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Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 3 Prof. Mauro Stürmer Prof.ª Letícia Neves Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 3 2 Queridos alunos, Cada material da Revisão Turbo foi preparado com muito carinho para que você possa absorver, de forma rápida, conteúdos de qualidade! Lembre-se: o seu sonho também é o nosso! Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo! Com carinho, Equipe Ceisc ♥ Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 3 1. Competência • Limite da jurisdição. • Advém de uma regra legal. *Para todos verem: esquema 1.1 Guia de competência *Para todos verem: esquema • Prefeito: Tribunal de Justiça. • Governador: Superior Tribunal de Justiça. • Deputado Federal/Senador: Supremo Tribunal Federal. • Juiz em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime. • Promotor em atividade: Tribunal que a tua, independentemente do local do crime. MATÉRIA ABSOLUTA IMPRORROGÁVEL PESSOA ABSOLUTA IMPRORROGÁVEL LUGAR RELATIVA PRORROGÁVEL O autor tem foro por prerrogativa de função?1 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 4 *Para todos verem: esquema *Para todos verem: esquema • Militar Eleitoral; • Comum (Estadual ou Federal). *Para todos verem: esquema • Regra: lugar de consumação | teoria do resultado. • Exceção: JECRIM | teoria da atividade. Foro por prerrogativa de função Se a resposta for não à pergunta 1, passamos a analisar em qual justiça será julgado 2 Jurisprudência STF e STJ: no caso de Deputados Federais/Senadores e Governador, há dois critérios para foro de prerrogativa: 1) Esteja no cargo/diplomado; 2) Crime tenha relação com o cargo. Território/jurisdição3 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 5 *Para todos verem: esquema • Não sabendo o local do crime: domicílio ou residência do réu. • Mais de um domicílio: prevenção. • Não tem residência certa ou ignorado o paradeiro: juiz que primeiro tomar conhecimento. *Para todos verem: esquema 1.2 Causas de modificação da competência *Para todos verem: esquema PREVENÇÃO Quando incerta dívida Crime permanente (sequestro) Infração continuada Jurisprudência: crimes contra à vida (dolosos ou culposos) devem levar em consideração a comunidade que foi atingida e a produção da prova | teoria da atividade. CONEXÃO Intersubjetiva: simultaneidade, concurso ou reciprocidade Objetivas: material ou probatória CONTINÊNCIA Concurso de pessoas ou uma pessoa em concurso de crimes Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 6 Ainda, o Código de Processo Penal prevê: Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. [...] § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. 1.3 Como resolver questões sobre modificação de competência? *Para todos verem: esquema ATENÇÃO: No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. 1.4 Justiça Federal • Tribunal Regional Federal: Revisão Criminal. • Não é recurso, é ação autônoma de impugnação. Visualize o esquema na próxima página... Júri + outro crime: Tudo vai à Júri, exceto crime eleitoral, crime militar e ato infracional Conexão e continência: Lugar do crime mais grave Infrações da mesma categoria: Lugar de maior número de infrações http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 7 *Para todos verem: esquema 2. Prisão *Para todos verem: esquema 2.1 Temporária (só cabível na fase do Inquérito Policial) • 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias. • Crime hediondo: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias. 2.2 Flagrante Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal (próprio) ; II - acaba de cometê-la (próprio); III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração (impróprio); IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração (presumido). Juiz Federal: 1. Nunca julga contravenção 2. Julga crimes (crime político) 3. Bens, interesses ou serviços da União, autarquia e empresa pública Prisões cautelares Preventiva Art. 311, 312, 313 e 318-A do CPP Temporária Lei 7.960/89 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 8 Observações: Juiz, MP e Família devem ser IMEDIATAMENTE comunicados: Em 24 horas: • Deve ser expedida a nota de culpa; • Deve o APF ser enviado ao Juiz (que marcará audiência de custódia); • Falta de testemunha não impede o flagrante; • Art. 304 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. 