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H I P E R T R O F I AH I P E R T R O F I A O GUIA DEFINITIVOO GUIA DEFINITIVO Guia completo de fundamentos e estratégias nutricionais utilizadas na hipertrofia. Esse produto é destinado para estudantes e profissionais da área da saúde @_HEALTHUPDATE Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 É um manual completo com informações teóricas e práticas para ajudar nutricionistas e estudantes da área a se capacitarem na prescrição de uma dieta com foco no ganho máximo de massa muscular; nele nós vamos te mostrar o passo a passo para você prescrever uma dieta mais eficaz e fazer com que seu paciente tenha um excelente resultado de hipertrofia muscular. HIPERTROFIA, DA TEORIA À PRÁTICA Esse e-book é fruto de mais de 4 anos de pesquisas científicas a respeito desse tema, compilando o que as principais e mais atuais evidências científicas mostram a respeito dos principais fatores que devem ser considerados para atingir um excelente ganho de massa magra. SERÁ UM VERDADEIRO GUIA PARA A SUA PRÁTICA CLÍNICA. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 Somos uma empresa que possui a missão de divulgar a nutrição baseada em evidências científicas e ajudar nutricionistas e estudantes da área a terem mais resultados no consultório, fidelizar seus pacientes, e a atingirem uma carreira de sucesso Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 SUMÁRIO Capítulo 1: O músculo além da estética........................................................4 Capítulo 2: Balanço proteico anabolismo X catabolismo..........................5 Capítulo 3: Fatores que atrapalham/potencializam a hipertrofia...........9 Capítulo 4: Influência das calorias no ganho de músculo......................16 Capítulo 5: A importância de cada macronutrientes...............................22 e suas devidas recomendações Capítulo 6: Como otimizar a recuperação muscular...............................33 Capítulo 7: Suplementos na hipertrofia......................................................37 Capítulo 8: Casos clínicos - Colocando a ciência na prática...................49 Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 1: O MÚSCULO ALÉM DA ESTÉTICA O ganho de força e massa muscular é um processo que acontece desde as fases de crescimento e desenvolvimento, na infância, atingindo seu pico na vida adulta. A partir daí, a tendência é que ocorra uma queda nesses dois fatores: quantidade de massa muscular e sua capacidade de produzir força. Essa perda está inversamente relacionada à expectativa de vida, tornando esses parâmetros os maiores preditores de longevidade, qualidade de vida e prevenção de doenças crônicas. O músculo funciona como um órgão endócrino, sendo capaz de produzir miocinas, que são citocinas produzidas pela musculatura durante a atividade física. A interleucina-6, por exemplo, é uma miocina capaz de promover sinalização em diversos órgãos do corpo, como no tecido adiposo, onde aumenta o processo de lipólise, na massa óssea, onde promove aumento da produção de IGF-1, responsáveis pela manutenção da saúde óssea, sendo fatores importantes para crianças e mulheres pós-menopausa, na saúde endotelial melhorando a circulação sanguínea e no cérebro, através do aumento de BDNF, que melhora o processo de neurogênese, cognição e a memória. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 2: BALANÇO PROTEICO ANABOLISMO X CATABOLISMO Para uma melhor compreensão acerca do ganho de massa muscular, é importante entender sobre o balanço anabólico proteico. Esse balanço depende essencialmente de duas variáveis: síntese proteica e catabolismo proteico. Para que ocorra hipertrofia dos músculos deve-se utilizar estratégias que busquem promover ao máximo a síntese proteica e amenizem o catabolismo proteico. Esses dois processos dependem de diversos fatores; no período após uma refeição que contenha proteínas bem como a prática de atividade física estimulam a síntese protéica, promovendo um balanço nitrogenado positivo, entretanto, ao contrário do que muito se prega, esse estímulo da atividade física aumentar a resposta de anabolismo muscular dura de 24-48h após o treinamento Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 2: BALANÇO PROTEICO ANABOLISMO X CATABOLISMO Transmissão de um sinal bioquímico (via PI3K/AKT/mTOR) na célula a partir de um sinal mecânico (contração muscular), ou seja, um estímulo mecânico, como as contrações realizadas em um treino de força, lesiona a membrana celular das fibras musculares, promovendo a liberação do ácido fosfatídico, ativador direto da síntese proteica através da mTOR, responsável por coordenar o processo de transcrição do DNA e tradução do RNAm nos ribossomos. MECANOTRANSDUÇÃO Na prática, o treinamento adequado e periodizado é o grande fator limitante dos resultados, onde mesmo com uma dieta adequada para o objetivo individual de hipertrofia do paciente, esse resultado é bastante dependente do treinamento com estímulos adequados; caso esse estímulo muscular não esteja sendo realizado de forma adequada, o excedente calórico da dieta, que foi prescrito com o objetivo de ganhar massa muscular, resultará em ganho de gordura, portanto, é imprescindível o trabalho interdisciplinar entre nutricionista e profissional da educação física. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 2: BALANÇO PROTEICO ANABOLISMO X CATABOLISMO O estímulo inflamatório provocado pelo treino ativa as células satélites, que são células não diferenciadas que se situam nas proximidades das fibras musculares, proliferando-as e promovendo sua diferenciação e fusão ao tecido muscular que foi lesionado, sendo um processo essencial para o reparo da musculatura. CÉLULAS SATÉLITE A adesão das células satélites ao músculo está estritamente relacionada ao conceito de memória muscular, pois as fibras musculares são polinucleadas e a cada célula satélite aderida a essas fibras, um novo mionúcleo é incorporado, ou seja, quanto mais treinado é o indivíduo, maior o número de mionúcleos, e consequentemente, maior a capacidade de síntese proteica. