
secção transversal área de células musculares (fibras). Este processo é 
motivado principalmente pelo acréscimo de proteínas miofibrilares que são 
predominantemente compostas de actina e miosina (WEST et al., 2010). 
Os eventos adaptativos decorrentes do treinamento resistido ocorrem, 
tanto estruturalmente (aumento da massa muscular – que envolve síntese de 
proteínas contráteis, enzimas, citoesqueleto), como neural, em estruturas 
adjacentes (motoneurônios). Incrementos nas capacidades de força, potência, 
e/ou resistência resultam, em grande parte, destas adaptações (IDE et al., 
2011). 
 Os exercícios resistidos podem elevar a síntese proteica muscular 
(SPM) por ≥2 dias e ingestão de proteína na dieta durante esse período pós-
exercício potencializa ainda mais o aumento da SPM. Se a síntese exceder a 
degradação proteica, resulta num balanço proteico positivo, com acréscimo de 
proteína (WEST et al., 2010). 
 Assim, seria esperado que o exercício ativasse as vias de transdução de 
sinais para gerar um aumento na síntese de proteínas contráteis, e ao mesmo 
tempo inibisse as vias intracelulares que sinalizam atrofia muscular 
(degradação proteica). A ativação e a inibição destas vias, aliadas a 
alimentação adequada, produzem um balanço nitrogenado positivo, necessário 
para que ocorra o anabolismo. As principais vias envolvidas nestes processos 
 
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17 
são as cascatas desencadeadas pela insulina e fatores de crescimento, como o 
fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) (IDE et al., 2011). 
 Entretanto, mesmo com o estimulo anabólico resultante do exercício 
físico, na ausência de ingestão energética adequada, o balanço proteico 
mantem-se negativo, sendo necessária a ingestão de carboidratos e proteínas 
para alcançar um balanço energético positivo (MOREIRA, 2010). 
 A recomendação da ingestão proteica para indivíduos ativos fica em 
torno de 1,4 a 2,0g/Kg. O ideal para promover a SPM é fracionar essa proteína 
ao longo do dia num intervalo de 03-04h na dose de 0,25g/Kg ou 20 a 40g,sendo de 0,5-0,6g/Kg ou 30 a 40g antes de dormir. No período após o treino 
(00-02h) é fundamental o fornecimento de 10g de aminoácidos essenciais para 
potencializar a recuperação muscular e SPM (THOMAS et al., 2016; JAGER et 
al., 2017). 
 Como já dito, além do balanço energético positivo, adequada ingestão e 
distribuição proteica, faz-se necessário um balanço nitrogenado positivo. De 
acordo com Lemon (1991), para promover um balanço nitrogenado positivo, 
são necessárias no mínimo 100Kcal não nitrogenadas para cada grama de 
nitrogênio. Por exemplo, se uma dieta tiver 15g de nitrogênio, serão 
necessárias 1500Kcal, no mínimo, advindas de carboidratos e gorduras. 
 Em relação à ingestão de carboidratos, o American College of Sports 
Medicine (2016), recomenda a ingestão de 3-5g/Kg para um treino leve, 5-
7g/Kg para um treino moderado (duração de 01h), 6-10g/Kg para um treino 
com intensidade alta (01 a 03h de duração) e 8-12g/Kg quando a intensidade é 
muito alta (duração maior que 04h). De acordo com essa recomendação, para 
os frequentadores de academia, a indicação ficaria em torno de 3 a 7g/Kg. 
 Um outro ponto de suma importância para o processo de hipertrofia 
muscular é a qualidade do sono. Dentre os possíveis prejuízos decorrentes de 
um padrão de sono ruim está a desregulação hormonal, com a redução de 
hormônios anabólicos, como a testosterona, hormônio do crescimento (GH) e 
IGF-1 e o aumento do cortisol (hormônio catabólico). Isso irá resultar numa 
 
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atrofia muscular, piora da capacidade de recuperação e pior proliferação, fusão 
e diferenciação celular das células satélites (passo fundamental para o 
processo de hipertrofia muscular) (DATTILO et al., 2011). 
 