2.3 Preventiva • Cabe na fase do IP ou da Ação Penal. • Não pode ser decretada de ofício pelo juiz. • Quando ilegal deve ser relaxada (art.5, LXV da CF). • Quando não mais necessária deve ser revogada (art. 316 do CPP). • Admissibilidade prevista no art. 313 do CPP. • Cabível: *Para todos verem: esquema P re v e n ti v a Ordem Pública; Ordem Econômica; Assegurar a aplicação da Lei Penal; Conveniência da Instrução Criminal; Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares; Houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la. Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 9 • Deve ser revista a cada noventa dias. • Possível ser ser domiciliar (art.318 do CPP). • Direito da Mulher gestante ou mãe de criança ou pessoa deficiente (art. 318-A do CPP). 3. Inquérito Policial 3.1 Conceito Procedimento administrativo com a finalidade de buscar elementos de autoria (quem fez) e de materialidade (qual o delito) para que uma futura ação penal seja proposta. Presidido pelo Delegado de Polícia. *Para todos verem: esquema 3.2 Natureza jurídica • Natureza jurídica é de procedimento administrativo. 3.3 Outras formas de investigação Artigo 4º do CPP. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração dasinfrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. • Prepara uma futura ação penal. Preparatório • Não há ampla defesa e contraditório, que ficarão postergados/diferidos para a ação penal. Inquisitivo • Não se aplica ao MP, ao juiz e ao advogado (que tem acesso ao inquérito, inclusive sem procuração). • Ao advogado é exigida procuração quando for caso de segredo de justiça. Sigiloso Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 10 3.4 Investigação pelo Ministério Público • Procedimento investigatório criminal: PIC; • Teoria dos poderes implícitos; • A fundamentação para que o MP possa investigar. *Para todos verem: esquema *Para todos verem: esquema • Em caso de denúncia anônima, deve ser realizada uma investigação prévia para ver a viabilidade da denúncia. • Elementos informativos são diferentes de provas? Sim! (Art. 155 do CPP). Respeito aos direitos fundamentais Situações que tem cláusula de reserva de jurisdição Respeitar prerrogativas dos advogados Investigação realizadas por membros Formas de início Ação penal incondicionada Ex officio Requisição do Juiz ou Ministério Público Requerimento da vítima ou de seu representante legal Notícia de qualquer pessoa Auto de prisão em flagrante Ação penal pública condicionada Representação da vítima ou representante legal Ação penal privada Se a vítima buscar a Delegacia de Polícia autorizando o início da investigação. Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 11 *Para todos verem: esquema Atenção: Não se pode condenar com base exclusiva em elementos informativos. 3.5 Características do Inquérito Policial *Para todos verem: esquema INQUÉRITO POLICIAL: - Elementos informativos; - Não há contraditório e ampla defesa. AÇÃO PENAL: - Provas; - Há contraditório e ampla defesa. Características Obrigatório Discricionário Dispensável Informativo Escrito Sigiloso Inquisitivo Indisponível Temporário Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 12 3.6 Encerramento do IP *Para todos verem: esquema nov 4. Ação Penal discorda 4.1 Conceito Direito subjetivo de pedir/requerer ao Estado-juiz a aplicação do direito objetivo no caso concreto. • Condições da ação: *Para todos verem: esquema Possibilidade jurídica do pedido Legitimidade da parte Interesse Justa causa Delegado encaminha os autos ao juiz Requer novas diligências Oferece denúncia Arquivamento Juiz concorda Encaminha ao chefe do MP Concorda com o arquivamento Discorda do arquivamento, determinando que outro ofereça a denúncia ou ele mesmo oferece Juiz discorda Juiz encaminha ao MP Ministério Público Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 13 4.2 Espécies da ação penal *Para todos verem: esquema fe do MP 4.2.1 Ação Penal Pública • Manejada pelo Ministério Público através de Denúncia. • Incondicionada. • Condicionada Representação (procuração com poderes especiais - art. 39 do CPP) ou requisição. 