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 2: BALANÇO PROTEICO ANABOLISMO X CATABOLISMO CÉLULAS SATÉLITE Caso esse indivíduo interrompa sua rotina de treinamento, possivelmente haverá uma atrofia muscular, no entanto, os mionúcleos já incorporados à fibra não são perdidos, facilitando o ganho de massa magra na volta à prática esportiva. Esses mionúcleos somente são perdidos no processo de sarcopenia provocado pelo envelhecimento. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 3: FATORES QUE ATRAPALHAM/ POTENCIALIZAM A HIPERTROFIA Antiinflamatórios O uso de antiinflamatórios reduz a resposta inflamatória provocada pelo treino, que é necessária para dar início a proliferação e diferenciação das células satélites, uma vez que esse processo é dependente da inflamação, assim, esse tipo de medicamento gera uma diminuição das adaptações induzidas pelo exercício, atrapalhando a hipertrofia muscular. MEDICAMENTOS VS. HIPERTROFIA É importante que o treino seja periodizado, exigindo o esforço necessário para atingir o objetivo do paciente, respeitando os limites do indivíduo para que não haja uma lesão que necessite ser tratada com antiinflamatórios, por exemplo Antiiconcepcionais Alguns tipos de anticoncepcionais geram uma redução da síntese protéica miofibrilar e da produção de testosterona, que em mulheres já é pequena, além disso, esses medicamentos aumentam a produção de SHBG pelo fígado, o que gera também uma diminuição da testosterona livre, o que atrapalha o processo de hipertrofia. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 3: FATORES QUE ATRAPALHAM/ POTENCIALIZAM A HIPERTROFIA Resistência à insulina A insulina é capaz de ativar a via da mTOR, responsável por iniciar os processos de transcrição doDNA e tradução do RNAm nos ribossomos. Em indivíduos resistentes à ação insulínica, o músculo não recebe os sinais necessários para a ativação dessa via pela insulina, diminuindo assim a capacidade anabólica. Para avaliar a sensibilidade à insulina nos pacientes, pode-se dosar glicemia e insulina em jejum e o indice HOMA-IR, parâmetro calculado a partir dos dois primeiros que quantifica a resistência à insulina. FATORES FISIOLÓGICOS Inflamação A inflamação crônica presente em indivíduos obesos ou portadores de síndrome metabólica por exemplo, além de apresentarem resistência à insulina, que por si só já atrapalha o ganho muscular, gera também um aumento dos níveis de cortisol, hormônio com ação catabólica. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 3: FATORES QUE ATRAPALHAM/ POTENCIALIZAM A HIPERTROFIA Essa inflamação aumenta a atividade de um fator de transcrição chamado de NFkB (Fator Nuclear Kappa B) que consegue ativar o Sistema Ubiquitina Proteassoma (Ub), responsável pela proteólise muscular, assim, além de inibir a síntese proteica, a inflamação também induz à proteólise. Para avaliar a inflamação no paciente, é possível analisar as proteínas de fase aguda, como fibrinogênio, proteína C reativa e algumas razões como a neutrófilo/linfócito. Qualidade do sono Uma boa noite de sono, proporciona um controle metabólico adequado, controla a inflamação (privação de sono aumenta a inflamação), ciclo circadiano regulado, ingestão alimentar regulada, melhora da cognição, memória, aprendizado, habilidades, criatividade e o humor (fase REM). FATORES FISIOLÓGICOS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 3: FATORES QUE ATRAPALHAM/ POTENCIALIZAM A HIPERTROFIA FATORES FISIOLÓGICOS Existem dois tipos de sono, o sono NÃO REM e o sono REM. O sono NÃO REM é divido em 4 fases, fase 1: É a transição entre sono e vigília ocorrendo liberação de melatonina e relaxamento muscular; fase 2: Vai ocorrer redução da frequência cardíaca, relaxamento muscular, diminuição da temperatura corporal; fase 3 e 4: São as fases chamadas de ondas lentas, onde ocorre a liberação de GH, IGF-1, leptina e hormônios tireoidianos. O sono REM é o sono profundo, onde ocorre os sonhos, consolidação da memória; uma redução do tempo total do sono REM pode gerar respostas neuro adaptativas nos sistemas de recompensas, aumentando a fome hedônica, que seria aquela fome baseada no desejo de uma sensação de recompensa (Ex: Maior desejo por alimentos ricos em açúcar e gordura), independentemente do estado energético. O ciclo do sono REM dura em média de 90 a 120 minutos e é importante que sejam realizados 5 ciclos do sono REM por noite, portanto,é recomendado que uma noite de sono para adultos de 18 a 60 anos seja maior que 7 horas por noite. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 3: FATORES QUE ATRAPALHAM/ POTENCIALIZAM A HIPERTROFIA Estados de privação/restrição do sono ocasionam a diminuição dos níveis de hormônios anabólicos, aqueles que estimulam a síntese proteica, como testosterona, GH, e IGF-1, e aumentam a produção de hormônios catabólicos, que induzem a degradação das proteínas musculares, como a miostatina e cortisol. O conjunto desses dois fatores atrapalha significativamente o ganho de massa muscular por induzir um balanço nitrogenado negativo. Além de dormir uma quantidade adequada de horas por dia, é importante que esse sono tenha uma boa qualidade, ou seja, indivíduos que acordam várias vezes durante o sono, despertando ou mesmo se levantando durante a noite, têm seu ciclo do sono desregulado, promovendo também o catabolismo. FATORES FISIOLÓGICOS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 3: FATORES QUE ATRAPALHAM/ POTENCIALIZAM A HIPERTROFIA Ingestão calórica A hipertrofia muscular envolve processos anabólicos que necessitam de energia para acontecer, portanto é importante que haja substrato energético suficiente para que isso ocorra de forma adequada, por isso é importante que haja um superávit