5. Suplementos Alimentares 
 
 Um auxílio ergogênico é qualquer técnica de treinamento, dispositivo 
mecânico, ingrediente ou prática nutricional, método farmacológico ou técnica 
psicológica que possa melhorar a capacidade de desempenho do exercício ou 
melhorar as adaptações de treinamento (KERKSICKET al., 2018). 
 Estes recursos podem ajudar a preparar um indivíduo para o exercício, 
melhorar a eficiência do exercício, melhorar a recuperação do exercício ou 
auxiliar na prevenção de lesões durante o treinamento intenso (KERKSICKET 
al., 2018). 
 Dentre os recursos ergogênicos, estão os suplementos alimentares. De 
acordo com a Anvisa os suplementos alimentares constituem uma categoria de 
produtos caracterizada pela heterogeneidade de composição, constante 
incorporação de inovações tecnológicas, forte apelo publicitário e variedade de 
benefícios alegados. Essa categoria de produtos apresenta um constante 
crescimento comercial e uma diversidade de abordagens regulatórias em nível 
internacional. 
 Apesar da diversidade de suplementos existentes, poucos possuem uma 
forte evidência no que diz respeito a melhora da performance, como creatina, 
beta alanina, carboidratos, ingestão hídrica, repositores energéticos e 
bicarbonato de sódio. Já aqueles que tem correlação positiva com o processo 
de hipertrofia muscular são: aminoácidos e proteínas (já mencionados), 
creatina e beta-hidroxi-beta-metilbutirato (HMB) (KERKSICKET al., 2018). 
 A proteína do soro do leite (whey protein) é um dos suplementos mais 
utilizados com o intuito de melhorar a composição corporal, em especial a 
 
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hipertrofia muscular. A qualidade da proteína da dieta é derivada da 
digestibilidade, conteúdo de aminoácidos e disponibilidade de aminoácidos 
resultante para suportar a função metabólica. Nesse quesito, a whey protein é 
uma das proteínas de melhor qualidade, devido ao seu alto conteúdo de 
aminoácidos (aminoácidos essenciais, de cadeia ramificada e leucina) e 
digestibilidade rápida. O consumo de proteína do soro de leite tem uma 
capacidade robusta de estimular a síntese de proteína muscular (DEVRIES e 
PHILLIPS, 2015). 
 Há muita especulação acerca da necessidade da ingestão proteica ser 
próxima ao treino. As evidências atuais parecem não apoiar a alegação de que 
o consumo proteico imediato (≤ 1 hora) pré e/ou pós-treino aumenta 
significativamente adaptações relacionadas à força ou à hipertrofia em 
exercícios resistidos. Os resultados de uma meta-análise indicam que se, de 
fato, uma janela anabólica de oportunidade existe, a janela para o consumo 
proteico parece ser maior que uma hora antes e depois de uma sessão de 
treinamento resistido (SCHOENFELD et al., 2013). 
 Outra especulação e prática muito frequente era de associar a proteína 
com um carboidrato para potencializar a ativação ao mTOR (proteína alvo da 
rapamicina em mamíferos), proteína chave da sinalização proteica, devido ao 
estímulo a insulina. Entretanto, estudos demonstraram que a insulina não é a 
reguladora primária da SPM, que uma quantidade mínima desse hormônio já é 
suficiente para estimular SPM e tal secreção já é estimulada com a 
suplementação proteica (FIGUEIREDO E CAMERON-SMITH, 2013). Desse 
modo, não se faz necessário a ingestão de carboidrato para potencializar a 
SPM. 
 Dentre os suplementos listados, a creatina é considerada a mais eficaz e 
com extensa comprovação científica. O requerimento diário deste médio é de 
2g/dia, sendo 1g proveniente da dieta e 1g da produção endógena (ALVES; 
LIMA, 2009). Sua maior concentração se encontra no músculo esquelético, 
correspondendo 95% da quantidade corporal total. As principais fontes são: 
carnes, aves e peixes, que proporcionam cerca de 4 a 5g de creatina por kg de 
 