4.2.2 Ação Penal Privada • Manejada por advogado através da queixa-crime. • Personalíssima. • Somente uma pessoa pode entrar com a ação. • A única situação está prevista no art. 236 do Código Penal. • Exige procuração com poderes especiais (art. 44 do CPP). Atenção: Art. 24, § 2o do CPP - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. Espécies Pública Condicionada Representação Requisição do Ministro da Justiça Incondicionada Privada Personalíssima Exclusiva Subsidiária da pública Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 14 Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 4.3 Princípios * Para todos verem: esquema 4.4 Institutos aplicáveis a ação penal privada *Para todos verem: esquema 4.5 Perdão • Se um aceitar e os outros não, o processo segue contra os que não aceitaram. • Aceitação: expressa ou tácita (se o réu não se manifestar em 3 dias). PÚBLICA Obrigatoriedade: tendo elementos e de autoria e materialidade, o Ministério Púbico é obrigado a entrar com a ação penal. Indisponível: O Ministério Público não pode desistir da ação penal proposta. PRIVADA Conveniência e oportunidade: renúncia Disponível: perdão RENÚNCIA: Antes do início da ação penal Ato unilateral Quando ofertado a um, atinge os demais. PERDÃO: Após o início da ação penal Ato bilateral Quando ofertado a um, atinge os demais Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 15 Artigo 58 do CPP. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. 4.6 Provas • Prova ilegal/ilícita deve ser desentranhada • É possível a prova emprestada 4.7 Principais Artigos do CPP Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. Art.162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 16 Art. 185, § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade. Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. mento, determinando que outro ofere https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 17 5. Instrução Criminal 5.1 Procedimento comum ordinário (arts. 394 a 405 do CPP) *Para todos verem: esquema 5.2 Oferecimento da denúncia ou queixa-crime *Para todos verem: esquema Oferecimento da denúncia ou queixa-crime Juiz Rejeita liminarmente a denúncia ou queixa-crime Recebe a denúncia ou queixa-crime Citação (10 dias) Resposta à acusação Juiz Absolve sumariamente Designa a audiência de instrução e julgamento Sentença (art. 386/387 CPP). A denúncia ou queixa conterá: A exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias; A qualificação do acusado ou esclarecimento pelos quais se possa identificá-lo; A classificação do crime; Quando necessário, o rol de testemunhas. Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 18 5.3 Rejeição da denúncia ou queixa Causas de rejeição da denúncia ou queixa-crime: *Para todos verem: esquema *Para todos verem: esquema Súmula 707 do STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo. 5.4 Recebimento da denúncia ou queixa-crime • Decisão irrecorrível. • Poderá ser atacada através de habeas corpus, que não é recurso. • Ausência dos requisitos do art. 41. INEPTA • Ausência de condição ou dos pressupostos para a ação penal. Exemplo: legitimidade. AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO OU PRESSUPOSTO • Ausência de elementos mínimos para a acusação. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA Qual recurso caível contra a rejeição da denúncia ou queixa? Recurso em sentido estrito – RESE Art.581, I do CPP 05 dias EXCEÇÃO: JECRIM Art.82 da Lei 9.099 APELAÇÃO – 10 dias Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 19 5.5 Citação *Para todos verem: esquema Réu não encontrado: • Se o acusado comparece ao processo, segue normalmente. • Se não comparece ou constitui defensor: o processo ficará suspenso e contagem de prescrição. Súmula 415 do STJ. O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. 5.6 Resposta à acusação – Art. 396–A DO CPP • 10 dias Súmula 710 do STF. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. Súmula 310 do STF. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir. Observação: é possível a defesa solicitar na resposta à acusação que o juiz analise C IT A Ç Ã O REAL/PESSOAL FICTA/PRESUMIDA HORA CERTA RÉU SE OCULTA EDITAL Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 20 novamente a hipótese de rejeição da denúncia ou queixa. 5.7 Absolvição sumária Art. 397 do CPP. *Para todos verem:esquema Excludentes de culpabilidade, exceto inimputabilidade Atipicidade da conduta Extinção da punibilidade • Se não houver absolvição sumária é obrigatória a designação de audiência. 5.8 Audiência Art. 400 do CPP. Súmula 710 do STF Excludentes de ilicitude Excludentes de culpabilidade, exceto inimputabilidade Atipicidade da conduta Extinção da punibilidade Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 21 *Para todos verem: esquema Poderá ocorrer a conversão dos debates orais em memoriais em razão da complexidade/número de acusados/ pendência de diligências. Prazo: 05 dias. 6. Procedimento Especial dos Crimes Dolosos contra a Vida Crimes dolosos contra a vida previstos no art. 74, §1º do Código de Processo Penal e crimes conexos. Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados. Atenção: O delito de latrocínio não vai a júri. Súmula 603 do STF. *Para todos verem: esquema Oitiva do ofendido Oitiva da acusação/defe sa Peritos/acare- ações/reconhe cimento de pessoas e coisas Interrogatório Debates orais/alegações orais Decisões - Juiz - Primeira fase do Júri PRONÚNCIA • Art. 413 do CPP. • RESE - art. 581, IV, CPP. IMPRONÚNCIA • Art. 414 do CPP. •APELAÇÃO - art. 416, CPP. ABSOLVIÇÃOSUMÁRIA •Art. 415 do CPP. •APELAÇÃO - art. 416, CPP DESCLASSIFI- CAÇÃO •Art. 419 do CPP. •RESE - art. 581, II, CPP Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 22 Em relação à segunda fase do Júri, julgamento em Plenário é importante a lembrança de dois artigos: Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo. Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados. 7. Recursos *Para todos verem: tabela Recurso Base legal Prazo Dicas importantes Recurso em sentido estrio Arts. 581 a 592 do CPP. Súmula 707 do STF. 5 dias (interposição) 2 dias (razões) 2 dias (contrarrazões) Em regra, a decisão que rejeita a peça acusatória é recorrível via RESE. No JECRIM utiliza-se apelação. No júri caberá RESE para pronúncia e desclassificação. Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 23 As hipóteses previstas nos incisos XII, XVII, XIX e XXIII do art. 581 do CPP são passíveis de Agravo em Execução, pois estão revogados tacitamente. Atenção a nova hipótese do inc. XXV. Apelação Arts. 593 a 603 do CPP. 5 dias (interposição) 8 dias (razões) 8 dias (contrarrazões) Súmula 705 do STF. Possibilidade de apresentar razões perante o Tribunal de Justiça (razões extemporâneas e irregularidade) – Art. 600, §4º do CPP. Limitadas as hipóteses de apelação no Tribunal do Júri – art. 593, III, do CPP: somente em virtudes daqueles fundamentos legalmente estabelecidos (Súmula 713 do STF) Apelação no JECRIM Art. 82 da Lei 9.099/96. 10 dias (interposição e razões em conjunto) 10 dais (contrarrazões Prazo único Não se aplica o art. 600, §4º do CPP. Julgado pela TRC (Turma Recursal Criminal) Cabimento contra a rejeição da peça acusatória. Embargos declaratórios do CPP Art. 382 CPP (sentença) Art. 619 do CPP (acórdão) 2 dias para oposição Dirimir ambiguidade, contradição ou omissão. De acordo com a doutrina, os Embargos do CPP interrompem o prazo para eventual recurso cabível. Embargos declaratórios do JECRIM Art. 83 da Lei 9.099/95 5 dias para oposição Dirimir obscuridade, contradição ou omissão. Expressamente, conforme consta na Lei, os embargos interrompem Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 24 o prazo para interposição de recurso. Embargos infringentes Art. 609, § único, do CPP 10 dias para oposição Recurso privativo da defesa. Decisão não unânime e desfavorável ao réu. Carta testemunhável 48 horas Denegar recurso ou quando admiti-lo obstar à sua expedição e seguimento. Recurso residual, utilizado quando não houve recurso próprio. (Ex: denegar RESE ou Agravo em Execução.) Recurso Ordinário Constitucional em Habeas Corpus Art. 102, II, “a” da CF e 105, II, “a” da CF 5 dias Cabível de decisão denegatória de Habeas Corpus proferida no âmbito dos Tribunais. Lembrar que se o habeas corpus for denegado por juiz de direito, caberá RESE. Recurso Ordinário em mandado de segurança Art.105, II, “b” da CF e art.33 da lei 8.038/90 15 dias Cabível de decisão denegatória de mandado de segurança no âmbito do TJ’S e TRF’S Recurso especial Art. 105, III, CF 15 dias Exigência do prequestionamento da matéria objeto de recurso Recurso extraordinário Art. 102, III, da CF 15 dias Exigência do prequestionamento da matéria objeto de recurso. Demonstração da repercussão geral. Agravo em Execução Penal Art. 197 da LEP 5 dias Súmula 700 do STF. Cabível contra as decisões proferidas pelo Juiz da Vara de Execução Criminal Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 25 8. Progressão de Regime A progressão de regime está regulada pelas disposições do artigo 112 da Lei 7.210/1984, devendo o apenado preencher determinado tempo de pena e ostentar bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor do estabelecimento (art. 112, §1º, da LEP). Vejamos como se dá a progressão de regime nos casos de condenados que cumprem pena por delitos COMUNS, ou seja, não considerados crimes hediondos: *Para todos verem: tabela Observação: Atente-se à súmula 439 do STJ – exame criminológico não é