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UNIVERSO UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA GRADUAÇÃO MEDICINA VETERINÁRIA 4º PERÍODO - D1 Lavínia dos Santos Amaral Alfano Farmacologia Aplicada a Medicina Veterinária JUIZ DE FORA - MG 2021 Resumo A prescrição ou receita é uma expressão escrita feita de próprio punho, no qual a letra deve ser legível e com o idioma próprio do país ou região, ela somente deve ser feita por um profissional habilitado como médicos veterinários, dentistas e médicos entre outros profissionais da área da saúde que possuam permissão para fazer prescrições, a receita e prescrição é válida apenas por 30 dias e ela deverá ser escrita de tinta azul ou preta e deve conter instruções no qual o paciente deverá seguir. Dentro da prescrição existem pontos no qual o profissional deve seguir de forma clara e objetiva. Dentro desses pontos tem, o aspecto clínico que consiste no diagnóstico do paciente junto com a medicação adequada para o tratamento do mesmo, o aspecto profissional onde o medicamento deve ser prescrito com a posologia correta para o paciente, caso o farmacêutico detecte algum erro o mesmo devera alertar o paciente e ao médico veterinário responsável sobre o erro, e assim salvando o paciente de uma possível intoxicação, e por último o aspecto legal no qual o profissional deve ter conhecimento sobre os medicamentos que contem legislações especificas para serem comercializadas. As prescrições podem ser feitas de duas formas, higiênicas ou medicamentosas, as higiênicas consistem nas prescrições que contenham (alimentos em geral, ambiente, condições de repouso a exercícios físicos, etc.) o que for necessário para o bem estar do paciente, já as medicamentosas são as contem medicamentos. Esses medicamentos podem contem três categorias, os medicamentos farmacopeicos que são aqueles inscritos na Farmacopeia Brasileira, os medicamentos magistrais que seriam os manipulados, que são feitos na farmácia a partir da prescrição feita pelo profissional habilitado, ou seja esses medicamentos contem a posologia exata para o paciente em especifico, e por último as especialidades farmacêuticas, que são os medicamentos comercializados pela indústria farmacêutica no qual suas formulas são aprovadas e registradas nos órgãos governamentais, para medicamentos de uso humano temos o Ministério da Saúde e Anvisa e para uso veterinário temos Ministério da Agricultura e Sipeagro MAPA, desde de os mesmos sigam às exigências ao valor terapêutico, método de preparação, originalidade, vantagens técnicas, segurança, estabilidade química etc. Na Lei no 9.787, 10 de fevereiro de 1999, decreta a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso humano, com os seguintes conceitos. Medicamentos de referência, onde o produtor registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercialização do medicamento pais, no qual foi analisada e comprovada cientificamente sua qualidade e segurança pelo órgão federal. Medicamentos similar que são aqueles que contém as mesmas vias de administração, posologia, princípio ativo entre outros, sendo diferente apenas na embalagem, rotulo, nome comercial ou marca, prazo de validade, ou do medicamento de referência registrado no órgão federal e etc. Medicamento genérico são medicamentos similares de um produto de referência ou inovador que podem ser permutados, porem a maioria é produzida após a expiração ou renúncia da proteção patentearia, não podem possuir nome da marca e sim apenas o princípio ativo. Biodisponibilidade que são medicamentos que possuem uma velocidade e extensão de absorção de um princípio ativo na sua circulação sistêmica ou excreção, ou seja, a biodisponibilidade é sobre o tempo no qual o medicamento é absorvido e se torna disponível no sitio de ação. Bioequivalência são produtos que contenham a mesma forma e equivalência farmacêutica ou seja produtos idênticos no qual são destinados a um estudo de comparação. Quanto aos medicamentos veterinários, a Lei 12.689, 19 de julho de 2012 introduz o conceito de produto de uso veterinário, medicamento de referência e medicamento similar e genérico de uso veterinário. Os medicamentos de referência e similares de uso veterinário, é obrigatório apresentar de forma legível o mesmo destaque nas embalagens, rótulos, bulas, e impressões, e materiais promocionais a DCB ou a DCI. A composição da prescrição deve ser feita da seguinte forma, papel branco, formato retangular 14x20 cm, deve possuir cabeçalho com o nome completo do profissional, sua especialidade, número da sua inscrição profissional (CRM, CRMR, CRO), se endereço profissional completo, logo a abaixo na superscrição deve ser feita a identificação do paciente, do proprietário do animal e seu endereço, na inscrição deve ser colocada a via de administração grifada, o nome do medicamento ou formula medicamentosa, logo em seguida na subscrição caso seja prescrita um medicamento magistral (manipulado), deve ser informado a posologia e embalagem, se é frasco, cápsula e etc. A indicação ou instrução é parte onde se diz para o paciente a forma em que o medicamento vai ser usado (via de administração) e sua frequência de uso, e pôr fim a assinatura do profissional, onde deve haver o local, data e assinatura do profissional com seu carimbo de identificação. Ao fazer uma prescrição as abreviações são permitidas apenas quando se referir a grama (g) para sólidos mililitros (ml) para líquidos. Na prescrição de um medicamento magistral médico- veterinário terá que ter conhecimentos de farmacotécnica para assim ter o efeito terapêutico desejado de sua formula, no qual deve seguir as seguintes categorias, Princípio ativo, podendo ter mais de um, Adjuvantes que ajudam na preparação da fórmula, corretivos que ajudam a tornar formulações orais mais agradáveis em questão do sabor, e por último o veículo no qual o princípio ativo é colocado. O medicamento pode ser apresentado de várias formas como, forma farmacêutica e preparação