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alimento. Assim, vegetarianos têm uma desvantagem no que se diz respeito ao 
consumo da creatina exógena (McARDLE; KATCH & KATCH, 2011). 
 Os principais benefícios da creatina, estão: aumento da intensidade do 
treino e massa corporal, melhora da síntese de glicogênio, maior tolerância ao 
treinamento e aumento da capacidade de trabalho durante as séries de 
contrações musculares de esforço máximo (KREIDER et al., 2017). Alguns 
mitos são relatados com o seu uso, mas não foram comprovados, como: 
surgimento de doença renal, câimbra, desidratação e distúrbio eletrolítico e que 
todo o peso ganho é devido a retenção. Ademais, vale ressaltar, que as 
creatinas mais modernas não são mais eficientes, sendo a monohidratada a 
mais eficaz (BUFORD et al., 2007; KREIDER et al., 2017). 
 Em relação ao modo de uso, pode ocorrer de duas maneiras: com 
saturação e sem saturação. No modo com saturação, deve-se ingerir 0,3g/Kg 
durante 5-7 dias e posteriormente 3 a 5g/dia. Já no modo sem saturação, basta 
ingerir 3 a 5g diariamente. Vale ressaltar que a absorção da creatina é melhora 
quando ingerida junto com carboidrato e proteína (KREIDER et al., 2017). 
 Outro suplemento que pode ser utilizado para melhora da performance é 
a beta alanina. Esse aminoácido ao combinar-se com a histidina, dá origem a 
carnosina, um composto que tem um potencial de reduzir a fadiga, melhorar a 
contração muscular e a percepção subjetiva do esforço. A sua utilização é feita 
diariamente numa dose de 4-6g preferencialmente fracionada para evitar 
parestesia. Os resultados com a beta-alanina são mais evidenciados após 02 
semanas de uso, particularmente em exercícios que durem de 01 a 04 minutos 
(TREXLER et al., 2015). 
 A cafeína é um suplemento muito eficaz para a performance esportiva, 
tanto para exercícios de alta intensidade intermitente,como para longa 
duração. Dentre os seus benefícios está o aumento da oxidação de gordura e 
redução da utilização do glicogênio (efeito poupador), além de aumentar o 
estado de alerta e potencializar a contração muscular. A sua utilização deve 
ocorrer numa dose de 3-6mg/Kg, sendo que doses de 9mg/Kg não apresentam 
efeito superior. Vale salientar que não há comprovação que a cafeína aumente 
a diurese e prejudique o exercício, além de não ser consenso do seu efeito 
 
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sobre o ganho de força (GOLDSTEIN et al., 2010). O HMB (metabólito da 
leucina) é um suplemento alimentar de grande popularidade e amplamente 
usado por atletas e esportistas, com o objetivo de aumentar o desempenho e a 
massa muscular (PALISIN & STACY, 2005). Dentre os seus efeitos, estão: 
aumento da síntese proteica e hipertrofia, força e potência, aumento da MLG 
em idosos e inibição da degradação proteica. A dose recomendada é de 3g/dia 
e os resultados surgem a partir de duas semanas (WILSON et al., 2013). 
 A utilização de suplementos fitoterápicos no esporte tem crescido muito 
nas últimas décadas de forma alternativa ao uso de medicamentos tradicionais. 
Atualmente, algumas ervas são utilizadas para aumento de força muscular e 
massa corporal, e outras para melhora de desempenho no exercício (SELLAMI 
et al., 2018). 
 Um estudo realizado por Henkel et al. (2014) demonstrou que o 
fitoterápico Eurycoma longifolia aumentou a testosterona livre e força em 
homens e mulheres mais velhas, numa dose de 400mg durante 05 semanas. 
Já Cardoso et al. (2013) demonstrou um efeito positivo do Camellia sinensis 
(chá verde) no emagrecimento de indivíduos obesos. Este efeito foi 
potencializado quando combinado com o exercício físico. 
 Assim, pode-se perceber que existem algumas alternativas de 
suplementos para melhora da performance e/ou composição corporal, sendo o 
nutricionista responsável por adequar a dose e tempo de uso, além de avaliar a 
real necessidade de prescrição. 
6. Esteroides Anabolizantes 
 
 Esteroides Anabolizantes androgênicos (EAA) são substâncias 
hormonais análogas a testosterona muito utilizadas para ganho de massa 
muscular e melhora da performance atlética. Embora esses EAA tenham 
função terapêutica, o seu abuso através do uso não-terapêutico é evidente 
(KERSEY et al., 2012) 
 
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Os andrógenos são hormônios esteróides sintetizados principalmente 
nas gônadas e glândula adrenal. Di-hidrotestosterona, dehidroepiandrosterona, 
androstenediona, androstenediol e testosterona são os andrógenos humanos, 
sendo a testosterona é o principal promotor andrógeno e facilitador da síntese 
protéica (anabolismo) (KERSEY et al., 2012). 
 