obrigatório para fins de progressão, mas o juiz poderá solicitar se fundamentar de forma idônea. A prática de falta grave durante a execução interrompe a contagem para progressão e a nova contagem se dá a partir do cometimento da falta, incidindo o percentual sobre o restante a ser cumprido (art. 112, §6º e Súmula 534 do STJ). Progressão de Regime para condenados por CRIMES COMUNS – art. 112 da LEP: I - 16% da pena Primário crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; Ex: o apenado está executando pena por furto, peculato, estelionato, ... II - 20% da pena Reincidente III - 25% da pena Primário crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça Ex: o apenado está executando pena por crime com violência – roubo – art. 157, caput, do CP IV - 30% da pena Reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça (reincidente específico) Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem Processo Penal 26 Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem Processo Penal °27 1) FGV – 2022 - OAB – XXXV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Rodrigo responde ação penal pela suposta prática do crime de venda irregular de arma de fogo de uso restrito, na condição de preso. O magistrado veio a tomar conhecimento de que Rodrigo seria pai de uma criança de 11 anos de idade e que seria o único responsável pelo menor, que, inclusive, foi encaminhado ao abrigo por não ter outros familiares ou pessoas amigas capazes de garantir seus cuidados. Com esse fundamento, substituiu, de ofício, a prisão preventiva por prisão domiciliar. Rodrigo, intimado da decisão, entrou em contato com seu(sua) advogado(a) em busca de esclarecimentos sobre o cabimento da medida e suas consequências. A defesa técnica de Rodrigo deverá esclarecer que a concessão da prisão domiciliar foi a) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detraçãodo período de cumprimento, que deverá ser observado na execução da pena, mas não no momento da fixação do regime inicial do cumprimento de pena. b) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detração do período de cumprimento, que poderá ser observado no momento da fixação do regime inicial de cumprimento de pena. c) inadequada, pois somente admitida para as mulheres que sejam mães de crianças menores de 12 anos. d) adequada, mas não justifica o reconhecimento de detração. 2) FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase Vanessa foi presa em flagrante, logo após cometer um crime de furto em residência. A proprietária do imóvel, Jurema, 61 anos, informou aos policiais que viu, pelas câmeras de segurança, Vanessa escalando o alto muro da residência e ingressando na casa, acreditando a vítima que a mesma rompeu o cadeado da porta, já que este encontrava-se arrombado. Por determinação da autoridade policial, um perito oficial compareceu à residência de Jurema e realizou laudo pericial para confirmar que o muro que Vanessa pulou era de grande altura e demandava esforço no ato. Deixou, porém, de realizar a perícia no cadeado e na porta por onde Vanessa teria entrado na casa. Vanessa foi denunciada pelo crime de furto qualificado, sendo imputado pelo Ministério Público a qualificadora da escalada e do rompimento de obstáculo. No curso da instrução, assistida a ré pela Defensoria Pública, as partes tiveram acesso ao laudo pericial e, em seu interrogatório, Vanessa confessou os fatos, inclusive o rompimento do cadeado para ingresso na residência, bem como informou que sabia que a lesada era uma senhora de idade. A vítima Jurema não compareceu, alegando que não poderia deixar sua residência exposta, já que o cadeado da casa ainda estava arrombado, argumentando ser idosa, acostando sua carteira de habilitação, e destacando que as imagens da câmera de segurança, já juntadas ao processo, confirmavam a autoria delitiva. Você, como advogado(a), foi constituído(a) por Vanessa para a apresentação de alegações finais. Considerando as informações expostas, você deverá alegar que a) a perícia realizada no muro não poderá ser considerada prova, mas tão só elemento informativo a ser confirmado por provas produzidas sob o crivo do contraditório, tendo em vista que as partes não participaram da elaboração do laudo. b) deve ser afastada a qualificadora com fundamento no rompimento de obstáculo, já que não foi produzida prova pericial, não sendo suficiente a confissão da acusada. c) a perícia realizada para demonstrar a escalada foi inválida, pois não foi realizada por dois peritos oficiais, nos termos da determinação do Código de Processo Penal. d) a idade da vítima não foi comprovada por documento idôneo, não podendo ser reconhecida agravante por tal fundamento. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2021-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxiii-primeira-fase Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem Processo Penal °28 3) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Caio praticou um crime de furto (Art. 155 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa) no interior da sede da Caixa Econômica Federal, empresa pública, em Vitória (ES), ocasião em que subtraiu dinheiro e diversos bens públicos. Ao sair do estabelecimento, para assegurar a fuga, subtraiu, mediante grave ameaça, o carro da vítima, Cláudia (Art. 157 – pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa). Houve perseguição policial, somente vindo Caio a ser preso na cidade de Cariacica, onde foi encontrado em seu poder um celular produto de crime anterior (Art. 180 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa). Considerando a conexão existente entre os crimes de furto simples, roubo simples e receptação, bem como a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a opção que indica a Vara Criminal competente para o julgamento de Caio. No momento das alegações finais, o advogado de Francisco, sob o ponto de vista técnico, deverá destacar que a) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Vitória. b) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Cariacica. c) A Justiça Federal, em relação ao crime de furto, e a Vara Criminal de Vitória, da Justiça Estadual, no que tange aos crimes de roubo e receptação. d) A Justiça Federal, em relação a todos os delitos. 4) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em desfavor de Jonas, o Ministério Público requereu o seu arquivamento por falta de justa causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, o que restou devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o arquivamento do inquérito policial, uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada, compareceu à delegacia de polícia alegando possuir informações quanto ao autor do homicídio de Jonas. A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como advogado(a) da família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas aptas a identificar o autor do crime, você deverá esclarecer aos familiares da vítima que o órgão ministerial: a) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento não faz coisa julgada material independentemente de seu fundamento. b) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento é imutável na presente hipótese. c) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera notícia, inexistindo efetivamente qualquer prova nova quanto à autoria do delito. d) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento fez apenas coisa julgada formal no caso concreto. 5) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Vitor foi denunciado pela suposta prática dos crimes de furto e ameaça, já que teria ingressado em estabelecimento comercial e, enquanto subtraía produtos, teria, para garantir o sucesso da empreitada delitiva, ameaçado o funcionário que realizava sua abordagem. Considerando que o funcionário não compareceu em juízo para esclarecimento dos fatos, Vitor veio a ser absolvido por insuficiência de provas, transitando em julgado a sentença. Outro promotor de justiça, ao tomar conhecimento dos fatos e localizar o funcionário para ser ouvido em juízo, veio a denunciar Vitor pelo mesmo evento, mas, dessa vez, pelo crime de roubo impróprio. Após citação, caberá ao(à) advogado(a) de Vitor, sob o ponto de vista técnico, a) buscar a desclassificação para o crime de furto simples em concurso com o de ameaça no momento das alegações finais, mas não a extinção do processo, considerando que a absolvição anterior foi fundamentada em insuficiência probatória. b) requerer, em resposta à acusação, a absolvição sumária de Vitor, pois está provado que o fato não ocorreu. Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem Processo Penal °29 c) apresentar exceção de litispendência, requerendo a extinção do processo. d) apresentar exceção de coisa julgada, buscando extinção do processo. 