medicamentosa. Alguns medicamentos que podem trazer riscos para a saúde do animal ou ao ser humano (devido ao consumo de produtos de origem animal), usados sem o acompanhamento de um profissional, estão sujeitos a uma regulamentação específica. A Anvisa e o MAPA estabeleceram normas para esses tipos de casos. A Anvisa fez uma lista, onde mostra as substâncias e os medicamentos que precisam de um controle especial. O MAPA fez uma lista semelhante à da Anvisa, onde contém as substâncias e os medicamentos sujeitos ao controle especial em listas identificadas por letras maiúsculas: A (A1 e A2), B, C (C1, C2, C4 e C5) e D1 Os medicamentos da lista A e B devem apresentar uma tarja preta escrita “Venda sob prescrição do médico veterinário, com retenção obrigatória da notificação de receita” e em sua bula deve constar que no caso de uso humano pode causar riscos graves à saúde, e esses medicamentos na lista de A e B poderão ser adquiridos no comércio mediante a apresentação da Notificação de Receita Veterinária A e B. A Notificação de Receita Veterinária A é de cor amarela e a B de cor azul, e ambas têm o tamanho de 20×15 cm. A Notificação de Receita Veterinária C2 é destinada para a prescrição das substâncias retinóicas de uso não tópico. Nesses produtos com cartucho ou rótulo deve apresentar uma faixa horizontal vermelha escrita “Venda sob prescrição do médico veterinário, com retenção obrigatóriada notificação de receita.” E a bula desses produtos de uso veterinário é proibido em animais prenhes e a mulheres grávidas, pois ao entrar em contato com a substância, ela pode causar defeitos graves no feto. As substâncias da lista C1, de uso veterinário como os neurolépticos e os antidepressivos, e da lista C4, como a zidovudina (AZT), e da lista C5, como as substâncias anabolizantes e agonistas de beta -adreno receptores, deve ser empregada a Notificação de Receita Veterinária na qual deve ser indicado o campo específico, a qual lista pertence o produto. A Lista D1, são para as substâncias precursoras de entorpecentes e/ou psicotrópicos: efedrina, ergometrina, ergotamina e di-hidroergotamina, e ficam sujeitos à venda sob prescrição de médico -veterinário sem retenção de receita. Os antimicrobianos de uso veterinário, não há necessidade de prescrição do médico veterinário para a sua compra no comércio, porem a um destaque nas normas do MAPA relacionadas ao emprego de antimicrobianos em animais produtores de alimento. Como a Instrução Normativa no 9, de 27 de junho de 2003, no artigo 1o proíbe “a fabricação, a manipulação, o fracionamento, a comercialização, a importação e o uso dos princípios ativos cloranfenicol, nitrofuranos e os produtos que contenham estes princípios ativos, para uso veterinário e suscetível de emprego na alimentação de todos os animais e insetos”. E a Instrução Normativa no 26 de 09 de julho de 2009 que estabeleceu o "Regulamento técnico para a fabricação, controle de qualidade, comercialização e o emprego de produtos antimicrobianos de uso veterinário”. Resenha No capítulo 2 do livro Farmacologia Aplicada a Medicina Veterinária, é retratado sobre a Prescrição e legislação brasileira dos medicamentos, no qual a autora nos mostra cada passo para elaborar uma prescrição medica, a forma que uma prescrição deve ser feita e suas legislações medicamentosas. A autora consta que a prescrição deve ser escrita a caneta azul ou preta com a letra legível caso for feita de próprio punho podendo ser feita de forma digital também, ela deverá seguir a composição de prescrição com cabeçalho, superscrição, inscrição, subscrição, indicação e assinatura do profissional. O profissional deve mostrar de forma clara o aspecto clínico, profissional e legal, sendo as prescrições higiênicas ou medicamentosas. A autora explica também sobre o sistema métrico na prescrição, onde deve seguir o sistema métrico decimal para a prescrição dos medicamentos, no qual as abreviações só são permitidas quando se trata de grama (g) para sólidos e mililitros (ml) para líquidos, ou seja, só é permitido a abreviação quando se trata do sistema métrico decimal. As formulas farmacêuticas também são mencionados pela autora junto com sua elaboração, em casos de medicamentos magistrais o veterinário deverá ter conhecimento sobre farmacotécnica, pois só assim ele terá a habilidade de elaborar uma formula para seu paciente, a sua prescrição deverá conter o princípio ativo, adjuvantes, corretivos e o veículo no qual o princípio ativo é colocado. Logo em seguida a autora nos mostra como ocorre a preparação medicamentosa e as várias características de formas farmacêuticas, e por último é mostrado a legislação brasileira com as Normas da Anvisa e MAPA, e suas normas de regulamentação técnica sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, autorização, comércio, transporte, prescrição, embalagem, controle, fiscalização das substâncias e etc. A Anvisa possui uma lista de anexos das substâncias e os medicamentos sujeitos ao controle especial como, entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras as quais ficam disponíveis no seu site, a lista vai de A (A1, A2 e A3), B (B1 e B2), C (C1, C2, C3, C4 e C5), D (D1 e D2), E até F. Já as normas da MAPA é semelhante à da Anvisa, com as regras sobre os procedimentos para a comercialização das substâncias sujeitas a controle especial, quando destinadas ao uso veterinário, e estão na lista de A (A1 e A2), B, C (C1, C2, C4 e C5) até D1, no site da MAPA. A autora nos mostra cada passo e de forma clara como um profissional habilitado deve prescrever um medicamento de forma correta e todas as regras e leis que ele deverá seguir a fim de exercer sua profissão de forma legal. Referências Helenice de Souza Spinosa, Silvana Lima, Maria Martha Bernardi. Autoras do livro Farmacologia aplicada a medicina veterinária, Capitulo 2 Prescrições e legislação dos medicamentos. 6. Ed. Guanabara Koogan. 2017. Cap. 2. 1.420p.
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