calórico, ou seja, um consumo de energia maior que o gasto energético total. Álcool Parr et. al (2014) demonstraram que após uma sessão de musculação, o consumo de bebidas alcóolicas é capaz de diminuir a síntese proteica em 37% em comparação a indivíduos que não ingeriram álcool e se alimentaram de maneira adequada; mesmo em indivíduos que foram suplementados com Whey Protein apresentaram uma redução de 24% nas taxas de síntese proteica quando ingeriram álcool. HÁBITOS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 3: FATORES QUE ATRAPALHAM/ POTENCIALIZAM A HIPERTROFIA Hidratação Alguns estudos demonstram que quanto mais hidratadas estiverem as fibras musculares, maior será sua capacidade de reter nitrogenado, ou seja, maior a capacidade de retenção de proteínas pelo músculo; a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão hídrica de 30 a 40mL de água por kg corporal por dia. Ingestão de leucina A leucina é um aminoácido essencial que tem um papel diretamente relacionado ao ganho de massa muscular, ativando a via da mTORC1. HÁBITOS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 4: INFLUÊNCIA DAS CALORIAS NO GANHO DE MÚSCULO Balanço calórico O primeiro passo para determinar as kcal a serem prescritas na dieta é determinar o gasto energético total (GET) do indivíduo. A partir disso é calculado o superávit calórico necessário para atingir o objetivo de hipertrofia muscular sem que haja um ganho excessivo de gordura, portanto, é importante ressaltar que o ganho de músculos é um processo de longo prazo, dependente, além do balanço calórico positivo, de outros fatores como a evolução do treinamento. A pressa em obter resultados pode atrapalhar o processo! Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 O GET é composto pela Taxa Metabólica de Repouso (TMR), ou seja, a quantidade de energia que o indivíduo gasta para manter as funções vitais do organismo, que pode ser estimado por meio de fórmulas que levam em conta fatores antropométricos ou por métodos padrão-ouro como a calorimetria indireta; depois deve-se multiplicar essa taxa pelo Fator Atividade (FA), que varia conforme o nível de atividades diárias exercidas no cotidiano para locomoção, trabalho, atividades domésticas, etc. Para compor o GET, soma-se o Gasto Energético referente às Atividades Físicas (GEAF), que varia conforme modalidade, intensidade e duração do treinamento. CAPÍTULO 4: INFLUÊNCIA DAS CALORIAS NO GANHO DE MÚSCULO GET = (TMR x FA) + GEAF Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 4: INFLUÊNCIA DAS CALORIAS NO GANHO DE MÚSCULO Disponibilidade Energética (DE) Conhecer o conceito de disponibilidade energética é outro fator chave para ajustar a dieta ao objetivo do paciente. A DE é a quantidade de energia que resta ao organismo após descontado o gasto calórico com o exercício físico, para calculá-la devemos levar em consideração a ingestão calórica, o gasto energética da atividade física e a massa livre de gordura, aplicando-se a seguinte fórmula: O consumo calórico recomendado é de 45 kcal/kg de massa magra/dia; esse valor pode ser reduzido por curtos períodos com o objetivo de diminuir o percentual de gordura, devendo atingir no mínimo 30 kcal/kg de massa magra/dia. DE = INGESTÃO ENERGÉTICA - GEAF / MASSA LIVRE DE GORDURA Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 4: INFLUÊNCIA DAS CALORIAS NO GANHO DE MÚSCULO Uma disponibilidade energética inferior a 30 kcal/kg de massa magra/dia pode ocasionar disfunções metabólicas, como uma redução na produção de hormônios tireoideanos e reprodutivos, queda da densidade mineral óssea, redução da TMR, redução em até 30% da síntese proteica muscular, prejudicando o ganho de massa muscular, a performance e a saúde do paciente; além disso, essa baixa ingestão energética desregula o sistema responsávelpor sinalizar as sensações de fome e saciedade, aumentando a fome, aumenta os níveis de cortisol e o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, lesões e deficiências nutricionais. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 4: INFLUÊNCIA DAS CALORIAS NO GANHO DE MÚSCULO ADESÃO A DIETAS HIPERCALÓRICAS Uma dificuldade relatada por alguns pacientes na prática clínica é a adesão a dietas hipercalóricas, já que muitas vezes as dietas prescritas com o objetivo de hipertrofia muscular possuem um grande volume de alimentos, ocasionando essa dificuldade na adesão por alguns pacientes. Para contornar esse problema, devemos utilizar alimentos com alta densidade calórica, como por exemplo os alimentos fontes de gorduras de boa qualidade, como abacate, açaí, azeite de oliva, uma vez que a gordura fornece 9 kcal/g ao passo que carboidratos e proteínas oferecem apenas 4 kcal/g; outra estratégia interessante é a utilização de bebidas calóricas, como sucos e vitaminas que ocasionam menor dilatação gástrica, promovendo uma menor saciedade. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 4: INFLUÊNCIA DAS CALORIAS NO GANHO DE MÚSCULO Uma das recomendações recentes para cálculo de superávit calórico com objetivo de hipertrofia muscular, preconiza um excedente de calorias de 10-20% do GET para atletas iniciantes ou intermediários e de 5-10% para atletas de nível avançado, pois quanto mais treinado e o indivíduo, mais lento serão os seus resultados. Outro parâmetro interessante para avaliar de perto os resultados do seu paciente é acompanhar o ganho de peso semanal, onde recomenda-se que esse ganho de peso fique entre 0,25- 0,5% do peso corporal/semana para iniciantes ou atletas intermediários e na faixa de 0,25% do peso total/semana para atletas avançados. Deve-se mencionar também que o consumo de proteínas acima das recomendações pode atrapalhar o processo e a adesão à dieta, uma vez que não gera maior ganho de massa magra, e que esse excedente proteico causará maior sensação de saciedade. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES Um dos parâmetros considerados mais atuais e utilizados para definir a qualidade das proteínas é o DIAAS (Digestible indispensable aminoacid score), que leva em consideração as concentrações de aminoácidos essenciais (que devem ser fornecidos pela dieta) e não apenas o teor proteico total. PROTEÍNAS Fontes de proteína de origem animal possuem maiores concentrações de aminoácidos essenciais, conferindo assim um maior potencial anabólico em comparação às proteínas vegetais, no entanto, algumas estratégias podem ser utilizadas para potencializar o efeito das proteínas vegetais visando a hipertrofia de pacientes vegetarianos e veganos, como a combinação de diferentes fontes proteicas como leguminosas e cereais, o que torna o perfil de aminoácidos daquela refeição mais completo; o demolho de grãos, processo pelo qual são eliminados antinutrientes que podem desfavorecer a digestibilidade das proteínas, também é um método interessante a ser aplicado. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES A Leucina é um importante aminoácido essencial, sendo fundamental no processo de ativação da mTOR e, consequentemente, na síntese protéica; a quantidade ideal de leucina por refeição visando a ativação da síntese de proteínas vai de 1-3 g por refeição, assim, além da adequação hiperproteica da dieta, é importante atentar-se à qualidade dessas proteínas, ou seja, a presença de aminoácidos essenciais. Para uma ativação otimizada do processo anabólico voltado para a construção muscular é importante que haja pelo menos 10g de aminoácidos essenciais por refeição. PROTEÍNAS As recomendações de proteína para ganho de massa magra variam de 1,6- 2,4g/kg de peso/dia, sendo interessante aproximar-se dos limites superiores, especialmente em pacientes vegetarianos, visando a garantia de todos os aminoácidos essenciais. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES Essa quantidade de proteína deve ser distribuída ao longo de todas as refeições para potencializar os processos anabólicos, sendo recomendados 0,3g/kg de peso/refeição para jovens e até 0,6g/kg de peso/ refeição para pacientes idosos, que possuem uma maior resistência anabólica. A respeito da suplementação de proteínas pós-treino, um conceito muito utilizado é o da janela anabólica, acreditava- se que para garantir a síntese proteica naquele momento, deveria-se consumir uma maior quantidade de proteínas imediatamente após o treino, no entanto, as evidências mostram que em uma dieta hiperproteica distribuída ao longo das refeições, essa suplementação pós-treino imediata não promoveu uma melhora significativa dos resultados de ganho de massa magra, pois essa janela anabólica, na realidade, pode durar até 48h após o exercício de força. PROTEÍNAS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES Uma estratégia interessante é o Pre-Sleep Protein, ou seja, a suplementação ou adequação de uma refeição hiperproteica antes do sono, evitando assim o prevalecimento de processos catabólicos comuns durante esse momento (INSERIR FIGURA). Caso seja adotada a suplementação, o ideal é utilizar proteínas de liberação lenta (como a caseína ou a albumina), devendo chegar a uma dose de 0,6g/kg de peso nessa refeição. Quando se fala em dieta hiperproteica, é comum que haja uma preocupação com a saúde, especialmente com os rins e o fígado, no entanto, as evidências apontam que as quantidades recomendadas para dietas hiperproteicas (até 3g/dia durante 12 meses) são seguras, não afetando negativamente os marcadores de saúde renal e hepática. PROTEÍNAS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES PROTEÍNAS Muitos estudos mostram que após uma sessão de treinamento (cadeira extensora), uma dose máxima de 20g de proteína foi observada, já com uma dose de 40g não houve diferença nas taxas de síntese proteica e apresentou um aumento de ureia, mostrando que aquele excedente proteico foi biotransformado para eliminação, porém, no caso de treinos que recrutam uma grande quantidade de massa muscular, como crossfit ou treino fullbody, em que músculos de diversas áreas do corpo são trabalhados naquela sessão de atividade física, uma dosagem maior de proteína pós-treino (20g X 40g) se mostrou significativamente maior na taxa de síntese proteica muscular, mostrando que a quantidade de massa magra recrutada durante a sessão de treinamento e um fator primordial que irá ditar a dose de proteínas necessárias durante o exercício. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES CARBOIDRATOS Os carboidratos estão imensamente atrelados ao ganho de massa magra, uma vez que exercícios físicos de alta intensidade têm uma maior dependência de utilizar esse macronutriente como fonte de energia, através das vias de oxidação de carboidratos independentes de oxigênio, como a glicólise anaeróbia. O corpo humano tem a capacidade de estocar carboidratos na forma de glicogênio, que está presente no fígado, em cerca de 100g, e no músculo esquelético, cerca de 300g. Essas duas reservas representam em torno de 2000kcal e são altamente demandadas durante treinos de força, onde um treino de musculação pode reduzir os estoques de glicogênio em até 40%. A queda dessas reservas está diretamente associada à fadiga muscular e à disfunção contrátil, ou seja, os mecanismos de contração muscular não ocorrem de maneira adequada,por isso, praticantes de musculação e atletas devem se atentar ao consumo de carboidratos visando a manutenção desse estoques energéticos essenciais a performance de exercícios de alta intensidade. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES As evidências indicam que dietas com quantidade ínfima de carboidratos (50g), mesmo com superávit energético e treinos de musculação periodizados, estão relacionadas a perda de massa magra (300 - 700g em 2 meses), e uma parte dessa perda pode ser explicada pela redução dos estoques de glicogênio e a água associada a ele, já que 1g de glicogênio retém cerca de 2g de água. Em indivíduos que consomem uma quantidade adequada de carboidratos, um período de 24h já será suficiente para que as reservas de glicogênio sejam restabelecidas de forma satisfatória para um novo treino. CARBOIDRATOS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES CARBOIDRATOS Em atletas que realizam treinamentos com um intervalo inferior a 4h entre eles, necessitam de uma estratégia para que o glicogênio seja restaurado de forma rápida. Logo após o treino a enzima responsável pela síntese de glicogênio, glicogênio sintetase, está com uma atividade mais exacerbada, mostrando ser um momento ideal para que haja um consumo de carboidratos visando a restauração do glicogênio muscular; é recomendado o consumo de 2g/kg de peso de carboidratos com alto índice glicêmico juntamente a 0,4g/kg de proteínas a cada 2 horas no intervalo entre os exercícios, ou seja, caso esse intervalo seja de 4h, pode ser feita uma refeição com essas quantidades logo após o treinamento e mais uma 2 horas depois, dessa forma as reservas desse atleta sofreram uma maior ressíntese para que não haja grande prejuízo da performance no treino seguinte. As recomendações diárias de carboidratos são extremamente variáveis, oscilando conforme intensidade e frequência dos treinos, além de objetivos. Visando hipertrofia, as quantidades de carboidratos ofertadas devem estar entre 3 e 5g/kg de peso/dia. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES CARBOIDRATOS R E C O M E N D A Ç Õ E S D E C A R B O I D R A T O P O R K G D E P E S O D E A C O R D O C O M I N T E N S I D A D E D O E X E R C Í C I O Yoga, Tai chi 1h ou mais de natação, ciclismo ou caminhada 1h ou mais de treino intervalado, corrida, natação Futebol, basquete, corrida T I P O D E E X E R C Í C I O G / K G / D I AI N T E N S I D A D E Baixa Moderada Alta Muito Alta 3-5 5-7 6-10 8-12 Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES GORDURAS Os lipídios também têm papel no processo de hipertrofia, além de serem fontes de vitaminas lipossolúveis e mediadores do perfil inflamatório da dieta, além da quantidade, é imprescindível avaliar a qualidade dessas fontes de gordura. Alterações na qualidade dos lipídios são capazes de modificar o destino metabólico desse nutriente, podendo promover acúmulo de gordura visceral e hepática, no caso da alta ingestão de gorduras saturadas em comparação com as poli insaturadas. Os ácidos graxos saturados induzem à inflamação acoplando-se a receptores de reconhecimento padrão (Toll-like Receptor 4) que ativam o NFkB, que, por sua vez, promove o aumento na produção de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1, IL-6 e TNF-alfa, assim, o organismo torna- se mais inflamado e menos propenso a processos anabólicos voltados para o ganho de massa magra. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 5: A IMPORTÂNCIA DE CADA MACRONUTRIENTES E SUAS DEVIDAS RECOMENDAÇÕES As recomendações diárias de lipídios variam de 0,5 a 1,5g/kg de peso, devendo as gorduras saturadas chegarem a no máximo 10% do valor energético total ingerido e as polinsaturadas e monoinsaturadas girarem também em torno dessas quantidades. São micronutrientes encontrados em plantas e seus produtos, capazes de modular vias de sinalizações celulares, potencializando ou inibindo diversos processos que ocorrem no organismo, e reduzindo o risco de diversas doenças crônicas. GORDURAS POLIFENÓIS Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 6: COMO OTIMIZAR A RECUPERAÇÃO MUSCULAR POLIFENÓIS São micronutrientes encontrados em plantas e seus produtos, capazes de modular vias de sinalizações celulares, potencializando ou inibindo diversos processos que ocorrem no organismo, e reduzindo o risco de diversas doenças crônicas. De acordo com suas características são classificados em 4 grupos: flavonóides, estilbenos, lignanas e ácidos fenólicos Quando há uma produção excessiva de radicais livres, ocasionando o estresse oxidativo, são ativadas vias de degradação proteica, o que desfavorece a hipertrofia. Os polifenóis aumentam as defesas antioxidantes por meio da via do Nrf2, que ativa o elemento de resposta antioxidante, aumentando a produção de enzimas responsáveis pela neutralização de radicais livres, como a Superóxido- dismutase, a Catalase, Glutationa-peroxidase e Glutationa- redutase. É importante ressaltar, que essas enzimas atuam na presença de alguns micronutrientes como ferro, selênio, manganês, zinco e cobre. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 POLIFENÓIS Além disso, os polifenóis são capazes de otimizar a recuperação muscular, fator muitas vezes decisivo para atletas, que necessitam de um restabelecimento adequado entre os treinos para que não haja prejuízo na performance. F O N T E S D E P O L I F E N Ó I S Açafrão Brócolis Chá verde Tomate; Melancia Uva Alho Curcumina Sulforafano Catequinas Licopeno Resveratrol Compostos organosulfurados F O N T EP O L I F E N O L CAPÍTULO 6: COMO OTIMIZAR A RECUPERAÇÃO MUSCULAR Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 A cereja azeda é o alimento com mais evidências em relação à melhora da recuperação da função muscular, além disso, promove melhoria da qualidade do sono, reduzindo sintomas de insônia e marcadores inflamatórios e aumentando as concentrações de melatonina, eficiência do sono e o tempo total de sono. As doses recomendadas variam de 300-480 mL do suco por dia ou 480mg do extrato seco padronizado. CAPÍTULO 6: COMO OTIMIZAR A RECUPERAÇÃO MUSCULAR Após um treino o músculo sofre uma queda de performance, levando em torno de 72h para se recuperar, concomitantemente a isso, há um pico de inflamação e ativação das células satélite. Alguns alimentos são capazes de otimizar essa recuperação, diminuindo o tempo estimado para restabelecimento da performance muscular. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 POLIFENÓIS A L I M E N T O S / S U P L E M E N T O S Q U E M E L H O R A M A R E C U P E R A Ç Ã O M U S C U L A R Ômega 3 Vitamina D Proteínas de alto valor biológico Creatina Abacaxi (bromelina) Romã Melancia Gengibre CAPÍTULO 6: COMO OTIMIZAR A RECUPERAÇÃO MUSCULAR Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 Os aminoácidos de cadeia ramificada, ou BCAAs, são muito utilizados por indivíduos visando a hipertrofia, uma vez que aumentam a sinalização de mTORC1, no entanto, sua suplementação isolada não é capaz de ativar a síntese proteica de forma máxima, já que para que isso ocorra são necessários todos os outros aminoácidos essenciais, assim, a suplementação isolada de BCAA não promove vantagens à síntese de proteína muscular em comparação à ingestão de fontes completas de proteína de alta qualidade, que possuem em sua composição todos os aminoácidos essenciais. CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA BCAA O HMB é um metabólito da leucina naturalmente produzido pelo organismo,onde cerca de 5% da leucina ingerida é utilizada para formação de HMB. HMBHMB Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA HMB Possui diversos mecanismos de ação que promovem efeitos benéficos para a musculatura, como inibição do sistema ubiquitina-proteassoma (responsável pela degradação proteica), ativação de vias indutoras de síntese proteica, como a mTOR, a p7S6k e 4E-BP1, aumento de GH e IGF-1, também associados à síntese de proteínas. vDiversos estudos apontam que a suplementação de HMB promove melhora da força e composição corporal apenas em indivíduos destreinados e em condições metabólicas (como em idosos acamados), não sendo efetivo em pessoas treinadas. O sistema ATP-Fosfocreatina é responsável pela ressíntese de ATP em exercícios de alta intensidade e curta duração, como levantamento de peso, natação de curta distância e no futebol (no momento do chute). CREATINA HMB Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA CREATINA Diversos estudos mostram a efetividade da creatina em diferentes indivíduos em relação a ganho de força e, consequentemente, melhora no desempenho nos treinos e aumento de massa magra, além disso, as evidências apontam que a suplementação de creatina é segura, não afetando parâmetros de saúde renal e não havendo necessidades de suspender após um longo período de utilização. As doses recomendadas são de 0,04 g/kg de peso/dia, no entanto, utilizando essa dosagem, a saturação dos estoques de creatina leva aproximadamente 28 dias, por isso é interessante realizar uma fase de carregamento, ou saturação, desses estoques, administrando um total de 0,3g/kg de peso divididos em 3 a 4 vezes ao dia durante 7 dia, após esse período, pode-se utilizar a dose de manutenção (0,04 g/kg de peso/dia), devendo-se optar por tomar após uma refeição rica em carboidratos, uma vez que o aumento de insulina, decorrente da ingestão de carboidratos, facilita a entrada da creatina na célula muscular. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CREATINA CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA A L-Citrulina é um aminoácido obtido a partir da ornitina e carbamoil-fosfato no ciclo da uréia, ela também é precursora da Arginina, que por sua vez será utilizada para a síntese óxido nítrico (NO), responsável pela vasodilatação, melhorando a entrega de oxigênios e substratos para a musculatura durante a atividade física. L-CITRULINA É importante ressaltar que a forma mais efetiva é também a mais barata e mais abundante no mercado: a creatina monoidratada. D O S E R E C O M E N D A D A : 0 , 0 4 G / K G / D I A ( M A N U T E N Ç Ã O ) 0 , 3 G / K G / D I A ( S A T U R A Ç Ã O ) L-CITRULINA Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA Diversos estudos apontam que esse suplemento promove melhora da performance em exercícios de força e sprints. L-CITRULINA As evidências apontam que a suplementação de L-Citrulina é mais eficaz para o aumento dos níveis de arginina em comparação à suplementação da própria arginina. Isso pode ser explicado pela alta capacidade de retenção da arginina pelo fígado e intestino (devido maior expressão da enzima arginase), promovendo uma menor disponibilidade para a circulação quando ingerida. Está presente na parte mais branca da melancia, no entanto, para se atingir uma quantidade satisfatória de L-Citrulina para que haja efeito na performance, seria necessária uma ingestão de 1kg da fruta, sendo inviável na prática. D O S E R E C O M E N D A D A : 6 - 8 G L-CITRULINA Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA A cafeína é um dos suplementos mais utilizados e conta com diversos mecanismos de ação, dentre eles está o antagonismo dos receptores de adenosina. A adenosina é fruto da quebra de ATP → ADP → AMP, ou seja, da utilização de energia, como consequência, ao encaixar em seus receptores, ela promove a sensação de cansaço. A cafeína promove uma maior liberação de catecolaminas, promove benefícios cognitivos relacionados à atenção e foco, reduz as taxas de percepção de esforço e promove uma maior liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático, favorecendo assim a contração muscular. Seu uso é seguro dentro das doses recomendadas, que variam de 3 a 6mg/kg de peso/dia; no entanto, hipertensos, cardiopatas, indivíduos com refluxo, gastrite, enxaqueca ou mesmo sensibilidade devem evitá-la. CAFEÍNA Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA CAFEÍNA O consumo após às 17h pode promover insônia em algumas pessoas. O efeito depende bastante do consumo e do padrão genético, ou seja, pessoas que consomem uma grande quantidade de café ou possuem uma metabolização mais lenta desse composto tendem a observar menos os efeitos ergogênicos da suplementação de cafeína. D O S E R E C O M E N D A D A : 3 / 6 M G / K G / D I A Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA Ainda na boca o nitrato é metabolizado pela microbiota oral, sendo convertido em nitrito, que será absorvido, e em situações de hipóxia (como ocorre no músculo em exercícios de força), onde há uma baixa disponibilidade de oxigênio, esse nitrito é convertido em óxido nítrico, gás vasodilatador capaz de melhorar a performance. Pode ser obtido diretamente através do suco de 130 a 230g de beterraba, que deve ser consumido 2-3 horas antes do exercício. É importante salientar que se essa estratégia for utilizada, o indivíduo não deve escovar os dentes ou utilizar enxaguantes bucais no período próximo ao consumo do suco, uma vez que parte da metabolização do nitrato se inicia com a microbiota oral. NITRATO Composto presente em alimentos como beterraba e espinafre capazes de promover diminuição da fadiga e melhora na capacidade de contração muscular devido sua metabolização até o Óxido Nítrico. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA NITRATO Além disso, pode-se suplementar o nitrato de beterraba em uma dose de 6 a 10mg/kg de peso/dia, devendo ser administrado 1-2 horas antes do treino. Estudos apontam também que uma dieta contendo alimentos ricos em nitrato, como a própria beterraba, espinafre e romã, promove os efeitos vasodilatadores. D O S E R E C O M E N D A D A : 6 / 1 0 M G / K G / D I A Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA Ácido graxo essencial, com um papel importante na modulação do perfil inflamatório e na ativação e proliferação das células satélites responsáveis pelo reparo da musculatura, além disso, o EPA e o DHA fazem parte da estrutura constituinte da bainha de mielina, promovendo uma melhor transmissão de sinais nervosos do neurônio para a placa motora muscular, o que promove uma melhora de força, especialmente em idosos. Possui diversos mecanismos de ação em diferentes partes do organismo. No músculo atua melhorando a proliferação e diferenciação de células satélites e consegue aumentar o número de fibras musculares do tipo 2, que possuem maior capacidade de produzir força devido a suas altas taxas glicolíticas. ÔMEGA 3 VITAMINA D Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA As evidências mostram que em idosos com níveis deficientes de vitamina D [25(OH)D], a suplementação promoveu aumento de força e da massa muscular. VITAMINA D A deficiência desse micronutriente é altamente prevalente em todo o mundo, no Brasil, quase 30% da população está abaixo da recomendação de 30ng/mL. Apesar dessas recomendações, uma recente meta-analise mostrou que os níveis ótimos de vitamina D para melhora da força muscular estão em torno de 40ng/mL. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137CAPÍTULO 7: SUPLEMENTOS NA HIPERTROFIA S U G E S T Ã O D E F Ó R M U L A S Cafeína: 3-6mg/kg L-citrulina: 8g Nitratos: 8-10mg/kg Tomar 1 hora antes do treino 1ª semana de creatina: 0,3g/kg - 4x/dia Semanas seguintes de creatina: 0,04g/kg - 1x/dia Beta alanina: 4-6g/dia *Corrigir 25(OH)D Tomar após a refeição com mais carboidratos P R É - T R E I N O O U T R A S S U G E S T Õ E SLucas Duarte Silvanutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 1 1º passo → Calcular necessidades energéticas (GET= (TMR x FA) + MET da atividade): Foi utilizado a fórmula de Cunningham, 1991, para calcular a TMR, pois a adipometria realizada foi acertiva e a fórmula de Cunningham, 1991 é a equação mais assertiva pois leva em consideração a quantidade de massa livre de gordura. Foi realizado o cálculo TMR (taxa metabólica de repouso)= 370 + 21,6 x MLG (massa livre de gordura) e resultado final TMR= 2009 kcal. Homem, educador físico, 32 anos, realiza o treino no meio da manhã e tem como músculos deficientes (pouco desenvolvidos) a dorsal e pernas, pesa 79kg, sendo 56,6 kg de massa magra e 12,4 kg de gordura e 15.6% percentual de gordura. Em seguida,multiplicar pelo fator atividade de 1,37 (leve, pois ele é personal trainer e precisa de mais calorias por conta do seu trabalho). Logo depois, calcular o MET da atividade, no caso era musculação de intensidade média por 40 minutos, sendo assim, MET = 5. Depois de multiplicar, o resultado final do GET foi de 2940 kcal. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 1 2º passo: Dividir em duas dietas Às vezes não é necessário, mas para o caso foi preciso: uma dieta para dia de costas e pernas e outra para os outros dias de treino. 3º passo → Distribuir calorias e macronutrientes: Calorias Foi adicionado 10% de calorias do GET na dieta com treino de costas e pernas e 5% para os demais treinos. Recomendação de adicionar 5 a 10% pois o paciente já era um indivíduo treinado. Carboidratos A diferença de calorias se deu na forma de carboidratos no dia das musculaturas deficientes com 5,4g/kg de carboidratos e 5g/kg nas musculaturas já bem desenvolvidas. Tentar concentrar 50% da quantidade de carboidratos no pré e pós treino. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 1 Proteínas Começar pela última refeição do dia com a recomendação de 0,6g/kg antes de dormir e depois distribuir nas outras refeições ou 0,3g/kg por refeição. Lipídeos Até 10% de gordura saturada. Resultado Em 3 meses, com essa conduta dietética, o paciente ganhou 3,4 kg de peso, sendo 3,1 de massa magra e apenas 300g de gordura o que é normal e diminuiu seu percentual de gordura (15,4%) devido ao seu ganho de massa magra. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 2 1º passo → Calcular necessidades energéticas (GET= (TMR x FA) + MET da atividade): Foi utilizado a fórmula de Cunningham, 1991, para calcular a TMR, pois a adipometria realizada foi acertiva e a fórmula de Cunningham, 1991 é a equação mais assertiva pois leva em consideração a quantidade de massa livre de gordura. Foi realizado o cálculo TMR (taxa metabólica de repouso)= 370 + 21,6 x MLG (massa livre de gordura) e resultado final TMR= 1374 kcal. Em seguida, multiplicou-se pelo fator atividade de 1,2 (sedentário, pois era secretária, passava muito tempo sentada). Logo depois, calcular o MET das atividades, no caso era musculação de baixa intensidade por 50 minutos, sendo assim, MET = 3 e 30min de corrida (8 km/hr), MET=9. Depois de multiplicar, o resultado final do GET foi de 2054 kcal. Mulher, 29 anos, retornando aos treinos, treina em jejum às 6h da manhã, peso de 57,7 kg, sendo 46,5kg de massa magra, 11,2 kg de gordura e 19,4% de percentual de gordura. Não utiliza anticoncepcional.Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 2 2º passo → Raciocínio para divisão de calorias e macronutrientes: Como ela treina pela manhã cedo e em jejum, é interessante aumentar os carboidratos na noite anterior que antecede o treino de pernas para ter mais performance ou seja, a parte da noite do dia que ela treina superiores terá mais carboidratos. Então ela terá duas dietas, uma para o treino de pernas e outra para treino de superiores, sendo o dia de superiores com mais carboidratos durante a noite para ela treinar bem perna no dia seguinte, fazendo um ciclo de carboidratos. 3º passo → Distribuir calorias e macronutrientes: Calorias Foi adicionado 10% de calorias do GET na dieta. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 2 Carboidratos No dia que ela treina superiores será uma dieta high carb, concentrando os carboidratos na parte da noite e uma dieta low carb após o treino de pernas, 5g/kg no dia de superiores e 4g/kg em inferiores. Tentar concentrar 50% da quantidade de carboidratos na noite anterior do treino de pernas para que ela tenha um bom rendimento no treino. Proteínas Começar pela última refeição do dia com a recomendação de 0,6g/kg antes de dormir e depois distribuir nas outras refeições ou 0,3g/kg por refeição. Lipídeos Até 10% de gordura saturada. Na low carb, aumentou mais a quantidade de gordura para suprir a necessidade energética. Dia de inferiores 1,5g/kg e superiores 1,1g/kg. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 2 Resultado Em 2 meses, com essa conduta dietética, o paciente ganhou 2,6 kg de peso, sendo 2,3 de massa magra e apenas 300g de gordura o que é normal e diminuiu seu percentual de gordura (19,1%) devido ao seu ganho de massa magra. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 3 1º passo → Calcular necessidades energéticas (GET= (TMR x FA) + MET da atividade): Foi utilizado a fórmula de Cunningham, 1991, para calcular a TMR, pois a adipometria realizada foi acertiva e a fórmula de Cunningham, 1991 é a equação mais assertiva pois leva em consideração a quantidade de massa livre de gordura. Foi realizado o cálculo TMR (taxa metabólica de repouso)= 370 + 21,6 x MLG (massa livre de gordura) e resultado final TMR= 1606 kcal. Em seguida, multiplicou-se pelo fator atividade de 1,2 (sedentário, pois era secretária, passava muito tempo sentada). Logo depois, calcular o MET das atividades, no caso era musculação de baixa intensidade por 40 minutos, sendo assim, MET = 3. Depois de multiplicar, o resultado final do GET foi de 2060 kcal. Homem, 23 anos, faz musculação desde os 20 anos, treina às 16 horas. Relatou que gostaria de ganhar massa muscular, porém não queria um grande número de refeições por praticidade e aceitou fazer jejum intermitente. Pesa 66 kg, sendo 57,2 kg de massa magra, 8,8 kg de gordura e 13,3% de percentual de gordura, percentual relativamente baixo para homem já estando apto para começar o processo de hipertrofia. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA 2º passo → Raciocínio para divisão de calorias e macronutrientes: Como era o primeiro processo de hipertrofia desse paciente, foi adicionado ao GET mais 500 a 600 calorias que é o recomendado para o processo de hipertrofia e aumentar as calorias de maneira gradativa, pois se aumentar muito as calorias esse paciente poderia ganhar bastante gordura. Por se tratar de um jejum de 16/8 (16 horas em jejum e 8 horas se alimentando), as refeições foram realizadas no período matutino para aproveitar a maior sensibilidade à insulina que existe nesse períodomatutino de acordo ao nosso ritmo circadiano. 3º passo → Distribuir calorias e macronutrientes: Calorias Foi adicionado 500 a 600 de calorias na dieta. CASO 3 Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA Carboidratos Tentar concentrar ao máximo a quantidade de carboidratos no período antes do treino para ter um estoque adequado de glicogênio e ter um bom desempenho no treino no período da tarde. 4.5 g/kg de carboidratos. Proteínas 2,6 g/kg dividas em 4 refeições. Lipídeos Até 10% de gordura saturada. 1,4g/kg. CASO 3 Manipulados → Nitrato (beterraba) ---------- 600mg (6-12 mg/kg) 90 min antes do treino → Cafeína-------- 300mg (3-6 mg/kg) → L-Citrulina----- 3 g60 min antes do treino Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 CAPÍTULO 8: CASOS CLÍNICOS - COLOCANDO A CIÊNCIA NA PRÁTICA CASO 3 Resultado Em 2 meses, com essa conduta dietética, o paciente ganhou 4,2 kg de peso, sendo 3,6 de massa magra e apenas 600g de gordura o que é normal. Lucas Duarte Silva nutri.duartelucas@gmail.com HP18216078578137 REFERÊNCIAS ZBINDEN, Hermann; AVEY, Alec; BAAR, Keith.Nutrition for Strength Adaptations. In: Nutrition and Enhanced SportsPerformance. Academic Press, 2019. p. 345-357. SEVERINSEN, Mai Charlotte Krogh; PEDERSEN, BenteKlarlund. Muscle–Organ Crosstalk: The Emerging Roles of Myokines. EndocrineReviews, v. 41, n. 4, p. bnaa016, 2020. BAZGIR, Behzad et al. Satellite cells contributionto exercise mediated muscle hypertrophy and repair. Cell Journal(Yakhteh), v. 18, n. 4, p. 473, 2017. VIERCK, Janet et al. Satellite cell regulationfollowing myotrauma caused by resistance exercise. Cell biologyinternational, v. 24, n. 5, p. 263-272, 2000. FARUP, Jean et al. Influence of exercisecontraction mode and protein supplementation on human skeletal muscle satellite cell content and muscle fiber growth. Journal of applied physiology,2014. LILJA, Mats et al. 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