6) FGV – 2022 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Ao término da instrução criminal no processo em que Irineu foi denunciado pelo crime de homicídio doloso consumado que vitimou Alberto, o advogado de Irineu teve a palavra em audiência para fazer suas alegações finais (juízo de admissibilidade da acusação). No curso do inquérito policial o Delegado de Polícia representou ao juízo competente pelo incidente de insanidade mental, cujo laudo afirmou que, na data em que o crime foi praticado, Irineu era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Ouvidas as testemunhas arroladas na denúncia,Roberta, cliente que estava no bar em que aconteceu o crime, declarou que Irineu tinha traços semelhantes àqueles da pessoa que efetuou o disparo de arma de fogo, mas não poderia afirmar com certeza a autoria. No mesmo sentido foi o depoimento de Laércio, que era garçom daquele estabelecimento comercial. Rui, que estava no caixa do bar, e Ana, a gerente, disseram não ter condições de reconhecer o réu. Irineu sempre negou a autoria do homicídio. Você, como advogado(a) de defesa de Irineu, em alegações finais, deve sustentar a tese de a) perenulidade do processo desde a decisão que determinou o exame de insanidade mental, pois o Delegado de Polícia não poderia representar pelo incidente de insanidade mental, por não ter qualidade de parte. b) absolvição sumária, em razão do laudo do exame de insanidade mental ter afirmado que Irineu era absolutamente incapaz, por doença mental, sem condições, à época, de entender o caráter ilícito do fato. c) impronúncia de Irineu, posto que a prova testemunhal não revelou a existência de indícios suficientes de autoria. d) despronúncia, em razão das declarações de Rui e Ana, que não reconheceram Irineu como autor do disparo de arma de fogo. 7) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Mariana foi vítima de um crime de apropriação indébita consumado, que teria sido praticado por Paloma. Ao tomar conhecimento de que Paloma teria sido denunciada pelo crime mencionado, inclusive sendo apresentado pelo Ministério Público o valor do prejuízo sofrido pela vítima e o requerimento de reparação do dano, Mariana passou a acompanhar o andamento processual, sem, porém, habilitar-se como assistente de acusação. No momento em que constatou que os autos estariam conclusos para sentença, Mariana procurou seu advogado para adoção das medidas cabíveis, esclarecendo o temor de ver a ré absolvida e não ter seu prejuízo reparado. O advogado de Mariana deverá informar à sua cliente que a) não poderá ser fixado pelo juiz valor mínimo a título de indenização, mas, em caso de sentença condenatória, poderá esta ser executada, por meio de ação civil ex delicto, por Mariana ou seu representante legal. b) poderá ser apresentado recurso de apelação, diante de eventual sentença absolutória e omissão do Ministério Público, por parte de Mariana, por meio de seu patrono, ainda que não esteja, no momento da sentença, habilitada como assistente de acusação. c) poderá ser fixado pelo juiz valor a título de indenização em caso de sentença condenatória, não podendo a ofendida, porém, nesta hipótese, buscar a apuração do dano efetivamente sofrido perante o juízo cível. d) não poderá ser buscada reparação cível diante de eventual sentença absolutória, com trânsito em julgado, que reconheça não existir prova suficiente para condenação. 8) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da capitulação delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo indicada qual seria a idade da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para esclarecimentos, destacando a dificuldade na compreensão dos fatos imputados. O advogado de Caio, constatando que a denúncia estava inepta, deve esclarecer ao cliente que, sob o ponto de vista técnico, com esse fundamento poderia buscar: Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem Processo Penal °30 a) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. b) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. c) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser oferecida nova denúncia com base nos mesmos fatos. d) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá oferecimento de nova denúncia. 9) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Paulo, advogado, foi intimado de duas decisões proferidas pelo juízo da execução penal do Rio de Janeiro, em relação a dois de seus clientes. Na primeira, foi determinada a perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio, considerando que foi reconhecida, por meio de procedimento regular, observadas as exigências legais, a prática de falta grave pelo mesmo. Na segunda decisão, o pedido de progressão de regime formulado por Paulo em relação ao apenado Flávio foi deferido, tendo o magistrado fixado, como condição a ser observada no regime aberto, o cumprimento de prestação de serviços à comunidade. Diante das intimações, Paulo poderá apresentar a) recurso em sentido estrito para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. b) agravo para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. c) agravo para questionar apenas a decisão que determinou a perda dos dias remidos, que seria ilegal, mas não a que fixou condições especiais para a progressão de regime. d) agravo para questionar a decisão que fixou a prestação de serviço à comunidade como condição para a progressão para o regime aberto, não havendo ilegalidade, porém, na determinação da perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio. 10) FGV – 2022 - OAB - XXXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Renata, primária, foi condenada à pena de 5 (cinco) anos de reclusão, em regime fechado, por crime de estelionato, em continuidade delitiva, sendo atestado o seu bom comportamento carcerário. Rogério, marido de Renata, que cuidava da filha do casal de 10 (dez) anos de idade, veio a falecer, sendo que Renata já havia cumprido 1/8 (um oitavo) da pena no regime fechado. A filha de Renata está morando provisoriamente com uma amiga de Renata, por não existir qualquer parente para cuidar da criança. Em relação ao cumprimento de pena por Renata, você, como advogado(a), postularia ao juízo da execução a progressão para o regime a) semiaberto, em razão de a penitente já ter cumprido a fração de pena estabelecida na Lei de Execução Penal e comprovado o bom comportamento carcerário. b) semiaberto e a saída temporária, em razão de a penitente já ter cumprido o percentual de pena estabelecido na Lei de Execução Penal e por ter comprovado o bom comportamento carcerário. c) domiciliar, para que ela cuide da filha de 10 (dez) anos de idade, em observância ao Estatuto da Primeira Infância e por ser medida de caráter humanitário. d) aberto, em razão de a penitente já ter cumprido 1/8 (um oitavo) da pena estabelecido na Lei de Execução Penal e comprovado o bom comportamento carcerário, somado ao fato de ser a única responsável pela filha menor de 10 (dez) anos de idade. 11) FGV – 2020 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Tiago e Talles, imputando-lhes a prática do crime de sequestro qualificado, arrolando como testemunhas de acusação a vítima, pessoas que presenciaram o fato, os policiais responsáveis pela prisão em flagrante, além da esposa do acusado Tiago, que teria conhecimento sobre o ocorrido. Na audiência de instrução e julgamento, por ter sido arrolada como testemunha de acusação, Rosa, esposa de Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem Processo Penal °31 Tiago, compareceu, mas demonstrou que não tinha interesse em prestar declarações. O Ministério Público insistiu na sua oitiva, mesmo com outras testemunhas tendo conhecimento sobre os fatos. Temendo pelasconsequências, já que foi prestado o compromisso de dizer a verdade perante o magistrado, Rosa disse o que tinha conhecimento, mesmo contra sua vontade, o que veio a prejudicar seu marido. Por ocasião dos interrogatórios, Tiago, que seria interrogado por último, foi retirado da sala de audiência enquanto o corréu prestava suas declarações, apesar de seu advogado ter participado do ato. Com base nas previsões do Código de Processo Penal, considerando apenas as informações narradas, Tiago: a) não teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na sua ausência durante o interrogatório de Talles e nem na oitiva de Rosa na condição de testemunha, já que devidamente arrolada pelo Ministério Público. b) teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na ausência de Tiago no interrogatório de Talles e na oitiva de Rosa na condição de testemunha. c) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, já que ela poderia se recusar a prestar declarações. d) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, pois, em que pese seja obrigada a prestar declarações, deveria ser ouvida na condição de informante, sem compromisso legal de dizer a verdade. Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem Processo Penal °32 Gabaritos das Questões: 1 - B 2 - B 3 - D 4 - D 5 - D 6 - C 7 - B 8 - A 9 - D 10 - A 11 - C REAL/P ES HORA CERTA Réu se oculta EDITAL Caderno de Questões – Direito Ambiental Mateus Silveira
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