Atualmente, a utilização destes esteroides apresenta um nível além da 
área biomédica para o tratamento e terapêutica de quadros clínicos, sendo 
buscada por indivíduos que objetivam a modificação da composição corpórea 
para fins estéticos e para o aumento da performance, sem a requisição e 
conselho de um profissional da área de saúde. Sua utilização recreativa vem 
sido relacionada com diversos riscos à saúde, apresentados por literaturas 
científicas, por documentos de políticas públicas, e até mesmo por reportagens 
de veículo midiático (MORAES et al, 2015). 
Os esteroides anabólicos podem ser utilizados através de injeções, ou 
por comprimidos via oral, ou por outras vias. Como o seu uso é ilícito, muitos 
indivíduos utilizam os esteroides sem a prescrição médica, podendo atingir 
doses cavalares muito além das recomendações médicas. Além disso, muitos 
combinam diferentes esteroides para potencializar a sua efetividade (SANTOS, 
2007). 
Pode-se suspeitar de quem está utilizando algum tipo de esteroide 
anabólico através de algumas alterações, como: rápido ganho de peso (com 
marcante destaque para a musculatura), acne severa, marcas de agulhas em 
músculos grandes e largos, calvície, pressão arterial elevada e ginecomastia. 
No público feminino, os efeitos androgênicos são os masculinizantes, como o 
aparecimento de pelo na face e no corpo, engrossamento da voz, pele grossa e 
aumento do clitóris (SANTOS, 2007). 
Embora o uso desse tipo de substância tenha a sua prescrição feita por 
médicos, a mesma não está isenta de efeitos colaterais. Mas, a prescrição é 
feita decorrente da análise de diversos exames bioquímicos, análise dos prós e 
 
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contras do uso, controle periódico dos efeitos do medicamento, podendo haver 
reajuste ou interrupção das doses. No entanto, esse tipo de atenção não é vista 
nos indivíduos que treinam em academias e optam pelo uso dessas 
substâncias. Seu uso é feito de maneira descontrolada, algumas vezes em 
doses extremamente elevadas, sem acompanhamento médico, e na maioria 
das vezes a droga é obtida por meios clandestinos, sem a garantias da 
seguridade e veracidade (MORAES, 2014). 
Quando a testosterona livre (que não é modificada quimicamente) é 
administrada por via oral, é imediatamente degrada pelo fígado antes de 
alcançar o músculo esquelético. Dessa forma, em 98% dos casos de 
administração oral, a testosterona livre degrada-se e é inativada durante a 
primeira passagem pelo fígado. Porém, quando a testosterona é injetada, ela 
alcança o músculo esquelético antes do fígado. Da mesma forma, quando 
houve a primeira passagem pelo fígado, sofrerá a mesma porcentagem de 
degradação (SANTOS, 2007). 
O esteroide anabólico considerado efetivo deve ter a capacidade de 
circular várias vezes pela corrente sanguínea antes de ser inativado. Quando 
molécula da testosterona é modificada pela adição de um grupo de elementos 
ao Grupo Alquilado I, em mais especificamente na posição 17- alfa, 
consequentemente esse esteroide anabólico será mais difícil de ser 
processado pelo fígado. Estes chegam a passar várias vezes no fígado antes 
de serem modificados (SANTOS, 2007). 
Em contrapartida, os esteroides anabólicos injetáveis são na sua maioria 
ésteres da testosterona. Na sua composição existe como base a testosterona, 
e o éster caracterizado pela reação do álcool e um ácido. Devido à essa 
característica de esterificação, a droga injetável garante seus efeitos mesmo 
que ela passe pela corrente sanguínea antes de ser inativada no fígado 
(SANTOS, 2007). 
Dessa maneira, é preciso orientar o aluno da academia sobre outras 
alternativas mais seguras a serem utilizadas e que podem melhorar a sua 
 
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performance e composição corporal, pois a utilização de esteroides 
anabolizantes restringe-se a um público específico, como a deficiência 
hormonal em homens (SANTOS, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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